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PROJETO DE FLUÊNCIA – 5º ano PROJETO DE FLUÊNCIA – 5º ano

TEXTO 17 – Semana: 04 a 09/01 TEXTO 18 – Semana: 11 a 16/01

Trem de ferro
(Manuel Bandeira) Os sapatinhos vermelhos
(Imme Dros e Harrie Geelen)
Café com pão Debruçada
Café com pão No riacho
Os sapatos velhos de Lília já não estão bonitos.
Café com pão Que vontade
– Vamos comprar sapatos novos – diz a mamãe.
De cantar!
Lília sabe que sapatos prefere.
Virge Maria, que foi isso
– Aqueles!
maquinista? Oô...
– Aquele é o último par – diz a vendedora.
Quando me prendero
– Que número ela calça?
Agora sim No canaviá
A mamãe diz o número.
Café com pão Cada pé de cana
– Então vai ficar pequenos – diz a vendedora.
Agora sim Era um oficiá
Lília acha que não.
Voa, fumaça Oô...
– Eu quero aqueles! – Eu quero aqueles!
Corre, cerca Menina bonita
A vendedora traz os sapatos.
Ai seu foguista Do vestido verde
Lília os calça. E diz:
Bota fogo Me dá tua boca
– Eles servem muito bem, olhe só.
Na fornalha Pra matar minha sede
A mamãe acha que não.
Que eu preciso Oô...
– Seus pés são grandes para eles – diz a vendedora.
Muita força Vou mimbora vou mimbora
A mamãe manda trazer outros e mais outros para Lília experimentar.
Muita força Não gosto daqui
Mas a cada par Lília diz:
Muita força Nasci no sertão
– Não, eu quero aqueles!
Sou de Ouricuri
A mamãe fica zangada. A vendedora já está zangada. Até que a mamãe
Oô... Oô...
desiste, e Lília acaba ganhando os sapatos.
Foge bicho
Foge, povo Vou depressa
Passa ponte Vou correndo
Passa poste Vou na toda
(Livro Para Ler e Reler, p. 106.)
Passa pasto Que só levo
Passa boi Pouca gente
Passa boiada Pouca gente
Passa galho Pouca gente...
De ingazeira (Livro Para Ler e Reler, p. 25.)
PROJETO DE FLUÊNCIA – 5º ano PROJETO DE FLUÊNCIA – 5º ano
TEXTO 19 – Semana: 18 a 23/01 TEXTO 20 – Semana: 25 a 30/01

Um poço muito fundo O Nada e o Coisa Nenhuma


(Graciela Montes) (Sérgio Capparelli)

Era uma vez um menino chamado Diogo. O Nada e o Coisa Nenhuma – Por favor, como é seu nome?
Um dia ele foi à praça com sua pá nova. Saíram a parte alguma. Pergunta-lhe Coisa Nenhuma.
Era uma pá grande e forte.
Dentro de um embornal, – Sou o de nome nenhum,
Diogo sentou na areia e começo a cavar. O Nada pôs coisa alguma Ninguém ou qualquer um.
Cavava e cavava: sac, sac, sac. E num embrulho de jornal,
Coisa Nenhuma levou nada. – Entendi nada, Ninguém,
– O que você está fazendo, Diogo? – perguntou uma menina que estava Adeus e passar bem!
andando de bicicleta. Quando chegaram à estrada
– Faço um poço muito fundo – disse Diogo – para chegar no mar. Que leva à parte alguma, De volta a lugar nenhum,
O Nada disse a Coisa Nenhuma: O Coisa Nenhuma e o Nada
E continuou cavando. – Esse passeio vai dar em nada! Repartiram um menos um
Cavava e cavava: sac, sac, sac. E correram, às gargalhadas,
E ao tomarem a trilha Virando sombra de sombra,
– O que você está fazendo, menino? – perguntou o sorveteiro. Encontraram-se com Ninguém Virando poeira da estrada.
– Faço um poço muito fundo – disse Diogo – para chegar no mar. Que vinha de mãos vazias,
Sem dívidas e sem vintém.
(...)

Será que Diogo vai chegar no mar?

(Livro Para Ler e Reler, p. 102) (Livro Para Ler e Reler, p. 36.)

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