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O Positivismo é uma doutrina altruísta, científica e industrial, que tem por objetivo
incrementar o progresso do bem-estar moral, intelectual e material de todas as
sociedades humanas, que habitam este planeta Terra, e em todas as incursões
interplanetárias, (desde que não se destrua esta atual morada), a serem executadas pelo
homem, sempre mantendo o equilíbrio ecológico, fruto direto do amor ao espaço, à
Terra e à humanidade; do contrário, provavelmente, não haverá sobreviventes.
A doutrina positivista tem por finalidade colaborar para estabelecer uma educação e
uma instrução, de cunho altruístico, científico e industrial, a fim de criar uma Única
Civilização Positiva.
O nosso ideal é unir todas as culturas até agora separadas do Ocidente e do Oriente, e
quiçá Interplanetárias, sem que nada se perca e tudo se some. Os pontos conflitantes se
moldarão e se entrosarão no Conjunto Positivo.
CARACTERÍSTICAS
O Positivismo compreende três partes que se complementam e se entrelaçam:
1) Um culto
– A Moral Positiva pode ser resumida como sendo o conjunto das melhoras psíquicas,
ou seja, dos aperfeiçoamentos afetivos, intelectuais e das ações práticas, com sua
respectiva influência sobre as outras partes e funções do Organismo Individual Humano,
de maneira a se por cada vez melhor no estado de ser útil a um outro Ser – Organismo
Social.
2) Um Dogma Científico
Na qual concluímos que o homem deve contar não só com ele próprio, para melhorar a
sua sorte; não ser individualista e levar em conta a totalidade dos ensinamentos e
exemplos do passado, do futuro e do presente, dos Seres Convergentes, ou seja, com a
Humanidade, donde, por sua vez:
O Positivismo tem por Máxima ou por Fórmula Sagrada: O amor por princípio e a
ordem por base; o progresso por fim.
Sem privilégios, sem preconceitos ou vantagens; sem rei e sem sobrenatural; pelo
engrandecimento do amor universal e tendo somente o mérito como fator de promoção,
não deixando nunca o excesso de ambição sobrepujar o fator mérito, para não se
envergonhar; todos tem que possuir uma autocrítica, auxiliados pelo Sacerdote da
Humanidade, para conhecer o seu nível de competência, a fim de não almejar algo, além
de suas reais possibilidades, eliminando desta forma a petulância, a pretenciosidade e a
inveja.
Nenhuma profissão tem demérito, pois a igualdade de oportunidades deverá ser dada a
todos, sem exceção e a competência será a escala da temperatura do mérito.
A vergonha de ocupar uma posição por demérito ou incompetência será o fator de freio
sobre as pretensões e, por conseguinte, ocorrerá mudança do rumo da conduta; jamais
deixando que não haja entusiasmo, seja lá por qualquer razão, principalmente com vista
ao bem estar social de todos.
Respeitamos muito mais os cultos inteligentes, com Moral Positiva, que os meramente
ricos.
A competência de saber gerar lucro é necessária, no entanto, não é tudo: o lucro terá
destino social.
Nem tudo que aqui for dito pode ser plenamente aplicado hoje em dia, mas já serve
como rumo e diretriz para o futuro. Provavelmente será possível no século 30-50 d.C..
Outros como Littré e Taine, fundaram a escola francesa e os Ingleses Spencer e Stuart
Mill. No Brasil aparece Benjamin Constant que alia os conceitos, aos ideais
republicanos, juntamente com Luiz Pereira Barreto, Miguel Lemos e Teixeira Mendes.
O que mais perdurou porém, do positivismo de Comte foi a proposta de uma filosofia e
uma metodologia da ciência.
Taine (1828-1893) tornou-se conhecido pelas leis da sociologia, segundo as quais toda
vida humana se explica por 3 fatores: a raça, o meio e o momento. A raça que traz os
caracteres hereditários, o meio onde o indivíduo é submetido a fatores geográficos e o
momento que é a época em que se vive. Ou seja, o homem não é livre, mas determinado
por fatores, aos quais não pode escapar. Esta teoria se estende ao direito com Lombroso,
que com ela pretendia encontrar o criminoso nato. Na literatura surge a preocupação de
ver o comportamento humano, sem a possibilidade de transcendência, como por
exemplo Émile Zola, romancista francês, onde se pretende substituir o homem abstrato
e metafísico, pelo homem natural, submetido as leis físico-químicas determinada pelas
influências do meio. No Brasil Aluízio Azevedo enquadra-se nesta linha com as
obras: O Mulato, O Cortiço e Casa de Pensão.
O POSITIVISMO NO BRASIL
Contexto de Surgimento do Positivismo no Brasil
a) Luís Pereira Barreto, que é médico. Suas obras que eram para serem em três tomos
(só saiu 2, devido as divergências com os ortodoxos) são o “documento mais importante
do positivismo brasileiro, por seu sentido filosófico e pela originalidade de aplicar a lei
dos três estados à realidade brasileira, afirmando que o Brasil havia ultrapassado o
estado teológico, achava-se no metafísico e caminhava para o positivo” (69).
b) Alberto Sales, Não chegou a criar uma filosofia, mas foi um dos grandes ideólogos
da República, fundamentando sua ação em Comte e depois Spencer. Em sua obra
aparece pela primeira vez formulada a ideia de que a Republica exigia uma mudança no
regime de vida do país, como também posicionava-se favorável a uma doutrina sobre o
homem e a sociedade a fim de que com isto pudéssemos ter um guia à política para as
novas gerações.
“Na Europa o positivismo servia para justificar as novas atitudes da burguesia em sua fé
no progresso retilíneo da humanidade, nas Américas se apresenta de maneira diversa
daquela como era compreendido no continente europeu, trazendo em seu bojo um
acentuado car ter político (…) No Brasil preenche as aspirações revolucionárias da
classe média urbana, que assenta suas bases nas cidades e sobretudo nas academias de
Direito, na pretensão de se criar e definir uma nova consciência da realidade nacional,
frente a ordem política social dominante” (70).
Na década de 1850 o Brasil sofre uma grande crise provocada pelas restrições as
exportações, gerando uma elevação dos gêneros de 1ª necessidade. A economia
nacional sofre um grande abalo até 1864. A mão de obra é escassa e as epidemias de
varíola e de cólera, flagelavam as províncias.
“Ao lado desta corrente dominante, havia um grupo de `reação católica’ identificado no
tradicionalismo, Krausismo, romantismo, além de neotomismo, que traduziam os
anseios de uma elite espiritualistas que se opunha a cultura oficial, então empirista e
liberal, senão mesmo espiritualista, mas de um espiritualismo racionalista, indiferente
ao cristianismo” (73).
Para alguns, o positivismo seria simples rótulo para a conduta ideal de oposição à
monarquia. Esta visão formou-se na “Faculdade de Direito de São Paulo com acentuado
criticismo no plano lógico e um republicanismo de aspectos nitidamente revolucionário
no plano das realidade político-sociais (77).
Este movimento cientificista é de cunho religioso mantido pela Igreja positiva, tendo
como figura centrais Miguel Lemos (1854-1916) e Teixeira Mendes (1855-1927), sendo
este último um dos principais argumentadores, discutindo horas a fio e escrito em favor
desta doutrina, da qual jurava fidelidade em muitos casos porém, também abusava da
dedução. O positivismo como ciência possuía dois aspectos: o primeiro a filosofia como
síntese das ciências; o segundo é o entendimento da própria ciências, que Comte
considerava esgotada com a construção da mecânica celeste, termo de sua evolução
normal. Os positivistas brasileiros deram costas as ciências, para manter-se fiéis a
doutrina de Comte.
A reação a concepção de ciências não tardou a ocorrer, um dos opositores, foi Otto de
Alencar, que deu-se conta que as contradições de sua obra, eram refutadas pela
evolução da matem tica. Sob a coordenação de Otto de Alencar, funda-se a academia de
ciências que ser uma grande opositora a concepção comtista.
A vinda de Alberto Einstein ao Brasil em 1925 (06 de maio), serviu para mostrar o
isolamento do positivismo no mundo científico. E foi pela ciência que o positivismo
adquiriu prestígio. Sua maior derrota, porém deve-se ao cultivo da ciência e a criação da
universidade na década de 30. A difusão do comtismo em terras brasileiras, ocorreu por
meio da corrente denominada: positivismo ilustrado que tinha como seus maiores
destaques: Luís Pereira Barreto, Alberto Sales, Pedro Lessa e contemporaneamente Ivan
Lins (1904-1975). Esta corrente apostou no aspecto pedagógico do comtismo,
apostando na reforma dos espíritos.
O CASTILHISMO
“Julio de Castilhos empolgaria a liderança das facções republicanas riograndense graças
a prolongada guerra civil ocorrida no Estado, em seguida a proclamação da república.
Assumiu o poder em 1893 e pode, então dar início a aplicação da doutrina que havia
inserido na constituição estadual, inspirando-se em Comte. Segundo esta, não existe
poder legislativo autônomo. A assembleia reúne-se apenas para votar o orçamento e
aprovar a prestação de contas do governante. A leis são elaboradas pelo executivo (…)
o poder executivo centraliza-se em torno da presidência, sendo substituto eventual de
sua livre nomeação. Dispõe da faculdade de intervir nos executivos municipais.
Assegura-se a sua reeleição (…) A constituição gaúcha nada tinha a ver com a carta
Magna de 1891 (…) Castilho manteve o poder até 1898, transmitindo-o a Borges de
Medeiros que governou até 1928” (82).