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- capítulo um –
Nesse capítulo o autor vai explanar e analisar o movimento da história da filosofia burguesa.
Tal apreensão é necessária para que não façamos apreensões subjetivistas nem a-históricas,
que são características justamente da filosofia burguesa em sua fase de decadência filosófica.
O autor começa colocando que a história da filosofia burguesa pode ser dividida nitidamente
Apesar de o autor usar referências dos principais pensadores da filosofia burguesa, ele não
desde sua gênese revolucionária, até o momento em que a burguesia ao tomar os meios de
produção e revolucioná-los, efetiva assim sua dominação diante das outras classes.
A partir desse momento, a burguesia tem uma mudança radical em sua essência
burguesia se tornam conflitantes com seu caráter, agora, reacionário, colocando seus
história como classe autônoma, em-si e para-si, capaz de resolver em sentido progressista as
A burguesia passa então de um caráter revolucionário, com uma práxis progressista, para uma
condição de tomar como prioridade não o desenvolvimento da Razão, mas de tecer “teorias”
(ou “epistemes”) que justifiquem a realidade social. Isso desloca a importância da Razão e
abre mão de suas das categorias da Razão, do humanismo e historicismo no momento em que
tais categorias se voltam para sua própria dominação enquanto classe sobre as demais.
O autor localiza em Hegel o ponto que é tanto o auge do progresso da filosofia burguesa
histórico e objetivo.
Esse ponto é interessante para que a gente entenda que nem Marx nem Engels leram autores
marxistas para forjar sua teoria e método. Eles partiram do que havia de mais avançado na
filosofia burguesa, até porque Marx queria apreender a sociedade burguesa. Portanto, o
marxismo é uma práxis que está inserida e se forja dentro da sociedade burguesa.
É a partir destes autores que o marxismo retoma os avanços feitos pela burguesia no momento
histórico em que a mesma era uma classe revolucionária. Porém, ao retomar tais avanços, o
Então, é a partir da ideologia de Hegel que Marx e Engels conseguem avançar para o sentido
materialista e revolucionário a dialética idealista hegeliana. Assim como é nos autores clássicos
da economia liberal (Ricardo, Smith) que Marx avança para a economia política.
Mas o desenvolvimento da filosofia burguesa não era algo homogêneo, portanto, já haviam
autores que tinha esse caráter mais reacionário e que são atualizados intensificando seu
revolução social em sua totalidade, não somente no plano econômico. A dominação cultural
burguesa também foi um ponto fundamental para seu caráter revolucionário. O que acontece
no momento de decadência é que a burguesia, ao trair sua própria revolução para se manter
no poder, ela utiliza essa dominação econômica, cultural e social para estabelecer-se como
O autor reforça que a filosofia burguesa progressista já havia percebido “o papel ativo da ação
humana na formação da objetividade social”. Contudo, foi a partir da economia clássica inglesa
que essa ação humana passou de uma categoria abstrata, individualista e idealista para uma