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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTABEIS

ANTONIO NELZIR ALVES RODRIGUES


GILDEONE DE SOUSA MESSIAS LOPES

O PAPEL DA CONTABILIDADE E A FUNÇÃO DO


CONTADOR

Araguaína - TO
2016
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ANTONIO NELZIR ALVES RODRIGUES


GILDEONE DE SOUSA MESSIAS LOPES

O PAPEL DA CONTABILIDADE E A FUNÇÃO DO


CONTADOR

Atividade interdisciplinar apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para
a obtenção de média semestral nas disciplinas de
Contabilidade Geral, Economia, Homem, Cultura e
sociedade, Seminário Interdisciplinar e Educação a
Distância.

Orientador: Profª. Vania de Almeida Silva Machado


Profª. Maria Eliza Correa Pacheco
Profª. Clevia Israel Faria Franca
Prof°. Alcides José da Costa Filho
Profª. Suzi Bueno de Almeida
Prof°. Leonardo Antonio Silvano Ferreira

Araguaína – TO
2016
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................4
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................5
2.1 Breve histórico da contabilidade ........................................................................5
2.2 Breve histórico da contabilidade no Brasil .........................................................5
2.3 O papel da contabilidade nas organizações.......................................................6
2.4 A profissão contábil.............................................................................................6
2.5 As responsabilidades do contador .....................................................................7
2.6 Órgãos fiscalizados dos profissionais contábeis ...............................................8
2.7 O exame de suficiência contábil ........................................................................9
2.8 O desafio do serviço contábil no novo milênio ..................................................10

3. CARATERIZAÇÃO DA PESQUISA ....................................................................11

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA ENTREVISTA .............................11


4.1 Dados do escritório contábil................................................................................11
4.2 Resultados da entrevista....................................................................................11

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................15

REFERÊNCIAS......................................................................................................16

APENDICE A............................................................................................................17
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INTRODUÇÃO

A contabilidade tem suas raízes na organização das civilizações primitivas


onde os povos primitivos, de forma rudimentar, inventaram – na, a fim de utilizá – la
como ferramentas de controle patrimonial. Com o tempo, o homem evoluiu em
sociedade, tornando – a indispensável, não somente, na organização do patrimônio
como também, nas relações comerciais e analise das organizações, assim como o
contexto e mercado em que estas estão inseridas.
Neste contexto, o atual mercado de trabalho está cada vez mais exigindo dos
profissionais contábeis, buscando contadores com competência de compreender a
conjuntura do mundo dos empreendimentos, afim de orientar os gestores a tomares
decisões conscientes.
Assim, a presente pesquisa, tem o objetivo de investigar um profissional
contábil atuante, na busca de melhor compreender a grande importância e influencia
da contabilidade no mundo dos negócios, bem como o universo de atuação dos
contadores.
Na busca de cumprir tal objetivo, o presente trabalho, inicialmente foi realizada
uma pesquisa bibliográfica, buscando uma fundamentação segundo publicações
cientificas e acadêmicas a respeito da área de conhecimento e da profissão contábil.
Assim, este trabalho está estruturado em três partes.
No referencial teórico, faz – se um breve levantamento a respeito da história da
contabilidade, bem como, início e sua evolução no Brasil, como também, o papel da
mesma para o desempenho das organizações. Investiga – se também, na legislação
vigente, quanto à profissão contábil, suas responsabilidades, órgãos fiscalizadores e
sobre o exame de suficiência contábil.
A etapa seguinte expõe a caracterização da pesquisa, discussão e analise da
entrevista realizada com o contador. Por fim, são realizadas as considerações finais
a respeito da problemática da pesquisa.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. BREVE HISTÓRICO DA CONTABILIDADE

A contabilidade é uma das atividades mais antigas da civilização humana e


nasceu da necessidade do homem registrar os fatos ocorridos, as coisas que
possuía. Registros históricos mostram que deste a pré – história, o homem utiliza –
se de técnicas contábeis, ainda que de forma rudimentar, para registrar as coisas
que possuía.
Assim, com o decorrer do tempo e a chegada da modernidade, as atividades
financeiras foram tornando – se cada vez mais complexas, então, o homem foi
desenvolvendo e aprimorando novas técnicas para quantificar e controlar o seu
patrimônio, entre as quais, pode – se destacar o método das partidas dobradas de
Frei Luca Pacioli, publicado em sua obra, Tratactus de Computis et Scripturis, em
1494, um marco na história da contabilidade.
Na Idade Média surgem diversas inovações na contabilidade, introduzidas
por seus usuários, mais especificamente pelos governos e a Igreja. Mas é
somente na Itália que surge o termo “Contabilitá”.
Esta expressão veio junto com a obra do Frei Luca Pacioli, que escreveu
“"Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas
Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que a teoria contábil do débito e
do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.”
(HISTÓRIA..., 2014) (https://www.colaboraread.com.br/aluno/webaula/
índex/0949236201?atividadeDisciplinaId=4991899#3. Acessado em
maio/2016.)

Portanto, a contabilidade tornou – se uma das principais ferramentas de


organização do patrimônio, e certamente, nos dias atuais é fundamental para as
tomadas de decisões, dentro e fora das organizações, possibilitando controle
financeiro, econômico e desempenho dos empreendimentos.

2.2. BREVE HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE NO BRASIL

Segundo Reis (2008), a contabilidade iniciou – se no Brasil no período colonial


com o desenvolvimento das primeiras alfândegas em 1530, em 1549 foram criados
os armazéns alfandegários e a coroa portuguesa nomeou o primeiro “Contador
Geral” da colônia, Gaspar Lamego. Já em 1770, o então rei de Portugal, Dom José,
determina que em todos os territórios de domínio da coroa portuguesa era preciso
registro e matricula para exercer a profissão de Guarda – Livros. No entanto, foi em
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1870, que aconteceu oficialmente a regulamentação dos profissionais de


contabilidade no Brasil, com a publicação do decreto imperial n° 4.475 em 18 de
fevereiro de 1870 que regulamentou a profissão contábil, com a criação da
Associação dos Guarda – Livros, sendo assim, a primeira ocupação liberal
regulamentada no país. A expressão “Guarda – Livros” referindo – se aos
profissionais da contabilidade, perdurou até meados do século XX.

[...] No Brasil até a década de 60, este profissional era chamada de


“guarda-livros”, a nosso ver, titulo pejorativo e pouco indicador.
Todavia, com o milagre econômico na década de 70, essa expressão
desapareceu e observou-se um excelente e valorizado mercado de
trabalho para os contabilistas. (IUDÍCIBUS; MARION; FARIA, 2009
p.20).

2.3. O PAPEL DA CONTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES

Os objetivos principais da contabilidade é oferecer e permitir aos seus usuários


o máximo de informações a respeito da situação financeira e econômica, a fim de
descrever os fatos contábeis no ambiente interno e externo das organizações,
contribuindo para as tomadas de decisões por parte de seus usuários.
Neste contexto,

A contabilidade foi aos poucos se transformando em um importante


instrumento para se manter um controle sobre o patrimônio da empresa e
prestar contas e informações sobre gastos e lucros tanto ao ambiente
interno como externo. [...] Ela é fundamental dentro de uma empresa,
direcionando seus negócios e monitorando seus custos e despesas além de
fornecer informações ao ambiente externo, principalmente aos órgãos
reguladores, como o Estado, com a qual as empresas precisam prestar
contas. (FARBER; LUZ; LIMA; PINTO; MORAES, 2014, p.247 – 248.
Disponível em: https://www.colaboraread.com.br/aluno/dashboard/index/236
201. Acessado em maio/2016)

Assim, a contabilidade tornou – se ferramenta imprescindível, não somente as


pessoas jurídicas, mas também a qualquer pessoa física, no que diz respeito à
administração patrimonial, já que sem ela seria impossível conhecer a saúde
empresarial econômica e financeira de das pessoas e empresas.

2.4. A PROFISSÃO CONTÁBIL

De acordo a Resolução CFC n.º 560, de 28 de outubro de 1983, que dispões


sobre as prerrogativas Dispõe sobre as prerrogativas profissionais de que trata o
artigo 25 do Decreto-lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, no capítulo I, que fala das
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atribuições da profissão, mostra o quanto é amplo o mercado de trabalho dos


contadores:
O contabilista pode exercer as suas atividades na condição de
profissional liberal ou autônomo, de empregado regido pela CLT, de servidor
público, de militar, de sócio de qualquer tipo de sociedade, de diretor ou de
conselheiro de quaisquer entidades, ou, em qualquer outra situação jurídica
definida pela legislação, exercendo qualquer tipo de função. Essas funções
poderão ser as de analista, assessor, assistente, auditor, interno e externo,
conselheiro, consultor, controlador de arrecadação, controller, educador,
escritor ou articulista técnico, escriturador contábil ou fiscal, executor
subordinado, fiscal de tributos, legislador, organizador, perito, pesquisador,
planejador, professor ou conferencista, redator, revisor.

Atualmente, diante dos incentivos, empréstimo e financiamentos, e facilidades


propostas governo para a formalidade empresarial que proporcionou um grande
salto no número de cadastro de pessoas jurídicas, principalmente micro e pequenas
empresas e MEI – Micro Empreendedor Individual, o trabalho do contador consiste,
principalmente como consultoria e assessoramento para que estas empresas
possam subsistir.
Cada vez mais se percebe a necessidade de planejar, controlar e pesquisar
métodos para reduzir ou eliminar desperdícios e melhorar a qualidade. O
contador é o agente que pode qualificar quantificar e interpretar os efeitos
de transações planejadas, para tomar decisões e resolver problemas. O
profissional contábil não é responsável pelas decisões, mas responsável
pelo levantamento das informações e pelas dicas que interessam aos
usuários para solução de problemas. (FARBER; LUZ; LIMA; PINTO;
MORAES, 2014, p. 254 – 255. Disponível em:
https://www.colaboraread.com.br/aluno/dashboard/index/236201. Acessado
em maio/2016)

Neste contexto, o contador, que outro hora, era conhecido apenas como um
registrador de eventos contábeis, agora ganhou notoriedade e respeito e
reconhecimento, assim como também, tornou – se indispensável na orientação do
controle patrimonial e no auxilio das tomadas de decisões futuras das atividades
financeiras e econômicas.

2.5 RESPONSABILIDADES DO CONTADOR

Varias normas regem a profissão contábil, pode – se destacar a Resolução


CFC nº 803/96 que dispõe sobre Código de Ética Profissional do Contador, afirma
no artigo 2°, inciso I, que são deveres do Profissional da Contabilidade:

Art. 2º São deveres do Profissional da Contabilidade:


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(Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)

I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade


técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os
interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade
e independência profissionais; (Redação alterada pela Resolução CFC nº
1.307/10, de 09/12/2010) Disponível em : http://www.normaslegais.com.br/
legislação/resolucaocfc1307_2010.htm, acessado em maio/2016.

Ainda, de acordo com o novo código civil, artigo 1177, parágrafo único, mostra
que no exercício da profissão, os contadores respondem perante seus clientes por
atos culposos, e por atos dolosos, segundo texto em destaque a seguir:

Artigo 1.177 - Os assentos lançados nos livros ou fichas dos proponentes,


por quaisquer dos prepostos encarregados de sua escrituração produzem,
salvo se houver procedido de má fé, os mesmos efeitos como se fossem por
aquele.
Parágrafo único - No exercício de suas funções, por prepostos são
pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e
perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
Disponível em: http://licitacoes.ufsc.br/files/2014/10/Novo-C%C3%B3digo-
Civil.pdf, acessado em maio/2016.

Assim, verifica – se que o mercado exige que os profissionais da área contábil


sejam éticos e estejam sempre atentos às boas práticas e condutas da profissão,
além disso, em tempos que o conhecimento cientifico está cada vez mais difuso, a
sociedade agrega cada vez mais valores morais que norteiam seus agentes e
entidades.

O avanço da liberdade individual e das conquistas inalienáveis do homem


trouxe uma geração muito preocupada com os seus direitos em detrimento
dos seus deveres.
Disponível em: http://www.old.angrad.org.br/_resources/_circuits/article/
article_1117.pdf. acessado em maio/2016.

2.6 ÓRGÃOS FISCALIZADORES DOS PROFISSIONAIS CONTÁBEIS

Como órgãos fiscalizadores dos profissionais contábeis, atribuída pelo


Pelo Decreto-Lei nº 9.295 de 27 de maio de 1946, criou - se o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC) e o Conselho Regional de Contabilidade (CRC),
assim como, definiu também as atribuições dos contadores e doo técnico de
contabilidade, competindo a estes órgãos fiscalizar as profissão.
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O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é uma Autarquia Especial


Corporativa dotada de personalidade jurídica de direito público. Criado e
regido por legislação específica, o Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de
1946, o CFC possui estrutura, organização e funcionamento
regulamentados pela Resolução CFC nº 1.370, de 8 de dezembro de 2011,
que aprova o Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade. O CFC é
integrado por um representante de cada estado e mais o Distrito Federal, no
total de 27 conselheiros efetivos e igual número de suplentes – Lei nº
11.160/05 -, e tem, dentre outras finalidades, nos termos da legislação em
vigor, principalmente a de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da
profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de
Contabilidade , cada um em sua base jurisdicional, nos Estados e no Distrito
Federal; decidir, em última instância, os recursos de penalidade imposta
pelos Conselhos Regionais, além de regular acerca dos princípios
contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de
educação continuada, bem como editar Normas Brasileiras de Contabilidade
de natureza técnica e profissional. Em 2010 foi sancionada pelo Presidente
da República a Lei 12.249 /2010, que institui a obrigatoriedade do Exame de
Suficiência na área contábil.
Disponível em: http://cfc.org.br/oconselho/. Acessado em maio/2016.

O CRC - Conselho Regional de Contabilidade é subordinado ao Conselho


Federal de Contabilidade – CFC, e tem como objetivos, registrar, fiscalizar e
desenvolver educação continuada fortalecendo e valorizando profissão contábil.

2.7 EXAME DE SUFICIÊNCIA CONTABIL

De acordo com a lei nº Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010, que alterou os


Decretos-Leis nos 9.295, de 27 de maio de 1946, 1.040, de 21 de outubro de 1969:

Art. 12. Os profissionais a que se refere este Decreto-Lei somente poderão


exercer a profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em
Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministé- rio da Educação, aprovação
em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade
a que estiverem sujeitos. Disponível em:
http://www1.cfc.org.br/uparq/lei12249.pdf, acesso em maio 2016.

O exame do CFC – Conselho Federal de Contabilidade ou exame do CRC –


Conselho Regional de Contabilidade foi instituído pela resolução CFC n° 853/99 de
28 de julho de 1999 como pré-requisito para a habilitação profissional, como
objetivo comprovar o conhecimento mínimo necessário para que o profissional
possa desenvolver as suas prerrogativas no mercado de trabalho.
Apesar do exame de ter sido uma reivindicação da classe contábil e de
conseguir implanta – lo, um decisão judicial expedida em agosto de 2006, o mesmo
Durante muitos anos, a classe contábil reivindicou a implantação do exame; ao
consegui-la, a ela juntou-se a opinião pública, francamente favorável à avaliação
das categorias profissionais.
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Mas, em agosto de 2006, o exame de suficiência foi extinto por uma


determinação judicial, no entanto em 2010, o projeto de lei 12.249/2010, foi
aprovado retomando as avaliações em 2011. Atualmente, o exame possui duas
edições por ano, sendo a Fundação Brasileira de Contabilidade responsável pela
sua aplicação.

2.8 O DESAFIO DO SERVIÇO CONTÁBIL NO NOVO MILÊNIO

Com a difusão das tecnologias, mídias, a globalização das informações se


consolida não somente entre as pessoas, mas também acerca das empresas e
organizações e neste contexto, o profissional contábil deve está atento e
acompanhar tais avanços.
Assim, é preciso que o profissional esteja disposto a buscar constantemente o
conhecimento, não somente da própria área contábil, mas também das áreas que
tecnológicas e administrativas para que seu exigente trabalho seja consistente e
consolidado.
Diante dos anseios da sociedade perante a profissão contábil, Franco (1999, p.
86), afirma:
As expectativas da sociedade crescem continuamente, uma vez que ela vê
a profissão contábil como capaz de enfrentar os desafios do futuro e de
cumprir suas responsabilidades. A profissão tem, portanto, de avaliar e
reconhecer até onde ela pode atender às expectativas da sociedade,
sempre crescentes, adaptando-se às novas situações, seu crescimento será
assegurado.
Isso exigirá constante comparação entre as expectativas da sociedade e a
capacitação dos membros da profissão para atender a essas expectativas.
Ela terá, portanto, de atualizar constantemente seus conhecimentos para
justificar sua afirmação de que pode atender às necessidades da sociedade.

Nesse contexto, o contador não é apenas um mero coadjuvante ou simples


“emissor de guias de pagamento”, mas um personagem ativo, que auxilia um
mercado econômico prestando serviços e informações de qualidade a sociedade.
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3. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
O presente trabalho é de caráter exploratório e qualitativo, em que foi realizada
uma pesquisa de campo em que se utilizou como método de coleta de dados, uma
entrevista, por meio de um questionário aberto contendo 10 questões com o sócio
majoritário e responsável por um escritório contábil, que segue em anexo, com
perguntas a cerca do cotidiano de um escritório de contabilidade e a respeito do
papel do contador no mercado de trabalho, bem como sua contribuição para a
sociedade.
Quanto aos objetivos, ao final da pesquisa busca – se, que seja possível, fazer
uma analise reflexiva do funcionamento de um escritório contábil, assim como, a
função e atuação do contador junto às intuições, clientes e sociedade.

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA ENTREVISTA

4.1 DADOS DO ESCRITÓRIO CONTÁBIL

Ano de fundação: 2015


Quantidade de funcionários: 03
Quantidade de sócios: 01
Formação dos sócios: administração e ciências contábeis
Grau de formação do entrevistado: pós – graduado
Sócio: ROSILENE OLIVEIRA – CRC 005313-TO

4.2 RESULTADOS DA ENTREVISTA

Ao ser questionado a respeito do papel do contador na sociedade, a entrevista


respondeu que o contabilista tem empiricamente a responsabilidade de colaborar
para a evolução patrimonial, econômica das entidades as quais presta assessoria, e
assim, essas entidades poderão trazer maiores benefícios à sociedade com geração
de emprego e desenvolvimento econômico.
Já, quando perguntada sobre como o seu cliente acredita que deve ser a
função do contador perante a empresa, e qual o real valor dado pelo empresário às
informações contábeis, a entrevistada respondeu que para ela, a maioria dos
empresários só contrata contador por obrigação da lei, mas que não sabem e nem
procuram aprender sobre a interpretação de suas demonstrações contábeis –
financeiras.
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Então perguntou – se, como o contador pode precificar o seu serviço? Quais
são os mecanismos utilizados para realizar esse cálculo?
Ela respondeu que o sindicato das empresas de serviços contábeis e das
empresas de assessoramento, perícias, informações e pesquisas do Tocantins –
SESCAP, atualiza anualmente o guia de preços de serviços, mas nem sempre o
cliente pode pagar o valor correto dos honorários, então para o pequeno empresário
ou empresa entrante no mercado, valor é reduzido, conforme as suas possibilidades,
afinal, segundo ela, o contador tem também o dever de fazer com que o seu cliente
evolua e cresça no mercado, pois assim, todos poderão crescer juntos.
Interrogada sobre quais as vantagens e desvantagens da exigência do Exame
de Suficiência, ela foi enfática em responder que contribui para qualificar o
profissional, porém ressaltou que, nem tudo que se aprende na faculdade é
suficiente para formar um profissional e que a faculdade assim como o exame
habilita o contador a atuar, mas que, é prática do trabalho que realmente o contador
se profissionaliza. Segundo ela, sem o exame, certamente muitos contabilistas
estariam mais do que perdidos em meio ao mercado.
Em seguida, foi questionado a entrevistada, sobre o que é Responsabilidade
Solidária do Contabilista? E o que seria a Declaração do Administrador que está no
site do Conselho Federal de Contabilidade?
Para ela, empresa é responsável por informar ao contador todas as suas
transações de maneira que ele possa registrar e transmitir, mas, que o contador
assume solidariamente (perante a justiça e CFC – Conselho Federal de
Contabilidade), a responsabilidade de possíveis farsas ou informações incorretas
prestadas aos fiscos. Respondeu ainda, que a Declaração do Administrador, é um
documento onde o próprio cliente declara, sob pena de sanções legais, que todas as
informações entregues a seu contador, são fidedignas.
A resposta da entrevista vai de encontro, com o pensamento de autores e
pesquisadores no que diz respeito à ética e os valores morais da profissão:
[..], no âmbito da ética geral não deve o indivíduo esquecer de sua situação
profissional, pois quanto mais importante e elevada for a atividade desempenhada,
tanto mais ela se projetará, eticamente sobre o profissional, impondo-lhe uma
conduta que não o prejudique como trabalhador, nem prejudique a profissão que
exerce. (Oliveira, Azevedo, 2012, Pag.4 – 5.)
Em seguida, perguntou – se a entrevistada, qual a importância para a formação
do Cientista Contábil o conhecimento sobre as Relações Sociais, a Ética e a
Diversidade Cultural?
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Respondeu que o contador tem sempre que trabalhar dentro do seu código de
ética profissional, mas também é necessário entender a cultura social onde está
inserido, para que se perpetue no mercado. Então, perguntou – se que, sabendo
que o contador, é um cientista social responsável pelo sistema de informação
empresarial, para levar, às empresas, a luz do conhecimento socialmente
responsável, qual a relação de suas funções com a Ética e o Combate a Corrupção?
A entrevista foi enfática, a dizer que, o contador, além de ter a responsabilidade
legal de ser ético, deve sempre esclarecer a seu cliente a forma correta de gerar as
informações e se possível analisar em cada empresa, a possibilidade de
desenvolver um planejamento tributário, parcelamento de impostos (se necessário) e
outros artifícios legais, demonstrando sempre a seus clientes que existem formas
dentro da lei de, principalmente, reduzir a carga tributária. E complementou ainda
que, se nenhuma orientação adiantar, é lícito ao contador se negar a declarar
qualquer informação enganosa, mesmo que o cliente insista e mesmo que o cliente
ameace a romper o contrato.
Na sequência, foi perguntado a respeito de como o ambiente econômico afeta
a percepção do empresário pelo trabalho do contador. Conjuntamente, foi
perguntado se, em épocas de crise o Contador é considerado um custo ou um
investimento?
Para a entrevistada em todas as épocas, o empresário considera o contador
como um custo e que se não fosse obrigado por lei, certamente, os próprios
empresários tentariam fazer suas próprias contabilidades, e mencionou como
exemplo o MEI (microempreendedor individual), que não está obrigado a contratar
um contador, e que desde que foi criado, somente este ano, fui procurada por três
MEI para “arrumar” suas empresas.
Perguntada se ela esperava que as atividades do profissional contábil seriam
prejudicadas ou beneficiadas em função da diminuição do ritmo dos clientes e que
se a crise deve ser vista como uma ameaça ou como uma oportunidade para o
contador, já que o Brasil vem passando por um momento delicado do ponto de vista
econômico e financeiro, a entrevistada disse que, na opinião dela essa “crise
econômica” do país, não afeta na questão contábil, segundo a mesma, se não afeta,
então, nem abre oportunidade e nem ameaça os contadores.
Por fim, foi questionado sobre como o contador pode auxiliar a empresa a
melhorar o desempenho do negócio e ajudá-lo a se sobressair com relação à
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concorrência. Para ela, não parte do papel do contador ajudar a seu cliente a
sobressair à concorrência, pois isso iria requerer conhecimento sobre a concorrência
do cliente, e isso é papel do administrador, marqueteiro ou departamento comercial.
Segundo a entrevistada, o que o contador deve fazer é ajudar, assessorar, instruir
ao cliente a manter suas obrigações fiscos – sociais atualizadas, dar suporte à
tomada de decisão com relação a investimentos, e se o cliente tiver interesse,
ensiná-lo a interpretar as suas demonstrações contábeis.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da presente pesquisa, é possível observar que a contabilidade, no


contexto da evolução social e patrimonial do homem, sempre se fez presente, como
uma poderosa ferramenta com capacidade de desenvolver métodos que avaliam
mensura, apresenta resultados, caminhos e soluções que proporciona rentabilidade
e sustentabilidade, além projetar uma longevidade para as organizações.
Logo, os trabalhos contábeis, devem ser considerados e vistos pelos gestores
não simplesmente como técnicos que registram fatos contábeis, mas como parceiros
engajados com o desenvolvimento de seus patrimônios.
Assim, o trabalho do contador deve ser pautada por uma postura ética e
irrepreensível frente aos interesses das organizações e clientes, aos quais, o mesmo
presta serviço.
Neste contexto, analisando a entrevista, percebe – se que o trabalho do
contador é repleto de desafios, em prestar serviço de qualidade, como também de
está disposto em buscar contínua formação, especialização, já que o conhecimento
se consolida com a experiência adquirida com a prática.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 https://www.colaboraread.com.br/aluno/dashboard/index/0949236201, acessado
em maio/2015.
 IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de.
Introdução à Teoria da Contabilidade. 5ª ed, São Paulo: Altas, 2009.
 http://www1.cfc.org.br/uparq/lei12249.pdf. acessado em maio/ 2016.
 http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhessre.aspx?Codigo=1983/000560. Acesso
em maio/2016.
 http://licitacoes.ufsc.br/files/2014/10/Novo-C%C3%B3digo-Civil.pdf. Acesso em
maio / 2016.
 OLIVEIRA, João Mandim de; Azevedo, Solange Coelho de. ÉTICA: TRÊS
DILEMAS DE VALORES. Disponível em:
http://old.angrad.org.br/_resources/_circuits/article/article_1117.pdf. acessado em
maio/2016.
 FRANCO, Hilário. A evolução dos Princípios Contábeis no Brasil, São Paulo,
Atlas, 1988.
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ANEXOS:

ENTREVISTA COM A CONTADORA

I – DADOS DO ESCRITÓRIO CONTÁBIL

1. Ano de fundação:
2. Quantidade de funcionários:
3. Quantidade de sócios:
4. Formação dos sócios:
5. Grau de formação do entrevistado:

II – ROTEIRO DE ENTREVISTA

a) Como o contador vê o seu papel na sociedade?

b) Como o seu cliente acredita que deve ser a função do contador perante a
empresa? E qual o real valor dado pelo empresário às informações contábeis?

c) Como o contador pode precificar o seu serviço? Quais são os mecanismos


utilizados para realizar esse cálculo?

d) Quais são as vantagens e desvantagens no seu ponto de vista na exigência do


Exame de Suficiência?

e) O que é Responsabilidade Solidária do Contabilista? E o que seria a Declaração


do Administrador que está no site do Conselho Federal de Contabilidade?

f) Qual a importância para a formação do Cientista Contábil o conhecimento sobre


as Relações Sociais, a Ética e a Diversidade Cultural?

g) Sabendo que o contador, é um cientista social responsável pelo sistema de


informação empresarial, para levar, às empresas, a luz do conhecimento
socialmente responsável, qual a relação de suas funções com a Ética e o Combate a
Corrupção?
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h) Como o ambiente econômico afeta a percepção do empresário pelo trabalho do


contador? Em épocas de crise o Contador é considerado um custo ou um
investimento?

i) Considerando que o Brasil vem passando por um momento delicado do ponto de


vista econômico e financeiro, você espera que as atividades do profissional contábil
serão prejudicadas ou beneficiadas em função da diminuição do ritmo de seus
clientes? A crise deve ser vista como uma ameaça ou como uma oportunidade para
o contador?

j) Como o contador pode auxiliar a empresa a melhorar o desempenho do negócio e


ajudá-lo a se sobressair com relação à concorrência?

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