Substratos orgânicos na produção de mudas de mamão 'Sunrise Solo'

Victor Flavio Bertolino Bonatti1, Erica Rodrigues Moreira2 e Paulino Taveiro de Souza2
1
Estudante do Curso de Agronomia da Universidade Federal do Goiás – Regional Jataí, BR 364, km 195, nº 3800 CEP 75801-615
2
Docentes da Universidade Federal de Goiás E-mail: erica_rmoreira@hotmail.com; paulinoagro@gmail.com

Resumo – Para produzir mudas de mamão 'Sunrise Solo' (Carica papaya L.) de qualidade, torna-se necessária a
utilização de um substrato adequado para um bom desenvolvimento das plantas. Assim, objetivou-se com este
trabalho avaliar os efeitos de substratos orgânicos de origem animal na produção de mudas de mamão 'Sunrise Solo'.
O experimento foi conduzido em viveiro, em blocos ao acaso com quatro tratamentos: T1) solo (100%), T2) Solo +
areia + esterco bovino (65%; 10%; 25%), T3) Solo + areia + cama de frango (65%; 10%; 25%), T4) Solo + areia + húmus
de minhoca (65%; 10%; 25%) e quatro repetições. Avaliaram-se porcentagem de emergência de plântulas, índice de
velocidade de emergência, tempo médio de emergência, altura de plantas, diâmetro de caule, número de folhas e
comprimento de raiz. Os substratos não afetaram a emergência de plantas de mamão, porém o substrato com cama
de frango resultou em maior altura de plantas, diâmetro de caule, número de folhas e comprimento de raiz,
permitindo um rápido estabelecimento de mudas com vigor e características desejáveis na formação de um estande
apropriado. Para produção de mudas de mamão 'Sunrise Solo' recomenda-se a combinação solo, areia e cama de
frango, que resultou em um desenvolvimento maior das mudas de mamão Sunrise Solo.

Palavras-chave: Carica papaya, adubo orgânico, mamoeiro.

Organic substrates in the produce of papaya seedlings 'Sunrise Solo'

Abstract – To produce papaya (Carica papaya L.) seedlings ‘Sunrise Solo’ of quality it is necessary the use of suitable
substrates that comply with requirements for good plant development. The objective of this work was to evaluate the
effects of organic substrates from animal origin for production of papaya seedlings 'Sunrise Solo'. The experiment was
carried out in a randomized complete block design with four treatments: T1) soil (100%), T2) Soil + sand + bovine
manure (65%, 10%, 25%), T3) Soil + sand + poultry manure (65%, 10%, 25%), T4) Soil + sand + worm humus (65%, 10%,
25%) and four replicates. Percentage of seedling emergence, emergence speed index, mean emergence time, plant
height, stem diameter, leaf number and root length were evaluated. The substrates did not affect the emergence of
papaya plants, but the substrate with poultry manure resulted in higher plant height, stem diameter, leaf number and
root length, allowing a rapid seedlings establishment with vigor and desirable characteristics in forming an
appropriate booth. For production of papaya seedlings ‘Sunrise Solo’ it is recommended to combine soil, sand and
poultry manure.

Keywords: Carica papaya, organic fertilizer, papaya.

Introdução os estados da Bahia e Espírito Santo, que juntos somam

O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma espécie tropical
pertencente à família Caricaceae, a qual está dividida em
cinco gêneros e 31 espécies. Possui provável origem no
Noroeste da América do Sul, mais precisamente na Bacia
Amazônica Superior, onde há o maior número de
indivíduos dentro desta espécie (Trindade, 2000).
A produção mundial de mamão alcançou 12,67
milhões de toneladas em 2014, em uma área de 411,355
hectares. Os principais países produtores são Índia, Brasil,
Indonésia, Nigéria e México. O Brasil detém a segunda
maior produção mundial da fruta, com uma participação
de 12,6% da produção, sendo o segundo maior
exportador, com 9,6% da exportação mundial,
exportando principalmente para a Europa e América do
Norte (FAO, 2017).
A produção no Brasil foi de 1.603.351 toneladas, numa
área de 32.031 hectares em 2014. As regiões Nordeste e
Sudeste, são as maiores produtoras, com destaque para
71% da produção brasileira (IBGE, 2016).
Devido à importância do mamoeiro no cenário da
fruticultura nacional, torna-se necessário o constante
desenvolvimento de pesquisas, principalmente, em
relação à formação de mudas, devido a constante
renovação dos plantios (Lima et al., 2007). Dentre os
fatores que podem afetar a produção de mudas de boa
qualidade estão a qualidade das sementes as quais irão
propagar o mamoeiro, e a qualidade do adubo e do
substrato utilizado, pois estes contribuem para melhor
desenvolvimento e sanidade da muda (Yamanishi et al.,
2004).
Os substratos utilizados para produção de mudas
devem cumprir funções fundamentais a fim de
proporcionar condições adequadas à germinação e um
bom desenvolvimento do sistema radicular (Ramos et al.,
2012). Devem possuir boa estrutura, possibilitando uma
boa aeração, disponibilidade de água e retenção de

Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.11, n.3, p.31-35, set. 2017 31
nutrientes, pH adequado e serem livres de doenças,
insetos pragas e de plantas daninhas (Kämpf, 2005).
Além das características físicas, químicas e sanitárias
observadas na escolha dos substratos, leva-se em
consideração a disponibilidade dos mesmos. O elevado
custo dos substratos comerciais tem levado à utilização
de materiais disponíveis na propriedade, como solo, areia
e compostos orgânicos, principalmente entre os
pequenos produtores rurais que produzem suas próprias
mudas do mamão (Hafle et al., 2011).
Para a produção de mudas de mamão as principais
misturas recomendadas para formulação dos substratos
são: 30% solo, 35% plantmax® e 35% esterco caprino
(Araújo et al., 2010); terra vegetal, areia e esterco bovino,
na proporção de 1:1:2 (Lima et al., 2011). Segundo
Mesquita et al. (2012) o uso do substrato com 80% de
esterco bovino associado a 20% de solo, proporcionaram
às mudas de mamoeiro um ótimo desenvolvimento.
Outras fontes orgânicas são sugeridas para produção
de substratos para esta cultura, como o esterco de aves,
esterco ovino e húmus de minhoca (Hafle et al., 2011). De
acordo com Moreira et al. (2013), a aplicação de
fertilizantes de origem animal promove no solo a
integração de compostos orgânicos que, à medida em
que são decompostos, tornam-se disponíveis às plantas.
Objetivou-se com este trabalho avaliar a produção de
mudas de mamão ‘Sunrise Solo’ em diferentes substratos
orgânicos de origem animal.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido em viveiro da Fazenda
Experimental Santa Rosa do Rochedo pertencente à
Universidade Federal de Goiás (UFG), Regional Jataí,
município da microrregião sudoeste goiano, localizado a
17º 52’53’’S e 51º 42’52’’ W. Gr., a uma altitude de 680 m.
O clima segundo Köppen (1931) é classificado como Awa,
tropical de savana, mesotérmico, com verão chuvoso e
inverno seco.
Tabela 1. Características químicas da cama de frango determinado na matéria seca, esterco bovino e húmus de minhoca
utilizados como substratos orgânicos
pH N P2O5 K2O
Substratos orgânicos
em H2O --------- g kg-1 ----------
Cama de frango(1) - 26,3 27,0 38,0
Esterco bovino(2) 7,7 12,0 2,7 5,1
Húmus de minhoca(3) 6,62 5,17 2,23
1 2
Fonte: SOLOCRIA – Laboratório Agropecuário Ltda. Determinado na matéria seca; Fonte: Silva & Rodrigues, 2011; Fonte: Araújo et
al., 2010
Aos 30 dias após a emergência foram avaliadas as
características:
- Porcentagem de plântulas emergidas (%E): obtida
através da contagem do número de sementes
germinadas quando houve a emissão do hipocótilo;
32 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.11, n.3, p. 31-35, set. 2017
A estrutura em que as mudas foram produzidas
apresentava telado de nylon tipo sombrite com 50% de
luminosidade, contando com sistema de irrigação do tipo
microaspersão, com quatro microaspersores, cada um
com capacidade para 32 L h-1 quatro vezes ao dia (21,33 L
microaspersor-1 dia-1), 7h30, 10h30, 13h30, 16h30,
durante dez minutos. O período de duração do
experimento foi de 26 de outubro de 2015 a 18 de
dezembro de 2015.
Foram utilizadas sementes da empresa Topseed®,
obtidas no comércio local. Foi utilizada a cultivar Sunrise
Solo com 77% de germinação e 99% de pureza.
Os tratamentos utilizados foram: T1) solo (100%), T2)
Solo + areia + esterco bovino (65%; 10%; 25%), T3) Solo +
areia + cama de frango (65%; 10%; 25%), T4) Solo + areia
+ húmus de minhoca (65%; 10%; 25%). O delineamento
experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com
quatro tratamentos e 20 repetições utilizando-se sacos
de polietileno 9 cm x 20 cm x 0,005 cm furados
lateralmente, com capacidade para 1 kg.dm-3 de
substrato. A semeadura foi feita no dia 26 de outubro,
utilizando três sementes de mamão por recipiente. Ao
atingirem aproximadamente 3 cm de altura, foi efetuado
o desbaste das plantas, levando-se em consideração
características de vigor e sanidade das mesmas,
deixando-se uma única planta por recipiente.
Utilizou-se areia grossa peneirada com granulometria
de 0,50 mm. O solo utilizado foi o tipo Latossolo
Vermelho distroférrico, textura argilosa, coletado na
profundidade de 20 - 40 cm, cuja análise química está
apresentou os seguintes resultados: pH (CaCl2) = 5,4; Ca2+
=1,33 cmolc .dm-3; Mg2+ = 0,28 cmolc dm-3; Al3+ = 0,06 cmolc
dm-3, H+Al3+ = 4,1 cmolc dm-3, CTC = 5,7 cmolc dm-3; K =
10,0 mg dm-³; PMehlich = 0,5 mg dm-³ e V = 28,8. Análise
realizada no Laboratório Exata.
A cama de frango foi obtida em aviário do município
de Jataí-GO (casa agropecuária). O esterco bovino e
húmus de minhoca foram obtidos no comércio local
(Tabela 1).
Ca Mg S Cu Zn B
cmolc dm-3 --------- mg kg-1 ---------
- - - 580,0 670,0 200,0
13,0 7,0 2,0 - - -
12,4 14,4 - - - -
3
- Índice de velocidade de emergência (IVE) e Tempo
médio de emergência (TME): determinado mediante a
contagem diária do número de plântulas normais
identificadas na germinação durante 30 dias utilizando-se
respectivamente, as fórmulas citadas por Maguire (1962)
e Edmond e Drapala (1958);
Quarenta e nove dias após a semeadura foram
avaliadas as seguintes variáveis:
- Altura das plantas (cm): utilizando-se uma régua
graduada em centímetros medindo-se da região do colo
até a gema apical;
- Diâmetro médio do caule das plantas (cm): a
realização desta avaliação foi com auxílio de um
paquímetro digital com precisão de 0,01mm medindo-se
caules de plantas consideradas normais na altura do colo
da plântula;
- Número de folhas: foi realizada a contagem total das
folhas das plantas;
- Comprimento de raiz das plantas (cm): foi utilizada
uma régua graduada em centímetros, medindo-se a
distância do colo até o ápice da raiz;
Os dados obtidos foram submetidos à análise de
variância e as médias das variáveis comparadas pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa
computacional ASSISTAT (Silva, 2016).
Resultados e Discussão
A porcentagem de plântulas emergidas de mamão
Sunrise Solo em função de diferentes substratos
encontra-se na Tabela 2. Os tratamentos T1 - Solo
(100%), T2 - Solo + areia + esterco bovino (65%; 10%;
25%), T3 - Solo + areia + cama de frango (65%; 10%; 25%)
e T4 - Solo + areia + húmus de minhoca (65%; 10%; 25%)
proporcionaram emergência acima de 90%, não
apresentando diferença estatística entre si superando os
valores obtidos por Viana et al. (2004) que, ao avaliarem
a porcentagem de emergência de plântulas de mamão
utilizando latossolo acrescido de areia e esterco bovino e
latossolo acrescido de areia e cama de frango, obtiveram
57 e 54% de germinação, respectivamente. A emergência
das plântulas no tratamento T1 (100% solo) apresentou
valor menor em comparação aos demais tratamentos.
Menezes et al. (2013) verificaram que ao fazer o uso de
diversos substratos na germinação de sementes de
mamão nas variedades Formosa e Havaí, o substrato
contendo apenas solo deteve uma menor média de
emergência, apresentando 30,1% para o Formosa e para
o Havaí não houve emergência.
Os substratos acrescidos de material orgânico
apresentaram os melhores resultados para porcentagem
de emergência de plântulas por proporcionarem
condições essenciais ao processo germinativo, como a
maior retenção de água, sendo esta, um dos
componentes fundamentais para que a germinação
ocorra. Sabe-se que os materiais orgânicos agem como
condicionadores do solo, a partir de seu efeito de
agregação de partículas, que indiretamente afeta outros
atributos físicos como a densidade, a porosidade, a
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aeração, a capacidade de retenção e a infiltração de água
(Brancalião & Morais, 2008).
Diferenças estatísticas não foram encontradas entre
as médias de índice de velocidade de emergência e
tempo médio de emergência das plântulas de mamão,
concordando com Goés et al. (2010) que ao avaliarem
diferentes substratos na produção de mudas de mamão
em bandejas, como plantmax; plantmax + húmus +
esterco bovino (2:1:1); plantmax + húmus + esterco
bovino (1:2:1); plantmax + húmus + esterco bovino (1:1:2)
e plantmax + húmus + esterco bovino (1:1:1), não
encontraram diferenças entre seus tratamentos para o
índice de velocidade de emergência de plântulas.
Tabela 2. Médias obtidas para porcentagem de
emergência (%E), índice de velocidade de emergência
(IVE) e tempo médio de emergência (TME) para plântulas
de mamão Sunrise Solo em função de diferentes
substratos
Tratamentos %E IVE TME (dias)
T1 90 0,33 a 14,01 a
T2 100 0,41a 12,60 a
T3 100 0,30 a 15,55 a
T4 100 0,33 a 16,85 a
Média 97,5 0,34 14,75
CV (%) - 23,06 22,90
T1 - Solo (100%); T2 - Solo + areia + esterco bovino (65%; 10%;
25%); T3 - Solo + areia + cama de frango (65%; 10%; 25%);
T4 - Solo + areia + húmus de minhoca (65%; 10%; 25%).
Médias seguidas pela mesma letra, nas colunas, não diferem
significativamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade
O tratamento T2 apesar de não ter apresentado
diferença estatística, mostrou maior valor para índice de
velocidade de emergência e menor tempo médio de
emergência. Quanto mais rápida a germinação das
sementes e emergência das plântulas, menor será o
tempo que as mesmas ficarão expostas às condições
adversas, como redução da umidade próxima às
sementes, a qual é essencial para a germinação ou
mesmo micro-organismos, os quais poderão danificar às
sementes ou plântulas (Silva et al., 2008).
Na Tabela 3, verifica-se que os maiores valores de
altura de plantas (19,93 cm), diâmetro de caule (7,31 cm),
número de folhas (16,95) e comprimento de raiz (12,47
cm) foram obtidos no tratamento T3. Para o
comprimento de raiz os tratamentos T3 e T4
apresentaram os maiores valores, 12,47 cm e 8,93 cm,
respectivamente, diferenciando estatisticamente dos
demais. Pereira et al. (2010) avaliando diferentes tipos de
substrato na qualidade e produção de mudas de
tamarindeiro (Tamarindus indica), também verificaram
que o uso de substrato contendo cama de frango (20%)
resultou em plantas maiores em altura (63,7 cm) e em
diâmetro de caule (6,6 cm).
Na produção de mudas de gravioleira (Anonna
muricata L.), plantas de maior altura e com diâmetro de
caule maior também foram obtidas com a utilização do
substrato contendo 20% de cama de frango (Andrade et
al., 2014), semelhante à proporção utilizada neste
trabalho. Para abieiro (Pouteria caimito), Carvalho et al.
(2004) observaram que as concentrações entre 10 e 30%
de cama de frango, também proporcionaram melhores
resultados para altura de plantas, diâmetro de caule,
número de folhas e comprimento de raiz. Avaliando-se
doses de diferentes fontes orgânicas na produção de
porta-enxertos de goiabeira (Psidium guajava), Oliveira et
al. (2013) verificaram que o substrato contendo solo +
areia (3:1) + húmus de minhoca 40% + fosfato natural,
proporcionou o melhor resultado para comprimento de
raiz em comparação às outras fontes utilizadas na mesma
proporção, esterco bovino e ovino.
Tabela 3. Altura de plantas (AP), diâmetro de caule (DC),
número de folhas (NF) e comprimento de raiz (CR) em
mudas de mamão Sunrise Solo em função de diferentes
substratos
AP DC
Tratamentos NF
(cm) (cm)
T1 2,83 b 1,26 b 6,10 c
T2 4,11 b 1,69 b 6,43 c
T3 19,93 a 7,31 a 16,95 a
T4 5,88 b 2,69 b 9,05 b
Média 8, 18 3,24 9,63
CV (%) 25,68 24,14 10,31
T1 - Solo (100%); T2 - Solo + areia + esterco bovino (65%; 10%;
25%); T3 - Solo + areia + cama de frango (65%; 10%; 25%);
T4 - Solo + areia + húmus de minhoca (65%; 10%; 25%).
Médias seguidas pela mesma letra, nas colunas, não diferem
significativamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade
Para comprimento de raiz, o tratamento T3
proporcionou a maior média para desenvolvimento
radicular (12,47 cm) enquanto a menor média (1,86 cm)
foi observada no tratamento T1. Por outro lado, o
tratamento T4 não diferiu do T3 (8,93 cm). O mesmo
desempenho foi notado quando se avaliou número de
folhas, no qual o tratamento T3 apresentou a maior
média (16,95) em relação aos tratamentos T1 e T2.
Segundo Simão (1998), macronutrientes como o fósforo e
potássio estão diretamente ligados ao crescimento da
parte aérea assim como também influenciam em um
maior desenvolvimento radicular. Esses nutrientes são
encontrados em alta concentração na cama de frango.
O cálcio é o terceiro nutriente mais requerido pelo
mamoeiro, e assim como o fósforo, também se acumula
de forma crescente e uniforme, promovendo crescimento
34 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.11, n.3, p. 31-35, set. 2017
e multiplicação das raízes (Oliveira et al., 2004). O
pequeno desenvolvimento destas mudas no tratamento
T1 pode também estar relacionado ao baixo teor de
cálcio no substrato. As maiores médias encontradas para
o desenvolvimento das plantas, provavelmente estão
relacionadas às altas concentrações de nitrogênio,
fósforo, potássio e cálcio presentes na cama de frango.
Esta, além de ser rica em nutrientes, adiciona matéria
orgânica que melhora os atributos físicos do solo,
aumentando a capacidade de retenção de água, melhora
a aeração e cria um ambiente mais adequado para o
desenvolvimento da flora microbiana do solo. Quando
manejada adequadamente, pode suprir parcial ou
totalmente o fertilizante químico (Blum et al., 2003).
Conclusões
O substrato contendo a combinação de solo, areia e
cama de frango (65%; 10%; 25%) proporcionou os
melhores resultados para altura de plantas, diâmetro de
caule, número de folhas e comprimento de raiz na
produção de mudas de mamão Sunrise Solo.
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