O documento fornece instruções para a criação de um perfume teste, incluindo escolher as sensações desejadas, família olfativa, notas de óleos essenciais, proporções, dicas e acordes básicos. O objetivo é que o leitor desenvolva seu próprio perfume de forma descontraída e experimental.
O documento fornece instruções para a criação de um perfume teste, incluindo escolher as sensações desejadas, família olfativa, notas de óleos essenciais, proporções, dicas e acordes básicos. O objetivo é que o leitor desenvolva seu próprio perfume de forma descontraída e experimental.
O documento fornece instruções para a criação de um perfume teste, incluindo escolher as sensações desejadas, família olfativa, notas de óleos essenciais, proporções, dicas e acordes básicos. O objetivo é que o leitor desenvolva seu próprio perfume de forma descontraída e experimental.
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COM A HISTORIADORA E ESPECIALISTA EM CHEIROS
Palmira Margarida CRIAÇÃO DO SEU PERFUME TESTE
1. Não se preocupe se ficará bom ou ruim, pois isso é
só um teste e o primeiro passo de um longo e profundo cami- nho. Você irá perceber que em perfumaria nem sempre vale o que está escrito, principalmente tratando-se de perfumaria natural. A proporção entre notas baixas, médias e altas nem sempre respeitam as convenções teóricas. Um bom perfume depende muito mais do processo imaginativo e criativo do perfumista, relacionada a sua memória da paleta de cheiros, do que de técnica.
2. Não fica ansiosa! Lembre-se, nosso movimento é
slow! Nenhum perfume fica pronto em dias ou semanas. Uma fórmula finalizada pode levar anos. Grandes perfumistas per- correm até três anos para chegar a uma formulação próxima ao que a sua imaginação ou marca lhe pediu. Além disso, as tentativas de formulações precisam de um tempo de matura- ção, um perfume que não tenha ficado tão bom ou marcante hoje, após alguns meses de frio e escuro pode tornar-se reve- lador.
3. Toda formulação precisa de cuidado. OEs gostam
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de frio e escuro, caso peguem Sol ou fiquem expostos perto de uma lâmpada, por exemplo, o aroma de seu perfume por rançar ou amargar. Perfumes naturais em processo de cria- ção devem ser mantidos no escuro, na geladeira, em frascos de vidro, de preferência âmbar. Além disso, tente os man- ter deitados para que óleos muitos densos não congelem ao fundo do frasco e fiquem impossibilitados de “conversarem” com seus amigos menos voláteis. Afinal, o tempo de matura- ção serve para esse “namoro”.
4. A criação de perfume começa com a escolha da sen-
sação que você almeja sentir. Algo mais aveludado? Agudo? Gritante? Marcante? Quais sensações você deseja sentir e passar com o seu perfume?
5. A partir da escolha das sensações que almeja do seu
perfume, é hora de traçar qual a família (mesmo que básica), contêm mais elementos das sensações que te agradam no momento, lembrando que o que te agrada tem a ver com os seus processos emocionais, o que veremos posteriormente: DOCE / ORIENTAL / FRUTADO / FRESCO / FLORAL / TER- RA?
6. A partir desta escolha você irá traçar quais OEs apre-
sentam cheiros que mais combinam com o que você deseja.
7. As trincas acima são combinações clássicas entre
as nove plantas básicas na PA. Escolha a sua trinca, crie seu perfume e, posteriormente, vá adicionando outros OEs de sua preferência, anote todas as sensações e concepções olfa- tivas que você terá mediante as modificações em seu perfume teste.
8. Tenha sempre em mente que a qualidade do óleo,
tipo de extração, tipo de solo e clima em que foi cultivado irá ser o ponto chave da qualidade do seu perfume, além da criatividade do perfumista. No entanto, é quase impossível, mesmo para um bom perfumista, criar boas fragrâncias com óleos ruins. Para exemplificar essa questão deixe o seu nariz comparar uma Ylang ylang completa, super extra, extra, Fra-
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ção I, II e III. O tipo de extração “completa” é a mais rara e a que oferece o óleo mais puro, com o melhor perfume. Já a de fração III não é indicada para uma perfumaria mais refinada.
9. Sobre tentar utilizar sintéticos junto aos óleos natu-
rais: essa pergunta é bem recorrente e acarreta o que no- meamos de “perfume misto”, ou seja, que apresenta matéria prima natural e sintética. A maioria dos perfumes do final do século XIX para o início do século XX tiveram essa caracte- rística, pois foi justamente o memento de transfiguração da sociedade para a industrialização. O Chanel 5 é um perfu- me misto, por exemplo. Muitas pessoas, por acharem óleos essenciais para a perfumaria muito caro, como as jasmins, rosas, lírios e vetiver de boa qualidade, acabam por subs- tituí-los por suas sintetizações. Isso por um lado é bom por questões ambientais. Nós não deveríamos mais utilizar sân- dalo e palo santo, por exemplo, por serem plantas com riscos de extinção ou que sua retirada da natureza causa grandes impactos ambientais. A extração do pau rosa é proibida e só pode ser feita com legislação e plantações apropriadas. Caso seu intuito seja apenas criar um cheiro para mercado, não há problema em fazer essas fusões. No entanto, é neces- sário um estudo mais aprofundado, já que alguns materiais de perfumaria sintética podem ser tóxicos, além deles “amar- rarem” os cheiros naturais, retirá-los o movimento e a autenti- cidade. Além disso, NENHUM aroma sintetizado será igual ao natural. Jamais uma cumarina (a enzima do cumaru sinte- tizada) será igual a uma fava tonka (outro nome vulgar para o cumaru) real. Isso porque a composição química perfeita de um aroma natural ocorre por sua SINERGIA. Ou seja, por sua GEOMETRIA SAGRADA onde todas as enzimas, mesmo as não aromáticas, fazem parte do movimento e estruturação da criação do aroma pela planta. Outro ponto, e que estu- daremos detalhadamente mais a frente, é que óleos naturais apresentam frequências energéticas elevadas que podem ser corrompidas pelos sintéticos, como também suas proprieda- des medicinais.
ALGUMAS PEQUENAS DICAS...
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• Que canela e vetiver não combinam facilmente • Que camomila é gentil, mas nem tanto, cuidado com ela no frasco! • Que as rosas salvam perfumes • Que vetiver ou patchuli ficam lindo com qualquer fruta cí- trica • Que vetiver, apesar de ser nota baixa, é capaz de deixar um perfume fresco. (veremos nas próximas aulas) • Que baunilha é apaixonante e amável com todas as flores • Que sálvia, apesar de não ser muito comentada na perfu- maria, fica linda em perfumes frescos, cítricos, marítimos, ozônios • Que canela com sálvia é um sensual moderno • E rosas com baunilha é um sensual clássico • Que lavanda pode fazer cheiro de mar e também de ar • Que laranja deixa o perfume feliz e pode salvar uma com- binação ruim. PIANO DE NOTAS
Alta Alta Média Média Média Baixa Baixa Baixa
alta média alta média baixa alta média baixa Alecrim Laranja Laranja Salvia Salvia sclarea sclarea Lavanda Lavanda Camomila Camomila Gerânio Gerânio Rosa Ylang Ylang ylang ylang Baunilha Baunilha Vetiver Vetiver Patchouli Canela
TRINCAS E ACORDES BÁSICOS DA PERFUMARIA ANCESTRAL
Proporção entre as notas, lembrando que você não precisa
seguir esta proporção:
Baixa Média Alta
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LEMBRE DO MÉTODO DE “3 CASAS”
Esse método serve para qualquer militragem que você for
trabalhar, basta aplicar a regra de três.
Em um perfume de frasco 30 ml:
10 ml para nota baixa 10 ml para nota média 10 ml para nota alta
Isso não é uma regra, trata-se, apenas, de uma metodologia
para você não se perder!
ACORDES QUE AGRADAM A MAIORIA DOS NARIZES
FLORAL ORIENTAL DOCE BAIXAS BAIXAS BAIXAS Canela ou Canela Baunilha nada Baunilha Baunilha (para um oriental MÉDIAS doce) Ylang ylang MÉDIAS Patchouli Ylang ylang (para um oriental ALTAS Rosas penetrante) Camomila ou nada ALTAS MÉDIAS Laranja ou Gerânio Ylang ylang nada Rosas
ALTAS *Baunilha com
Laranja ou ylang ylang é uma dupla doce nada linda. (muito pouco,nes-
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