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Revisão Técnica capa também foi o Raspberry Pi, só que os dois artigos apresentados trataram sobre
Eutíquio Lopez
Designers o que é este “fenômeno de vendas” em todo o mundo e como instalar o seu sistema
Carlos C. Tartaglioni;
Diego M. Gomes operacional. Claro que lá, a abordagem é mais para o uso profissional, quando se
Redação
Rafaela Turiani necessita de um circuito confiável para determinada implementação e o emprego
Publicidade de um computador mais poderoso seria desnecessário e caro.
Caroline Ferreira;
Marileide de Oliveira
Agradecemos à Patola, indústria de caixas plásticas, que nos preparou espe-
Colaboradores
Daniel Netto; cialmente uma caixa na cor que solicitamos para a apresentação em nosso artigo.
Defferson Rodrigues Martins das Neves;
Deivison Silveira;
Francisco Bezerra Filho; Nos próximos dias estaremos com um novo site com o visual mais moderno e
Guilherme Kenji Yamamoto;
Newton C. Braga;
Renan Airosa Machado de Azevedo rápido, e apropriado para o acesso em Smartphones, tablets e PCs de forma geral.
Visite-nos em www.sabereletronica.com.br.
PARA ANUNCIAR: (11) 2095-5339
publicidade@editorasaber.com.br
Capa
Hélio Fittipaldi
Arquivo Editora Saber
ASSINATURAS
www.eletronicatotal.com.br
Índice
fone (11) 2095-5335/fax (11) 2098-3366 Relé de Aproximação .................... 06 Definição e Medição do
atendimento das 8:30 às 17:30h
Inglês para Eletrônicos .................. 08 Erro de Rastreio ............................ 45
Eletrônica Total é uma publicação bimestral da Editora HOME THEATER no PC: ................ 10 Utilizando o Osciloscópio no
Saber Ltda, ISSN 0103-4960. Redação, administração,
publicidade e correspondência: Rua Jacinto José de Motores DC e Diagnóstico e Manutenção
Araújo, 315, Tatuapé, CEP 03087-020, São Paulo, SP,
tel./ fax (11) 2095-5333. Edições anteriores (mediante Caixas de Redução ........................ 14 de Fontes Chaveadas .................... 48
disponibilidade de estoque), solicite pelo site www.
sabermarketing.com.br, ou pelo tel. 2095-5330, ao
Funcionamento das Perguntas e Respostas mais
preço da última edição em banca. Chaves de Proteção ...................... 20 Frequentes sobre Componentes
Identificação por Radiofrequência: Eletrônicos – Parte 4 ..................... 51
Associada da:
Aplicação em indústria ................. 24 Transientes em Circuitos com
Motores de Passo ......................... 29 Tiristores ....................................... 52
O que é o NI ELVIS? ..................... 32 Conheça o SIDAC .......................... 56
Utilizando o Multímetro no Teste Controlando Brinquedos com
de IGBTs e Power-MOSFETs .......... 36 Microcontroladores PIC ................ 59
Associação Nacional das Editoras
de Publicações Técnicas, Dirigidas Osciloscópio: Dicionário de Detector de Nível .......................... 63
e Especializadas Termos Técnicos em Inglês ........... 40 Sistemas Embutidos ...................... 65
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução total ou parcial dos textos e ilustrações desta Revista, bem como a industrialização e/ou
comercialização dos aparelhos ou ideias oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanções legais. As consultas técnicas referentes aos artigos da Revista deverão ser feitas exclusiva-
mente por cartas, ou e-mail (A/C do Departamento Técnico). São tomados todos os cuidados razoáveis na preparação do conteúdo desta Revista, mas não assumimos a responsabilidade
legal por eventuais erros, principalmente nas montagens, pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco assumimos a responsabilidade por danos resultantes de imperícia do montador.
Caso haja enganos em texto ou desenho, será publicada errata na primeira oportunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por nós aceitos de boa fé, como corretos na data do
ELETRÔNICA TOTAL - Nº 150 / 2011
fechamento da edição. Não assumimos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento.
3
Notícias
Errata TO155
Identificador e Página 42
As figuras 9 e 10 foram trocadas.
localizador de bagagens
O certo é:
• F9. Potência incidente (Pi) e potência
refletida (Pr) ao longo de uma LT.
• F10. Dispositivo para determinar a
perda de retorno em uma linha de
Atualmente há 8 milhões de pas- bagagens”. São dois chips: um fica transmissão.
sageiros que circulam por mês nos na mala do passageiro, e o outro
aeroportos, rodoviárias e ferroviárias chip fica com o dono. Assim que sua
do Brasil. E nos primeiros meses de bagagem se afastar, o primeiro chip
2012, cresceu quase 50% o número emitirá um sinal que será captado
de bagagens furtadas e extraviadas e rastreado pelo sistema e, então,
sem que os usuários percebessem. enviará a localização da mala, e o
Quando se vai fazer uma viagem, usuário poderá visualizar através da
são muitas coisas para se pensar, internet e celular.
principalmente quando estamos no Esta inovação agrega diversos
aeroporto, ficamos preocupados com benefícios como: facilidade, pratici-
o número do voo, a porta de embar- dade, muito mais segurança, diferen-
que, o celular, entre outras coisas e a ciação no mercado, excelente custo
bagagem, muitas vezes, é esquecida. x benefício e poderá ser utilizada
Pensando nisso, o inventor Carlos em aeroportos, rodoviárias, ferroviá-
Jo s é Fi g u e i re d o d e s e nvo lve u o rias e portos, impedindo o furto das
“Chip identificador e localizador de bagagens.
Relé de
Aproximação
Este bloco destina-se ao uso em projetos
de controle, alarmes e automatismos. É ex-
tremamente sensível e tem o funcionamento
baseado na capacitância do corpo do usuário
para fazer o acionamento de uma carga que
tanto pode ser um relé comum, um reed- relé,
um relé de estado sólido como até mesmo uma
carga de maior potência. Newton C. Braga
O
s blocos básicos para projetos, cia apresentada pelo dedo é detectada Nestas condições o transistor Q3 é
ou seja, circuitos de certas pelo circuito ocorrendo o acionamento. polarizado de modo a saturar, fechando
funções que podem ser agre- Para o circuito que apresentamos, o os contatos do relé ou então alimen-
gados a outros circuitos para modo de acionamento é diferente. tando o circuito de carga.
aplicações mais complexas, são de Trata-se de um circuito que detecta A sensibilidade do circuito depende
extrema importância para os projetistas. cargas estáticas ou o potencial do de diversos fatores como, por exemplo,
Nesta revista temos procurado publicar corpo, que deve provocar o aciona- do valor R, e também das dimensões
sempre estes blocos, que podem apare- mento, significando que ele pode fun- do sensor, que pode ser uma simples
cer na forma de projetos independentes cionar com a simples aproximação do chapinha de metal.
(que às vezes são considerados sim- sensor ao corpo de uma pessoa. Não é conveniente que haja o toque
ples em sua base), ou também como direto de um objeto carregado no sensor,
configurações para serem usadas como Funcionamento pois uma tensão muito elevada acumu-
parte de outras aplicações. A corrente que flui entre o dreno e lada pode causar a queima do transistor.
Colecionar estas configurações a fonte de um transistor de efeito de Recomenda-se, portanto, que a
“simples” é de extrema importância campo depende da tensão de comporta. chapinha de metal que forma o sensor
para quem deseja ter uma fonte de Os transistores de efeito de campo de seja coberta por uma proteção isolante,
circuitos para projetos mais complexos, junção (JFET) são dispositivos de resis- uma capa plástica.
que faltam naquele momento em que tência de entrada extremamente alta, o Esta possibilidade é, em especial,
um projeto grande não pode ser com- que quer dizer que até mesmo a tensão interessante porque permite que o
pletado com facilidade justamente pela induzida pela aproximação de qualquer sensor fique oculto como por exemplo
carência deste tipo de bloco. corpo que possua uma carga estática é em alarmes.
O acionamento de uma carga a suficiente para alterar a corrente entre
partir de um toque num sensor pode dreno e fonte.
ser feito de diversas maneiras. Uma No nosso caso, o transistor é polari-
modalidade de acionamento muito zado de modo que ele permaneça sem
usada é a resistiva, na qual temos um conduzir quando nenhuma carga está
sensor formado por duas plaquinhas, sendo detectada pelo sensor.
conforme mostra a figura 1. Com a detecção, o transistor de
Quando colocamos o dedo no efeito de campo vai ao corte, e com
sensor de modo que ele toque nas duas isso o transistor Q2 conduz polarizado
chapinhas ao mesmo tempo, a resistên- pelo resistor R2. F1. Um acionador
resistivo.
O resistor R1 pode ser alterado con- evitado o toque dos dedos em seus Na instalação é importante que o
forme a sensibilidade desejada. Quanto terminais. Equivalentes como o MPF102 fio do sensor ao circuito seja curto, ou
maior for o seu valor, mais sensível se podem ser usados. então blindado.
torna o circuito. Os demais componentes não são Se for usada fonte de alimentação
É importante notar que o circuito é críticos e o relé deve ter tensão de para o circuito, ela deverá ser obriga-
sensível à polaridade da carga acumu- acordo com a usada na alimentação, toriamente do tipo com transformador.
lada no corpo, o que significa que, em com uma corrente de acionamento de Nunca utilize uma fonte que não seja
certas condições, seu funcionamento 50 mA. isolada da rede de energia.
pode não ocorrer da forma esperada. O capacitor C1 é opcional, servindo Uma possibilidade importante de
Como o circuito é um verdadeiro apenas para que o relé não vibre nos melhoria do circuito é o uso de um trim-
“radar- eletroscópio”, ele pode detectar casos de captação de tensões alterna- pot de 100 kΩ entre a base e o terra do
a passagem de pessoas devido à carga das induzidas pelo sensor. Seu valor circuito para o transistor Q2.
acumulada em seus corpos. Esse fun- deve ser obtido experimentalmente, e Este componente vai funcionar
cionamento será muito mais sensível se ficará ente 1 e 47 μF. como um ajuste de sensibilidade. T
diante do sensor, que pode funcionar
como uma antena, for colocado um
carpete em que as pessoas caminhem
para ficarem “eletrizadas”.
O circuito também pode ser usado
como alarme de cargas estáticas, ou
mesmo de tempestades, se o sensor
for ligado a uma antena.
Montagem
Na figura 2 temos o diagrama
completo do aparelho. A disposição dos
componentes numa placa de circuito
impresso é apresentada na figura 3.
O transistor de efeito de campo é F2. Diagrama do sensor de toque
(acionador capacitivo).
um componente delicado, devendo ser
Lista de Materiais
Semicondutores:
Q1 – BF245 – Transistor de efeito de
campo de junção (JFET)
Q2 – BC548 ou equivalente – transistor
NPN de uso geral
Q3 – BC558 ou equivalente – transistor
PNP de uso geral
D1 – 1N4148 – diodo de silício de uso
geral
Capacitor:
C1 – 1 a 47 μF/12 V – eletrolítico (ver
texto)
Diversos:
K1 – 12 V – relé de 12 V – G1RC1 ou
equivalente
X1 – Sensor – ver texto
Placa de circuito impresso, fios, solda
etc.
F3. Placa do
acionador.
Inglês para
Eletrônicos Newton C. Braga
Em nosso país, o termo “voltagem”, usado para indicar a “pressão elétrica” existente em um circuito,
é considerado errado. Utilizamos o termo “tensão”, e isso também ocorre com outros termos. Nesta
edição, em nossa seção de Inglês para Eletrônicos, abordamos alguns termos técnicos empregados
na designação de unidades elétricas comuns. O leitor, ao encontrar tais termos em documentos
técnicos, deverá tomar cuidado com sua tradução ou mesmo com sua interpretação.
N
a literatura técnica em inglês é Observamos claramente neste texto
comum encontrarmos o termo que o termo usado para designar a
“voltage” (voltagem) para indi- tensão de ruptura de uma capacitor é
car tensões. Embora o mesmo voltage. No entanto, nos documentos
não aconteça com as correntes, onde técnicos em inglês também encon-
o termo usado é “current”, e não “ampe- tramos termos equivalentes da Física
rage” (amperagem, que não é utilizado), como “electric potential”, “potential
em muitos documentos em português difference” e “electromotive force”, que
ainda encontramos os equivalentes são medidas também em volts.
dessas palavras. Um outro termo muito usual na
Assim, é frequente observarmos documentação técnica em inglês é
em alguns documentos traduzidos de “breakdown” (ruptura).
forma indevida, a maioria deles por pes- Quando a junção de um semicondu-
soal não pertencente ao meio técnico, tor, um dielétrico ou uma barreira (que
termos como voltagem, amperagem e normalmente é isolante) é rompida pela
até mesmo wattagem (?) para designar aplicação de uma tensão excessiva,
tensão, corrente e potência elétrica, deixando passar a corrente, dizemos
respectivamente. que ocorre uma ruptura ou “beakdown”.
Nos documentos em inglês persiste O resultado é um processo de “avalan-
o uso do termo “voltage”, conforme che” que causa a queima do disposi-
podemos perceber pelo seguinte texto tivo. A ruptura ou breakdown também
que tomamos como base para nossa podem ser térmicas, quando a tempe-
análise: ratura se eleva ao ponto de ocorrer uma
mudança brusca das características de
“Breakdown Voltage in a Capacitor um componente, tornando-o condutor.
If the voltage between the plates of a Desta forma, nos documentos em
capacitor rises, passing over a certain inglês podemos encontrar o “thermal
value, breakdown occurs. The dielectric
turns into a conductor and the capaci- Vocabulário
tor is damaged by produced spark. The
maximum voltage that can be applied Breakdown – ruptura
to a capacitor without causing rupture Voltage - tensão
of the dielectric is called “breakdown Plates- placas
voltage” and is calculated as follows” - Rises - subir ( rise, rising, rised)
Source Book for Electronic Calculations, Damaged - danificado
Formulas and Tables – Newton C. Braga Spark - faísca
– 1999 – Prompt Publications – USA Rupture – ruptura
Acrônimos
Back EMF - Back electromotive force. E – Electromotive force (voltage) - Força
(conhecida como Counter EMF) – Eletromotriz
Força Eletromotriz Inversa ou Contra F/V (converter) - Frequency to Voltage
Força Eletromotriz Converter - Conversor de Frequência
BV - Breakdown Voltage - Tensão de para Tensão
Ruptura HV – High Voltage - Alta tensão
TDDB - Time Dependent Dielectric HVP - High Voltage Protection - Proteção
Breakdown - Ruptura do Dielétrico contra Alta Tensão
Dependente do Tempo LVP - Low Voltage Probe - Ponta de Baixa
LDV - Low Diferential Voltage - Baixa Tensão
Tensão Diferencial MV – Medium Voltage – Tensão Média
AVC – Automatic Voltage Control – Con- MWV - Maximum Working Voltage-
trole Automático de Tensão Tensão Máxima de Trabalho
AVR – Automatic Voltage regulation - OCP – Open Circuit Voltage - Tensão com
Regulagem Automática de Tensão Circuito Aberto
CCVS – Current Controlled Voltage Source SVP – Surge Voltage Protector – Protetor
- Fonte de Tensão Controlada por contra Tensão de Surto
Corrente UV - Under Voltage – Subtensão
CV- Control Voltage - Tensão de Controle Vin – Voltage Input – Tensão de Entrada
CVT – Current to Voltage Transformer Vout – Voltage Output – Tensão de Saída
- Transformador de Corrente para WVDC - Working Voltage Direct Current -
Tensão Tensão de Trabalho DC, ou Contínua.
breakdown” para indicar que a ruptura usamos “rise” e “fall”. Também é comum
é térmica. usar o verbo “drop” (cair) para indicar
Em semicondutores, é comum uma queda de tensão.
encontramos o termo “inverse rupture” Assim, escrevemos: “The voltage
ou “reverse rupture” para designar a rises”, mas “The voltages rose”. Ou ainda:
tensão de ruptura quando o compo- “We noted a current drop” ou “In this
nente (ou uma junção do componente) circuit all the currents drop...”
é polarizado no sentido inverso. Levando tudo isso em conta, a tra-
No caso específico dos capacitores, o dução de nosso texto ficará:
“breakdown” acontece quando a tensão
aplicada às armaduras faz com que o
“Tensão de Ruptura em um Capacitor
dielétrico, que é um isolante em condi- Se a tensão entre as placas de um capa-
ções naturais, perca essa propriedade citor sobe, passando de um certo valor, a
tornando-se condutor. Salta então uma ruptura ocorre. O dielétrico se torna um
faísca (spark) entre as armaduras ou condutor e o capacitor é danificado pela
placas ( plates),destruindo o componente. faísca produzida. A tensão máxima que
pode ser aplicada a um capacitor sem
Com relação ao termo “plate” para causar a ruptura do dielétrico é cha-
designar as placas dos capacitores, mada “tensão de ruptura”, e é calculada
que também usamos em português, como segue”
em inglês é possível encontrar ainda
o termo “armature” (armadura) para
designar essa parte do componente. Conclusão
Um outro termo importante na lite- O termo “voltage” é usado normal-
ratura técnica que aparece neste texto mente em inglês para designar tensão.
é “rises” (sobe). Assim, nas traduções técnicas do
O verbo “to rise” (subir) tem seu inglês para o português devemos usar
oposto em “to fall” (cair) e é utilizado sempre “tensão”.
para designar subidas e quedas de Do mesmo modo, o termo “break-
grandezas elétricas, como a “subida de down” deve ser traduzido por “ruptura”
uma tensão” (voltage rise), o “tempo de que é o mais utilizado em documentação
queda de um sinal” (fall time), etc. Veja técnica, evitando-se termos como “rom-
que as terceiras pessoas do singular pimento”, “quebra”, etc., que não são tão
desses verbos são “rises” e “falls” (sobe empregados no meio técnico, se bem
e cai). Para a terceira pessoa do plural que tenham o mesmo significado. T
deb http://archive.mene.za.net/
raspbian wheezy contrib
F3: Editor de
textos nano.
E altere a linha “USER=xbmc” para
“USER=pi” como mostra a figura 4. Se
estiver tudo certo, utilize a combinação
de teclas CTRL + O do teclado para
salvar, tecle ENTER para confirmar o
nome do arquivo e em seguida utilize
CTRL + X para fechar o editor nano.
Fora do ambiente gráfico, para
iniciar o XBMC você pode executar o
seguinte comando:
$ xbmc-standalone
Conclusão
Neste artigo mostramos que é per-
feitamente possível utilizar o Raspberry
Pi como base de um Home Theater PC
de baixo custo. Mas é claro que existem
algumas limitações.
O Raspberry Pi é capaz de acelerar
a decodificação de áudio DTS (ele tem
um decoder para isso), entretanto, a
certificação ainda está sendo nego-
ciada e por enquanto, a licença de des-
bloqueio ainda não está a venda. Desse
modo, no momento, a decodificação é
feita via software, o que nem sempre
garante uma boa experiência.
Para a reprodução de vídeos em F6: Tela inicial
do XBMC.
baixa resolução, não é necessário
se preocupar demais com CODECs
porque o processador do Raspberry Pi
dá conta de decodificá-los por software
mesmo. Isso permite utilizar os plugins
do XBMC para assistir conteúdo online
do YouTube, por exemplo, sem maiores
dificuldades. Mas quando falamos de
vídeos de alta definição, de 720p para
cima, será essencial que o vídeo esteja
nos formatos H.264, MPEG-2 ou VC-1,
pois esses são os três CODECs supor-
tados pelo decodificador por hardware
da Broadcom. Se o arquivo de vídeo
atender a esses requisitos, o Raspberry
Pi será capaz de reproduzir FullHD
mesmo com bitrates bastante altos. F7: Curta Big Buck Bunny na resolução de 1080p
sendo reproduzido pelo Raspberry Pi.
Pelos testes realizados em nosso
laboratório para conteúdos em alta
definição, o ideal é dedicar pelo menos reproduzir várias amostras de vídeos, perdas de frames significantes, experi-
128 MB de memória RAM para a GPU. com bitrates variados, sem grandes mente utilizar o preset Medium de over-
Com esse pequeno ajuste, conseguimos problemas. Contudo, se o leitor enfrentar clock via utilitário raspi-config. T
Motores DC
e Caixas de Redução
O
A principal forma de pro- s motores de corrente contínua Neles, conforme mostra a figura
pulsão de robôs, braços me- consistem numa forma simples 1, um conjunto de bobinas gira, tendo
e barata de se obter propulsão sua corrente comutada por escovas
cânicos e outros dispositivos mecânica para dispositivos de que invertem o sentido da corrente a
usados em Mecatrônica é Robótica e Mecatrônica. No entanto, cada meia volta de modo a manter o
o motor elétrico. Existem sua variedade de características e o movimento.
basicamente dois tipos de seu princípio de funcionamento exigem Estes motores possuem um ren-
motores: o DC e o motor de recursos especiais para que eles dimento razoável quando usados em
passo. Trabalhar com estes possam ser utilizados corretamente. projetos de Robótica e Mecatrônica,
Neste artigo, abordaremos tanto sendo por este motivo os preferidos de
motores exige certas pre- o aspecto mecânico do uso destes muitos projetistas.
cauções e circuitos especiais. motores como também alguns controles Eles podem ser encontrados numa
Para o caso específico dos eletrônicos. ampla faixa de tensões nominais, tipi-
motores DC abordaremos, camente entre 1,5 e 48 volts. Os mais
neste artigo, alguns circuitos Os motores DC comuns nas aplicações de Robótica e
e informações que podem Existem diversos tipos de motores Mecatrônica são, entretanto, os especi-
DC, tais como os de ímã permanente, ficados para tensões de 1,5 a 12 V. Na
ser de grande utilidade para sem escovas, ou ainda de relutância figura 2, temos representados alguns
os leitores das áreas de Ro- variável. Os mais comuns (e baratos), que destes motores.
bótica e Mecatrônica. podem ser encontrados numa enorme O tamanho de cada um está asso-
faixa de tamanhos e tensões de trabalho, ciado a sua potência e não somente
são os que fazem uso de escovas. à tensão de trabalho. É importante
Newton C. Braga
Conclusão
Para usar um motor DC em Robó-
tica não é preciso muito. Podemos
obter motores de diversos tipos ou de
aparelhos comuns fora de uso ou em
casas especializadas, com facilidade,
o que simplifica bastante o trabalho do
projetista de Robótica e Mecatrônica.
Entretanto, é preciso saber trabalhar
com este pequenos motores respei-
tando suas características elétricas e
mecânicas.
Utilizando-se caixas de redução
apropriadas e controles de velocidade
e sentido, é possível obter qualquer
tipo de movimento com estes motores,
desde os mais suaves até o movimento
rápido de propulsão de um veículo
F12. Uma ponte H para contro- controlado à distância. T
le da caixa de redução.
Funcionamento das
Chaves de Proteção
Francisco Bezerra Filho
O
s interruptores de proteção, pondo o primário em curto, evitando
também conhecidos como com isso que alguns transientes pre-
micro-switches, são chaves sentes no primário possam acionar
de pressão acionadas pela acidentalmente a magnetron, fazendo
lingueta da porta do forno, quando o forno entrar em funcionamento com
é fechada. Além dessa função, têm a porta aberta, o que é altamente
diversas outras aplicações como, por perigoso.
exemplo, determinar o fim do curso dos A função da chave S3, ligada dire-
portões com abertura automática, na tamente à Placa de Comando, é de
tampa de máquina de lavar, e muitas interromper o funcionamento da mesma
outras. No caso dos fornos de micro- quando a porta é aberta (chave S3
-ondas são usadas como dispositivos aberta), nesta condição a placa está
de segurança para evitar que o forno inabilitada. Então, todas as teclas da
entre em operação acidentalmente, membrana operam, exceto a tecla “liga”,
quando a porta estiver aberta. Se isso mas o forno não inicia a operação. Ele
acontecer, corre-se o sério risco do só volta a funcionar quando a porta é
operador colocar a mão dentro do forno fechada novamente (S3 fechada), com
com ele em operação, provocando-lhe isso, a placa fica agora habilitada.
graves queimaduras. Lembramos apenas que em alguns
Como podemos observar no dia- modelos de fornos, principalmente os
grama de blocos da figura 1, as chaves mais modernos, quando a porta está
S1 e S2 estão ligadas em série com a aberta (S3 aberta) a membrana não
tensão de alimentação, ou seja, estão aceita nenhum comando, todas as
intercaladas entre a tensão de alimen- teclas ficam inoperantes, só voltam a
tação e o primário do transformador de operar quanto a porta é fechada nova-
alta tensão (T.A.T). mente. Na figura 2 temos os estados
Adquira o mais completo livro
sobre manutenção de fornos de Quando a por ta do forno está das quatro chaves nas duas condições:
micro-ondas do Autor, à venda na fechada, as chaves de proteção S1, S2 porta aberta e porta fechada.
Gráfica D&F: e S3 estão com seus contatos fechados,
ao passo que S4 (ligada em paralelo Tipos de chaves usadas
com o primários do T.A.T) está com As chaves usadas na proteção dos
Rua Santa Efigênia, nº 295
1º andar – Sala 103 seus contatos abertos. Quando a porta fornos são de dois tipos: normalmente
é aberta, as chaves operam de maneira abertas e normalmente fechadas. As
inversa. Enquanto S1, S2 e S3 abrem chaves normalmente abertas (NO-
Fone: (011) 3337-2391 seus contatos (condição mostrada na -NORMALLY OPENNED), em condição
(falar com Fábio)
figura 1), cortando alimentação do normal (sem o pino a ser acionado)
T.A.T, a chave S4 fecha seus contatos, estão sempre abertas, ou seja, os ter-
ser usada em seu lugar qualquer chave de continuidade dos seus contatos; Conclusão
com corrente de contato até 0,1A, pois a procedendo-se da seguinte maneira: As chaves defeituosas também
corrente que irá circular por ela é baixa, • a) Desconectar os terminais podem ser identificadas observando-se
não excedendo esse valor. da chave em teste (sendo uma os terminais dos fios que vão a elas. Se
Quando necessitarmos de chaves chave por vez). eles estiverem queimados, chamusca-
normalmente abertas (NO), mas só • b) Posicionar a chave de função dos, ou com corpo da chave próximo
dispomos de chaves normalmente do medidor em x1. dos terminais derretido ou deformado,
fechadas, ou vice-versa, poderemos • c) Conectar as pontas de teste é sinal de que a chave correspondente
converter uma chave na outra. Para do medidor sobre os terminais está com algum problema, ou seja, não
isso, devemos abrir a chave e com um da chave (para facilitar a cone- está funcionando corretamente.
alicate de bico mudar a posição dos ter- xão devemos usar cabo com Por outro lado, devido ao aqueci-
minais NO/NC de maneira a convertê-la pino-banana em um extremo e mento do contato da chave defeituosa,
no tipo de chave desejada. Isso é mais garra-jacaré pequena em outro os terminais de conexão perdem a pres-
fácil de realizar na chave fechada por extremo). Isso facilita a ligação. são. Para melhorar a pressão deveremos
pressão, já nas chaves fechadas com • d) Medir a resistência dos con- pressionar o terminal defeituoso com
rebites isso não é possível. tatos da chave com a por ta um alicate de bico, porém, se isso não
fechada, e a seguir, repetir o resolver, deveremos substituir também
Procedimento de procedimento com a porta aberta. o terminal danificado. Por sua vez, se
teste das chaves • e) Repetir os procedimentos no momento de fechar ou abrir a porta,
Os defeitos mais comuns apresen- vistos nos itens “a” e “d” para as ou ainda, quando a tecla “liga” for acio-
tados pelas chaves são os seguintes: demais chaves. nada, o fusível do forno (F1) queimar,
• Contatos abertos – eles não • f) Comparar os valores da resis- é sinal que há problemas nas chaves.
fecham quando pressionados. tência de continuidade medida Elas podem estar em curto ou não estar
• Contatos ligados diretos (fundi- nos itens “d” e “e” com os valores sendo acionadas corretamente pela lin-
dos) – não abrem quando cessa previstos na figura 2. gueta da porta, ou ainda estar colocadas
a pressão. • g) Se os valores medidos forem invertidas: chave normalmente aberta no
Esses defeitos podem ser deter- diferentes dos valores previstos, lugar da chave normalmente fechada ou
minados medindo-se a resistência substituir a chave defeituosa. vice-versa. T
Identificação por
Radiofrequência:
Aplicação em indústria Deivison Silveira
A
A utilização de sistemas identificação por radiofrequên- hospitais como Albert Einstein e o
automatizados, onde não cia (Radio Frequency Ideti- Sírio-Libanês, ambos de São Paulo.
fication – RFID), conhecida Segundo Andrea (2011), no caso
há intervenção humana também como etiquetas inte- do Albert Einstein, está em teste um
para a realização do pro- ligentes, é uma tecnologia onde pode programa para controle do fluxo de
cesso, tem aumentado sig- ser estabelecida uma comunicação pacientes e profissionais de atendi-
nificativamente principal- entre pontos distintos sem a utilização mento no pronto-socorro por meio
mente em ambientes hostis. de cabos, neste caso uma comunicação de radiofrequência. O hospital está
Atualmente as indústrias via ondas eletromagnéticas conhecida monitorando, via RFID, cerca de 100
também por wireless (do inglês sem pacientes por dia que dão entrada
necessitam acompanhar fio). Através deste é possível detectar a no hospital apresentando sintomas
as etapas do processo de presença de qualquer corpo físico, onde de casos de baixa complexidade. O
fabricação do produto, for- dessa forma são informados todos os Hospital Sírio-Libanês, também em
necendo dados instantane- dados deste corpo. São Paulo, é outro que investe nesta
amente para as máquinas No Brasil esta tecnologia já é uti- tecnologia. A instituição está utilizando
de etapas posteriores e que lizada, sendo que o setor que mais a as etiquetas inteligentes para controlar
utiliza é o do transporte, especifica- a entrada e saída de produtos utiliza-
fazem parte do processo, mente nos pedágios onde não há a dos em exames de endoscopia.
além de realizar o controle necessidade de parar o carro, podendo No setor industrial sua utilização
da produção. passar numa velocidade de 100 km/h. ainda é pequena, mas tem uma grande
Métodos como esse são Atualmente está sendo utilizado em possibilidade de ser aumentada devido
obtidos através do reco-
nhecimento de finalização
e início em cada etapa de
produção em uma rede
industrial para transmitir as
informações, este procedi-
mento pode ser obtido por
meio do sistema RFID (Iden-
tificador por Radiofrequên-
cia) onde nele está inserida
a parte de identificação e
informação.
F1. Processo histórico
da criação do RFID.
Histórico
De acordo com o Congresso RFID,
2010, o processo histórico (figura 1)
seguiu da seguinte forma:
Robert Alexander Watson Watt foi
o responsável pela invenção dos siste- F3. Tipo
de Tag.
mas de Radio Detection And Ranging
(RADAR) britânicos durante a segunda
guerra mundial, no ano de 1935. Seu
funcionamento era bem simples: foi
instalado um transmissor em cada avião
britânico que, quando recebia sinais das
estações de radar no solo, retransmitia
um sinal de volta - Identification Frien-
dor Foe (IFF) - para identificar que
o avião era “amigo”, este sistema de
identificação por radiofrequência ficou
conhecido por identificador ativo de
amigo ou inimigo, e veio a ser a base
dos sistemas de controle de tráfego F4. Exemplo de leitores
portáteis.
aéreo atuais. (Congresso RFID, 2010).
Como os avanços tecnológicos e o
interesse em pesquisa sempre foram
temas que impulsionavam as grandes
universidades e pesquisadores, o
RADAR foi então aperfeiçoado para
uma nova tecnologia.
Segundo Bernardo, na década de
1980, o Massachusetts Institute of Tech-
nology (MIT) juntamente com outros
centros de pesquisa, iniciou o estudo de
uma arquitetura que utilizasse os recur-
sos das tecnologias baseadas em radio- F5. Exemplo de
leitores fixos.
frequência para servir como modelo de 4. Servidor de aplicação: ambiente sendo que cada valor tem uma aplicabili-
referência ao desenvolvimento de novas disponibilizado para instalação e dade diferente; as faixas de valores mais
aplicações de rastreamento e localiza- execução de certas aplicações. aplicadas dadas na tabela 1.
ção de produtos. Desse estudo, nasceu 5. Computador: Nele pode ser As duas faixas de frequência podem
o Código Eletrônico de Produtos - EPC feito o processamento, armaze- ser utilizadas em plantas industriais a
(Electronic Product Code). O EPC nagem e leitura. No supervisório, depender do seu processo, no casa de
definiu uma arquitetura de identificação por exemplo, é possível obter esteiras e ponte rolante é indicada alta
de produtos que utilizava os recursos todas essas informações se frequência, a depender da velocidade.
proporcionados pelos sinais de radio- necessário. Se houver máquinas muito próximas
frequência, chamada posteriormente de No seu funcionamento, o transcep- uma da outra existirá também uma
RFID (Radio Frequency Identification). tor envia uma onda de radiofrequên- grande quantidade de antenas, logo
cia através de uma antena para um torna-se necessário a utilização de
Funcionamento transponder. O tag absorve a onda baixa frequência para que não haja
Para o seu funcionamento são RF (radiofrequência) e responde com interferência de leitura entre máquinas
necessários alguns equipamentos algum dado. Ao transceptor é conectado e, com isso, não haverá o risco de
(figura 2), tais como: um sistema computacional que geren- peças se deslocarem para máquinas
1. Tag (transponder): Responde cia as informações do sistema RFID. erradas.
para o transmissor com um dado A empresa RFID Systems afirma
ou informação que o carrega, em sua página eletrônica que nor- RFID versus
suas formas e tamanhos são malmente a antena é embalada com Código de Barras
variados, normalmente são aco- o transceptor e o decodificador para Diferente de código de barra, no
plados ao corpo que se deseja se tornar um leitor, que pode ser con- sistema RFID não existe a necessidade
rastrear e/ou obter informações. figurado como um coletor de mão ou de direcionar o leitor para a etiqueta,
Veja a figura 3. um leitor fixo para ser conectado ao correndo-se o risco de danificar o
2. Antena: Emite sinal de ativação computador central. código de barra e não ser mais possível
para o tag (do inglês etiqueta) O leitor emite ondas de radio- efetuar a leitura. E, ainda, com o tag é
onde se lê ou escreve um dado frequência com alcances variados, possível reutilizá-lo diferente do código
no mesmo, podendo ser feito dependendo do leitor e do tag. Quando de barra.
por proximidade eletromagnética o tag passa através da zona de campo É mostrada a tabela 2 descritiva
ou indutiva. As antenas podem eletromagnético, o sinal de ativação do da empresa Oneti Tecnologia, onde se
ser fixas ou móveis (portáteis). leitor é detectado. O leitor decodifica descreve a comparação entre o sistema
Observe as figuras 4 e 5. os dados do circuito integrado do tag RFID e o Código de Barra.
3. Reader (transceptor): Respon- e as informações são passadas para Pode-se perceber então que o sis-
sável pela comunicação entre o computador. Atente para a figura 6. tema RFID tem uma eficiência maior
o sistema RFID e os sistemas Como a leitura é feita através de do que o código de barra, limitando-se
externos de processamento de radiofrequência existem faixas de valo- somente no que se trata de investimento,
informações. res predeterminados para sua aplicação, onde se tem um custo elevado.
Motores de passo
Os motores de passo são usados numa infinidade de equipa-
mentos modernos, tais como: impressoras, scanners, drivers de
disquetes em computadores, automatismos diversos, robótica
e mecatrônica. Conhecer o funcionamento destes motores é
de vital importância para qualquer profissional de Eletrônica
em nossos dias. Neste artigo abordamos alguns fundamentos
relevantes do funcionamento dos motores de passo. Newton C. Braga
O
que são os motores de passo? • Os erros que ocorrem no posicio-
Podemos dizer que os moto- namento do seu eixo são muito
res de passo, assim como os pequenos e não são cumulativos.
motores comuns, são dispo- Um motor de passo pode ser posi-
sitivos que convertem energia elétrica cionado com uma precisão de 1
em energia mecânica na forma de milésimo de radiano tipicamente,
torque. No entanto, os motores de passo conforme mostra a figura 1.
possuem algumas características pró- • O controle sem realimentação
prias que os diferenciam dos motores (open loop) é possível devido ao
comuns, a saber: uso de sinais digitais para esta
• Os motores de passo funcionam finalidade.
como dispositivos posicionado- • As respostas à partida, à parada
res, pois podem parar numa posi- e à reversão são muito rápidas.
ção perfeitamente controlada; Tudo isso torna o motor de passo
• Os motores de passo também um elemento sem equivalente em
podem funcionar como motores diversas aplicações.
de velocidade perfeitamente con-
trolada, sendo energizados numa Aplicações típicas
determinada ordem. Na figura 2 temos uma aplicação
Estas características são ainda industrial de um motor de passo, que
acrescidas a outras que os tornam consiste numa bomba de líquido com
ideais para aplicações em informática, fluxo constante.
eletrônica industrial e de controle, robó- O motor de passo é controlado por
tica e mecatrônica: um circuito processador que recebe
• Eles podem ter seu eixo posicio- informações sobre o fluxo de líquido,
nado em um ângulo proporcio- mantendo-o desta forma constante.
nal ao número de impulsos de Na figura 3 vemos a aplicação do
entrada. motor de passo no posicionamento da
Relutância variável
Na figura 6 temos uma vista em
corte da construção de um motor de
passo em relutância variável.
Conforme podemos ver, é a ação
das bobinas criando campos que
posiciona os dentes de material
ferromagnético acoplados a um eixo
móvel. F7. Motor de Passo de F8. Motor de Passo
Ímã permanente. Híbrido.
O rotor multipolo deste motor é feito
de ferro macio, enquanto que o estator é
multilaminado. O rotor deste tipo possui conjunto de ímãs permanentes. O rotor
uma inércia pequena. é energizado radialmente.
Este tipo de motor é indicado para
Ímã permanente aplicações onde não se exige precisão
Na figura 7 temos uma vista em e o custo seja importante, uma vez que
corte de um motor deste tipo. Este motor tem um preço baixo. Outro característica
gira quando o campo magnético das é sua operação com ângulos de passo
bobinas energizadas interage com um grandes, entre 45 e 90 graus. F9. Excitação
de Fase.
Híbridos
Estes motores têm a construção
do tipo ilustrado na figura 8. O rotor é
energizado axialmente. Tanto o rotor
como o estator são do tipo multipolar.
A principal vantagem deste motor é a
sua precisão com passos de 1,8 graus nos
tipos mais comuns, e chegando mesmo a
0,36 graus nos tipos de maior precisão. F10. Excitação de uma
fase (wave).
Modos de excitação
Os motores de passo são formados
por 4 bobinas que devem ser excitadas
numa certa ordem, ou ainda de acordo
com o posicionamento desejado. A
configuração típica destas bobinas é
apresentada na figura 9, onde também
vemos os modos de ligação mais
comuns, que são o unipolar e o bipolar.
A excitação de fase desta bobinas
depende da aplicação e pode ser feita
das seguintes maneiras:
Duas fases
Nesta modalidade de operação,
exemplificada na figura 11, as bobinas
são energizadas duas a duas de modo
que o rotor possa parar em posições
intermediárias dadas pela resultante
das forças de atração entre bobinas.
O que é o
NI ELVIS?
Apresentamos, neste artigo, a plataforma NI ELVIS
– importante ferramenta de instrumentação da Na-
tional Instruments destinada ao ensino e pesquisa de
eletrônica.
O que é o NI ELVIS? Além disso, o NI ELVIS II+ está • Pesquisa: Os pesquisadores pre-
O NI ELVIS (National Instruments disponível agora com o novo recurso cisam da capacidade de desenvol-
Educational Laboratory Virtual Instru- do osciloscópio de 100 MS/s, dando ver protótipos rapidamente, assim
mentation Suite) é uma plataforma a possibilidade de medir sinais de alta como da flexibilidade de interagir
de projeto e prototipagem prática que frequência ou projetar filtros de altas nos projetos. Eles podem acessar
integra os 12 instrumentos utilizados frequências. Veja a figura 1. o conjunto de 12 instrumentos
com mais frequência - incluindo osci- encontrados no NI ELVIS através
loscópio, multímetro digital, gerador de Onde o NI ELVIS é aplicado? do “NI ELVISmx Instrument Laun-
funções, analisador de amplitude/fase • Educacional: Muitas vezes cher” para realizar medições com
em função da frequência (diagrama de os estudantes de engenharia facilidade. Para personalização,
Bode) etc. sofrem com a lacuna entre a os pesquisadores podem obter
Conecta-se ao PC através de uma teoria e a prática, e com isso, vantagem da flexibilidade do
conexão USB, fornecendo uma aquisi- existe o desafio de manter o LabVIEW. Em combinação com os
ção e exibição das medições de forma interesse do aluno na sala de instrumentos integrados, a proto-
rápida e fácil. Baseada no software de aula ou no laboratório. Para isso, board é ideal para eficientes cons-
projeto gráfico de sistemas NI LabVIEW, o NI ELVIS não apenas fornece truções de prova de conceitos.
essa plataforma oferece a flexibilidade uma experiência prática e envol-
da instrumentação virtual e a capaci- vente, mas também desempe- Por que adotar o NI ELVIS?
dade de personalizar sua aplicação. nha o papel de fazer a ponte • Custo-Benefício: O NI ELVIS é
O ELVIS é uma parte da plataforma entre a teoria e a prototipagem. uma plataforma que possui os 12
educacional de eletrônica da NI que Por possuir um conjunto de 12 instrumentos de bancada mais
possui instrumentos de medição, e instrumentos muito utilizados utilizados em laboratório, elimi-
possibilita por meio do ambiente NI Mul- em laboratórios de eletrônica, nando a necessidade de comprar
tisim a criação e simulação de circuitos estudantes podem realizar medi- múltiplos instrumentos para uma
eletrônicos. Projetado visando a educa- das de forma rápida e fácil. Para aplicação. Não é mais preciso
ção, esta plataforma é uma ferramenta ensino de circuitos, a forte inte- comprar diferentes instrumentos
abrangente para ensinar qualquer teoria gração com o software NI Multi- e ter dúvidas se eles irão traba-
de projeto de circuitos, instrumentação, sim (simulação SPICE) permite lhar em conjunto e sem apresen-
controle, telecomunicações e sistemas ao NI ELVIS trazer os circuitos tar falhas. Um multímetro digital
embarcados/microcontroladores. da teoria para a realidade. (DMM), um gerador de funções,
F1. Plataforma
NI Elvis.
F2. Instrumentos.
Utilizando o
Multímetro no
teste de IGBTs e
Power-MOSFETs
N
Apregoa-se bastante que o nosso livro “Curso de Ins- Com um simples multímetro,
o multímetro é o mais útil trumentação Eletrônica – O mesmo de baixo custo, testes de
Multímetro” insistimos no fato componentes e de circuitos podem
de todos os instrumentos de que não basta saber usar revelar coisas que os leitores sequer
com que o profissional de o multímetro na medida de três gran- imaginam.
Eletrônica pode contar. No dezas básicas (corrente, resistência e Alguns testes incomuns que podem
entanto, a maioria dos usu- tensão) para se poder dizer que a sua ser feitos com um multímetro são anali-
ários desse instrumento, finalidade está completa. sados neste artigo.
baseados unicamente no O multímetro é muito mais, mas para
que aprenderam nos cursos que ele possa ser usado em funções Como testar IGBTs
que vão além de simples medidas Os IGBTs são amplamente utiliza-
técnicos e de Engenharia, diretas, é preciso saber interpretar suas dos em inversores de frequência, con-
apenas sabem usá-lo nas indicações. troles de potência, fontes chaveadas e
medidas elementares de: O movimento da agulha, a oscila- conversores DC/DC.
tensão, corrente e resistên- ção de valores de uma escala digital, a Esses componentes possuem
cia. O multímetro é bem escala usada e o modo como o instru- características híbridas, com uma porta
mento é ligado ao circuito em teste são isolada como um MOSFET, e junções
mais do que um medidor alguns fatores que poucos profissionais entre o coletor e emissor como um
de apenas três grandezas sabem interpretar e fazer corretamente. transistor bipolar.
e, sabendo utilizá-lo pode-
mos obter muito mais do
que isso: testando compo-
nentes, tendo ideia sobre
formas de onda e distorção
de um circuito, e até de-
tectando sinais de RF. Veja,
neste artigo, algumas destas
aplicações incomuns do
multímetro.
Newton C. Braga
F1. Símbolo utilizado F2. Procedimento usado no
para o IGBT. teste dinâmico do IGBT.
A figura 1 ilustra o símbolo ado- diodos. Para essa finalidade, podemos conexão da figura 4 com o multí-
tado para representar um IGBT. inicialmente fazer um teste de curto- metro numa escala intermediária de
Um dos testes mais comuns para -circuito, conforme mostra a figura 3. resistências.
a prova de um IGBT é o teste dinâ- Medimos inicialmente a resis- To c a n d o c o m u m a c h ave d e
mico, que consiste em se colocar tência entre os terminais de gate e fendas ou fazendo uma ponte entre o
como carga uma lâmpada de 40 a 100 o coletor e depois entre o gate e o gate (G) e o coletor (C) do transistor,
W no seu coletor e alimentar o circuito emissor. Nas duas medidas devemos ele deverá comutar. Isso fará com que
com uma tensão de até 20 VDC. ter leituras de altas resistências. Por a resistência caia, passando de um
Com a comporta ligada ao emissor alta resistência entendemos valores valor muito alto para um valor mais
do transistor, ele deverá permanecer acima de 10M ohms. baixo, que depende das caracterís-
no corte e com isso a lâmpada ficará Se em qualquer das medidas ticas do IGBT em teste e do próprio
apagada. tivermos uma leitura de baixa resis- multímetro.
Ligando-se a comporta ao coletor tência ou mesmo média (entre 10 k Todavia, é preciso levar em conta
(o que deve ser feito com um resistor e 1M ohms), o IGBT está inutilizado que a bateria interna de alguns mul-
de 10k ohms), o transistor satura e a por curto ou ainda fuga excessiva. tímetros não tem tensão suficiente
lâmpada acende. Este procedimento Se ele passar nesse teste, medi- para levar o componente à condução.
dinâmico é exibido na figura 2. mos, então, a resistência entre cole- Para não ter dúvidas se esse teste
Se a lâmpada permanecer acesa tor e emissor. Em um sentido ela se aplica com o multímetro de que se
nas duas provas, o IGBT está em curto, deve ser alta e no outro baixa, pois dispõe, será interessante tentar com
caso contrário, o IGBT está aberto. devemos considerar o diodo de pro- um IGBT que sabemos estar em bom
O leitor deve estar atento para a teção que esses componentes têm, estado. Uma forma de testar um IGBT
máxima tensão que pode ser aplicada veja na mesma figura 3. com o multímetro no caso de não ser
entre a comporta e o emissor do Uma leitura de baixa resistência possível a prova direta descrita, é a
transistor que, em geral, é 20 V. Se nas duas medidas indica um IGBT exibida na figura 5.
o teste for feito com tensões maiores, em curto, e uma leitura de resistência Uma bateria de 9 V fornece a
a tensão aplicada à comporta deverá algo baixa onde deveria ser muito tensão necessária à polarização do
ser sempre inferior a 20 V. alta (entre 10 k e 1 M) indica um componente, e com isso uma leitura
Entretanto, um teste semelhante componente com fugas. Em ambos de corrente aumentando com o toque
pode ser feito com multímetro analó- os casos, o componente não deve pode ser feita para o caso de um
gico e mais ainda com alguns tipos ser utilizado. componente em bom estado.
de multímetros digitais que tenham Dependendo da tensão da bateria
tensão de prova suficiente para do multímetro, pode ser realizado um Como testar Power-MOSFETs
saturá-lo, quando colocados nas teste de comutação relativamente Partindo do princípio de que em
escalas de resistências ou teste de simples. Para isso, empregamos a muitas aplicações os MOSFETs de
F8. Símbolo do Power-MOSFET F9. Medida da resistência entre dreno F10. Medida da resistência entre a com-
(com, e sem o diodo de proteção). e fonte do Power-MOSFET. porta e qualquer dos outros terminais.
Osciloscópio:
Pequeno dicionário
de termos técnicos
em inglês
Os usuários dos osciloscópios encontram frequentemente AC: Alternating Current, que em
nos manuais em português e mesmo nos painéis dos próprios português é abreviado por CA (corrente
alternada), significa um sinal que varia
aparelhos, termos técnicos cujos significados podem causar de intensidade de forma repetitiva com
alguns embaraços, principalmente no momento da utilização. o tempo.
Damos, a seguir, alguns termos técnicos comuns com seu AC Coupling: (Acoplamento AC).
significado em português e algumas explicações que julgamos Trata-se de uma forma de acoplamento
importantes. de sinal que bloqueia a componente DC
(contínua de um sinal) de modo que
só sua parte alternada (que varia) seja
observada. Uma tensão de ripple, por
exemplo, pode ser melhor observada
com este recurso.
Accuracy: (Precisão). Refere-se à
maneira como se obtém a indicação
do valor de um sinal, o mais próximo
possível do real.
ADC: Analog-to-Digital: Converter
(Conversor Analógico para Digital).
Trata-se de circuito ou componente que
converte valores analógicos de uma
grandeza em sinais digitais binários.
Acquisition: (Aquisição). É o pro-
cesso de amostragem dos sinais de
uma entrada para sua digitalização.
Aliasing: (Falsificando). Trata-se
da apresentação falsa de um sinal na
tela de um osciloscópio digital pela
velocidade de amostragem insuficiente,
quando se trata de altas frequências.
A velocidade de amostragem é baixa
demais para visualizar o sinal de
entrada.
Alternate Mode: (Modo alternado). do sinal em que pequenas porções à apresentação das variações do sinal
Trata-se de uma modalidade de ope- de diversos sinais são projetadas ou “slew rate”.
ração em que o osciloscópio logo que simultaneamente de modo que estes Digitizing: (Digitalizando). É o
termina de traçar o sinal de um canal, sinais possam ser observados ao processo segundo o qual um sinal ana-
traça o sinal do outro. mesmo tempo. lógico é convertido em sinais digitais,
Attenuation: (Atenuação). O grau Circuit Loading: (Carga do circuito). representando a amplitude instantânea
de amplitude em que o sinal é redu- É o efeito que a ligação do oscilos- do sinal a cada amostragem.
zido quando passa por um circuito. Por cópio em um circuito tem sobre ele, Division: (Divisão). Marcação da
exemplo, se uma ponta de prova tem “carregando-o” e com isso alterando gratícula do osciloscópio, que permite
uma atenuação x100, isso significa que eventualmente o próprio sinal que será a realização de medidas de amplitude
ela reduz ou atenua a amplitude de um observado. e tempo.
sinal de entrada (tensão, por exemplo) Compensation: (Compensação). Earth Ground: (Terra). É a conexão
em 100 vezes. Trata-se de um ajuste que deve ser que permite desviar para a terra corren-
Automatic Trigger Mode: (Modo feito nas pontas de prova x10 para tes elevadas.
de disparo automático). Trata-se de um compensar os efeitos da capacitância Edge Trigger: (Disparo pela borda).
modo de disparo que faz com que o apresentada pelos circuitos de entrada Neste modo de operação, o disparo
osciloscópio comute automaticamente, do osciloscópio. ocorre quando o osciloscópio detecta
mesmo quando não existem pontos do Coupling: (Acoplamento). É o modo a passagem do sinal por um nível de
sinal que possam ser usados para esta segundo o qual os circuitos são interli- tensão determinado numa dada direção
finalidade (sincronismo). gados. O acoplamento é direto quando (denominado trigger slope).
Auto-set: (Autofixação). Trata-se sua ligação é feita por um condutor, mas Envelope: (Envolvente). Nesta
de uma função em que o osciloscó- pode ser feito através de componentes modalidade de disparo o osciloscópio
pio encontra automaticamente uma como capacitores, transformadores, detecta os pontos de máximo e mínimo
forma de imagem estável, de tamanho etc, caso em que temos acoplamentos de um sinal.
apropriado que possibilite sua melhor capacitivos, indutivo, etc. Equivalent-time Sampling: (Tempo
observação. O auto-set ajusta automa- DC (Direct Current): Ou corrente de amostragem equivalente). Nos osci-
ticamente o número de volts por divisão contínua (CC), em português. Um sinal loscópios digitais a imagem é obtida por
e o tempo por divisão. que não varia de intensidade com o amostragens sucessivas do sinal onde
Average: (Média). Trata-se de uma tempo. os valores instantâneos são convertidos
modalidade de operação em que o osci- DC Coupling: (Acoplamento DC). para a forma digital. No modo ramdom
loscópio faz diversas amostragens de Trata-se de um modo de acoplamento equivalent time (tempo equivalente
um sinal, processando-o e eliminando para os sinais de entrada de um aleatório) o osciloscópio amostra con-
o ruído aparente e depois apresenta osciloscópio que permite observar os tinuidade o sinal, independentemente
um sinal que é a média de todas as sinais alternados (AC) e a componente do sincronismo.
aquisições ou amostragens. contínua (DC). Fall Time: (Tempo de descida). É
Bandwidth: (Faixa passante). Trata- Delay by Time: (Atraso pelo tempo). uma medida que é feita num sinal e que
-se da especificação do ganho em Trata-se de um modo de disparo (trig- é equivalente ao tempo que ocorre entre
função da faixa de frequências em que gering) em que o ponto de disparo o instante em que o sinal tem 90% de
o osciloscópio pode operar. As frequên- da varredura ou aquisição é atrasado sua amplitude máxima e apenas10%
cias superior e inferior desta faixa são em relação a um sinal de disparo de da mesma.
aquelas em que corresponde a 3dB. referência constante do sinal a ser FFT (Fast Fourier Transform): A
Muitos osciloscópios possuem como observado. Transformada de Fourier Rápida é uma
frequência inferior desta faixa de sinais Delay Measurement: (Medida de função que possibilita ao osciloscópio
DC, ou seja, 0. atraso). É a medida do tempo de atraso transformar uma forma de onda de um
Channel: (Canal). Trata-se da entrada entre os pontos de cruzamento por zero display (tomada como amplitude versus
ou seleção de sinais que pode variar e dois sinais. tempo) nas amplitudes das diversas
entre 1 e 4, conforme o equipamento. Delay Time: (Medida de atraso). frequências em que a forma de onda
CRT: (TRC). É o Cathode Ray Tempo que ocorre entre um evento e a pode ser decomposta. Com este proce-
Tube, ou Tubo de Raios Catódicos, em aquisição (ou observação) deste evento. dimento é possível medir a composição
português. É o elemento principal dos Differentiate: (Diferencie). É a harmônica da forma de onda, a sua
osciloscópios tradicionais e consiste capacidade que certos osciloscópios distorção, analisar filtros e identificar
na “válvula” que, através de feixes de possuem de apresentar na tela a fontes de ruídos em circuitos digitais.
elétrons, projeta a imagem dos sinais a forma de onda de um sinal que cor- Focus: (Foco). É o controle do
serem observados numa tela de fósforo. responde à derivada da função corres- osciloscópio que ajusta o tamanho do
Chop Mode: (Modo comutado). pondente ao sinal original. Matemati- ponto de imagem gerado pelo feixe de
Trata-se de um modo de apresentação camente, esta derivada corresponde elétrons, e assim o foco da imagem.
Frequency: (Frequência). Número Interpolation: (Interpolação). Trata- básicas disponíveis neste caso são a
de vezes em que um ciclo do sinal se -se de um modo de processamento de soma, subtração, divisão, multiplicação
repete em um segundo. Medida de sinal em que o osciloscópio estima as e inversão.
hertz. linhas que unem os pontos de amos- Mean: (Médio). Medida da média
Gated Measurements: (Medidas tragem gerados de modo a projetar a dos valores de amplitude de um sinal
Gatilhadas). Recurso de um oscilos- forma de onda original como uma linha em um ciclo completo.
cópio que possibilita escolher numa contínua. Os osciloscópios trabalham Megasamples per Second: MS/s.
forma de onda as partes que devem com dois tipos de interpolação: linear (Milhões de Amostras por Segundo) é
ser observadas. e sen(x)/x. a quantidade de amostragens que o
Glitch: Trata-se de um erro intermi- LF Rejection: (Rejeição de Baixa osciloscópio faz para projetar um sinal
tente em um circuito. Frequência). Nesta modalidade de em um display.
GPIB (General Purpose Inter- operação o osciloscópio remove as Negative Duty Cycle: (Ciclo Ativo
face Bus): O barramento de interface componentes de baixa frequência de Negativo). Medida de tempo que cor-
de uso geral é um protocolo que um sinal que está sendo observado, responde à relação entre a largura do
possibilita a conexão de diversos evitando que elas atuem sobre o gati- pulso negativo em relação ao período
instrumentos em uma rede sob o lhamento. Os osciloscópios comuns completo de um sinal. Este valor é
controle de um computador. Também rejeitam frequências abaixo de 80 expresso como uma porcentagem.
conhecido como barramento IEEE kHz, quando nesta modalidade de Negative Width: (Largura Negativa).
488, permite a transferência de dados operação. Medida de tempo que corresponde ao
em oito linhas de controle e cinco Logic State Trigger: (Disparo por tempo entre dois pontos de determi-
linhas adicionais. Estado Lógico). Nesta modalidade de nada amplitude de um sinal. Normal-
Graticule: (Gratícula). Grade na tela disparo, ele é feito quando é detectada mente este tempo corresponde a 50%
do osciloscópio que determina os eixos certa combinação de níveis lógicos nos da amplitude.
horizontal e vertical. canais de entrada. Noise Reject: (Rejeição de Ruído).
Hardy Copy: (Cópia impressa). Math: (Matemática). Capacidade A rejeição de ruido é usada para reduzir
Recurso que possibilita a impressão que os osciloscópios digitais mais a sensibilidade do circuito de disparo.
ou cópia em papel da forma de onda avançados possuem de manipular Normal Trigger Mode: (Modo de
observada num osciloscópio. matematicamente um sinal. As funções disparo normal). Nesta modalidade, o
HF Reject: (Rejeição de Alta Frequ-
ência). Este recurso permite a remoção
das componentes de alta frequência do
sinal de disparo. Desta forma, somente
os componentes de baixa frequência
passam para o sistema de disparo para
controlar a aquisição de dados. Este
recurso atenua normalmente sinais
acima de 30 kHz.
Holdoff Trigger: Esta especificação
corresponde ao tempo que ocorre entre
um sinal de disparo e o instante em que
ele pode aceitar um novo sinal para isso.
Este tempo determina a estabilidade
da imagem.
InstaVu Aquisition Mode: Trata-se
de um modo de aquisição de dados
muito rápido que possibilita a amostra-
gem de 400.000 formas de onda por
segundo.
Integrate: (Integrar). Trata-se do
recurso encontrado em alguns osci-
loscópios que permite a visualização
da forma de onda correspondente à
integral da função do sinal principal. A
integral de um sinal possibilita a visuali-
zação da energia e potência envolvidas
neste sinal.
disparo (ou gatilhamento) é feito quando quência, ou de frequências harmônicas deza analógica (tensão ou corrente) em
o osciloscópio detecta o sinal a ser medidas em graus. um valor digital.
observado com um pulso usado para Positive Duty Cycle: (Ciclo Ativo Real Time Sampling: (Amostragem
esta finalidade. Positivo). Relação entre o tempo de em tempo real). Modalidade em que o
Noise: (Ruído). Tensão indesejável duração da parte (pulso) positiva de osciloscópio é rápido o suficiente para
no sinal que vai ser observado. um sinal e o tempo total (período) do produzir uma imagem em apenas um
Peak: (Pico). É o valor máximo mesmo, expressa na forma de uma ciclo de amostragem.
que uma tensão (Vp) ou corrente (lp) porcentagem. Record Length: (Tempo de Grava-
atinge em um ciclo de um sinal a ser Post Trigger: (Disparo posterior). ção). Número de pontos de uma forma
observado. Parte de uma forma de onda depois do de onda usado para gerar um sinal.
Peak Detect: (Detecção de Pico). disparo que contém informações. Reference Memory: (Memória de
É um modo de aquisição ou operação Pre-trigger: (Disparo anterior). Referência). Nos osciloscópios digitais
em que o osciloscópio apresenta na Parte de uma forma de onda antes do a memória de referência é usada para
tela a forma de onda entre os pontos de instante de disparo que contém infor- armazenar as formas de onda que
máximo e mínimo de um ciclo do sinal mações. podem ser observadas posteriormente
a ser analisado. Probe: (Ponta de Prova). Dispositivo para análise.
Peak-to-Peak: (Pico-a-Pico). É a usado para ligar o osciloscópio ao cir- Rise Time: (Tempo de Subida).
diferença de valores (amplitude) entre cuito em teste. Tempo que decorre entre o instante
os pontos de máximo e de mínimo de Probe Compensation: (Compensa- em que um sinal tem 10% de sua
um sinal. ção da Ponta de Prova). Ajuste usado amplitude máxima e 90% de sua
Peak Detection: (Detecção de para melhorar a resposta de baixa fre- amplitude máxima.
Pico). É um modo de aquisição de quência de uma ponta de prova. RMS: (Root Mean Square). Valor
dados de osciloscópios digitais, que Pulse Trigger: (Disparo por Pulso). médio quadrático de uma forma de onda.
possibilita a visualização dos pontos de Forma de gatilhamento de um oscilos- Run Model: Nesta modalidade de
máximo e de mínimo de um sinal cópio que ocorre quando ele detecta operação, o sinal é apresentado na tela
Phase: (Fase). Medida da diferença um pulso no sinal. antes mesmo de se completar um ciclo
entre pontos de mesma amplitude Quantizing: (Quantificação). Pro- de amostragem. Este modo de opera-
relativa entre dois sinais de mesmo fre- cesso usado para converter uma gran- ção é interessante quando se observa
sinais de frequências muito baixas.
Runt Trigger: O termo”runt” se
refere de maneira popular ao filhote
menor de uma ninhada de animais.
Tecnicamente, para os osciloscópios
trata-se de um pulso muito pequeno
para ser detectado em amostragens
seguidas.
Sample: (Amostra). É o valor do
sinal no processo de amostragem con-
vertido para a forma original.
Sample Interval: (Intervalo de
amostra). É o intervalo entre duas
amostragens sucessivas.
Sampling: (Amostragem). É o pro-
cesso segundo o qual o osciloscópio
mede valores instantâneos da forma de
onda a ser projetada, convertendo-os
para a forma digital.
Screen: (Tela). É a superfície na
qual as imagens das formas de ondas
ou sinais são projetadas.
Setup/Hold: (Fixar e manusear).
Trata-se de uma modalidade de disparo
ou gatilhamento em que o osciloscópio
dispara quando a fonte de dados muda
de estado a partir de um valor fixado, ou
tempo com base em um clock.
Definição e Medição
do Erro de Rastreio Francisco Bezerra Filho
C
omo vimos em artigo anterior como seria desejado. Na tabela 1, na etapa de RF. Em consequência disso,
(publicado na revista Eletrônica segunda e terceira coluna, temos um a diferença entre as frequências F1e F2
Total nº 154) sobre receptor hete- exemplo da variação do valor de cada não será exatamente 455 kHz, como
ródino: com sintonia contínua a seção do capacitor variável em função seria previsto.
conversão de frequência era realizada da rotação do seu eixo.
com o auxílio da frequência fornecida A não uniformidade entre as seções Nota
pelo oscilador local. é explicada da seguinte maneira: por O erro de rastreio aparece somente nos
Pelo fato do receptor AM, citado problema de produção, os tamanhos receptores de sintonia contínua, como,
no artigo, cobrir uma faixa contínua das placas, tanto as fixas como as variá- por exemplo, nos receptores de AM e de
de frequência, indo desde 520 a veis, não são iguais. O mesmo acontece FM onde é possível cobrir-se uma ampla
1625 kHz, para conseguir-se sintonizar com a distância entre elas. Em função gama de frequências; já nos receptores
de frequência fixa onde é possível sin-
toda a faixa de frequência tínhamos de disso, a variação da frequência do osci- tonizar-se só uma frequência, o mesmo
variar a sintonia do circuito de entrada, lador local não fica dentro do previsto, não acontece.
ou seja, da etapa de RF e do oscilador o mesmo acontece com a sintonia da
local ao mesmo tempo.
Com esse processo, a diferença
entre a frequência recebida na antena
(F1) e a frequência gerada pelo oscila-
dor local (F2) era sempre constante de
455 kHz, com erro zero (∆F = 0) em
relação ao valor previsto. Para poder-
mos variar a frequência de ambos os
circuitos, devemos variar o valor de um
dos componentes que fazem parte dos
circuitos: a bobina ou o capacitor.
É através da variação do capacitor
que conseguimos o melhor resultado.
Neste caso, é usado um capacitor vari-
ável com duas seções, que, quando
acionado, varia ao mesmo tempo, tanto
a frequência de sintonia da etapa de RF
como a frequência do oscilador local,
conforme é visto na figura 1.
Por problema mecânico, além de
outros problemas que serão vistos
a seguir, quando variamos o eixo do
capacitor variável, o valor de cada
seção não varia unifor memente, F1. Receptor heteródino com capacitor variável duplo,
usado no levantamento do erro de rastreio.
Para determinar as demais frequên- h) Mudar a frequência do gerador e) Ler no frequencímetro a frequên-
cias desconhecidas, ou seja, FB, FC para FD, isto é, em 1348,75 kHz. cia de operação do oscilador
e FD, devemos proceder da seguinte i) Atuando no capacitor variável, local. Para determinar o erro de
maneira: a frequência FC está posicio- sintonizar o receptor em 1348,75 rastreio neste ponto devemos
nada no centro da faixa em um ponto kHz. aplicar a fórmula (1) vista a
intermediário entre FA e F E , neste j) Ajustar simultaneamente no trimmer seguir.
caso temos a equação 1 apresentada do oscilador local (TO) e da etapa f) Repetir os itens “a”, “b”, “c”, e “d”
abaixo. de RF (TA) de maneira a obter-se para determinar o erro de ras-
Uma vez determinada FC podemos, a máxima leitura na escala do treio nas demais frequências,
a partir dela, calcular a frequência FB, medidor M1 (vide item c). ou seja, FC = 1072,2 kHz e TE =
pois está posicionada agora em um k) Repetir diversas vezes os ajustes 1625 kHz.
ponto intermediário entre FA e FC, veja realizados nos itens “g” e “j”, até O erro de rastreio nos três pontos
equação 2. que o ajuste feito em um ponto vistos acima pode ser determinado pela
Pelo mesmo processo visto na figura não altere o ajuste feito no outro fórmula (1)vista abaixo:
4, podemos determinar FD, que, por sua ponto.
vez, está localizada em um ponto inter- Como podemos observar, nestes F (Gerador ± 455) - F (Oscilador) = 0
mediário entre FC e FE, como mostra a dois pontos, o erro de rastreio foi ajus-
equação 3. tado para zero (∆F = 0) vide tabela 2,
Assim, finalmente temos: coluna 5, e figura 2. Ou seja, será a frequência do gera-
• FA = 520 kHz (extremo inferior) dor mais ou menos 455, subtraída a
• FB = 796,25 kHz (ponto de cali- Procedimento para frequência do oscilador local, sendo
bração inferior) determinar o erro de rastreio ambas as frequências expressas em
• FC = 1072,25 kHz (frequência nas demais frequências kHz em nosso exemplo.
central) a) Ajustar a frequência do gerador Portanto, o erro de rastreio medido
• FD = 1348,75 kHz (ponto de cali- em FA, isto é, 520 kHz, corres- será a diferença em relação a zero, valor
bração superior) pondente ao início da faixa. previsto, como podemos ver em detalhe
• FE = 1625 kHz (extremo superior) b) Conectar um frequencímetro em na figura 2 e na tabela 2, coluna 5.
cima do oscilador local, ponto
Processo de calibração X, através de um capacitor de Comentários finais
a) Injetar um gerador de RF à base acoplamento de baixo valor O erro de rastreio em um receptor
de Q1, ponto Z, vide figura 1(atra- (≈20 pF). com sintonia contínua pode ser melhor
vés de um capacitor de bloqueio c) Ajustar a frequência do gerador observado quando sintonizamos uma
de aproximadamente 100 pF). em 520 kHz. emissora operando próximo às frequ-
b) Ajustar a frequência do gerador d) Atuando no capacitor variável, ências: FA, FC ou FE.
em 455 kHz. sintonizar o receptor na frequ- Nesta região, vamos observar que
c) Ajustar o núcleo de ferrite do ência de 520 kHz até obter-se o som produzido no alto-falante é de
primário e do secundário do a leitura máxima na escala do péssima qualidade, dando a sensação
transformador de FI, de maneira medidor M1 (sempre reduzindo de que a referida emissora está fora
a obter-se a máxima leitura na o nível do gerador). de sintonia. T
escala do medidor M1, vide FI
(sempre reduzindo o nível do
gerador).
d) Mudar a posição do gerador da
base de Q1 para o ponto Y, ou E1. Cáculo
de FC.
seja, na antena.
e) Ajustar a frequência do gerador
em FB, isto é, em 796,25 kHz.
f) Atuando no capacitor variável,
sintonizar o receptor em 796,25
kHz. E2. Cáculo
de FB.
g) Atuar simultaneamente no núcleo
das bobinas do oscilador local e
da etapa de RF, de maneira a
obter-se a máxima leitura na
escola do medidor M 1 (vide
item c). E3. Cáculo
de FD.
Utilizando o osciloscópio no
diagnóstico e manutenção de
fontes chaveadas
O
O termo “fonte chavea- presente artigo não pretende formador que reduz a tensão alter-
da” ainda soa estranho ou detalhar características e o nada da rede de alimentação para
funcionamento do oscilos- um valor desejado (5 V, 6 V ou 12
desafiador para alguns de cópio, recomendamos aos V por exemplo), diodos retificadores
nossos leitores iniciantes de leitores que ainda não conheçam como (que podem estar configurados de
eletrônica e até mesmo para esse valioso instrumento funciona, que maneiras diferentes como meia-onda,
aqueles que já possuem consultem edições anteriores de revis- onda completa ou em ponte) utilizados
algum tempo de experi- tas da Editora Saber, como por exemplo para eliminar o semiciclo negativo da
ência na área, mas como a Eletrônica Total nº 147, que traz um tensão alternada senoidal proveniente
excelente artigo sobre o funcionamento do transformador, capacitores eletro-
poderemos perceber neste do osciloscópio, bem como a literatura líticos utilizados para a filtragem do
artigo as partes que consti- disponível sobre o assunto. Aproveito a sinal retificado, e componentes de
tuem esse tipo de fonte de oportunidade para incentivar aqueles estabilização da tensão que podem
tensão são semelhantes às que praticam eletrônica e tenham dúvi- ser diodos zeners, reguladores de
das fontes de alimentação das sobre a real valia desse instrumento tensão ou transistores. Podem ainda
lineares, e a partir da ob- a investirem um pouco mais e adquiri- possuir, dependendo da sofisticação,
rem um osciloscópio, o custo-benefício fusíveis de proteção na entrada e
servação do seu funciona- é altíssimo. capacitores cerâmicos de filtro na
mento aprenderemos como Também não iremos esmiuçar a saída.
utilizar o osciloscópio para forma de funcionamento de todos
diagnosticar problemas e os tipos de fontes chaveadas, esse A fonte de alimentação
repará-los, salientando que assunto já foi muito bem exposto em chaveada
uma grande parcela dos algumas revistas Saber Eletrônica Já a fonte de alimentação cha-
recentes, ao contrário iremos mostrar veada pode ter algumas diferentes
defeitos encontrados nos um breve comparativo entre o funcio- configurações, porém com alguma
mais diversos equipamen- namento das fontes de alimentação semelhança entre as finalidades
tos eletrônicos acontecem lineares e as chaveadas. de cada componente. Na figura 2
justamente nesta etapa do apresentamos um tipo relativamente
circuito. A fonte de alimentação simples de fonte chaveada, o primeiro
linear detalhe observado é que os diodos
Como é mostrado na figura 1, retificadores e o capacitor eletrolítico
uma fonte de alimentação linear é de filtragem se encontram antes do
Defferson R. M. das Neves composta basicamente de um trans- primário do transformador, signifi-
Tecnólogo de Automação Industrial e
Técnico de Telecomunicações
F1. Esquema de
uma fonte linear.
O sinal de saída
da fonte chaveada
Normalmente encontramos fontes
chaveadas com mais de um nível de
saída de tensão, como por exemplo
5, 6, 12, 18 volts entre outras, e F3. Fonte chaveada de um
aparelho de DVD.
necessariamente estas saídas devem
ser o mais estabilizadas possível, ou
seja, livres de oscilações. O principal O teste e diagnóstico da envolvidas e à forma de onda. Prefe-
componente para redução da oscila- fonte chaveada rencialmente devemos testar a fontes
ção de saída é o capacitor de filtro, Para demonstrar o teste e diag- chaveadas com uma carga na saída,
comumente um capacitor eletrolítico nóstico utilizaremos a fonte chaveada que, na maioria dos casos, será o pró-
de alto valor, que é também um dos exibida na figura 3, que alimenta um prio equipamento alimentado pela fonte,
componentes que mais apresentam aparelho de DVD doméstico. ainda assim um multímetro comum
defeitos nas fontes chaveadas. O Ao utilizar mos um multímetro pode apresentar uma leitura errônea.
capacitor de filtro é responsável por comum para verificar o nível de tensão Capacitores defeituosos farão com
armazenar energia e liberá-la à carga de uma fonte chaveada, pode acontecer que a saída apresente oscilação de
nos instantes em que os diodos de de o mesmo nos apresentar uma falsa tensão excessiva, que pode superar a
retificação não estão conduzindo, leitura, e acreditarmos que a fonte está tolerância dos componentes do circuito,
fazendo com que a carga não sinta boa quando na verdade não está, isso porém como as frequências dessas
oscilações de tensão. acontece devido às altas frequências oscilações são altas, podem confundir
Transientes em
circuito com
tiristores: Saiba
como eliminá-los
O
A preocupação com os s principais problemas que sientes numa linha de tensão comum,
transientes é cada vez maior, ocorrem com os circuitos que muitos deles gerados por equipamentos
usam tiristores são a geração que possuem tiristores, além de outras
principalmente à medida de transientes de tensão e causas.
em que as tecnologias criam transientes de corrente. Esses tran- As outras causas podem ser a
circuitos integrados mais sientes, como o nome sugere, podem comutação simples por interruptores e
sensíveis a essas variações alcançar valores que chegam a ser chaves de cargas indutivas, ou ainda
curtas de tensão e corrente. dezenas de vezes o valor de pico das descargas elétricas na rede de energia.
Em especial, os circuitos que tensões ou correntes que estão presen- Lembramos que, ao comutar uma
tes no circuito nas condições normais carga indutiva, a tensão que aparece
possuem tiristores (SCRs, de funcionamento. nos seus extremos, e que será aplicada
TRIACs etc.) são grandes Na figura 1 temos um diagrama que à rede em que essa cargas está ligada,
geradores de transientes, mostra a distribuição típica dos tran- é dada por:
cujas características devem
ser conhecidas por todos os
profissionais, que precisam
saber como fazer sua elimi-
nação ou redução de seus
efeitos. Neste artigo, analisa-
mos os tipos de transientes
gerados por circuitos que
possuem tiristores.
Newton C. Braga
V= -L.di
dt
Onde:
V é a tensão gerada
L é a indutância da carga
di/dt é a velocidade (taxa) de diminuição da
corrente até zero na carga.
Tipos de transientes
A polaridade e a intensidade de um F3: Transiente causado pela comu-
tação de um circuito indutivo.
transiente gerado por um circuito que
possua tiristores (elementos semicon-
dutores comutadores de alta potência
como TRIACs, SCRs, DIACs, SUS
etc.) depende da sua configuração, da
própria carga e da presença de outros
elementos comutadores no circuito.
Analisemos os principais casos que
envolvem circuitos comuns, contendo
além dos tiristores também outros tipos
de cargas indutivas.
Transiente de Transformador
O tipo mais comum de transiente é
o gerado pela comutação de um trans-
formador, cujo enrolamento primário é
altamente indutivo. Na figura 2 temos o
circuito equivalente para uma fonte de
alimentação de onda completa e a forma
do pulso de transiente que aparece. F4: Transiente na comutação da
carga (depois do retificador).
Conheça o SIDAC
(Silicon Diode for Alternating Current)
Conheça esse dispositivo semicondutor da família dos ti-
ristores que encontra aplicações importantes nos circuitos de
potência alimentados por correntes alternadas. Com caracte-
rísticas que lembram o DIAC, os SIDACs podem ser utilizados
com vantagens que o projetista precisa entender. Neste artigo
descrevemos um pouco desse componente sobre o qual
poucos já ouviram falar. Newton C. Braga
O
SIDAC é um diodo (D) de silício um certo valor V(BO), ele se encontra
(Si) indicado para aplicações bloqueado.
em circuitos de corrente alter- Se a tensão ultrapassar esse valor,
nada (AC). É justamente isso o dispositivo conduz e a tensão entre
que o acrônimo para Silicon Diode seus terminais cai para o valor de con-
for Alternating Current indica. Esse dução direta VTM, da ordem de 1,1 V. A
dispositivo possui uma característica corrente que ele pode conduzir nesse
de disparo semelhante à dos DIACs, estado pode chegar a 10 A para pulsos
mas com a capacidade de operar com curtos (10 µs, 1 kHz de frequência de
tensões e correntes muito maiores. Na repetição).
figura 1 temos a curva característica Uma vez disparado, o dispositivo
desse componente. permanece nessa condição até que as
O SIDAC é um componente bilate- condições de manutenção sejam ultra-
ral conforme podemos observar pelas passadas, ou seja, até que a corrente
curvas, o que certamente o torna caia abaixo de certo valor ou a tensão
apropriado para aplicações em corrente aplicada também caia além de um certo
alternada (AC). Quando a tensão entre valor. Para SIDACs típicos, como os
os terminais do SIDAC está abaixo de fabricados pela ON ou NTE, as tensões
EMI
Deve-se observar que a comutação
rápida de um SIDAC faz com que esse F5. Circuito de um Flasher Néon
utilizando um SIDAC.
dispositivo gere interferência eletromag-
nética. No caso prático de um circuito
como o que apresentamos, essa inter-
ferência vai aparecer principalmente em
rádios AM que sejam ligados próximos
da lâmpada. Um filtro para redução
desse ruído é exibido na figura 4.
Será importante que a frequência
de ressonância do circuito fique acima
do limite audível para que ele não gere
ruídos audíveis, quando em funciona-
mento. Na escolha do SIDAC para uma
determinada lâmpada deve-se levar
em conta o pico de corrente que ocorre
quando ela é ligada, em que o filamento
se encontra frio (com menor resistência).
F6. Circuito de ignição de gás utilizando
um oscilador de relaxação com SIDAC.
Outros circuitos
Na figura 5 temos o circuito de um
Flasher Néon utilizando um SIDAC, da nentes. Veja que os valores máximos e
Teccor. Essa empresa fabrica SIDACs mínimos de R são críticos, dependendo,
de 79 a 330 V para aplicações como basicamente, da tensão de entrada e
essa, e seu endereço na Internet é for- das tensões de disparo e manutenção
necido no final do artigo. Esse circuito do SIDAC, além das correntes envolvi-
nada mais é do que um oscilador de das. Observe também que a forma de
relaxação onde a frequência depende onda desse circuito é “dente de serra”,
do resistor de carga do capacitor junto mas com uma subida exponencial da
ao SIDAC. tensão dada pela carga do capacitor C.
O resistor de 20 MΩ pode ter seu
valor alterado em função da aplicação. Conclusão
O transformador utilizado é do tipo de Os SIDACs são comutadores rápi-
pulso (de 4 kV) para disparo de lâmpa- dos com características próximas dos
das comuns de xenônio. Na figura 6 DIACs, e lembram um pouco as lâmpa-
aparece um circuito de ignição de gás das néon. No entanto, sua capacidade
do tipo encontrado em fogões a gás de operar com tensões e correntes
comuns, gerando alta tensão a partir elevadas, permite que eles sejam utili-
de um oscilador de relaxação com um zados em circuitos diretamente ligados
SIDAC. Esse circuito também é suge- à rede de energia. Um novo leque de
rido pela Teccor. possibilidades se abre para os projetis-
Na figura 7 é ilustrado o circuito tas, principalmente de eletroeletrônicos
do oscilador de relaxação típico com de potência ligados à rede, utilizando
SIDAC, com as fórmulas que permitem esse novo componente da família dos F7. Circuito do oscilador com SIDAC, curvas,
e fórmulas para calcular os componentes.
calcular os valores dos seus compo- semicondutores. T
A
técnica de “engenharia reversa” de um microcontrolador PIC previa- de controle remoto comum, adquirido
é ampla e mundialmente difun- mente programado. em um bazar beneficente por um ótimo
dida no meio da pesquisa, “Como observação destacamos que preço, porém, sem o controle remoto.
projeto e desenvolvimento o trabalho que iremos iniciar fará uso Você verá no decorrer do artigo que
de produtos. Todos os tipos de indús- de microcontroladores e sua progra- a maioria dos carrinhos de controle
trias alguma vez já se utilizaram de mação, não vamos nos ater às técnicas remoto existentes no mercado nacional
seus benefícios. O termo “engenharia de gravação ou ao funcionamento dos atenderá nossas necessidades.
reversa” se reveste de um complexo mesmos, presume-se que os leitores O primeiro passo será desmontar
significado, mas basicamente podemos que se proponham a desenvolver as o carrinho (figura 2), de forma que
dizer que, a engenharia reversa con- seguintes tarefas tenham conhecimento possamos ter acesso à placa de cir-
siste em desmontar uma máquina para suficiente em gravação e funciona- cuito impresso com os componentes
descobrir como ela funciona. mento dos PICs, porém para os que conforme mostra a figura 3.
É bem provável que nossos leitores ainda não chegaram lá as revistas da Com o acesso a parte interna do
tenham iniciado seus “estudos” na área Editora Saber (Eletrônica Total, Saber carrinho já podemos iniciar o processo
da eletrônica justamente com a enge- Eletrônica e Mecatrônica Fácil) já publi- de análise do circuito e do funciona-
nharia reversa. Quem nunca desmontou caram diversos artigos que satisfazem mento mecânico. De imediato podemos
um carrinho, um robô de brinquedo, um esse objetivo, recomendamos que o verificar que existem dois motores no
pequeno liquidificador, um radinho de leitor entre em contato com o depar- interior do compartimento, um que faz
pilhas, ou coisas parecidas, simples- tamento de marketing da editora para o carrinho andar para a frente e para
mente pelo prazer de ver como funcio- verificar quais números adquirir.” trás e outro que faz as rodas da frente
nam, ou ainda retirou um “motorzinho” Nesse ponto podemos expor um virarem para a direita e para a esquerda.
ou aquele alto-falante? Quem poderia objetivo secundário do artigo, que é ofe- Seguindo os fios que estão conectados
imaginar que, nesse momento, estava recer mais uma opção aos interessados nos dois motores descobriremos que
realizando não mais que a tal “enge- em montar dispositivos microcontrola- eles estão ligados à placa de circuito
nharia reversa”? dos, mas que não possuem intimidade impresso, e estudando um pouco a
A técnica da engenharia reversa é suficiente com montagens mecânicas. placa identificaremos que os motores
muito poderosa, e aliada à consulta a O artigo demonstrará que é possível estão, na verdade, conectados a duas
bons livros, anotações, informações utilizar em seus projetos, partes que já pontes H formadas por transistores.
da internet e datasheets, pode elevar estejam montadas, agregando a elas O motor de direção está conectado a
o nível de conhecimento a altos pata- a eletrônica conseguindo, assim, um transistores de baixa potência do tipo
mares. excelente resultado final. BC548/558, já o motor de tração, que
Vamos propor neste artigo a des- Pois bem, sigamos adiante. O car- movimenta o carrinho para trás e para
montagem de um carrinho de controle rinho utilizado em nossa engenharia frente está conectado a transistores
remoto, descobrir o seu funcionamento reversa será o da figura 1, não há de média potência como os do tipo
e inserir inteligência ao mesmo através nada de especial nele, é um carrinho BD135/136.
F4. Quatro transistores de média potência formando uma F5 - CI RX2. controle remoto
ponte H e mais quatro de pequena potência ao fundo. com 5 funções.
Detector de Nível
D
O circuito que ora apre- escrevemos um circuito bas- o circuito em automatismos diversos
sentamos serve para indi- tante simples, porém eficiente com acionamento por nível de água.
e sensível, que aciona uma Lembramos apenas que o controle
car o contato de água (ou cigarra ou uma lâmpada incan- usado é de meia onda, devendo ser
umidade) em um sensor, descente comum de até 100 watts prevista uma ponte retificadora caso ele
fazendo tocar uma cigarra quando o sensor X1 entra em contato necessite ser de onda completa.
ou acendendo uma lâmpa- com a umidade ou diretamente com a
da. As aplicações possíveis água. Características
são muitas, tais como in- O sensor pode ser colocado em • Tensão de alimentação: 110/220
locais ameaçados por enchentes ou VCA.
formar quando o nível de inundações como, por exemplo, um • Carga máxima: 100 watts, ou
água de um reservatório porão ou uma garagem, ou ainda conforme o SCR.
atinge um determinado em lugares em que a água deva ser • Corrente em repouso: 1mA ou
ponto, avisar da ocorrência detectada (exemplo: reservatório ou menor.
do transbordamento de barragem).
uma caixa d’água ou reser- Na condição de espera com a carga Como funciona
desativada, a corrente drenada pelo O sensor consiste de dois fios com
vatório, acionar um alarme circuito é extremamente baixa, o que as pontas desencapadas e posiciona-
contra inundações, ou ainda significa que não há praticamente con- dos paralelamente (aproximadamente 5
detectar vazamentos, etc. sumo de energia. cm das pontas devem ser descascados
Com adaptações, pode O único cuidado que deve ser levado para melhor funcionamento).
ser acionado um relé para em consideração é que, como o circuito Em contato com a água, circula
ativar algum tipo de auto- não é isolado da rede de energia, tanto entre eles uma pequena corrente que,
o sensor quanto a sua fiação devem no entanto, é suficiente para disparar
matismo como, por exem- ficar em local protegido contra toques um SCR do tipo TIC106 ou equivalente,
plo, uma bomba d’água, acidentais, e o sistema monitorado de grande sensibilidade.
ampliando a possibilidade precisa ser protegido (ou aterrado) para A carga deste SCR pode ser uma
de uso deste circuito. evitar a ocorrência do mesmo tipo de lâmpada incandescente comum para o
problema. caso de um aviso luminoso, ou mesmo
A possibilidade de controlar uma uma cigarra, caso em que um diodo de
Newton C. Braga carga de alta potência é importante, proteção deve ser incluído no projeto
ainda, para o leitor que pode utilizar conforme indicado no diagrama.
Sistemas
Embutidos
O
Uma palavra muito usada IEEE (Instituto de Engenharia de data, tempo para cálculos, etc.,
atualmente quando se fala Elétrica e Eletrônica dos Esta- possui certamente um sistema eletrô-
dos Unidos) define “embed- nico embutido ou “embedded”.
em eletrônica é “embedded”. ded” como todo e qualquer Assim, o seu forno de micro-ondas
A tradução mais apropriada circuito eletrônico que faça parte de um que tem um calendário e um relógio,
seria “embutido” e se refere sistema mais amplo que ele controla, que aceita programações de tempo e
a uma tecnologia que está monitora ou dá assistência. realiza funções “inteligentes” como, por
ocupando um espaço muito O nome “embedded” vem do fato de exemplo, associar o tipo de alimento
importante na eletrônica que o circuito eletrônico faz parte inte- a ser cozido com o tempo necessário
gral do sistema, ou seja, está embutido a isso, certamente possui um circuito
de consumo. O que são os como parte atuante dele. eletrônico embutido.
dispositivos “embedded” ou Assim, quando nos referimos aos
“embutidos”, é o assunto que circuitos eletrônicos que fazem parte Como funcionam
abordaremos neste artigo. de uma máquina de lavar roupa, pois A implementação de funções inte-
controlam e monitoram seu funcio- ligentes em um eletrodoméstico ou
namento, estes circuitos fazem parte outro tipo de aplicativo de uso domés-
Newton C. Braga integrante dela, e, portanto, estão tico ou embarcado, parte do próprio
“embutidos” na sua estrutura. fabricante que tem diversas opções
Atualmente, temos a possibilidade para esta finalidade.
de monitorar ou controlar pratica- Podem ser usados microcontrola-
mente qualquer tipo de eletrodomés- dores, microprocessadores ou ainda
tico ou eletrônico, ou ainda disposi- DSPs. Observe a figura 2.
tivo mecânico de um carro, barco ou No caso dos microcontroladores, o
avião com a utilização de circuitos que o aplicativo vai fazer, depende do
eletrônicos sofisticados como os programa gravado em sua memória
microprocessadores, microcontrola-
dores e DSPs. Desse modo, a “eletrô-
nica embutida” está se tornando um
ramo importante desta ciência, com
tendência a se separar dos demais
ramos de forma mais acentuada, tal
como hoje já ocorre com a informá-
tica, telecomunicações, instrumen-
tação que se tornara praticamente
disciplinas independentes dentro da
eletrônica, conforme sugere o dia-
grama da figura 1.
Basicamente, um eletrodoméstico
ou equipamento eletrônico que seja
alimentado por eletricidade, que tenha
qualquer tipo de elemento que o torne
“inteligente”, e ainda processe funções F1. Os principais setores da Eletrônica
convergem para a eletrônica “embutida”.