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CLASSE – Processo
NÚMERO - 166
ANO - 1934
PARTES - The São Paulo Tramway Light and Power Company x Alberto das Neves
Alberto das Neves, condutor de bondes da empresa The São Paulo Tramway Light and
Power Company, abandonou o serviço sem justificativas à empresa, cometendo, assim,
falta grave. Comprovada a falta do empregado, houve a sua demissão. O funcionário
impetrou recurso, pedindo reintegração, mas o CNT manteve a decisão.
Caixa 19 Mç 01
CLASSE - Processo
NÚMERO - 355
ANO - 1934
Caixa 19 Mç 02
NÚMERO - 555
ANO - 1934
PARTES - The Great Western Of Brasil Railway Company x João Cordeiro Cintra
João Cordeiro Cintra desviou dinheiro da empresa em que prestava serviço, a The Great Western
Of Brasil Railway Company. Esse ato foi considerado falta grave prevista pelo art. 53, do Decreto nº
20.465, de Outubro de 1931. A superintendência tinha provas de que o funcionário havia cometido
esses atos e pediu a sua demissão. O CNT autorizou a demissão de João Cordeiro Cintra do cargo
que ocupava na empresa.
Caixa 19 Mç 03
CLASSE - Processo
NÚMERO - 946
ANO - 1934
Antonio Laino, empregado da empresa Estrada de Ferro Sorocabana foi demitido depois
de ser acusado de furto. Após análise do inquérito, restou comprovado que o funcionário
havia cometido falta no serviço, mas não relacionada a roubo. Os membros da Segunda
Câmara do CNT decidiram reintegrar o funcionário.
Caixa 19 Mç 04
NÚMERO - 975
ANO - 1934
José Diogo Junior, ex-ajudante de Almoxarife, foi demitido sem justa causa, após contar
mais de 10 anos de serviço na empresa Estrada de Ferro de Goyaz. O empregado foi
demitido sem inquérito administrativo, por ato do Chefe do Governo Provisório. O CNT
determinou a reintegração do empregado ao cargo de origem. Contudo, após análise dos
embargos apresentados pela Estrada de Ferro de Goyaz, o CNT entendeu que o
empregado não contava o tempo de serviço necessário para ser estável, ressaltando que
apenas a Comissão Revisora citada nas “Disposições Transitórias” da Constituição Federal
era competente para julgar a questão.
Caixa 19 Mç 05
CLASSE - Processo
NÚMERO - 1194
ANO - 1934
A Companhia Estrada de Ferro do Dourado instaurou inquérito contra o funcionário Moyses Carlos,
acusando-o de ter abandonado o serviço. Moyses recebeu uma licença de seis meses, mas sem
receber o seu salário. Na data prevista do seu retorno na empresa, ele não compareceu e não
justificou a sua ausência, por esse motivo foi demitido. Os membros da Terceira Câmara do CNT
aprovaram o inquérito e autorizaram a demissão do funcionário.
Caixa 19 Mç 06
NUMERO - 1370
ANO - 1934
PARTES - Eugênio D’Alessandro x The Rio de Janeiro Tramway Light and Power Company
Ltda.
Eugênio D´Alessandro relatou que após um inquérito administrativo ficou suspenso por
trinta dias sob pena disciplinar, sem direito a receber o pagamento mensal. Após este
período a empresa manteve-o afastado por mais 19 meses, com direito ao recebimento de
seu salário. Depois deste ocorrido, a Light and Power promoveu sua aposentadoria. O
empregado, não estando de acordo, reclamou das condições em que se deu o seu
processo de aposentadoria. Os Membros do Conselho Nacional do Trabalho consideraram
que não houve supressão de um serviço, mas sim tentativa de extinção de um cargo e
resolveram anular a aposentadoria e determinar a reintegração do reclamante junto à
empresa Light and Power. A Cia embargou a decisão do Egrégio Conselho; o CNT, porém,
negou o embargo da empresa e manteve a decisão do acordão anterior. A empresa,
contudo, recusou-se a reintegrar o empregado; nesse sentido, o CNT impôs multa diária à
empresa até o cumprimento da reintegração e indenização dos pagamentos a que Eugênio
tinha direito. O empregado foi, de fato, reintegrado à empresa.
CAIXA 20 MÇ 01
CLASSE - Processo
NUMERO - 1667
ANO - 1934
Zacarias Domingos Pereira afirmou ter sido demitido injustamente, já que possuía ter
mais de dez anos de serviços prestados na Rede Mineira de Viação, sendo acusado de
desvio de material da empresa. Não tendo sido apurada nenhuma falta grave no inquérito
administrativo, o CNT determinou a reintegração do empregado com base na sua
estabilidade decenal.
CAIXA 20 MÇ 02
NUMERO - 1827
ANO - 1934
CAIXA 20 MÇ 03.
CLASSE - Processo
NUMERO – 1975
ANO - 1934
Raul Ribeiro pediu reintegração no cargo exercia há mais de vinte anos.. Afirmou que foi
demitido por estar doente e impossibilitado de exercer suas funções. A empresa o demitiu
alegando que o empregado teria abandonado o emprego, porém não houve o devido
inquérito administrativo. Em acórdão, a Primeira Câmara do CNT entendeu que os
empregados da Estrada de Ferro Central do Brasil não possuíam a estabilidade após dez
anos de serviços prestados. O empregado, porém, entrou com embargos a fim de reformar
a decisão inicial do CNT, contudo, o CNT manteve a decisão e não recebeu os embargos
apresentados pelo empregado.
CAIXA 21 MÇ 01
NUMERO – 2044
ANO - 1934
CAIXA 21 MÇ 02
CLASSE - Processo
NUMERO – 2130
ANO - 1934
A Cia. Paulista de Estrada de Ferro enviou consulta ao Conselho Nacional do Trabalho a fim de
demitir o empregado Domingo Teixeira Pinto, condenado a dois anos de prisão. O questionamento
da Cia. era acerca da necessidade ou não de inquérito administrativo no caso de demissão de
empregado condenado em sentença do Tribunal do Jury, confirmada pelo Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo. O CNT entendeu, porém, que era necessária a abertura de inquérito
administrativo a fim de proceder à demissão do empregado. A Companhia readmitiu o empregado
e o processo foi arquivado.
CAIXA 21 MÇ 03
NUMERO – 2225
ANO - 1934
CAIXA 21 MÇ 04
CLASSE - Processo
NÚMERO – 2309
ANO – 1934
PARTES – Americo da Luz x reclama contra The São Paulo Light and. Power Co Ltd
Americo da Luz trabalhava na empresa The São Paulo Trammay, Light and Power Cia. Ltd.
como Motorneiro. Comunicou ao Ministério do Trabalho que prestou serviço à empresa a
mais de 24 anos e foi dispensando sem justificativa. Não se conformando com a demissão
o suplicante entrou com processo contra a The São Paulo Light. A empresa, em resposta ao
Ministério do Trabalho, apresentou provas de que o funcionário abandonou o serviço no
dia 8 de maio de 1924. O empregado teve a oportunidade de provar sua inocência, mas
não se pronunciou em nenhum momento. Nesse sentido, os membros da Segunda
Câmara do CNT julgaram improcedente a reclamação.
CLASSE - Processo
NÚMERO - 2394
ANO - 1934
Izidoro Fernandes Castro exonerado por abandono de serviço, esteve ausente da empresa
entre 29 de setembro de 1928 a 17 de Abril de 1929, e não justificou seu afastamento.
Porém, sua demissão não foi precedida de inquérito administrativo, tendo em vista o
disposto no § 2º, do art. 14, do Dec. nº 14.663, de 1º de Fevereiro de 1921. O empregado
tinha mais de 10 anos de serviço e, nessas condições, não poderia ter sido dispensado sem
a formalidade do inquérito administrativo. O CNT decidiu reintegrar o funcionário com
todas as suas vantagens legais.
CAIXA 22 – MÇ 02
CLASSE - Processo
NÚMERO - 2465
ANO - 1934
João Vicente Sobrinho, empregado da Rede de Viação Sul Mineira, foi demitido em
outubro de 1927, em virtude de irregularidades graves cometidas durante o recebimento
de mercadoria na estação. João prestou serviço à empresa por aproximadamente 30 anos.
Após discutir a questão do tempo de serviço do empregado, os membros do CNT
reintegraram o empregado na empresa, mas sem os direitos de salários atrasados e
ressaltando que a Rede de Mineira de Viação possuía o direito de instaurar o inquérito
administrativo para provar a falta grave atribuída ao embargante.
CAIXA 22 – MÇ 03
NÚMERO - 2642
ANO - 1934
Luís Alves da Silva era empregado da Estrada de Ferro Sudoeste da Bahia, onde foi
demitido sem justa causa. Trabalhou 8 anos e 5 meses na empresa e de acordo com o
Dec. 4.682 de 24 de janeiro de 1923, artigo 42 ele não poderia ser dispensado do cargo. A
Estrada de Ferro Sudoeste alegou que o empregado cometeu irregularidades no serviço,
mas a empresa não conseguiu produzir provas significativas. A empresa readmitiu o
funcionário e o processo foi arquivado.
CAIXA 22 MÇ 04
CLASSE - Processo
NÚMERO - 2835
ANO - 1934
José Leão, 52 anos, empregado da empresa Viação do São Francisco, contando mais de 27
anos de serviço no ofício de carpinteiro. A empresa demitiu o funcionário sem justificar o
motivo. Conforme o art°. 55, do Decreto nº 20.465, de 1° de Outubro de 1931, o
empregado não poderia ser mandado embora sem ter cometido uma falta grave. O CNT,
junto com a empresa Viação do São Francisco, decidiu reintegrar o funcionário com direito
ao recebimento dos salários atrasados.
CAIXA 22 MÇ 05
NÚMERO - 2943
ANO - 1934
A companhia Força e Luz Paraná entrou com inquérito administrativo contra o funcionário
João Gallego. O empregado entrou em greve e cometeu faltas graves durante as
manifestações. João Gallego depredou e jogou explosivos na empresa, destruindo, assim,
os bens da companhia. O CNT não reconheceu no inquérito administrativo como sendo
uma falta grave e readmitiu o funcionário. A empresa foi obrigada a reintegra-lo e
indeniza-lo dos salários atrasados. Inconformada com a decisão, a empresa apresentou
embargos ao CNT., que examinando corretamente as provas oferecidas pelo embargante ,
resolveu retificar o Accordão julgando-o procedente, havendo, assim, a dispensa do
empregado.
CAIXA 22 MÇ 06
CLASSE - Processo
NÚMERO - 3039
ANO - 1934
CAIXA 22 MÇ 07
NÚMERO: 3082
ANO: 1934
CAIXA 22 MÇ 08
CLASSE - Processo
NÚMERO - 3096
ANO - 1934
CAIXA 22 MÇ 09
NÚMERO - 3200
ANO - 1934
CAIXA 22 MÇ 10
CLASSE - Processo
NÚMERO - 3587
ANO - 1934
Francisco Conceição, demitido por recusar a prestar serviço de emergência ao seu colega
de trabalho e por tentar ferir o mestre da linha Diamantino Ferreira. O inquérito
administrativo apurou que no dia 12 de janeiro de 1933 as linhas de trem estavam em
manutenção e algumas barreiras desmoronaram durante a noite, ficando impedida de ser
transitada. Francisco fazia parte da equipe que estava auxiliando na obra. Francisco e os
demais funcionários foram alertados para prestar ajuda no local, mas o funcionário
simplesmente não cumpriu a ordem e foi suspenso por 10 dias. No local do acidente
haviam pessoas e policiais que viram o empregado cometer a agressão. As testemunhas
comprovaram que o acusado realmente agiu dessa forma e o procurador geral decidiu
autorizar a demissão desse funcionário.
CLASSE - Processo
NÚMERO – 3602/34
ANO – 1934
O reclamante solicitou a sua reintegração no serviço da Leopoldina Railway Co. Ltd. sob a
alegação de ter sido afastado sem justa causa, sem que fosse observado seu direito à
estabilidade, visto que contava mais de dez anos de trabalho. O CNT considerou
incoerentes as alegações da empresa e decidiu que o empregado deveria ser readmitido
em seu cargo com todas as vantagens legais. A companhia embargou a decisão do CNT,
aduzindo que o cálculo do tempo de serviço baseado na caderneta de nomeação do
funcionário estaria errado. O CNT deu provimento ao recurso para julgar improcedente a
reclamação original. José Ignacio recorreu, então, ao Ministro do Trabalho, Indústria e
Comércio, que deu provimento ao recurso do funcionário e intimou a empresa a reintegrar
o empregado no prazo de dez dias. Esta entrou com um expediente protelatório e solicitou
um novo exame da matéria, o que foi recusado.
CAIXA 23 MÇ 01
CLASSE - Processo
NÚMERO – 3663/34
ANO – 1934
CLASSE - Processo
NÚMERO – 3689/34
ANO – 1934
CAIXA 23 MÇ 03
CLASSE - Processo
NÚMERO – 3746/34
ANO – 1934
A empresa abriu inquérito administrativo para apurar a falta grave em que incorreram os
funcionários: João Henrique Zacharias, Aristides Antonio da Silva, Chrispim dos Santos,
Ezequiel Molina, Domingos Augusto da Silveira, Antonio Porras Lobato, Alberto Esteves
Franco, André Antiqueira, José Augusto Machado, Abdias Cerqueira Leite e Julio P. Lopes,
acusados de atos graves de insubordinação durante o movimento grevista ocorrido em
Pederneiras, em 1934. Dentre estes empregados, somente Antonio Porras Lobato, Alberto
Esteves Franco, André Antiqueira e José Augusto Machado contavam mais de dez anos de
serviço, sendo a companhia livre para demitir os outros funcionários. Ficou comprovada a
participação daqueles três, cujas demissões foram autorizadas pelo CNT. Contudo, contra
CAIXA 23 MÇ 04
CLASSE - Processo
NÚMERO – 3811/34
ANO – 1934
A empresa The Great Western of Brasil Railway abriu inquérito administrativo contra
Otávio Bourbon Guimarães sob a acusação de abandono de emprego, o que configuraria
falta grave. Três testemunhas foram ouvidas e confirmaram o abandono do exercício de
sua função por parte do acusado, sem que houvesse ordem ou autorização da autoridade
competente. O relatório da comissão do inquérito comprovou a falta cometida pelo
empregado, sendo este passível de demissão. O CNT autorizou a demissão, porém com
uma ressalva de que a situação não se caracterizava por abandono de emprego, mas de
serviço.
CAIXA 23 MÇ 05
NÚMERO – 13599/39
ANO – 1939
O reclamante solicitou a sua reintegração no serviço da Leopoldina Railway Co. Ltd. sob a
alegação de ter sido afastado sem justa causa, sem que fosse observado seu direito à
estabilidade, visto que contava mais de dez anos de trabalho. O CNT considerou
incoerentes as alegações da empresa e decidiu que o empregado deveria ser readmitido
em seu cargo com todas as vantagens legais. A companhia embargou a decisão do CNT,
aduzindo que o cálculo do tempo de serviço baseado na caderneta de nomeação do
funcionário estaria errado. O CNT deu provimento ao recurso para julgar improcedente a
reclamação original. José Ignacio recorreu, então, ao Ministro do Trabalho, Indústria e
Comércio, que deu provimento ao recurso do funcionário e intimou a empresa a reintegrar
o empregado no prazo de dez dias. Esta entrou com um expediente protelatório e solicitou
CLASSE - Processo
NÚMERO - 3918
ANO - 1934
PARTES – Raul Zenha de Mesquita x Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande (Rêde de
Viação Paraná – Santa Catharina)
Raul Zenha afirmou que havia sido licenciado pela empresa, a princípio durante 90 dias,
sem direito aos vencimentos. Porém, a suspensão foi sucessivamente prorrogada, levando
o empregado a reclamar junto ao CNT, uma vez que a licença não foi requerida por Raul
Zenha. O empregado argumentou que, não tendo sido demitido e incluindo-se ao seu
tempo de serviço o período em que esteve suspenso, restava garantido o direito à
estabilidade por contar mais de dez anos de serviço. Segundo a empresa, Raul Zenha
havia pedido demissão e não contava mais de dez anos de serviço - portanto, o empregado
não tinha direito a pedir a reintegração. Há no processo importantes relatos sobre a
movimentação das tropas durante a Revolução de 1930 e atuação da Companhia nesse
sentido, uma vez que a Estrada de Ferro São Paulo foi ocupada pelo Governo Federal no
início da década de 30. Em primeiro acórdão, o CNT entendeu que o empregado tinha
razão e determinou que o período de “licença” fosse cessado, mas não determinou o
pagamento dos vencimentos a que Raul Zenha tinha direito. Nesse sentido, o empregado
apresentou embargos a fim de ser devidamente indenizado; em segundo acórdão, o CNT
determinou o devido pagamento ao engenheiro Raul Zenha. Entretanto, a Empresa
argumentou que Raul Zenha não possuía dez anos de serviços prestados, porque seria
errado considerar no cálculo de tempo de serviço o período em que o empregado ficou
afastado. Ignorando a interpretação da empresa e considerando que a mesma não
cumpriu acórdão determinado, o CNT determinou o pagamento de multas diárias para a
Estrada de Ferro São Paulo, a fim de reintegrar o empregado de fato.
CLASSE - Processo
NÚMERO - 3998
ANO - 1934
PARTES – Cia. Paulista de Estradas de Ferro x Primo Luiz Ferigati e José Oliveira Bicudo
Caixa 24 MÇ 02
CLASSE - Processo
NÚMERO - 4024
ANO - 1934
PARTES – Manoel Rodrigues dos Santos x The Rio de Janeiro Tramway Light and Power
Co. Ltd.
Caixa 24 MÇ 03
CLASSE - Processo
NÚMERO - 4119
ANO - 1934
José Nezbeda, natural da Bohêmia, foi demitido após retornar de um tratamento médico.
A Cia. informou que o empregado sofria de epilepsia, o que o impossibilitava de trabalhar
normalmente, e por essa razão o empregado havia deixado de trabalhar na Companhia. O
CNT entendeu que, por possuir mais de dez anos de serviços prestados, o empregado era
Caixa 24 MÇ 04
CLASSE - Processo
NÚMERO - 4126
ANO - 1934
Joaquim Sant’Anna afirmou que era hábito comum entre os funcionários da empresa
presentear um dos chefes de serviços, senhor Clodowil Fernandes Lopes, em seu
aniversário ou em aniversário de algum familiar. O empregado afirma que, por não possuir
condições para tal, passou a ser mal visto e perseguido pelo chefe. Quando houve um
desaparecimento de noventa e três sacos de café do armazém, e mesmo sendo a
responsabilidade de guarda de outro funcionário da Estrada de Ferro, o senhor Clodowil
envolveu o empregado em um processo crime, que demonstrou a inocência de Fulano.
Porém, ainda sim, o empregado foi demitido da empresa. A Cia. afirmou que o empregado
havia confessado o suposto crime, além de não ter instaurado inquérito por não ser uma
exigência legal à época. Contudo, o CNT entendeu que a demissão do reclamante foi ilegal
e determinou a sua reintegração com todas as vantagens legais.
Caixa 24 MÇ 05
CLASSE - Processo
NÚMERO - 4277
ANO - 1934
PARTES – The Pará Electric Railways and Lighting Co. x Joaquim Candido Ferreira
Caixa 24 MÇ 06
CLASSE - Processo
NUMERO - 4526
ANO - 1934
O reclamante Antônio José dos Reis de 57 anos de idade, que alegou ter trabalhado na
Companhia de Navegação Bahiana por 44 anos e dispensado sem inquérito administrativo,
pediu ao Egrégio Conselho a sua reintegração. A reclamada afirmou que o funcionário foi
dispensado por faltar ao trabalho e que não contava com o tempo de serviço afirmado
pelo empregado, pois ele fazia parte da antiga navegação, a qual pertencia ao Governo do
Estado, desvinculada da administração da época. O Conselho Nacional do Trabalho, em
acordão, considerou que o reclamante possuía mais de 10 anos de serviço e tinha direito à
estabilidade, resolvendo os membros da 3º Câmara do CNT dar provimento à reclamação,
determinando a reintegração, com todas as vantagens legais.
CAIXA 25 MÇ 01
CLASSE - Processo
NUMERO - 4681
ANO - 1934
Constantino da Encarnação alega ter sido dispensado sem justa causa e que contava com
treze anos de serviços prestados, sendo acusado de afundar um rebocador. O acusado
afirma que o rebocador precisava de alguns reparos, pois estava em mau estado de
conservação e que precisou amarra-lo em uma boia. Afirmou, ainda, que informou ao seu
superior o estado do rebocador para que fosse feita a manutenção, o que não foi feito. O
CAIXA 25 MÇ 02
CLASSE - Processo
NUMERO - 4704
ANO - 1934
CAIXA 25 MÇ 03
CLASSE- Processo
NUMERO - 4752
ANO - 1934
CAIXA 25 MÇ 04
CLASSE - Processo
NUMERO - 5085
ANO - 1934
CAIXA 25 MÇ 05
CLASSE - Processo
NUMERO - 5564
ANO - 1934
PARTES - The Great Western of Brazil Railway Company Ltd. X Plácido da Silva Paranhos.
CAIXA 25 MÇ 06
CLASSE - PROCESSO
NUMERO - 5702
ANO - 1934
O reclamante Sebastião Martins alega que a sua demissão foi injusta, por não ter cometido
nenhuma falta grave e por ter 10 anos de ferrovia, pedindo ao Conselho Nacional do
Trabalho a sua reintegração. A reclamada Companhia Paulista de Ferro informou que o
demitiu por atos de indisciplina e que ele só contava com 7 anos, 4 meses e 11 dias de
trabalho e não os 10 anos como declarou. O reclamante provou que trabalhou antes na
Companhia Mogyana de Estrada de Ferro e pediu para ser computado o seu tempo de
serviço. Resolveram os membros da 3ª Câmara do CNT, julgar procedente a reclamação e
determinar a reintegração do empregado, porque restou comprovado que o reclamante
trabalhou em outra empresa.
CAIXA 25 MÇ 07
CLASSE - Processo
NUMERO - 5812
ANO - 1934
CAIXA 25 MÇ 08
CLASSE - Processo
NUMERO - 6009
ANO - 1934
O reclamante Felippe afirma que foi dispensado por economia e que trabalhou 18 anos no
cargo de engenheiro, requerendo a sua reintegração no cargo, já que não cometera
nenhuma falta grave. A Companhia Ferroviária Éste Brasileiro informou que o reclamante
nunca foi seu empregado, mas sim da Estrada Societé de Construcion Du Port., da Bahia,
companhia arrendatária. O reclamante não comprovou o tempo trabalhado, assim
prevalecendo as declarações da empresa reclamada. Decidiram os membros da 1ª Câmara
do Conselho Nacional do Trabalho negar provimento. Não conformado com a decisão, o
reclamante pediu embargos ao CNT, com amparo no art.70, Dec. 20.465. Foi provado que
havia relação entre as empresas Societé de Construction Du porto da Baia e a antiga
companhia Éste Brasileiro, à época chamada de Viação Férrea Federal Léste Brasileiro.
Com esta conclusão o CNT determinou que a Viação Férrea Brasileiro reintegrasse o
engenheiro com os direitos legais. O assunto foi submetido ao Presidente da República,
que aprovou o parecer do Consultor Geral da República e decidiu que a Ferroviária não é
obrigada a cumprir a decisão deste Conselho, resolvendo o CNT em sessão plena mandar
arquivar o processo.
CAIXA 25 MÇ 09
CLASSE - Processo
NUMERO - 6632
João Gonçalves afirmou que foi demitido sem justa causa pela Estrada de Ferro, após ter
trabalhado 14 anos no cargo de agente da 4ª classe desta Estrada de Ferro e pleiteou a sua
reintegração junto ao Conselho. Informou a Estrada de Ferro Oeste de Minas que o agente
João de Oliveira foi exonerado a bem da disciplina por que foi removido da Estação de
Arco para a de Engenheiro Adelmar e não conformado com a remoção, alegando motivo
de doença em pessoa da sua família, foi mandado para outra estação onde se apresentou
e ausentou-se do cargo. Resolveu a 3ª Câmara do CNT negar conhecimento da
reclamação.
CAIXA 25 MÇ 10
CLASSE - Processo
NÚMERO – 6709/34
ANO – 1934
Virgílio Pereira Amares reclamou contra o ato da empresa que o desembarcou do cargo de
imediato do vapor “Caxambú”, em virtude de decisão da Capitania dos Portos, decisão
esta que foi depois modificada – ficando o reclamante habilitado novamente a embarcar.
O CNT converteu em diligência o julgamento do processo para que a companhia prestasse
os devidos esclarecimentos. Foi averiguado que o empregado estava com tuberculose e
seus advogados estariam preparando sua aposentadoria. O funcionário veio a falecer e sua
esposa deu prosseguimento ao processo. Devido às diligências, o CNT constatou que o
empregado havia sido readmitido, porém sem ter recebido os vencimentos. Portanto, foi
determinado o pagamento dos vencimentos à viúva.
CAIXA 26 MÇ 01
CLASSE - Processo
NÚMERO – 7160/34
ANO – 1934
A Viação Férrea do Rio Grande do Sul abriu inquérito administrativo para investigar a
conduta de Djalma Fagundes Midon, acusado de ter se apropriado de dinheiro
pertencente à renda da seção de bagagens de Uruguaiana, da qual era encarregado. O
CAIXA 26 MÇ 02
CLASSE - Processo
NÚMERO – 7359/34
ANO – 1934
A Viação Férrea do Rio Grande do Sul abriu inquérito administrativo para investigar a
conduta de Otilio Monteiro, acusado de brigar com o feitor da turma, Olmiro Costa, e se
dar ao vício da embriaguez, o que constitui falta grave. O inquérito provou a culpa do
empregado, portanto o CNT resolveu autorizar sua demissão.
CAIXA 26 MÇ 03
CLASSE - Processo
NÚMERO – 7560/34
ANO – 1934
CAIXA 26 MÇ 04
NÚMERO – 7756/34
ANO – 1934
O funcionário reclamou contra sua dispensa do emprego e alegava ter mais de dez anos de
serviço. A empresa declarou que o empregado tinha somente nove anos na companhia.
Entretanto, neste caso, o tempo de serviço para efeito de vitaliciedade conta, além dos
nove anos, o período de um ano e oito meses em que o funcionário trabalhou para a
Leopoldina Railway Co. Ltd.. O CNT resolveu, portanto, julgar procedente a reclamação de
Olavo Soares e determinou que fosse reintegrado ao seu serviço sem direito a receber os
vencimentos relativos ao período em que esteve afastado.
CAIXA 26 MÇ 05
CLASSE – Processo
NÚMERO – 7912/34
ANO – 1934
A empresa abriu inquérito para apurar a conduta de José Ferreira, acusando este de ser
um mal empregado e de ter abandonado o serviço sem justificativa. A companhia,
entretanto, não ofereceu provas quanto ao comportamento do funcionário. No tangente à
falta, José Ferreira apresentou atestado dado pelo médico da empresa. Portanto, o CNT
julgou o inquérito improcedente e determinou a readmissão do empregado, com todas as
vantagens legais. A companhia foi notificada para que cumprisse a sentença dentro do
prazo, todavia, José Ferreira não compareceu para reassumir seu cargo.
CAIXA 26 MÇ 06
CLASSE - Processo
NÚMERO – 8046/34
ANO – 1934
CAIXA 26 MÇ 07
CLASSE - Processo
NÚMERO – 8056/34
ANO – 1934
Manoel Guimarães de Souza Rosa reclamou contra o ato da empresa que o desembarcou
do cargo de imediato do vapor “Atalaia” e deixou de pagar seus vencimentos durante nove
meses – sob a alegação de conflito com o piloto - e, quando voltou a pagá-lo, reduziu seus
vencimentos. A companhia alega que a reclamação do empregado não procede, uma vez
que o Ministro da Marinha, por meio de despacho, isentou a Lloyd Brasileiro do
pagamento de quaisquer vantagens pecuniárias após o desembarque do funcionário. O
inquérito provou a falta do empregado e, quanto à redução dos vencimentos, o CNT
determinou a conversão do julgamento do processo em diligência para que a empresa
esclarecesse o ocorrido. A empresa aduziu que Manoel Rosa foi readmitido em outro
vapor, com soldos mais baixos. Contudo, a Lloyd Brasileiro não poderia tê-lo feito, visto
que isso seria uma segunda punição, além dos 90 dias de afastamento. Portanto, o CNT
aceitou o embargo do funcionário e reformou a sentença, julgando procedente a
reclamação do empregado.
CAIXA 26 MÇ 08
CLASSE - Processo
NÚMERO – 9239/34
ANO – 1934
A empresa abriu inquérito administrativo contra Abilio Pinto Ribeiro para investigar
irregularidades praticadas devido a sinais de embriaguez. Porém, em momento algum o
inquérito esclareceu que irregularidades seriam estas, descumprindo a portaria a qual
determinava que deveria constar “a falta a apurar, descrita com clareza e precisão” para
que a prova não se fizesse arbitrariamente e o acusado tivesse a possibilidade de se
defender. Assim, o CNT resolveu anular o inquérito e determinou a readmissão do
empregado, com todas as vantagens legais.
CAIXA 26 MÇ 09
CLASSE - Processo
NÚMERO – 9345/34
ANO – 1934
Benjamin Aprigio Pavão solicitou a sua reintegração no serviço da Lloyd Brasileiro com o
pagamento dos vencimentos do tempo em que esteve afastado, sob a alegação de ter sido
afastado sem justa causa, sem que fosse observado seu direito à estabilidade, visto que
contava mais de dez anos de trabalho. Porém, a empresa alegou que o inquérito
administrativo apurou falta grave cometida pelo funcionário. Além disso, à época, a lei da
estabilidade funcional ainda não havia sido regulamentada. Portanto, o CNT julgou a
reclamação improcedente por falta de apoio legal. O empregado recorreu da decisão com
base na lei de 1926, que tornou extensivo aos marítimos o direito de estabilidade
concedido aos ferroviários. Ademais, ficou provado que não houve inquérito por parte da
companhia. Por conseguinte, o CNT aceitou os embargos do funcionário para julgar sua
reclamação procedente. A companhia foi notificada a reintegrar o empregado em seu
cargo, com todas as vantagens legais.
CAIXA 26 MÇ 10
NÚMERO – 12908
ANO – 1937
CAIXA 26 ANEXO DO MÇ 10
CLASSE - Processo
NÚMERO - 9582
ANO - 1934
CLASSE - Processo
NÚMERO - 9751
ANO - 1934
O funcionário Olyntho Costa, ferroviário da empresa Estrada de Ferro Victoria a Minas, foi
acusado de abandonar o serviço e não prestar contas à Companhia em que trabalhava. O
empregado tinha mais de 10 anos de serviço e por esse motivo não poderia ser dispensado
sem o devido inquérito. De acordo com o inquérito administrativo no qual consta que o
empregado contava mais de 10 anos de serviço, só poderia ser demitido se cometesse
falta grave. A empresa não apresentou os documentos necessários para comprovar que o
funcionário cometeu falta grave no serviço. O CNT entendeu que o empregado deveria ser
reintegrado com todas as vantagens legais.
CAIXA 27 MÇ 02
CLASSE Processo
NÚMERO - 9752
ANO - 1934
CAIXA 27 MÇ 03
NÚMERO - 9896
ANO - 1934
PARTES : Antonio Lopes de Costa Moreira x compahia Ferroviária São Paulo Goyaz
* Livro (scaneado): A Companhia Ferroviária São Paulo Goyaz /Autor: Oscar Werneck
Antonio Lopes de Castro Moreira reclamou contra a companhia Ferroviária São Paulo
Goyaz, que reduziu os seus salários como punição, devido atos de indisciplina do
funcionário. O empregado recebia 650$000 e foi seus vencimentos foram reduzidos para
500$000. O funcionário contava mais de 10 anos de serviço, sendo, portanto, estável. De
acordo com o CNT a empresa agiu de má fé. O CNT determinou a reintegração do
funcionário ao cargo que exercia e com todas as suas vantagens legais.
CAIXA 27 MÇ 04
CLASSE - Processo
NÚMERO - 10082
ANO - 1934
CAIXA 27 MÇ 05
CLASSE - Processo
ANO - 1934
CAIXA 27 MÇ 06
CLASSE - Processo
NUMERO - 10193
ANO - 1934
A Companhia Paulista de Estrada de Ferro abriu inquérito administrativo para apurar faltas
cometidas por Francisco Bernardes, acusado de chegar atrasado e alcoolizado, assim
atrapalhando o desempenho das suas funções de chefe de estação, “deixando de
arrecadar o dinheiro e os documentos da renda do dia recebidos por seus subordinados”.
Com depoimento de testemunhas e do próprio acusado ficou provada a dependência do
“álcool”. Resolveram os membros da 1ª Câmara do Conselho Nacional do Trabalho, de
acordo com as disposições do Decreto nº. 20.465 de 1.931, autorizar a demissão do
Francisco Bernardes.
CAIXA 28 MÇ 01
CLASSE - Processo
NUMERO - 10255
ANO - 1934
CAIXA 28 MÇ 02
CLASSE - Processo
NUMERO - 10279
ANO - 1934
Joaquim de Almeida reclamou que, após 25 anos de serviços prestados, foi dispensado
sem inquérito administrativo pela Estrada de Ferro Central do Brasil, indo ao Conselho
pedir sua readmissão. A Estrada de Ferro informou que o reclamante foi demitido em
1915, e readmitido em 1918, em um departamento provisório. Como não houve inquérito
administrativo conforme determinava a Lei, e ficando provado que o reclamante possuía
mais de 10 anos de serviços, tendo o direito à estabilidade, resolveram os membros da 1ª
Câmara do Conselho dar provimento à reclamação e determinar a reintegração do
reclamante, com todas as vantagens legais. A reclamada, não se conformando com a
decisão, recorreu ao Conselho Pleno apresentando embargos à decisão; porém, os
embargos foram desprezados.
CAIXA 28 MÇ 03
CLASSE - Processo
NUMERO - 10343
ANO - 1934
CAIXA 28 MÇ 04
CLASSE - Processo
NUMERO - 10775
ANO - 1934
João dos Passos alegou que foi dispensado por ordem verbal do cargo que ocupava por
mais de 10 anos. Apelou ao Conselho para que fosse reparada esta injustiça e pediu a sua
reintegração na Estrada de Ferro Paracatú e Oeste de Minas. Considerando que o
empregado contava mais de 10 anos e estava amparado pela lei da estabilidade, e que não
houve inquérito administrativo para apurar falta grave, os Membros da 3ª Câmara do CNT
julgaram procedente a reclamação e determinaram a reintegração de João dos Passos. A
Rede Mineira, não se conformando, recorreu ao Conselho Pleno e junto a este ofereceu os
seus embargos. Alegou que o funcionário por duas vezes foi exonerado, a pedido, e
readmitido. Considerando que foi improcedente a defesa da embargada, os membros CNT
desprezaram os embargos e confirmaram a decisão anterior, determinando a reintegração
do empregado.
CAIXA 28 MÇ 05
CLASSE - Processo
NUMERO - 10938
ANO - 1934
Octavio de Souza Campos reclamou a sua demissão da The City of Santos que, faltando
dois dias para atingir 10 anos de serviços, fora dispensado sem motivo justo. Pediu a sua
reintegração no cargo de Chefe de Seção. Informou a Cia. que o reclamante foi removido
duas vezes por falta de cooperação e incompatibilidade com os superiores e demais
empregados. Ficou provado nos autos que o reclamante não tinha 10 anos de serviços,
portanto não lhe foi assegurada a estabilidade. Resolveram os Membros da 1ª Câmara
Conselho Nacional do Trabalho julgar improcedente a reclamação. Não se conformando
com a decisão, o empregado ofereceu embargos. Os embargos foram rejeitados não
havendo a reintegração.
CAIXA 28 MÇ06
CLASSE - Processo
NUMERO - 11077
ANO - 1934
Miguel Vasco, operário da Cia Força e Luz do Paraná, alegou que foi dispensado após pedir
licença para tratar de sua saúde. Conforme informação da Cia, o reclamante deixou o
serviço voluntariamente em 1930 e não voltou mais à Empresa. Mediante as informações
prestadas, o CNT determinou o arquivamento do processo. O reclamante, não
conformado, pediu embargos e argumentou que não abandonou o serviço, mas estava
doente, o que não caracterizaria abandono de emprego. Resolveram os membros do CNT
conhecer dos embargos e determinar a reintegração do empregado com todos os direitos
legais. Embora a Cia. tenha tentado embargar o acórdão, o CNT manteve a decisão,
porém, Miguel Vasco morreu antes de assumir novamente o cargo.
CAIXA 28 MÇ 07
CLASSE - Processo
NÚMERO – 11239
ANO – 1934
PARTES – The Rio Grandense Light and Power Syndicate x João Rodrigues da Silva
CAIXA 29 MÇ 01
CLASSE - Processo
NÚMERO – 11750/34
ANO – 1934
CAIXA 29 MÇ 02
CLASSE - Processo
NÚMERO – 12534/34
ANO – 1934
A empresa instaurou inquérito administrativo contra o funcionário para fins de demissão, em razão
da acusação de furto de determinada quantia do caixa pelo qual era responsável em Buenos Aires.
Uma vez que a apuração da falta observou todas as normas do Conselho e o acusado não
apresentou provas que o inocentasse e, além disso, se contradisse em seu depoimento, o CNT
julgou procedente o inquérito e autorizou a demissão de Antonio D’Oliveira Nogueira.
CLASSE - Processo
NÚMERO – 12967/34
ANO – 1934
CAIXA 29 MÇ 04
CLASSE - Processo
NÚMERO – 13071/34
ANO – 1934
José Pereira da Silva reclamou contra sua demissão da empresa, que ocorreu sem que ele
tivesse cometido falta grave. O empregado solicitou licença médica e ficou afastado do
trabalho durante três meses. Porém, ao término de sua licença, não retornou
imediatamente e foi demitido por abandono de emprego. Entretanto, visto que o
funcionário contava mais de dez anos de trabalho, que a companhia não apurou tal falta
por meio de inquérito e que ele foi reintegrado ao serviço em um cargo inferior, o CNT
julgou procedente a reclamação do empregado e determinou que fosse readmitido em sua
função anterior, com o pagamento dos vencimentos relativos ao tempo em que esteve
afastado bem como a diferença que deixou de receber por ter sido rebaixado de seu
serviço.
CAIXA 29 MÇ 05
CLASSE – Processo
NÚMERO – 13082/34
A empresa abriu inquérito para investigar a conduta de José Rodrigues, acusado de ser o
responsável pelo acidente de um trem, ocasião na qual se encontrava embriagado. Tendo-
se em conta que a apuração seguiu regularmente as Instruções do CNT e que ficou
provada a falta do funcionário, o órgão julgou procedente o inquérito e autorizou a
companhia a demiti-lo.
CAIXA 29 MÇ 06
CLASSE - Processo
NÚMERO – 13554/34
ANO – 1934
PARTES – São Paulo Tramway Light and Power Company Ltd. x Otto Wey
CAIXA 29 MÇ 07
CLASSE - Processo
NÚMERO – 13595
ANO – 1934
O reclamante solicitou a sua reintegração no serviço da Leopoldina Railway Co. Ltd. sob a
alegação de ter sido afastado sem justa causa, sem que fosse observado seu direito à
CAIXA 29 MÇ 08
CLASSE - Processo
NÚMERO – 13610
ANO – 1934
CAIXA 29 MÇ 09
CLASSE - Processo
NÚMERO – 13642
ANO – 1934
CAIXA 29 MÇ 10
NÚMERO – 13712
ANO – 1934
O funcionário reclamou contra sua dispensa do emprego e alegava ter mais de dez anos de
serviço. Ele requereu uma licença de quatro meses para visitar sua esposa, a qual estava
doente. Ao fim da licença, apresentou-se ao Departamento de Navegação da empresa,
porém não foi reembarcado. Segundo consta dos autos, o empregado contava mais de dez
anos de trabalho e não cometeu falta grave. Portanto, o CNT julgou procedente a
reclamação de Theotonio da Silva Thomé e determinou sua readmissão, com todas as
vantagens legais.
CAIXA 29 MÇ 11
CLASSE - Processo
NÚMERO - 13738
ANO - 1934
Yedo Pinto trabalhava na Companhia Estrada de Ferro São Paulo Rio Grande como fiscal de
trem. O funcionário encaminhou carta pedindo aumento ao seu supervisor. A carta estava
escrita de forma “coloquial e amigável”, mas foi interpretada de outra forma, achando o
modo da escrita imprópria, desrespeitosa e inconveniente pelos termos usados pelo
funcionário. Por esse motivo, a Estrada de Ferro instaurou inquérito administrativo contra
o suplicante. O empregado foi suspenso de todas as suas funções. Os membros da
Segunda Câmara do CNT decidiram readmitir o funcionário Yedo com todas as vantagens
legais.
CAIXA 30 MÇ 01
CLASSE - Processo
ANO - 1934
José Paes reclama contra a empresa Tramway da Cantareira, que dispensou o funcionário
sem justificar o motivo. O empregado trabalhou na empresa por mais de 10 anos. A Cia.
Tramway alegou que o funcionário abandou o serviço sem comunicar a empresa. O CNT
autorizou a demissão do empregado.
CAIXA 30 MÇ 02
CLASSE - Processo
NÚMERO: - 13870
ANO - 1934
O funcionário Umberto Guedes Gondim reclama contra sua demissão dos serviços das
obras complementares do Porto do Recife. O empregado foi exonerado do cargo de
engenheiro residente da repartição de obras complementares de Porto de Recife pelo
então Interventor Federal no Estado. Uma vez que o assunto foi resolvido na esfera do
Governo Federal, o CNT entendeu que não era competente para julgar a questão e não
reconheceu a reclamação. Embora o empregado tenha tentando embargar a decisão, os
embargos foram desprezados.
CAIXA 30 MÇ 03
CLASSE - Processo
ANO - 1934
PARTES - Josino Ribeiro x Estrada de Ferro Oeste de Minas (Rede Mineira de Viação)
Josino Ribeiro trabalhava na empresa Estrada de Ferro Oeste de Minas e reclamou contra
a sua demissão "injusta". A empresa Estrada de Ferro comunicou ao Ministério do
Trabalho que o empregado chegava embriagado ao serviço e levava bebidas para outros
funcionários da Companhia. A empresa ainda alegou que Josino era um “mau elemento”,
exercendo influência negativa aos outros funcionários. O Ministério do Trabalho alegou
que o empregado cometeu faltas graves e concordou com a demissão do funcionário.
CAIXA 30 MÇ 04
CLASSE - Processo
NÚMERO - 13873
ANO - 1934
Dante Andrade trabalhava na empresa Rede Mineira de Viação, como agente de carga. O
empregado tinha mais de 14 anos e 4 meses de serviço (conforme provou em certidão). A
Rede Mineira de Viação alegou que o funcionário cometia desvio de lenhas e transformava
a matéria prima em carvão, além de vender para a concorrência. Os membros da Primeira
Câmara do CNT julgaram a reclamação como improcedente por falta de fundamento legal,
uma vez que o empregado, pela legislação da época da demissão, não possuía direito à
estabilidade.
CAIXA 30 MÇ 05
CLASSE - Processo
NÚMERO - 14139
CAIXA 30 MÇ 06
CLASSE - Processo
NÚMERO – 14.246
ANO – 1934
CAIXA 31 MÇ 01
NÚMERO – 14.347
ANO – 1934
PARTES – José Luiz Pereira x The Riograndense Light and Power Sindicate Ltd.
José Luiz Pereira, ex-capataz de transportes da Riograndense Light and Power Sindicate
Ltd., entrou com processo contra sua empregadora no CNT, pois afirmou que seus salários
foram descontados quando foi rebaixado e passou a receber a quantia de 1.400 réis por
hora de trabalho na área de reparação de automóveis, em comparação com os 400 mil réis
mensais que recebia anteriormente, mesmo tendo este o direito à estabilidade decenal. A
empresa contra-argumentou, defendendo que o cargo do qual Pereira fora realocado
havia sido extinto porque a empresa encerrou seus serviços de transportes, e que mesmo
tendo realocado o trabalhador para outra função, os salários que passou a receber eram
equivalentes aos anteriores, tendo como única diferença o fato dos vencimentos não
serem mais mensais. O CNT julgou a reclamação procedente para que o funcionário
voltasse a receber seu ordenado de forma mensal, no que foi atendido pela empresa.
Pereira reclamou, também, indenizações sobre horas-extras supostamente não pagas,
entretanto, esta reivindicação foi julgada improcedente.
CAIXA 31 MÇ 02
CLASSE – Processo
NÚMERO – 14.540
ANO – 1934
O advogado e consultor jurídico João Pio de Almeida, após ser dispensado de suas funções
no Banco do Rio Grande do Sul, entrou com processo no Conselho Nacional do Trabalho
contra sua antiga empregadora, alegando que havia alcançado a estabilidade no emprego
e que não poderia ser demitido sem o devido inquérito administrativo e a autorização do
Conselho. A empresa, em resposta, argumentou que Almeida não poderia ter direito à
estabilidade, pois mantinha relações de caráter profissional (e não de subordinação) para
com o Banco, e, por esse motivo, não teria os direitos trabalhistas de outros funcionários,
estando essa condição explicitada no fato do nome de Almeida não constar dos quadros
de empregados. A Procuradoria Geral do Trabalho aceitou os argumentos do reclamante e
decidiu pela reintegração do funcionário ao Banco, considerando que Almeida possuía
direito à estabilidade e que este possuía as mesmas obrigações e direitos que outros
empregados, simbolizado pelo ordenado fixo mensal que recebia. O CNT concordou com o
CAIXA 31 MÇ 03