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MEMORIAL DESCRITIVO

PROJETO ELÉTRICO DE BAIXA TENSÃO


Instalações Internas

PROJETO TELEFÔNICO

PROJETO DO SPDA
Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

AUTOR: ALEX VILARINDO MENEZES


ENGENHEIRO ELETRICISTA, MSC.
CREA: 203401/D-TO

CLIENTE: XXXXX
CNPJ: XXXXXX

PALMAS-TO, 24 DE DEZEMBRO DE 2012


Memorial Descritivo

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Memorial Descritivo

ÍNDICE

DADOS DA OBRA ........................................................................................................................................................... 5


ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART)............................................................................... 7
SERVIÇO CONTRATADO ............................................................................................................................................ 9
PROJETO ELÉTRICO E TELEFÔNICO ..................................................................................................................... 11
DADOS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA ................................................................................................................. 11
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................................................ 11
INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................................................ 11
NORMAS APLICADAS ............................................................................................................................... 11
NORMAS GERAIS DE EXECUÇÃO ........................................................................................................................ 13
CONDUTORES .......................................................................................................................................... 13
ELETRODUTOS ......................................................................................................................................... 15
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................................... 16
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO................................................................................................................... 16
TOMADAS E INTERRUPTORES ................................................................................................................. 17
LISTA DE MATERIAL ................................................................................................................................................ 19
PROJETO ELÉTRICO .................................................................................................................................. 19
PROJETO DO SPDA.......................................................................................................................................................... 23
DADOS GERAIS ............................................................................................................................................................ 23
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................................................ 23
INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................................................ 23
NORMAS APLICADAS ............................................................................................................................... 23
MEMORIAL DE CÁLCULO ....................................................................................................................................... 25
NORMAS GERAIS DE EXECUÇÃO ........................................................................................................................ 31
LISTA DE MATERIAL ................................................................................................................................................ 33

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DADOS DA OBRA

Tipo: Comercial
Interessado: XXXXXXX
Local: XXXXXX
Áreas:
 Terreno: 704,00 m²
 Subsolo: 385,41 m²
 Térreo: 339,64 m²
 1° Pavimento: 422,61 m²
 2° Pavimento: 424,70 m²
 3° Pavimento: 424,70 m²
 Total: 1997,06 m²

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ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART)

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SERVIÇO CONTRATADO

O serviço contratado pelo cliente destina-se ao desenvolvimento dos projetos


Telefônico, SPDA e Elétrico, sendo este último referente apenas à insfraestrutura para
fornecimento de energia elétrica interna de baixa tensão da edificação, ou seja, conforme
solicitado pelo cliente, não inclui os ramais de ligação e entrada da edificação.
Nesse sentido, a reponsabilidade do autor abrange apenas o projeto elétrico interno,
conforme Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), não ficando sob sua responsabilidade
os ramais de ligação e de entrada, muito menos qualquer atividade de execução da obra.

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PROJETO ELÉTRICO E TELEFÔNICO


DADOS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este relatório contempla todos os dados essenciais e complementares acerca do
projeto elétrico e telefônico executivo.
A instalação telefônica deve ser executada respeitando os padrões de qualidade e
segurança estabelecidos nas normas brasileiras, em particular as normas estaduais da
concessionária local e da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

INFORMAÇÕES GERAIS
 Concessionária local: CELTINS
 Tensão de fase: 220V
 Alimentação: Trifásica (3F+N+T)
 Demanda da instalação: 138,43kVA.

NORMAS APLICADAS
Todo o projeto elétrico foi elaborado obedecendo rigorosamente todas as diretrizes
normativas vigentes no Brasil, sendo estas apresentadas conforme a seguir:
 NBR 5410:2004 - Instalação Elétrica de Baixa Tensão;
 NTD-01 Celtins - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de
Distribuição; e
 NBR 5382:1985 - Verificação de Iluminância de Interiores.
Atendendo às funcionalidades inerentes à edificação em questão e às exigências da
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) tem-se que as diretrizes acerca do projeto
telefônico devem ser estritamente guiadas pelas últimas revisões das seguintes normas:
• NBR 5410 – Instalações elétricas em baixa tensão;
• NBR 13300 – Redes telefônicas internas em prédios;
• NBR 13301 – Redes telefônicas internas em prédios – Simbologia;
• NBR 13822 – Redes telefônicas em edificações com até cinco pontos telefônicos –
projeto;

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• NBR 14565 – Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de


telecomunicações para rede interna estruturada; e
• NBR 14306 – Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes internas
de telecomunicações em edificações - projeto.

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NORMAS GERAIS DE EXECUÇÃO


CONDUTORES
Os condutores são especificados conforme a seguir:
 Para os circuitos: condutores unipolares de cobre, com isolação de PVC (70°C), não
propagante de chama, para 450/750V;
 Para os quadros de distribuição: condutores unipolares de cobre, com isolação de PVC
(70°C), não propagante de chama, para 0,6/1kV; e
 Aterramento: condutores de cobre, encordoamento classe B, sete fios, fornecidos nas
seções em milímetros quadrados, conforme projeto elétrico, e fabricados dentro das
normas NBR 6814:2001.
Os cabos deverão ser instalados conforme indicado no projeto. Deverão ser
desenrolados e cortados nos lances necessários, previamente verificados através de uma
medida real do trajeto e não por escala de desenho. O transporte dos lances e a sua colocação
deverão ser feitos sem arrastar os cabos, a fim de não danificar a capa protetora ou isolação,
devendo ser observado os raios mínimos de curvatura permissíveis.
Nas caixas de passagem, os cabos de um mesmo circuito deverão ser agrupados por
abraçadeiras plásticas e identificados com o número do circuito e com a letra ou número do
quadro de distribuição a que pertencem.
Os cabos deverão ter as pontas vedadas para protegê-los contra a umidade durante o
armazenamento e a instalação. Todo cabo encontrado danificado ou em desacordo com as
normas e especificações deverá ser removido e substituído. Todas as instalações das fiações
deverão ser feitas de maneira ordenada, limpa e com boa aparência final. Deverão ser
deixados, em todos os pontos de ligações, comprimentos adequados de cabos para permitir as
emendas que se tornarem necessárias.
Nenhum cabo deverá ser instalado até que a rede de eletrodutos esteja completa e
concluída todos os serviços de construção que os possam danificar. A fiação deverá ser feita
conforme indicado no projeto, onde cada cabo deverá ocupar o eletroduto particular a ele
designado. Antes da instalação dos cabos, deverá ser certificado que o interior dos eletrodutos
não tenha rugosidade, rebarbas e substâncias abrasivas, que possam prejudicar o cabo
durante o puxamento.
Não serão permitidas emendas de cabos no interior dos eletrodutos, em hipótese
alguma. O lubrificante para a introdução dos cabos, se necessário, deverá ser adequado à

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finalidade e ao tipo de cobertura dos cabos, ou seja, de acordo com as recomendações dos
fabricantes dos mesmos.
A tração poderá ser manual ou mecanizada, de acordo com as recomendações do
fabricante dos cabos. Os cabos deverão ser puxados com um passo lento e uniforme; trocas
bruscas de velocidade de puxamento, ou inícios e paradas, devem ser evitadas.
As emendas devem ser mecânica e eletricamente tão resistentes quanto os cabos aos
quais são aplicadas. As emendas não podem ser feitas com soldas, sob hipótese alguma,
devendo ser efetuadas com conectores de pressão ou de compressão (aperto de bico). No caso
de fios sólidos até seção 4 mm², poderá ser utilizado processo prático de torção dos
condutores.
Os conectores devem preencher os seguintes requisitos:
 Ampla superfície de contato entre condutor e conector;
 Pressão de contato elevada;
 Capacidade de manter a pressão de contato permanentemente;
 Alta resistência mecânica; e
 Metais compatíveis de forma a não provocar reação do par galvânico.
As emendas em condutores isolados devem ser recobertas por isolação equivalente,
em propriedades de isolamento, àquelas dos próprios condutores. As emendas devem ser
limpas com solvente adequado e apenas após a secagem do mesmo deve ser aplicada a
isolação, a qual será executada da seguinte forma:
 Para condutores com isolação termoplástica: com fita adesiva termoplástica com
espessura de duas (02) vezes a da isolação original do condutor;
 Os cabos com isolação termoplástica podem ter suas emendas isoladas através de
mufla termoplástica fundida no local.
No caso de condutores com capa protetora, sobre a isolação das emendas, deve ser
aplicada uma proteção de acordo com a seguinte prescrição: Os condutores de capa externa de
material termoplástico devem ter suas emendas protegidas por fita adesiva termoplástica
aplicada com uma espessura igual à capa original. Este procedimento é dispensado no caso de
emendas executadas com mufla termoplástica fundida no local.
A terminação de condutores de baixa tensão deve ser feita através de terminais de
pressão ou compressão. A aplicação correta do terminal ao condutor deverá ser feita de modo
a não deixar à mostra nenhum trecho de condutor nu, havendo, pois, um faceamento da

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isolação do condutor com o terminal. Quando não se conseguir esse resultado, deve-se
completar com fita isolante.
Quando forem empregados terminais de pressão deve-se selecioná-los de maneira a
atender ao especificado anteriormente para os mesmos.
Preferencialmente, todos os condutores deverão ser identificados através da cor de sua
isolação, a saber:
Condutor terra: cor Verde ou Verde-Amarelo.
Condutor neutro: cor Azul claro
Fase A: cor Vermelho
Fase B: cor Amarelo
Fase C: cor Branco
Condutor Retorno: cor Preta
Para o projeto telefônico, a fiação entre os quadros DG1, DS1 e AL1 é do tipo CI-50-75
(75 pares) 0.5mm, cabo eletrolítico estanhado, isolação em PVC, blindagem de fita de poliéster
- Fita aluminizada. Assim, os ramais telefônicos possuem fiação do tipo CCI-50-1 (1 par)
0.5mm, cabo eletrolítico estanhado, isolação em PVC e revestimento externo em PVC.

ELETRODUTOS
Os eletrodutos de PVC deverão ser do tipo encaixe ou flexível, conforme ilustra o
projeto executivo, não propagante da chama com rosca nas extremidades, fabricados e
testados de acordo com as normas da ABNT - (NBR 6150) e fornecidos em peças no
comprimento de 3 m, na cor preta e nos diâmetros indicados no projeto. Assim, as buchas e
arruelas deverão ser fabricadas em liga de alumínio, e deverão ter mesmo tipo de rosca dos
eletrodutos e serem fornecidas nos diâmetros indicados no projeto. Semelhantemente, as
luvas deverão ser fabricadas com os mesmos materiais dos eletrodutos, possuírem rosca
interna total e serem fornecidas nos diâmetros correspondente ao eletroduto utilizado.
Os eletrodutos deverão ser instalados de modo a não formar cotovelos ou depressões
onde possa acumular água, devendo apresentar uma ligeira e contínua declividade (no
mínimo de 25%) em direção às caixas nos trechos horizontais. O número máximo de curvas
entre duas caixas deverá obedecer a NBR 5410:2004.
Durante a montagem e após a mesma, antes da concretagem, e durante a construção,
deverão ser vedados os extremos dos eletrodutos por meios adequados, a fim de prevenir a
entrada de corpos estranhos, água ou umidade. Os eletrodutos deverão ter a superfície
interna completamente lisa, sem rebarba e livre de substâncias abrasivas.
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QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
Cada quadro de distribuição deverá ser montado conforme o diagrama unifilar
mostrado no projeto elétrico executivo. Deverá ser construído com chapa de aço de espessura
mínima 14 USG tratadas quimicamente, pintados interna e externamente na cor cinza claro
por processo eletrostático, possuírem porta com fecho e chave, placa metálica para proteção
dos circuitos e das ligações, barramentos de cobre eletrolítico para fases neutro e terra nas
correntes mínimas indicadas em projeto, com alojamentos adequados aos disjuntores e
espaços reservas (conforme o projeto elétrico executivo).

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Os disjuntores deverão ser tipo DIN, com elementos termomagnéticos, invólucro
isolante para 750V e capacidades de ruptura de 10 kA (quando chave geral) e 4,5 kA (quando
circuitos terminais). Todos os disjuntores deverão possuir certificação ISO9002 e atenderem a
norma europeia IEC 898/89, curvas B e C (sendo curva B para tomadas comuns e iluminação e
curva C para equipamentos especiais).
Deverão ser executados conforme projeto elétrico executivo. Além disso, deve-se
garantir o perfeito encaixe nos módulos do respectivo quadro de distribuição e após toda a
instalação estiver completa, fazer um teste de funcionamento dos mesmos. Ainda, deverão
possuir bornes adequados para ligação dos condutores, sendo preferível que os parafusos dos
bornes não atuem diretamente sobre os cabos ou fios.
Os disjuntores DR tem como finalidade a proteção das pessoas contra choques
elétricos provenientes de contatos acidentais com redes ou equipamentos elétricos
energizados. Oferece, também, proteção contra incêndios que podem ser ocasionados por
falhas no isolamento dos condutores e equipamentos.
Os dispositivos DR medem permanentemente a soma vetorial das correntes que
percorrem os condutores de um circuito, por exemplo, caso haja um contato acidental pelo
corpo de uma pessoa a parte viva do circuito. Tal situação provocará uma diferença na soma
vetorial das correntes e, de acordo com a sensibilidade do Disjuntor DR (30mA para proteção
contra choques elétricos), o dispositivo atuará desligando o circuito.
A Norma NBR 5410/2004 indica o uso dos disjuntores DR nos seguintes casos:
a) circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro;
b) circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;

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Memorial Descritivo

c) circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar
equipamentos no exterior; e
d) circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de
serviço, garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a
lavagens.

TOMADAS E INTERRUPTORES
Cada interruptor deverá ser fabricado com material não propagante a chama,
possuírem bornes enclausurados e contatos prateados de alta durabilidade para correntes de
10 A. As tomadas monofásicas deverão ser fabricadas com material não propagante da chama,
ter placas produzidas em termoplástico ABS de alta resistência contendo aditivo UV e agente
antiestático, possuírem bornes enclausurados e contatos de alta durabilidade, 2P+T ou
3P+N+T, conforme projeto elétrico executivo.
As caixas de tomadas e interruptores, quando próximas dos batentes das portas, terão
5 cm de afastamento destes. As diferentes caixas de um mesmo compartimento serão
perfeitamente alinhadas e dispostas de forma a não apresentarem conjunto desordenado.
Deve-se garantir que a fiação (2P+T) do conjunto de tomada esteja bem firme e devidamente
acoplada ao módulo.

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LISTA DE MATERIAL

PROJETO ELÉTRICO

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PROJETO TELEFÔNICO

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PROJETO DO SPDA
DADOS GERAIS

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este relatório contempla todos os dados essenciais e complementares acerca do
projeto do SPDA, tais como: memorial de cálculo, lista de material e regras de execução.

INFORMAÇÕES GERAIS
 Método de proteção utilizado: Para-raio tipo Franklin e Gaiola de Faraday.

NORMAS APLICADAS
Todo o projeto do SPDA foi elaborado obedecendo rigorosamente todas as diretrizes
normativas vigentes no Brasil, sendo estas apresentadas conforme a seguir:
 NBR 5419:2005 - Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas; e
 NBR 5410:2004 - Instalação Elétrica de Baixa Tensão.

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Memorial Descritivo

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MEMORIAL DE CÁLCULO

O memorial a seguir baseia-se na NBR 5419:2005 a fim de verificar a obrigatoriedade


da instalação de um SPDA e os valores de seus elementos principais, tais como: quantidade de
captores e descidas, nível de proteção, etc. De acordo com a referida norma há alguns passos1
para determinação da obrigatoriedade do SPDA, conforme segue:
B.2 Avaliação do risco de exposição
B.2.1 A probabilidade de uma estrutura ser atingida por um raio em um ano é o produto da
densidade de descargas atmosféricas para a terra pela área de exposição equivalente da
estrutura.
B.2.2 A densidade de descargas atmosféricas para a terra (Ng) é o número de raios para a
terra por quilômetros quadrados por ano. O valor de (Ng) para uma dada região pode ser
estimado pela equação:
Ng = 0,04 . Td1,25 [por km²/ano]
onde Td é o número de dias de trovoada por ano, obtido de mapas isocerâunicos, conforme a
figura B.1

1 Retirados e postos aqui neste relatório de forma idêntica como está na norma.
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Memorial Descritivo

B.2.3 A área de exposição equivalente (Ae) é a área, em metros quadrados, do plano da


estrutura prolongada em todas as direções, de modo a levar em conta sua altura. Os limites da
área de exposição equivalente estão afastados do perímetro da estrutura por uma distância
correspondente à altura da estrutura no ponto considerado.
Assim, para uma estrutura retangular simples de comprimento L, largura W e altura H, a área
de exposição equivalente tem um comprimento L+2H e uma largura W+2H, com quatro cantos
arredondados formados por segmentos de círculo de raio H, em metros. Então, conforme a
figura B.2, resulta:

Ae = LW + 2LH + 2WH + π .H² [m²]

B.2.4 A freqüência média anual previsível Nd de descargas atmosféricas sobre uma estrutura
é dada por:
Nd = Ng . Ae . 10^-6 [por ano]
B.3 Freqüência admissível de danos
Para a freqüência média anual admissível de danos Nc, valem os seguintes limites,
reconhecidos internacionalmente:
a) riscos maiores que 10-3 (isto é, 1 em 1 000) por ano são considerados inaceitáveis;
b) riscos menores que 10-5 (isto é, 1 em 100 000) por ano são, em geral, considerados
aceitáveis.
B.4 Avaliação geral de risco
B.4.1 Depois de determinado o valor de Nd, que é o número provável de raios que anualmente
atingem uma estrutura, o passo seguinte é a aplicação dos fatores de ponderação indicados
nas tabelas B.1 a B.5.
Multiplica-se o valor de Nd pelos fatores pertinentes, obtendo-se Ndc. Compara-se Ndc com a
freqüência admissível de danos Nc, conforme o seguinte critério:
a) se Ndc ≥ 10-3, a estrutura requer um SPDA;
b) se 10-3 > Ndc > 10-5, a conveniência de um SPDA deve ser tecnicamente justificada e
decidida por acordo
entre projetista e usuário;
c) se Ndc ≤ 10-5, a estrutura dispensa um SPDA.
B.4.2 A tabela B.6 mostra a classificação de diversos tipos de estruturas comuns e especiais,
com o respectivo nível de proteção. A partir do valor ponderado de Ndc e do nível de proteção
indicado para o tipo de estrutura, a figura B.3 permite determinar o fator de risco resultante.
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B.4.3 Os fatores de ponderação denotam a importância relativa do risco em cada caso. Na


tabela B.3, o termo “efeitos indiretos” refere-se não apenas aos danos materiais sobre a
estrutura, mas também à interrupção de serviços essenciais de qualquer natureza,
principalmente em hospitais.
B.4.4 O risco de vida é geralmente muito baixo, mas as descargas atmosféricas podem causar
pânico e incêndios.
B.4.5 Para estruturas destinadas a atividades múltiplas, deve ser aplicado o fator de
ponderação A correspondente ao caso mais severo.

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Memorial Descritivo

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Memorial Descritivo

B.5 Interpretação dos resultados


O método aqui apresentado destina-se a orientar uma avaliação que, em certos casos, pode
ser difícil.
Se o resultado [do Ndc] obtido for consideravelmente menor que 0,00001 (1 em 100 000) e
não houver outros fatores preponderantes, a estrutura dispensa proteção. Se o resultado

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Memorial Descritivo

obtido for maior que 0,00001, por exemplo 0,0001 (1 em 10 000), devem existir razões bem
fundamentadas para não instalar um SPDA.

Assim, a partir das orientações da norma apresentadas anteriormente, abaixo é


possível verificar que, à rigor, a edificação dispensa o uso do SPDA.

Entretanto, a critério do projetista, optou-se por utilizar a metodologia de proteção


através de Para-raio de Franklin conjugado com Gaiola de Faraday, com nível de proteção IV e
cinco descidas com espaçamento máximo de 25 m entre descidas adjacentes.

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NORMAS GERAIS DE EXECUÇÃO

O projeto de SPDA deve ser executado conforme detalhes e notas apontadas em projeto
executivo. Assim, é desejável que os seus componentes principais tenham as seguintes
características:
 Hastes Copperweld: Tratam-se de hastes de cobre de 2,40m de alta qualidade e
condutividade. Estas possuem núcleo de aço carbono SAE I0I0/I020 com revestimento
de cobre eletrolíticode pureza mínima de 95% sem traços de zinco. A camada de cobre
que constitui o revestimento do aço é obtida através do processo de eletrodeposição
anódica de modo a assegurar uma união inseparável e homogênea entre os dois
metais;
 Para-Raios: Os terminais aéreos e captores tipo Franklin devem ser em latão cromado
ou aço inoxidável, de alta qualidade;
 Cordoalha de cobre nú 35mm² e 50mm²: Fios de cobre eletrolítico nas têmperas duro e
meio duro. Em cordoamento classe 2A. Embalagem : Bobinas com peso aproximado de
500 Kg ou rolos de 100 Kg; e
 Caixa de inspeção: Estas caixas são de concreto tipo manilha, com tampa. Maiores
detalhes seguem em projeto elétrico.
Logo, o responsável técnico pela execução do projeto de SPDA deve atentar para as
seguintes recomendações:
1. No projeto somente deverão ser utilizados materiais nobres, como o cobre, bronze aço
inox ou metal monel. Este requisito se aplica aos captores, condutores de descida e
seus suportes, conectores e derivações;
2. Os elementos de fixação do SPDA devem ser de cobre, bronze ou aço inoxidável;
3. Condutores verticais devem ser fixados a intervalos máximos de 2 m, e condutores
horizontais a intervalos máximos de 0,6 m;
4. Não são admitidas emendas nos condutores de descida. Os demais conectores
utilizados no SPDA devem fazer contato com o condutor por no mínimo 35 mm,
medidos no sentido longitudinal, e suportar um ensaio de tração de 900 N;
5. O mastro de cada antena instalada sobre a edificação, além de rufos e calhas metálicas,
devem ser conectados ao SPDA por meio de solda exotérmica ou braçadeira com dois
parafusos M8. Estas ligações devem ser o mais curto e retilíneo possível, mediante
condutor, conforme as tabelas 6 ou 7 da NBR5419:2005;

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Memorial Descritivo

6. As condições para equalização de potencial do aterramento da antena com as


instalações metálicas e com o sistemas elétricos de potência e de sinal da estrutura são
determinadas pela NBR 5410:2004, em particular ao que se refere ao uso de proteção
contra surto (DPS);
7. Todas as cordoalhas não identificadas em planta baixa são barras chatas em alumínio,
com furos, de 5/8"x1/8". Além disso, as descidas do SPDA são feitas por estas barras,
as quais podem ser pintadas na cor da fachada em que se situam;
8. Para verificação da condutividade do SPDA, a partir de 2,5 m do solo as barras chatas
das descidas 4 e 5 devem ser interligadas a um cabo de cobre nú de 35 mm² protegido
por eletroduto de PVC Rígido de 1", conforme pode ser visto no detalhe 6;
9. Deve ser lembrado que um SPDA não impede a ocorrência das descargas atmosféricas.
Um SPDA projetado e instalado conforme a NBR 5419:2005 não pode assegurar a
proteção absoluta de uma estrutura, de pessoas e bens. Entretanto, a aplicação da
referida norma reduz de forma significativa os riscos de danos devidos às descargas
atmosféricas.

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Memorial Descritivo

LISTA DE MATERIAL

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