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1- ATIVIDADE SELECIONADA:

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2- O QUE O ALUNO PRECISA SABER PARA REALIZAR ESSA ATIVIDADE?


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3- QUAL A AÇÃO PEDAGÓGICA ESPERADA PARA ADEQUAR O ACESSO DO ALUNO A
ESSE CONHECIMENTO PROPOSTO?
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4- LEVANTAMENTO DE DUAS SUGESTÕES DE ADAPTAÇÕES PARA QUE ESSE


CONTEÚDO POSSA PROBLEMATIZAR OS SABERES QUE OS ALUNOS POSSUEM
NESSE MOMENTO, LEVANDO TODOS A REFLETIREM SOBRE A ESCRITA;
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Orientadora de estudos Tatiana de C. Schiavon
(tatianacursotrilhas@gmail.com - Alfabetização)
Alfabetização: por que fazer agrupamentos
produtivos?
Na fase em que começam a refletir sobre o sistema de escrita alfabética, as crianças
devem ser organizadas em agrupamentos produtivos, para que aprendam na interação com os
colegas.
É de extrema importância a utilização das listas de palavras (As listas de palavras são
modelos estáveis de escrita e, por isso, servem para que as crianças sempre recorram a elas
quando necessário, por esse motivo a sugestão é que se disponha das mesmas em sala), no
processo de alfabetização das crianças e a necessidade de se fazer um diagnóstico das
hipóteses de escrita antes de planejar os trabalhos com agrupamentos produtivos.
Mas o que são e o que significam esses agrupamentos produtivos? No que eles podem
ajudar a aprendizagem das crianças e o que devemos levar em conta na hora de fazê-los?
O agrupamento produtivo está a serviço da heterogeneidade da sala de aula – no caso da
alfabetização, da diversidade da esfera cognitiva das crianças – e de que os pequenos aprendem
na interação com os colegas.
Nessa fase em que as crianças começam a refletir sobre o sistema de escrita alfabética, o
professor alfabetizador deve fazer agrupamentos de maneira planejada, intencional e criteriosa.
Portanto, para ser efetivo no planejamento desse trabalho, o docente deve:
• Conhecer seus alunos, ou seja, saber em qual hipótese de escrita cada aluno se encontra (daí a
importância das sondagens);
• Conhecer as características pessoais das crianças (além de pensar nas hipóteses e as tarefas
que cada um irá desenvolver, o relacionamento da dupla precisa ser positivo);
• Ter clareza do objetivo da atividade que será proposta à dupla (essa atividade precisa ser
desafiadora e possível);
• Intervir nas duplas quando necessário (significa lançar perguntas à dupla para que possam
refletir e colocar em jogo tudo o que sabem para resolver o problema).
Destaca-se abaixo alguns exemplos de agrupamentos produtivos de acordo com as
hipóteses de escrita que cada criança se encontra.
1- Aluno com escrita silábica sem valor sonoro convencional + aluno com escrita
silábica com valor sonoro convencional
A criança que escreve silabicamente representa a pauta sonora por apenas uma letra. Se
essa letra realmente existe na sílaba é considerada convencional. Se não existe, é não
convencional.
Essa dupla é produtiva, pois a criança que escreve utilizando letras que correspondem ao
valor sonoro convencional pode ajudar seu colega que ainda utiliza qualquer letra a pensar sobre
o valor sonoro que é inato a cada símbolo. Porém há a necessidade de pontuar qual tarefa terá
cada um ao realizar a atividade, para que o silábico sem valor não apenas copie do amigo, mas
reflita sobre como escrever.
2- Aluno com escrita silábica com valor sonoro convencional + aluno com escrita silábico-
alfabética
A criança com uso da hipótese silábico-alfabética hora representa a sílaba com o número
correto de letras, hora não. Exemplo: em vez de escrever BONECA, ela escreve BONCA.
Nesse caso se torna uma dupla produtiva, pois a criança que escreve de forma silábico-
alfabética vai ajudar o colega a compreender que, para se escrever uma sílaba, são necessárias
duas letras, por exemplo.
Outras sugestões de agrupamentos:
Pré-silábicos com silábico-alfabético – o silábico-alfabético deverá falar o nome da letra para o
pré-silábico encontrar na régua, assim ele reflete sobre o nome e a identificação da letra e o
silábico-alfabético desenvolve a leitura.
Silábico-com valor – (vogal) deverá usar a régua de leitura para selecionar as consoantes,
problematizando o som da formação silábica.
(consoante) deverá usar a régua de leitura para selecionar as vogais, problematizando o som da
formação silábica.
Adaptação para aluno com necessidade educativa especial – Cadeirante com cognitivo
preservado e a visão apenas central, (alfabética) deverá ser fixada a régua na parede, assim
facilitará a manipulação do jogo.
1- Sapateira das palavras

Material: 1 sapateira ou potinhos transparentes


Palavras ligadas a um mesmo campo semântico ou tema (relacionado a uma história ou
a listas do livro)

Como jogar:
Na sapateira poderá ser apresentado diferentes temas, letra inicial, alfabeto concreto (foto),
formar palavras através das letras móveis previamente selecionadas, ou através de silabas
móveis previamente selecionadas...
Aqui propõe-se atividades a partir da apreciação dos personagens do livro “Todos no sofá”.
A criança poderá escolher, sortear, ou selecionar a partir de quadrinhas qual animal deverá
formar o nome. (a sugestão inicial é a partir de letras móveis previamente selecionadas)
Variações: (1º ano) Agregar letras que não fazem parte da palavra a fim de criar desafios aos
alunos alfabéticos, solicitar que após montar os nomes dos personagens os registre no caderno
respeitando a ordem alfabética...
Para os pré-silábicos e silábicos sem valor, pode-se variar colocando as iniciais e duas outras,
a fim de que selecionem qual é a letra correta do inicio do nome do animal.
Para os silábicos com valor, procurar agrupa-los para que trabalhem juntos na formação das
palavras, cuidar neste caso para que os parceiros possam discutir ideias.
Identificar os personagens do jogo e nomear oralmente.
Encontrar a letra inicial das palavras. GATO
Encontrar a letra final das palavras.
Identificar o animal pelo som.
Identificar as rimas GATO, PATO, RATO.
Identificar números de letras
Separação de sílabas através das palmas.
Quebra-cabeça usando a figura e as letras.

Maria Inês (https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1362/alfabetizacao-por-que-fazer-


agrupamentos-produtivos) , adaptado por Tatiana de Camargo Schiavon.

CAPOVILLA, A.G.S. Leitura, escrita e consciência fonológica: desenvolvimento, intercorrelações


e intervenções. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 1999.

ZORZI, J. L. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita: Questões clínicas e educacionais.


Porto Alegre: Artmed, 2003.

Orientadora de estudos Tatiana de C. Schiavon


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Dicas para Professores que trabalham com Autistas
Miguel Higuera Cancino especialista em autismo há 30 anos, publicou seu livro “Mi hijo no
habla” relatando as experiências com seu filho autista. Miguel é fonoaudiólogo com largo
conhecimento sobre o espectro autista. Ele nos deixa 13 valiosas dicas aos professores que
atuam com crianças autistas:

1- Pedir às famílias um relatório dos interesses, preferências e coisas que causam desagrado
a criança.
2- Utilizar preferências e materiais de agrado para a criança na aula o no pátio para
estabelecer um vínculo com a escola e as pessoas do ambiente escolar.
3- Trabalhar por períodos curtos, de cinco a dez minutos, em atividades de complexidade
crescente, incorporando gradativamente mais materiais, pessoas ou objetivos.
4- Falar pouco, somente as palavras mais importantes (geralmente um autista não processa
muita linguagem cada vez).
5- Utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a compreensão (os
autistas são mais visuais que verbais).
6- Desenvolver rotinas que a criança possa predizer ou antecipar (pela repetição e com o
apoio de imagens que mostram o que vai ser feito no dia).
7- Estimular a participação em tarefas de arrumar a sala, ajudar a entregar materiais às
outras crianças, etc.
8- Entregar objetos no canal visual. O adulto deve ter o objeto na mão diante dos olhos para
que a criança possa pegar o objeto tendo o rosto do adulto dentro do seu campo de visão.
9- Respeitar a necessidade de estar um momento sozinho, de caminhar ou dar saltos ou
simplesmente perambular para se acalmar (pode ser utilizado como prêmio após uma
atividade).
10-Tentar conhecer as capacidades de cada criança para utilizá-las como entrada para as
atividades de ensino (pintar, recortar, etc.).
11-Evitem falar muito, muito alto e toda situação que envolva muito estímulo (pode ser até
nocivo para a criança).
12-Pergunte sempre como foi a tarde ou o dia anterior, a qualidade do sono ou se houver
alguma alteração da rotina para se antecipar a estados emocionais de ansiedade. Em caso
de ansiedade, procure utilizar elementos de interesse e preferência da criança, com menor
exigência para não ter birras ou maior ansiedade.
13-Em casos de birra, é importante ter algum conhecimento de técnicas de modificação de
conduta (time out, desvio de atenção, etc.), mas a primeira dica é não se apavorar, tentar
oferecer outros objetos e, no caso de não conseguir acalmar a criança, explicar à turma o
que está acontecendo e desenvolver atividade com o grupo em outro lugar e dar a
possibilidade da criança com TEA de se acalmar.

Fonte:  http://atividadesdaprofessorabel.blogspot.com.br/2013/05/dicas-para-professores-que-
trabalham.html
Orientadora de estudos Tatiana de C. Schiavon
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Dicas para Professores que trabalham com SD
ANTES DE ESCREVER:
– Escrever com letras grandes na areia. Passar a mão por cima, caminhar por cima das letras.
– Desenhar e fazer linhas e círculos com esponjas e pincéis num papel grande, jornal, quadro ou
cavalete.
– Colocar contas num fio – começar com contas maiores, e ir diminuindo o tamanho e a
espessura do fio, conforme a criança for melhorando a habilidade.
– Colar adesivos em lugares definidos – também no começo maiores, e ir reduzindo com o
tempo.
– Andar na posição carrinho de mão – com as mãos no chão e alguém segurando os pés, para
desenvolver a força muscular dos ombros e braços.
– Fazer construções com Lego.
– Fazer castelos com areia molhada.

QUANDO A CRIANÇA JÁ ESTIVER COMEÇANDO A ESCREVER


– Desenhar linhas em labirintos impressos no papel.
– Escrever no ar.
– Dizer para a criança para escrever rápido e não se importar com a letra. Com o tempo e a
repetição, a grafia vai melhorando.
– Tão logo possível, começar a ensinar a criança a escrever palavras, que despertam mais
interesse do que simples letras.
– Permitir que a criança fique em uma posição confortável para ela, pelo menos de início.
Algumas crianças procuram apoio da outra mão ou até do queixo ou da bochecha para firmar o
lápis. Com o tempo ela vai encontrando seu próprio jeito.
– Usar canetas com tinta lavável pra ficar mais fácil de limpar a bagunça
– Sempre dizer para a criança escrever algo à mão livre também, não apenas exercícios e
tracejado, porque é lá que queremos chegar.
– É importante elogiar o trabalho, mesmo quando ele não está muito bom.
– Tudo bem se o trabalho não ficar muito bom no começo, porque, com o tempo e a prática, as
letras vão tomando uma forma mais consistente, tornando-se a escrita pessoal de quem escreve.
– Quadros brancos com pincéis atômicos são mais fáceis para escrever.
– Lápis e canetas mais grossos são mais fáceis de usar.
– Usar pedaços bem pequenos de giz também é bom para desenvolver o movimento de pinça
com os dedos.
– É importante o assento estar numa altura adequada em relação à mesa e que, para melhorar a
estabilidade, os pés fiquem pousados no chão ou em um repouso para os pés (pode ser um
banco, um pedaço de madeira ou alguns livros grossos envolvidos em papel).
– Procure bons motivos para a criança escrever, como por exemplo um cartão de aniversário,
lista de supermercado, uma relação de seus brinquedos favoritos.
– A hipermobilidade, comum em crianças com síndrome de Down, é mais um fator complicador
que dificulta a escrita.
– Uma carteira inclinada, daquelas de antigamente, é melhor para a escrita do que uma mesa
plana.
APOIO
– Algumas crianças se beneficiam de adaptações no lápis ou que ajudem o punho ou braço a
permanecerem na posição para escrever.
– Lápis triangulares são mais anatômicos .
– Enrolar um elástico de borracha, ou mesmo esparadrapo, no lápis, para que fique mais
“gordinho”, pode ser favorável.
– Ajudar colocando a mão sobre a mão da criança. Fique por trás dela, para que entenda a
posição correta para escrever.
– Segurar levemente a mão, cotovelo ou braço, até ela conseguir permanecer na posição
sozinha.
– Dirigir o traçado corrigindo levemente a empunhadura da mão da criança.
– Dirigir oralmente o desenho ou a escrita da letra (faz um traço, um círculo, uma barriga…)
– Sentar-se ao lado dela, fazer a posição de segurar o lápis e dizer para ela fazer a mesma
posição.
– Mostrar fotos de crianças empunhando o lápis corretamente.
– Interromper o desenho antes que ela comece a rabiscar muito o papel.
– Usar pincel atômico largo dá estabilidade e a criança fica feliz em conseguir tracejar mesmo
sem ter força na mão.
- Sempre usar comandos curtos, bem claros. (EX: “Pegue o lápis”, após a criança pegar o lápis
dar o próximo comando).

MOVIMENTOS
Os movimentos são o mais importante para aprender a escrever – e não o resultado. Assim, uma
criança não deve ser obrigada a copiar ou tracejar as letras (seguir pontinhos com o lápis).
Escrever não é desenhar. Se a criança aprende o movimento para escrever, sua letra irá
gradualmente desenvolvendo a fluência e legibilidade. Por isso é importante que, para cada letra,
o professor comece a ajudar o aluno colocando sua mão sobre a mão dele e reduzindo
gradualmente a orientação até que a criança ganhe mais confiança.

FALTA DE COORDENAÇÃO
É importante lembrar que não ter coordenação adequada não impede a criança de começar a
escrever.

OUTROS RECURSOS:
– Letras cortadas de revistas
– Carimbos de letras
– Letras de plástico
– Letras adesivas
– Decalque de letras (daqueles que passamos a caneta por cima e a letra aparece, ou os que são
transferidos para o papel com água)
– Letras magnéticas
– Letras de massinha
– Letrinhas de macarrão de sopa de letrinhas
– Letras de gel
– Letras recortadas em lixa, que ajudam também a desenvolver a noção espacial da letra através
do tato.

Fonte: https://www.movimentodown.org.br/2014/07/dicas-para-estimular-criancas-com-sindrome-
de-escrever/

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Dicas para Professores que trabalham com Deficiência
Intelectual
Atividade 1: Proposta do professor  da rede comum-acrescentar a letra “H” nas palavras
para ver nova formação
Nesta atividade o aluno atendido ainda apresenta-se em nível de escrita silábico alfabético e se
beneficiou deste ajuste na atividade, que seria apenas de escrita à alunos que encontram-se em
nível mais avançado. Pela defasagem cognitiva, a mera substituição não faria sentido, nesse
caso foi oferecido repertório de imagem visual para compreensão do significado da nova palavra.

– Atividade 2: Adequação de parlendas


Nesta situação a apresentação da parlenda através da comunicação alternativa favoreceu a
compreensão da frase e possibilitou a memorização, aspectos de leitura intuitiva, sequência e
ordenação, ampliando sucesso na escrita via memória, requisito exigido na série cursada pelo
aluno.

– Atividade 3: Brincando para resolver operações


Esta atividade torna-se mais interessante com o ajuste de uma brincadeira antiga usada pelas
meninas na escola. Modifica a resolução simples das operações, que era complicada para o nível
de aprendizagem da aluna, onde a partir do emprego de cores nas operações a atividade se
ajusta na busca da respectivas cores, no convite à resolução com apoio concreto da operação e
finaliza com a confirmação da resposta da operação  acompanhada da resposta por extenso a
completar a cruzadinha, estimulando assim a leitura e ajuste justificado da escrita.
– Atividade 4: Formação de palavras
A proposta pode ser a partir de formação aleatória como no caso do boliche, onde as peças que
caem através do lance da bola são registradas para obter a formação da palavra ou o caso de
atividade dirigida estimular o cumprimento da tarefa de casa que propõe junção de silabas para
tal formação, viabilizando-as através do desfile das “Pollys” , brinquedo de interesse da criança
atendida.

Estratégias diversas :
 Use brinquedo para incentivar a leitura, associação de palavras x objetos e a
categorização;
 Use fita crepe, tintas e carrinhos, carimbos e massinha para estimular coordenação viso-
motora, aprimorar habilidades de preensão ;
 Geoplano para desenvolver aspectos de percepção, elaboração, espaço, formas e
medidas, reprodução de imagens;
 Objetos do interesse e de coleções da criança para categorização, classificação,
agrupamento, ordenação, noções de conjunto e quantidade;
 Objetos reais e do cotidiano para desenvolver percepções e compreensão de medidas e
suas variações de forma significativa, valorizando os registros através de desenho para
depois atribuir significado numérico;
 Encartes de revistas para criar quebra cabeças e possibilitar percepções de posições no
espaço;
 Personagens do interesse para que a criança desenhe e construa seu silabário e jogos
temáticos favorecendo a alfabetização;
 Pastas com plástico, atividades em sulfite envoltas em papel contact e canetão de lousa
branca para riscar, brincar e apagar para uso com outras situações e crianças.
Por:  Fabiana Squarizzi Alves- Professora Especialista em Educação Especial , Psicopedagoga
alvesquarizzi@live.com

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Quando usar projetos, atividades permanentes e sequências
didáticas
Projetos

Além de oferecer, como já assinalamos, contextos nos quais a leitura ganha sentido e aparece como uma
atividade complexa cujos diversos aspectos se articulam ao se orientar para a realização de um propósito –
permitem uma organização muito flexível do tempo: segundo o objetivo que se persiga, um projeto pode ocupar
somente uns dias, ou se desenvolver ao longo de vários meses. Os projetos de longa duração proporcionam a
oportunidade de compartilhar com os alunos o planejamento da tarefa e sua distribuição no tempo: uma vez
fixada a data em que o produto final deve estar elaborado, é possível discutir um cronograma retroativo e definir
as etapas que será necessário percorrer, as responsabilidades que cada grupo deverá assumir e as datas que
deverão ser respeitadas para se alcançar o combinado no prazo previsto. Por outro lado, a sucessão de
projetos diferentes – em cada ano letivo e, em geral, no curso da escolaridade – torna possível voltar a
trabalhar sobre a leitura de diferentes pontos de vista, para cumprir diferentes propósitos e em relação a
diferentes tipos de texto.

Atividades permanentes

Atividades que se reiteram de forma sistemática e previsível uma vez por semana ou por quinzena, durante
vários meses ou ao longo de todo o ano escolar, oferecem a oportunidade de interagir intensamente com um
gênero determinado em cada ano da escolaridade e são particularmente apropriadas para comunicar certos
aspectos do comportamento leitor. (...) As atividades habituais (ou permanentes) também são adequadas para
cumprir outro objetivo didático: o de favorecer a aproximação das crianças a textos que não abordariam por si
mesmas por causa da sua extensão. Ler cada semana um capítulo de um romance é uma atividade que
costuma ser frutífera nesse sentido. A leitura é compartilhada: a professora e os alunos lêem alternadamente
em voz alta; escolhe-se um romance de aventuras ou de suspense que possa captar o interesse das crianças e
se interrompe a leitura em pontos estratégicos, para criar expectativa.

Sequências didáticas

As sequências de atividades estão direcionadas para se ler com as crianças diferentes


exemplares de um mesmo gênero ou subgênero (poemas, contos de aventura, contos
fantásticos...), diferentes obras de um mesmo autor ou diferentes textos sobre um
mesmo tema. Ao contrário dos projetos, que se orientam para a elaboração de um
produto tangível, as sequências incluem situações de leitura cujo único propósito
explícito – compartilhado com as crianças – é ler.

Trechos do livro Ler e Escrever na Escola: o Real, o Possível e o Necessário,


Délia Lerner, 128 págs., Ed. Artmed.

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