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Resumão 7
Resumão 7
livro em questão aborda a temática Avaliação na Pré- escola este faz parte de uma coleção que
trata assuntos referentes à temática, sendo o terceiro da série. O livro se divide em oito
capítulos que retratam: a avaliação no contexto da educação infantil, pressupostos básicos da
avaliação, avaliação e desenvolvimento infantil, o espaço pedagógico versus avaliação
mediadora, recortes do cotidiano, um olhar sensível e reflexivo sobre a criança, pareceres
descritivos: uma análise crítica, delineando relatórios de avaliação, relatórios diários e
relatórios gerais: um exercício de reflexão sobre a ação.
Nestes capítulos a autora traz aspectos da avaliação na educação infantil, citando fatores como
reflexão, registros diários e acima de tudo nos leva a pensar sobre a avaliação como um
acompanhamento e promoção do desenvolvimento, de modo que os objetivos propostos pelo
educador façam a diferença na vida das crianças. A partir dos estudos apresentados sobre o
desenvolvimento infantil, Hoffman utiliza de pareceres descritivos e encaminha procedimentos
que auxiliem na elaboração de relatórios de avaliação que poderão ser utilizados para a
educação infantil e para as séries iniciais.
Conceber o avaliar implica em conceber a criança que se avalia e essa não é uma prática
neutra ou descontextualizada como procura se caracterizar a avaliação no ensino regular,
onde os professores determinam sentenças sobre os alunos sem perceber o seu inalienável
compromisso com os julgamentos proferidos. É preciso, portanto, re-significar a avaliação em
educação infantil como acompanhamento e oportunização ao desenvolvimento máximo
possível de cada criança, assegurando alguns privilégios dessa instancia educativa, tais como o
não- atrelamento ao controle burocrático do sistema oficial de ensino em termos de avaliação,
e a autonomia em relação à estrutura curricular.
CAP. II – PRESSUPOSTOS BÁSICOS DA AVALIAÇÃO
Formar educadores infantis é muito mais do que lhes sugerir ou supervisionar um trabalho
junto às crianças. È oferecer-lhes espaço de reflexão e troca de experiências e suscitar-lhes
autonomia e iniciativa, principalmente no que se refere à avaliação.
A busca de significado pela avaliação requer o estudo das concepções de educação infantil, das
teorias de desenvolvimento e das abordagens do processo educativo que elas se originam. O
tema da avaliação insere-e gradativamente nessa discussão, buscando-se a contestação de
práticas descontextualizadas da realidade da criança, de práticas assistencialistas ou
compensatórias que se revelam nos processos avaliativos.
A ação avaliativa mediadora também não se efetiva num espaço pedagógico improvisado. As
atendentes de creche assistencialistas, onde se realizam os estágios, pouco tem a nos dizer
sobre as crianças além de algumas atitudes ou hábitos de dormir, comer etc. Sem propor
nenhum trabalho às crianças a cada momento.
È urgente repensar esse espaço pedagógico bem como a definição dos objetivos educacionais,
uma vez que a finalidade da educação infantil é o acompanhamento sério e reflexivo do
desenvolvimento global de uma criança, estendendo-se dos cuidados que ela necessita à
natureza do seu ser racional, conhecido, desde recém nascido.
Como provocar o professor a um olhar sensível e reflexivo sobre a criança que gere uma
verdadeira aproximação entre ambos, que o leve a ser ainda mais curioso sobre as ações e os
pensamentos dela?Percebe-se, no processo avaliativo, que difícil é para o professor dar-se
conta de suas próprias concepções de vida.
O conhecimento de uma criança é construído lentamente, pela sua própria ação e por suas
próprias ações e por suas próprias idéias que se desenvolvem numa direção: para maior
concorrência, maior riqueza e maior precisão. È preciso que o processo avaliativo supere o
individualismo e gere a cooperação entre os elementos da ação educativa. A cooperação
envolve o exercício da descontração, a coordenação da diversidade de pontos de vista para se
ampliar o entendimento sobre a formação infantil.
Na tentativa de realizar uma síntese organizada das considerações feitas, aponto três
princípios norteadores da avaliação mediadora que fundamentam a elaboração de registros de
avaliação: principio de investigação docente, princípios de provisoriedade dos juízos
estabelecidos e princípios de complementaridade.
O registro da história da criança, no processo avaliativo, não pode significar apenas memória
como função bancária, ou seja, há que se pensar no significado desse registro para além da
coleta de dados e informações. Por outro lado em avaliação como nos basearmos apenas na
memória, porque ela é muitas vezes falha.
CAP. VIIII- RELATÓRIOS DIARIOS E RELATÓRIOS GERAIS: UM EXERCÍCIO DE REFLEXÃO SOBRE A
AÇÃO
Os relatórios diários tem sido uma pratica das estagiarias do Curso de pedagogia, os relatórios
evidenciam, em sua seqüência e evolução, que está em jogo um processo de mudança
conceitual das estagiarias, para o qual o suporte teórico e a relação dessa prática como
essencial.
Os relatórios gerais, por sua vez, consistem em relatos globalizantes do trabalho pedagógico
desenvolvido pelo professor, numa turma de crianças, ao longo de um semestre letivo.
A avaliação necessita ser uma prática multidimensional, e os educadores devem perceber que
o ato de avaliar envolve aspectos importantes, dentre eles é válido destacar que saber
valorizar as pessoas e compreendê-las, torna-se uma necessidade desse modo, é importante
construir um envolvimento bem como o reconhecimento de que é primordial conhecer a
criança e suas especificidades, para que a educação seja transformadora.
Foi importante a analogia proposta pela autora quando faz menção da importância da prática
pedagógica, esta que deve existir na educação infantil, pois sempre servirão de base de
sustentação para a avaliação, assim, os educadores poderão recorrer a Teóricos que se
estudaram o desenvolvimento humano, como por exemplo, Jean Piaget, Lev, S. Vigotski.
Se tratando dos registros, muitas instituições impõem tais práticas simplesmente porque ao
final de cada etapa deverão prestar conta as famílias das crianças, enquanto estes deveriam
valorizar o desempenho e o desenvolvimento de cada criança, de modo que a partir deles os
educadores vislumbrassem possibilidades de reflexão no intuito de mudar tais práticas.
Desse modo, partindo do pressuposto que o livro traz reflexões importantes à prática
educativa, neste sentido é viável recomendá-lo educadores, não somente aos que atuam na
educação infantil, e também a estudantes e pesquisadores que lutam por uma melhoria na
qualidade da educação, sabendo que para isso a avaliação é um aspecto primordial.