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Midi A Edu Cacao
Midi A Edu Cacao
Subsecretaria
ROJANE CALIFE JUBRAM DIB
Chefia de Gabinete
MARIZA LOMBA PINGUELLI ROSA
Assessoria Especial
SYLVIA REGINA DE MORAES ROSOLEM
Agradecimentos
ÀS ESCOLAS MUNICIPAIS PELA CESSÃO DAS IMAGENS.
AOS PROFESSORES REGENTES DE SALA DE LEITURA PÓLO E SATÉLITES E
REPRESENTANTES DAS EQUIPES DA DIVISÃO DE EDUCAÇÃO DAS DEZ COORDENADORIAS
REGIONAIS DE EDUCAÇÃO INTEGRANTES DO GT MÍDIA NOS ANOS DE 2001 A 2004, PELA
PARTICIPAÇÃO NAS DISCUSSÕES DE APOIO À ELABORAÇÃO DO TEXTO.
À PROF.ª REGINA DE ASSIS PELA VALIOSA CONTRIBUIÇÃO NOS ORIGINAIS.
Créditos Técnicos
Coordenação Técnico-Pedagógica
LENY CORRÊA DATRINO
MARILA BRANDÃO WERNECK
NUVIMAR PALMIERI MANFREDO DA SILVA
LEONOR CHRISMAN DE MACEDO
MARIA ALICE OLIVEIRA DA SILVA
CARLA FARIA PEREIRA
Equipe de Apoio
MARILENE MARTINS DE CARVALHO BARBOSA
THEREZINHA MIRANDA
GIULIANA DIETTRICH CARVALHO PIMENTEL
Fotografia
ARQUIVO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Impressão
GRÁFICA IMPRINTA EXPRESS
E
m 1996, o Núcleo Curricular Básico MULTIEDUCAÇÃO
foi encaminhado a toda Rede Municipal de Ensino da Cidade
do Rio de Janeiro, tendo como pressuposto “lidar com os múltiplos
universos que se encontram na escola” (NCBM, p.108), buscando a
unidade na diversidade.
Na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e na Educação de Jovens
e Adultos, procuramos desenvolver um trabalho de qualidade,
promovendo a aprendizagem e privilegiando uma proposta que traz para
dentro da escola a vida, o dia-a-dia, o mundo. Esse mundo passa por
constantes transformações e a escola precisa acompanhar essas mudanças.
Por isso, a necessidade de atualização do Núcleo Curricular Multieducação,
em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais em seus
Princípios Éticos, Estéticos e Políticos.
Fazemos parte da história da educação da Mega - Rede Pública
Municipal de Ensino do Rio de Janeiro. História de uma rede coordenada
por uma Secretaria Municipal de Educação, formada por 10
Coordenadorias Regionais de Educação, abrangendo 1054 Unidades
Escolares, 193 Creches, 20 Pólos de Educação Pelo Trabalho, 9 Núcleos
de Artes, 12 Clubes Escolares, 1 Centro de Referência em Educação
Pública e 1 Centro de Referência em Educação de Jovens e Adultos,
compreendendo funcionários, professores e alunos.
É uma história marcada por lutas, sonhos, projetos e que vem
objetivando a garantia do acesso, permanência e êxito escolar de todas as
crianças que, enquanto alunos desta rede, têm o direito à livre expressão,
à interação com os seus pares, ao diálogo com os professores, direção e
outros profissionais, exercitando assim a sua cidadania.
Acreditando na democracia é que optamos pela valorização da
representatividade como um dos eixos desta gestão, identificada na
formação de diversos grupos: Conselho Diretor, Conselho de Professores,
N
os dias de hoje, é inegável a importância da discussão sobre as
tecnologias da informação e comunicação e seus impactos sobre
os processos de constituição de conhecimentos, valores e
atitudes. Nesse contexto, a escola necessita (re)pensar o seu papel na
sociedade, buscando ressignificar as práticas pedagógicas cotidianas, à
luz de novos paradigmas.
Este fascículo tem como objetivo continuar a discussão na perspectiva
da apropriação crítica e do uso das diferentes mídias na/pela escola,
iniciada em 1996, acrescentando algumas questões, que, ao longo desse
tempo, somaram-se à trajetória de educadores e alunos da Rede Pública
Municipal de Ensino do Rio de Janeiro. Pretende-se, portanto, contribuir
para a reflexão sobre as relações que se estabelecem entre mídia e
educação, buscando subsidiar o desenvolvimento de práticas mídia-
educativas. Tal reflexão se dá sob a ótica de uma escola que, sintonizada
com seu tempo, propõe-se consolidar cotidianamente a construção de
uma sala de aula do tamanho do mundo.
Quino
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MUDANDO DE CANAL:
BUSCANDO UM DIÁLOGO POSSÍVEL
Há mais de 40 anos atrás, McLuhan afirmava que “o meio é a
mensagem.” Apontado por muitos especialistas de seu tempo como
um visionário, o autor revelava uma dimensão fundamental a ser
considerada, sobretudo nos dias atuais: a inexistência de neutralidade
nos meios tecnológicos, tese muito em voga em sua época, que já
não apresenta a mesma força hoje.
Reforça-se, com isso, que a idéia de apropriação crítica das mídias
e sua integração às práticas pedagógicas envolve, necessariamente,
a possibilidade de um diálogo efetivo, que ultrapasse a dimensão do
mero domínio contemplativo ou técnico, no trato com imagens, fios
e teclas. Mais que isso, é necessário compreendermos os diferentes
textos do rádio, do jornal, da TV, do computador, entendendo sua
lógica de produção e circulação na sociedade, bem como os sentidos,
os significados e os impactos de suas mensagens sobre os processos
constitutivos de cada pessoa.
Mais uma vez, verificamos que o estabelecimento desse diálogo
não apresenta consenso. Segundo Gláucia Guimarães (apud
BARRETO, 2003), “muitos dos estudos que versam sobre a relação
entre tecnologias e educação, sobretudo entre a TV e a escola, giram
em torno do velho paradoxo elucidado por Umberto Eco: os
apocalípticos e os integrados.” Os primeiros apontam que a TV
provoca passividade, consumismo, alienação, entre outros malefícios,
e os últimos destacam a possibilidade de ampliação dos sentidos, a
democratização do conhecimento e de posições plurais como algumas
de suas contribuições.
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As ações pautadas pela total rejeição às mídias e aos seus usos, ou por
atitudes de deslumbramento diante da ilusão redentora dos meios, não
favorecem o desenvolvimento de práticas mídia-educativas
significativas na escola. A apologia da tecnologia como panacéia
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Os alunos devem assumir, cada vez mais, nesse processo, seu espaço
de protagonismo, saindo do lugar de meros espectadores para o de
autores de suas próprias histórias e, eventualmente, co-autores.
Destaca-se, portanto, a importância de propor experiências diversas
em que os alunos sejam desafiados a pensar de diferentes modos,
colocando em jogo suas hipóteses, confrontado idéias para
construir coletivamente novas sínteses;
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Mensagem dos alunos Silas de Melo Silva, da E.M. Pernambuco - E/3ª CRE e Fernando Diniz da
Silva, da E.M. Narcisa Amália - E/10ª CRE, no lançamento da 4a Cúpula Mundial de Mídia para
Crianças e Jovens - RJ, 2004.
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Michael e Leonan
Imagens retiradas do CD – Pintando com Portinari - produção da profª Maria Helena Santos da
Silva com os alunos da E.M. João Gualberto Jorge do Amaral - E/10ª CRE.
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COSCARELLI, C.V. (Org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar.
Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
FIGUEIREDO, V.L.F. (Org.). Mídia & Educação. Rio de Janeiro: Gryphus, 1999.
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SILVA, E.T.da (Org.). A leitura nos oceanos da internet. São Paulo: Cortez, 2003.
SILVERSTONE, R. Por que estudar a mídia?. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
SOUSA, M. W.(Org). Sujeito o lado oculto do receptor. São Paulo: Brasiliense, 2002.
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