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módulo 1
EQUIPAMENTO
Alexandre Périgo
AOP Fotografia
Revisão 01
Agosto/2019
“O analfabeto do futuro, disse alguém, não será aquele que não souber ler e
escrever palavras, mas sim aquele que não souber ler uma fotografia. E um
fotógrafo que não sabe ler suas próprias imagens, não é ainda pior que o
analfabeto? ”
(Walter Benjamin em “Pequena história da fotografia”, 1931)
Sobre o autor
Alexandre de Oliveira Périgo tem 50 anos. é
fotógrafo e estudioso da fotografia há mais de vinte
anos. Desde o princípio de sua carreira mesclou as
atividades profissionais fotográficas com as de
consultor internacional, auditor e palestrante em
gestão de negócios.
Possui formação em fotografia, engenharia
mecânica, administração de empresas e história.
Foi editor e articulista da revista eletrônica Língua
de Trapo, publicação que por dois anos atingiu
mais de cem mil leitores de língua portuguesa.
Ganhou diversos prêmios fotográficos, com
destaque para seu ensaio “gestante pujante” que
em 2015 foi destaque internacional na fotografia
autoral.
Divide seu tempo entre as atividades profissionais e
seus dois amados filhos, Clara e Léo.
Importante
Todas as imagens utilizadas neste treinamento são do próprio autor, ou de autores
mencionados, ou de domínio público.
Objetivo
O propósito deste treinamento é apresentar os conceitos fotográficos desde
os mais básicos até alguns mais avançados, de forma a possibilitar a seus
treinandos uma prática fotográfica mais técnica e sofisticada.
Público-alvo
Fotógrafos iniciantes e entusiastas da fotografia que desejem aumentar
seus conhecimentos sobre o tema, de forma a melhorar seu desempenho fotográfico
de modo consistente.
Introdução
Este curso de introdução à fotografia pretende ser diferente dos demais; primeiro
pela abordagem direta e prática e depois pelo conteúdo exclusivo, o que o
torna muito mais eficaz em termos de resultados.
Mantra
Este curso possui um “mantra” que é utilizado como princípio fundamental de
todos os assuntos abordados em todos os módulos:
“Não existe nem certo nem errado na fotografia, mas tão
somente a intenção do fotógrafo e sua capacidade de realizá-
la e reproduzi-la”.
Conteúdo Geral
O conteúdo do treinamento básico é dividido em sete apostilas . São elas:
• Apostila 1: equipamento fotográfico: câmeras, lentes e acessórios .
• Apostila 2: o modo manual de operação e a regulagem da luz: ISO, diafragma e
velocidade de abertura.
• Apostila 3: fotometria: conceituação e prática.
• Apostila 4: a luz na fotografia: teoria, tipos, modificadores.
• Apostila 5: foco e nitidez.
• Apostila 6: composição fotográfica.
• Apostila 7: fluxo de trabalho: da captura ao pós-tratamento.
Conteúdo da apostila 1
- A câmera fotográfica: origem e evolução
- A câmera digital: tipos e funcionamento
- Fundamentos: modos de operação, características básicas e propriedades
- Apoios para a câmera
- Objetivas: tipos, características e nomenclatura
- Sensores : tipos e características
- Tipos de arquivo e armazenamento digital
- Acessórios básicos
- Exercícios
A câmera fotográfica
• Origem e evolução
Os princípios físicos fundamentais que possibilitam a fotografia são seculares; há
evidências da utilização da chamada “câmera obscura” na Grécia antiga e na
Idade Média quando era usada para observação de eclipses solares. A câmera
obscura é simples: um quarto enclausurado e totalmente sem luz, apenas com um
orifício frontal que se abre e se fecha e por onde entra a luz que é refletida de
maneira invertida na parede do fundo.
A câmera fotográfica
• Origem e evolução (continuação)
Dispositivos de
escolha de modo de
operação de câmeras
Canon e Nikon
Fundamentos
• Modos de operação: automático
Nesse modo de operação a câmera decide absolutamente tudo: a abertura do
diafragma, a velocidade da cortina do obturador e a sensibilidade ISO do sensor,
sempre objetivando a entrada de luz ideal na imagem.
A vantagem desse modo é que o fotógrafo não precisa pensar, apenas clicar.
A desvantagem é que muitas vezes o resultado obtido fica longe do esperado
justamente pela câmera decidir como regular cada parâmetro.
Fundamentos
• Modos de operação: manual
Nesse modo de operação o fotógrafo decide absolutamente tudo: a abertura
do diafragma, a velocidade da cortina do obturador e a sensibilidade ISO do
sensor, objetivando a entrada de luz que desejar para a imagem.
A vantagem desse modo é que o fotógrafo, se conhecer bem a teoria fotográfica e
seu equipamento, obterá exatamente o resultado desejado para sua fotografia.
A desvantagem é que utilizá-lo exige regular todos os três parâmetros a cada foto –
ou série de fotos - executada.
Mecanismos fundamentais
• Modos de operação: prioridade de abertura (semiautomático)
Nesse modo de operação o fotógrafo decide a abertura do diafragma,
deixando que, em função desta escolha pessoal, a câmera decida a velocidade da
cortina do obturador e a sensibilidade ISO do sensor, sempre objetivando a
entrada de luz ideal na imagem.
A vantagem desse modo é que o fotógrafo ao decidir que sua prioridade para uma
determinada fotografia é a abertura do diafragma, não precisa pensar nas demais
regulagens, apenas clicar.
A desvantagem é que muitas vezes o resultado obtido não é exatamente o esperado
por conta dos efeitos obtidos justamente pela câmera decidir a velocidade da
cortina do obturador e a sensibilidade ISO do sensor.
Mecanismos fundamentais
• Modos de operação: prioridade de velocidade (semiautomático)
Nesse modo de operação o fotógrafo decide a velocidade do obturador,
deixando que, em função desta escolha pessoal, a câmera decida a abertura do
diafragma e a sensibilidade ISO do sensor, sempre objetivando a entrada de luz
ideal na imagem.
A vantagem desse modo é que o fotógrafo ao decidir que sua prioridade para uma
determinada fotografia é a velocidade do obturador, não precisa pensar nas demais
regulagens, apenas clicar.
A desvantagem é que muitas vezes o resultado obtido não é exatamente o esperado
por conta dos efeitos obtidos justamente pela câmera decidir a abertura do
diafragma e a sensibilidade ISO do sensor.
Mecanismos fundamentais
• Modos de operação - considerações
É comum pensar que fotógrafos profissionais ou amadores com, muito
conhecimento utilizem tão somente o modo Manual de operação, mas isso está
longe de ser verdade.
O fotógrafo experiente utiliza sempre o modo da câmera mais
adequado para cada tipo de fotografia que fará; afinal os recursos foram
incluídos no equipamento justamente com o intuito de facilitar o trabalho nos mais
variados cenários.
Mecanismos fundamentais
• Modos de operação - considerações
É comum pensar que fotógrafos profissionais ou amadores com, muito
conhecimento utilizem somente o modo manual de operação, mas isso está
longe de ser verdade.
O fotógrafo experiente utiliza sempre o modo da câmera mais
adequado para cada tipo de fotografia que fará; afinal os recursos foram
incluídos no equipamento justamente com o intuito de facilitar o trabalho nos mais
variados cenários.
Mecanismos fundamentais
• Modos de operação – considerações (continuação)
Se a intenção do fotógrafo é tirar fotos diurnas que serão meros registros
(como por exemplo fotografias de um terreno), pode optar pela facilidade do modo
automático.
Se a intenção do fotógrafo é fazer imagens noturnas de longa exposição,
deve optar pelo modo manual e decidir como usar a câmera sem as
predefinições automáticas.
Se a intenção do fotógrafo é fazer uma fotografia onde um determinado
objeto precisa ter mais nitidez que os demais, pode optar pelo modo
de prioridade de abertura do diafragma.
Se a intenção do fotógrafo é fazer fotografias de esporte ou jornalísticas,
pode optar pelo modo de prioridade de velocidade do obturador.
Mecanismos fundamentais
• Timer de disparo
Dispositivo que retarda o disparo da câmera em um intervalo estabelecido
para o fotógrafo. Possui duas utilidades básicas:
- permitir que o próprio fotógrafo entre na imagem; e
- impedir trepidações em fotos de longa exposição sem o uso de disparadores
sem fio.
Mecanismos fundamentais
• Foco
Ainda que o foco seja feito através da objetiva, sua regulagem aparece tanto na
câmera quanto na própria objetiva; em geral é dividido em:
- Foco manual;
- Foco automático para objetos estáticos; e
- Foco automático para objetos em movimento.
Na maioria das câmeras a obtenção do foco é notificado ao fotógrafo através de um
aviso sonoro.
Mecanismos fundamentais
• Foco (continuação)
A depender do fabricante, o motor de foco aparece na câmera, na objetiva ou em
ambos. A vantagem de optar por um fabricante cujo motor de foco está na
câmera (ainda que seja somente nos modelos mais sofisticados) é poder comprar
objetivas sem motor de foco – e, portanto, bem mais baratas – e ainda assim poder
contar com as facilidades do foco automático.
Mecanismos fundamentais
• Foco (continuação)
O foco manual é menos utilizado que o automático, porém existem cenários onde
é mais indicado por ser mais preciso; exemplos de tais cenários são fotografias
de produto, fotografias de paisagens macrofotografia e
astrofotografia.
Em fotografias autorais onde o fotógrafo deseja deixar sua imagem fora de foco é
preciso também usar o foco em modo manual.
Mecanismos fundamentais
• Fonte de alimentação
A maioria das câmeras mais sofisticadas é
alimentada por baterias recarregáveis. Alguns
fotógrafos optam por usar adicionalmente um
grip, de forma a obter mais autonomia com um
par de baterias ou até com a adição de pilhas.
Monopé Tripé
Objetivas
• Objetiva ou lente?
Lente é uma única superfície translúcida de vidro, enquanto objetivas são
conjuntos de lentes. Raramente uma objetiva é composta de apenas uma lente.
Quanto menos lentes possuir uma objetiva, menores serão seus problemas de
nitidez.
Objetivas
• Tipos e distância focal
As objetivas recebem diversos tipos de classificação, porém a mais importante é em
função de sua distância focal, ou seja, da distância entre o ponto de
convergência da luz na própria objetiva e o sensor eletrônico da câmera.
Objetivas
• Tipos e distância focal (continuação)
Em função da distância focal as lentes se dividem em:
- Grandes angulares: até 40mm;
- Normais: de 40mm a 85mm;
- Tele: de 85mm a 300mm; e
- Super tele: acima de 300mm.
Objetivas
• Tipos e distância focal (continuação)
Objetivas
• Tipos e distância focal (continuação)
Objetivas
• Diafragma
A abertura do diafragma, ainda que controlada na câmera, é uma função da
objetiva; quanto maior sua abertura máxima, maior a quantidade de luz que
adentra a fotografia – e mais cara é a objetiva. Objetivas mais claras são
também chamadas de rápidas.
Objetivas
• Nomenclatura
A codificação usada para classificar as objetivas varia de fabricante para
fabricante, no entanto as categorizações mais importantes são referentes a
distância focal e abertura máxima do diafragma . Além destas, as objetivas
apresentam sempre informações sobre:
- Tipo de sensor que atendem (“cropado” ou fullframe);
- Foco;
- Diâmetro (para uso de filtros);
- Tecnologia do vidro utilizado; e
- Tecnologia para redução de vibração.
Objetivas
• Nomenclatura (continuação)
2 mil pixels
Sensor de 8 megapixels (4 mil
pixels x 2 mil pixels)
O importante para uma câmera não é a quantidade de pixels, mas a
qualidade de seu sensor.
Sensores
• Sensor fotográfico - tamanhos
Em função da qualidade de cada câmera, não apenas o tipo, mas também o
tamanho (e a área capturada) de seu sensores variam:
Sensores
• Sensor fotográfico – tamanhos (continuação)
Sensores de diferentes tamanhos apresentam fatores de corte diferentes em
relação ao sensor “fullframe”.
Sensores
• Sensor fotográfico - conclusões
Em relação a sensores, tamanho é documento.
Além do tamanho, a tecnologia aplicada
também apresenta ganho de qualidade na
imagem.
De todos os fatores ora apresentados o que
menos importa em um sensor é a
quantidade de megapixels.