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Aula 1
Introdução

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1. Criptomoedas
As criptomoedas são moedas digitais criptografadas, prezam pelo sigilo nas
suas negociações, transações, estas extremamente rápidas e baratas, sendo
esta a principal razão do seu surgimento, uma fuga ao sistema monetário
tradicional, com foco na descentralização ou desvinculação das gestões
governamentais.

Neste teor, inicialmente, as criptomoedas foram utilizadas para negociação


de riquezas entre pessoas de forma rápida, segura e anônima. Com seu
crescimento exponencial, os olhos do mundo todo se voltaram para elas, e
sua negociação passou a ter valor volátil e se adequar ao padrão do mercado
de renda variável, sendo esta, a principal função para aqueles que desejam
ganhar dinheiro com a tecnologia.

Atualmente existem diversas criptomoedas, algumas mais valorizadas,


algumas menos, contudo, todas representam projetos de pessoas que
acreditam neste tipo de “ativo” como forma de armazenamento e geração de
riqueza.

A moeda mais popular e valorizada do mundo é o “Bitcoin”, este ativo ganhou


bastante popularidade durante os últimos anos, seu valor já foi negociado em
1 dólar americano, e em 2017 chegou na casa dos 20mil dólares, um
crescimento de 20.000% no preço de cada moeda.

Os temas abordados em nosso curso, visam embasar suas ações de compra


e venda no mercado de criptomoedas, não se limitando apenas a isso, tendo
em vista que a análise técnica abrange Forex e os mercados das bolsas
tradicionais.

2. Análise Técnica
O que é a Análise Técnica?

É normal que os desconhecedores deste mercado utilizem o termo de forma


genérica, pois esta utilização não dificulta a sua aplicação prática.

A análise técnica no sentido estrito, seria o uso de indicadores e cálculos


matemáticos para avaliar o potencial de valorização ou desvalorização de um
ativo.

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A análise gráfica, seria o estudo do comportamento humano, estudando
padrões e suas reflexões no comportamento dos compradores/vendedores,
compreendendo: “linha de tendência, suporte e resistência, figuras gráficas
e etc”.

Para fins práticos esta diferenciação é desnecessária, pois é algo puramente


doutrinário, sendo o prudente utilizar o sentido amplo da análise técnica:
“Ciência do estudo gráfico e suas características”.

Em nosso curso, iremos utilizar esta nomenclatura tanto para a análise


gráfica, quanto para técnica, pois as duas objetivam a mesma coisa e tem
fundamentos coligados na aplicação do dia-a-dia.

História da Análise Técnica

Podemos considerar que o criador da análise técnica foi Charles Dow, no


início do século XX, com suas publicações no “Wall Street Journal”. A junção
destes textos, foi o que deu origem à análise técnica e posteriormente, a
“Teoria de Dow”.

Sendo assim, poderíamos colocar Charles Dow no posto de “Pai da análise


técnica”.

Análise Técnica x Análise Fundamentalista

Utilizando o sentido amplo da análise técnica, poderíamos configurá-la


como “ciência do estudo gráfico”, esta, se embasa através de cálculos e do
estudo do comportamento humano para quantificar potencial de
valorização ou desvalorização de um ativo.

A análise fundamentalista avalia a saúde da empresa, para esta, devemos


avaliar a forma de gestão e fatores internos, para chegarmos ao potencial de
crescimento do ativo.

Ao aplicar este conceito às criptomoedas, podemos considerar que este tipo


de análise visa definir o quão promissor é um projeto com base em sua
tecnologia e gestão.

“Ambas as análises podem ser aplicadas à qualquer


mercado, não são limitadas às criptomoedas.”

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3. Quais corretoras de Criptomoedas?

Assim como as ações da bolsa de valores, a negociação de criptomoedas se


dá através de corretoras. Estas, oferecem carteiras digitais para que você
armazene suas criptomoedas e negocie.

As corretoras utilizadas por nossa equipe são: Binance e a Bitmex, as duas


corretoras com maior volume no mercado.

Isso não quer dizer que as corretoras são as únicas que podem armazenar as
criptomoedas, existem carteiras digitais de software e hardware para ativos
digitais.

4. Quais corretoras de Criptomoedas?


Assim como as ações da bolsa de valores, a negociação de criptomoedas se
dá através de corretoras.

Estas, oferecem carteiras digitais para que você armazene suas criptomoedas
e negocie.

As corretoras utilizadas por nossa equipe são: Binance e a Bitmex, as duas


corretoras com maior volume no mercado.

Isso não quer dizer que as corretoras são as únicas que podem armazenar as
criptomoedas, existem carteiras digitais de software e hardware para ativos
digitais.

Conta Mercado Bitcoin


Acesse: www.mercadobitcoin.com.br

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Ao criar sua conta você pode entrar em “minha conta”, clicar em “depositar”:

Em seguida será fornecido a você os dados bancários da conta do Mercado


Bitcoin para que você possa realizar o deposito ou transferência.

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Após o período de verificação da própria empresa eles creditarão os valores
em sua conta.

Com o crédito em mãos você pode comprar suas criptomoedas para enviar
para as corretoras onde realizamos nossas operações. A transferência para a
Binance pode ser feita com qualquer uma das criptomoedas constantes no
Mercado Bitcoin.
Conta Binance
Acesso o site da Binance, que oferece uma versão em português.

https://www.binance.com/pt

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Após criar a conta, acesse a opção de Carteira, em seguida “carteira spot”.

Se você comprou criptomoedas no Mercado Bitcoin você pode enviar para sua
carteira spot na Binance, através da opção de “depositar”.

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Ao acessa a página de deposito, copie o endereço da carteira virtual oferecida
pela Binance.

E coloque na aba de saques do Mercado Bitcoin.

Toda a operação leva alguns minutos para ser concluída, após este tempo o
saldo constará em sua conta da Binance.

Outra opção oferecida pela própria Binance, sem que você tenha que comprar
por outra corretora, é realizar a compra pela própria Binance, através de cartão
de crédito.

Primeiramente vá à aba “compre cripto”.

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Você poderá selecionar qual moeda deseja comprar e a quantidade, podendo
comprar o bitcoin, alguma altcoin, ou o USDT, que é uma moeda estável
lastreada no dólar americano, falaremos dela posteriormente.

Ao escolher o valor e a forma de pagamento você pode clicar na opção


“comprar” e colocar seus dados de cartão de crédito.

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Após finalizar você terá os valores creditados em sua conta da Binance.

As Stable Coins
Para escapar da volatilidade de algumas criptomoedas você pode deixar seu
dinheiro seguro em “moedas estáveis”, a mais usada é a USDT, chamada de
“tether”, esta é lastreada no dólar, o valor de uma dela é correspondente a 1
dólar.

Para converter suas criptomoedas na criptomoeda tether basta vender seus


bitcoins no par usdt. Acessando a aba mercados, em seguida mercados FIAT,
do rol de moedas apresentadas você pode selecionar a que você possui e
negociá-la no par USDT.

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Selecionando a opção da moeda que você possui e indo no par usdt, você
pode vende-la por usdt(dólar). Colocando a quantidade que você tem e
vendendo pelo equivalente em dólar.

Com o USDT na carteira você está fora das oscilações do mercado e pode
escolher agora quais ativos comprar e vender, buscando valorização e renda!

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Aula 2
Teoria de Down
e Psicologia Gráfica

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1. A teoria de Dow
A teoria de Dow compreende os conceitos mais básicos da análise técnica,
essenciais para a compreensão de toda nossa temática.

Para nosso curso elencamos três princípios principais:

A. Os preços descontam tudo


O preço representa à ação conjunta de inúmeros investidores, desde os
iniciantes no mercado aos mais avançados.

O valor negociado já representa todos os eventos que influenciariam a


valorização e desvalorização, não sendo necessário quantificar isso, pois se
subentende que os mais informados do mercado já fizeram as negociações
com base nestes eventos.

Ex.: Sabe-se que a equipe de uma criptomoeda roubou fundos dela, os preços
caíram 20% na ultima semana, até que as pessoas soubessem, se subentende
que o preço caiu por este evento, ou seja, já foi descontando.

A frase que resume este principio é “Devo considerar que sempre sou o
último a saber”.

Contudo este princípio não engloba os eventos que são imprevisíveis e que as
pessoas não têm como saber, como calamidades naturais, catástrofes como
os atentados nas torres americanas, etc. Esses são os chamados "atos divinos"
, quando acontecem podem gerar fortes oscilações iniciais, mas acabam
sendo absorvidos pelo mercado.

B. As três Tendências do Mercado


O segundo princípio de Dow afirma que o mercado possui três tendências de
movimento: primária, secundária e terciária.

A tendência primária é a tendência principal de um mercado. É um


movimento longo que pode ser de alta ou de baixa e que leva a uma grande
valorização ou desvalorização dos ativos.

A tendência secundária comporta as oscilações que ocorrem dentro da


tendência primária.

As tendências terciárias fazem parte das secundárias, são movimentos


menores de oscilação dentro da tendência secundária.

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Temos este gráfico do Bitcoin do ano de 2020. A tendência primária, a
tendência maior, representada em roxo; A tendência secundária em amarelo
compõe a tendência primária, seriam as oscilações dentro da grande
tendência primária; A tendência terciária, apresentada em verde, esta
englobada dentro da tendência secundária.

As três são bases para sabemos o caminho que o mercado está tomando e
para auxiliar em nossas decisões de compra e venda.

C. As Três Fases dos Movimentos


- Fases do Mercado de Alta

• Fase 1: No início da alta o mercado começa a ser propulsionado por


investidores mais qualificados, que percebem logo que novos ventos estão
soprando. Enquanto isso, a maioria ainda acredita que o pior ainda está por vir,
o que permite aos investidores de elite comprarem muito barato.

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• Fase 2: A segunda parte é uma aceleração mais acentuada do movimento. A
pressão compradora aumenta bastante.

• Fase 3: A terceira fase é marcada por grandes altas. Os participantes do


mercado, de maneira geral, estão cada vez mais seguros de seus lucros e os
investidores melhor preparados, começam a vender suas posições. É a hora de
retirar os lucros e iniciar a fase de baixa.

- Fases do Mercado de Baixa

• Fase 1: Nesta fase os profissionais e investidores de elite vendem seus ativos,


iniciando a retração.

• Fase 2: É uma etapa marcada por um grande nervosismo. Os investidores


amadores percebem o equívoco e tentam se desfazer de suas posições.

• Fase 3: Com as grandes perdas e ativos muito desvalorizados, a pressão


vendedora se dissipa, e oportunidades para uma nova alta começam a surgir.

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2. Suporte e Resistência:
Suportes e resistências, de maneira simples, são regiões precificadas nas quais
o movimento atual do mercado tem grandes chances de reverter.

Suporte: Região de aumento do interesse de compra. Tende a reverter o


movimento de baixa.

Resistência: Região de aumento do interesse de venda. Tende a reverter o


movimento de alta.

A base do suporte e resistência, é a oferta versus a demanda. Conceitos


basilares da economia somados a psicologia humana.

Ex.: Em uma alta, conforme os preços aumentam, os ativos vão ficando


naturalmente mais caros e menos compradores estarão disponíveis a pagar
determinado preço. Os vendedores, pelo contrário, vão querer vender como
nunca nesses novos valores, aumentando a oferta e contribuindo para o início
da desvalorização (queda).

Outros fatores que auxiliam a definir certo preço como suporte ou resistência
é a memória humana.

As pessoas lembram dos valores que anteriormente fizeram com que outros
ganhassem dinheiro.

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Se levarmos em consideração que os gráficos gravam todas as regiões de
preço, as pessoas ao definirem uma região de compra podem usar como base
os acontecimentos passados, sendo assim, o fato de você saber que uma
região é um suporte, que anteriormente naquele valor o preço tendeu a subir,
é este conhecimento que torna o suporte uma região de compra, todos
acreditarem que aquela região realmente irá valorizar o ativo.

Ex.: Ao tocar nos 6mil dólares de valor, uma moeda voltou a valorizar, como já
analisei que aconteceu isto no passado, eu comprarei nos 6 mil dólares porque
já valorizou antes, contudo, não apenas eu, várias pessoas pensaram da
mesma forma, e mais comprar numa região fazem com que o ativo realmente
suba de valor.

Suportes e resistências estão entre os primeiros conceitos que aprendemos


quando começamos a estudar análise técnica. Eles refletem, diretamente, a
ideia de "comprar barato e vender caro" que habita os sonhos e intenções de
qualquer investidor.

Na aplicação do suporte, toda vez que toca na região, há uma reversão de


preço, que pode ser continua ou rápida.

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No caso mostrado na imagem, houve uma valorização de 7,28% no primeiro
toque; De 8,37% no segundo toque; De 3,19% no terceiro toque.

O suporte segurou a queda de preço por 3 tentativas, eventualmente caso o


preço atinja este valor novamente é esperando uma nova segurada na queda
de preço.

O mesmo se aplica a resistência, onde onda determinada região após se


tocada reverte o preço da para baixo.

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Suporte e Resistência na prática:
O conceito é simples e pode ser usado por qualquer iniciante, a máxima mais
conhecida do mercado financeiro: “Compra no suporte e vende na
resistência”. Este conceito básico não substitui o restante dos conhecimentos
necessários para um bom trader, mas dá embasamento para quase todas as
operações, mesmo que um embasamento teórico.

Mas como definir a regiões de suporte e resistência?

Temos o exemplo:

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A região em vermelho funcionou como suporte. Definimos ela, através da
observação de onde as velas do gráfico encontraram seu ponto de reversão.

A região em azul, também teve diversos toques que não conseguiram avançar
o preço, por isso definimos como a região de resistência.

A região em amarelo é novamente a aplicação suporte anterior. Por ter sido


uma região que segurou bem o preço, os compradores se sentiram
confortáveis em comprar nesta região novamente.

Obs.: É prudente tentar trançar as regiões de força (suporte e resistência)


utilizando mais o corpo do candle, do que as sombras. Iremos estudar as
características dos candles nos próximos capítulos.

Obs.: De acordo com o princípio da inversão, se uma região de suporte é


rompida, ela se torna uma resistência caso o preço tente buscar novamente
aquele valor. O mesmo se aplica a resistência rompida, se torna suporte, caso
o preço caia novamente para aquele valor.

3. Linhas de tendência:
No seu primeiro dia como analista, se observar o gráfico, verá que o mercado
não se move em linha reta, num único candle horizontal. Pelo contrário, o
movimento se dá em subidas e descidas contínuas, compras e vendas que
caracterizam movimentos mais similares a degraus de uma escada.

O apoio destes degraus é o que chamamos de linhas de tendência, estas,


podem ser de longa ou curta duração, de baixa ou de alta. O mais importante
é encontrar estas tendências e aprender a trabalhar com elas.

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Como demonstrado na imagem, as linhas de tendência são linhas projetadas
onde o preço encontra reversão. Podemos aplicar o mesmo princípio do
suporte e resistência.

Linhas de tendência de alta conectam fundos.

Linhas de tendência de baixa conectam topos.

Obs.: É prudente traçar a linha de tendência conectando o máximo possível


de corpos de candles, priorizando-os, embora não desprezando as sombras.

Obs.: Quanto mais toques na linha de tendência mais forte ela será, ou seja,
mais difícil de romper.

Obs.: Quanto maior o tempo gráfico observado, mais forte será a linha de
tendência.

Como traçar e trabalhar com as linhas de tendência:

As linhas de tendência nos ajudam a identificar os movimentos do mercado.


Como identificar uma LTA e LTB?

A linha de tendência de alta compreende uma linha diagonal ascendente, em


que nas quedas, no toque em seu corpo, o preço tende a reverter para alta.

Neste teor, a linha de tendência de alta se comporta como um suporte.


A linha de tendência de baixa, compreende uma linha diagonal descendente,
em que nas tentativas de alta, ao tocar em seu corpo, o preço tende a reverter
para baixa.

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Obs.: É necessário um mínimo de dois toques para se ter uma linha de
tendência, seja de baixa ou de alta.

Com estes conceitos fica simples de traçar uma linha de tendência:

Mas como negociar com elas?

No candle de compra após o toque numa LTA(linha de tendência de alta) é


possível que o preço alcance valores maiores, por isso é uma oportunidade de
comprar.

No candle de venda após o toque numa LTB(linha de tendência de baixa) é


possível que o preço alcance valores menores, por isso é uma oportunidade de
venda.

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Aula 3
Teoria das Ondas
de Elliot

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A compra e venda de ativos, tem sua fundamentação num alicerce principal, a
psicologia humana. É a mente humana que define as operações na
negociação dos papeis da renda variável.

Foi pensando nisso, que o analista R. N. Elliot criou sua teoria de ondas. Este
autor, estudou o movimento do mercado, o ciclo de compra e venda,
montando um padrão de comportamento que se repetiu várias vezes.

Sua teoria é uma das mais clássicas da nossa doutrina técnica, tendo seu auge
nos anos 40, mas utilizada até hoje.

Esta teoria é tão vasta que poderíamos dedicar um curso inteiro apenas para
ela. Contudo, elencamos os pontos mais importantes do conhecimento criado
por Elliot.

A teoria das cinco ondas

Elliot observou que o mercado se movia em ondas, três ondas de impulso e


duas ondas de correção.

A primeira onda é de impulso, seguida por uma onda corretiva. A terceira onda
também é de impulso, seguida por uma quarta onda corretiva. O ciclo é
finalizado com uma quinta onda de impulso.

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Elliot também observou alguns pontos específicos em sua teoria:

- A onda 2 nunca se movimenta além do inicio da onda 1.

- A onda 3 nunca é a menor onda.

- A onda 4 nunca invade a onda 1.

Estas 5 ondas simbolizam a fase de impulso do preço, ao fim desta fase se


inicia a correção propriamente.

As 3 ondas corretivas
Num conceito mais amplo e simples de Elliot, (sem destrinchar muito sua
teoria que abrange diversas formas de correção nos preços), podemos
destacar a teoria das ondas ABC.

As ondas corretivas começam com uma onda A de queda, uma correção desta
queda simbolizada pela onda B, pôr fim, a conclusão e ponto mais baixo da
queda: onda C.

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O ciclo completo é representado pela sequencia das 5 primeiras ondas,
seguida pelas sequencia das 3 ondas de correção.

De acordo com a teoria este é um ciclo infinito e repetido, observaremos mais


adiante a razão desta afirmação.

Teoria dos fractal

Algo observado por Elliot, e que compreende a grande descoberta por trás de
tudo que ele estudou, é a aplicação do fractal dos tempos gráficos.

O que isto significa? Que dentro de uma onda estão um conjunto de ondas.
Como vimos, um ciclo de impulso compreende 5 ondas, e um ciclo de correto
compreende 3 ondas (ABC).

Numa análise mais profunda, podemos observar que dentro de cada onda de
impulso também estão outras 5 ondas, e que em cada onda corretiva estão
outras 3 ondas (ABC).

É um tema complexo, por isso é interessante a visualização através de


imagem.

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O ciclo completo possui 5 ondas de impulso, seguidas de 3 ondas corretivas.

Cada onda de impulso tem 5 ondas dentro dela. Cada onda corretiva, tem 3
ondas corretivas dentro dela.

É um conceito complexo, mas bastante útil no dia-a-dia das análises de


mercado.

Elliot na prática:

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Dentro de cada onda de impulso há 5 ondas, e em cada onda de correção 3
ondas.

Ao traçar estas ondas, devemos sempre observar os detalhes citados


anteriormente, como tamanho das ondas e regiões.

Como já foi reafirmado, esta teoria levaria um curso inteiro para o deslinde de
todas suas variações e aplicações. Neste curso iremos direcionar sua aplicação
prática em conjunto com outro estudo técnico.

Elliot e retração/extensão de Fibonacci

Aliado a teoria das ondas de Elliot, temos indicadores da análise técnica para
nos ajudar a estimar o comprimento destas ondas.

A extensão e retração de Fibonacci é uma forma de levar o conceito


doutrinário das ondas para uma aplicação puramente prática.

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A retração de Fibonacci:
Cada onda de impulso deve retrair antes de iniciar uma nova onda impulsiva.
Esta correção ocorre amparada em valores matemáticos.

A retração de Fibonacci para ser calculada deve começar do fundo da onda e


chegar até o topo, sem levar em consideração as sombras dos candles.

No caso em tela temos a retração de uma onda 1, que corrigiu até a região de
50-60%.

Como saber até que região a onda pode corrigir?

É difícil dizer com exatidão, pois não temos o controle do mercado. Contudo,
podemos estimar através dos cálculos matemáticos da retração.

Geralmente uma onda retrai até a região de 50-50% de Fibonacci, pois são
regiões de suporte natural da onda corretiva.

Caso a retração chegue apenas à região dos 38%, é prudente esperar o


rompimento do topo da onda 1 para caracterizar o início da nova onda de
impulso.

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A extensão de Fibonacci:
Aprendemos como estimar até onde as ondas podem corrigir, agora vamos
estimar o seu poder de extensão.

Você deve traçar a extensão começando do fundo da onda 1 até o seu topo,
colocando o início da extensão no fim da onda 2, para assim poder descobrir
até onde pode chegar a onda 3.

A mesma lógica se aplica para se descobrir a onda 5. Você deve traçar do fundo
da onda 3 até seu topo, iniciando a projeção no fim da onda 4.

As ondas geralmente chegam à 100% de projeção de Fibonacci, contudo, é


comum que a onda 3 chegue à 127-161% de extensão.

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Aula 4
Indicadores de
Força e Volume

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1. StocRSI
O RSI estocástico foi desenvolvido por Tushar S. Chande e Stanley Kroll em
1994. O RSI estocástico é um indicador de um dos indicadores. Ele calcula o RSI
(do inglês Relative Strength Index) juntamente com a fórmula do estocástico.
Esta ferramenta varia entre 0 e 1. Monitorando os valores de RSI e a relação
deles durante um certo período de tempo.

Formula do RSI estocástico:

RSIestocástico = (RSIatual - Menor RSIn) ÷ (Maior RSIn- Menor RSIn)

Onde:

- RSIatual é o nível atual do RSI;

- Menor RSIn é o menor nível que o RSI atingiu durante os últimos n períodos;

- Maior RSIn é o maior nível que o RSI atingiu durante os últimos n períodos.

O RSI estocástico pode ser uma ferramenta útil na identificação de condições


de sobrecompra e sobrevenda:

Quando o RSI estocástico está acima de 0.80, então o ativo está em


sobrecompra, precedendo uma correção.

Quando o RSI estocástico está abaixo de 0.20, então o ativo está em


sobrevenda, precedendo uma valorização.

Muitos analistas consideram um sinal de compra, quando o RSI estocástico


corta num sentido crescente. A linha 0.20 é um sinal de venda quando o RSI
estocástico corta num sentido decrescente á linha 0.80.

Como o StochRSI funciona?


O indicador StochRSI é gerado a partir do RSI comum, aplicando a fórmula do
Stochastic Oscillator (oscilador estocástico). O resultado é uma avaliação
numérica e única, que varia em torno de uma linha central (0.5), dentro de
espaço entre 0 até 1.

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A fórmula padrão do Stochastic Oscillator considera o preço de fechamento de
um ativo em conjunto com seus pontos mais altos e mais baixos durante um
certo período de tempo. Entretanto, quando a fórmula é usada para calcular o
StochRSI, ela acaba sendo aplicada diretamente aos dados do RSI.

Assim como no caso do RSI padrão, a configuração de tempo mais comum


usada para o StochRSI é de 14 períodos. Os 14 períodos envolvidos no
cálculo do StochRSI são baseados no tempo do gráfico.

Esses períodos podem ser definidos para dias, horas ou até mesmo minutos e
o uso varia bastante de trader para trader (dependendo de perfis e
estratégias). O número de períodos também pode ser ajustado para cima ou
para baixo, com o objetivo de identificar tendências de longo ou curto prazo.
Uma configuração de 20 períodos é outra opção bem popular para o indicador
StochRSI.

Quanto maior o período colocado no StochRSI, maior serão os valores


necessários para atingir uma região de sobrecompra e sobrevenda.

StochRSI vs. RSI

Tanto o StochRSI quanto o RSI são indicadores de oscilação que facilitam a


vida dos traders na identificação de potenciais condições de sobrecompra ou
sobrevenda, assim como possíveis pontos reversão. Resumindo, o RSI padrão é
uma métrica usada para rastrear com que velocidade e até que ponto os
preços de um ativo mudam em relação ao período de tempo.

Entretanto, quando comparado ao RSI Estocástico, o RSI padrão é um


indicador relativamente lento, que produz uma pequena quantidade de
sinais para negociação. A aplicação da fórmula do Stochastic Oscillator ao
RSI regular permitiu a criação do StochRSI, funcionando como um
indicador de maior sensibilidade. Consequentemente, o número de sinais
que produz é bem maior, dando aos traders mais oportunidades para
identificar tendências de mercado e potenciais pontos de compra ou venda.

Em outras palavras, o StochRSI é um indicador muito volátil. Embora isso o


torne uma ferramenta de análise técnica mais sensível que pode ajudar os
traders com um número maior de sinais, também é mais arriscado por que
normalmente gera uma quantidade razoávelde sinais falsos.

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Podemos observar no gráfico da moeda Chain Link, uma queda de preço, que
resultou numa condição de sobrevenda, precedendo uma alta, devido a
condição de sobrevenda.

Na mesma imagem temos uma condição de sobrecompra, que precedeu


uma queda, por já estar num nível de compra muito alto.

Sendo assim, a ideia do StochRSI é dizer quando o preço já subiu muito e


precisa cair. Dizer também, quando o preço enfrentou uma queda forte e
precisa subir um pouco.

2. OBV(On Balance Volume)

O que é o OBV?
O OBV (On Balance Volume) é um indicador que correlaciona o volume de
compra/venda do ativo com a sua respectiva posição de fechamento. Ou
seja, dependendo de como a ação fechar o candle (em alta ou em baixa), o On
Balace Volume irá somar ou subtrair o volume deste fechamento do volume
acumulado.

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Para quê serve o OBV ?
Também chamado de Saldo de Volume, o On Balace Volume é visto como um
parâmetro essencial por quem investe seguindo a análise técnica. Por
considerar o fluxo positivo ou negativo do volume em um momento, esse
indicador conseguiria “antecipar” se a ação vai subir ou cair.

Como o OBV é calculado?


O cálculo do OBV depende diretamente de como o ativo terminou o dia.
Funciona da seguinte forma:

Se a ação fechou em um preço acima do candle anterior:

Soma-se o volume do candle ao On Balace Volume acumulado.


Logo, OBV = OBV anterior + Volume do candle;

Se a ação fechou em um preço abaixo do candle anterior:

Soma-se o volume do candle ao On Balace Volume acumulado.


Logo, OBV = OBV anterior – Volume do candle;

Se a ação fechou se manteve no mesmo preço:

O On Balace Volume continua o mesmo. Logo, OBV = OBV anterior.

Como interpretar o OBV?


De acordo a análise técnica, se um ativo está com um On Balace Volume
crescente, é sinal de que a sua demanda está aumentando.

Por outro lado, se o On Balace Volume começar a tender para baixo, a


demanda sobre o ativo estará caindo.

O que diz a análise do OBV?


Em resumo, a análise em torno do On Balace Volume pode fornecer as
seguintes indicações aos investidores

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• Confirmação de tendência de alta: Cotação e On Balace Volume no mesmo
sentido. A ação deve estar se valorizando e a Linha OBV subindo (inclinação
positiva).

• Confirmação de tendência de baixa: Cotação e On Balace Volume no


mesmo sentido. A ação deve estar se desvalorizando e Linha OBV descendo
(inclinação negativa).

• Possível reversão de tendência de baixa = Cotação e On Balace Volume em


sentidos diferentes. A ação deve estar se desvalorizando e Linha OBV subindo
(inclinação positiva).

• Possível reversão de tendência de alta = Cotação e On Balace Volume em


sentidos diferentes. A ação deve estar se valorizando e Linha OBV descendo
(inclinação negativa).

Nesses casos, deve-se ressaltar que o valor numérico do OBV não é relevante.
A verdadeira utilidade desse indicador está na inclinação da sua curva no
gráfico – ou seja, no seu movimento de subida ou descida. Logo, o importante
não é avaliar quantitativamente o On Balace Volume, e sim observar se a sua
tendência é de alta ou de baixa.

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3. MACD

O que é MACD?
O MACD é um indicador popular desenvolvido por Gerald Appel.

A primeira coisa a observar sobre o indicador são as informações fornecidas


pelo seu nome, MACD (Moving Average Convergence/Divergence) é uma sigla
para convergência/divergência de médias móveis, já indicando que outros
indicadores (médias móveis) são usados em sua composição.

A construção do MACD utiliza, portanto, três elementos principais:

Média móvel exponencial de 26 dias do preço (média longa)

Média móvel exponencial de 12 dias do preços (média curta)

Média móvel exponencial de 9 dias do próprio MACD (chamada de linha de


sinalização).

Iremos nos aprofundar na temática das medias moveis no decorrer do curso.

Cálculo
Agora que temos os elementos, vamos calcular a linha do MACD. Para isso,
basta subtraírmos a média móvel longa (26 dias) da média móvel curta (12
dias). O resultado será um número que irá oscilar em torno de zero, vamos
analisar os possíveis resultados:

MACD maior que zero: Neste caso a média móvel de 12 dias é maior que a
média de 26, isso significa que as expectativas mais recentes são mais
favoráveis para alta que as anteriores.

MACD menor que zero: Neste cenário a média de 12 dias é menor que a de 26,
mostrando um panorama mais relacionado a uma situação de baixa.

O zero no MACD representa uma região na qual a oferta e demanda estão em


equilíbrio.

Um valor positivo MACD ocorre quando a média móvel de curto prazo está
acima da média móvel de longo prazo e é usado para sinalizar tendência
altista. Este valor também pode ser usado para sugerir aos investidores se
abster de tomar posições rápidas até que um sinal mais forte mostre qual
momento é mais apropriado.

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Por outro lado, valores negativos do MACD sugerem tendência de baixa mais
forte e que pode não ser o melhor momento para comprar.

Um cruzamento na linha zero é um método muito simples para identificar a


direção e os pontos críticos de uma tendência.

Vantagens

Os vários sinais gerados por esse indicador são facilmente interpretados e


podem ser rapidamente incorporados a qualquer estratégia de trade a curto
prazo. No nível mais básico, o indicador MACD é uma ferramenta muito útil
que garante aos investidores trabalharem com a tendência de curto prazo a
seu favor.

Desvantagens
A maior desvantagem da utilização deste indicador, é fazer um investidor ficar
comprando e vendendo por diversas vezes antes de identificar uma forte
mudança na tendência.

O atraso deste indicador pode gerar vários sinais para realizar uma transação
durante um movimento prolongado, e isso pode fazer com que o investidor
realize vários ganhos inexpressivos ou até mesmo pequenas perdas no
mercado.

38
4. Williams %R
É um indicador com função similar ao estocástico.

Foi desenvolvido pelo famoso trader Larry Williams para auxiliar na


informação de sobrecompra e sobrevenda.

Este indicador varia de -100 até 0.

Como utilizar este poderoso indicador?


Se o ativo está em sobrevenda podemos comprar esperando uma
valorização
.
Se o ativo está em sobrecompra podemos vender esperando uma queda.

39
Na imagem em tela podemos ver a região de sobrecompra antecedendo uma
queda de 7% do valor.

Nesta imagem podemos ver a região de sobrevindo antecedendo uma


valorização.

Obs.: A maior diferença deste indicador para o estocástico e o StocRSI é a


quantidade de sinais falsos. O Williams %R é um indicador de força que pega
menos variações, sendo assim seus sinais são mais precisos.

Não devemos usar isoladamente, mas aliado com outras técnicas de analise
para maximizar seu potencial.

40
Aula 5
Médias Moveis

41
5. O que são médias moveis?
Médias moveis são ferramentas “novas”, quando comparadas com a teria de
Elliot ou de Dow, elas dão excelentes sinais de entrada e saída, compondo os
setups de diversos operadores.

Os tipos de médias também são relevantes para a escolha de qual delas você
irá colocar em sua estratégia. Temos: “Média simples(SMA), exponencial(EMA),
ponderada etc”.

Nós da equipe “Rei do Scalp” utilizamos mais as duas primeiras, por isso
iremos tentar destrinchar as suas principais características.

Como aprendemos na matemática básica, uma média tem função de


expressar um valor médio. Se estendermos este conceito para a analise
técnica, e observamos que uma média móvel é algo dinâmico, e não estático,
podemos reparar no seu movimento junto com o gráfico.

O que define o movimento da média móvel e sua posição no gráfico é uma


media de valores num determinado destaque temporal.

42
Temos aqui, no gráfico do Bitcoin, três diferentes médias: De 12(verde), de
72(amarelo) e de 200(azul).

Podemos reparar que o movimento das médias acompanha o gráfico, sendo


esta a razão de chamá-las de “móveis”.

Essas três médias são de um mesmo tipo, são médias exponenciais.

Então, qual seria a diferença delas? Tendo em vista que se tratam da mesma
coisa.

A diferença é o período gráfico que requisitamos o cálculo, sendo no caso em


tela respectivamente: 12 períodos, 72 períodos e 200 períodos.

Podemos definir o período de calculo e o dado técnico que iremos calcular.


- Qualquer valor acima de 0 é aceito para o cálculo da média.

- Os dados que podemos analisar com a média móvel: “Média sobre o valor de
abertura do candle(Abertura); Média sobre o valor máximo atingido pelo
candle(máx); Média sobre o valor mínimo atingido pelo candle(mín); Média
sobre o valor de fechamento do candle(fch)”.

O parâmetro mais usado é o de fechamento do candle, em qual valor foi


fechado aquele período compreendido no candle.

43
Mas o que é o período gráfico?
É o número de candles daquele tempo gráfico que a média usara para aplicar
sua formula de cálculo.

Exemplificando com a média de 12 períodos, ela representará o cálculo com os


12 candles anteriores para definir o local dela no gráfico. Sendo assim, a cada
abertura de um novo candle, a média se formará abaixo ou acima dele,
representando o valor de cálculo médio.

Se os candles anteriores forem de baixa é provável que a média se encontre


num ponto mais baixo do gráfico, com a mesma lógica em caso de alta, a
média estaria num ponto mais alto do gráfico.

Se o dado gráfico que queremos analisar é o fechamento de um candle,


teremos na média a representação do ponto exato que corresponde ao
cálculo sobre o valor dos últimos 12 fechamentos, se tomarmos a média de 12
períodos como exemplo.

A relevância do seu uso no estudo técnico é para analisar o sentimento do


mercado.

Ex.: Se viemos de um período de baixa e a media móvel, que representava o


inicio deste movimento, é rompida, ou seja, tem seu valor superado pelo preço,
poderíamos estar diante de um ponto de reversão de tendência.

44
Como podemos ver no gráfico acima, a média de 15 períodos se manteve
abaixo do preço por bastante tempo, seguindo a tendência de alta, no
momento de seu rompimento tivemos uma leve reversão de tendência, esta
ocasionou uma retração de 2,45% do valor negociado.

6. Diferenças entre média simples


e exponencial:
A média simples faz jus ao seu nome, é uma média de preço no período
requisitado na configuração da media, em seguida dividindo pelo mesmo
período.

Ex.: Uma média simples de 5 períodos. São somados os valores dos últimos 5
candles e divididos por 5. Este valor de resultado será o valor da média.

Ex.: Valores dos últimos 5 períodos foram 10,11,12,13 e 14. Somam-se, dando o
resulto de 60, e se divide pelo número de períodos (5). Logo, a média estará no
valor “12”.

A média exponencial é um pouco mais complexa, seu cálculo valoriza os dados


mais recentes com uma formula de peso para últimos dados.

Quanto menor o tempo de períodos que você definiu na média exponencial


mais valorizado será o tempo recente desta média.

45
Temos em roxo a média exponencial de 15 períodos, em verde temos a média
simples de 15 períodos.

A média exponencial leva em conta valores mais recentes e atribui peso maior
para estes dados durante o cálculo.

7. Classificação de médias móveis:


Médias curtas: Até 20 períodos.

Médias intermediárias: Entre 20 à 70 períodos.

Médias Longas: Acima de 100 períodos.

Essa classificação é puramente doutrinaria e sua nomenclatura não reflete


relevância no dia-a-dia do analista.

46
8. Médias móveis como suporte
e resistência:
As médias móveis são instrumentos para filtrar as oscilações das tendências.

Neste teor, elas se comportam como suportes e resistências naturais de preço.

Um conjunto de médias muito usadas pelos analistas são as de 12 e 72


períodos, sendo suportes e resistências de preço.

É perceptível no gráfico a influencia das medias de 12 (vermelha) e de 72


(laranja), sendo por diversas vezes resistências e suportes para preço.

47
9. Rompimento de médias:
Iremos iniciar agora o estudo dos rompimentos das médias. Esta seria a
aplicação prática do estudo das médias móveis.

O rompimento servirá de base para várias de suas estratégias.

Aqui como exemplo trazemos o gráfico do BTC/USDT, o time frame é de 6h, ou


seja, cada candle representa 6h. A média ilustrada no gráfico é a média
exponencial (EMA) de 34 períodos.

De todos os sinais produzidos pelo rompimento desta média durante o


período mostrado na imagem, apenas 1 deu “errado”, os outros teriam dados
bons lucros.

48
E como se da esse rompimento de média?
Ele ocorre quando o candle fecha o valor acima ou abaixo da média, se fecha
acima dizemos que rompeu a média, se fecha para baixo dizendo que perdeu
a média.

Obs.: Para considerar rompimentos não se leva em consideração sombras,


apenas o fechamento do candle.

Obs.: Ao romper uma média, é possível um “pullback” no valor da média


novamente, antes de continuar o movimento. Um pullback é o retorno do
preço ao valor de rompimento, antes de seguir a tendência.

Descobrindo a melhor média para cada tempo gráfico:

Um erro comum dos entusiastas das médias moveis é tentar usar um mesmo
padrão de médias para todos os ativos.

Se a média de 34 funcionou para o Bitcoin no gráfico de 6h, é comum que


alguns analistas tentem usar essa mesma média em vários outros tempos
gráficos e ativos. Este equivoco pode ter alguns acertos e muitos erros.

Ao iniciar uma estratégia de rompimento de médias você deve encontrar a


média ideal para cada tempo gráfico, e ideal para o uso individualizado
naquele ativo apenas.

49
Utilizamos a mesma média de 34 períodos, no mesmo ativo, o Bitcoin,
trocando apenas o tempo para o 5min, gerando um resultado completamente
diferente. Muitos sinais ruins, que nos levariam a perder dinheiro.

Ao se trabalhar com médias móveis, devemos descobrir qual melhor média


para cada ativo, se adequando perfeitamente ao tempo gráfico escolhido.

Aqui temos um teste nos 5min, no segundo gráfico com a media de 34, no
terceiro com a média de 9 períodos.

Devemos testar os números até encontrar a melhor média possível para


aquele tempo gráfico. A média que ao ser rompida leve o preço a seguir a
tendência.

50
A sugestão que propomos aos nossos alunos é testar a sequência de
Fibonacci: “5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233...”. Realizar testes até encontrar a média
que melhor se adequa ao tempo gráfico, e por consequência, ao ativo.

Iremos aprofundar mais estes conceitos em nossa aula sobre estratégias.

Cruzamento de médias:
Outra forma de utilizar as médias moveis é o cruzamento de médias.

O operador elenca duas ou mais médias e trabalha com seus cruzamentos.

Há dois tipos:

- Golden Cross: A média curta cruza de forma ascendente a média longa

- Death Cross: A média curta cruza de forma descendente a média longa

O principio por trás do cruzamento é que o preço tem seguido uma tendência
no longo prazo e quando esta mesma tendência se confirma no curto prazo é
sinal de movimentação forte.

Os valores mais comum são os de 50 e 200. Quando a média de 50 cruza a de


200 é sinal de movimentação forte.

51
Essa imagem ilustra o cruzamento de médias no gráfico de 5 minutos do
Bitcoin. É nítido a valorização de 2,65% no preço.

O cruzamento de medias tem boa assertividade.

Assim como no rompimento, devemos adequar os melhores valores para


nossas médias de cruzamento, respeitando a individualidade dos ativos e dos
tempos gráficos.

Esta imagem ilustra um death cross com as medias de 50 e 200, mostrando a


desvalorização após sua ocorrência.

Ao colocar em sua estratégia, você deve adequar as medias, sempre


considerando o cruzamento da media de menor valor sobre a de maior valor.

52
Aula 6
Padrões de Candle

53
1. O que são Candle?
Primeiramente, os candles são ferramentas para analisar a variação de preço.

Nesta imagem você pode ver um candle de alta e seus componentes.

•Valor máximo: É o valor mais alto que o candle atingiu.

•Fechamento: é o valor que o candle estava no momento em que se


esgotou seu tempo.

•Abertura: É um valor do candle ao abrir.

•Valor mínimo: É o valor mais baixo que o candle atingiu.

A região entre o fechamento e o valor máximo se tornar uma sombra(ausente


de corpo).

A região entre a abertura e o valor mínimo também se torna uma sombra.

A região de abertura até o fechamento é chamada de “corpo” do candle.

Obs.: Se um candle tem seu fechamento abaixo da abertura ele adquire a


coloração vermelha, se tornando um candle de baixa. Caso tenha seu
fechamento acima do valor de abertura, se mantem a cor verde.

Além dos candles temos outras formas que podemos adicionar aos gráficos,
como as barras e linhas, porém, como o candle é a mais conhecida, iremos
aprofundar no seu estudo.

54
2. Padrões de Candle?
Os candles nos fornecem informações valiosas para definimos os próximos
movimentos do mercado, então é saudável que dominemos suas nuances e
complexidades, para maximizar nossos lucros.

Na vida e na análise técnica, quando algo acontece repetidamente por


diversas vezes, se cria um padrão, ou seja, uma probabilidade maior que
aconteça novamente. Devemos aprender a identificar isso para reproduzir em
nossos estudos, ou nos embasarmos no momento da tomada de decisão.

Existem diversos padrões de candle, iremos trabalhar alguns deles para


podermos aplicar em nosso dia-a-dia, assim como outros temas de nosso
curso, é possível ministrar um material todo apenas com candles.

A. Padrão Piercing
Natureza: Padrão de alta.

O padrão piercing surge em um movimento baixista, necessitando de dois


candles para sua formação:

1. O primeiro é um candle de queda, normalmente com um corpo de


tamanho grande em relação a suas sombras.

2. O segundo é um candle de alta cujo valor de abertura é inferior ao


fechamento do candle anterior. Apesar da abertura baixista, o candle
recupera valor e “perfura” o corpo do candle anterior.

55
Reforço do padrão piercing
Quanto maior o grau de avanço melhor. Um piercing no qual o candle de alta
passa de 80% do corpo do candle de queda é mais relevante do que outro em
que é de 50%. Se esse avanço for de 100% ou mais estaremos diante de um
engolfo de alta.

Se o segundo candle abre sob ou próximo de um suporte e o candle de alta faz


com que o suporte não seja perdido. Isso mostra que os vendedores não
tiveram força de vencer a pressão de compra daquela região e reforça a ideia
de reversão de tendência.

Como usar: Realizar a entrada após confirmação do candle, por o stop-loss na


mínima de preço do piercing, retirar os lucros através de trailing stop ou outra
estratégia.

B. Shooting Star(estrela cadente)


Natureza: Padrão de baixa.

Análise técnica trata de probabilidades. O analista desenvolve uma estratégia


com base na repetição de padrões, o padrão da “estrela cadente” indica queda,
e quando aparece num topo tem seu potencial de assertividade ampliado.

A Shooting Star é um padrão de candle de 1 só candle. A Shooting Star, ou


estrela cadente, recebe esse nome porque ela lembra a estrela no horizonte
com a cauda para cima. Ela é formada por um pequeno corpo localizado na
parte inferior do candle com uma grande sombra na parte superior.

56
Não existe regra definida para o tamanho da sombra, mas espera-se que seja
de pelo menos 2 vezes o tamanho do corpo. Como outros padrões do tipo
estrela, a cor do corpo não é um fator muito importante.

Ela pode ser usada em qualquer tempo gráfico e deve surgir após um
movimento de alta. Em intervalos de tempo muito baixos, como 5m, a sua
efetividade pode ser menor.

Esse candle representa através de sua sombra a grande rejeição no aumento


de preço daquela região.

O movimento de alta estabelecido começa a ser posto em dúvida com o


surgimento da Shooting Star, indicando através de sua sombra que o
mercado tentou, mas rejeitou novamente o nível de preço, confirmando a
última resistência alcançada. Esse, inclusive, é um ponto importante. O
máximo da Shooting estabelece uma nova resistência e quando o padrão
se forma perto de uma resistência já conhecida a técnica de candles oriental
está sendo confirmada por uma técnica da escola gráfica clássica, gerando
uma confluência de sinais que aumentam em muito as probabilidades de
uma reversão.

Se a Shooting possuir uma pequena sombra inferior, por ser bastante reduzida
em relação ao restante do candle ela não invalida o padrão.

Procure sempre observar se a formação surge junto com resistências, linhas


de tendência de baixa, limites de envelopes, bandas de bollinger e também
em conjunto com osciladores em estado de sobrecompra como IFR,
Estocástico, etc. Essas coincidências aumentam muito a confiabilidade.

57
Como usar: Realizar a entrada após confirmação do candle, por o stop-loss na
máxima da sombra, retirar os lucros através de trailing stop ou outra
estratégia.

Podemos observar que ao tocar na resistência a moeda Cardano teve uma


forte rejeição, isto formou um candle de estrela cadente, após a confirmação
deste candle o preço foi desvalorizado em 48,5%.

C. Hammer(Martelo)
Natureza: Padrão de alta.

O martelo é um dos padrões mais confiáveis de reversão, entretanto, para


usá-lo de maneira efetiva é preciso conhecer suas características.

58
- O martelo possui uma longa sombra inferior e o corpo situado na parte
superior do padrão. O tamanho da sombra deve ser pelo menos duas vezes
o tamanho do corpo.

- Para ser um martelo deve surgir após uma baixa. Se a figura aparecer
após uma alta ela provavelmente será um outro padrão chamado o
enforcado. Este padrão é idêntico ao martelo, mas indica reversão para
baixa e possui suas próprias particularidades.

O pequeno corpo do martelo pode ser de qualquer cor, ou seja, o candle pode
ser de alta ou de baixa.

Se houver sombra superior ela deve ser muito pequena, o ideal é que seja
inexistente.

Os martelos são excelentes indicativos de que a queda que acontecia está por
acabar. É importante lembrar que na teoria de candles um padrão de reversão
não quer dizer que começará uma nova tendência na direção contrária. Ao
invés disso, padrões como o martelo sinalizam que a tendência provavelmente
acabou, mas o lado para o qual o mercado irá seguir depende da figura
técnica total.

Sejamos práticos, nem sempre o mercado vai parar em um martelo (embora


seja um sinal muito bom). Muitas vezes a queda continuará, portanto, é
importante saber os fatores que aumentam a confiabilidade do martelo:

- Tamanho da sombra: Quanto maior o tamanho da sombra em relação ao


corpo melhor. Muitos analistas classificam como martelo clássico apenas
se a sombra for cerca de 2,5x o tamanho do corpo.

- É preferível, mas não uma exigência que o candle tenha um fechamento


positivo (corpo "verde"). Esse tipo de martelo também recebe a
denominação de linha de força (power line).

- Proximidade com uma região de pressão compradora: A formação do


padrão sobre uma zona na qual existe um suporte, ou um nível de
fibonacci, por exemplo, aumenta bastante a chance de acontecer a
reversão.

- Velocidade do movimento de queda: Se a queda foi muito rápida, o


mercado pode torna-se vulnerável ao acontecimento de uma correção
técnica para cima e o martelo pode ser um bom indício de que esse
processo está em andamento.

Como usar: Realizar a entrada após confirmação do candle, por o stop-loss na


mínima da sombra, retirar os lucros através de trailing stop ou outra estratégia.

59
D. Engolfo
Natureza: Padrão de alta/baixa.

Os padrões de engolfo de alta e de baixa são padrões de reversão de tendência


que possuem uma confiabilidade significativa. Estão entre os padrões de
candles mais "famosos.

60
Surge em uma tendência de baixa.

O primeiro candle do padrão é formado por um candle de baixa. No segundo


candle, surge uma alta cuja abertura está abaixo da abertura do dia anterior e
o fechamento acima do fechamento do dia anterior. O corpo do segundo
candle envolve (engolfa) o corpo do primeiro.

O engolfo de baixa:

O primeiro candle do padrão é formado por um candle de alta.

O segundo candle é um forte candle de baixa, o corpo do segundo engolfa o


do primeiro.

Como usar: Realizar a entrada após confirmação do candle, retirar os lucros


através de trailing stop ou outra estratégia. O stop-loss é diferente para os dois
tipos de engolfo, o de alta é prudente colocar o stop na mínima do candle, o
engolfo de baixa se coloca na máxima do candle.

61
Aula 7
Figuras gráficas

62
Através dos anos, os analistas têm realizados diversos estudos sobre os
gráficos e suas formações. Dessa forma, foram identificados e classificados
padrões que surgem repetidamente ao longo do tempo. A explicação para a
existência de padrões está relacionada ao fato de compradores e vendedores
agirem de acordo com suas crenças e impulsos, tomando decisões de acordo
com o momento. Acontece que no mercado as circunstâncias estão sempre
se repetindo, levando as forças de oferta e procura representadas pelos
investidores a repetirem suas decisões.

1. Ombro cabeça ombro (OCO):


O “ombro cabeça ombro” é um dos padrões mais conhecidos e assertivos do
mercado financeiro.

Ele recebe este nome devido a aparência de sua formação. Uma alta seguida
de queda, uma segunda alta mais forte seguida de queda, e por fim uma
terceira alta na proporção da primeira. Sendo assim, fica com a aparência de
uma cabeça entre dois ombros.

Algo pertinente de se destacar, é que os dois ombros não precisam ser


totalmente simétricos desde que não ultrapassem a cabeça.

Uma das características mais interessantes do padrão cabeça e ombros é o


alvo de preços que a formação sugere. Mede-se a altura da cabeça até a linha
de pescoço e projeta-se essa mesma altura a partir da linha de pescoço na
direção de rompimento.

63
Obs.: Podemos ter esse padrão num viés de alta, que seria esta mesma
formação abaixo para baixo, com três fundos: um menor, seguido de um
maior e outro menor. Aplica-se a mesma ideia. Este padrão que impulsiona o
preço é chamado de “ombro cabeça ombro invertido” (OCOI).

Outra característica desse padrão é a perda do volume durante a formação do


OCO.

2. Triângulo:
Os triângulos são padrões de continuação de tendência, embora não se possa
afirmar que sempre continuará o movimento.

A figura se inicia com uma movimentação forte, seguida de um afunilamento,


menor variação e perda de volume.

Para fazer o tracejo do triangulo em seu gráfico, é preciso um bom domínio de


suporte/resistência e linhas de tendência.

Existem três tipos básicos de triângulos: ascendentes, descendentes e


simétricos.

No começo de sua formação, o triângulo está em seu ponto mais largo. A


medida que o tempo passa, os preços passam a oscilar entre duas linhas: a
inferior de suporte e a superior de resistência.

64
Triângulo Ascendente:

O triângulo ascendente possui o lado superior horizontal e o inferior como


uma linha ascendente. O rompimento normalmente indica a continuação da
tendência. Uma das técnicas para utilizar o triângulo ascendente como
instrumento de operação, é aguardar pelo rompimento da linha horizontal
com alto volume. Nessa situação espera-se por uma alta de pelo menos a
altura do triangulo, embora isto não seja uma regra absoluta.

Triângulo Descendente:

65
O triângulo descendente é o inverso, tende a ser um sinal de queda. A linha
horizontal fica na parte inferior enquanto que uma linha de tendência
inclinada para baixo se forma. Como no caso ascendente, espera-se que os
preços percorram uma distância equivalente ao tamanho do lado mais largo
da formação.

Triângulo Simétrico:

No triângulo simétrico os preços máximos e mínimos das flutuações atingem


amplitudes cada vez menores. É uma formação típica de indecisão e a sua
tendência está mais relacionada com a continuação da tendência corrente do
que com reversão.

Obs.: Durante sua formação, geralmente há uma diminuição gradativa do


volume, havendo um aumento significativo apenas na região de rompimento.

3. Topo/Fundo Duplo:
Os todos e fundos duplos representam o fim de uma tendência, com duas
tentativas de se manter na tendência principal, geralmente o volume da
segunda tentativa sendo o menor.

Os topos duplos representam o fim da tendência de alta.

Os fundos duplos representam o fim da tendência de baixa.

Ambos têm as mesmas caracterizas e formas de projeção de preço após sua


confirmação.

O alvo é duas vezes a altura do topo/fundo, a partir de sua linha base.

66
Como utilizar os topos/fundos duplos:
Os topos duplos sinalizam venda, enquanto que os fundos indicam compras.
Fatores que aumentam a confiabilidade do padrão ainda é o fato de os
topos/fundos serem formados em zonas de resistências/suportes importantes.

Obs.: Todos os conceitos são válidos para topos e fundos triplos, a única
diferença é que existe um topo ou fundo a mais do que nos casos estudados.

67
4. Bandeiras, Flâmulas e Canais:
Assim como os triângulos, estas figuras representam continuação de
tendência. Estudamos em conjunto pois seu fundamento é o mesmo.

Estes padrões possuem um movimento inicial mais forte, seguido por uma
correção deste movimento, podendo se manter sem muitas variações até que
retorne ao movimento da direção original.

Elas surgem com mais frequência após quedas ou subidas bruscas, é um


período de recuperação do mercado para o próximo movimento, o volume
durante a formação tende a ser reduzido.

Obs.: embora sejam figuras de continuação de tendência, elas podem romper


para o lado oposto e gerar um movimento em oposição ao inicial.

A diferença fundamental entre uma bandeira e uma flâmula é o formato do


padrão corretivo da formação. A bandeira é semelhante a um retângulo
(podendo ter inclinação), enquanto que a flâmula é uma bandeira pontiaguda,
lembrando bastante um triângulo.

Como técnica de cálculo de alvo dos preços, utilizamos o tamanho do


movimento inicial até o início do padrão corretivo. Então, quando acontece o
rompimento, projetamos essa mesma distância a partir da linha base da
bandeira ou flâmula. Alguns analistas acreditam que a projeção pode ser feita
do ponto mais alto da bandeira ou flâmula, entretanto, teríamos um alvo
otimista nesse caso.

O Canal tem a mesma aparência de uma bandeira, a diferença é a


ausência de mastro.

68
Aqui temos um exemplo de bandeira e flâmula.

Uma flamula num gráfico.

Uma bandeira tendo um rompimento de forma oposta, realizando uma


beartrap.

Um canal vindo
de um grande
movimento.

Obs.: Para traçar


estas figuras é
necessário um
domínio de
linhas de
tendência.

69
Aula 8
Gerenciamento
e Estratégias

70
Após uma imersão nos conteúdos basilares da análise técnica, o analista deve
montar sua estratégia. Uma boa estratégia é o que gera rentabilidade
constante ao trader.

Em nosso curso estamos entregando algumas de nossas estratégias, mas este


não deve ser o objetivo do aprendizado. Com tudo que aprendemos até agora
é possível traçar grandes estratégias e fazer dinheiro no mercado financeiro.

1. Escolhendo o tipo de operação:


Existem por base 4 tipos de operações:
Scalps: Operações rápidas.

Day Trade: Operações de algumas horas até 1 dia.

Swing Trade: Operações de mais de 2 dias.

Hold: Segurar o ativo por meses esperando valorização.

Antes de montar sua estratégia você deve escolher qual tipo de operação você
quer fazer, escolha com base no seu perfil psicológico.

Para todas as operações o procedimento é o mesmo, o que muda é o tempo


gráfico.

Scalp: Tempo gráfico de 1min, 5min, 15min.

Day Trade: Tempo gráfico de 30min, 45min, 1h até 4h.

Swing Trade: Tempo gráfico de 4h, diário, semanal.

Hold: Tempo gráfico diário, semanal e mensal.

Obs.: Isto são guias, não regras absolutas, por exemplo, é possível fazer
estratégia de scalp com gráfico de 4h, só seria incomum, talvez até mais difícil.

71
2. Quais fundamentos utilizar:
Para se fazer uma estratégia é necessário escolher quais fundamentos você
quer trabalhar. Mesmo que você tenha aprendido bastante, não é viável
colocar tudo numa estratégia só, pode acabar se tornando confuso.

Temos:
- Indicadores de força.
- Figuras gráficas.
- Médias móveis.
- Suporte, Resistência e linhas de tendência.
- Padrões de candle.
- Teoria de Elliot.

Obs.: Nada impede que você tenha várias estratégias diferentes para ativos
distintos.

Os fundamentos mais usados são medias móveis, suporte e resistência. São


simples de desenvolver estratégias, principalmente para os novatos do ramo.

3. Escolhendo o ativo:
Em qual ativo iremos começar nosso trabalho?
Observe sempre volume de negociação para poder trabalhar num ativo com
bastante liquidez.

Das criptomoedas, o melhor é começar pelo top 10 das moedas com maior
volume.

As moedas top 10 na data de nossa publicação:

# Name Market Cap # Name Market Cap

1 Bitcoin $113.782.185.094 6 Litecoin $2.502.608.144

2 Ethereum $14.421.912.713 7 EOS $2.037.392.463

3 XRP $7.742.666.206 8 Binance Coin $1.891.224.093

4 Bitcoin Cash $3.937.479.624 9 Tezos $1.100.495.208

5 Bitcoin SV $2.880.405.076 10 Monero $835.180.675

Se você é entusiasta de outros mercados, pode utilizar o que aprendeu em


qualquer mercado de renda variável.

72
4. Vamos a prática:
Iremos exemplificar o processo de criação, através de bitcoin.

Moeda escolhida: BTC/USDT

Fundamentos escolhidos: Médias móveis, suporte e resistência.

Tipo de operação: Day Trade. (Longs e Shorts)

Longs são as operações para ganhar com a alta, shorts são as operações para
ganhar com a baixa.

Para quem utiliza outras plataformas de análise, pode ficar livre nesta escolha.
Nós do “Rei do Scalp” utilizando o tradingview, umas das maiores redes de
trades do mundo, com diversas ferramentas e indicadores.

http://www.tradingview.com/

Ao abrir o site, fazer nosso cadastro, e encontrar a opção do BTC/USDT, nos


deparamos com eu gráfico:

73
Este é o gráfico limpo, com acontecimento já passados no mercado.

A função do analista é justamente analisar o passado para desvendar o futuro.


Vamos iniciar no gráfico de 1h, com uma média alta, 34 períodos:

A média representada em branco é a média de 34 períodos. Como podemos


observar, ela não foi a melhor escolha, porque forneceu diversos sinais errados.

74
Trocamos para a média de 15 períodos, esta emitiu sinais de entrada melhores.
Contudo ainda não está bom o suficiente, ainda erra bastante, nesta hora
iremos utilizar outro fundamento para aumentar os acertos.

Colocamos uma linha de tendência de baixa identificando a tendência. Sendo


assim, iremos fazer operações de acordo com a tendência. Somente as
operações de Short (para lucrar com a queda).

75
Após unimos os dois fundamentos, poderíamos ter tido 3 operações de
sucesso, com lucros de 4,22%, 2,09% e 1,89%.

Contudo, um único período gráfico não valida a estratégia, precisamos


fazer um “backtest”.

O backtest é o processo de checar o quão eficaz é uma estratégia. O analista


deve checar se o seu setup teria funcionado em outros períodos de tempo.
Quanto mais tempo se voltar para um backtest, mais eficaz ele é, melhor a
confiabilidade da estratégia.

Deve repetir este procedimento no máximo possível de tempo.

76
O rompimento da tendência corroborando com sinal de alta, também estaria
englobado em nosso setup.

Esta estratégia poderia ter nos dado várias oportunidades de lucro em


diversos períodos, sendo assim, com mais testes poderíamos adotá-la para
nossas operações.

Obs.: Nos primeiros testes com o gráfico em movimento devemos aplicar


pouco capital.

Sabemos que essa estratégia estava dando lucro, agora devemos proteger
nosso capital.

5. Definindo Stop-Loss:
Toda estratégia que se prese tem que ter o stop-loss, pois não podemos
arriscar perder mais do que o planejado.

Mas como definir o Stop-Loss?


Vamos utilizar a estratégia que desenvolvemos até agora.

77
Podemos ver que usar o corpo do candle anterior ao rompimento poderia ter
sido um bom stop-loss. Pois quando ele perdeu essa região, o movimento
reverteu.

Ao definir o stop-loss e nossos alvos, devemos realizar a razão de risco/ganho.


Se nosso stop ficou definido em 0,5% de prejuízo, devemos buscar 0,5% de
lucro ou mais.

Razão mínima para operação (Risco/ganho): 1/1, razão ideal 1/2.


Nestas operações em tela a razão de risco/ganho teria funcionado bem no 1/1.

6. Gerenciamento de risco:
Com a nossa estratégia definida, agora iremos decidir o quanto de capital
vamos alocar.

Após fazer nosso backtest e definir nossa estratégia, temos o percentual de


acerto dela nos meses passados que testamos.

Há cursos inteiros voltados somente a gerenciamento de risco.


Iremos passar uma tabela que desenvolvemos:
Percentual de Acertos Capital Alocado
70% 2-8%
85% 10-20%
95% 20-30%

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7. Estratégias Recomendadas:
Setup 9.1 Larry Williams:

Consiste no uso de uma média móvel exponencial de 9 períodos, você deve


realizar a compra e a venda no rompimento da média.

Setup de sobrecompra e sobrevenda:


Utilizando o indicador de Williams %R, sempre que o valor chegar próximo do
suporte e estiver sobrevendido, se realiza a compra.

A mesma lógica se aplica na sobrecompra. Se tocar numa resistência e


estiver em sobrecompra, se realiza a venda.

Obs.: Estas estratégias são bases, podem ser usadas e adaptadas. O ideal é
cada trader desenvolver sua própria estratégia.

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Aula 9
Alavancagem

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1. Conceito:
A alavancagem é a forma dos trades profissionais conseguirem maximizar
seus lucros, sendo existente em todos os mercados financeiros. Desde as
bolsas de valores até Forex.

Através de um endividamento, utilizando seu capital como garantia, você


pode aumentar muito o número de sua ordem e lucrar muito mais.

2. Como funciona:
Vamos supor que você tem 100 dólares, e tem muita segurança de sua
operação, você pode aumentar o aporte de capital, pegando “emprestado”
com a corretora.

Numa alavancagem de 10x, você faria uma ordem não com 100 dólares, mas
com 1000 dólares, utilizando seus 100 dólares como garantia para corretora.
Sendo assim, se sua ordem estiver gerando um prejuízo de 100 dólares, que é
o que você realmente possui, a corretora encerra a operação e pega o dinheiro
para não ficar no prejuízo.

Corretoras que dispõem de alavancagem:


- Binance(até 125x)
- Bitmex(Até 100x)
- Bybit(Até 100x)

Taxas:

Bitmex -> 0,025% para ordem limit, 0,075% para ordens a mercado
Você também paga 0,01% de fundo a cada 8h.

Binance -> 0,02% para ordem limit, 0,04% para ordem a mercado
O fundo é cobrado a cada 8h, mas a cobrança depende da diferença entre
longs e shorts, pode consultar a cobrança do fundo no site da binance.

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Bitmex

Binance

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3. Por que operar alavancado?
Como você deve ter entendido, alavancar o seu capital faz com que você possa
investir da mesma forma que grandes investidores. E essa é a grande
vantagem dessa estratégia: possibilitar que pequenos investidores também
alcancem grandes resultados.

É claro que, por estar investindo um valor que você não possui, contraindo
uma dívida, essa estratégia também oferece maiores riscos. Você estará
aceitando um risco maior, em busca de um lucro também maior.

4. Qual estratégia usar:


Para operar com alavancagem você deve fazer a mesma estratégia que utiliza
no Spot Market, contudo, deve se atentar ao seu stop.

5. Importância do Stop:
Como você tem risco de ser liquidado deve SEMPRE USAR STOP para não
perder todo seu capital.

6. Liquid price:
Ao executar uma ordem lhe é mostrado um preço de liquidação, você deve
ficar atento a isso, esse preço ao ser batido encerra sua operação e a corretora
pega o dinheiro inicial para pagar o prejuízo que você causou.

7. Níveis de alavancagem:

Até 5x -> novato


10x -> intermediário
20x-> profissional

A alavancagem pode lhe ajudar a fazer


bastante dinheiro, contudo, pode levar
todo o dinheiro também, é sempre
importante ter trading planner!

Obs.: Alavancagens muito altas, como


100x ou 125x são imensamente arriscadas!

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8. Como criar uma ordem
alavancada na Binance?
Abra o site da Binance, ou o aplicativo.

Clique em mercado, e na sessão “futuros”.

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Escolha seu nível de alavancagem e qual ativo deseja operar.

Você pode usar alavancagem até 125x, contudo nós recomendamos no


máximo 5x para quem está iniciando.

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Escolha seu nível de alavancagem e qual ativo deseja operar.

Escolha se deseja realizar uma operação de long(ganhar com a alta) ou


short(ganhar com a queda).

Escolha o valor que deseja realizar a operação, neste caso, o valor de compra, a
quantidade em bitcoin que deseja comprar. Abaixo será mostrado o custo em
dólar, na imagem podemos ver que custaria 61,92 dólares, que equivale a 0,161

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Ao clicar para executar ele irá mostrar as informações para serem
confirmadas. Se você estiver de acordo, só clicar e executar a ordem para
começar sua operação.

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Ao confirmar já estaremos dentro do mercado.

Entry Price: Nosso valor de entrada

Mark Price: O valor atual do mercado.

Liq. Price: Preço de liquidação(onde a corretora encerra nossa operação, em


caso de perda)

PNL (ROE%): Nossa porcentagem de lucro e o valor em dólar do lado.

Para encerrar a operação só definir o valor do nosso alvo, escrevemos o valor e


apertamos em “limit” para confirmar. Porém, também podemos sair a
mercado, neste caso devemos apertar em Market.

Por fim, não podemos esquecer de por nosso Stop, caso a operação não saia
como planejamos.

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Podemos sair com o Stop no limit ou a mercado (Market), no primeiro a saída
custara menos taxas, mas há a possibilidade de passar direto por nossa ordem
e não pegar. A segunda opção é sair á mercado, “stop market”, onde assim que
o valor de mercado atingir nosso stop, sairemos automaticamente, esta opção
nos garante uma saída, mas custa mais caro em termos de taxas.

No Stop Market devemos definir nosso valor de saída.

Trigger Price: É o valor em que se o mercado chegar nós iremos vender


automaticamente.

Order Qty: A quantidade que nós iremos vender/comprar neste valor.

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Aula 10
Análise
Sentimentalista

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O mercado de criptomoedas é muito complexo e algumas vezes é
manipulado.

Como funciona o mercado de renda variável? Alguém perder dinheiro para


alguém ganhar dinheiro. Então, seria impossível que mais da metade do
mercado ganhe de forma “bruta”, e é isso que acontece.

Para tomar uma decisão de comprar e vender você deve avaliar o que os
grandes players estão pensando.

Há diversos sites que mostram qual a posição do mercado, o mais usado por
nós e alguns analistas parceiros é o Coinfarm.

https://coinfarm.online/

Nele você encontra a posição do mercado de várias corretoras em contratos


futuros.

Num olhar iniciante, você diria que o mercado está mais voltado para o long,
então eu irei comprar porque irá valorizar, mas o mercado não se comporta
como queremos.

Quem paga os rendimentos dos contratos futuros? As


corretoras.

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Se mais gente estiver ganhando do que perdendo, as corretoras perdem
dinheiro. Lembrem da máxima dos cassinos: “O cassino nunca perde”, ou seja,
mesmo que comparar o mercado financeiro de cripto com um cassino seja
algo um tanto exagerado, não podemos desprezar sua lógica, pois as
corretoras detêm muito capital e podem controlar o mercado algumas vezes.

Você deve avaliar isso antes de abrir suas posições a longo prazo, pois de fato
essa análise sentimentalista pode influenciar sua decisão, principalmente se
você deseja realizar um hold ou swing trade.

Outra plataforma muito boa para avaliar este tipo de sentimento do mercado
é o Corn.

https://corn.lol/

Esta plataforma mostra as grandes movimentações nas corretoras, você pode


ver para onde está indo a maior parte do dinheiro do mercado, para auxiliar na
sua tomada de decisão.

O site mostra o valor em que foi realizada a compra/venda e o montante.

Sempre busque mais conhecimento e saber como os grandes players estão


movimentando seu capital

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