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Joaquín Bochaca

as

TREZE RAZÕES

da

SEM-RAZÃO

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O texto do presente opúsculo foi extraído da obra de '(:,


Joaquín Bochaca, La Historia de los Vencidos - El Suicídio
de Occidente. \Sv <-
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V;.

Título: AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO (;

(tradução, capa e maquetas originais para a Ia edição portuguesa


de Nuno de Ataíde) (:-

Edições ULTIMO REDUTO


Colecção CADERNOS CULTURAIS

Agosto de 1994 (Ano CV E. H.) '

r
Purim 1945:

ESTALINE - Convido-os a brindar


pela execução de 50.000 oficiais
alemães.

CHURCHILL - Isso está em


contradição com os princípios da
Justiça britânica.

ROOSEVELT - Que lhes parece se


reduzirmos esse número para
49.500? Que te parece, Elliot?

ELLIOTROOSEVELT-Espero que
nã<> sejam só 50.000, mas que
alcancemos o número de 100.000...
ou mais.

(Das Actas da Conferência de Teerão).


AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

Ao analisar os discursos e declarações oficiais de diversas


personalidades responsáveis do campo Aliado, encontrámos
treze razoes que se esgrimiram insistentemente para justificar
a cruzada contra o Nacional-Socialismo e o Fascismo. Vamos
analisá-las brevemente.
<

/. - «Lutamos em defesa da independência polaca»


Wmsíon Churchill

Pode pensar-se o que se quiser sobre a estatura moral e


a inteligência dos membros dos Gabinetes inglês e francês que
declararam a guerra à Alemanha. Mas seria ultrajar o senso
comum de qualquer pessoa supor que não se dessem conta
que a posição geográfica da Polônia impossibilitava^ Inglá^
terra ou a França de defenderem adequadamente aquele país
E suficiente uma simples vista de olhos a um atlas para verificar
tal evidência. Não obstante, eles permitiram - ou, mais exacta-
mente, forçaram Chamberlain a outorgar uma garantia à Polônia
apesar de saberem perfeitamente (não podiam deixar de o sa
ber) que tal garantia era perfeitamente impraticável. É este o
ponto essencial. Eles sabiam!
Os factos viriam confirmar amplamente esse ponto: os
ingleses e os franceses não mexeram um dedo sequer para aju
dar os polacos. Hore Belisha, Ministro da Guerra britânico1
declarou que «Antes de, por algum milagre, possamos operar
para salvar a Polônia, o paciente estará morto».
A morte do paciente foi precipitada pela invasão sovié
tica. Qual foi a reacção anglo-francesa perante este ataque pelas
costas? A Inglaterra e a França honraram a sua famosa garantia

1 Não exactamente britânico, mas judeu de nacionalidade inglesa (v Cruz


Gamada e Estrela Judaica, desta mesma colecção) (N.T.).
' JOAQUÍN BOCHACA

à Polônia e declararam a guerra à URSS? Já sabemos que não.


Quando os vermelhos de Chornyakonski e Zhukov
chegaram à Polônia, o Embaixador soviético no México,
Umansky, declarou tranqüilamente: «A URSS considera como
seu o território polaco ocupado em Setembro de 1939»2.
* Ninguém em Londres disse o que quer que fosse. Tam
bém Churchill, Vansittart, Halifax e companhia pronunciaram
a mais pequena palavra quando, em 1943, os alemães anun
ciaram a descoberta de uma gigantesca fossa em Katyn, perto
de Smolensko, que encerrava os corpos de milhares de oficiais
polacos assassinados pelos russos3. A Cruz Vermelha4
Internacional confirmou o sucedido. O governo polaco, exi
lado em Londres, quis investigar este assassinato colectivo,
mas Estaline negou-se a permitir a actividade de qualquer
comissão investigadora no «seu» território e, além disso, cortou
imediatamente relações diplomáticas.
Mas os ingleses, tão preocupados em 1939 por causa de
Dantzig e pelo que dizia respeito à Polônia em geral, recebiam
a notícia da matança de 15.000 oficiais polacos com uma fleuma

2 The Tintes, Londres, 12.11.1944.


3 Depois do advento da Perestroika, o então primeiro-ministro Gorbatchev
declarou publicamente, com base em documentos pertencentes aos arquivos da
KGB, que o massacre de Katyn fora perpetrado pelas tropas soviéticas que tinham
invadido a Polônia. O judeu Laventri Beria, então comissário político, foi o que
ordenou, pessoalmente, a macabra tarefa, que se saldou no assassinato de 15.000
oficiais (há autores que apontam o número de 17.000) abatidos, depois de
amarrados, com um tiro na nuca. Esse judeu odioso foi o que veio, mais tarde, a
dirigir a polícia secreta soviética, onde o seu poder era imenso. Convém recordar,
por outro lado, que a KGB (denominada antes GPU e, depois, NKWD) tinha
poderes superiores ao do próprio Politburo, podendo afirmar-se que era a entidade
mais poderosa de todo o apparat comunista. (N.T.)
4 As autoridades alemãs convidaram várias legações internacionais da
Cruz Vermelha a examinarem as provas, tendo-lhes facilitado todos os meios
para tal. As conclusões, já então, não deixaram dúvidas quanto ao verdadeiro
responsável. Mas este crime colectivo — como tantos outros — foi malevolamente
atribuído aos alemães e, com base em tal acusação, foram condenados à morte,
em Nuremberga, dirigentes nacional-socialistas. (N.T.)
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÂO*

impressionante. O judeu Kerensky, que muito dificilmente


poderíamos qualificar como «nazi», viria a declarar que o ge
neral Sikorski, chefe do governo polaco em Londres já era
conhecedor da verdade sobre tal ocorrência, ou seja, da
liquidação dos oficiais polacos pelos soviéticos, pelo menos 2
anos antes que tivesse sido descoberta pelos alemães, mas que
por imposição britânica, fora obrigado a guardar segredo5.
Também por força da pressão britânica, os polacos de
Londres tiveram que suspender a publicação do seu semanário
PolishNews, devido a certos comentários feitos por esse jornal
a propósito da atitude anti-polaca è pró-soviética das comu
nidades judaicas do leste do país. Quando o anti-semitismo
começou a provocar centenas de deserções entre os polacos
que, desde Narvik a Alexandria, lutavam pela Inglaterra, o
governo britânico comunicou oficialmente a Sikorski que
«...seria muito bem vista pôr este governo (o inglês) uma
tomada de medidas que suprimisse todas as manifestações de
anti-semitismo entre as tropas polacas estacionadas neste
país».

Em 9 de Setembro de 1944 Churchill disse na Câmara


dos Comuns: «E necessário produzir mudanças nafronteira
da Rússia com a Polônia... Os russos sofreram tanto com a
ocupação alemã, que têm direito a exigir fronteiras seguras
nos seus limites ocidentais».
Destas insólitas declarações churchillianas tem que
depreender-se o seguinte:
a) Os polacos não sofreram com a ocupação alemã;
b) A Polônia é uma ameaça potencial para a URSS e,
por isso mesmo, esta tem direito de exigir fronteiras
«seguras»;

5 The New Leader, USA, 14.10.1943.


JOAQUÍNBOCHACA

c) Só poderá obter-se tal segurança se se entregar à débil 9€


União Soviética uma parte do território da poderosa 0.
Polônia... .1

Os bolchevistas formaram um governo «polaco» com ;


Rbkossiwsky, marechal do Exército Vermelho, que ocupou o ' ^
lugar de Ministro da Guerra. A Inglaterra e a França deram o ' ■
seu consentimento, ao mesmo tempo que mandavam calar os 1
polacos de Londres. Meia Polônia foi oferecida à URSS, 1
enquanto à outra metade foram anexados6 territórios tão
indiscutivelmente germânicos como a Baixa Silésia, Breslau
(agora chamada Wroclaw) e Stettin. A nova Polônia
bolchevizada foi, assim, deslocada 300 quilômetros para oeste. ' '
Um par de guerras mais e chegará aos Pirineus!...
Cremos ter provado que não foi a Polônia a razão pela 1 ,-
qual a Inglaterra e a França, com a benção de Roosevelt7, ,
declararam a guerra à Alemanha em 1939. De resto, o
testemunho unânime da História demonstra que nunca um
Estado foi para a guerra para defender os interesses de outro. í*
E, muito menos, a Inglaterra!...

//. - «Lutamos para defender o direito dos países


pequenos a viverem as suas próprias vidas»
Winsion Churchill

A conduta dos vencedores no decurso da guerra


demonstra, ao contrário do que pretendia Churchill, que

6 Depois da capitulação alemã, evidentemente (N.T.)


7 Roosevelt não tinha grande fé na «nação polaca». Declarou no Congresso
em Outubro de 1944 que «...apesar de tudo, a maior parte dos habitantes da
Polônia não eram polacos...»

8
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

nenhuma nação do mundo, pequena ou grande, tem qualquer


direito a viver a sua «própria vida» se tal direito
a) prejudica os interesses vitais da Inglaterra ou aquilo
que Churchill e a sua clique consideravam como tal, ou
b) excita a cobiça do Imperialismo Soviético ou o
< Imperialismo do Dólar.

Com efeito, nem a Noruega nem a Dinamarca - cujos


espaços aéreos foram violados centenas de vezes pelos pilotos
ingleses e cuja projectada invasão não foi levada a cabo por
que os alemães, sabedores das intenções Aliadas, anteciparam-
-se e impediram-na - tiveram qualquer direito a «viver as suas
próprias vidas». Também não se reconheceu esse direito ao
povo islandês, vítima de uma agressão anglo-americana bru
tal. O mesmo se pode dizer do Irão, país que foi invadido por
ingleses e soviéticos8.
Os territórios franceses da África Ocidental, além de
Madagascar, Síria, Líbia, Argélia e Tunísia foram também
invadidas pelos anglo-saxões, apesar do governo de Vichy ter
sido reconhecido oficialmente pelos Estados Unidos e pela
União Soviética. Tal reconhecimento também não impediu os
norte-americanos de ocuparem os territórios da Polinésia
francesa, as. Antilhas e a Guiana, além das ilhas de Saint Pierre
e Miquelon. Foram também os norte-americanos que ocuparam
a Groenlândia, que pertencia à Dinamarca.
Ao mesmo tempo, os «nobres aliados soviéticos»
apoderaram-se, antes do ataque alemão, de meia Polônia, dos
três países bálticos e de extensas regiões da Finlândia e da

8 E também de Portugal, com as bases aéreas das Lages, nos Açores O


f* |ov^no americano de Roosevelt ameaçou ocupar as bases pela força se o
Presidente Oliveira Salazar mantivesse a sua recusa em cedê-las para operações
de guerra (v. Franco Nogueira, Salazar) (N T) operações
JOAQUÍN BOCHACA (

Romênia.
Torna-se realmente difícil acreditar que os Aliados fo- -
ram para a guerra para defender o direito de todos esses .
pequenos países de «viver as suas próprias vidas». Os ingleses , ,
e franceses pensaram no direito da Bélgica e da Suécia em
viver as «próprias vidas» quando, em 1940 e 1941, planearam
invadi-las, plano que só não levaram a cabo por causa da já
mencionada antecipação alemã na Noruega, depois repetida
na Bélgica?
Pensaram no direito dos pequenos países neutrais a «viver
as suas próprias vidas» quando impuseram à Suécia, a Por
tugal, à Irlanda, à Argentina, à Espanha, etc, restrições eco
nômicas e financeiras que só representaram uma intrusão '
evidente nos assuntos internos de cada um desses países?... I
Pensaram no direito da Suécia de viver a sua própria vida |
quando, de Londres e Nova Iorque, «aconselhavam» Esto- ■
colmo a suspender a venda de rolamentos de esferas à
Alemanha?... ou no conseqüente direito da Espanha quando '
planearam a ocupação das Canárias ou o desembarque em
Rosas (Gerona), ou quando o Almirantado britânico se com
portava como uma confraria de piratas nos seus odiosos
«navycerts»?...
O próprio Churchill declarou com graciosa desenvoltura
que «...os direitos das nações pequenas não devem atar-nos
as mãos». Duff Cooper declarou que «...não devemos preo
cupar-nos em perguntar àspequenas nações que pensamfazer.
Ou se põem do nosso lado, ou obrigaremos a que se ponham.
Já deviam ter sido tomadas medidas destas relativamente à
Holanda e à Bélgica»9
Os «pequenos países», Eslováquia e Croácia, a quem o

9 The Daify Mail, Londres, 12.4.1940.

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AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

III Reich tinha devolvido a independência, foram outra vez


englobados pela força dentro dos amorfos conglomerados
estatais chamados Checoslováquia e Iugoslávia, sem ter na
mais pequena conta os seus desejos de liberdade nacional.

' ///. - «Lutamos pela paz».


LordHalifax

Não se sabe se, na altura em que o nobre Lord pronun


ciou esta frase estupenda diante da Câmara dos Comuns os
seus honoráveis colegas a encararam como anedota ou se a
levaram à conta de lapsus liguae. O que é evidente, em todo o
caso, é que a frase fez fortuna: não faltaram estadistas Aliados
a repeti-la por todo o lado.
Para um simples mortal não iniciado nas subtilezas da
dialéctica democrático-marxista, parece evidente que a única
maneira de alguém se opor à guerra é abster-se de a fazer. Se,
de facto, os Aliados lutavam pela paz, por que razão decla
raram a guerra?!

A disparatada contradição desta original frase de Lord


Halifax dispensa mais argumentos...

IV. - «Lutamos pelo cumprimento da palavra


empenhada e contra a violação dos tratados inter
nacionais»
Sir Anthony Éden

Mesmo supondo que a Alemanha - e só a Alemanha -


violou o «Tratado» de Versalhes, tal violação não foi, de ma
neira nenhuma, o motivo da guerra. Dá-se por assente que a
Alemanha é o único país do mundo cujos governantes violam
os tratados interncionais. Não se têm em conta as alterações
das circunstâncias políticas que impossibilitam, por vezes, actuar

li
JOAQUÍNBOCHACA

em conformidade com o tratado quando as condições sob as 1


quais esse acordo tinha sido concluído mudaram comple- *
tamente. Por outro lado, não podemos esquecer que uma coisa
é um tratado e outra, muito diferente, é o assentimento obtido
através de chantagem de fome. '
t Além disso, a Inglaterra ou a França nunca foram I <?
designadas ou eleitas por um hipotético parlamento mundial
como «polícias do Universo». Também não há conhecimento
de que o Altíssimo as tenha nomeado como «Anjos Exter-
minadores dos Violadores de Pactos». Precisamente, a
Inglaterra detém um recorde impressionante de violações de
pactos . Além disso, o facto de se ter aliado com a União
Soviética, expulsa da tão democrática Sociedade das Nações
em 1939 por causa do seu traiçoeiro e injustificado ataque à
Finlândia, demonstra que o governo inglês não declarou a
guerra à Alemanha num sobressalto de puritana indignação pelo
pouco respeito que Hitler tinha pelo «Tratado» de Versalhes.
A URSS é o maior violador de pactos quejá alguma vez existiu
Ninguém o poderia negar.

<e»i.nriJ nSf~tlVame"te a P°rtugal> o comportamento da Inglaterra pautou-se


segundo padrões muito própr.os e sistematicamente indignos- sempre que
necessitou do «unho de Portugal, não deixou de invocar, suspirosa T^erna a
exelínlo flantT; ™ S°ntrapartida> 1uando Portugal esP<™va o seu apoio (por
2l' **?*" dos seus aeroP°rt<* ^dianos na altura da invasão das ant gas
S^STE? da,Tia)> reg°U arr°8anterante qualquer ajuda. Por outro lado na I
Guerra Mundial, ace.tou sem titubear os contingentes de soldados portugueses
para proteger o seu exército em Lallys; mas quando o «heróico» exército brittnfco
acossado pela artilham alemã, tratou de salvar a pele largando armas e bagagens'
sZ^^a ?It°U Cm aband0"ar °S combate"*s portugueses a uma derrota quê
sabia certa. Ass,m se consumou o chamado «9 de Abril», dia em que os portugueses
foram sacrificados para que os gentlemen pudessem manter o ãxxfíveo'clock tea
e os lucros das «suas» caves de Vinho do Porto... Convém que recordemos também
a humilhação que representou o Ultimatum... exemplo notável da pro™ Mal
cobardm inglesa que Ramalho Ortigão tão bem retratou. Conviria também que
não esquecêssemos todas as suas outras patifarias, para que se pudesse teVurna
visão mais desaparxonada desse falso aliado britânico (MT)

12
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

Quanto ao «cumprimento da palavra empenhada» não


nos parece que os ingleses, franceses e americanos tenham
categoria moral para dar lições seja a quem for. Em 1917 e
posteriormente, em 1941, fizeram-se certas promessas aos
árabes relativas à Palestina. Nenhuma dessas promessas foi
cumprida . Chamberlain e Daladier empenharam a sua palavra
em Munique no sentido de resolver todos os seus diferendos
com Hitler em conferências internacionais de «alto nível»
(segundo a moderna expressão); meses depois, renegaram
clamorosamente a palavra empenhada com a sua espectacular
- e inviável - garantia à Polônia. Prometeram a esta que
uma vez esmagado o monstro nazi, as suas fronteiras seriam
restabelecidas - em 1943 já os «Três Grandes» se tinham posto
de acordo em entregar meia Polônia à URSS. Em 1942
Churchill prometeu à Espanha a devolução de Gibraltar se esta
conservasse a sua neutralidade (que tantos benefícios trazia
aos Aliados...) - 30 anos depois12 os ingleses continuam em
Cribraltar (depois de terem concedido a independência a 300
milhões de adoradores de vacas sagradas).
Os Aliados não foram para a guerra num rapto de santa
indignação contra a Alemanha para defenderem a palavra em
penhada ou a santidade dos tratados internacionais. Se assim
fosse, nunca se teriam aliado aos soviéticos nem violado o seu
próprio acordo com a Polônia entregando-a inerme ao
bolchevismo.
Charles Liddell Hart, escritor e historiador britânico muito
conhecido, resume toda essa questão desta maneira: «Fui
durante muito tempo, observador próximo da História

: J. M. Perez-Albiac, As Origens do Estado de Israel, desta

13
JOAQUÍN BOCHACA

contemporânea e, realmente, não mantenho muitas ilusões 1


acerca das bases morais dapolítica externa britânica. Quando I
ouço dizer que, muitoprontamente, reagimosperante a ameaça \
que o Nazismo representava para a Civilização e para a
intangibilidade dos tratados internacionais, nãoposso deixar
deKsorrir tristemente». '
I
V. - «Lutamos pela defesa dos princípios cristãos» |
Franklin Delano Roosevelt |

Examinemos, muito seriamente, esta insólita declaração |


feita pelo piedoso Presidente norte-americano na Câmara de r
Representantes do seu país. }
Dois dos quatro «grandes», a China e a União Soviética, j
não são países cristãos. A União Soviética é um país ateu e, j
praticamente, anti-ateu. A China é budista, confucionista, onde
as missões cristãs representam bastante menos de 1% da
população total. O professor Chau, Ministro da Informação de
Chiang-Kai-Shek, declarou (em 1944) que «...oschineses não
acreditam nos cristãos ocidentaisporqueforampara o Oriente
com a Bíblia numa mão e a espingarda na outra».
Os judeus do mundo inteiro tomaram parte, activa ou
passivamente, na contenda. É bem sabido que a percentagem
de indivíduos de raça judaica praticantes de religiões cristãs é
extremamente reduzida. A sorte de milhões de maometanos
dependia do final da guerra, e muitos centos de milhares deles
lutaram do lado Aliado. O mesmo pode dizer-se de 300 milhões
de indianos. Para estes países e raças os «princípios cristãos»
não valiam um caracol.
Quanto aós pastores espirituais dessa pretensa Cruzada
em defesa dos princípios cristãos...
Franklin Delano Roosevelt, Presidente dos Estados
Unidos da América, era francomaçon, filiado na Hollande

14
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

Lodge, número 8, Nova Iorque, desde 28 de Novembro de


1911. Em 1929 foi iniciado no grau 32 e no ano seguinte com
grande pompa, no 33 e último13. Fazia parte, além disso de
■■ numerosas ordens paramaçónicas: era membro do Cyprus
[ Shrme Temple, «Grande Cedro» da ordem Cedros do Líbano
,í de Warwich (Nova Iorque) e presidente honorário de Almas
òhrme Temple de Washington 14.
Winston Churchill, simbólico «Wellington» Primeiro-
ministro da Grã-Bretanha, era filiado na loja-mãe da Maçonaria
inglesa desde os 18 anos de idade.
Estaline foi, até aos 24 anos, um delinqüente de direito
comum, condenado por assalto à mão armada. Ateu organizou
perseguições anti-cristãs na Rússia e na Ucrânia, que superaram
em refinamento e crueldade tudo o que se tinha visto até à
data.

O «quarto grande», o Generalíssimo Chiang-Kai-Shek


Presidente da República da China, igualmente filiado nâ
Maçonaria, foi iniciado na loja Shanghai de S. Framcisco
Califórnia, antes da guerra. '
Em defesa dos princípios cristãos este naipe de «irmãos»
e assaltantes? Onde?! Em Katyn?... Em Dresden?.. Em
Hiroshima, Nagazaki, Hamburgo e Berlim? Nos campos de
escravos da Sibéria? Na exigência, sem nenhum precedente na
História, de uma rendição incondicional?...

Rnnc 13R°osevelt Pertença à velha família do hebreu Claes Martenszen van


Roosenvelt Os seus antepassados, segundo o que o jornalista judeu Abranlm
£l™ har°U ^DetroitJemsh Chronich, tinham vivido na Espanha n"
coleiçãí) ííía)maVam"Se R°SaCamP° <v- C™ Gamada e Estrela Judaica, des£
14 Georges Ollivier, Franklin Roosevelt, VHomme de Yalta, pág. 11.

15
JOAQUÍNBOCHACA

VI. - «Lutamos pela Democracia»


Winston Churchill

Esta «razão de guerra» não foi esgrimida apenas pelo


Premier britânico no seu célebre discurso de «quantidade de
sangue, suor e lágrimas»15, mas repetida sucessivamente por
todos os grandes bonzos demo-liberais desde Roosevelt até
Spaak e desde Halifax até De Gaulle.
Não é este o espaço mais adequado para que nos
detenhamos numa critica da tão cacarejada Democracia, sistema
de governo que consiste em contar cabeças, independentemente
do conteúdo de cada uma delas. Limitemo-nos a recordar a
deliberadamente esquecida verdade histórica de que o Nacional-
Socialismo chegou ao poder na Alemanh através de meios
absolutamente democráticos, graças a uma vitória eleitoral
indiscutível. Enquanto que as democracias inglesa e francesa
tiveram a sua origem e legitimação nos regicídios de Carlos II
e Luis XVI.
Os Aliados lutaram pela Democracia? A Rússia Soviética
é uma democracia? A China, seja a o irmão Chiang-Kai-Shek,
seja a o camarada Mao-Tse-Tung, é uma democracia?...
As potências ocidentais — que pretendem ter lutado pela
Democracia — não se comoveram, nem pouco nem muito,
quando o rei Karoli da Romênia destituiu o Primeiro-ministro
Octavian Goga, democraticamente eleito pelos votos populares.
Claro, Goga era germanófilo e anti-comunista. O «mundo

15 A frase «Sangue, suor e lágrimas», atribuída a Churchill, é, na verdade,


da autoria do Dr. Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda do m Reich, e foi
pronunciada em mais que um discurso público a propósito da guerra total, dos
bombardeamentos terroristas e dos massacres de populações civis desencadeados
pelos Aliados pelo menos em 14 das principais cidades alemãs. A propaganda
aliadófila e judaica, no entanto, não parece disposta a abdicar desse abuso... (N.T.)

16
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

democrático» celebrou como um êxito a sublevação de


Belgrado, em Março, instigada por uma camarilha impopular
e ditatorial, mas apoiada pela influência de Moscovo e pelo
dinheiro de Londres e Nova Iorque.
Salazar, ditador (!) de Portugal, foi constantemente
solicitado pela Inglaterra e pelos Estados Unidos para que
cedesse as suas bases aéreas dos Açores no decurso da guerra.
Hailé Selassié, ditador da Etiópia, foi o grande amigo
dos ingleses contra os italianos. Mustapha Pacha Kemal
Ataturk, ditador da Turquia, recebeu em 1938 um empréstimo
de 16 milhões de libras esterlinas, sem quaisquer juros para
que se subtraísse à influência alemã, e um sem fim de marajás
indianos e reizinhos de tribos negras foram subornados por
Londres para que se dispusessem a fornecer carne para canhão
aos multicolores exércitos «britânicos».
Nenhum desses ditadores molestava as democracias
Quem molestava eraHitler, o ditador que, apoiado pela grande
maioria do povo alemão16, queria suprimir a influência de um

T A ,u t lS°TÍ$tVs?.do NSDAP (Partido Nacional-Socialista dos


Trabalhadores Alemães), foi celebrado em Munique em 29 de Janeiro de 1923
Nas eleições de Ma,o de 1928 os nacional-sociaiistas conseguiram 12 assentos
no Re.chstag. A partir de então, multiplicaram-se os meetingleaT cn£
Sf22£
UnHn 6630?000
30ÔoooelrÍÇÕeS
Sf22,£ 6 30Ôooor
h p -6.30,?-000 alemae*
l SegrteS' °Sd<<CamÍsaS
gr'
f h votado
fnham em Hitler, th^ôê
^tanhas^ônseguêm
cujo Partido é já o
segundo do Reich. Em cinco dos Estados federais, incluindo a Prússia os nacional-
-soc.ai.stas obtiveram a maioria parlamentar. Em 31 de Julho de 1932 o NSDAP
2SLS n^^^^ ^™^^8^ convertend°-« "o Partido mais poderoso^
do Re,Pch M, H:,^ nbUrg °fereCe fereCe enta° a ma
m ° car8° ded Vice-Chanceler
ViCh
narfamt,
ft ¥ , ^T'^T T * aIegaÇã° de ^ea «-^gundo
parlamentares, tao elogiados pelos seus adversários,
dái
os métodos
um Partido político que
obtém a maioria corresponde a Chancelaria e não uma vice-presidência»
Hmdenburg oíerece então a Hitler uma participação activa no governo do Reich'
propondo-lhe o lugar de Chanceler sob certas condições políticas, proposta que
V
naí^frtreCUSada- P°r/lm' emJ° de Janeiro de 1933' HW". ^ «^maioria
parlamentar, e nomeado por Hmdenburg Chanceler do Reich, ainda que
subordmado a sua pres.denc.a. Nas eleições de 7 de Março de 1936, o NSDAP
tS^£tXSTaoam da imprensa estrangcira deram k da "ureza
17
JOAQUÍN BOCHACA

corpo parasita nos assuntos da sua Pátria e que tinha identificado L


com a Força que dirige, ao mesmo tempo, o Komintern... e o j
Kapintern. \
Tal «crime» não podia ser tolerado pelos democráticos i
presidentes Roosevelt, Churchill e Daladier, os introdutores
nos seus países da prática - tão ditatorial - dos decretos- '
lei!... I

VIL - «Lutamos pela substituição daforça bruta pela


lei, como árbitro entre as nações»
LordHalifax

...Apesar do que, os Aliados vencedores, criaram em 1945


a Organização das Nações Unidas na qual, ainda que todos os
vencedores — e também os vencidos convenientemente
reeducados e com excepção, claro está, do réprobo alemão —
tivessem voz e voto, os chamados «Quatro Grandes» reser
vavam-se o aristocrático direito de veto, cujo peso é superior
a todos os votos juntos.
Os causídicos democráticos arguiram que, ao fim e ao
cabo, é justo que um país grande, de 200 milhões de habitantes,
como os mastodônticos Estados Unidos e URSS, tenham mais
força legal que o Luxemburgo. Argumento impecável... se não
houvesse aqui um «pequeno detalhe» de que o voto do
Luxemburgo, com 600.000 habitantes, vale na ONU tanto como
o da índia, com 300 milhões. Claro que a índia não tem um
exército gigante, enquanto que os outros «Grandes» têm.
Substituição da força bruta pela lei?... Não! O que a
Conferência de S. Francisco fez e que a ONU faz em cada dia
que passa é dar força legal à Força Bruta, que, agora, se
manifesta mais que nunca. De facto, desde que terminou a II
Guerra Mundial, «íhe war to endwars» — a guerra para acabar
18
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

com as guerras - como disse aquele grande humorista


Koosevelt, ja anotámos os seguintes conflitos bélicos:

China, 1945-1949
Nacionalistas contra vermelhos
Indonésia, 1945-1947 Holanda contra os rebeldes
Grécia, 1946-1949
Governo contra os comunistas
do ELAS
Cachemira, 1947-1950 índia contra o Paquistão
Israel, 1948-1949
Israel contra árabes e ingleses
Filipinas, 1948-1952 Governo contra os Huks
comunistas
Malaia, 1945-1954 Inglaterra contra rebeldes
vermelhos
Indochina, 1945-1954 França contra o Vietmin
Coréia, 1950-1953 Coréia do Sul e USA contra a
Coréia do Norte e China
Formosa, desde 1950 China vermelha contra USA e
chineses nacionalistas
Quênia, 1952-1953 Inglaterra contra os Mau-Mau
Marrocos, 1951-1956 França contra os árabes
Península do Sinai, 1956 Israel contra o Egipto
Canal do Suez, 1956 Inglaterra e França contra o
Egipto
Sicília, 1956
Governo contra separatistas
Tunísia, 1952-1955 França contra árabes
Hungria, 1956
URSS contra a Hungria
Quemoy-Matsu, 1954-1958 Chineses comunistas contra
chineses nacionalistas
Líbano, 1958
Governo e USA contra rebeldes
Tibete, 1950-1959 Tibetaríos contra chineses
vermelhos
Chipre, 1955-1959 Inglaterra ontra rebeldes EOKA
Argélia, 1954-1963 França contra árabes

19
JOAQUÍN BOCHACA

Cuba, 1958-1959 Governo contra rebeldes e Fidel 1


Castro T
Laos, 1959-1977 Governo contra Pthet Lao |
Kuwait, desde 1961 Inglaterra contra o Iraque ,
Goa, 1961 índia contra Portugal
Yemen, desde 1962 Monárquicos contra '
republicanos ajudados l
pelo Egipto |
Congo, 1960-1962 Governo e ONU contra |
rebeldes e separatistas I
Vietname do Sul, 1959-1976 Vietname e USA contra '
Vietcong e China '
Himalaia, 1959-1962 índia contra a China I
comunista j
Angola, 1960-1974 Portugal contra rebeldes |
comunistas i
Nova Guiné Ocidental, 1962 Holanda contra a
Indonésia
Colômbia, desde 1960 Governo contra rebeldes
comunistas
Cuba, 1962 USA contra Cuba
Venezuela, 1963 Governo contra rebeldes
comunistas
Malásia, desde 1963 Inglaterra e Malásia contra
a Indonésia
Congo, desde 1964 Governo contra rebeldes
Simba
Tailândia, desde 1964 Governo contra rebeldes
comunistas
República Dominicana, 1965 Governo e USA contra
rebeldes
Peru, 1965 Governo contra rebeldes
Cachemira, 1965 índia contra o Paquistão
20
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

Paquistão, 1971
índia contra o Paquistão
Palestina, desde 1968
Estados árabes contra
judeus
Guiné portuguesa, 1964-1974 Portugal contra
rebeldes comunistas
Moçambique, 1966-1974 Portugal contra
rebeldes comunistas
Biafra, 1970-1975 Governo contra
rebeldes apoiados
pela Zâmbia e
Botswana
Guatemala, 1974
Guatemala contra El
Salvador
Chipre, 1975
Gregos contra
turcos
Bangladesh, 1975 Governo contra
separatistas
Líbano, 1975-1977 Sírios contra
palestinianos,
muçulmanos contra
cristãos e judeus
contra todos
Tailândia, desde 1972 Governo contra
rebeldes
Katanga, 1976-1977 Angolanos contra
congoleses
Moçambique, 1976 Pró-soviéticos
contra pró-
americanos
Etiópia, 1977
Guerra contra a
Somália e Eritréia

No total, pois, 56 guerras ou conflitos armados, mais

21
JOAQUÍNBOCHACA

um sem fim de revoltas internas, golpes de Estado, levan


tamentos militares, etc, etc. 17 Se, realmente, as democracias
tivessem ido para a guerra para terminar com as guerras e
«substituir a força bruta pela lei como árbitro entre as nações,
teriam brilhado, sem dúvida!...

VIII. - «Lutamos em defesa da nossa própria I


segurança» j

Sir Anthony Éden I

Este argumento é o que tem sido mais comumente aceite


pelo «homem da rua», pelo menos na Inglaterra, a iniciadora, !
com o seu antigo satélite francês, da Cruzada Democrática. |
Churchill disse uma vez a Von Ribbentrop, então j
Embaixador em Londres, que «... se a Alemanha voltar a crescer j
outra vez, será esmagada»18.
Isto é, a Inglaterra — ou, mais exactamente, o grupo de
homens influentes que se tinham arrogado a representação da
Inglaterra — não podia suportar a idéia de um Estado alemão
forte. Assim, o plano da Alemanha, com 70 milhões de
habitantes para alimentar num território que era manifesta
mente insuficiente, de uma expansão territorial à custa do
bolchevismo, inimigo declarado da Europa e do Mundo Branco,
era uma agressão. Uma agressão que põe em perigo o Império
britânico... que, com 60 milhões de ingleses sobrealimentados,
é colhido de horror ao pensar que Hitler deseja anexar a
Bielorrússia, território mais pequeno que qualquer uma das

17 A todas estas, haveria que acrescentar muitas mais: a invasão do Panamá


e, praticamente, em todos os países da América do Sul, a guerra do Golfo, a
guerra do Yom-Kippnr desencadeada por Israel, as intervenções na Somália, Bálcãs,
etc, et., etc.
18 Joachim Von Ribbentrop, Zwishen London undMoskau.

22
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

seis ou sete colônias dependentes de Londres.


E um facto inegável que Hitler procurou um acordo com
a Inglaterra e que, como prova das suas intenções pacíficas
relativamente àquela, tinha-se comprometido a limitar a
tonelagem da sua frota de guerra a 35% da da Home Fleet. No
terreno prático foi ainda mais longe, pois, em 1939 a
Knegsmarine representava menos de 10% da Marinha inglesa
e 18% da francesa... Até uma criança sabe que, sem uma
Marinha poderosa de superfície, é praticamente impossível
invadir a Inglaterra... E ainda mais impossível invadir os Estados
Unidos da América, apesar das apreensões de Roosevelt. Em
contrapartida, não é necessária uma Marinha poderosa para
atacar a URSS.

Se havia alguém interessado em generalizar a guerra para


se salvar a si próprio, esse alguém era Estaline. Mas não aos
interesses autênticos da Inglaterra, França ou América, lançadas
numa devastadora guerra mundial para evitar a destruição do
Bolchevismo, o Capitalismo de Estado instaurado na Rússia.
Preténdeu-se que se a Inglaterra e a França não tivessem
atacado Hitler, este, depois de dominar a Polônia e a Rússia,
ter-se-ia voltado contra as democracias ocidentais, no seu louco
desejo de dominar o mundo... Em primeiro lugar há que
compreender que, depois de liquidar o Bolchevismo, a
Alemanha teria que cicatrizar as suas próprias feridas, pois
Estaline era - e demonstrou-o sobejamente - um grande
adversário. Em segundo, haveria que demonstrar esse «louco
desejo» do Führer de dominar o mundo. Mas, sobretudo, há
que perceber que esses raciocínios são absolutamente falsos
«Se a Inglaterra e a França tivessem... Hitler faria ou não faria...»
são hipóteses no passado condicional que nada podem
demonstrar. A História ignora este modo de conjugar verbos.
O que Hitler teria feito se a Inglaterra e a França não lhe
tivessem declarado a guerra ninguém o pode saber, ninguém o

23
JOAQUÍN BOCHACA

saberá nunca e nem o próprio Hitler podia sabê-lo. A História


não perguntará se Hitler teria declarado a guerra à França e à
Inglaterra. A História diz que, em 3 de Setembro de 1939, a
Inglaterra e a França declararam a guerra à Alemanha e que
esta guerra terminou com a derrota total da Europa, incluindo,
em primeiro lugar, a França e a Inglaterra, obrigadas a serem '
satélites de Washington para não terem que o ser de Moscovo. '
O argumento da «luta pela própria segurança» não vale I
nada. Mesmo supondo que Londres e Paris se tivessem sentido |
ameaçados, teriam tido muito tempo para se prepararem para
a guerra, mas não - nunca! — para a declarar. Uma guerra
declarada sem que tenha havido qualquer ataque não é '
justificável a título nenhum, e ainda menos quando não estão '
emjogo interesses vitais. A Inglaterra e a França, cuja soberania )
se estendia sobre um terço das terras deste planeta e que i
dominavam, efectivamente, as rotas dos acessos marítimos - o |
que representava, só para a Inglaterra, 8/9 da superfície do
globo terrestre — não podiam esgrimir este argumento. '
Hitler necessitava de uma expansão para o Leste, com a f*
Polônia ou contra a Polônia. Os governos inglês e francês
fizeram disso um casus belli. Mas não «em defesa da sua própria i
segurança», que ninguém ameaçava e ainda menos em defesa ,
da segurança da Polônia que, conforme os factos haveriam de '
demonstrar claramente, a ninguém interessava... Ou talvez j
interessasse à URSS, mas na única qualidade de presa.

IX. - «Lutamos em defesa da sagrada doutrina que


nos ensina que todos os homens são iguais diante de
Deus»
Franklin Delano Roosevelt

Não vamos discutir agora sobre a imaginária «igualdade»

24
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

dos homens ou sobre o que se entende por igualdade, se há ou


nao ha igualdade ou se há homens que são mais iguais que
outros (sic). Seja-nos permitido, não obstante, fazer notar que
se todos os homens são iguais diante de Deus, parece um
contrassenso lutar por isso aqui em baixo, pois nem os Libera-
to/^nem os Stukas poderiam ter poder suficiente para modi
ficar o critério de Deus sobre esta particularidade.
Quando Roosevelt enunciava este princípio tão ribom-
bante , os negros eram descriminados nos Estados Unidos da
América; certos empregos estavam-lhes proibidos e em quase
metade dos Estados da União estava-lhes interdito o casamento
com pessoas de raça branca. Coisa parecida sucedia em diversos
territórios do Império britânico. Na África do sudoeste as
relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram
castigadas com 5 anos de prisão20. Na União Sul Africana em
certos casos, eram castigadas com a expulsão do país Nas
possessões da índia existia também uma complicadíssima
organização de castas. Na China democrática a mesma coisa
Mas, mais ainda que as disposições legais que estabeleciam
descnminações entre as pessoas em razão da sua raça, existia
uma descnminação autêntica - e continua a existir ainda hoje,
apesar de toda essa propaganda do Racismo anti-racista -
perfeitamente enraizada nos sentimentos dos povos anglo-
saxónicos em toda a França - com excepção dos habitantes
dos bairros pobres de Paris, Lyon e Marselha - e, em geral
em toda a Europa... e não apenas na Alemanha ou na Itália. '
Os judeus são os primeiros a não acreditar na pretensa
«igualdade» humana. A idéia de serem, eles próprios, o Povo
Eleito de Deus para governar o mundo, idéia que é defendida

19 Discurso no Congresso norte-americano. 6 1 1942


20 A. S. Leese, TJie Jewish War ofSurvival.

25
JOAQUÍN BOCHACA

intransigentemente pelos talmudistas, é totalmente contrária à


malsã teroria igualitária21.
A própria propaganda de guerra — que hoje, apesar de
pequenas atenuações, continua em plena vigência desde que
foi estabelecida a «Paz» — segundo a qual os alemães, toma
dos colectivamente, eram criminosos, loucos sanguinários, e
os judeus as vítimas inocentes de todas as acusações que contra
eles tinham sido formuladas, é uma prova suplementar de que
nem sequer os Aliados acreditavam em tal «razão» de guerra!

X. - «Lutamos em defesa do direito dos povos a .'


disporem de si mesmos» )
Franklin Delano Roosevelt j

Se os Aliados lutaram em defesa do direito dos povos a


disporem de si mesmos, é muito difícil compreender porque
declaraam a guerra à Alemanha depois de Hitler ter proposto a
realização de um plebiscito internacionalmente controlado em
Dantzig, através do qual seriam consultados os habitantes da
cidade sobre se desejavam continuar «livres» sob administração
polaca ou se preferiam voltar à soberania alemã.
Também deve dar muito trabalho explicar porque se
expulsaram os árabes da Palestina, habitantes daquele país há
mais de 18 séculos, para oferecer o território aos judeus. Não
se compreende também a razão pela qual não foram consul
tados os povos do Leste da Europa sobre se desejavam ou não
transformarem-se em satélites da União Soviética.

21 Mais adiante falaremos do <dlacismo», daquilo que, com finalidades


propagandísticas, se pretende que é e se pretende que seja... e do babelismo
imperante à volta da palavra «Igualdade».

26
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

O pretenso «direito dos povos a disporem de si mesmos»


só se aplicou - e continua a ser aplicado - apenas nas situa
ções que favoreçam os interesses contrários aos interesses da
Europa.

XI. - «Lutamos contra o imperialismo e a opressão


dos povos»
Joseph Djugaschvili Estaline

O imperialismo foi definido como «política de um Estado


que tende a colocar certas populações ou certos Estados sob a
sua dependência política e econômica».
A União Soviética, desde o seu nascimento, em 1917,
até ao momento da sua participação na Cruzada Democrática
tinha anexado a Armênia, Geórgia, Azerbaidjan, Kazahistan,
Kirgizia, Tadjkistan, Tanu-Tuva, Mongólia Exterior, Carélià
Oriental e a Ucrânia. Imediatamente antes do ataque alemão
apoderou-se da Carélia Ocidental, Petsamo, Viborg, Lituânia,
Estônia, Letônia, Bessarábia, Bukovina e meia Polônia. Depois
da guerra anexou ainda a Prússia Oriental, mais território
polaco, a Ruténia Transcarpática e a Sacalina do Sul. Tudo
isto, sem falar do leste da Alemanha, Boêmia e Morávia,
Eslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, a «nova» Polônia,'
Albânia e Iugoslávia, novos satélites de Moscovo22.
Vejamos agora a Inglaterra. Em 1939, para cada inglês,
havia 14 pessoas a trabalhar. Londres dispunha de 39 milhões
de km2 de um total de 140 milhões em todo planeta. A relação
de extensão territorial entre a Grã-Bretanha e o Império

22 Posteriormente parece terem surgido discrepâncias entre os soviéticos


e os jugoslavos e albaneses.

27
JOAQUIN BOCHACA

britânico era de 1:15 0. A influência da Inglaterra em numerosos A


Estados mais ou menos independentes, indirectamente mas nem I
por isso menos eficaz, dava-lhe a possibilidade de mandar em |
mais de meio mundo. Para fixar as bases deste poderio, foram >
necessárias 250 guerras em, aproximadamente, 3 séculos.

Se investigarmos o emprego da violência pela política 1


externa dos Estados Unidos obteremos como resultado mais )
de 150 acções militares — destinadas a impor pelas armas, tanto j
dentro do seu próprio continente como fora dele, os seus j
apetites de poder. :
Depois da sua separação violenta da coroa de Inglaterra, f
os Estados iniciaram a sua expansão para o oeste, arrebatando |
sistematicamente o território a todos os aborígenes peles-
vermelhas e acabando por encerrá-los em reservas. Mais de
meia centena de «tratados» foram concluídos entre o governo
de Washington e as diversas tribos índias, estabelecendo novas
fronteiras «definitivas». Uma e outra vez essas fronteiras fo-
ram franqueadas pelos soldados da União, violações que deram
origem às guerras com os Seminolas, Apaches e Sioux e que
viriam a acabar com o extermínio político e físico dos
americanos aborígenes.
Em 1830, o governo americano provocou e financiou a
separação do Texas e do México. Dez anos depois, os texanos
eram engolidos pelos seus «protectores» do norte. Um território
maior que qualquer uma das grandes nações ocidentais
européias tinha sido obtido com essa união. Em 1842,
aproveitando-se das dificuldades que a Inglaterra tinha no
continente europeu, Washington propôs um «tratado» que
Londres, dadas as circunstâncias do momento, não teve outro
remédio senão aceitar, e pelo qual o Oregão passava a fazer
parte também da União.
Entretanto, o instinto imperialista norte-americano tinha

28
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

dirigido os seus olhares ávidos para o México. Dois terços do


território nacional deste país foram obtidos depois da derrota
mexicana, graças ao diktat chamado Guadalupe Hidalgo. A
Califórnia, Arizona e Novo México passaram também a fazer
parte dos Estados Unidos.
' O território do Alaska foi comprado ao Czar por uma
soma ridícula. A Rússia viu-se obrigada, materialmente, a
vender, já que lhe tinha constado que a não aceitação das
condições de Washington corresponderia à ocupação do Alaska
com o mesmo pretexto fütil que tinha sido usado para declarar
a guerra ao México. O território da Louisianna foi, igualmente,
comprado à França.

Na segunda metade do século XIX o imperialismo


americano mostrou-se particularmente activo: fomentou o
separatismo panamiano23 e a posterior «protecção» sobre a
nova República e o controle directo da zona extraterritorial
onde foi construído o Canal transoceânico. Desembarques de
intimidação em Alexandria (Egipto) em 1882; na Colômbia
em 1885; em Seul (Coréia) em 1888; em Buenos Aires, Ar
gentina, em 1890; em Valparaíso, Chile, em 1891; no Rio de
Janeiro, Brasil, em 1894. Incorporação das ilhas Hawai.
Abertura forçada do Japão ao comércio norte-americano pela
esquadra do comodoro Perry. Guerra de rapina contra a
Espanha em 1898-189924 e a anexação defacto de Cuba e das

23 O Panamá fazia parte da República da Colômbia, mas, como o governo


colombiano fazia exigências econômicas - em troca da concessão da zona do
futuro Cana) — que Washington considerou demasiado elevadas, houve que
organizar a guerra panamiana.
24 Parece ser uma constante histórica do imperialismo norte-americano a
existência de ataques injustificados a pacíficos navios ianques. O Lusitânia em
1917,0 Reuben Jantes e, mais tarde, o Pearl Harbour, em 1941. Também o Maine,
em 1898. Demonstrou-se que tal navio foi afundado pelo seu próprio comandante^

29
JOAQUÍNBOCHACA i

I
Filipinas e de jure de Porto Rico. Ocupação de Tutuila e J
Samoas, no Pacífico, mais as ilhas de Guam, Wake e Midway. 1
O novo século começou sob o mesmo signo: \
desembarque em Santo Domingo e instauração de um governo >
fantoche em 1903. Intervenções militares na República do !
Panamá em 1908 e 1912 e na Nicarágua em 1910. Expedição '
militar contra o México em 1916 e conquista e saque de )
Veracruz em 1914. Ocupação militar do Haiti desde 1915 até
1934. Outra expedição punitiva contra o México em 1916.
Ocupação militar, durante 9 anos, de Santo Domingo (1916-
1925), e durante 5 anos (1917-1922) de Cuba. Intervenção [
naval na Costa Rica em 1919. Desembarques e bom
bardeamentos aéreos nas Honduras em 1925 e na Nicarágua
em 1926. Ocupação de Kanton e Enderbury, no Pacífico, em
1938. Etc, etc. Todas estas anexações imperialistas foram
realizadas mediante o emprego da força, da força bruta, com a
violação sistemática de numerosos tratados e pactos
internacionais25.
Quanto à França, a segunda potência colonial em 1939,
adquiriu o seu enorme Império através do desencadeamento
de guerras mortíferas26 — teria sido praticamente impossível
fazê-lo por meios pacíficos — contra os indígenas ou contra

o judeu Adolf Marix (v. Elisabeth Dillings, The Plot Against Christianity, pág.
120). Tal afundamento foi o pretexto para uma guerra, cujo resultado foi a ocupação
americana de Cuba e das Filipinas, «o que permitiu que um grande número de
judeus se instalasse nessas ilhas» (v. Elbogen, escritor judeu, em A Century of
Jewish Life, págs. 341-342 e a Enciclopédia Judaica, pág. 625).
25 Três semanas depois de ter sido assinado o Pacto Briand-Kellog
(documento absurdo que dizia pretender acabar com as guerras) os Marines
desembarcavam — pela enésima vez — na Nicarágua e a aviação norte-americana
bombardeava Nanking.
26 Das modernas nações colonialistas, a Alemanha, nos tempos de Bis-
marck, foi talvez a única a obter um Império colonial por meio de compras e
tratados diplomáticos.

30
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

outras potências que a tinham precedido.


E, por isso, muito difícil admitir que os Aliados tivessem
feito a guerra à Alemanha para se oporem ao «imperialismo e
à opressão de povos»...

XII. «Lutamospela liberdade de comércio... epela livre


navegação de todos os mares»
Sir Aníhony Éden

No que se refere à liberdade de comércio, remetemos o


leitor ao que dissemos na alínea II. A liberdade de comércio
dos países neutrais foi constantemente atropelada pelos Aliados
durante todo o decurso da guerra. Depois de terminada esta,
quando Washington - ou, mais exactamente, Nova Iorque -'
considerando que certos países ocidentais não deviam comerciar
com a URSS, aproveitaram para lhes administrar virtuosas
lições de anti-comunismo à maneira ianque e para os aconselhar
a absterem-se de vender os seus produtos aos «empestados»
do lado de lá da Cortina de Ferro... apesar dos Estados Unidos
continuarem a ser os primeiros clientes da URSS.
Quando a Argentina de Peron decidiu comerciar livre
mente sem ter que dar satisfações ao controle financeiro de
Wall Street, viu-se envolvido numa verdadeira guerra política
e econômica feita pelos Estados Unidos contra Buenos Aires27
que culminou com a participação descarada do Embaixador
norte-americano, Spruille Braden, no golpe de Estado anti-
peronistade 1955.

5 _ 22 Quatro personagens coadjuvaram activamente no derrube de Peron- o


m general Frankhn Lucero, maçon; o almirante Isaac Rojas, judeu, e os seus
; correligionários Edward Vuletich e Abraham Krislavin, que envolveram Perón
J em enormes dificuldades com a Igreja Católica.

31
JOAQUÍN BOCHACA

Quando, em 1954, o Brasil tentou vender directamente m \


o seu próprio petróleo, foi organizado um boicote formidável. n
Ninguém comprava o café brasileiro. Para vender o seu café,
principal fonte de divisas do país, o governo brasileiro viu-se ,
obrigado a anular uma série de leis que asseguravam que o
petróleo nacional pertenceria sempre a sociedades brasileiras
e não a sociedades estrangeiras. Desde então, a Standard OU l
do império Rockefeller controla todo o petróleo brasileiro. I
Cada vez que na Guatemala apareceu um governo a tentar i
subtrair a riqueza do país ao controle do trust UnitedFruit do >
judeu Samuel Zemurray, com estranha oportunidade estalava
uma nova revolução que lançaria às urtigas as veleidades de '
independência do governo em questão. I
É a isto que se chama liberdade de comércio? Existe, |
porventura, liberdade de comércio na aliada Rússia Soviética? |
A Alemanha atacou a liberdade de comércio de alguém? ,
Atacou, por acaso, a liberdade de navegação em algum dos \
mares do planeta? Não foi precisamente a Inglaterra que, an
tes da guerra, impediu a passagem de navios italianos que se *
dirigiam para a Eritréia e Somália através do Canal de Suez? í -
Não foi ainda a Inglaterra que inventou, durante a guerra, o
odioso sistema dos navycertsl28

28 Segundo o historiador britânico Roskyll na sua obra War at Sea, os


submarinos ingleses tinham ordem de afundar todo e qualquer navio mercante
alemão que transportasse mercadorias de interesse militar. Entretanto, os navios
mercantes ingleses deviam indicar a posição dos navios de guerra ou submarinos
inimigos. Desta forma, os navios mercantes ingleses incluíam-se na categoria de
«força comatente», procedimento totalmente contrário ao Convênio de 1936 de
que a Inglaterra era signatária... Em Novembro de 1939, o Almirantado britânico
ordenou ainda que os mercantes e petroleiros fossem dotados de artilharia para
fazer frente aos submarinos alemães. Assim, estes viram-se obrigados a abandonar
,-r

a guerra limitada que se tinham imposto a si mesmos. A propaganda britânica


vociferou então que os submersíveis alemães atacavam «navios mercantes
indefesos» e que, nos ataques, morriam pacíficos civis...

32
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

XIII. - «Lutamos pela liberdade»


Winston Churchill

Qual liberdade?... Não certamente pela liberdade de


expressão, pois, na Inglaterra, mãe do parlamentarismo, por
ordem pessoal do próprio Churchill, mais de 3.000 pessoas
foram encarceradas, sem qualquer acusação, sem que fosse
instruído qualquer processo, sem possibilidade de apelação,
sem ligar absolutamente nada aos pedidos de Habeas Corpus.
Essas pessoas - deputados, almirantes, heróis da I Guerra
Mundial, catedráticos, políticos e escritores - tinham feito uso
da sacrossanta «liberdade de expressão» para criticar a política
inglesa no período anterior ao início da guerra e da própria
declaração de guerra. Foram privadas de liberdade em
conseqüência de um decreto-lei chamado Regulaíion 18-b, que
nem sequer tinha entrado em vigor quando essas pecaminosas
críticas foram formuladas! Coisa parecida acontecia na América
do Norte, onde vários milhares de cidadãos americanos de
origem alemã foram encarcerados só porque, aos olhos dos
virtuosos democratas, eram suspeitos de deslealdade. Na
democrática América de Roosevelt as detenções preventivas
tiveram sempre um caracter marcadamente racista. Uns 20.000
cidadãos de origem japonesa foram chacinados em campos de
concentração, sem que a Consciência Universal tivesse elevado
os seus clamores, como tantas vezes tinha feito anteriormente.
As democracias puderam, com toda a razão, acusar a
Alemanha de não permitir a propaganda democrática e a pro
paganda marxista no seu território. Mas também a Alemanha
pôde, pelas mesmas razões, acusar todos os países democráticos
de exercer uma censura feroz sobre toda a espécie de livros e
publicações favoráveis ao Nacional-Socialismo, ou, simples
mente, favoráveis ao povo alemão.

33
JOAQUÍN BOCHACA

A razão autêntica, a razão verdadeira, a razão incon- »


fessável, foi a salvação, pelas democracias ocidentais, do *í
Bolchevismo entronizado na velha Rússia! Para se obter tal |
fim, foi manejado um sem fim de desculpas e pseudo-
justificações e, sobretudo, as causas foram secundárias: o '
revanchismo francês; a inveja inglesa, que se via a braços com *
um forte competidor a ameaçar todos os antigos mercados I
britânicos; o imperialismo ianque que via na auto-destruição )
da Europa a possibilidade de colonizá-la política e >
economicamente, e, como mecha para o barril de pólvora, a
xenófoba e tradicional miopia política da Polônia. A pressa de
Hitler, certamente, também poderá ter precipitado a I
conflagração mundial, mas não há dúvida nenhuma que, se essa I
conflagração não tivesse surgido a propósito de Dantzig, teria I
surgido sob outro pretexto qualquer, e já em 1939! As forças |
que queriam a guerra estavam resolvidas a levar ao fim os seus
sinistros intentos e nunca teriam permitido que houvesse um
segundo acordo de Munique.
Clausewitz dizia que «a guerra é a continuação da política
por outros meios e só estala quando já não existe uma solução
possível de compromisso entre os eventuais beligerantes».
Contudo, certos autores pretenderam que, até ao último
momento, em 1939, existiram muitas possibilidades de evitar a
guerra. Esses autores sustentam que o conflito político que
precedeu a guerra punha em confronto a Alemanha com as
democracias ocidentais. Na realidade, porém, o confronto dava-
se, por um lado, entre Hitler e o Nacional-Socialismo e o
Judaísmo, e por outro, com o Presidente Roosevelt, que temia
a competência comercial alemã. Não havia compromisso
possível: o Presidente Roosevelt e o Sionismo Internacional
precipitaram a Europa na guerra: o primeiro para salvar a
economia americana derrubando Hitler, o segundo porque os
êxitos do Nacional-Socialismo significavam o fim da noção
34
AS TREZE RAZÕES DA SEM-RAZÃO

artificial de «povo judeu». Beck, Churchill e Daladier não fo


ram mais que marionettes manejadas por Roosevelt e seus
conselheiros, dos quais 90% eram judeus 29.

* A SINCERIDADE DE CHURCHILL

Retirámos os seguintes parágrafos das Memórias de


Churchill30:
«1. — O Presidente Roosevelt disse-me um dia que ia
pedir sugestões sobre o nome que convinha dar à II Guerra
Mundial. Respondi-lhe: A guerra inútil. Pois, de facto, nunca
outra guerra foi tão facilmente evitável como a presente.
2. — As cláusulas econômicas do Tratado de Versalhes
eram vexatórias e tinham sido concebidas de maneira tão
estúpida que depressa se converteram em inoperantes. Nem
uma só pessoa influente conseguiu escapar da imbecilidade geral
para dizer estas verdades com a crueza necessária. Os Aliados
continuaram a empurrar a Alemanha até esmagar os seus ossos,
facto que teve um efeito desastroso na prosperidade do mundo
e na atitude dos povos germânicos».

E verdade!... «Nem uma só pessoa influente conseguiu


escapar da imbecilidade geral...»!...
Nem sequer Churchill!

29 Paul Rassinier, Le Soleil, 6.6.1967.


30 W. S. Churchill, Memories, tomo I, págs. 6, 7 e 8 da edição francesa.

35
ÍNDICE

Purim, 1945 3

Lutamos em defesa da independência polaca 5

Lutamos para defender os direitos dos países pequenos a


viverem as suas próprias vidas 8

Lutamos pela paz 11

Lutamos pelo cumprimento da palavra empenhada e


contra a violação dos tratados internacionais 11

Lutamos pela defesa dos princípios cristãos 14

Lutamos pela democracia 16

Lutamos pela substituição da força brutapela lei,


como árbitro entre as nações 18

Lutamos pela defesa da nossa própria segurança 22

Lutamos em defesa da sagrada doutrina que nos ensina


que todos os homens são iguais diante de Deus 24

Lutamos em defesa do direito dos povos a disporem


de si mesmos 26

Lutamos contra o imperialismo e a opressão dos povos 27

Lutamos pela liberdade de comércio...


e pela livre navegação de todos os mares 31

Lutamos pela liberdade 33

A sinceridade de Churchill 35
COLECÇAO CADERNOS CULTURAIS ..
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Ed. ULTIMO REDUTO ;C
(Porto- Portugal) \(

Obras já editadas: ^

Música Rock e Satanismo i(


— René Laban ;
Cruz Gamada e Estrela Judaica ~
— Joaquín Bochaca ! (
Os Ovnis do III Reich \f
— Nuno de Ataíde
As Origens do Estado de Israel ("
■— J M. Perez-Albiac !C
Um Novo Direito Internacional (Nuremberga) '
— João das Regras (com um Apêndice de Alfredo Pimenta) > r
A Finança e o Poder v
— Joaquín Bochaca ' C

No prelo: *Ç

OsSolstícios
— Jean Mabire e Pierre Vial
' €
Em preparação:

Manifesto Contra a Escravidão do Interesse do Dinheiro ^


— Gottfried Feder (

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