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Lucas Daniel Tomaz de Aquino - Topicos D
Lucas Daniel Tomaz de Aquino - Topicos D
GRAMÁTICA
DA LÍNGUA PORTUGUESA
GRAMÁTICA GERAL
GRAMÁTICA ESPECIAL
A Gramática como a conhecemos hoje surge no bojo das Sete Artes Liberais - o
Trivium (Gramática, Retórica e Dialética1) e o Quadrivium2 (Aritmética, Geometria, Música e
Astronomia) - que era o conjunto de estudos que antecedia o ingresso na Universidade
durante a Alta Idade Média, até a infância da Modernidade. De Santo Tomás de Aquino à
Shakespeare, todos passaram pelas Sete Artes Liberais. Estas são chamadas assim
porquanto servem ao espírito ou intelecto em contraponto às artes servis como a
marcenaria, por exemplo, donde se serve ao corpo - afinal, os últimos são trabalhos braçais.
Assim, a Arte é recta ratio factibilium, isto é, a reta razão do fazer. Em sentido estrito,
a Arte se divide em arte servil e arte liberal. As primeiras mais ao facere porque se valem do
corpo ou algo corpóreo e em favor do próprio corpo3. Já as artes liberais dizem-se desta
forma porque tratam do intelecto. Em sentido amplo, Arte é uma ordenação da razão pela
qual os atos humanos alcançam por determinados meios o devido fim.
O conjunto das Sete Artes Liberais, portanto, é muito provável que tenha surgido de
modo primário em Alexandria, no século II, cujos estudos sempre atrelados ao Cristianismo,
eram chamados Didaskaleion. Remontava-se historicamente ao evangelista São Marcos e a
fórmula usada no Medievo; porém, só ganhou ars definitiva com as Capitulares de Carlos
Magno e Alcuíno, este que organizara a escola carolíngia em Aix-de-Chapelle.4
De início, como se dava mais ênfase à Lógica, a Gramática ainda não fazia parte de
tal ciência-arte, menos estritamente à Retórica e menos ainda à Poética. Só mais
tardiamente, foi incorporada à ciência da linguagem como “a ciência de falar sem erro”, em
designação exata de Hugo de São Vítor.
Pedro Abelardo, exímio lógico e eunuco da Idade Média, dizia que as disciplinas do
Trivium eram os três elementos da ciência da linguagem. Por um lado, se a gramática era a
ciência do falar sem erro, a dialética era a disputa acalorada que distingue o verdadeiro do
falso e a retórica a disciplina que faz persuadir o que é conveniente5.
1
Antes da chegada das obras completas de Aristóteles ao Ocidente, chamava-se Dialética no
Trivium a disciplina estudada para o bem-raciocinar e que incluía em sua filosofia, além do
platonismo e do aristotelismo, o estoicismo de, por exemplo, João, O Gramático, a quem se deu a
tese de que o nominativo é caso, conquanto outros autores, incluindo Santo Tomás, o dizem que é
vogal temática, o mesmo título das vogais temáticas nominais em língua portuguesa.
2
A teoria do número não compreende apenas a matemática - a ciência do ens quantum, ou seja o
ente enquanto quantidade, perfeitamente mensurado, explicitado aqui como aritmética, mas também
álgebra, cálculo, equações, dentre outros ramos da matemática superior. Ademais, enquanto teoria
do número, inclui-se a música entendida como princípio, distinta da instrumental aplicada que
constitui Belas-Artes, incluindo medições descontínuas de quantidade como a física especial
(cosmologia) e a química. Já a teoria do espaço (Geometria) tem em seu escopo alguns princípios de
geografia, agrimensura, engenharia e arquitetura - conquanto de certo modo também esta seja
Arte-Liberal, porque é Belas-Artes secundum quid.
3
Carlos Nougué in Das artes Liberais: a necessária revisão.
4
Carlos Nougué, prólogo de Trivium: As artes liberais da Lógica, da Gramática e da Retórica, Ir.
Miriam Joseph, É Realizações, 2008.
5
Jacques Le Goff, Os intelectuais na Idade Média, José Olympio, 2003, p. 84.
LÓGICA E GRAMÁTICA
6
Trivium - As artes liberais da lógica, da gramática e da retórica, Ir. Miriam Joseph, C.S.C, PhD, É
Realizações, 2008.
7
Idem.
Dizemos que um sujeito é um substantivo exatamente porque ele designa uma
substância. O mesmo ocorre com os pronomes, eles são designadores de substância. E o
que é substância?
Desta forma, como eu disse acima, em itálico, os acidentes têm por distinção
existirem em outro, isto é na substância. Morfologicamente acontece a mesma coisa. Se eu
digo “bonito”, alguém há de me perguntar quem é bonito, porque esta coisa bonita não
existe per se. Algo ou alguém deve necessariamente ser bonito.
Se bonito é um adjetivo, deve-se ser um adjetivo de algo ou alguém. Um homem
bonito, por exemplo. Se eu digo a você “branco”, algo deve ter esta qualidade, essa cor
branca. Pois ninguém nunca viu por aí a cor branca andando sozinha, senão que já viu uma
mulher branca ou um cão branco andando por aí ou algo do tipo.
8
Santo Tomás de Aquino, Summa Theologiae, I, q. 3, a. 5, respondeo.
9
Lucas Daniel Tomáz de Aquino, A consolação da estupidez humana - Tratado de Lógica.
10
Édouard Hugon, Os princípios da filosofia de Santo Tomás de Aquino, EDIPUCRS, 1998, p. 74.
11
Lucas Daniel Tomáz de Aquino, A consolação da estupidez humana - Tratado de Lógica.
Para elucidar esta relação entre filosofia e gramática, considere a seguinte frase
“João pensa”. João é filosoficamente uma substância (ele existe por ele mesmo) e
morfologicamente é um substantivo. Pensa é uma ação (que é uma categoria) e
morfologicamente é um verbo que está no presente do indicativo. Pensar é uma qualidade
(categoria aristotélica) inerente ao ser humano, pois não existe uma pessoa que não o faça,
portanto.
Se eu ainda perguntar “O que é o branco?”, todas as respostas me dirão algo que
necessariamente pertencem ao acidente sobre os quais são perguntadas, e indicam
portanto quididades de acidentes: a cor branca é uma qualidade e a quantidade discreta,
dada essencialmente nos números, apesar de haver também uma quantidade contínua na
geometria, é uma quantidade. A cor branca dar-se-á no cão ou na mulher, que são
substâncias.
Essas duas coisas, quantidade e qualidade, são acidentes e são Categorias. As
Categorias, como já se disse, são a substância e os nove acidentes: quanto (quantidade),
como (qualidade), com o que se relaciona (relação), onde está (lugar), quando (tempo),
como está (estado), em que circunstância (hábito), atividade (ação) e passividade (paixão) e
estão todas na realidade patente, isto é, in re.
Repare: se vejo um homem, ele é antes de qualquer coisa, uma substância, e que
tem certa cor (parda, branca) como qualidade, tem certa altura e dimensões como
quantidade, ele está certamente em algum lugar e quem aí está não pode senão deixar de
estar em dada altura do tempo, e ele está, por evidência, em alguma situação, ou seja,
sentado ou de pé e pode andar armado ou calçado com seu hábito ou posse, e ele pode
tocar algum instrumento de sopro, como um oboé ou flauta doce, ou seja praticando uma
ação e fazendo isso em seu quintal, à luz do dia, o qual recebe a paixão dos raios solares
incidindo em sua pele12.
Quando na Gramática falamos de sujeito e predicado, estamos falando disso,
dessa relação presente nas Categorias. Diz-se sujeito porque é um ente, uma substância,
ao passo que diz-se predicado, como o próprio nome diz, porque se predica algo do sujeito
ou substância, ou seja, declara-se algo que é característico deste sujeito, como na frase
“Maria Clara é carinhosa”, onde temos a pessoa (sujeito, substância) a qual se declara que
é carinhosa, ou seja, se dá uma qualidade (categoria) como adjetivo (morfológico) ao ente.
No caso em tela, é uma qualidade porque existe intrinsecamente no sujeito e flui de
modo absoluto de sua matéria e de sua forma - conceitos metafísicos que veremos a seguir.
GRAMÁTICA E METAFÍSICA
A Metafísica é a rainha das ciências, porquanto trata do ente enquanto ente, isto é,
aquilo que é enquanto é. Ora, se algo não se dá naquilo mesmo, não pode ser propriamente
ciência simpliciter, ou seja, de modo cabal e apodíctico.
Assim, é a Metafísica trata dos princípios primeiros, por isso ela é a primeira na
ordem do ser e a última na ordem do conhecer. Trata do conhecimento científico e das
condições últimas da existência. Acerca dos entes, ela investiga “o que” são e “como” são,
tudo enquanto aquilo mesmo.
12
Lucas Daniel Tomáz de Aquino, A consolação da estupidez humana - Tratado de Lógica.
A Lógica e a Gramática relacionam-se com a Metafísica de modo estreito e esta
relação permanecerá sempre assim, pois a realidade existe em si mesma, é imutável.
Aristóteles já falava desta relação entre a realidade inteligível e as palavras ou signo
linguístico em seu Peri Hermeneias ou Sobre a interpretação.
A realidade, só depois de abstraída da espécie inteligível, que é princípio formal da
operação intelectiva, assim como a forma de qualquer agente é o princípio de sua operação
13
, é que consegue formar signos para esta realidade.
Ir. Miriam Joseph nos diz como se dá essa relação entre a arte da Linguagem, a
Lógica e a Metafísica, e como elas podem ser representadas:
Todos nós nos comunicamos uns com os outros através de símbolos ou signos, seja
falado, seja escrito. No Peri Hermeneias, Aristóteles diz-nos que a realidade nos desperta
paixões. No sentido das categorias que vimos anteriormente. Assim,
nosso intelecto existe exatamente para conhecer o mundo e a
realidade e este conhecimento das coisas provoca-nos [...] paixões. Paixão
13
Summa contra Gentiles, 1, I, cap. XLVI,1.
14
Trivium - As artes liberais da lógica, da gramática e da retórica, Ir. Miriam Joseph, C.S.C, PhD, É
Realizações, 2008.
15
Idem.
no sentido de receber o influxo de outrem. O mesmo sentido que se usa na
sintaxe da gramática, na voz passiva, quando o sujeito é paciente e recebe a
ação expressa pelo verbo. O sujeito aqui recebe uma paixão. Por exemplo: A
neve foi derretida pelo sol. Aqui o sujeito neve recebe a ação, recebe a
paixão, o influxo dos raios solares a qual a fez derreter.
Em sentido filosófico, a paixão que a realidade imprime em nossa
alma são imagens que o intelecto forma das coisas e que são reais mesmo,
nunca falsas. E o modo como comunicamos estas coisas aos outros são
feitas por meio de signos verbais, ou seja, palavras orais ou signos escritos
os quais nós significamos as palavras orais. As palavras são signos verbais
das paixões que incidiram sobre nosso intelecto, que por sua vez eram
imagens fiéis dos entes da realidade autônoma.
As palavras, tanto orais quanto escritas, não significam de modo
direto a coisa senão que significam a coisa da realidade mediante as
paixões, são signos imediatos destas e das concepções que são imagens
das coisas. Em outras palavras, como signo, as palavras significam
diretamente as paixões e indiretamente a coisa que é mimetizada pela
imagem, que são paixões do intelecto16.
16
Lucas Daniel Tomáz de Aquino, A consolação da estupidez humana - Tratado de Lógica..
17
Álvaro Calderón, La naturaleza y sus causas, Tomo II, p. 104, Edicciones Corredentora, 2011,
Mendoza, Argentina. Segue tradução nossa: “Assim como não pode existir a matéria sem a forma,
tampouco pode existir a forma sem a matéria. A existência pertence propriamente ao composto de
matéria e forma”.
18
Trivium - As artes liberais da lógica, da gramática e da retórica, Ir. Miriam Joseph, C.S.C, PhD, É
Realizações, 2008.
19
Lucas Daniel Tomáz de Aquino, Opúsculos Tomistas.
Poderíamos falar mais sobre essa relação da Lógica e da Metafísica com respeito a
Gramática. Mas este PDF versa sobre alguns tópicos somente, quiçá os introdutórios.
Talvez em outro tomo ou em outra edição falemos mais sobre essa relação, sobre análise
de proposições a respeito de expressões gramaticais; sobre termos, falácias, silogismos e
suas relações. Sobre a linguagem e suas causas: origens da linguagem (causa eficiente),
órgãos e elementos da linguagem (causa material) linguagem como signo de pensamento
(causa formal), linguagem e lógica (causa final), tudo no âmbito da relação entre Gramática
e Lógica.
Talvez em um outro tomo, que não seja só de tópicos, mas que se proponha a ser
mais completo, faremos deste modo.
A seguir, porém, ocupemo-nos, pois, dos tópicos de Gramática Especial.
Estudaremos agora alguns tópicos de Gramática Especial, através de teoria e
exercícios. Aliás, os pontos abaixo elencados caem em todas as provas e concursos
públicos (a aula então serve para qualquer banca). Vamos aos primeiros tópicos:
Para tanto, vou me valer somente de tópicos e explicações curtas para elencar e
explicar toda a teoria, ora porque a aula fica mais leve, ora porque irei me basear
principalmente em resolução de questões de concursos - cerca de 52 no total.
No final eu vou dar uma dica matadora para você não perder tempo, só fazer o
intercâmbio dos mecanismos gramaticais e acertar a questão de olhos fechados, ok? Afinal,
objetivo final é fazer você acertar questões, não se tornar um Sergio Pachá (um grande
gramático), certo? Let’s go!
PRONOMES
PRONOMES PESSOAIS
Caso reto
Usamos o pronome pessoal do caso reto, via de regra, quando exercer a função
de sujeito e de predicativo, como no exemplo abaixo:
Caso oblíquo
Usamos o pronomes pessoais do caso oblíquo (o, a, lhe etc) nas demais funções
sintáticas. E é claro que são elas que as bancas mais exploram. São as funções de
complemento verbal e complemento nominal, e por aí segue o baile.
Vi-o na janela. (objeto direto)
Falei-lhe sobre minha namorada. (objeto indireto)
Não se assustem com os nomes: objeto direto, adjunto adverbial, adjunto adnominal
e assim por diante. Há alunos que começam a apavorar-se com as nomenclaturas “Ai meu
Deus, adjunto adverbial, o que é isso? Vou morrer!”. Estou dando a vocês, porém, de forma
simples e breve. Minha função aqui é fazer você acertar questões, logo, confie em mim.
Facilmente entenderá as trocas sintáticas e acertará as questões. Continuemos.
ATENÇÃO!
A próxima dica é de questão de prova de concurso e cai muito na FCC, Vunesp,
IADES, Cesgranrio e também em outras bancas menores. No Cespe ainda não vi, mas
como cai em outras bancas, o colocarei.
Grave isso, querido aluno:
Viu verbo? ok. Tem algum pronome oblíquo? Lembre que o Lhe é indireto.
COMPLEMENTO VERBAL
LHE ➯ INDIRETO
O, A ➯ DIRETO
PRONOMES DE TRATAMENTO
Os pronomes de tratamento, como é possível inferir, por evidente, servem
para se dirigir a outra pessoa, não de qualquer jeito, senão de modo mais formal,
respeitando a língua dos falantes.
COESÃO TEXTUAL
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
João foi para a escola de carro, mesmo assim ele chegou atrasado.
Quem chegou atrasado, pessoal? O carro? Claro que não. Por evidência,
quem se atrasou foi João. A palavra ele retoma, por coesão, a palavra João.
Dica:
Estes pronomes apontam termos anteriores dispostos pelo corpo do texto, como já
foi explanado em aula, no exemplo do João e o carro, lembram-se?
PRONOMES RELATIVOS
Aqui o bicho pega. Não a modo de dificuldade, assim veremos. A modo,
porém, de que este tópico despenca em todas as provas e concursos. Mas não se
preocupe, mostrá-los-ei (lembram-se das mesóclies e próclises? Veremos tal tópico
mais adiante) e vocês verão que este tema é fácil a partir do momento que
começarmos a fazer as questões comentadas.
Onde
Utilizado com referência a lugar de modo restrito. Isto é, não há como
estabelecer outro sentido para esta palavra. Pode retomar termos por coesão em
uma frase ou funcionar como advérbio que exprime interrogação:
Cujo
Pronome que estabelece posse ou dependência entre termos, o antecedente
e o consequente, concordando sempre em número e gênero com o dependente.
ATENÇÃO!
Cuidado quando a banca pedir reescritura de textos. O Cespe é ninja nisso!
Treinei por muito tempo reescritura e hoje digo com convicção: o Cespe e demais
bancas adoram propor equivalência de pronomes mantendo a correção gramatical e
coerência no comando das questões.
Exemplo: pedem pra você trocar o pronome cujo por outros pronomes
relativos: que, a/o qual, quem. A dica é: você não troca seu CUjo por nada. E
ponto final.
ATENÇÃO DE NOVO!
NÃO se usa crase após o pronome cujo, do mesmo modo que não se
coloca artigo após este pronome, como na construção frasal a seguir.
DICA MATADORA:
A partícula QUE é muito explorada pelas bancas de concursos porquanto
sofre variações imensas, sintaticamente falando, e por vezes complicadas. Esta dica
vai te ajudar.
O QUE pode ser:
● Conjunção integrante: quando o resto da frase puder ser, sem
prejuízo de lógica, intercambiada por ISSO. Introduz-se aí uma
oração subordinada substantiva.
Veja que troquei a frase do “que” em diante e manteve-se a lógica da frase. Se esse
intercâmbio se manteve, essa partícula “que” é certamente uma conjunção integrante.
Se tem vírgula, só pode ser uma oração explicativa. Repare que ele explica
que o tio é médico e a explicação, que é um aposto explicativo, está dentro de tais
vírgulas. De quebra aprendemos o que é um aposto explicativo, certo?
Guarde a dica:
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A colocação pronominal é importante para sintaxe porque confere harmonia
e, por vezes, elegância às frases. Está ligada aos pronomes oblíquos átonos (me, te,
se, o, a lhe, nos, vos, se, os, as, lhes) e suas distribuições perante o verbo: antes, no
meio e após o verbo.
A partir disso, darei mais foco na próclise e ênclise, visto que a mesóclise quase não
cai nas questões, certo?
Próclise
É usada antes do verbo como “fator de atração”. Quando houver palavras
que se encaixam na relação abaixo, SOMENTE se usará próclise, pois tais
construções frasais “puxam” ou forçam o pronome átono a estar antes do verbo.
Dica de próclise: mnemônico NARISD.
uem me ama?
Frases interrogativas ➯ Q
Frases exclamativas ➯ Quem me dera!
Mesóclise
Usa-se esta no futuro do presente e futuro do pretérito se o verbo não vier
acompanhado de partícula atrativa, conforme os exemplos a seguir:
Convencê-lo-ei a aceitar ➜ futuro do presente
Convencê-lo-ia a aceitar ➜ futuro do pretérito
Não ficarei aqui falando em demasia sobre este tópico, porquanto não cai em prova
ou se cai é bastante raro. Andiamo, bambini!
Ênclise
Ocorre ênclise quando o pronome oblíquo átono está posposto ao verbo.
Como no uso da próclise, há regras para uso de ênclise em uma frase. Vamos a
elas.
ATENÇÃO
!
Temos sempre o costume de iniciar a sentença assim “Eu te amo”, o que é incorreto.
Deveria ser “Amo-te”, porque estamos começando uma frase.
➽ Infinitivo pessoal
Não tinha a intenção de magoar-te
VOZES VERBAIS
Percebemos acima que os pronomes mantêm uma estreita relação com os
pronomes. A seguir vamos ver as vozes verbais, que são, por definição, três: ativa,
passiva e reflexiva.
Voz ativa
O sujeito é agente, isto é, ele executa a ação.
O sol derrete a neve.
Perceba que o Sol pratica ação, sendo portanto um sujeito ativo.
Voz passiva
O sujeito é paciente, isto é, ele sofre uma ação20.
A neve foi derretida pelo sol.
Perceba que a neve sofreu a ação do sol primeiro e com isso seguiu-se que
foi derretida. A neve então é um sujeito paciente, enquanto o sol que praticou a
ação é o agente da passiva.
A voz passiva possui dois tipos: sintética e analítica. Saber essas diferenças
para acertar questões é mais tranquilo do que tentar, normalmente do desespero,
saber as nomenclaturas e aplicá-las assim. Vou ensinar uma DICA MATADORA
para vocês só trocarem um para o outro e já era, acertarem questões.
Vamos às duas vozes passivas:
Fácil, né?
Voz reflexiva
Aqui o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo. Repare, se é reflexivo
ele “vai e volta”, digamos assim.
Repare que “feriu” está tanto para “Lucas” quanto para “se” (ele mesmo).
Desta forma, o verbo é uma via de mão dupla entre o sujeito e objeto.
Esquematicamente representado assim:
sujeito ← verbo →
objeto
TENÇÃO!
A
Fazer SEMPRE o intercâmbio da voz passiva para a voz ativa e vice-versa
ajuda muito na hora das questões do Cespe e demais bancas. Você bate o olho, faz
20
Para a lógica e filosofia aristotélica, o ato de sofrer ou padecer a algo chama-se paixão. O sujeito
paciente sofre a paixão, como no exemplo citado: “A neve é derretida pelo sol”, i.e., sofreu a paixão
do astro. Lógica e filosofia estão estritamente ligados à gramática (ex. substantivo vem de substância
que contrapõe ao acidente); isso porém, não entrará nas aulas porque não cai em concursos, só
análise básica de português. Esta nota de rodapé foi só um adendo.
a troca e pá, muitas vezes só com isso, dependendo do comando - por exemplo
partícula SE que o Cespe adora -, já mata a questão. Vejamos uma troca de voz
verbal.
Resolveram-se as questões. (voz ativa)
As questões foram resolvidas. (voz passiva)
Modo verbal
Os modos indicam as diferentes maneiras ou modos de um fato se
concretizar (deste ou daquela maneira). Os modos verbais declaram de que forma
sujeito e predicado estão relacionados: como certos, possíveis, condicionais etc., já
que a predicação é a relação que o verbo mantém com o sujeito da oração21.
É distinguível a diferença das gramáticas especiais e gerais.
Realizações, 2008.
Antes de adentramos no tempo verbal, faremos uma breve explanação
acerca das formas nominais dos verbos. Recebem este nome porque por vezes
comportam-se como nomes ou são semelhantes a um substantivo, adjetivo ou
advérbio. Para clarear, tomemos como exemplo o verbo amar.
Outro exemplo:
Estou uardando meu material escolar.
g
verbo verbo
auxiliar principal
TEMPO VERBAL
Os tempos verbais situam algum fato ou ação verbal em determinado
momento: antes, durante ou depois. Tempo verbal é o tempo entre o ato próprio e
em si mesmo e o tempo em que se faz referência ao ato.
Desta feita, há 3 tempos verbais principais: passado (pretérito), presente e
futuro. Ademais, subdividem-se em simples e compostos.
Pretérito Perfeito
Designa fatos concluídos perfeitamente antes do momento em que se
fala.
Eles caminharam bastante.
Pretérito Imperfeito
Designa um fato que não foi concluído no momento em que outro fato
aconteceu, além de trazer um fato do passado que ocorreu de modo
contínuo.
Pretérito mais-que-perfeito
Designa um fato concluído que ocorreu antes de outro também já
concluído.
Por vezes pode-se intercambiar o pretérito mais que perfeito por uma
conjugação composta, isto é, com uma locução verbal:
TEMPO PRESENTE
Designa um fato que está ocorrendo no momento em que se fala, i.e.,
no presente.
Por vezes, o presente pode vir com uma locução verbal, como no
exemplo já citado:
Estou uardando meu material escolar.
g
verbo verbo
auxiliar principal
TEMPO FUTURO
Designa fatos que irão ocorrer após o momento em que se fala. A
partir disso, temos as seguintes espécies deste gênero:
Futuro do presente
Indica fatos que ocorrem num processo futuro, a partir de qualquer referência
presente.
Esta forma, porém, pode aparecer também na forma composta, isto é, com uma
locução verbal. Neste caso pode expressar um fato futuro em relação ao momento em que
se fala, porém levado em conta como passado em relação a outro fato futuro.
FUTURO DO PRETÉRITO
Indica um processo futuro a partir de uma referência passada.
● Conjunção
● Pronome
CONJUNÇÃO
e o público quiser
O sucesso ocorrerá s
PRONOME
a. Partícula apassivadora:
c. Pronome reflexivo:
e. Partícula expletiva:
Realça um enunciado associando-se a verbos sem desempenhar qualquer
função sintática.
Todos se foram embora.
DICA MATADORA:
1. (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Errado. Veja, o verbo “reduzir” é transitivo direto e indireto (VTDI). e tem dois
complementos, “o” que o acompanha como complemento direto e “a artigos”,
como complemento indireto. Já vimos na aula que “o, a” somente podem ser
complemento direto ao passo que “lhe” compete somente ser objeto indireto,
lembram-se das dicas matadoras? Desta forma, preserva a correção
gramatical tal substituição? De forma alguma.
2. (CESPE/2016/FUNPRESP-EXE/CONHECIMENTOS BÁSICOS)
Certo. Olha aí a coesão que estudamos hoje. Elipse é sempre omitir algum
termo e as vírgulas normalmente auxiliam nesta empreitada. Aqui a elipse foi
usada para retomar “Amadeu Amaral Junior” pelo verbo “aceita”. Fácil, né?
Para mim questões de referência textual são mais fáceis e se para você
ainda não, peço que por gentileza treine fazendo questões. Com o tempo
você pegará a “manha” e inconscientemente os erros saltarão aos olhos e
você acertará as questões.
CERTO, pois o pronome “Sua” foi usado como elemento coesivo ao retomar
um antecedente o qual é “Amazônia”.
4. (CESPE/2015/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO)
Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos familiares e da violência
doméstica assistem a situações de violência extrema, marcadas pelo abuso
das relações de afeto 4 e parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas
de afeto e confiança.
Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa. Paz em casa. In: Correio
Braziliense, 26/2/2015 (com adaptações)
O que tanta gente foi fazer do lado de fora do tribunal onde foi julgado um
dos mais famosos casais acusados de assassinato no país? Torcer pela
justiça, sim: as evidências 4 permitiam uma forte convicção sobre os
culpados, muito antes do encerramento das investigações. Contudo, para
torcer pela justiça, não era necessário acampar na porta do tribunal, de 7
onde ninguém podia pressionar os jurados. [...]
Maria Rita Khel. A morte do sentido. Internet: (com adaptações)
O emprego dos elementos “onde” (l.2) e “de onde” (l.6-7), no texto, é próprio
da linguagem oral informal, razão por que devem ser substituídos,
respectivamente, por no qual e da qual, em textos que requerem o emprego
da norma padrão escrita
Errado. Veja que “onde” é pronome relativo nas duas vezes em que ocorrem.
Onde se remete a lugar e não pode ser substituído pelos vocábulos
propostos pelo Cespe, pois fica sem pé nem cabeça. O qual e suas variantes
de gênero e número são substituíveis pelo vocábulo “que” quando for
pronome relativo.
6. (CESPE/2013/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO)
Certo. Maaais uma vez o Cespe vem com essa, né? Trocar pronome
relativo. Desta vez está correto e mesmo se suprimir os dois termos manteria
a correção gramatical. Olha a facilidade! E pra Escrivão da PF, hein!
7. (CESPE/2015/MPU/ANALISTA)
Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do 25 inquérito policial que
serão coletadas as informações [...]
Hálinna Regina de Lira Rolim. A possibilidade de investigação do Ministério
Público na fase pré-processual penal. Artigo científico. Rio de Janeiro: Escola
de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, 2010, p. 4. Internet: . (com
adaptações)
Em “Evidencia-se” (l.24), o pronome “se” pode, facultativa e corretamente,
ser tanto posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma
verbal — Se evidencia.
Errado! Piada pronta! Pode-se começar frase com pronome oblíquo átono?
Não. Matou-se a questão de Analista do MPU que ganha pra caramba. Fácil
essa, né? Simbora.
8. (CESPE/2016/TCE-PA/ACE)
Eu não lhe podia ouvir tais leviandades em coisas medonhas e graves sem
que o meu coração se apertasse, e um calafrio me corresse a espinha.
Quando a gente se habitua 10 a venerar os decretos da Providência, sob
qualquer forma que se manifestem, quando a gente chega à idade avançada
em que a lição da experiência demonstra a verdade do que os avós [...]
Inglês de Sousa. A feiticeira. São Paulo: Ed. Difusão Cultural do Livro, 2008,
p. 7-8 (com adaptações)
Haveria prejuízo da correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no
trecho “Quando a gente se habitua a venerar os decretos da Providência” (l.
9 e 10), fosse deslocada para imediatamente após a forma verbal “habitua”,
escrevendo-se habitua-se.
Certo. É o que vimos em aula: os casos que pode-se ou não usar ênclise.
Decore o Mnemônico NARISD que são os casos proibitivos. Ex., se a frase
fosse uma negação, a reescritura proposta pelo Cespe incorreria em prejuízo
à correção gramatical, veja: “Quando a gente não se habitua a venerar os
decretos da Providência”. Viraria palavra negativa antes do verbo, caso
proibido de usar ênclise e fator de atração de próclise, como visto em aula.
Na questão a seguir veremos a mesma coisa.
9. (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO)
No trecho “o de que não se trata de norma penal” (l.13-14), o emprego da
próclise em vez da ênclise — não trata-se — justifica-se pela presença de
palavra negativa antecedendo a forma verbal.
Certo. Pessoal, precisa dizer mais alguma coisa? Qualquer palavra negativa
(não, nunca, negativo) é fator de atração. Somente próclise e ponto final.
11. (CESPE/2015/MPU/TÉCNICO)
Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império,
iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público. Na República, o
Decreto n.º 848/1890, ao [...]
Internet: <www.mpu.mp.br>(com adaptações)
Certo. Essa poderia dar um medinho na hora da prova, mas fique tranquilo,
vamos resolver isso! Esse “tinha sido” é, como já vimos dois verbos, uma
locução verbal, é o tempo composto do verbo ser, que é verbo principal. O
tinha é auxiliar e está no particípio e forma o pretérito mais-que-perfeito
composto. Se a locução verbal representa o pretérito mais-que-perfeito
(composto), a sua forma reduzida - com tempo e modo correto - só pode ser
fora.
15. (CESPE/2013/SERPRO/ANALISTA)
A correção gramatical do texto seria preservada caso o verbo permitir, no
segmento “o que exige o desenvolvimento de um novo quadro conceitual e
analítico que permita captar” (L.9- 10), fosse flexionado no pretérito imperfeito
do mesmo modo verbal (subjuntivo): permitisse
Errado. Não existe correção aqui, veja: presente do indicativo expressa uma
ocorrência no momento do discurso e o pretérito imperfeito do subjuntivo
expressa um fato hipotético que, verificada no passado, depende de outro
fato que ainda não se realizou.
Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens.
O emprego da partícula “se” em “ampliou-se” (L.7) indica que o sujeito da oração é
indeterminado.
Mais algumas conjunções condicionais: contanto que, se, caso, desde que, a menos
que, salvo se, sem que, exceto se, a não ser que.
O emprego do pronome “se” em “se iniciou” (L.10) indica que o sujeito da oração em que
esse pronome ocorre é indeterminado.
QUESTÃO ERRADA. Repare, dá passar da voz ativa para passiva? Logo não é IIS,
é PA. O que se iniciou? “A série histórica de resultados”, este é o sujeito.
Se, na linha 18, a conjunção “Se” fosse substituída por Caso, deveria ser alterado o
tempo e mantido o modo verbal empregado na oração condicional.
***
Mais questões comentadas - CESPE/UnB
No trecho “cheguei em casa e bati na minha máquina” (l. 31 e 32), o autor explora o potencial
plurissignificativo do verbo bater para produzir um efeito expressivo de humor dado o contexto
de suas afirmações sobre sua relação com o computador e a máquina de escrever.
Comentário: QUESTÃO CORRETA. O autor usa o verbo bater no sentido de teclar e no sentido
de fazer violência "ela ia aguentar sem reclamar" (sobre as batidas)
Considerando os gêneros e tipos textuais, o texto em apreço configura-se como uma crônica em
que se combinam ficcionalidade e narratividade.
QUESTÃO CORRETA. Luis Fernando Verissimo é um dos cronistas brasileiros mais famosos
do séc. XX. O texto em apreço é uma crônica (gênero tipicamente brasileiro) que retrata cenas e
fatos do dia-a-dia, normalmente carregado de crítica ou sátira e que pode perfeitamente, como
disse a questão, conter elementos ficcionais (gênero ensaio também pode).
O autor defende a opinião de que, na relação com o usuário, o computador é mais passivo e a
máquina de escrever, mais ativa.
QUESTÃO ERRADA. Em nenhum momento Luis Fernando Verissimo afirma que tanto o PC
quanto a máquina são "ativos ou passivos". O início da questão deixa isso bem claro, de que
não é questão de inferência ou interpretação com o comando "O autor defende a opinião".
CESPE - FUB - 2016
A correção gramatical do texto seria preservada caso se inserisse a preposição a logo após a
forma verbal “ignora”, na frase “Simplesmente ignora você” (l.9).
QUESTÃO ERRADA. Fácil essa, pois o verbo "ignorar" é VTD, quem ignora, ignora algo ou
alguém, logo não há preposição posposto nessa forma verbal.
Julgue o item que se segue, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB3A1BBB.
De acordo com o texto, os trabalhadores que compõem a segunda categoria serão os mais
prejudicados pelo avanço da tecnologia sobre o mercado de trabalho, porque “precisam de
ajuda para entender melhor como fazer uso de seus conhecimentos” (l. 17 e 18).
Julgue o item que se segue, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB3A1BBB.
Texto CB4A1AAA
QUESTÃO ERRADA. Na reescritura proposta pela banca há quebra de paralelismo sintático
que aliás o Cespe adora!
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue o item subsequente.
As formas verbais “clangorava” ( .17) e “silvava” ( .18) poderiam ser substituídas pelas formas
clangorou e silvou, sem prejuízo para os sentidos do texto, uma vez que a noção de passado
seria preservada.
QUESTÃO ERRADA. Muda-se o tempo verbal, logo incorre em alteração de sentido. Simples
assim.
Com o advento dos medicamentos genéricos, a saúde de uma parcela da população mundial
mudou, pois, com a distribuição gratuita desses medicamentos, essa população passou a ter
acesso a remédios, sendo que algumas pessoas vivenciaram isso pela primeira vez.
QUESTÃO ERRADA. Em lugar nenhum do texto está dizendo que existe distribuição gratuita de
medicamentos.
CESPE - FUB - 2016
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto, julgue o item que se segue.
O sentido original do texto e a sua correção gramatical seriam preservados caso o período “Com
o recrudescimento (...) massa da população” (l. 12 a 14) fosse reescrito da seguinte forma: Por
conta do agravamento da epidemia de varíola, foi promovido por Oswaldo Cruz uma massiva
vacinação da população.
QUESTÃO ERRADA. A proposta oferecida pelo Cespe, além de alteração de sentido, incorre
em erro de concordância, pois: "uma massiva vacinação foi promovido". Tá faltando uma vírgula
também depois de Oswaldo Cruz.
CESPE - FUNPRESP-JUD - 2016
A imprensa foi o setor econômico que sofreu mais fortemente o impacto da tecnologia da
informação, visto que trabalha diretamente com a promoção do acesso à informação.
Texto CB1A1BBB
Vinicius de Moraes. Barra limpa. In: Jornal do Brasil.
Com base nas ideias veiculadas no texto CB1A1BBB, julgue o item subsequente.
Do trecho ‘com o poder de interpretar para alguém o milagre de um sentimento ignorado’ (l. 13 e
14) entende-se que o narrador considera o poeta alguém capaz de explicar por que
determinados sentimentos são ignorados pelo ser humano.
QUESTÃO ERRADA. Vinícius de Moraes, no texto, considera-se poeta, e que como tal
interpreta o (prórpio) sentimento do interlocutor, e não "explica o por que dos sentimentos
ignorados pelo ser humano" como afirma a questão.
Texto CB1A1AAA
Clarice Lispector. Amor. In: Laços de família.
QUESTÃO CERTA. A personagem "quando o coração apertava", o que ela fazia? "o abafava
com as mesmas habilidades da casa" porque pra ela "estava bom assim". No caso, Ana
escolheu esta vida cotidiana, quieta.
Texto CB3A1BBB
Júlia Lopes de Almeida. A mulher brasileira.
Com referência às ideias e aos sentidos do texto CB3A1BBB, julgue o item a seguir.
Infere-se do trecho “Mas não tivesse ela capacidade para a luta (...) nem teria ela conseguido
lecionar em colégios superiores” (l. 16 a 19) que as mulheres brasileiras conquistaram, com
“sacrifícios e coragem” (l.20), o direito do acesso irrestrito às universidades tanto como
estudantes quanto como professoras.
QUESTÃO ERRADA, pois há extrapolação textual. O "Infere-se" que deu margem à
ambiguidade e possibilidade de dar como certa a questão... pq senão daria margem só à
compreensão de "ter sido abertas as portas para lecionar (unicamente)"
Somente após receber a herança da tia, a narradora tornou-se uma mulher independente, capaz
de governar-se pelos próprios meios.
Questão errada, pois na l. 9 ela disse "Antes disso (antes de receber a herança), eu ganhara a
vida mendigando (...)". i.e., ela já era capaz de governar a própria vida antes de receber a
herança da tia.
Gabarito: Errado. Linha 7-8: [...] o dinheiro, devo admitir, pareceu-me [para ela] infinitamente
mais importante. Há na questão uma extrapolação textual. Para a personagem, o mais
importante é o dinheiro; quanto às outras ele nada diz.
Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto 19A2AAA, julgue o item que se segue.
De acordo com o texto, o imposto de renda pode ter surgido na Inglaterra no final do século
XVIII, em decorrência da necessidade desse país de angariar recursos para o financiamento da
guerra que travava contra a França.
QUESTÃO CORRETA. O excerto diz-nos: "Imposto de renda SURGIU", pretérito perfeito, isto
é, ação já completada no tempo. Já a assertiva do Cespe diz que "pode ter surgido" , ou seja,
indica possibilidade.
QUESTÃO ERRADA. Perceba que o autor não defende ideia alguma, todavia concede
informações (datas, pessoas, fatos a respeito da história do imposto de renda). O próprio título
resume o teor textual, que é, portanto, informativo, e não argumentativo como propôs o
examinador.
O termo “proposta” ( .13) retoma, de forma explícita, o trecho “esforços foram realizados para
instituir o imposto de renda no Brasil” ( . 9 e 10).
QUESTÃO ERRADA. O examinador buscou conexão entre os dois termos, porém eles não
formam cadeia coesiva como pedida na assertiva.
Dica de coesão:
Nota breve: Atualmente os autores têm abandonado o uso do ISSO com função exclusivamente
anafórica, passando a utilizá-la também para apontamentos para o que vai ser dito a frente
(autores pós-modernos).
Sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto, seu primeiro parágrafo
poderia ser reescrito da seguinte forma: Na democracia participativa, existe várias formas de
atuação do cidadão na condução política e administrativa do Estado, destacando, no Brasil, as
audiências públicas na Constituição e nas demais leis.
QUESTÃO ERRADA. Já está errado na concordância "existe várias formas". Quando a questão
for de reescritura, é preferível ver primeiramente a correção gramatical. Se tiver uma vírgula no
local errado, a assertiva já está errada.
Lembrem-se, para estar CERTA, não pode haver NADA DE ERRADO, tem que estar 100%
correta. É mais fácil identificar o erro gramatical porque ele "salta aos olhos"; se estiver
gramaticalmente correta, aí sim vamos para a semântica da proposta de reescritura textual.
O item a seguir apresenta trechos adaptados de textos do sítio do TCE/PA. Julgue-o quanto à
correção gramatical.
Foi lançado no TCE/PA a campanha de arrecadação de capas de resmas de papel, que serão
transformadas em sacolas e distribuídas à cerca de mil pacientes.
QUESTÃO ERRADA: o correto seria “foi lançada”. O quê? A campanha, onde? no TCE do
Pará. Outra coisa: “à cerca” não vai crase, pois não há exigência de preposição.
QUESTÃO CORRETA. O Cespe adora fazer essas questões de semântica com uma palavra
só. A dica é ficar ligado em palavras difíceis e sublinhá-las durante a leitura. Ex: no concurso do
TCU/2015 foi a palavra "destarte" que a banca sugeriu a intercambiação com outra, e assim por
diante.
No caso em tela, os que falam espanhol podem ter certa facilidade ou tino para acertar a
questão mesmo sem saber a semântica perfeita da palavra em língua portuguesa.
Simplesmente porque o verbo "olvidar" quer dizer "esquecer-se" (Não se pode esquecer que...),
o mesmo verbo espanhol (No se puede olvidar que. ..).
CESPE - TCE-PA - 2016
A respeito das ideias veiculadas no texto CB5A1AAA, julgue o próximo item.
As contas do prefeito e da prefeitura devem ser prestadas separadamente, uma vez que servem
a funções distintas.
QUESTÃO ERRADA. Em momento algum o texto argumenta o que propõe a questão. O Cespe
usa uma técnica argumentativa chamada sofisma, que é a tentativa de indução ao erro para
com outrem. Na questão em tela, o examinador trocou o termo "município" por "prefeitura", e
que, num primeiro momento, no contexto da leitura do texto, estes parecem semanticamente
equivalentes.
Questão certa. É só ser racional: "Martins Pena foi destacado de fato (...)" fica sem SENTIDO
que foi o que a questão pediu. Fica incoerente também.
Gostei (15)
Questão errada. Leiam o título do texto sempre. Assim como o nome do autor e a fonte.
DICA: Assim como a palavra prescinde (não precisa), o Cespe adora essa palavra:
paulatinamente (vagarosamente).
De acordo com o texto, os hóspedes da pensão ficavam espantados com os anúncios de jornal
referentes a Amadeu Amaral Júnior.
DICA IMPORTANTE: A banca Cespe/UnB está seguindo, desde 2012/2013, uma tendência de
colocar textos literários em suas provas. Raramente ela coloca literatura dos anos 2000 pra cá
(como na prova do STF que caiu um excerto do "Diário da Queda", do Michel Laub). É
necessário uma nota de rodapé aqui: A Cespe/UnB gosta de poemas e literatura em prosa
brasileira clássica, especialmente os consagrados: Graciliano Ramos, Oswald de Andrade e
todos os cânones tupiniquins. Principalmente Machado de Assis. Abraço.
INCLUSIVAS
Quando a banca quer assegurar que o item seja verdadeiro, colocam palavras
inclusivas, que admitem exceções:
em geral é
em regra é
normalmente é
predominantemente é
PALAVRAS EXCLUSIVAS
Já quando eles querem se assegurar que o item seja falso, colocam palavras
exclusivas, que não admitem exceções:
nunca é
obrigatoriamente é
não é
APENAS por meio de prévia aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos,
poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos cargos e empregos públicos.
O regime jurídico estatutário que trata a lei 8.112/90, é aplicável aos servidores da
administração direta, das autarquias e das empresas públicas federais
Mistura de conceitos:
REGÊNCIA NOMINAL
É a relação entre substantivo, adjetivo ou advérbio e seu complemento
nominal. Intermediada, como já se disse, por uma preposição.
Quero vinho.
VTD Objeto direto
Gosto e vinho.
d
VTI Objeto indireto
João morreu.
Substantivo Verbo intransitivo
(sujeito) (predicado)
Por quê? Porque quem morre, morre. Se eu digo “João morreu”, você não me
pergunta “Morreu o quê?”, não. Você pode até me perguntar “morreu de quê”, mas nunca “o
quê”, porque você já sabe que quem morre, morre; quem ama, ama.
ASPIRAR
VTD: sentido de sorver o respirar.
Aspiramos um ar poluído
Objeto direto
VISAR
VTD: sentido de mirar, ver.
O caçador visou o alvo.
Objeto direto
PREFERIR
VTDI: seu complemento indireto é regido pela preposição A.
Repare que ocorre crase porque há o artigo O em “o cinema”, por isso “prefiro este à
àquele”, em detrimento da televisão.
O verbo Preferir não admite gradações como mais que, menos que, tanto quanto. Além
disso, a preposição que rege seu complemento indireto é, obrigatoriamente, A.
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
Crase é a fusão de duas vogais de mesma natureza e tem seu signo assinalado por
um acento grave na vogal a. O encontro dá-se sempre com preposição + artigo. Observe o
exemplo abaixo:
ao
Perceba que aqui, não há crase simplesmente porque existem duas vogais
diferentes, a saber: a+o, formando portanto ao. Essas palavras não formam crase porque a
vogal o é masculina, está ali porque regulamento também é uma palavra masculina.
à
Desta forma, a crase pode fundir-se de várias maneiras. Vamos ver cada uma delas:
➞ Antes de nome próprio feminino (se for personagem histórica, é proibido tal uso)
Refiro-me à (a) Joana.
Refiro-me a Joana D’Arc.
Casos proibitivos
● Antes de verbo
Começou a chover.
(CESPE/2013/ANS/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
As operadoras de planos de saúde deverão criar ouvidorias vinculadas às suas estruturas
organizacionais. [...]
Internet: (com adaptações).
Na linha 2, o emprego do sinal indicativo de crase em “às suas” justifica-se porque o termo
“vinculadas” exige complemento regido pela preposição a e o pronome possessivo “suas”
vem antecedido por artigo definido feminino plural.
CERTO. Para matar esta questão, basta trocar a palavra feminina após a crase por uma
masculina. Veremos que haverá o emprego do artigo masculino antes do pronome.
Por exemplo, “vinculadas aos seus termos”. A se há emprego de ao, é óbvio que o emprego
da crase está correta. Olhe lá, o termo “vinculadas” tá exigindo complemento regido por
preposição, porque com efeito, quem vincula, vincula-se a algo, certo?
(CESPE/2014/DPF/AGENTE)
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à
humanidade e à estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e
culturais de 4 todos os Estados e sociedades. [...]
Internet: direitoshumanos.usp.br
ERRADO. O Cespe AMA esse tipo de questão. Adora dizer que casos assim e assado são
facultativos. Normalmente está errado, o Cespe pega uma regra gramatical referente à
crase e o relativiza, como nesta questão. Aqui, a preposição a em se contraiu com o artigo a
que acompanha o substantivo feminino.
(CESPE/2015/MPU/TÉCNICO)
O tribunal considerou que a liberdade de expressão não se pode traduzir em desrespeito às
diferentes manifestações dessa mesma liberdade, pois ela encontra limites no próprio
exercício de outros direitos fundamentais.
Internet: <http://ibde.org.br> (com adaptações)
Nas linhas 21 e 22, o emprego do sinal indicativo de crase em “às diferentes” justifica-se
pela regência de “desrespeito”, que exige complemento antecedido da preposição a, e pela
presença de artigo feminino plural antes de “diferentes”.
(CESPE/2015/FUB/NÍVEL MÉDIO)
[...] 1 0 isto é, exatamente aquelas que mantêm, em meio a todas as dificuldades, um grau
elevado de independência em relação às injunções imediatas do mercado.
Franklin Leopoldo e Silva. Internet: <www.scielo.br> (adaptado)
O acento indicativo de crase em “às injunções” (l.12) justifica-se pela regência de
“independência” ( l.11), que exige complemento regido pela preposição “a”, e pela presença
de artigo definido feminino plural antes de “injunções”.
(CESPE/2014/ICMBIO/NÍVEL SUPERIOR)
[...] Fazemos a aproximação por meio de elementos do contexto onde as crianças estão
inseridas. As atividades de leitura, interpretação e escrita [...]
Certo. A preposição “em” contraída com a letra “o” integra “no qual”. A forma nominal
“inseridas” pede regência, afinal, quem está inserido, está inserido em algo.
(CESPE/2014/ICMBIO/NÍVEL MÉDIO)
[...] Bisa rema quase sete horas para chegar até a altura da Ermida Dom Bosco e, às vezes,
dorme na mata e retorna para casa só na manhã seguinte. “É uma vida de muito trabalho,
mas necessidade eu nunca passei”, diz o pescador.
Lilian Tahan. Vivendo de pescaria. In: Veja Brasília, 2/10/2013 (com adaptações)
O complemento da forma verbal ‘passei’ (l.19) não está explicitamente expresso no texto,
devendo ser inferido pelo leitor.
Questão errada. O que ele nunca passou? Necessidade. Vê-se desta feita que o
complemento verbal está explícito no texto. Aqui, o verbo passei é transitivo direto e seu
complemento, por evidência, é objeto direto.
(CESPE/2013/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO)
O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) informa que o crescimento da população
carcerária tem sofrido retração nos últimos quatro anos. 4 Segundo análise do DEPEN, essa
redução do encarceramento decorre de muitos fatores. [...]
Internet: <www.mj.gov.br> (adaptado)
(CESPE/2013/MPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO)
A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar
10 desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam. [...]
Ruy Barbosa. Oração aos moços. Internet: <http://home.comcast.net> (com adaptações)
Certo. Esta oração complementa o verbo consistir, que é transitivo indireto e clama
preposição para reger complemento. Veja: o que consiste, se consiste em alguma coisa. No
caso a oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam”.
(CESPE/2013/CNJ/ANALISTA JUDICIÁRIO)
[...] Assim, não basta proteger o cidadão do poder com o simples contraditório processual e
a ampla defesa, abstratamente assegurados na Constituição. [...]
Newton de Oliveira Lima. Um valor discursivo e político. In: Revista Jus Vigilantibus.
Internet: jusvi.com (com adaptações)
Questão errada. Veja, caríssimo, o verbo “proteger” é bitransitivo e o termo “do poder” se
subordina ao verbo “proteger” pela preposição do. A ideia é simplesmente esta: proteger o
cidadão (objeto direto), de quê? do poder (objeto indireto - por causa da preposição que
está junto ao vocábulo “poder”).
(CESPE/2015/MPU/TÉCNICO)
[...] atribuindo-lhes o papel de fiscalizar a lei e de promover a acusação criminal. Existiam
ainda o cargo de procurador [...]
Internet: mpu.mp.br (com adaptações).
Errado. O Cespe às vezes é bem maluco. O vocábulo promover é um verbo transitivo direto
(quem promove, promove algo). Logo não há preposição alguma aí para se fundir com
artigo. Fácil essa questão, certo?
Certo. Não há muito o que comentar, pois está perfeita a colocação do examinador. O
termo regente é “ligado”, enquanto o termo regido é “Secretaria de Agricultura”.
(CESPE/INPI/TODOS OS CARGOS/2013)
4 sobre mudança do clima. Isso é particularmente relevante, uma vez que 75% das
emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil são relacionadas ao uso da terra. [...]
Mudança do clima: uma contribuição da indústria brasileira. Brasília: CNI, 2009.
Internet: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br>
Certo. O que se relaciona, se relaciona a algo, isto é, este é um verbo transitivo indireto. No
caso em tela, se passássemos para a sugestão do examinador, “utilização da terra”,
teríamos a ocorrência de crase, visto que “relacionadas” é termo regente e necessita de
preposição para reger seu complemento.
Errado. Se você é um leitor razoável, quando bate o olho neste tipo de questão fica se
perguntando o porquê de o Cespe fazer perguntas realmente idiotas. Ao fazer ao menos mil
questões, você bate o olho e o erro salta aos seus olhos, como no exemplo em tela.
(CESPE/2014/ANTAQ/NÍVEL SUPERIOR)
A participação e o lugar da mulher na história foram negligenciados pelos historiadores e,
por muito tempo, elas ficaram à sombra de um mundo dominado pelo gênero masculino.
Ao pensarmos o mundo medieval e o papel dessa [...]
Patrícia Barboza da Silva. Colunista do Brasil Escola. (com adaptações).
O acento indicativo de crase em “à sombra” (l.3) poderia ser omitido sem prejuízo da
correção gramatical do texto, visto que seu emprego é opcional no contexto em questão.
(CESPE/2015/MPU/ANALISTA)
Na organização do poder político no Estado moderno, à luz da tradição iluminista, o direito
tem por função a preservação da liberdade humana, de maneira a coibir [...]
Fernanda Leão de Almeida. A garantia institucional do Ministério Público em função da proteção dos
direitos humanos. Tese de doutorado. São Paulo: USP, 2010, p. 18-9. Internet: (com adaptações).
Errado. Fico de cara com as besteiras do Cespe. Apesar de esta ser uma tese de
doutorado, a questão em si, tanto em interpretação de texto quanto de gramática traz
problemas extremamente fáceis, como esta em tela. Mesma resposta da questão anterior:
diante de locuções femininas adverbiais, prepositivas e conjuntivas, o uso de crase é
obrigatório. Andiamo!
(CESPE/2014/TJ-SE/TÉCNICO JUDICIÁRIO)
No trecho “deu início à sua caminhada cósmica” (l.16 e 17), o emprego do acento grave
indicativo de crase é obrigatório.
Errado. Olha lá, o pronome possessivo feminino “sua” é feminino e entra naqueles casos os
quais eu falei em aula. Aqui a crase é facultativa.
(CESPE/2015/CGE-PU/AUDITOR GOVERNAMENTAL)
No trecho “Chama-lhe à minha vida uma casa” (l.7), é facultativo o emprego do sinal
indicativo de crase.
Certo. É facultativo o uso porque, assim como na questão passada, estamos diante de
pronome, nos casos os quais falei em aula. Preste atenção, há ali um pronome possessivo
adjetivo feminino “minha”. Logo, a crase é sempre facultativa. Aqui o negócio é regrinha
mesmo, não tem jeito.
(CESPE/2015/FUB/NÍVEL MÉDIO)
[...] E quanto a corrigir quem fala errado?
É claro que os pais devem ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o
34 professor deve corrigir o aluno, mas será que temos o direito de advertir o balconista que
nos cobra “dois real” pelo cafezinho?
Língua Portuguesa. Internet: revistalingua.uol.com.br (com adaptações)
De acordo com o contexto, estaria também correto o emprego do sinal indicativo de crase
em “quanto a” (l.32)
Errado. Repare que há verbo após a palavra a. Conforme visto em aula, diante de verbo é
proibido o uso de crase.
(CESPE/2015/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO)
[...] O Tribunal Superior — de justiça eleitoral — com jurisdição em todo o território nacional,
10 compunha-se de oito membros efetivos e oito substitutos, e era presidido pelo
vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A ele se somavam dois membros
efetivos e dois 1 3 substitutos, sorteados dentre os ministros do STF, além de dois [...]
As formas de composição do TSE: de 1932 aos dias atuais. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral,
Secretaria de Gestão da Informação, 2008, p. 11. Internet: tse.jus.br (com adaptações)
Certo. Diante de pronome desse tipo a crase não ocorre. Qualquer dúvida, volte para a aula
e reveja os casos proibitivos de crase.
(CESPE/2015/FUB/NÍVEL MÉDIO)
[...] essas são as palavras-chaves que compõem o vocabulário das mudanças pelas quais
passa o mundo e que, inevitavelmente, impõem a cada um de nós a busca por um novo
modelo de vida [...]
Internet: techoje.com.br (com adaptações).
Estaria também correto o emprego de sinal indicativo de crase em “a cada” (l. 4 e 5).
Errado. A palavra “cada” designa algo individual que é parte de um todo. Logo, é pronome
indefinido, sendo assim, não há crase.
(CESPE/2015/TRE-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO)
No trecho “Em meio a esse cenário” (L.23), a inserção de sinal indicativo de crase no “a"
acarretaria prejuízo à correção gramatical do texto.