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Resumo Caracteriza o de Efluentes Continua o
Resumo Caracteriza o de Efluentes Continua o
ALCALINIDADE:
Origem:
Natural: rochas, atmosfera, mat organica, fotossíntese.
Antropogênica: despejos domésticos e industriais.
Importância:
Natural:
Antropogênica: confere gosto amargo às águas.
A alcalinidade indica a quantidade de íons na água que reagem para neutralizar os íons
hidrogênio. Constitui-se, portanto, em uma medição da capacidade da água de neutralizar os ácidos,
servindo assim para expressar a capacidade de tamponamento da água, i.e., sua condição de resistir
a mudanças do pH.
Os principais constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos (HCO3-), carbonatos (CO3-) e
hidróxidos (OH-). Outros íons, como cloretos, nitratos e sulfatos não contribuem para a alcalinidade. A
distribuição entre as três formas de alcalinidade na água (bicarbonatos, carbonatos, hidróxidos) é
função do seu pH:
Verifica-se assim que na maior parte dos ambientes aquáticos a alcalinidade é devida
exclusivamente à presença de bicarbonatos. Valores elevados de alcalinidade estão associados a
processos de decomposição da matéria orgânica e à alta taxa respiratória de microrganismos, com
liberação e dissolução do gás carbônico (CO2) na água. A maioria das águas naturais apresenta
valores de alcalinidade na faixa de 30 a 500 mg/l de CaCO3, sendo esta a unidade usada para
expressão deste parâmetro.
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ACIDEZ
Origem:
Natural: sólidos e gases (CO2 absorvido da atmosfera ou resultante da decomposição de matéria
orgânica, presença de H2S).
Antropogênica: despejos industriais, mineração.
Importância:
Natural:
Antropogênica: corrosividade.
DUREZA
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Águas com elevados teores de dureza reduzem a formação de espuma, o que implica em um
maior consumo de sabões e xampús, além de provocar incrustações nas tubulações de água quente,
caldeiras e aquecedores, devido à precipitação dos cátions em altas temperaturas. Por outro lado há
evidências de que a ingestão de águas duras contribui para uma menor incidência de doenças
cardiovasculares. Em corpos d'água com reduzidos teores de dureza a biota é mais sensível à
presença de substâncias tóxicas, já que a toxicidade é inversamente proporcional ao grau de dureza
da água.
CONDUTIVIDADE
MATÉRIA ORGÂNICA:
Origem:
Natural: biomassa vegetal e animal
Antropogênica: esgotos domésticos, águas residuárias de indústrias que processam matéria orgânica
(indústrias de alimentos, laticínios, matadouros, frigoríficos, cervejarias, etc.)
Moléculas geralmente contendo a forma CxHyOz, analisada pelos ensaios de DQO (Demanda
Química de Oxigênio), DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), COT (Carbono Orgânico Total),
O.D. e amônia. Constituída por: proteínas e uréia (altos teores de N), carboidratos (açúcares:
solúveis, amido: insolúveis e celulose: insolúveis com baixa biodegradabilidade), lipídeos (gorduras,
óleos e graxas: solúveis em solventes orgânicos), fenóis, pesticidas, etc. O impacto no corpo hídrico
depende da capacidade de autodepuração do mesmo, na qual atuam processos fisicos
(sedimentação da matéria orgânica, reaeração atmosférica) e principalmente biológicos (assimilação,
fotossíntese).
Importância
Natural: afetam negativamente o balanço de oxigênio do corpo d'água (aumento do consumo de
O.D.), podendo provocar mortandade dos organismos aeróbios, solubilização de diversos compostos
químicos de presença indesejável, aumento na toxicidade de vários elementos.
Antropogênica: geração de maus odores e inconvenientes estéticos.
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DQO e DBO5 são determinações indiretas (DBO5 é uma medida indireta do carbono orgânico
biodegradável – matéria orgânica carbonácea).
COT é uma determinação direta.
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presença de um alto teor de matéria orgânica pode induzir à completa extinção do oxigênio na água,
provocando o desaparecimento de peixes e outras formas de vida aquática.
Um elevado valor da DBO5 pode indicar um incremento da microflora presente e interferir no
equilíbrio da vida aquática, além de produzir sabores e odores desagradáveis e, ainda, pode obstruir
os filtros de areia utilizados nas estações de tratamento de água.
No campo do tratamento de esgotos, a DBO5 é um parâmetro importante no controle das
eficiências das estações, tanto de tratamentos biológicos aeróbios e anaeróbios, bem como físico-
químicos (embora de fato ocorra demanda de oxigênio apenas nos processos aeróbios, a demanda
"potencial" pode ser medida à entrada e à saída de qualquer tipo de tratamento). Na legislação do
Estado de São Paulo, o Decreto Estadual n.º 8468, a DBO5 de cinco dias é padrão de emissão de
esgotos diretamente nos corpos d'água, sendo exigidos ou uma DBO5 máxima de 60 mg/L ou uma
eficiência global mínima do processo de tratamento na remoção de DBO5 igual a 80%. Este último
critério favorece aos efluentes industriais concentrados, que podem ser lançados com valores de
DBO5 ainda altos, mesmo removida acima de 80%.
A carga de DBO5,expressa em Kg/dia é um parâmetro fundamental no projeto das estações
de tratamento biológico. Dela resultam as principais características do sistema de tratamento como
áreas e volumes de tanques, potências de aeradores, etc. A carga de DBO5 pode ser obtida do
produto da vazão pela concentração de DBO5. Por exemplo, em uma indústria já existente que se
pretenda instalar um sistema de tratamento, pode-se estabelecer um programa de medições de
vazão e de análises de DBO5, obtendo-se a carga através do produto dos valores médios. O mesmo
pode ser feito em um sistema de esgotos sanitários já implantado. Na impossibilidade, costuma-se
recorrer a valores unitários estimativos. No caso de esgotos sanitários, é tradicional no Brasil a
adoção de uma contribuição "per capita" de DBO5 de 54 g/hab.dia. Porém, há a necessidade de
melhor definição deste parâmetro através de determinações de cargas de DBO5 em bacias de
esgotamento com população conhecida. No caso dos efluentes industriais, também costuma-se
estabelecer contribuições unitárias de DBO5 em função de unidades de massa ou de volume de
produto processado. Na tabela a seguir são apresentados valores típicos de concentração e
contribuição unitária de DBO5.
Quanto à DQO, uma característica é que a solução ácida de dicromato utilizada no teste é um
oxidante tão forte que oxida substâncias que consumiriam o oxigênio muito lentamente em águas
naturais, e que, portanto, não constituem uma ameaça real para seu conteúdo de oxigênio. Ou seja, o
dicromato oxida substâncias que não seriam oxidadas na determinação da DBO. Devido a esse
excesso de oxidação, principalmente de matéria orgânica estável (ex.: celulose para CO2; Cl- para
Cl2) o valor da DQO é em regra geral, maior que o valor da DBO. Nenhum dos métodos de análise
oxida hidrocarbonetos aromáticos ou muitos alcanos, que são resistente em qualquer circunstância à
degradação em águas naturais.
A relação entre os valores de DQO e DBO indica a parcela de matéria orgânica que pode ser
estabilizada por via biológica. Define-se como Índice de Biodegradabilidade (IB) como a relação entre
a DBO5 e a DQO (IB = DBO5/DQO). Se IB < 0,1 a amostra é pouco biodegradável, enquanto se IB >
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0,4 a amostra é biodegradável. Tanto a DBO quanto a DQO são expressas em ppm ou mg/l. A
concentração média da DBO, que é o parâmetro normalmente mais utilizado, e em esgotos
domésticos, por exemplo, é da ordem de 300 mg/l, o que indica que são necessárias 300 gramas de
oxigênio para estabilizar, em um período de 5 dias e a 20°C, a quantidade de matéria orgânica
biodegradável contida em 1 litro da amostra. Alguns efluentes de indústrias que processam matéria
orgânica (laticínios, cervejarias, frigoríficos) apresentam valores de DBO na ordem de grandeza de
dezenas ou mesmo centenas de gramas por litro. Em ambientes naturais não poluídos a
concentração de DBO é baixa (1 a 10 mg/l) podendo atingir valores bem mais elevados em corpos
d'água sujeitos à poluição orgânica, em geral decorrente do recebimento de esgotos domésticos.
No teste de DBO, são colocados num frasco âmbar e fechado, uma solução contendo tampão
fosfato com pH 7,2, MgSO4, CaCl2, FeCl3, NH4Cl e os microrganismos (semeadura contendo
bactérias saprófitas – que oxidam a matéria orgânica e bactérias autotróficas – que oxidam a matéria
não-carbonácea). Neste frasco é inserido um sensor de O.D., também chamado de oxímetro, o qual
medirá as mudanças desse parâmetro. No caso de águas com elevada concentração de matéria
orgânica como no caso de esgotos (águas residuárias), para se calcular a sua DBO é necessário
realizar diluições da amostra original com água pura saturada com O2.
Cálculo da DBO:
( D1 − D2 ) − ( B1 − B2 )
DBO 5 =
P
CARBONO
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de medidas de DBO, DQO, turbidez e cor. Geralmente, DQO > DBO > COT. Entretanto, se a amostra
contém substâncias tóxicas, esta relação pode não ser verdadeira. Cor e turbidez, por serem
causadas por substâncias dissolvidas e/ou particuladas, são altamente correlacionadas com os níveis
de carbono orgânico. Em águas superficiais as concentração de COT são geralmente menores que
10 mg/L e em águas subterrâneas menores que 2 mg/L.
O teste consiste em injetar uma quantidade conhecida de amostra num forno de alta
temperatura (680 °C) com atmosfera altamente oxidante. O carbono orgânico é oxidado para CO2,
cuja quantidade é medida através de um analisador infravermelho. A redução deste valor está
relacionada à fração dos compostos orgânicos que foi mineralizada. Esta medição indica a
quantidade inicial de carbono existente na amostra. No entanto, este método não consegue distinguir
entre compostos orgânicos e os compostos inorgânicos como os carbonatos e bicarbonatos. Também
não detecta outros compostos consumidores de oxigênio, como as aminas e a uréia, que contribuem
para a carência de oxigênio.
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É composto principalmente de duas categorias de compostos: substâncias não-húmicas
(carboidratos, proteínas, gorduras, pigmentos e outros compostos de baixa massa molar) e
substâncias húmicas (as quais formam a maior parte da matéria orgânica em águas e consiste de
hidrofílicos coloridos e complexos ácidos com alta massa molar). Substâncias não-húmicas são
facilmente utilizadas e degradadas pelos microrganismos e suas concentrações instantâneas são
normalmente baixas, embora tenham importante papel no metabolismo. Substâncias húmicas são
formadas predominantemente como resultado de atividade microbiana e são mais persistentes.
O carbono inorgânico pode ocorrer no ambiente aquático, sob três formas principais: carbono
inorgânico livre (CO2 + H2CO3), íons bicarbonato (HCO3-) e íons carbonato (CO32-). Estas formas
estão fundamentalmente relacionadas com o pH do meio. A sua distribuição na coluna d´água é
função de fatores bióticos (atividades dos organismos) e abióticos (o pH e a temperatura).
SÉRIE NITROGENADA
No meio aquático o elemento químico nitrogênio (N) pode ser encontrado sob diversas
formas:
Nitrogênio molecular (N2), escapando diretamente para a atmosfera; algumas espécies de algas
conseguem fixar o nitrogênio atmosférico, o que permite o seu crescimento mesmo quando as outras
formas de nitrogênio não estão disponíveis na massa liquida;
Nitrogênio orgânico (Norg), representada principalmente pela fração proteínas e suas combinações,
que pode estar na forma dissolvida (compostos nitrogenados orgânicos) ou particulada (biomassa de
organismos);
Íon amônio (NH4+): forma reduzida do nitrogênio, sendo encontrada em condições de anaerobiose;
serve ainda como indicador do lançamento de esgotos;
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Íon nitrito (NO2-): forma intermediária do processo de oxidação, apresentando uma forte instabilidade;
FÓSFORO
O fósforo é, na maioria dos casos, o nutriente mais importante para o crescimento de plantas
aquáticas. Quando este crescimento ocorre em excesso, prejudicando os usos da água, caracteriza-
se o fenômeno conhecido como eutrofização. No ambiente aquático o fósforo pode ser encontrado
sob várias formas: Orgânica (mátéria orgânica dissolvida e particulada na biomassa) e Inorgânica (
fração solúvel representada pelos sais de fósforo dissolvidos e a insolúvel pela presença de minerais
de difícil solubilização como o fosfato de cálcio ).
A fração mais significativa no estudo do fósforo é a inorgânica solúvel, que pode ser
diretamente assimilada para o crescimento de algas e macrófitas. A presença de fósforo na água está
relacionada a processos naturais (dissolução de rochas, carreamento do solo, decomposição de
matéria orgânica, chuva) ou antropogênicos (lançamento de esgotos, detergentes, fertilizantes,
pesticidas). Em águas naturais não poluídas as concentrações de fósforo situam-se na faixa de 0,01
a 0,05 mg/l.
FERRO E MANGANÊS
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problemas de ordem estética (manchas em roupas, vasos sanitários) ou prejudicar determinados
usos industriais da água.
Desta forma o padrão de potabilidade das águas determina valores máximos de 0,3 mg/l para
o ferro e 0,1 mg/l para o manganês. Deve ser destacado que as águas de muitas regiões brasileiras,
como é o caso de Minas Gerais p.ex., em função das características geoquímicas das bacias de
drenagem, apresentam naturalmente teores elevados de ferro e manganês, que podem inclusive
superar os limites fixados pelo padrão de potabilidade. Altas concentrações destes elementos são
também encontradas em situações de ausência de oxigênio dissolvido, como p.ex. em águas
subterrâneas ou nas camadas mais profundas dos lagos. Em condições de anaerobiose o ferro e o
manganês apresentam-se em sua forma solúvel (Fe2+ e Mn2+), voltando a precipitar-se quando em
contato com o oxigênio (oxidação a Fe3+ e Mn4+).
Micropoluentes
Micropoluentes inorgânicos
Componentes tóxicos. Exemplos: Metais Pesados: Arsênio, Cádmio, Cromo, Chumbo, Mercúrio e
Prata. (sólidos dissolvidos ou suspensos), cianetos
Origem:
Atividades industriais e agricultura
Toxicidade: Cumulativa na cadeia alimentar
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Componentes tóxicos. Exemplos: Moléculas resistentes à decomposição. Pesticidas, hidrocarbonetos
aromáticos, alifáticos, detergentes, etc. (sólidos dissolvidos ou suspensos)
Origem:
Atividades Industriais e Agricultura
Toxicidade: Cumulativa na cadeia alimentar
Voláteis
Adsorvidos: concentram-se no filtro biológico, podem causar inibição na digestão do lodo ou produzir
lodo ruim.
Parâmetros biológicos
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♦ Vírus: paralisia infantil (agora já praticamente extinta no nosso país), hepatite infecciosa,
gastroenterite;
♦ Bactérias: cólera, disenteria bacilar, febre tifóide, salmonelose;
♦ Protozoários: disenteria amebiana, giardíase;
♦ Helmintos: verminoses em geral.
Bactérias coliformes
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• Plancton: organismos sem movimentação própria, que vivem em suspensão na água, podendo ser
agrupados em fitoplancton (algas, bactérias) e zooplâncton (protozoários, rotiferos, crustáceos). A
comunidade planctônica exerce um papel fundamental na ecologia aquática, tanto na construção da
cadeia alimentar quanto na condução de processos essenciais, como a produção de oxigênio e a
decomposição da matéria orgânica;
• Benton: é a comunidade que habita o fundo de rios e lagos, sendo constituída principalmente por
larvas de insetos e por organismos anelídeos, semelhantes a minhocas. A atividade da comunidade
bentônica influi nos processos de solubilização dos materiais depositados no fundo de ambientes
aquáticos. Além disso, pelo fato de serem muito sensíveis e apresentarem reduzida locomoção e fácil
visualização, os organismos bentônicos são considerados como excelentes indicadores da qualidade
da água;
Nesta situação a massa liquida normalmente pode receber a carga de matéria orgânica sem
sofrer quaisquer alterações prejudiciais ao seu uso. Esta capacidade do ambiente aquático de
restabelecer o seu equilíbrio após impactos decorrentes do lançamento de cargas poluidoras recebe
o nome de autodepuração. Na autodepuração atuam processos fisicos (sedimentação da matéria
orgânica, reaeração atmosférica) e principalmente biológicos (assimilação, fotossíntese). Em um
curso d'água que recebe esgotos podem ser identificadas quatro zonas de autodepuração: zona de
degradação, zona de decomposição ativa, zona de recuperação, zona de águas limpas. Cada uma
destas zonas apresenta suas características próprias, sendo habitadas por distintas comunidades
aquáticas.
Tipo de
Poluentes Parametros de caracterização Consequencias
efluente
Problemas estéticos
Sólidos em Domesticos Depositos de lodo
Solidos em suspenção totais
suspenção Industriais Adsorção de poluentes
Proteção de patogênicos
Domesticos
Solidos flutuantes Óleos e graxas Problemas estéticos
Industriais
Consumo de oxigenio
Matéria orgânica Demanda bioquimica de oxigênio Domesticos
Mortandade de peixes
biodegradavel (DBO) Industriais
Condições sépticas
Patogênicos Colifornes Domesticos Doenças de veiculação hidrica
Crescimento excessivo de
Nitrogenio Domesticos
Nutrientes algas
Fosforo Industriais
Toxicidade aos peixes
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Doença em recém-nascidos
(nitratos)
Toxicidade
Espumas
Pesticidas
Compostos não Industriais Redução de transferencia de
Detergentes
biodegradáveis Agricolas oxigenio
Outros
Não biodegradabilidade
Maus odores
Toxicidade
Inibição do tratamento
Elementos especificos (ex: biologico dos esgotos
Metais pesados arsênio, cádmio, cromo, mercurio, Industriais Problemas de disposição do
zinco, etc) lodo na agricultura
Contaminação da água
subterranea
Salinidade excessiva - prejuizo
às plantações (irrigação)
Sólidos inorgânicos Solidos dissolvidos totais Toxicidade a plantas (alguns
Reutilizados
dissolvidos Condutividade elétrica íons)
Problemas de permeabilidade
do solo (sódio)
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