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Anotações da aula de Psicanálise

Colocação mais ampla do que seria o declínio da função paterna, como o exercício da
autoridade nos diversos âmbitos da sociedade. Não necessariamente sofre declínio, mas
tem um lugar estruturante na constituição do sujeito.

Falência da função paterna no mundo contemporâneo.

Textos: Totem e tabu, psicologia das massas, Moisés e monoteísmo, Uma neurose
demoníaca no século XVIII. Artigo sofre fetichismo e divisão do eu.

Atribui-se ao pai, à função paterna, a função de passar o sujeito do selvagem ao


civilizado, à cultura. A função paterna não se trataria disso. Pelo contrário, a exigência
para o exercício da função paterna é que o sujeito já esteja situado na civilização.

Não existe pulsão no mundo animal em Freud, por isso não tem como o homem dar
livre curso à sua pulsão enquanto meramente selvagem, animal.

Michel Tort – pai como simbólico.

A principal função do pai é transmitir a castração, sendo ele próprio castrado. Lacan se
inspira na ciência para pensar essa função que freud pensou pela via da religião. Lacan
se afasta dessa transcendência. A existência do sujeito depende do esvaziamento do ser,
esse esvaziamento seria a função do pai. O pai que tem e priva é diferente do pai que
falta.

Capitulo “o progresso da espiritualidade” de “moises e monoteísmo”.

Hannah Arendt – “o que é autoridade”

Weber – “economia e sociedade” (terceiro capitulo)

Allan Renout – “o fim da autoridade”

Capitulo “complexo de édipo” do seminário 4

Dominação para weber é sinônimo de autoridade. Para Hannah Arendt, autoridade e


poder são diferentes. A autoridade é feita por uma transmissão simbólica, não
necessariamente pelo poder, mas se estabelece pela palavra. A autoridade vai além do
poder. A autoridade do pai simbólico é semelhante, visto que não é o poder coercitivo
de cima para baixo que o faz autoridade, mas também a submissão dos submetidos a
essa autoridade.

Em totem e tabu o pai é o que goza e castra (está fora da série), em moises e
monoteísmo o pai é castrado, se encontra na série, é um pai que passa a castração, não
um pai que castra. No totem, Freud estabelece a proibição e o desejado. O mais
primitivo laço afetivo com o outro é a identificação. A identificação das massas
suspende a ambivalência amado/odiado relativa ao pai. A ambivalência aponta para o
pai castrado. A ambivalência do pai permite situá-lo na linguagem, como pai e filho (já
submetido à castração). Na massa essa ambivalência se desfaz porque o líder é só
amado pela massa.

Como a psicanalise fala da falência da autoridade? O que faliu? O que da função


paterna é constitutivo (do sujeito e do laço social) e portanto incontornável?

Alguma autoridade sempre vai existir, independentemente de quem a encarne... Não


estamos voltando à barbárie.

Página 432 do seminário 4 – será que seria uma crise da virilidade e não da função do
pai? (questionamento do janderson). – virilidade enquanto ideal.

A função do pai seria transmitir a castração, essa falta-a-ser. Esvaziamento,


desubstancialização, sem a qual não haveria homem.

Na lição 12 (acha que é essa) Lacan fala do pai dotado historicamente.

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