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aborda sobre os comportamentos das pessoas quando estão juntas, ou seja, em grupo.
Conta a história do professor Rainer Wenger, que oferece aos alunos um curso de uma
semana. O professor queria lecionar o curso sobre anarquismo, mas acabou sendo
persuadido pela direção da escola a ensinar sobre autocracia (regime em que o
governante exerce um poder absoluto e ilimitado).
Ao perceber que a turma estava envolvida com o assunto, o professor teve uma
ideia e deu uma pausa na aula com o intervalo. Quando os alunos voltam para a sala de
aula, pensando em uma melhor forma de todos compreenderem o conteúdo, ele decide
aplicar um experimento prático e real, estabelecendo e criando uma ditadura dentro da
sala de aula, que será chamada de “A Onda”. Sendo assim, os alunos aceitaram o
professor sendo o líder e o mesmo começou a impor as regras. De início, pede para que
chamem ele de senhor Wenger e proibiu os alunos de falarem sem sua permissão, além
disso, também estipulou que se alguém quisesse falar, deveria se levantar.
No início da experiência, ficou claro como uma ideologia pode se impor e alterar
valores e costumes e como isso pode afetar os comportamentos das pessoas. Como
líder, o professor, alegou que os alunos deveriam usar uniforme, anular as
personalidades de cada um e criar uma saudação entre eles para se cumprimentarem.
Embora todos devessem usar uniforme escolar, uma das alunas, chamada Karo,
estava usando uma camisa vermelha e, ao contrário dos demais, foi excluída por todos,
inclusive pelo próprio professor. Nesse ponto do filme, é importante ressaltar sobre
como uma ideologia é capaz de influenciar e afetar um indivíduo, uma vez que o
indivíduo na massa sente, pensa e age de maneira diferente do que se esperaria de uma
forma individual.
É compreensível que pensamentos e emoções sejam frequentemente
transformados em comportamentos individuais associados a grupos, ou seja, à uma
massa. Em uma grande quantidade de pessoas, todos esses sentimentos e
comportamentos são contagiosos e que podem ser intensificados de forma que os
indivíduos possam facilmente sacrificar seus próprios interesses em prol de benefícios
coletivos.
Logo após o caos entre os alunos desse movimento e dos outros cursos, em um
jogo de polo aquático, o professor Wenger, decide encerrar com “A onda”, pois este
movimento tomou proporções inesperadas e ficou uma situação caótica. Após a fala do
professor, um aluno chamado Tim, alegou que sofria bullying na escola, antes de todo
esse movimento, e quando passou a existir tudo isso, passou a integrar o grupo e passou
a ser respeitado. Ao ouvir a fala do professor, querendo o fim desse movimento, esse
aluno não aceitou a ideia e mencionou que poderia ser excluído novamente, acabou
sacando uma arma e atirando em um dos seus colegas.
Outro ponto importante, que o filme nos ensina é sobre os caminhos do papel de
um professor na sala de aula e sua capacidade de formar opinião e abrir mentes, mesmo
que no final do filme, o rumo tenha sido inesperado.
Sobre um outro ponto de vista, esse filme apresenta uma situação muito comum
hoje em dia: jovens que são decrescentes quanto ao futuro, pois não se interessam pela
identidade política e que isso pode se deixar levar por “alternativas do governo”. Sendo
assim, com a descrença e o distanciamento desses jovens na política, nos conhecimentos
quanto a classe, pode abrir espaço para o crescimento de movimentos autoritários em
uma espécie de necessidade de liderança.
Por fim, é válido ressaltar e refletir sobre como o filme trouxe muitos pontos
essenciais que nos faz olhar a fundo a realidade, como as pessoas reagem em
determinados contextos e como toda atitude pode ganhar novas proporções. Por isso, é
importante estar atentos a realidade que vivemos para não ultrapassar os limites e evitar
que a sociedade seja dura, limitada e rígida como antigamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS