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1) A indústria se caracteriza pelo processo de transformação de matérias-

primas em produtos semiacabados para outras indústrias ou bens para o


consumo no dia a dia. As indústrias são divididas em extrativas e de
transformação. As de transformação são classificadas em três categorias:
indústrias de bens de capital, como as de máquinas e equipamentos;
indústrias de bens intermediários, como é o caso das siderúrgicas,
petroquímicas, etc.; e indústrias de bens de consumo: não duráveis
(alimentos, bebidas, etc.), semiduráveis (vestuário, calçados, etc.) ou
duráveis (eletrodomésticos, automóveis, etc.).

2) Fatores locacionais são variáveis naturais, políticas, sociais e


econômicas que viabilizam a instalação de indústrias num determinado
lugar do território de um país: custo e qualificação da mão de obra,
disponibilidades de fontes de energia e matérias-primas, carga de impostos,
sistema de transporte, etc. Para indústrias de bens intermediários, por
exemplo, pesam mais a disponibilidade de matérias-primas e de energia. Já
a existência de mão de obra com elevado nível de qualificação pesa mais
para a instalação de indústrias de alta tecnologia. Já a proximidade de um
amplo mercado consumidor, por exemplo, é importante para indústrias de
bens de consumo.

3) Com a elevação dos custos de produção nas regiões de industrialização


antiga, os investidores têm buscado instalar novas fábricas em lugares onde
os custos de produção são menores e os lucros maiores, seja no interior de
um mesmo país ou em outros países. A desconcentração explica-se pela
busca de regiões que ofereçam uma boa infraestrutura (e menos
congestionada), salários relativamente mais baixos, terrenos mais baratos e
impostos menores (os municípios, na tentativa de atrair novas indústrias,
geralmente concedem vantajosos incentivos fiscais), etc.

4) Parques tecnológicos ou parques científicos ou tecnopolos representam a


geografia industrial da Revolução Técnico-Científica, cujo fator de
produção mais importante é o conhecimento. Os parques tecnológicos em
geral se desenvolvem em torno de universidades e centros de pesquisa,
muitas vezes no interior do próprio campus, porque aí estão os fatores
locacionais mais importantes para as indústrias (e os serviços) que nele se
instalam: produção de conhecimentos e mão de obra com elevado nível de
qualificação. É comum também a existência de incubadoras de empresas
nos parques tecnológicos para estimular o empreendedorismo e o
desenvolvimento de indústrias e serviços de alta tecnologia.

5) O fordismo está ancorado na produção em escala e na acentuada divisão


do trabalho no interior da fábrica. Ou seja, a produção é feita em grandes
lotes de um único modelo de produto e cada operário executa uma única
função especializada. Na fábrica fordista há uma rígida hierarquia, na qual
os trabalhadores não têm nenhuma autonomia. O controle de qualidade
feito apenas no final do processo de produção permite passar muitos
defeitos, aumentando o desperdício. Esse tipo de organização da produção
precisa de grandes estoques de insumos, exigindo grandes armazéns,
portanto alta imobilização de capitais, o que eleva os custos de produção.
O Toyotismo está ancorado na produção em escopo, ou seja, há uma
grande diversificação de modelos fabricados. Praticamente não há
hierarquia, os trabalhadores são multifuncionais, organizados em círculos
de controle de qualidade, de forma que eles mesmos são os responsáveis
pelo controle de qualidade dos produtos e pela detecção de defeitos ao
longo do processo. Isso reduz significativamente o desperdício. Como o
Toyotismo está ancorado no just-in-time, praticamente não há estoques,
podendo funcionar em espaços menores e com baixa imobilização de
capitais. Com isso, os custos são menores e a produtividade é maior. Em
todo o mundo, nos setores industriais mais avançados hoje predomina a
produção toyotista.

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