Você está na página 1de 3

Dependência química dentro de uma perspectiva simbólica

O símbolo é a unidade básica fundamental do psicológico e tem sua origem e função


coordenada pelos arquétipos, compreende o consciente e inconsciente.

Inconsciente quando constela uma realidade arquetípica.

Consciência Quando participa da elaboração e é modificada por ela.

Função principal estruturação da consciência ou estruturação egóica e desenvolvimento


da personalidade no sentido do processo de individuação.

No processo de desenvolvimento da personalidade observa-se o surgimento de distintos


padrões arquetípicos estruturando os padrões dinâmicos da consciência são eles:

Matriarcal: regido pelo arquétipo da Grande Mãe, exerce através de atitudes de


carinho, cuidado e protecção. Tem no campo corporal a sua via preferencial de
expressão orientando pelo desejo e pela fertilidade.

Sensualidade, prazer e criatividade impregnam o dinamismo matriarcal visando a


preservação e sobrevivência

Patriarcal: É regido pelo arquétipo do pai tendo como tributos básicos a organização e a
orientação.

Volta-se para o estabelecimento de regras, normas e leis. Orienta-se pelo princípio da


causalidade discrimina as polaridades, privilegiando sempre um dos dois pólos de
oposto.

Todo arquétipo compreende uma estrutura bipolar, estando seus pólos em permanente
relação dialéctica. A vivencia arquetípica pressupõe o encontro com as duas polaridades
do arquétipo em questão.

Mãe -boa x mãe-má

Se as polaridades não puderem ser vivenciadas de forma estruturante o indivíduo


tenderá a ficar preso a este padrão arquetípico, não conseguindo estruturar outros níveis
de consciência.

A aquisição de grandes modificação nos padrões da consciente activa o arquétipo do


herói o a trata-se de momentos complexos, durante essa fase o ego se descrimina e se
aproxima do self (centroversão).
Vivencia de depressão e morte.

A patologia pode surgir mediante uma falta de estruturação do arquétipo que foi
passivo durante a estruturação egóica.

A adolescência é um momento critico pois constela o dinamismo de alteridade (A


alteridade é o reconhecimento de que existem pessoas e culturas singulares e subjetivas
que pensam, agem e entendem o mundo de suas próprias maneiras) que se comtrapoes
aos dinamismos parentais.

O ser humano é chamado para o mundo adulto.

O consumo de substâncias parece ser um eco inconsciente dos antigos rituais de entrada,
onde o jovem era promovido a uma posição superior. O consumo de drogas estaria
relacionado a uma necessidade de transcender e de uma nostalgia do sagrado. A
dependência de drogas faria, de forma inconsciente, o papel de uma experiência
religiosa para o homem comum.

Transformações

Físicas relacionada a identidade primária.

Sociais comportamentos e atitudes adaptativas.

Psicológico – constela se o arquétipo do herói responsável pelo desenvolvimento do


dinamismo

Socio-familiar libido é deslocada para o mundo exterior, ampliação das relações


sociais.

O Adolescente precisa deixar morrer a identidade infantil para nascer o adulto.

A angustia de morte pelas perder, pode levar o individuo busca de algo (droga)

Polaridade

Onipotência x importência

Relação droga individuo ---

A droga permite a existência do sujeito até surgir os efeitos de tolerância e a mesma


perder seus efeitos simbólicos

Momento de crise, quando percebe que não pode vier sem sua droga e paradoxalmente
percebe que não consegue viver com ela.

Movimento de crise toxicomania , momento de grande crise existencial que aflora toda
a dinâmica que não pode ser vivenciada e que resultou no estabelecimento defensivo da
relação de dependência com o produto.
O sentimento de perda e morte costuma ser visto como aniquilação do seu próprio ser.

Persona do tóxicomanico

O terapeuta deve tomar o lugar da própria droga e esperar o dissolução da persona


rígida.

Levando a possibilidade de vivencia de uma abstinência criativa.

Mostrar que as fantasias estão relacionadas com as vivencias que ele mesmo criou.

o terapeuta deve funcionar não apenas como suporte egóica, mas também possibilitar as
vivencias da relação simbiótica primordial e a elaboração dos significados do êxtase
vivenciado na sua relação com a droga (duas polaridades do arquétipo materno)

exemplo

neurologista, dependente de cannabis e álcool vinha de família de intelectuais onde


não havia contato corporal

a medida que a relação vai se tornando menos fusional o terapeuta vai pouco a pouco
desenvolvendo posturas de orientação e discriminação . assumindo papel pedagógico e
de orientação pragmática tendo em vista as necessidades adaptativas ao contexto social.

A atitude do terapeuta tem como finalidade a estruturação do dinamismo patriarcal, o


estabelecimento de limites dentro da organização transferencial através da
disrcriminação das polaridades permite que o dependente vivencie a figura do pai.

O pai concreto vivido na figura do analista vai mobilizar o arquétipo do pai no


inconsciente do paciente, humanizando-o ou seja possibilitando a estruturação de
consciência patriarcal.

Você também pode gostar