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As dimensões dos seres respeitam as leis do universo através da expressão singular da

organização e do funcionamento daquele. Como somos feitos da mesma matéria, esse modelo
cósmico se replica em um padrão em cada existência, pois o que conta é a energia. As camadas
de energia tornam os seres mais elaborados, mais complexos, mais evoluidos.

Temos dois órgãos originalmente elétricos: coração e cérebro. Estudá-los apenas considerando
as suas especificidades, não nos permite mensurar a influência de um sobre o outro –
sincronicidade - nem acessar as camadas mais elevadas de energia, já que a evolução fez esses
órgãos trabalharem em conjunto em benefício do todo.

O cérebro, ainda que seja o centro de controle de nossas ações, pensamentos e sensações,
não é a expressão do ser, pois parte do que somos não reside em nosso limite físico, está na
alma, o nosso reservatório de energia.

Seria uma limitação a nossa identidade ser fruto de um processo cerebral de extinção de
energia sobre a qual o próprio cérebro não tem acesso total.

Lidar com isso é difícil do ponto de vista do método científico. É mais fácil negar, isolar, dizer
que não existe. Mas é o método que precisa de ajustes, pois não se constitui em um dogma,
devendo ser desafiado e aprimorado.

Não sendo essa uma abordagem religiosa ou de crença, o que se almeja é o reconhecimento
do que somos, quando olhamos para nós mesmos.

Então, é possível que o estudo e a compreensão da sincronicidade desses dois órgãos elétricos
possa nos levar a alcançar as camadas superiores de energia.

Como essas camadas de energia não são acessadas diretamente, para trabalharmos
cientificamente com toda essa energia será preciso vencer as barreiras da própria ciência, do
conceito do que é aceito como possível.

Assim, por exemplo, para um indivíduo que se sente triste, consideramos que algo aconteceu
fazendo os neurônios produzirem menos serotonina, ou seja, um estímulo externo levou a
uma diminuição da serotonina desencadeando a tristeza.

Supomos que é possível não sentir tristeza, se bloqueamos o estímulo externo ou mantemos o
nível de serotonina elevado.

Mas, será o caminho da tristeza a serotonina?

Ou a serotonina é a forma como o cérebro “lê” que estamos tristes?

Quando nos sentimos tristes, magoados, alegres, felizes, nosso coração também reage a esses
estímulos acelerando, compassando, descompassando, tremendo, modificando seu
funcionamento, sua composição e sua conformação.

Como continuamos a relevar essas manifestações na análise da expressão do ser?

Por que razão deixamos para o cérebro toda a responsabilidade por algo que ele talvez não
seja o único envolvido?

As descargas de energia desses órgãos podem elucidar questões importantes sobre como
sentimos e agimos, como reagimos ao meio exterior, como interagimos com as outras pessoas,
animais e com o nosso eu interior.
Essa associação, benéfica do ponto de vista da fisiologia, pode também o ser do ponto de vista
da neurologia-psicologia abrindo-se um novo campo, nessas duas áreas, capaz de proporcionar
descobertas até então inimagináveis.

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