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RESUMOSS

AURO
PROTEÇÃO PENAL DO INDIVIDUO

Feito por: @gabrielkmarques

Dos crimes contra a pessoa


 Crime de dano
CAP 1 Dos crimes contra a vida  Crime instantâneo de
efeitos permanentes
Bem jurídico= vida
 Materialidade delitiva
(exame necroscópico)
Homicídio= eliminação da vida ultra uterina
 Prova testemunhal

Espécies:

 Doloso
Simples (Art. 121 caput) = se dar por exclusão
 Sujeito ativo= aquele que pratica a conduta descrita na lei,
ou seja, o fato típico
 Sujeito passivo= o titular do bem jurídico lesado ou
ameaçado pela conduta criminosa

 Consumação= se dar pela morte do indivíduo (morte


encefálica) lei dos transplantes Lei nº 9.434, de 4 de
fevereiro de 1997 - Planalto
 Tentativa de homicídio:
I. Que exista prova inequívoca que o agente queria
matar a vítima
Dolo do agente x lesão corporal (não há
intenção de matar)
II. Início da execução

Art. 14, cp (atos executórios)

III. Que o resultado morte não tenha ocorrido por


circunstâncias alheias a vontade do agente
 Competência penal = deslocamento

Não se puni tentativa do


crime impossível
Arma ou projetil que
Arma de brinquedo, falha = tentativa de
descarregada ou com defeito homicídio
= crime impossível
Pode haver crime privilegiado-qualificado

Crime privilegiado constitui causa especial de


diminuição de pena e não atenuante
 Homicídio Privilegiado (art 121 § 1°)
1. Motivo de relevante valor social= o agente acha que trará
bem a coletividade EX: o pai que mata o indivíduo que
violentou sua filha
2. Motivo de relevante valor moral= motivo altruísta, compaixão...
EX: eutanásia
3. Sob domínio de violenta emoção seguido de injusta
provocação (circunstância atenuante) =, mas, há de ser injusta
a provocação, a provocar violenta emoção, exigindo uma séria
perturbação da afetividade, de modo a destruir a capacidade
de reflexão e os freios inibitórios. EX: O marido presencia o
adultério da esposa e a mata junto a seu amante

Caráter subjetivo das figuras do privilégio= as motivações, as circunstâncias


(não se transferem)

 Homicídio Qualificado

Quanto ao motivo:

 Mediante paga(prévia) ou promessa(posterior) de recompensa,


ou por motivo torpe (repugnante)

Preconceito, canibalismo,
vampirismo, ritual, econômico, cargo, prazer, vingança

Comunicabilidade da qualificadora
com o executor= motivação(doutrina)

1) Não se comunicam
2) Comunicam-se com o
mandante do crime
 Motivo fútil e insignificante= falta de proporção
Ciúmes e forte discursão
não se aplicam

Quanto ao meio:

 Veneno(que tenha dolo) / veneficio (pressupõe-se que seja


introduzido no organismo da vítima de forma velada, sem
que ela perceba) se a vítima for coagida a ingerir a
substância a qualificadora irar mudar para meio cruel SE A
VÍTIMA CONSENTIR A INOCULAÇÃO, NÃO SE APLICARAR
NENHUMA QUALIFICADORA

Alguns doutrinadores, concordam que a ingestão de substâncias


que causem alergia ou substancias não absorvíveis pelo corpo como
a glicose, no caso do diabético seriam como veneno

A também a possibilidade de crime impossível, quando o


agente infere uma substancia que não irar causar nenhum
‘mal’

Ou a vítima sofre algum tipo de desarranjo corporal, neste


caso o agente poderá responder por lesão corporal

Caso o agente não consiga consumar aquele envenenamento


com o resultado morte, ele irar responder por homicídio

 Fogo asfixia por fumaça conta, caldeirão com água


quente (dano qualificado de objetos alheios concurso
formal/vítimas colaterais) Tortura com a utilização de fogo não
se aplica a qualificadora fogo
Caso se consume o homicídio pôr
fogo ou explosivo o dano
qualificado é absorvido

Crime grave>crime menos grave


 Explosivo
 Asfixia= mecânica ou tóxica
Esganadura
Estrangulamento
Enforcamento
Sufocação
Afogamento
Soterramento
Sufocação indireta

 Tortura x Crime qualificado pela morte

Lei 9455/97 INTENSÃO Art121 §3 I 3

Preterdoloso (sem intensão)

o agente não pretendia


matar a vítima

 Meio cruel= pelo que a doutrina majoritária intende seria uma


morte cruel (com grande sofrimento), só que rápida EX:
chutes a ponta pé, passar o carro por cima da vítima,
ácido...
A qualificadora meio cruel, apenas será incluída caso a vítima
tenha vindo a óbito por meio dela

EX: CASO O AGENTE DESFIRA UMA FACADA A VÍTIMA E LOGO EM SEGUIDA LE APLICA
VARIOS PONTA PÉS EM SUA CABEÇA LHE CAUSANDO TRUMATISMO, CONTUDA SE A
PERÍCIA TIVER CONSTATADO QUE A MESMA VEIO A FALECER DEVIDO A FACADA O
AGENTE IRAR RESPONDER ‘’APENAS’’ POR HOMICÍDIO SIMPLES, OU QUALIFICADO DE
OUTRA MANEIRA

 Meio insidioso= uma armadilha, meio fraudulento, para atingir


a vítima sem que ela perceba que está havendo crime

Em algumas situações não se fica claro a diferença


entre meio insidioso ou perigo comum, então caberá ao
curso do julgamento decidir qual qualificadora se
aplicara
 Meio que possa resultar perigo comum= o agente atinge
outros que não tem nada haver não é necessário que se
prove ter havido risco concreto

Quanto ao modo:
 Traição= quando a quebra de confiança entre a vítima e o

agente (é necessário que aja uma relação anterior entre os

indivíduos o agente se aproveitou da relação) ‘’’tem que haver

surpresa’’ + impossibilidade de defesa

 Emboscada= o agente de forma dissimulada oculta suas

intenções e se utiliza de artifícios para atrair a vítima

Dissimulação significa ocultação do próprio desígnio. Pode


ser moral (quando o agente dá falsas mostras de amizade para
captar a atenção da vítima) ou material (utilização de disfarce).

 Por fim, poderá o agente utilizar-se de outro recurso que


dificulte ou torne impossível a defesa da vítima (só caberá esta
qualificadora, se não for possível aplicar as anteriores)

Quanto a conexão= existência de vínculo com outro crime:

 Teleológica= É praticado para assegurar a execução de outro


crime, futuro. 
 Consequencial= É cometido para assegurar a ocultação, a
impunidade ou a vantagem de outro crime, passado
Feminicídio= motivado (preconceito) contra mulher por razões da
condição de sexo feminino

Menosprezo a qualidade de mulher


Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

Milícias= organizações
I - com destruição oumilitares ouobstáculo
rompimento de paramilitares compostas
à subtração da coisa; por
cidadãos comuns armados que, teoricamente, não integram as
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
forças armadas de um país.
III - com emprego de chave falsa;
Causa de aumento de pena (no contexto de cometer
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas
homicídio)

Grupo de extermínio= a determinado grupo social

Causa de aumento de pena (caráter hediondo)

 Homicídio Culposo= o agente não quer, e não assume o risco


de provocar a morte, mas a ela não da causa

 Por:
 Negligência= designa falta de cuidado ou de aplicação numa
determinada situação, tarefa ou ocorrência. (conduta omissiva)
 Imprudência= é um comportamento de precipitação, de falta de
cuidados. (conduta comissiva)
 Imperícia= Imperícia é a incapacidade, a falta de habilidade
específica para a realização de uma atividade técnica ou
científica, não levando o agente em consideração o que sabe
ou deveria saber.

 Causa de aumento de pena no homicídio culposo

1. Inobservância de regra técnica= hipótese em que o agente tem


conhecimentos técnicos e práticos, mas, relapso, não os observa
no momento de agir. É o caso, por exemplo, do operador de
uma máquina que, devidamente treinado, deixa de adotar o
procedimento de segurança necessário e provoca, sem intenção,
um acidente que lesiona ou mata um terceiro.

2. Deixar de prestar imediato socorro= o agente, sendo possível


prestar os primeiros socorros a vítima foge do local

Observando-se que o agente na devida situação se tornou impossibilitando de


prestar o socorro não incide aumento de pena. Ex= risco de linchamento publico

3. Fuga para evitar prisão em flagrante= o agente, foge do local,


mesmo depois de prestar socorro a vítima
4. Não incide aumento de pena ao agente caso as consequências do seu
ato atingirem a ele mesmo de forma grave. Ex= a mãe que passa
por cima de seu filho com o carro ‘’sem querer’’

 Perdão judicial (causa extintiva da punibilidade)


 Natureza declaratória Súmula 18 STJ
 O agente não será lançado no rol de culpabilidade

 Induzimento, instigação ou auxilio a suicídio Art. 122 CP= o


legislador visa punir não o suicida (homicida), mas quem
participa (participe)
A vitima tem que ter consciência do que está tirando a
Suicida= vitima própria vida, ou seja, sem violência ou grave ameaça
Participe= autor

 Induzimento: o agente cria na vítima a ideia.

 Instigação: o agente reforça uma ideia preexistente.

 Auxilio: o agente presta assistência material à vítima

O auxílio material deve ser acessório, pois, se o agente praticar


atos executórios, pode-se configurar o crime de homicídio. Por
exemplo, se o agente fornece a corda para que o sujeito se

Pode ser comissivo ou omissivo impróprio, neste último caso quando o sujeito tiver o dever
de garantidor. Há divergência se, no caso de colaboração moral, é cabível a conduta omissiva.
Seria o caso da mãe que se cala quando a filha, de 17 anos de idade, diz que pretende se
enforque, temos auxílio ao suicídio. Se ele empurra o sujeito
para que a corda o enforque, o crime é o de homicídio.

Crime de omissão de socorro= o agente nega-se a prestar socorro a


vitima

Sobreviventes de roleta russa= responderão por participação em


suicídio + homicídio

Pacto de morte= os indivíduos A e B acordão em se matar em


conjunto

 Se um morrer e o outro não a acusação


 Se um dos agentes sofrer lesão leve e o outro
grave, respondera por estimulação ou homicídio simples
 Se A e B acordão em matar um ao outro sendo A
o agente do disparo e não morre com seu próprio
disparo= responderá por participação em suicídio,
homicídio consumado
 Se A e B acordão em matar um ao outro sendo A
o agente do disparo após consumar a morte de B
nega-se a matar a se mesmo= respondera por
homicídio
 Se A finge que morreu, mas não e autor da conduta
e B realmente se mata A responde por induzimento
 Aumento de pena
1) Por egoístico, torpe ou fútil
2) se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a
capacidade de resistência
3) A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada
por meio da rede de computadores, de rede social ou
transmitida em tempo real.
4) Se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede
virtual.
Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal
de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos
ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra
causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime= lesão
corporal grave
Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor
de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa,
não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio

 Infanticídio Art.123= matar o filho sobre o estado puerperal


(alteração psíquica) durante ou logo após o parto
 Se ocorre fora desse estado= homicídio
 Para a constatação e necessário a perícia médica
Negativo= crime de homicídio
Inconclusivo= presunção do estado puerperal
 Psicose puerperal= inimputável
 Matar sobre estado de depressão pós-parto= redução de pena
ou medida de segurança
 Se ocorrer antes do trabalho de parto (dilatação do colo do
útero até a expulsão) = auto aborto
 Se a mãe incentivar terceiro a matar= homicídio + crime de
participação (mãe)
 Matar outra criança= infanticídio (erro sobre a pessoa)

 Aborto Art.124
 Apenas em estado gravitíssimo
 Destruir embriões em-vitro= não constitui aborto
 Precisa ser provocado
Suicídio de mulher gestante não configura tentativa
Tipos de aborto de aborto

Causa sociais não justificam o aborto

Crime impossível = EX: feto morto, a mulher se


engana quanto a condição de grávida....

Absoluta ineficácia do meio= EX: ingestão de


 Aborto natural (atípico)
 Acidental (atípico)
 Criminoso

1. Auto aborto 33= Art.124


 Nesse caso, o sujeito ativo só pode ser a mãe (gestante).
 No caso de estarmos diante da segunda hipótese (permitir que
outra pessoa pratique o aborto em si), o crime praticado
somente pela mãe, respondendo o terceiro pelo crime do art.
126
 Assim este é um crime de mão própria, só é punido a forma
dolosa

2. Sem consentimento para aborto= Art.125= Nesse crime o terceiro


pratica o aborto na gestante, sem que esta concorde com a
conduta (mais grave)
 Não é necessário que se trate de um médico, podendo ser
praticado por qualquer pessoa (CRIME COMUM). Será vítima
passiva também, a gestante
 Homicídio de mulher gravida= se o agente sabia respondera
por aborto sem consentimento + homicídio
 Embora o crime ocorra quando não houver o consentimento da
gestante, também ocorrer o crime quando o consentimento for
prestado por quem não possua condições de prestá-lo (menor
de 14 anos, ou alienada mental), ou se o consentimento é obtido
mediante fraude por parte do agente (infrator).

3. Aborto com consentimento da gestante= Art.126


 Quem participa da clínica ou local sabendo do que se trata
o local respondem por associação criminosa
 A gestante e sujeito ativo
 O médico e as enfermeiras são participes
 Admite participação
 Quem visa lucra como o farmacêutico que sabe pra que
serve o remédio abortista (pena aumentado por motivo torpe)
 Só e punido na forma dolosa

4. Causa de aumento de pena Art.127


 Exclusivos dos arts. 125 e 126
 Se no aborto provocado por terceiro (arts. 125 e 126), em
decorrência dos meios utilizados pelo terceiro, ou em
decorrência do aborto em si, a gestante sofre lesão
corporal grave, as penas são aumentadas de 1/3; se
sobrevém a morte da gestante as penas são duplicadas.

 Legal= Código Penal prevê duas hipóteses em que o aborto


poderá ser realizado por médico (“aborto legal”), quais sejam:
 Quando a gravidez significar risco a vida da gestante (Que não há
outra forma)
Ex: gravidez tubaria
Que seja realizado por médico (exceto em caso de
extrema urgência)
Não há necessidade de consentimento judicial
 Quando a gravidez resultar de estupro e o aborto for
precedido de consentimento da gestante, ou, se incapaz, por
seu representante legal. (aborto sentimental)
Que haja consentimento da gestante ou de seu
representante legal
Procedimento de justificação e autorização= colher
provas para que o ato seja realizado= e obrigatório
Que seja realizado por médico (caso a gestante realize o
processo em se mesmo responde por auto aborto)

 Se a gestante enganar autoridades policiais sobre sua


condição de gravida, auferindo ser resultado de estrupo
responderá por consentimento para aborto, e o medico
não responderá por crime algum
 Aborto de anencefalo e permitido legalmente
 Aborto eugenesico= quando nos exames pré-natal mostra
anomalia isso não é motivo justificador = constitui crime
 Das lesões corporais

Tipo Consequência exigida Pena


Leve Ofensa a saúde Detenção de 3
meses a 1 ano
Incapacidade para ocupações
habituais por mais de 30 dias
(apenas se atividade for lícita)
Perigo de vida (verificado pelo Reclusão de 1 a 5
Grave perito, tem que ser provocado pela
anos
lesão)
Debilidade permanente de membro
sentido ou função
Aceleração de parto

Incapacidade permanente
(majoritariamente pra qualquer
atividade)
Enfermidade incurável Reclusão de 2 a 8
Gravíssima Perda ou inutilização de membro
anos
sentido ou função
Deformidade (permanente
visível, estético, certa monta e
vexatória)
Aborto (preter doloso= não há
intenção)
Seguida de morte Morte (preter doloso) Reclusão de 4 a
12 anos

 Quando a vontade do agente com a ação física e apenas


humilhar a vitima= crime de injuria
 Parte da doutrina entende que o corte não autorizado de
cabelo ou barba, exceto quando não a fim de humilhar a
vítima iria configurar lesão corporal leve
 Sobre a amputação ou decapitação de dedo= se for
qualquer um e grave se for o polegar e gravíssima
 AIDS= enquanto “a vítima” não morre a lesão corporal e
gravíssima/ quando ela morre, ocorre homicídio
 Lesão leve= ação condicionada
 Autolesão a fim de provocar algo= penalidade específica

 A possibilidade de correção por cirurgia plástica da lesão=


possibilita a aplicação de pena menos gravosa
 Se o agente tem a intenção de praticar o aborto, incorre
no crime de pratica de aborto sem consentimento da
vítima
 Se o agente comete vias de fato (ato agressivo sem
intenção de lesionar) e disso decorre a morte da vítima o
agente responde apenas por homicídio culposo

 Lesão corporal privilegiada


Idêntico aos requisitos de homicídio privilegiado
Não incide na categoria lesão culposa
Redução de 1 sexto a 1 terço

 Substituição de pena nas lesões leves


Redução de 1/6 a 1/3
Substituir por multa
Não incide o instituto de multa em razão da qualificadora de
violência doméstica contra mulher apenas terá a alternativa
de reduzir a pena de 1/6 a 1/3

 Lesão corporal recíproca= se não ficar provado quem


começou a agressão ambos serão absorvidos
A legitima defesa só e identificada se for logo seguida da
agressão se for em forma de retaliação depois do ato
primário ambos serão condenados
Se ambos partirem para agressão concomitantemente ambos
serão condenados

 Causas de aumento de pena


As mesmas de homicídio

 Lesão corporal culposa


Ação penal condicionada
Não leva em conta a gravidade da lesão
Adin 4424 (deixa de ser condicionada)
 Causa de aumento de pena lesão corporal culposa
As mesmas do homicídio culposo
 Violência doméstica (agravantes)
São ‘‘qualificadores’’ elencados

 Crimes contra a honra


 Calunia= Para que se caracterize a calúnia, deve haver
uma falsa imputação de fato definido como crime (não se
admitindo fato definido como contravenção penal, que poderá ser
tipificado em outro dispositivo) de forma determinada e específica,
onde, outrem toma conhecimento. (para outras pessoas saberem)
Visa proteger a Honra objetiva
Elemento subjetivo= Dolo (se o agente tem certeza da
veracidade e situação atípica se não tinha certeza, responde
com dolo eventual se sabia que era falsa, responde com
dolo)
Calunia ≠ denunciação caluniosa (a conduta é mais grave
pois nela o agente que prejudicar a vítima perante as
autoridades constituídas comporta contravenção pena)
Consumação e tentativa: com o conhecimento da imputação
falsa por uma terceira pessoa. Em tese, é admissível a
tentativa, dependendo do meio utilizado (v.g., através de
escrito).
Classificação: crime comum, formal, comissivo, instantâneo e
doloso.
Sujeito: sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Igualmente
qualquer pessoa pode ser sujeito passivo, inclusive os
inimputáveis a pessoas jurídicas apenas se for relacionado
ao meio ambiente. Os mortos também podem ser caluniados
(art. 138, § 2.°), mas seus parentes serão sujeitos passivos.
Ação penal privada

 Injuria= consiste em atribuir a alguém qualidade negativa,


que ofenda sua honra, dignidade ou decoro
Honra subjetiva
Atribuição de característica negativa= na injuria não há
atribuição de um fato (xingamento)
Ofensa a dignidade
Ofensa ao decoro (físico ou intelectual)
Elemento subjetivo= dolo
Excludente especial de ilicitude= De acordo com o art. 142
do Código Penal Brasileiro, haverá excludente de ilicitude
sempre que o agente agir dentro do escopo de uma
imunidade de opinião, sendo que o CP prevê três diferentes
tipos: a imunidade judiciária, a imunidade de crítica e a
imunidade funcional.
Consumação= quando a vítima tiver consciência da mesma
de forma mediata e imediata
Contra funcionário público= se for em sua presença= desacato
se não for em sua presença= injuria
Admite perdão judicial
Injuria real (qualificada)= ofende mediante agressão física
(violência ou vias de fato) agressão aviltante (humilhante) Ex:
raspa o cabelo da vítima, cuspir na vítima, joga a vítima na
piscina
Pode haver concurso de crimes de lesão leve e injuria real?
Sim, somasse as penas
Injuria absorve vias de fato
Injuria racial= ação penal pública condicionada, direcionada
especifica a pessoa (honra subjetiva) para sua caracterização
é necessário que haja ofensa à dignidade de alguém, com
base em elementos referentes à sua raça, cor, etnia,
religião, idade ou deficiência. Nesta hipótese, a pena
aumenta para 1 a 3 anos de reclusão. ≠ crime de racismo=
ação penal pública incondicionada, atinge a coletividade

 Difamação= consiste em atribuir a alguém fato determinado


ofensivo à sua reputação, honra objetiva, e se consuma,
quando um terceiro toma conhecimento do fato (imputa fato
não criminoso, mas desonroso a terceiros
Elemento subjetivo= dolo
Núcleo do tipo=Imputar algo desonroso a outrem, mas não
qualquer fato inconveniente, mas fato efetivamente ofensivo à
reputação.
Imputação de fato= É necessário que o fato seja descritivo,
não servindo um mero insulto ou xingamento. muitas das
vezes sendo contra funcionário público a pena aumenta de
um sexto há um terço.
Excludente especial de ilicitude= Nos termos do art. 142 do
CP será causa de exclusão da ilicitude se o agente atuar
sob uma das imunidades de opinião previstas no mencionado
artigo. São elas a imunidade judiciária, a imunidade de
crítica e a imunidade funcional.
Aumento de pena:
À difamação se aplicam também causas específicas de
aumento da pena do art. 141 do CP, in verbis:
"Art. As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de
um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República ou contra chefe de
governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que
facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria;
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou
portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
Parágrafo único. Se crime é cometido mediante paga ou
promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro."
Não é possível contra pessoa mortas
Extinção da punibilidade=Ocorrerá a extinção da
punibilidade com a retratação (antes da primeira estancia)
(apenas em ação privada)
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: Não
se aplica a calunia
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela
parte ou por seu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou
científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou
difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público,
em apreciação ou informação que preste no cumprimento de
dever do ofício.
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela
injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.

Exceção da verdade= Como para este tipo de crime o dano ocorrerá


independentemente da veracidade da afirmação, somente se admite a exceção da
verdade (alegação do réu de que o fato imputado é verídico) como defesa se a
difamação for contra servidor público e a ofensa é relativa ao exercício de sua
funções (parágrafo único, art. 139 do CP).

Injuria, calunia e difamação de procede diante ação penal privada exceto crime
contra presidente da república ou contra chefe de estado se procedera em acpp
condicionada a requisição do ministro da justiça, contra honra de funcionário público
em exercício de sua função, injuria racial, se resulta de violência
 Dos crimes contra liberdade pessoal
 Constrangimento ilegal
Objeto jurídico= Este dispositivo legal existe para proteger a
autodeterminação das pessoas, a liberdade que elas têm não
serem obrigadas a fazer ou deixar de fazer algo, senão em
virtude de Lei.
Sujeitos= O sujeito passivo deve ser qualquer pessoa que
tenha autodeterminação, e que se veja forçada a realizar ou
a se abster de determinada conduta pela ação do agente.

O agente pode ser qualquer pessoa que impeça o exercício


da liberdade individual de outrem. Ressalte-se que se a
conduta for realizada por funcionário público no exercício de
suas funções, estaremos diante de outro crime, chamado
abuso de poder.
Núcleo do tipo= O núcleo do tipo penal é evitar uma conduta
lícita utilizando vis corporalis ou vis compulsiva (violência
corporal e ameaça, respectivamente), bem como qualquer
outro meio que venha a impedir ou dificultar a resistência da
vítima
A violência pode ser dirigida à própria vítima, à terceiros ou
a objetos, desde que efetivamente impeçam a lícita realização
ou abstenção pretendida pela vítima.
Este tipo penal admite tentativa.
Consunção= Sendo crime subsidiário, sempre ocorrerá a
consunção, ou seja, será absorvido pelo crime mais grave
cometido, dos quais o constrangimento seja apenas meio. Por
exemplo, havendo um estupro não será o agente punido
também pelo constrangimento ilegal, já que este crime é
apenas elemento do outro.
Aumento de pena= A pena será aumentada no
constrangimento ilegal quando a execução do crime contar
com mais de 3 pessoas (art.146 paragrafo 1) ou se para
realizar o constrangimento o agente fizer uso de armas ou
de objetos que podem ser utilizados como arma. Nestes
casos, a pena será aplicada em dobro. É apenas aumento
de pena, não é qualificadora. Os concursos costumam fazer
esse tipo de pegadinha com os concurseiros, qualificado é
diferente de aumento de pena.
Excludente de tipicidade= Há dois casos que não estão
incluídos neste tipo penal. Se a autodeterminação for retirada
de paciente que sofre intervenção médica sem seu
consentimento, sempre e quando houver risco iminente de
morte. Igualmente, não será típico o constrangimento que visa
impedir um suicídio.

Exemplo: Se uma pessoa estiver com uma doença grave


incurável e tiver tomado um tipo qualquer de veneno, a fim
de eliminar sua vida.
As penas de lesão corporal serão somadas
É diferente de extorsão=´Extorsão é o ato de obrigar alguém a
tomar um determinado comportamento, por meio de ameaça
ou violência, com a intenção de obter vantagem
ECONÔMICA.
Ação pública incondicionada

 Ameaça
No Código Penal Brasileiro o crime de 'Ameaça' vem descrito
no art. 147, sendo um dos crimes descritos no capítulo que
trata dos crimes contra a liberdade individual.
Consiste em ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto,
ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e
grave. A pena cominada ao crime é de detenção de um a
seis meses, ou multa.
Trata-se de um crime de ação penal pública condicionada, ou
seja, somente se procede mediante representação.
Elementos do tipo= O agente pode ser qualquer pessoa que
possa crivelmente ameaçar a vítima. Por sua vez, a vítima
deve ser pessoa que goze de autodeterminação, na medida
em que o objeto jurídico protegido é a capacidade das
pessoas de somente limitarem sua conduta por força de Lei.
A ameaça deve ser crível, grave e pode se voltar contra a
vítima, terceiros ou objetos. O tipo penal admite todo tipo de
execução, desde que o conteúdo da comunicação leve a
vítima a acreditar que se agir de forma diversa da
pretendida pelo agressor, algum mal injusto e grave venha a
ocorrer.
Não há necessidade de ter o agente vontade de fazer o
mal anunciado: responderá pelo crime mesmo se for mero
blefe ou se a concreção daquilo que ameaça fazer seja
impossível. O dolo específico é o de intimidar.
O mal prometido deve ser futuro e injusto. Assim, não será
ameaça afirmar que entregará um criminoso à polícia ou de
que fará a execução judicial de um devedor.
Consunção= É crime subsidiário quando utilizado como crime
meio, ocorrendo a consunção, ou seja, quando o agente
toma conhecimento o crime de ameaça será absorvido pelo
crime mais grave. Exemplo disto seria um ladrão que
ameaça um gerente de banco para que este lhe abra o
cofre do banco. Neste caso, o ladrão não responderá pelo
crime de ameaça, absorvido pelo de extorsão.
A condicionante do crime não precisa se referir a vitima
Ameaça e violência doméstica contra mulher= ação
condicionada

 Sequestro e cárcere privado


Quando se refere a uma pessoa, trata-se do ato de privar
ilicitamente uma pessoa de sua liberdade, mantendo-a em
local do qual ela não possa livremente sair.
Quando se refere a um bem, trata-se do ato de apreender
ou depositar um ou mais bens, sobre os quais pese litígio,
como forma de garantir que sejam entregues, no final de um
processo, a quem lhes seja destinado por direito.
No crime de cárcere privado, a vítima quase não tem como
se locomover, sua liberdade fica restrita a um pequeno
espaço físico, como um quarto ou um banheiro.
Consumação= quando a vitima for privada de liberdade por
tempo suficiente
Crime permanente
A pena agravante de reclusão, de dois a cinco anos:[2]
se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou
companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;
se o crime é praticado mediante internação da vítima em
casa de saúde ou hospital;
se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
se o crime é praticado com fins libidinosos.
Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza
da detenção, grave sofrimento físico ou moral: Pena -
reclusão, de dois a oito anos.
Súmula 711 e crimes em= espécie A lei penal mais grave
aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a
sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência. O próprio embargante reconhece que a causa
dessa decisão foi a "existência de cinco crimes de corrupção
ativa, praticados em continuidade delitiva e parcialmente na
vigência da nova Lei". Portanto, está bem compreendido o
fundamento do acórdão, que, aliás, está bem ancorado na
Súmula 711 desta Corte (A lei penal mais grave aplica-se
ao crime continuado ou ao crime permanente, se a vigência
é anterior à cessão da continuidade ou da permanência).
Esta também é a inteligência do art. 71 do Código Penal,
que trata da regra a ser aplicada, pelo órgão julgador, da
ficção jurídica da continuidade delitiva.

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