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Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Araçatuba SP

Proteção do Meio Ambiente


Estudo de Caso: Não existe descarte para os resíduos tóxicos

Entre 1942 e 1953, a empresa Hooker Chemical and Plastics armazenava, em barris de
aço, dejetos químicos que continham, pelo menos, 200 tipos de compostos químicos diferentes
e os despeja em um canal próximo a Niagara Falls, Nova York.
Em 1953, a Hooker Chemicals fechou o canal, cobriu e o com argila e terra vegetal e o
vendeu para o Conselho de Educação de Niagara Falls por US$1. A empresa incluiu uma cláusula
no contrato que a eximia de qualquer responsabilidade legal por danos causados pelos dejetos.
Em 1957, a Hooaker alertou o Conselho de Educação para não interferir na cobertura de argila
em função de possíveis perigos que os resíduos tóxicos enterrados poderiam oferecer.
Em 1959, uma escola primária, quadras de esportes e 949 casas haviam sido construídos
na área de dez quarteirões em torno do canal. Algumas ruas e a rede de esgoto que cruzavam a
área de despejo interferiram na cobertura de argila que cobria os resíduos.
Na década de 1960, uma rodovia expressa foi construída em uma extremidade do
depósito. Essa construção bloqueou o fluxo de água subterrânea para o rio NIagara e permitiu
que essa água fosse contaminada e a precipitação acumulasse e inundasse a cobertura que já
havia sofrido interferência.
Em 1976, os moradores passaram a reclamar para as autoridades municipais do cheiro
químico e das queimaduras, causadas por substâncias química, que seus filhos haviam sofrido
quando brincavam na área do canal, mas esses fatos foram ignorados.
Em 1977, os compostos químicos começaram a vazar dos barris de aço, já bastante
corroídos, em direção aos esgotos, jardins, porões das residências nas imediações do canal e para
o playgound da escola.
Em 1978, o Estado tomou providências depois da divulgação da mídia e da pressão dos
moradores, liderados por Lois Gibbs, uma mãe que se engajou na causa após ver seus filhos
contraírem uma doença após a outra. A escola foi fechada e as 239 casas mais próximas à área
foram evacuadas, compradas e destruídas.
Dois anos mais tarde, após protestos de famílias que ainda viviam na região, o presidente
Jimmy Carter declarou como uma área de desastre, realocou as famílias remanescentes e
ofereceu fundos federais para comprar mais 564 casas. Em virtude da dificuldade de se
estabelecer uma conexão entre a exposição a diversos compostos químicos e problemas
específicos de saúde, os efeitos de longo prazo à saúde dos moradores causados pela exposição
aos compostos químicos perigosos permanecem desconhecidos e controversos.
A área de despejo foi coberta com uma nova camada de argila e circundada por um
sistema de drenagem para bombear os resíduos de vazamento para uma nova usina de
tratamento.
Em junho de 1990, autoridades estaduais começaram a vender as 260 casas
remanescentes na região. Os compradores assinaram um acordo declarando que o estado de
Nova York e o governo federal não garantem ou representam a segurança de se viver nessas
casas.
Esse desastre incentivou a criação do Superfund, que obriga os poluidores a pagarem pela
limpeza das áreas de despejo de resíduos tóxicos abandonados e os alerta sobre a produção de
novos resíduos. Em 1983, esse local tornou-se o primeiro local sujeito ao Superfund. Depois de
21 anos, em março de 2004, e quase US$ 400 milhões de custos de limpeza, a área foi retirada da
lista de prioridades do Superfund.
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Esse incidente nos traz três lições da natureza: jamais conseguiremos descartar resíduos
tóxicos; eles não permanecem estáticos; e prevenir a poluição é muito mais seguro e barato do que
tentar limpá-la.

Questões
1) Quais são as causas básicas dos problemas ambientais de hoje e como essas causas estão
relacionadas?

2) Como fazer a transição para uma sociedade sustentável e com baixa produção de
resíduos?

3) O aquecimento global é assunto polêmico e tem sido associado à intensificação do efeito


estufa. Diversos pesquisadores relacionam a intensificação desse efeito a várias atividades
humanas, entre elas a queima de combustíveis fósseis pelos meios de transporte nos grandes
centros urbanos.

a) Explique que relação existe entre as figuras A e B e como elas estariam relacionadas com a
intensificação do efeito estufa.

b) Por que a intensificação do efeito estufa é considerada prejudicial para a Terra?

c) Indique uma outra atividade humana que também pode contribuir para a intensificação do
efeito estufa. Justifique.

4) A Figura abaixo ilustra as interações entre a ocorrência das mudanças globais como
resultado das atividades humanas.
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a) Como estes impactos podem alterar a continuidades dos processos nos ecossistemas e
consequentemente afetarem a satisfação das necessidades humanas inerentes a continuidade e
desenvolvimento das atividades antrópicas.

b) Cite ao menos quatro tipos de bens e serviços (funções ambientais) gratuitamente prestados
pelos ecossistemas para a satisfação das necessidades humanas, os quais podem ser
comprometidos pelas alterações nos processos dos ecossistemas.

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