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ONDE ESTÁ O ESTADO LAICO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A

DIVERSIDADE? UM ESTUDO DE CASO DA POLÊMICA EM TORNO DO “KIT


ANTIHOMOFOBIA”

MACIEL, Marcus Alberto Moura1

INTRODUÇÃO
Tendo como “pano de fundo” os episódios; promovidos pela "Frente Parlamentar
Evangélica" no Parlamento em 2011; que resultaram na suspenção pela Presidenta Dilma da
distribuição de seis mil “kits antihomofobia”; ferramenta do Programa “Escola sem
Homofobia”, projeto apoiado pela militância LGBT 2, com a ajuda da sociedade civil
organizada; através de ONGs e coordenado pela SECAD/MEC.
Procurando focar a problemática analisando e pesquisando a posição daqueles que
deveriam agir em nome de um Estado laico para executarem as políticas públicas para a
diversidade; em nosso caso específico a Presidenta Dilma e alguns Deputados Federais; e
acabam ouvindo seus dogmas religiosos contrariando a Constituição Federal que apregoa a
laicidade do Estado.
Por se tratar de uma temática da pós-modernidade: Diversidade-Homofobia; não há
autores consagrados, há sim; uma quantidade variada de dissertações e teses de novos
pesquisadores, que guardam o mérito por estarem produzido estudos a partir de sólidas
bases teóricas com a preocupação em sustentar suas hipóteses a partir de uma farta e
consistente base documental.
Neste artigo partirmos da relação entre Estado Brasileiro e a sociedade, sabendo que
a condição de Estado Laico é resultante de uma luta política e social que constrói a
Democracia. Nesta Especialização, encontramos eco aos anseios e inquietações na temática
“Relações de Gênero e Homofobia na Escola”.

1
O autor é Historiador, Geógrafo, Gestor Ambiental, Militante voluntário d’uma ONG; que trabalha com
Diversidade e Direitos Humanos, este artigo foi apresentado para a conclusão da Especialização em Educação
para a Diversidade e Cidadania na UFG (2010-2012). Orientado por Marcelo de Paula Pereira Perillo
(df.professor@gmail.com)
2
Neste artigo vamos usar esta sigla foi aprovada em 2008, durante 1ª Conferência Nacional GLBT, quando
houve a troca do GLBT pelo LGBT.
1. REVISITANDO A HISTÓRIA
Apesar de existir diferença entre neutralidade e imparcialidade, principalmente
quando se produz pesquisas na área das Ciências Sociais; assim, este trabalho segue o que
aduz Geertz:
o acesso direto ou neutro ao ponto de vista nativo é inviável pois, o antropólogo
não pode se abster de suas pré-convicções, e que a compreensão se daria através
da articulação entre conceitos distantes (os dos nativos) e conceitos próximos (os
do antropólogo). (GEERTZ, 1974, p.32)

Sustenta Ávila (2006), o instrumento fundamental de dominação dos colonizadores


sobre o povo nativo do continente foi à repressão as suas divindades e a imposição à
conversão ao catolicismo:
A intolerância ao que é diverso, do ponto de vista religioso, é parte da nossa
colonização e essa intolerância se estendeu ao campo da cultura como um todo,
criando justamente um conflito entre as culturas dos diferentes povos e a cultura
hegemônica do colonizador, totalmente apoiada na ordem religiosa como campo
de legitimação do poder econômico e político. Dessa forma a Igreja Católica é parte
do projeto colonial na América. (ÀVILA, 2006, p.17, com grifos nossos)

Esta fala de Ávila legitima as políticas públicas que em 2003 e 2008 introduziram nos
curriculos escolares da Educação Básica o ensino da História e Cultura Afro-ameríndia.

1.1 Na chegada ao Brasil


É notório que no Brasil, a Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana foi uma das
instituições que mais colaborou para a construção de uma sociedade hierárquica, autoritária
e intolerante com a liberdade de religião. A supremacia religiosa do europeu em detrimento
da diversidade dos cultos indígenas e afros fez parte do nosso processo de colonização e até
hoje estão nos livros didáticos.
Para nos referir a laicidade do Estado Brasileiro se faz necessário voltarmos na linha
do tempo, vejamos:
[...] 22 de abril de 1500; quando as Naus e Caravelas comandadas por Pedro Álvares
Cabral avistaram o Monte Pascoal, aportaram na Bahia de Todos os Santos e quatro
dias depois Frei Henrique de Coimbra, um franciscano; oficiou todo aparamentado
a primeira Missa, enquanto a tripulação congregava-se na praia as voltas do altar,
na Terra de Santa Cruz. Tomavam assim posse, em nome do rei de Portugal e da
santa fé católica.[...]. (Fragmentos da Carta de Caminha a El - Rei, 1º de maio de
1500, adaptado, com pequenas alterações de HOONAERT, 1986, p.310, com grifos
nossos)
2
Neste texto, vemos seis informações impregnadas com o conceito católico,
comprovando que na época da colonização o Estado e a Igreja andavam juntos.
Utilizamos a análise de conteúdo Bardin (1979) como procedimento metodológico
para a avaliação interpretativa dos recortes históricos aqui apresentados. A análise de
conteúdo pode ser definida como:
Um conjunto de técnicas de análise de comunicação visando obter, por
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens,
indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos
relativos às condições de produção/recepção destas mensagens. (BARDIN, 1979, p.
42)

Desta forma, temos a seguinte analise: Monte Pascoal, referente à Páscoa, a


celebração do renascimento católico, uma vez, que Cabral aqui aportou num domingo de
páscoa; Frei, o irmão na Ordem Franciscana que é uma ramificação da hierarquia católica;
Franciscano, membro da Ordem dos Franciscanos; Missa, ou Celebração Eucarística, é um
ato solene com que os católicos celebram o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, recordando a
Última Ceia; a primeira nas novas terras denota uma afinidade muito grande em divulgar as
crenças do Vaticano; Terra de Santa Cruz; a nova terra descoberta, agora abençoada e não
mais pagã; Santa fé católica, a certificação que as novas terras através do ato litúrgico trariam
benesses ao rei.
Oliveira (2005) afirma que esta relação existente entre a história e o sagrado é uma
relação dialógica:
As mudanças citadas foram de suma importância para que a Igreja do Brasil
enveredasse por novos caminhos, reelaborando, assim, seus objetivos e práticas
da ação pastoral. Como mencionamos, a religião sempre esteve presente no
processo histórico do país, acreditamos que este foi um dos elementos que nos
ajudaram a compreender nossa história, bem como o presente, que é fruto de um
passado próximo. A religião como cultura universal se apresenta como ponto de
relevância para o entendimento da realidade. Vivemos um contexto histórico
propício para isto, pois, a cada momento, percebemos que os elementos do
sagrado estão em plena interação com as diversas situações vigentes, tais como
guerras, crise, ideologias e mudanças políticas. Ressaltamos que, em determinados
momentos, houve sinais de conflito, como no caso das Confrarias Religiosas, por
exemplo. (OLIVEIRA, 2005, p. 107-109)

Eliade (1992) explica que podemos localizar pela primeira vez esta relação entre
história e o sagrado quando expõe a visão do historiador Heródoto:
Podemos localizar sua primeira manifestação na Grécia clássica, sobretudo a partir
3
do século V. Esse interesse manifesta-se, por um lado, nas descrições dos cultos
estrangeiros e nas comparações com os fatos religiosos nacionais – intercalados
nos relatos de viagens – e, por outro lado, na crítica filosófica da religião tradicional.
Heródoto (c. 484-c. 425 a.C.) já apresentava descrições admiravelmente exatas de
algumas religiões exóticas e bárbaras (Egito, Pérsia, Trácia, Cítia etc.), e chegou até
mesmo a propor hipóteses acerca de suas origens e relações com os cultos e as
mitologias da Grécia. (ELIADE, 1992, p.6).

1.2 Na Primeira Missa de Brasília


Num texto mais recente, em plena “Era JK”, com uma Constituição que definia o
Estado Brasileiro sendo laico, encontramos os mesmos imbróglios da ocupação e posse pelos
portugueses, ou seja, relações íntimas com a Igreja Católica. Desta feita, a amizade de JK com
Dom Eugênio Salles, bispo auxiliar de Natal, e com o então Secretário geral da CNBB, Dom
Hélder Câmara, produziu o episódio relatado abaixo, registrado no livro Distrito Federal:
Artístico, Cultural, Histórico e Natural:
[...] 3 de maio de 1957; pela manhã, no meio do cerrado ermo, aos pés da cruz
tosca esculpida em pau-brasil; fincada em 1955; sob uma tenda de lona verde
musgo e armações de madeira no ponto mais alto do “plano piloto” de Brasília;
1.172 metros do nível do mar; hoje Alto do Cruzeiro – atrás do Memorial JK – foi
realizada a primeira Missa oficial de Brasília, planejada por Juscelino Kubitschek
para tornar-se um fato histórico e político.
[...] Missa esta celebrada, pelo arcebispo de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de
Vasconcellos Motta, que na oportunidade em nome da capital de São Paulo ofertou
a imagem de Nossa Senhora Aparecida à nova capital brasileira, tornando a santa
também padroeira de Brasília. O próprio Papa Pio XII dirigiu uma mensagem aos
brasileiros.
[...] Repetia-se assim o Descobrimento celebrando a missa no mesmo dia. A missa
do Descobrimento aconteceu em 22 de abril, mas, dada a diferença de dez dias
entre o calendário juliano, utilizado na época, e o gregoriano, adotado atualmente.
A posição do Sol em 22 de abril de 1500 era praticamente a mesma de 3 de maio
de 1957. Estima-se que 15 mil pessoas vieram de todas as partes do País, de ônibus
e em pequenos aviões. (LOPES, 2007, p. 23 - grifos nossos)

A Primeira Missa oficial de Brasília assemelha-se com o evento da primeira Missa de


1500 e faz o governo JK juntamente com a Igreja Católica tomarem posse do cerrado
brasileiro, abençoando-o. As quinze mil pessoas deslocadas de distantes pontos para
prestigiar uma celebração eclesiástica fizeram demonstrar um grande prestigio. JK
enfrentava problemas com a transferência da capital do Rio de Janeiro para o Centro Oeste,
nada mais justo buscar apoio com autoridades da Igreja junto ao maior colégio eleitoral, no
caso São Paulo.
Essa transferência do legado das grandes romarias a cidade de Aparecida do Norte a
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cidade que está nascendo novamente demonstra prestigio e apoio incondicional a JK. A
oferta da imagem de Nossa Senhora Aparecida demonstra uma arguta estratégia do
representante eclesiástico do maior colégio eleitoral brasileiro frente à futura capital. E com
a mensagem da maior autoridade católica, o papa Pio XII, sela-se o apoio da Igreja ao governo
JK perante o Brasil e o mundo.
No terceiro parágrafo do texto, vemos ao trabalho que se deu para justificar perante
regras católicas uma possível coincidência estrelar e fazer do acontecimento um evento
político/religioso onde o maior colégio eleitoral, São Paulo, estaria representado e também
com as benções de uma autoridade eclesiástica que representava o nordeste, onde é publica
e notória a fé daquele povo inclusive com vários mártires nacionais. Assim, JK demonstrava
ter apoio político e espantava os rumores que não concluiria seu mandato e não inaugurava
Brasília.
São exemplos das relações do Estado Brasileiro com a Igreja Católica, nos levando a
crer que existe uma nebulosa nesta relação de troca de favores e benesses; fazendo com que
o Estado seja laico de direito e não de fato.
O século XIX trouxe mudanças significativas para o contexto histórico brasileiro
daquele período, o que se configurou a partir do ano de 1808, com a abertura dos Portos às
Nações Amigas...A partir de então, a Igreja Católica Portuguesa passa a perder espaço na
evangelização e catequese em terras brasileiras, uma vez que padres de diversas
nacionalidades começam a chegar ao país, sem esquecermos que os protestantes também
aqui começam a desembarcarem; as primeiras modificações desta relação acontecem no
meio do vendaval iluminista e já no segundo ano da Republica é editado o Decreto 119-
A/1890, separando a Igreja do Estado; interessante, é que este Decreto está em vigor até a
presente data.
Assistimos a profundas transformações na sociedade brasileira desde a eleição do
operário Luís Inácio Lula da Silva (PT/SP), em 2002, que não podem ser ignoradas, cresceu
no país a percepção da importância da educação como instrumento necessário para
enfrentar situações de preconceitos e discriminação e garantir oportunidades efetivas de
participação de todos nos diferentes espaços sociais.
Em um país cujo modelo de desenvolvimento excluía parcela significativa da
5
população de ter acesso à escola ou nela permanecer, na área da Educação foram
implantadas “Políticas Públicas no intuito de diminuir a violência no ambiente escolar”, em
julho de 2004, teem-se a criação no MEC, da Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade (SECAD) para promover a ampliação do acesso à educação
através de políticas de diversidade reunindo temáticas que inexistiam em gestões anteriores.
Atividades de formação continuada foram desenvolvidas nas unidades da federação, com o
intuito de preparar os profissionais de educação e orientação para terem condições de
debater nas salas de aulas com os estudantxs 3 a temática da diversidade, discriminação e
sexualidade. O ícone maior desta política pública com apoio da sociedade civil organizada,
da militância LGBT, empresas e organismos internacionais é o Projeto “Escola sem
Homofobia” que será detalhado a seguir.

1.3 O Programa “Brasil Sem Homofobia”


Homofobia refere-se ao medo, a aversão ou o ódio irracional aos homossexuais:
pessoas que têm atração afetiva e sexual por pessoas do mesmo sexo. É a causa primária da
discriminação e violência contra os homossexuais. A homofobia tem sido responsável por
2.403 assassinatos de gays, lésbicas e travestis no Brasil nos últimos 20 anos (GGB, 2011).
O Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra LGBT e de Promoção
da Cidadania de Homossexuais “Brasil sem Homofobia” (BSH), é uma das bases fundamentais
para ampliação e fortalecimento do exercício da cidadania, um verdadeiro marco histórico
na luta pelo direito à dignidade e pelo respeito à diferença.
Para atingir tão ampla meta, o Programa envolveu dez Ministérios e Secretarias
Especiais, também envolveu uma série de outros órgãos governamentais, como o Conselho
Nacional de Combate à Discriminação; Conselhos Estaduais e Municipais de Direitos
Humanos; Secretarias Estaduais e Municipais de Segurança Pública; Universidades; a
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público da União; o Ministério
Público do Trabalho; além do próprio o Parlamento. (BRASIL, SEDH/PR, 2004)

3
Neste trabalho entende-se que a linguagem corrente assume o masculino como padrão hegemônico
perpetuando valores sexistas e discriminatórios. Por este motivo, dentro dos limites que a própria língua impõe,
procuramos utilizar uma “linguagem inclusiva”.
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O Estado ao tomar a iniciativa de elaborar o BSH, reconheceu a trajetória de milhares
de brasileiros e brasileiras que desde os anos 80 vêm se dedicando à luta pela garantia dos
direitos humanos dos homossexuais, este Programa é uma articulação bem sucedida e é
responsável por atitudes e comportamentos documentados na pesquisa Juventude e
sexualidade realizada pela UNESCO em 14 capitais em 2000, com 16.422 estudantes, 3.099
educadorxs e 4.532 pais e mães de alun@s de 241 escolas, onde: 27% d@s estudantes não
gostariam de ter homossexuais como colegas de classe; 35% dos pais e mães de alun@s não
gostariam que seus filh@s tivessem homossexuais como colegas de classe e; 15% d@s
estudantes consideram a homossexualidade uma doença. Esta Pesquisa por si só é de suma
importância para a causa GLBT, respaldando oficialmente as reivindicações, nesse rastro em
conjunto com o MEC nasceu o kit anti-homofobia, objeto desta nossa discussão.
Em 2009, nos mesmos moldes, foi publicado o estudo Revelando Tramas,
Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas, baseado em uma amostra de 10
mil estudantes e 1.500 professorxs do DF, apontando que 63,1% dos entrevistados alegaram
já ter visto pessoas que são (ou aparentam ser) homossexuais sofrerem preconceito; mais
da metade d@s professorxs afirmam já ter presenciado cenas discriminatórias contra
homossexuais nas escolas; e 44,4% dos garotos e 15% das garotas afirmaram que não
gostariam de ter colega homossexual na sala de aula.

2 O KIT ANTIHOMOFOBIA E O LOBBY POLÍTICO RELIGIOSO


A escola brasileira foi chamada a contribuir de maneira mais eficaz no enfrentamento
do que impede ou dificulta a participação social e política e que, ao mesmo tempo, contribui
para a reprodução de lógicas perversas de opressão e incremento das desigualdades
(JUNQUEIRA, et al, 2009). Nesse sentido, faz-se necessário rever o significado de violência
que circula. Abramoway (2009, p.19) aponta que: “A violência não é um problema novo, nem
específico da contemporaneidade. A diferença histórica no trato da questão é a visibilidade
dada à violência nos últimos tempos, especialmente pela imprensa [...].”
Inserida nesse contexto a escola expõe uma realidade de despreparo e até de apatia
d@s profissionais de educação, diante de tais situações de conflito, muitas vezes, carecendo
de entendimento dessas relações.
7
Segundo o MEC, o Kit antihomofobia é composto de um caderno “Escola sem
Homofobia”, cinco vídeos que tratam da aceitação de colegas LGBT, com seus respectivos
guias, seis boletins (Boleshs), um cartaz e uma carta de apresentação. (BRASIL-MEC, 2010)
Além dos vídeos; (“Medo de quê?”, “Torpedo”, “Encontrando Bianca” e
“Probabilidade” que se destinam especialmente @s estudantes, “Boneca na mochila” é um
material a ser usado não apenas para a formação de educadorxs, mas também com mães,
pais e familiares da comunidade escolar, e estudantes em sala de aula); os professorxs
receberão material de apoio sobre diversidade sexual para ser discutido em classe, além da
questão LGBT.
O projeto foi coordenado pela SECAD, e e executado em parceria com organizações
não governamentais e principalmente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais – ABGLT.
O objetivo é diminuir os casos de bullying e intolerância nas escolas e promover a
aceitação das diferenças, o Kit recebeu apoios consideráveis, como a aprovação total da
UNESCO. Temos noticias de material semelhante na Argentina, Chile, Colômbia e México.
Para o MEC, ao término dos trabalhos do projeto, os estudantxs terão refletido sobre
aceitarem as diferenças e evitar agressões e perseguições a colegas que assumem a
homossexualidade, ajudando a diminuir a forte evasão escolar observada na parcela LGBT
da população. É a educação em direitos humanos que permite a afirmação de tais direitos e
que prepara cidadãos e cidadãs conscientes de seu papel social na luta contra as
desigualdades e injustiças. (TAVARES, 2006)
Atualmente, além das agremiações religiosas Católicas, Protestantes e Pentecostais,
influenciando os rumos políticos, temos assistido a pressão das chamadas agremiações
Neopentecostais; dentre as quais destacamos: Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja
Internacional da Graça de Deus, Igreja Renascer em Cristo, Igreja Fonte da Vida de Adoração,
Igreja Mundial do Poder de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Ministério Nova
Jerusalém, Comunidade da Graça, Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo (de Valnice
Milhomens) e o Ministério Internacional da Restauração - MIR.
A diferença destas para as demais e que estas possuem uma evangelização de massa,
utilizando-se de canais de TVs, rádios, jornais, editoras, portais ou sites; o que favorece a
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eleição de representantes em todas as esferas do Poder Legislativo e ao tomarem posse,
defendem suas convicções religiosas. Em contrapartida, as lideranças de religiões
mulçumanas, israelitas, indianas, orientais e afros agem de forma mas tímida, preferindo
cuidar de assuntos sacros e do lado religioso, deixando a “Cesar o que é de Cesar”.
As bancadas conservadoras no Parlamento nunca foram tão grandes em número e
em influência. Severo (2011) teoriza que a bancada que mais tem conseguido projeção neste
mandato seja a "Frente Parlamentar Evangélica". Já segundo dados da própria Frente, nas
eleições de 2010, a bancada cresceu de 46 para 68 Deputados, na Camara Federal; e no
Senado, a bancada conta atualmente com 3 representantes: Walter Pinheiro (PT-BA), Magno
Malta (PR-ES) e o Bispo Marcelo Crivella (PR-RJ). A atual distribuição dos membros da
Bancada Evangélica por partidos é a seguinte:
Figura 1

Criação by João Victor Moura.

Com um agravante, em votações e debates que dizem existir interesse “cristão” a


"Frente Parlamentar Evangélica" se uni à Bancada Católica.
Aqui faremos algumas reflexões acerca do “kit gay” – denominação pejorativa e
mistificada amplamente noticiada pela imprensa e pela Frente Parlamentar Evangélica e
principalmente pelo Deputado Bolsonaro (PP/RJ); que é contrário as reformas curriculares
anti-homofobia, e popularizou o uso desta denominação.
Faz-se necessário pontuar os acontecimentos: não se trata de um “kit gay”, mas, de
um kit antihomofobia; material pedagógico, elaborado pelos mais diversos especialistas a
fim de subsidiar nossos educadores e educadoras em todo o País.
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Quem desconhece a proposta do kit antihomofobia diz que atenta contra a família.
Qual seria essa família? Recentemente, o Supremo reconheceu a união estável entre pessoas
do mesmo sexo e o IBGE já no Censo Brasileiro de 2010, ofertou várias classificações de
família: a que é comandada por uma mulher separada, por duas mulheres ou por um par de
homens. Aquele modelo de família tradicional; homem x mulher há muito deixou de ser
referência.
Segundo Gomes (2011, p.2), “o que cabe exemplificar é que desqualificar a discussão
em torno das violências e violações no contexto educacional é um retrocesso em um estado
democrático de direito”. O kit pedagógico antihomofobia em nenhum momento direciona
jovens adolescentes a serem homossexuais. O que ele busca é o respeito às diferenças e o
convívio social dentro da pluralidade. A suspensão do material por parte da Presidenta Dilma
sinaliza falta de compromisso com uma educação inclusiva, e no reconhecimento das
diferenças e a necessidade do respeito às mesmas, e é fruto de um bem montado e caro
lobby religioso, que é o mesmo que demanda contra os direitos sexuais e reprodutivos, a
liberdade de expressão e promove a “guerra santa” em nome de um Deus para suas benesses
e vaidades, e isso não pode nem deve pautar uma política de Estado.
A Presidenta Dilma mostrou que a politicagem e a possibilidade de salvar quem devia
esclarecer atos ilícitos, se sobrepõe a vida da população homossexual e usou isso como
moeda de troca.
Segundo o militante, Carlos da Costa Souza Gomes (2011, p.3), “vários LGBTs são
marginalizados, estigmatizados e excluídos do âmbito do direito e da cidadania, os índices
de evasão escolar por conta da discriminação sexual” vê-se um contraditório em um Estado
que se propõe a fazer inclusão social e a garantir direitos. A sociedade brasileira possui uma
dívida histórica a ser reparada com as mulheres, os negros, os índios e com os homossexuais.
Por muitos anos tivemos a heteronormalidade difundindo a homossexualidade como:
pecado, posteriormente como: crime e por fim como: doença. Aqui, discutimos a educação
e uma das mais brutais formas de violência vivenciada no processo educacional: a
homofobia. É no ambiente escolar que construímos o futuro, a cidadania, o respeito, o amor
ao próximo, a valorização dos direitos fundamentais e a dignidade humana, ou seja a
Democracia.
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Realizamos no presente trabalho a analise dos pronunciamentos oficiais realizados
na tribuna do Parlamento; através das notas taquigráficas da Câmara Federal, disponiveis no
site oficial; por Deputados Federais quem compõem a “Frente Parlamentar Evangélica”.
Em um primeiro momento foram ouvidos, transcritos e analisados 145
pronunciamentos de parlamentares, sendo que após filtragem só trinta e sete deles diziam
diretamente sobre as Políticas Públicas para a Diversidade, (reconhecimento de Direitos da
população LGBT, União Homoafetiva, Estatuto da Juventude, modificação de Currículos do
Ensino Fundamental, etc).
Num segundo corte, chegamos a 19 pronunciamentos, que estavam diretamente
ligados a discussão do material pedagógico antihomofobia e incluiam pronunciamentos dos
parlamentares: Jair Bolsonaro (PP/RJ), João Campos (PSDB/GO) e Ronaldo Fonseca (PR/DF).
A pesquisa é um diálogo inteligente e crítico com a realidade. (DEMO 2001).
Conforme Martinelli;
Não se trata, portanto, de uma pesquisa com um grande número de sujeitos, pois
é preciso aprofundar o conhecimento em relação àquele sujeito com o qual
estamos dialogando. À base de todas essas análises podemos reafirmar que a
pesquisa qualitativa, não é a quantidade de pessoas que irão prestar as
informações que toma importância, mas sim, o significado que os sujeitos têm, em
razão do que se procura com a pesquisa. (Martinelli 1994, p.23, com grifos nossos)

Esta fala nos dá suporte para apresentarmos o presente estudo com a analise dos
pronunciametos de apenas um Parlamentar, no caso escolheu-se aquele com oratória mais
contundente; Jair Bolsonaro (PP/RJ); optamos em trabalhar com fragmentos de seus seis
pronunciamentos mais incisivos. para não nos tornarmos longos e repetitivos.
Assim, após o acompanhamento das atividades parlamentares do primeiro ano da
54ª Legislatura, (2011 a 2015), o contemplado para o presente estudo é o Deputado Jair
Bolsonaro:
Ex Militar formado pela AMAN, natural de Campinas - SP, Casado, tem 61 anos,
Capitão do Exercito Brasileiro, eleito com 120.646 votos, está no seu sétimo
mandato como Deputado Federal, já pertenceu ao Partido Democrata Cristão
(PDC), ao Partido Progressista Reformador (PPR), ao Partido Progressista Brasileiro
(PPR) atualmente faz parte dos quadros do Partido Progressista (PP) do Rio de
Janeiro, se diz Católico e que já pertenceu a Igreja Batista. (CÂMARA FEDERAL,
2011)

Estes pronunciamentos são muito bem trabalhados pela oratória e pela retórica, além
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de trazerem uma grande carga de fundamentalismo, sofismas, falácias, sarcasmo e até
mesmo teatro por parte de seu autor.
De posse deste material, possamos iniciar as analises que confirmarão ou não a nossa
hipótese levantada: o lobby político e religioso ameaça a laicidade do Estado Brasileiro
principalmente nas Políticas Públicas para a Diversidade.
Os fragmentos dos discursos analisados são apresentados a seguir nas figuras 2 e 3.
Figura 2

Figura produzida pelo autor.

Esta figura registra fragmentos dos pronunciamentos do Deputado Bolsonaro,


realizados no primeiro semestre de 2011, inclusive com aquele que parabeniza a Presidenta
Dilma ‘por ter jogado na lata do lixo o kit gay’.
Quem conhece o Parlamento brasileiro sabe que os setores representados pelas
'bancadas' e 'frentes parlamentares', procuram um fazer favor ao outro em defesa de seus
negócios oficiais ou 'oficiosos', e utilizando-se de bonitas e bem vestidas recepcionistas que

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vão a cata de assinaturas para suas proposituras, e a máxima do 'É dando que se recebe' é
comum nas trocas de assinaturas: fulano assina a propositura de beltrano se cicrano também
assinar...
"O Congresso é um balcão de negócios”, afirmou o Presidente Lula em depoimento
inédito gravado em 1997 e publicado por (NUNES, 2009) na Revista Veja, o Presidente
afirmou ainda: "o presidente é obrigado a negociar com os Judas do Parlamento”.

Figura 3

Figura produzida pelo autor.

Na figura 3, acima temos os fragmentos dos pronunciamentos do parlamentar


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durante o segundo semestre de 2011, é possivel notar uma retórica, machista, conservadora,
racista, miságina e excludente
Encontramos nos 17 fragmentos de pronunciamentos do Deputado Bolsonaro uma
gama de características que não condizem com o que preconiza a Constituição Federal no
que tange aos Direitos Individuais e a Laicidade, para facilitar o entendimento, classificaram
seus artifícios sofismo e falácias em seis categorias, a saber:
O Parlamentar Preconiza a homossexualidade como sendo algo doentio, promiscuo
e ilegal, inclusive, utilizando-se do verbete “homossexualismo”, há mais de vinte anos em
desuso.
O orador se faz passar por pessoa do “senso comum”; ou de pouco estudos;
procurando atingir essa parcela da população que possui maior facilidade em interpretar
suas falas distorcidas da verdade, e desqualifica os LGBTs.
O Deputado se coloca como paladino e defensor da Família, da Ética, da Moral e dos
Bons Costumes passando a mensagens que a comunidade LGBT não possui essas mesmas
qualidades e paradigmas.
O Parlamentar faz uso de citações bíblicas ou utiliza-se de chavões invocativos á Deus,
na pretensão de fazer seus ouvintes acreditarem que os relacionamentos homoafetivos seja
algo pecaminoso.
Com todo esse emaranhado de versiculos biblicos e a pressão da "Frente Parlamentar
Evangélica" com apoio da "Bancada Católica", trazemos a fala da Dra. Simone Coutinho
(2011), procuradora em Brasília, defende uma reforma no código eleitoral que impeça no
Parlamento a existência de representações religiosas, ainda que informais, como o lobby
católico e a bancada evangélica.
Afirma ainda, Coutinho (2011, p.3), “Num Estado laico todo poder emana da vontade
do ser humano, e não da ideia que se tenha sobre a vontade dos deuses ou dos sacerdotes”,
por fim, conclui seu artigo escrevendo. “Se o poder emana do ser humano, o direito do
Estado também dele emana e em seu nome há de ser exercido.”(COUTINHO, 2011, p.3)
Bolsonaro é contrário a união homoafetiva, a adoção por casais homoafetivos de
crianças, contra a doação de sangue por pessoas LGBTs, contra o uso do 'nome social' de
Travestis e Transsexuais em documentos oficiais do governo, enfim, como ele proprio disse
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em entrevista a revista masculina Playboy; (edição 434) de junho do corrente ano, "prefiro
um filho morto a um herdeiro gay". Outras afirmações na mesma entrevista foram estas:
"Ser vizinho de um casal homossexual é motivo de desvalorização do imóvel"; "Seria incapaz
de amar um filho homossexual. Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu
morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido
mesmo".
É visivel pela trajetória do Parlamentar uma visão distorcida da laicidade do Estado
Brasileiro, pois, sempre se coloca como defensor da 'familia tradicional', e para isto utiliza-
se de acordos com sua conveniência junto a "Frente Parlamentar Evangélica" e lideranças
religiosas.
Deputado Federal há 21 anos, Bolsonaro sempre foi do chamado "baixo clero" do
Congresso Nacional - nunca teve papel de liderança nos partidos políticos a que pertenceu,
nunca assumiu cargos no governo federal ou posições de destaque na Câmara dos
Deputados de mais de uma centena de Projetos de Lei apresentados só logrou exito em dois,
é extremamente conservador e se diz o defensor da Ditadura e ser terminantemente contra
o comunismo que exerga que no Brasil ele se encontra infiltrado no PT.
Existem rumores que poderá vir a disputar o Governo do Rio de Janeiro nas eleições
majoritárias de 2018 ou até mesmo a Presidência da República, uma coisa é certa, os avanços
que aconteceram até aqui com relação as politicas públicas inclusivas para Indios, Negros,
Idosos e a Comunidade LGBT tem na pessoa deste Parlamentar uma verdadeira pedra no
caminho.

CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS


Este artigo não termina na sua última linha, acreditamos que seja apenas a abertura
de um debate a cerca da laicidade do Estado Brasileiro nas Políticas Públicas direcionadas
para a Diversidade.
Do vasto material pesquisado, lido e relido, e das analises, concluímos que nesta
relação ambígua com a Igreja Católica, por vários momentos perdeu o povo, e mais
recentemente com as relações; também interesseiras; das Igrejas Pentecostais e
Neopentecostais, corremos o risco de novamente perdermos avanços Democráticos em
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Direitos Humanos.
Faço minhas as palavras do professor Marlon: “a relação Igreja X Estado, é um
elemento de intensas discussões, em muitos momentos da história nacional e foi possível se
perceber uma acentuada aproximação das duas esferas de poder, bem como também é
possível se perceber uma relação de conflitos”. (OLIVEIRA, 2005, p.12)
Salve melhor juízo, a laicidade preconizada Constitucionalmente será verdadeira
quando for colocada em prática algumas proposituras do Ministério Público Federal que
proíbe o uso de símbolos religiosos em órgãos Públicos e outra pela inconstitucionalidade do
uso da palavra “cristão” na denominação de alguns partidos políticos.
Pretendemos através, deste debate agora iniciado, incentivar as relações
politicamente corretas, promovendo a aceitação da diversidade; por aqueles que atuam em
nome do Estado Laico; e trazem nas mãos a “Bíblia”, evitando que façam dela uma espada
inquisitória; para isso tomamos como base a Constituição Cidadã (1988) e o que preceitua a
Declaração dos Direitos Humanos; esta jovem senhora sexagenária; assim, teremos a certeza
de estarmos participando do processo de fortalecimento da nossa jovem Democracia.

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