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Braz JRC, Conceição MJ, Duval Neto GF, Garrido LS, Labrunie GM, Carvalho JCA - Commented Questions on
the1991 Anesthesiology Board Examination
Prova realizada no dia 03 de novembro de 1991, na cidade de Porto Alegre, sede do XXXVIII Congresso Brasileiro de Anestesiologia
16 - Situação na qual um paciente inalando O 2 a 100% man- quando em contato com álcalis e calor. Grãos muitos pequenos
tém a PaO 2 abaixo do normal: diminuem os interstícios por onde devem fluir os gases, aumen -
a) hipoventilação por dose excessiva de narcótico tando a resistência ao fluxo, porém, quanto menores os grãos maior
b) paciente com comprometimento da difusão, por fibrose será a capacidade de absorção, pelo aumento da superfície de
intersticial contato.
c) paciente com embolia pulmonar Resp. a
d) cardiopatia congênita com shunt D-E sem hipertensão pul -
Refs:
monar
Orkin F K - Anesthetic Systems. Em Anesthesia, Miller R D, Vol. 1,
e) cardiopatia congênita com shunt E-D sem hipertensão pulmonar
2ª Ed., New York, Churchill Livingstone, 1986: 117-160.
Comentário: As causas de hipoxemia (PaO 2 abaixo do normal) Jones M J - Breathing Systems and Vaporizers. Em Nimmo W,
são: hipoventilação (dose excessiva de narcóticos), comprometi - Smith G, Anaesthesia, Vol. 1, Blackwell Scientific Publications,
mento da difusão (fibrose intersticial), desequilíbrio ventilação-per - Londres, 1989: 327-342.
fusão (embolia pulmonar), shunt D-E (passagem de sangue venoso Conceição M J, TSA
diretamente para a circulação sistêmica) e inalação de misturas 19 - A hipóxia de Fink ocorre durante o (a):
hipoxiantes (grandes altitudes). Destas causas, apenas o paciente
com shunt D-E não consegue normalizar a PaO 2 com a inalação a) indução com óxido nitroso
de O 2 a 100%. b) uso de óxido nitroso em cirurgias de fossa posterior
c) emergência da anestesia com óxido nitroso
Resp. d d) ventilação pulmonar com oxigênio à 100%
Refs: e) entubação após desnitrogenização
West J B - Fisiologia Pulmonar Moderna. São Paulo, Manole Ltda.,
1986: 21-48 Comentário: A hipóxia por difusão, descrita por Fink, acontece
Kirklin J W, Barrat-Boyes B G - Atrial Septal Defect and Partial durante a emergência de anestesia geral inalatória com óxido
Anomalous Pulmonary Venous Connection. In Cardiac Surgery, nitroso. Este gás, pelo seu baixo coeficiente de solubilidade
New York, John Wiley e Sons, 1986: 463-497. sangue/gás, passa rapidamente aos alvéolos. Quando interrom -
pida a sua administração, determina diluição do oxigênio neste
Labrunie G M, TSA
espaço levando à diminuição da PaO 2, seguindo a lei das pressões
17- A transfusão de sangue homólogo exerce efeitos imu - parciais de Dalton.
nossupressores inespecíficos, podendo dessa forma es -
timular o crescimento de tumores malígnos. Esse fenômeno Resp. c
está relacionado com: Refs:
a) diminuição da síntese de prostaglandina E Medrado V C - Anestésicos Inalatórios, em Farmacologia, Silva P,
b) diminuição de secreção de interleucina 2 3ª Ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1989: 356-366.
c) produtos de degradação do plasminogênio Eger II E I - Uptake and Distribution, em Anesthesia, Miller R D, 3ª
d) leucopenia aguda Ed., New York, Churchill Livingstone, 1990: 85-104.
e) aumento de tromboplastina tecidual Garrido L, TSA
Comentário: A transfusão de sangue homólogo exerce efeitos 20 - CAM (BAR) é a CAM na qual 50% dos pacientes:
imunossupressores inespecíficos. Esse efeito pode ser considerado a) não reagem à picada de agulha
terapêutico no caso de transplantes renais, entretanto pode aumen - b) reagem ao estímulo auditivo
tar a suscetibilidade para infecções e estimular o crescimento de c) não tossem quando entubados
tumores malignos. O mecanismo com que o sangue homólogo atua d) estão acordados
na carcinogênese está relacionado com: aumento da síntese de e) têm bloqueadas suas respostas autonômicas à incisão da pele
prostaglandina E, diminuição de secreção de interleucina 2 e com
Comentário: A CAM (BAR) (blocked the adrenergic response)
aparecimento de produtos de degradação do fibrinogênio no plasma.
é definida por Roizen como a concentração alveolar mínima do
Resp. b anestésico inalatório onde 50% dos pacientes têm bloqueadas
Refs: suas respostas adrenérgicas à incisão da pele. Dentre as diversas
Miller R D - Transfusion Therapy, em Anesthesia, Miller R D, New CAM: CAM acordado, CAM incisão, CAM entubação e CAM (BAR),
York, Churchill Livingstone, 1990: 1467-1499. esta última é a que apresenta maiores valores.
Miller R D - Currents Perspectives on Blood Transfusion, em Resp. e
Review Courses Lectures, 1990: 57-61 (Suplement to Anesthesia
and Analgesia). Refs:
Roizen M F, Horrigan R W, Frazer M B - Anesthetic doses blocking
Duval Neto D F, TSA adrenergic (stress) and cardiovascular responses to incision - MAC
18 - Com relação à cal sodada: BAR. Anesthesiology, 1981; 54: 390-398.
a) grãos menores aumentam a capacidade de absorção do CO 2 Medrado V C; Anestésicos Inalatórios, em Farmacologia, Silva P,
b) a sílica serve para amolecer a mistura 3ª Ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1989: 356-366.
c) é compatível com todos os agentes inalatórios conhecidos Garrido L, TSA
d) grãos pequenos oferecem menor resistência ao fluxo dos 21 - Características farmacológicas dos anestésicos locais:
gases.
e) o principal componente da mistura é o hidróxido de sódio a) são bases fracas que apresentam pKa abaixo do pH fisi -
ológico
Comentário: A cal sodada é uma mistura de hidróxidos, na qual b) o início de ação de um anestésico local reflete a difusão de
predomina o hidróxido de cálcio. A sílica é acrescentada à mistura sua forma ionizada através da membrana neuronal
para endurecê-la, atenuando a formação de pó, que poderá ser c) a extração plasmática da bupivacaína (durante a primeira
inalado pelo paciente. A cal sodada é incompatível com o tricloroeti - passagem) pulmonar é dose dependente e pode ser al -
leno. Este agente inalatório se decompõe em produtos tóxicos terada pela administração de propranolol
d) a lipossolubilidade dos anestésicos locais é a principal b) a pós-carga diminui mais que a pré-carga
determinante do tempo de atividade dos mesmos, en - c) a freqüência cardíaca aumenta
quanto que a sua ligação proteica determina a sua potência d) o débito cardíaco depende mais da pós-carga
e) a adição de adrenalina aos anestésicos locais aumenta o per - e) a posição do paciente não influencia a pré-carga
centual de droga não ionizada
Comentário: A denervação simpática produz vasodilatação
Comentários: Os anestésicos locais são bases fracas que arteriolar, que entretanto não é máxima; a diminuição da resistência
possuem pKa superiores ao pH fisiológico. Como resultado disso, periférica (pós-carga) é pequena, ao redor de 15%. Os vasos de
menos da metade do anestésico local existe sob a forma não capacitância (pré-carga), entretanto, são muito afetados, com
ionizada e lipossolúvel em um pH de 7,4. grande prejuízo do retorno de sangue ao coração. O posiciona -
A capacidade de penetrabilidade de um anestésico, através da mento do paciente pode ter muita influência na manutenção da
membrana neuronal e tecidos, é dependente da sua forma básica pré-carga. A freqüência cardíaca diminui, provavelmente re -
N- ionizada, o que é relacionado com o período de latência da lacionada à queda da pressão atrial direita e da pressão nas
droga. grandes veias ao atingirem o coração direito.
A lipossolubilidade de um anestésico local está intimamente Resp. a
relacionada com a sua potência anestésica, enquanto que a sua Refs:
ligação com as proteínas constituintes da membrana neuronal Bridenbaugh P O, Greene N M. Spinal (subarachnoid) neural block,
influencia a duração de seu efeito. em Neural Blockade in Clinical Anesthesia and Management of
A adição de adrenalina aos anestésicos locais acidifica o meio Pain, Cousins M J, Bridenbaugh P O, Philadelphia, Lippincott,
(anti-oxidante) e aumenta a forma catiônica dos mesmos. 1988: 213-251.
O pulmão é capaz de extrair anestésicos locais (lidocaína, Covino B G, Lambert D H - Epidural and Spinal Anesthesia, em
bupivacaína e prilocaína) da circulação. Após uma rápida entrada Clinical Anesthesia, Barash P G, Cullen B F, Stoelting R K, Phila -
dos anestésicos locais na circulação venosa, a extração pulmonar delphia, Lippincott, 1989: 755-786.
limita a concentração de droga que alcança a circulação sistêmica, Carvalho J C A, TSA
para se distribuir no coração e cérebro. O firt-pass pulmonar da
bupivacaína é dose dependente, podendo ser saturado. O propra - 24- Paciente submetido a anestesia peridural para cirurgia
nolol altera o seqüestro de bupivacaína pelo pulmão, mostrando a de membros inferiores, apresenta, no pós-operatório ime -
possibilidade de um receptor pulmonar comum para as duas drogas. diato, intensa dor lombar e paraplegia. Causa provável:
Resp. c a) síndrome da artéria espinhal anterior
b) aracnoidite adesiva
Refs: c) hematoma peridural
Stoelting R K - Local Anesthetics, em Pharmacology and Physiol - d) abscesso peridural
ogy in Anesthetic Practice, Stoelting R K, Philadelphia, J B Lippin - e) polirradiculoneurite
cott, 1987: 147-168.
Ritchie J M - Local Anesthetics, em Pharmacological Basis of Comentário: O hematoma peridural ocorre quase que exclusi -
Therapeutics, Gilman A G, Rall T W, Nies A S, Taylor P, New York, vamente em pacientes portadores de alguma alteração da coagu -
Pergamon Press, 1990: 311-331. lação sangüínea. A possibilidade de sua ocorrência na ausência
Duval Neto G F, TSA dessas alterações é remota. Em todos os casos relatados o esta -
belecimento dos sinais é rápido, com deficit neurológico, lombalgia
22- Anestésico local que melhor evidencia o bloqueio difer - intensa, ou ambos. O diagnóstico e eventual descompressão cirúr -
encial de fibras nervosas, durante sua utilização clínica: gica devem ser feitos dentro de um máximo de 12 horas, caso
a) bupivacaína contrário a seqüela neurológica será permanente.
b) lidocaína Resp. c
c) prilocaína
d) etidocaína Refs:
e) procaína Cousins M J, Bromage P R. Epidural Blockade, em Neural Blockade
in Clinical Anesthesia and Management of Pain, Cousins M J,
Comentário: A maior vantagem da bupivacaína sobre os outros Bridenbaugh P O, Philadelphia, Lippincott, 1988: 253-360.
anestésicos locais parece ser na área de obstetrícia, isto é, quando Covino B G, Lambert D H - Epidural and Spinal Anesthesia, em
utilizado em analgesia obstétrica, por via peridural, fornece ade - Clinical Anesthesia, Barash P G, Cullen B F, Stoelting R K, Phila -
quada analgesia sem significante bloqueio motor. O bloqueio dif - delphia, Lippincott, 1989: 755-786.
erencial de fibras causado pela bupivacaína tem sido largamente Carvalho J C A, TSA
utilizado em analgesia pós-operatória e em certos tipos de dor
crônica. 25- Paciente em bom estado geral, consciente, em 2º dia de
pós- operatório de tireoidectomia radical. Ao realizar a
Resp. a primeira refeição apresenta sinais de aspiração pulmonar. A
Refs: causa mais provável da aspiração é lesão:
Covino B G - Clinical Pharmacology of Local Anesthetic Agents, em a) unilateral do laríngeo externo
Neural Blockade, Cousins M J, Bridenbaugh P O, Philadelphia, J b) bilateral do laríngeo superior
B Lippincott Co., 1988: 111-144. c) unilateral do laríngeo recorrente
Strichartz G R - Local Anesthetics, em Anesthesia, Miller R D, New d) bilateral do laríngeo recorrente
York, Philadelphia, Churchill Livingstone, 1990: 437-470. e) unilateral do frênico
Duval Neto G F, TSA
Comentário: A lesão bilateral do nervo laríngeo superior resulta,
23- Na anestesia subaracnóidea realizada com anestésico lo - em alteração da voz, perda da sensibilidade da laringe e do seio
cal hiperbárico sem epinefrina, estando o bloqueio sensitivo piriforme; isto pode determinar aspiração. A rouquidão ou a voz
em T4 e o paciente normovolêmico: cavernosa pode ser determinada por lesão do ramo laríngeo ex -
a) a pré-carga diminui mais que a pós-carga terno, ramo do laríngeo superior, que inerva o músculo crico -
tireóideo, o qual mantém a tensão da corda vocal. Obstrução Braz J R C, Castiglia Y M M, Vane L A - Anesthesia para Disfunções
respiratória por lesão bilateral do laríngeo recorrente pode ocorrer, Endócrinas. Em: Cremonesi E, Temas de Anestesiologia, Savier
por paralisia das cordas vocais, junto à linha média, devido a Ed. Livros Médicos Ltda., São Paulo, 1987: 261-290.
paralisia dos músculos abdutores, com alteração da voz (fraqueza Tasch M D - Endocrine Disease and Implications for Management
e rouquidão) e necessitando de intubação traqueal e traqueostomia of Anesthesia. In: Stoelting R K, Barash P G, Gallangher T J -
posteriormente, para manter a ventilação adequada. Paralisia uni - Advances in Anesthesia, Year Book Medical Publishers, Chicago,
lateral do recorrente, usualmente, não requer tratamento, porque Vol. 2, 1985: 103-166.
na maioria das vezes, a voz permanece normal, bem como a via Conceição M J, TSA
aérea permanece livre.
28- O nitroprussiato de sódio:
Resp. b
a) bloqueia os receptores alfa
Refs:
b) bloqueia os receptores alfa e beta
Braz J R C, Castiglia Y M M, Vane L A - Anestesia para disfunções
c) bloqueia os receptores beta
endócrinas, em Temas de Anestesiologia, Cremonesi E, São
d) age diretamente na musculatura lisa dos vasos
Paulo, Sarvier, 1987: 274.
e) promove vasodilatação através de seus metabólitos
Sebel P S - Thyroid and Parathyroid Disease, em Anaesthesia,
Nimmo W S, Smith G, Oxford, Blackwell Scientific Publications, Comentário: A ação do nitroprussiato de sódio realiza-se
1989: 776-777. através de sua ação direta na musculatura dos vasos, sem exercer
Braz J R C, TSA qualquer ação a nível dos receptores adrenérgicos. Seus metabóli -
26- Em paciente diabético tipo II, fazendo uso de clor - tos são desprovidos de ação vasodilatadora.
propamida, é correto pensar-se com relação ao trans-op - Resp. d
eratório:
Refs:
a) está contraindicado o uso de soluções salinas a 0,9% Magalhães L C - Vasodilatadores, em Farmacologia, Silva P, 3ª
b) o tiopental sódico poderá ter seus efeitos acentuados Ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1989: 603-618.
c) a clorpropamida tem duração de efeito de até 60 horas Vieira J L - Hipertensão Induzida, em Temas de Anestesiologia,
d) se ocorrerem crises hipertensivas, tratar com esteróides Cremonesi E, São Paulo, Savier, 1987: 137- 160.
e) existe risco aumentado de acidose lática
Garrido L, TSA
Comentário: As sulfoniluréias estimulam a liberação de insulina
29- No músculo esquelético, o estado de acomodação da
pelo pâncreas e podem acentuar os efeitos dos tiazídicos, barbitúri -
membrana extrajuncional é causado por:
cos e anticoagulantes orais. O uso de esteróides nestes pacientes
pode desencadear hiperglicemia. O tempo de duração da clor - a) baixo potencial de placa, que não atinge o limiar de ação
propamida varia de 4 a 12 horas. O volume extracelular pode ser b) portão voltagem-dependente fechado, tempo-dependente
reposto com soluções salinas a 0,9%. As biguanidinas é que aberto
tendem a induzir a acidose lática. c) portão voltagem-dependente aberto, tempo-dependente fe -
Resp. b chado
d) depleção dos quanta de acetilcolina na terminação nervosa
Refs: e) portão voltagem-dependente aberto, tempo-dependente aberto
Tasch M D - Endocrine Disease and Implications for Management
of Anesthesia. Em Stoelting R K, Barash P G, Gallagher T J - Comentário: Na membrana muscular, que se justapõe à mem -
Advances in Anesthesia, Year Book Medical Publishers, Chicago, brana da placa motora, em situação de repouso, o portão voltagem-
Vol. 2, 1985: 103-166. dependente está fechado e o tempo-dependente aberto. O poten -
Braz J R C, Castiglia Y M M, Vane L A - Anesthesia para disfunções cial de ação deflagra a abertura do portão voltagem-depen-dente,
endócrinas. Em: Cremonesi E, Temas de Anestesiologia, Savier que se manterá aberto até que caia a diferença de potencial. O
Ed. Livros Médicos Ltda., São Paulo, 1987: 261-290. portão tempo-dependente, de inativação, se fechará logo após a
Conceição M J, TSA abertura do outro portão, e só se abrirá quando o voltagem-depend -
27- No paciente mixedematoso: ente se fechar, para restabelecer o estado de repouso. Com isto a
membrana extrajuncional mantém um estado de acomodação que
a) não é recomendável o uso de esteróides impede nova contração muscular, embora seja mantido um poten -
b) existe aumento do volume sangüíneo circulante cial de ação.
c) a cloropromazina está indicada antes da indução
d) não é recomendável o uso de atracúrio Resp. c
e) a cetamina pode ser um bom agente indutor Refs:
Comentário: Pacientes com hipotireoidismo avançado são con - Standaert F G - Neuromuscular Physiology. In Anesthesia, Miller R
siderados de alto risco. As cirurgias eletivas são contraindicadas D, 3rd Ed., New York, Churchill Livingstone, 1990: 659-684.
Guyton A C - Potenciais de Membrana e Potenciais de Ação. Em
até que o paciente torne-se um eutireóideo. Estes pacientes de -
Tratado de Fisiologia Médica, 7ª Ed., Rio de Janeiro, Guanabara,
senvolvem vasoconstrição crônica com queda no volume
1989: 83-97.
sangüíneo circulante, tolerando mal as perdas sangüíneas. Há
risco de regurgitação e aspiração (íleo paralítico). A cloropromazina Labrunie G M, TSA
deve ser evitada, pois pode provocar hipotensões graves e hipo - 30- O uso de pancurônio em paciente cirrótico tem como
termia. Não existe contraindicação ao uso de bloqueadores característica:
neuromusculares adespolarizantes e a cetamina pode ser um bom
agente indutor. Os corticoesteróides podem ter boa indicação, já a) a instalação do bloqueio é mais rápida
que estes pacientes não respondem bem aos vasoconstritores. b) o volume de distribuição da droga está aumentado
c) sua farmacocinética não se altera
Resp. e d) a meia vida de eliminação está diminuída
Refs: e) a dose inicial deve ser metade da normal
Comentário: Nos cirróticos o volume de distribuição está Petersen H - Obstetric Anesthesia, em Clinical Anesthesia, Barash
aumentado. A fração livre, que é a parte ativa na placa mioneural, P G, Cullen B F, Stoelting R K, Philadelphia, J B Lippincott Co.,
fica diminuída, causando resistência inicial a sua ação, traduzida 1989: 1215-1251.
pelo aumento do tempo de latência. O maior volume de distribuição Duval Neto G F, TSA
causa ainda aumento da meia vida de eliminação, aumentando o
tempo de eliminação e ocasionando um efeito cumulativo, havendo
necessidade de diminuição das doses subseqüentes.
33- Características farmacocinéticas no paciente obeso:
Resp. b
a) aumenta meia vida de eliminação de drogas lipofílicas
Refs: b) diminui o clearance de drogas lipofílicas
Braz J R, Vianna P T G - Farmacocinética dos Bloqueadores c) aumenta o volume de distribuição de drogas hidrofílicas
Neuromusculares. Rev Bras Anest, 1988; 30: 15-24. d) aumenta a meia vida de eliminação de drogas hidrofílicas
Wood M - Neuromuscular Bloking Agents. In Drugs and Anesthesia. e) diminui o volume de distribuição de drogas hidrofílicas
Pharmacology for Anesthesiologists, Wood M, Wood A J J, 2 nd Ed.,
Baltimore, Williams e Wilkins, 1990: 271-318. Comentário: O aumento do tecido adiposo modifica a dis -
Labrunie G M, TSA posição cinética das drogas. As drogas lipofílicas têm seu volume
de distribuição aumentado, o que, na vigência de um clearance
31- A troponina: mantido, leva a um aumento de sua meia vida de eliminação. As
a) retarda a transmissão neuromuscular drogas hidrofílicas não sofrem alterações significativas na sua
b) está presente no sarcoplasma farmacocinética.
c) é destruída pela fosfodiesterase Resp. a
d) facilita a ligação actino-miosina
e) aumenta a permeabilidade da membrana ao potássio Ref:
Buckley F P - Anesthesia and Obesity and Gastrointestinal Disor -
Comentário: A troponina é um complexo de 3 cadeias de poli - ders, em Clinical Anesthesia, Barash P G, Cullen B F, Stoelting R
peptídeos: troponina I, troponina T e troponina C, que se localiza em K, Philadelphia, Lippincott, 1989: 1117-1131.
grupos, a intervalos regulares, na molécula da tropomiosina, sobre Carvalho J C A, TSA
o filamento actina. Troponina e tropomiosina agem na formação das
ligações actino-miosina durante a contração muscular. 34- Característica cárdio-circulatória do paciente com cir -
rose hepática e hipertensão portal:
Resp. d
a) aumento da resistência periférica
Refs: b) diminuição do volume circulante
Guyton A C - Contração do Músculo Esquelético. Em Tratado de c) aumento do débito cardíaco
Fisiologia Médica, 7ª Ed., Rio de Janeiro, Guanabara, 1989: 98- 110. d) aumento da responsividade às catecolaminas
Campbell L T - Nerve and Skeletal Muscle. In Anaesthesia, Nimmo e) aumento da diferença artério-venosa de oxigênio
W S, Smith G, Londres, Blackwell, 1989: 105-114.
Labrunie G M, TSA Comentário: A função cardiovascular no paciente cirrótico com
hipertensão portal é caracterizada por um estado hiperdinâmico,
32- Situação clínica, em anestesia obstétrica, na qual a di -
com alto débito cardíaco, baixa resistência periférica, pressões de
minuição da resistência vascular periférica é mais crítica:
enchimento de câmaras cardíacas normais, freqüência cardíaca
a) insuficiência mitral normal e pressão arterial normal. O volume circulante está aumen -
b) comunicação inter-ventricular tado. O fluxo sangüíneo periférico é maior do que as necessidades
c) síndrome de eisenmenger metabólicas, a diferença artério-venosa de oxigênio é pequena e a
d) insuficiência aórtica saturação de oxigênio no sangue venoso é alta. A responsividade
e) persistência do canal arterial do sistema cardiovascular às catecolaminas está diminuída.
Comentário: Todas as situações citadas se beneficiam com a Resp. c
diminuição da resistência vascular periférica, causada por drogas ou Refs:
técnicas anestésicas, com exceção da síndrome de Eisenmenger. Gelman S - Anesthesia and the Liver, em Clinical Anesthesia,
A síndrome de Eisenmenger consiste de uma doença vascular Barash P G, Cullen B F, Stoelting R K, Philadelphia, Lippincott,
pulmonar obstrutiva, que resulta em hipertensão vascular pulmonar 1989: 1133-1162.
e, shunt da direita para esquerda com hipoxemia. É um problema Nocite J R - Anestesia e função hepática. Anestesia nas disfunções
sem possibilidade de correção cirúrgica. O índice de mortalidade hepáticas, em Temas de Anestesiologia, Cremonesi E, São Paulo,
materno durante a gestação oscila em torno de 30%, quando Sarvier, 1987: 223-231.
comparado com índice de mortalidade de 4% de mães portadoras Carvalho J C A, TSA
de tetralogia de Fallot ou coartação de aorta. O maior perigo de
descompensação dessa síndrome é a diminuição de resistência 35- O recém-nascido, em relação ao adulto, apresenta:
vascular periférica, a qual leva a um aumento no shunt e fenômenos a) menor volume extracelular
tromboembólicos, fatos que diminuem ainda mais o fluxo sangüíneo b) menor perda de calor por m 2
pulmonar. Os bloqueios regionais devem ser utilizados com imenso c) maior débito cardíaco (ml.kg -1.min-1)
cuidado nessa situação, devido ao bloqueio simpático. d) desvio do eixo do QRS para a esquerda
e) densidade urinária mais alta
Resp. c
Comentário: O recém-nascido, em relação ao adulto, apresenta
maior volume líquido extracelular; maior relação superfície/massa
Refs: corporal e por isto maiores perdas de calor e necessidades calóri -
Stoelting R K - Pregnant Patient, em Anesthesia and Co-existing cas (m 2), além de menor capacidade de concentração urinária, o
Diseases, Stoelting R K, Dierdorf S F, McCammon R L, New York, que resulta em densidade urinária relativamente baixa. Apresenta
Churchill Livingstone, 1988: 749-806. também hipertrofia ventricular direita e desvio do eixo da QRS para
a direita. Seu débito cardíaco é 30 a 50% maior por quilograma de Cremonesi E, Mizumoto N - Anestesia para Neurocirurgia. Em:
peso corporal que o do adulto, por necessitar mais oxigênio e como Cremonesi E, Temas de Anestesiologia, Sarvier Editora, São
compensação pela presença da hemoglobina fetal. Paulo, 1987: 333-351.
Hunter A R - Anaesthesia for Neurosurgery. Em Gray T C, Numm
Resp. c
J F, Utting J E, General Anaesthesia, 4ª Ed., Vol. 2, Butterworth,
Refs: London, 1980: 1219-1243.
Gregory G A - Anestesia Pediátrica, em Tratado de Anestesia, Conceição M J, TSA
Miller RD, 2ª Ed., São Paulo, Manole, 1989: 1809-1815.
Todres I D - Growth and Development, em A Practice of Anesthesia 38- Paciente de dois anos deverá ser submetido à anestesia
for Infants and Children, Ryan J F, Todres I D, Coté C J, Goudsouz - geral para estudo urodinâmico em investigação de refluxo
ian N, Orlando, Grune & Stratton, 1986: 5-16. vesicoureteral. Droga de escolha para ser utilizada no mo -
mento da leitura do perfil da pressão ureteral e cistouretero -
Braz J R C, TSA grama:
36- Criança de 1 ano, ASA I, com 9 kg e sem receber medi - a) halotano
cação pré-anestésica, submeteu-se à anestesia inalatória b) enflurano
com halotano para cirurgia de correção de hérnia umbilical, c) midazolam
recebendo como hidratação solução glico-fisiológica a 1/4, d) óxido nitroso
contendo 50 mg de glicose e 22,4 mg de cloreto de sódio por e) isoflurano
ml da solução, na velocidade de 6 ml.kg -1.h-1 A cirurgia de-
Comentário: Sedativos e anestésicos inalatórios, a exceção do
morou 1 hora e a criança foi enviada a sala de recuperação
óxido nitroso, diminuem a pressão dos esfíncteres vesico ureterais
pós- anestésica (SRPA), onde continuou a receber a mesma
alterando os resultados dos estudos de urodinâmica; a atropina
hidratação e na mesma velocidade. Após 6 horas na SRPA, a
também deve ser evitada. No momento da leitura, o único an -
criança apresenta-se intensamente sonolenta, respondendo
estésico a ser usado deve ser o óxido nitroso.
apenas a estímulos dolorosos. Causa mais provável do
quadro: Resp. d
a) hipernatremia Ref:
b) hiponatremia Liu W S, Wohg K C - Anesthesia for Genitourinary Surgery, em
c) hipopotassemia Clinical Anesthesia, Barash P G, Cullen B F, Stoelting R K, Phila -
d) hipoglicemia delphia, Lippincott, 1989: 1105-1116.
e) hipocalcemia Garrido L, TSA
39- Caracteriza a posição de Rose:
Comentário: A hidratação de crianças com solução glico- fisi -
ológica a 1/4, por período prolongado e em volume acima do a) decúbito lateral, perna contralateral fletida a 30 o
necessário pode provocar diluição plasmática, com hiponatremia e b) decúbito dorsal, elevação da parte superior do tórax, hiper -
formação de edema cerebral, provocando, caso não haja correção, extensão da cabeça, céfalo-declive de 15 o
retardo na recuperação anestésica e quadros clínicos de coma c) decúbito lateral, perna contralateral fletida a 30 o, cabeça em
superficial, confusão mental e mesmo convulsões. hiperextensão
d) decúbito ventral com dois coxins sob o tórax, cabeça em
Resp. b posição lateral
Refs: e) decúbito dorsal, céfalo-aclive de 15 o
Berry F A - Renal Function and Fluid Distribution: Fluid and Elec - Comentário: A posição de Rose previne a aspiração de sangue
trolyte requirements, em Anesthésie Pédiatrique, Balagny E, Cler - nas amigdalectomias, por drenar o sangue para a cavidade oral.
gue F, Conseiller C et al, Paris, Arnette, 1988: 27-33. Posição supina, com os ombros elevados, por coxim, de modo que
Ryan J R, Todres I D, Coté C J, Goudsouzian N G - A Practice of o pescoço se encontre em nível inferior, promovendo hiperexten -
Anesthesia for Infants and Children, Orlando, Grune & Stratton, são.
1986: 117.
Resp. b
Braz J R C, TSA Refs:
37- Com relação às embolias gasosas durante neurocirurgia: Katayama M - Anestesia em Otorrinolaringologia. Em SAESP, TSA
Curso de Atualização. São Paulo, Atheneu, 1990: 301-306.
a) são mais freqüentes durante a fase intracraniana Rocha H P C - Anestesia em Otorrinolaringologia. Rev Bras Anest,
b) o ar, normalmente, se introduz de forma brusca 1981: 157-162.
c) há indicação do uso de vasoconstritores
d) bradicardia e hipertensão são sinais precoces Labrunie G M, TSA
e) infusão de manitol (0,5 g.kg -1) atenua o problema 40- Droga mais efetiva no controle do vômito pós-operatório,
em cirurgia ambulatorial:
Comentário: A embolia gasosa durante a craniotomia, ocorre a) metaclopramida
por lesão nas paredes dos vasos. Raramente ocorre no b) prometazina
fechamento do crânio e dificilmente durante a fase intracraniana da c) droperidol
cirurgia. A entrada de ar normalmente é progressiva, e a taquicardia d) clorpromazina
acompanhada de hipotensão são sinais precoces desta compli - e) escopolamina
cação. O uso de vasoconstritores está indicado, já que elevam a
pressão arterial, favorecem a abertura dos capilares e facilitam a Comentários: Estudos realizados com pacientes submetidos a
circulação colateral, levando as bolhas para a circulação sistêmica, cirurgia ambulatorial (pediátricos e adultos) mostram que o droperi -
onde podem ser mais facilmente absorvidas. dol pode ser muito efetivo no controle da náusea e vômito pós-op -
eratório. Entretanto, se doses altas dessa droga forem utilizadas
Resp. c
em cirurgia ambulatorial podem aparecer para-efeitos, como
Refs: sonolência e desorientação, os quais podem retardar a alta hospi -
talar. A dose ideal oscila entre 0,63 até 1,25mg, ou seja, 7,5 até Gallagher T J, Civeta J M - The Multiple Trauma Patient: Assesment
15mg/kg de peso; doses ainda menores tem sido preconizadas and Anesthesia. Em Gallagher T J, Advances in Anesthesia, Vol.
como efetivas na ação antiemética. 1, Year Book Medical Publishers, Chicago, 1984: 89-131.
A metoclopramida é menos efetiva na ação antiemética quando Conceição M J, TSA
comparada com o droperidol, embora não leve a para-efeitos
importantes.
A escopolamina tem sido utilizada como antimético por via
43- Droga que mantém as características farmacocinéticas e
transdérmica, com efetividade muito variável e com incidência de farmacodinâmicas no paciente idoso:
para-efeitos bastante significante (secura, alterações visuais, dis -
foria). a) atracúrio
b) etomidato
Resp. c c) vecurônio
Refs: d) isoflurano
White P - Outpatient Anesthesia, em Anesthesia, Miller R D, New e) fentanil
York, Churchill Livingstone, 1990: 2025-2059.
Wetchler B V - Outpatient Anesthesia, em Clinical Anesthesia, Comentário: No idoso, todos os opióides têm T 1/2 beta aumen -
Barash P G, Cullen B F, Stoelting R K, Philadelphia, J B Lippincott, tada; o isoflurano e o halotano apresentam menor CAM e o
1989: 1339-1364. etomidato tem aumentado em 61% a T 1/2 beta; entre os blo -
Duval Neto G F, TSA queadores neuromusculares adespolarizantes, somente o atra -
cúrio não apresenta clearance diminuído ou término de ação
41- Paciente na sala de recuperação pós-anestésica, com retardado.
cateter na artéria pulmonar, apresenta os seguintes valores:
pressão de oclusão da artéria pulmonar de 25 mmHg, índice Resp. a
cardíaco de 1,8 l.min -1.m-2 e resistência vascular sistêmica Refs:
de 2700 dinas.seg.cm -5. O diagnóstico provável é de: McLeskey C H - Anesthesia for the Geriatric Patient, Annual Re -
a) choque séptico fresher Course Lectures, 1990: 165.
b) choque hipovolêmico McLeskey C H - Anesthesia for the Geriatric Patient, em Clinical
c) choque cardiogênico Anesthesia, Barash P G, Cullen B F, Stoelting R K, Philadelphia,
d) nenhuma alteração hemodinâmica Lippincott, 1989: 1301-1338.
e) choque anafilático Garrido L, TSA
Comentário: O paciente em choque cardiogênico apresenta 44- Quanto a função respiratória no idoso:
alta pressão de oclusão da artéria pulmonar (15 mmHg), baixo a) o trabalho respiratório está diminuído
índice cardíaco (2,5 1.min -1.m-2) e resistência vascular sistêmica b) o volume de fechamento está diminuído
elevada (1400 dinas.seg.cm -5). c) a PaO 2 se mantém
Resp. c d) a superfície de troca está diminuída
e) o volume expiratório forçado no 1º segundo se mantém
Refs:
Feeley T W - A Sala de Recuperação, em Tratado de Anestesia, Comentário: No idoso, a função respiratória é afetada com as
Miller R D, 2ª Ed., São Paulo, Manole, 1989: 1999. diminuições do VEF 1 e da PaO 2, o aumento do trabalho respi -
Shoemaker W C - Physiologic Monitoring of the Critically Ill Patient, ratório, além do volume de fechamento aproximar-se da CRF;
em Textbook of Critical Care, Shoemaker W C, Ayres S, Grenvik A essas alterações levam a ocorrência de ‘‘alçaponamento ’’ de ar,
et al, 2 nd Ed., Philadelphia, J B Saunders Co.,1989: 155-157. aumentando o diâmetro dos poros de Kohn, expandindo os
Braz J R C, TSA espaços alveolares e conseqüentemente diminuindo a superfície
42- Paciente com 18 anos de idade, após atropelamento, é de troca.
hospitalizado consciente mas com sinais clínicos de cho - Resp. d
que. A laparotomia exploradora revela laceração de baço e
Refs:
fígado, que após 4 horas de cirurgia é reparada. Na sala de
MacLeskey C H - Anesthesia for the Geriatric Patient, em Clinical
recuperação pós-anestésica observa-se hemiplegia direita.
Anesthesia, Barash P G, Cullen B F, Stoelting R K, Philadelphia,
Suspeita diagnóstica:
Lippincott, 1989: 1301-1338.
a) hematoma extradural Muravchick S - Anesthesia for the Elderly, em Anesthesia, Miller R
b) trombose intracerebral à esquerda D, 3ª Ed., New York, Churchill Livingstone, 1990: 1969-1984.
c) lesão de base do crânio
d) acidose no líquido céfalo-raquidiano Garrido L, TSA
e) isquemia cerebral hipovolêmica 45- Paciente de 70 anos, em uso de captopril 25 mg de 12/12
horas, furosemida 40 mg/dia, digoxina 0,25 mg/dia, sub -
Comentário: No politraumatizado, apesar de consciente, mas metido a cirurgia abdominal, sob anestesia inalatória com
com história suspeita de traumatismo craniano, não podemos halotano e vecurônio. Durante o ato anestésico recebeu
esquecer o chamado ‘‘espaço lúcido ’’, sobretudo quando ocorrem cloreto de potássio 1g gota a gota iv e lanatosidio 0,4 mg iv.
hematomas extradurais, por ruptura da artéria meníngea média. O Na sala de recuperação apresentou arritmia ventricular
estado neurológico pode se agravar no trans-operatório imediato freqüente, bloqueio AV do 1º grau e flutter atrial. Causa
de atos cirúrgicos para a correção de outras lesões. provável:
Resp. a a) intoxicação digitálica
Refs: b) hiperpotassemia
Araújo J P, Cremonesi E - Anestesia para Cirurgia de Urgência. c) falência ventricular aguda
Em: Cremonesi E, Temas de Anestesiologia, Sarvier Editora de d) hipocalcemia
Livros Médicos, São Paulo, 1987: 199-216. e) hipercarbia
Diminuição da pressão da artéria pulmonar 10 µg.kg-1, empregando-se solução diluída para 1:10 (adrenalina
Diminuição da pressão arterial 1:10.000).
Resp. c
a) norepinefrina
b) dopamina Refs:
c) dobutamina Donegan J H - Ressuscitação Cardiopulmonar, em Tratado de
d) isoproterenol Anestesia, Miller R D, 2ª Ed., São Paulo, Manole, 1989; 2217.
e) epinefrina Gregory G A - Ressuscitation of the Newborn, em Textbook of
Critical Care, Shoemaker W C, Ayres S, Grenvik A et al, 2ª Ed.,
Comentário: O isoproterenol é um agente estimulador puro dos Philadelphia, W B Saunders Co, 1989: 53.
receptores beta adrenérgicos. Aumenta a freqüência de descarga Braz J R C, TSA
do nó S-A, a freqüência de condução do nódulo A-V e reduz o
período refratário do músculo cardíaco. Isto resulta numa taqui - 53- Durante cardioversão sincronizada paciente com taqui -
cardia, que é acompanhada pelo aumento da contratilidade cardia ventricular subitamente desenvolve fibrilação ven -
miocárdica. O débito cardíaco está aumentado, mas, das drogas tricular. A conduta mais apropriada é:
apresentadas, é a única que reduz a pressão arterial. A redução a) Infusão contínua de lidocaína (1 mg.min -1)
da resistência periférica total é causada pela vasodilatação induz - b) intubação traqueal
ida pelo agente. A pressão na artéria pulmonar também está c) desfibrilação imediata
reduzida. d) abertura do tórax para desfibrilação direta
Resp. d e) atropina na dose de 1 mg IV
55- Nos rins, a instalação de ventilação com pressão posi - Jaffe J h, Martin W R - Opioid Analgesics and Antagonists. In the
tiva com PEEP determina: Pharmacological Basis of Therapeutics. Goodman e Gilman. 8 th
a) aumento da excreção de sódio Ed., New York, 1990: 510-517.
b) aumento de débito urinário Labrunie G M, TSA
c) diminuição da filtração glomerular
d) aumento do clearance de água livre QUESTÕES TIPO M -- DE 58 A 95
e) diminuição de aldosterona INSTRUÇÕES -- Cada questão tem uma ou mais respostas cor -
retas:
Comentário: A instalação de PEEP leva a diminuição da
excreção de sódio, do débito urinário, da filtração glomerular e do A) se apenas 1,2 e 3 são corretas
clearance de água livre; as alterações hemodinâmicas, como B) se apenas 1 e 3 são corretas
diminuições do débito cardíaco e da atividade dos barorreceptores C) se apenas 2 e 4 são corretas
aórticos e carotídeos, ao determinarem aumento da atividade D) se apenas 4 é correta
simpática renal, promovem anti-diurese e anti-natriurese. Adicion - E) se todas são corretas
almente, ocorre também aumento da liberação de ADH e ativação
58- Fator(es) que pode(m) provocar hipercapnia:
do sistema renina-angiotensina, com o aumento da liberação de
aldosterona. 1 - diminuição da complacência pulmonar
2 - aumento do consumo de oxigênio
Resp. c 3 - aumento do espaço morto
Refs: 4 - diminuição da resistência de vias aéreas
Vender J S - Complications and Physiologic Alterations of Positive
Airway Pressure Therapy, Anesthesiology Clinics Of North Amer - Comentário: Todas as causas de aumento do consumo de
ica, 1987; 5: 807-819. oxigênio, aumentam a produção de gás carbônico. A diminuição
Pierson D J - Complications Associated With Mecanical Ventilation, da complacência conduz a hipoventilação com retenção de CO 2.
Critical Care Clinics, 1990; 6: 711-724. O aumento do espaço morto pode produzir efeitos de reinalação
de CO 2, e as freqüências ventilatórias elevadas com amplitudes
Garrido L, TSA curtas, produzem um efeito de ventilação do espaço morto, com
56- Substâncias que estimulam os quimioreceptores da dor: acúmulo de CO 2.
a) serotonina, bradicinina, substância P Resp. A
b) histamina, bradicinina, íons K Refs:
c) enzimas proteolíticas, histamina, encefalina Benumof J L - Respiratory Physiology and Respiratory Function
d) β endorfina, serotonina, enzimas proteolíticas During Anesthesia. Em Miller R D, Anesthesia, Vol. 1, 2ª Ed., New
e) encefalina, serotonina, bradicinina York, Churchill Livingstone, 1986: 1115-1163.
Prough D S, Marshall B E - Thoracic Anaesthesia. Em Nimmo W e
Comentário: Os quimioreceptores da dor são ativados pela Smith G, Anaesthesia, Vol. 1, Londres, Blackwell Scientific Publi -
serotonina, bradicinina, íons K e enzimas proteolíticas, entre ou- cations, 1989: 537-575.
tros. A encefalina e a β endorfina fazem parte das substâncias
opiáceas do SNC, atuando no sistema de analgesia. A substância Conceição M J, TSA
P, um neurotransmissor das fibras aferentes nociceptivas, age 59- A hipoxia determina a nível da circulação pulmonar:
mediando o aumento da permeabilidade capilar nos estímulos 1 - vasodilatação
nocivos, mas é incapaz de ativar os neuroreceptores periféricos 2 - aumento da capacitância
nociceptivos. 3 - diminuição da resistência
Resp. b 4 - vasoconstrição
Refs: Comentário: A hipoxia representa o estímulo mais potente, e
Guyton A C - Sensações Somáticas: II. Dor, Dor Visceral, Cefaléia fisiologicamente talvez, a mais importante causa de vasoconstrição
e Sensações Térmicas. Em Tratado de Fisiologia Médica, 7ª Ed., pulmonar, ao contrário do que ocorre na circulação sistêmica. Esta
Rio de Janeiro, Guanabara, 1990: 442-482. vasoconstrição garante a homeostasia pulmonar, redistribuindo o
Gozzani J L - Dor, em SAESP/TSA. Curso de Especialização, São fluxo sangüíneo de tal forma, que as áreas não perfundidas passem
Paulo, Atheneu, 1990: 374-381. a atuar no mecanismo de trocas gasosas.
Labrunie G M, TSA Resp. D
57- Antagonista opióide puro: Refs:
a) nalorfina Benumof J L - Respiratory Physiology and Respiratory Function
b) naloxona During Anesthesia. Em Anesthesia, Miller R D, Vol. 1, 2ª Ed., New
c) butorfanol York, Churchill Livingstone, 1986: 1115-1163.
d) levalorfan Bergman N A - Pulmonary Circulation in Relation to Anaesthesia
e) buprenorfina and Pulmonary Oedema. Em Gray C T, Nunn J F, Utting J E,
General Anaesthesia, Vol. 1, 4ª Ed., Londres, Butterworth & Co.
Comentário: O antagonista opióide puro é a naloxona. Nalorfina Ltda., 1980: 477-491.
e levalorfan são antagonistas-agonistas e os demais são agonis - Conceição M J, TSA
tas-antagonistas.
60- Quanto à circulação pulmonar
Resp. b 1 - a circulação brônquica está aumentada na bronquite crônica
Refs: 2 - a circulação Tebesiana drena para o lado direito do coração
Wood M - Opioid Agonists and Antagonists. In Drugs and Anesthe - 3 - hepatopatias podem levar à hipoxemia por aumento do
sia. Pharmacology for Anesthesiologists, 2ª Ed., Wood M, Wood A shunt
J J, Baltimore, Williams e Wilkins, 1990: 129-178. 4 - a pressão alveolar é menor que a arterial na zona 1 de West
Comentário: A circulação brônquica que, juntamente com a 63- Lesão(ões) cardíaca(s) mais freqüente(s) em tumores
tebesiana e a pleural drenam no lado esquerdo do coração e carcinóides metastáticos:
formam o shunt direita-esquerda, pode aumentar em pacientes 1 - insuficiência tricúspide
com bronquite crônica; na zona 1 de West a pressão alveolar é 2 - estenose mitral
maior que a arterial determinando alta relação V/Q. Hepatologias 3 - estenose pulmonar
crônicas levam a hipoxemia por aumento do shunt intrapulmonar. 4 - dupla lesão aórtica
Resp. B
Comentário: A insuficiência tricúspide e a estenose pulmonar
Refs: representam o tipo de lesão valvular cardíaca mais freqüentemente
Benumof J L - Respiratory Physiology and Respiratory Function causada por metástases de tumores carcinóides. As válvulas do
During Anesthesia, em Anesthesia, Miller R D, 3ª Ed., New York, lado esquerdo do coração são poupadas, devido a capacidade das
Churchill Livingstone, 1990: 505-550. células pulmonares de inativarem as substâncias ativas secretadas
Harrison R A - Respiratory Function and Anesthesia, em Clinical por esse tipo de tumor.
Anesthesia, Barash P G, Cullen B F, Stoelting R K, Philadelphia,
Resp. B
Lippincott, 1989: 877-904.
Refs:
Garrido L, TSA Stoelting R K - The Gastrointestinal System, em Anesthesia and
Co-Existing Diseases, Stoelting R K, Dierdorf S F, McCammon R
L, New York, Churchill Livingstone, 1988: 393-408.
61- Na eletrocardioscopia transoperatória: Buckley F P - Anesthesia and Obesity and Gastrointestinal Disor -
1 - todo complexo QRS aberrante indica extrassístole ventricu - ders, em Clinical Anesthesia, Barash P G, Cullen B F, Stoelting R
lar K, New York, J B Lippincott Co., 1989: 1117-1131.
2 - V 5 é a melhor derivação para monitorizar isquemia de parede Duval Neto G F, TSA
lateral 64- A resposta ao estresse cirúrgico é caracterizada por:
3 - o mais importante fator para diagnóstico de arritmias é o
tempo de duração do complexo QRS 1 - diminuição de insulina
4 - D II é uma boa derivação para monitorizar onda P 2 - diminuição de testosterona
3 - aumento de hormônio de crescimento
Comentário: A monitorização do segmento ST em V 5, embora 4 - aumento das catecolaminas
tenha limitação, nos dá idéia da perfusão da coronária descendente
Comentário: Em resposta ao estresse cirúrgico, o eixo hipófise-
anterior e circunflexa que irriga a parede lateral; para diagnóstico
adrenal libera hormônios catabólicos como do crescimento, ACTH,
de arritmias faz-se necessário o mapeamento da onda P que
anti-diurético e catecolaminas. Por outro lado ocorre uma série de
aparece muito bem em D II; nem todo complexo QRS aberrante é
alterações metabólicas, caracterizada por hiperglicemia e balanço
arritmia ventricular podendo ser um batimento prematuro auricular
nitrogenado negativo, ao lado de menor liberação de hormônios
com condução aberrante.
anabolizantes, como insulina e testosterona.
Resp. C Resp. E
Refs: Refs:
Kaplan J A, Thys D M - Electrocardiography, em Anesthesia, Miller Graf G, Rosenbaum S - Anesthesia and the Endocrine System, em
R D, 3ª Ed., New York, Churchill Livingstone, 1990: 1101-1128. Clinical Anesthesia, Barash P G, Cullen B F, Stoelting R K, Phila -
Clements F M, Bruijn N P - Non Invasive Cardiac Monitoring, Critical delphia, J B Lippincott Co., 1989: 1209-1210.
Care Clinics, 1988; 4: 435-454. Hall G M - Endocrine and Metabolic Responses to Surgery and
Garrido L , TSA Anaesthesia, em Anaesthesia, Nimmo W S, Smith G, Oxford,
62- Quanto à circulação hepática: Blackwell Scientific Publications, 1989: 396.
Braz J R C, TSA
1 - o suprimento arterial é menor que o da veia porta
2 - a veia centrolobular recebe o sangue drenado pelos
sinusóides hepáticos 65- A insulina:
3 - os hepatócitos centrais são mais susceptíveis à hipóxia
1 - estimula a lipólise
4 - no espaço porta encontramos artéria, veia e ducto biliar
2 - estimula a neoglicogênese
Comentário: Mais de sessenta por cento do suprimento 3 - inibe a síntese proteica
sangüíneo hepático é feito pela porta que possui uma saturação da 4 - estimula a glicogênese
oxihemoglobina em torno de 65%; por este motivo, os hepatócitos Comentário: A liberação de insulina determina efeitos anabóli -
que se situam mais ao centro dos lóbulos hepáticos tornam-se mais cos, com aumento da glicogênese, da lipogênese e da síntese
susceptíveis à hipóxia; nos espaços porta encontramos artéria, veia proteica e efeitos anti-catabólicos, como diminuições da glico -
e ducto biliar e o sangue que drena pelos sinusóides hepáticos vai genólise, neoglicogênese, lipólise de proteólise, além de inibição
à veia centrolobular. da formação de corpos cetônicos.
Resp. E Resp. D
Refs: Refs:
Sherlock S - Diseases of the Liver and Biliary System, 7ª Ed., Horton J N - Anaesthesia and Diabetes, em Anesthesia, Nimmo W
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Rev Bras Anest, 1983; 33: 41-9.
Braz J R C, TSA
Carvalho J C A, TSA
75- A ação da morfina no receptor Mu determina:
72- No exame e preparo pré-anestésico do paciente portador
de doença cardíaca isquêmica e hipertensão arterial: 1 - taquicardia
2 - dependência física
1 - ECG normal não exclui cardiopatia isquêmica 3 - hipertensão
2 - a fração de ejeção do VE é importante no prognóstico 4 - depressão respiratória
3 - bloqueadores de canal de cálcio não devem ser suspensos
4 - beta-bloqueadores devem ser suspensos por 24 horas Comentário: Em conseqüência da ação da morfina no receptor
Mu, pode-se ter analgesia, bradicardia, sedação, depressão respi -
Comentário: O ECG de repouso é normal em 25-50% dos ratória, euforia e dependência física. Opióides, como a pentazo -
pacientes portadores de cardiopatia isquêmica. A fração de ejeção cina, que agem no receptor sigma podem provocar disforia, delírio,
do ventrículo esquerdo e a discinesia do mesmo são os fatores midríase, alucinações, taquicardia e hipertensão.
mais importantes para se estabeler o risco anestésico-cirúrgico e
o prognóstico do paciente. Beta-bloqueadores e antagonistas de Resp. C
canal de cálcio não devem ser suspensos no período pré- op - Refs:
eratório, pois aumentam o risco de acidente isquêmico associado Bayle P L, Stanley T H - Narcotic Intravenous Anesthetics, em
a hiperatividade do sistema adrenérgico durante a anestesia. Anesthesia, Miller R D, 3 th Ed., New York, Churchill Livingstone,
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Paciente Hipertenso. Rev Bras Anest, 1988; 38: 257-62. Braz J R C, TSA
Tinker J H, Roberts S L - Anesthesia Risk, em Anesthesia, Miller R 76- Com relação ao oxigênio em estado líquido:
D, New York, Churchill Livingstone, 1986: 359-380. 1 - o aumento da demanda não altera a pressão do tanque
Carvalho J C A, TSA 2 - é mais econômica esta forma de armazenagem
3 - a temperatura dentro do tanque é de -75 graus Celsius
73- A ação gabaérgica do benzodiazepínico determina:
4 - o peso do tanque indica a quantidade do líquido
1 - abertura dos canais de sódio
2 - abertura dos canais de cloro Comentário: Em grandes hospitais, o oxigênio é armazenado
3 - despolarização da membrana na forma líquida. Esta forma de armazenagem é mais econômica.
4 - hiperpolarização da membrana O aumento da demanda provoca queda na pressão do tanque.
Como a temperatura crítica do oxigênio é -118.4 graus centígrados,
Comentário: Os benzodiazepínicos exercem seus efeitos ocu - a temperatura dentro do tanque deve ser mantida entre -150 a -175
pando os receptores benzodizepínicos que modulam a atividade graus para evitar a evaporação. A quantidade do líquido dentro do
do ácido gama aminobutírico (GABA), o maior neurotransmissor tanque pode ser medida pelo seu peso.
inibitório do cérebro. Os receptores benzodiazepínicos se consti -
Resp. C
tuem em parte do complexo do receptor GABA na membrana
subsináptica do neurônio efetor e sua ativação pelos ben - Refs:
zodiazepínicos determina abertura dos canais de cloro e hiperpo - White D C - Gas Supplies and Flowmeters. Nimmo W e Smith G,
larização da membrana, a qual torna-se resistente à excitação Anaesthesia, Londres, Blackwell Scientific Publications, Vol. 1,
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Reves J G, Glass P S A - Nonbarbiturate Intravenous Anesthetics,
em Anesthesia, Miller R D, 3 th Ed., New York, Churchill Livingstone, 77- Paciente portador de DPOC será submetido a laparo -
1990: 247. tomia exploradora de urgência, sob anestesia geral, com
Stoelting R K - Pharmacology and Physiology in Anesthetic Prac - ventilação controlada mecânica. É aconselhável:
tice, Philadelphia, J B Lippincott Co., 1987: 117. 1 - fluxo inspiratório baixo
Braz J R C, TSA 2 - umidificação dos gases
3 - tempo expiratório prolongado
74- Após injeção intravenosa de diazepam, a ocorrência de 4 - pressão negativa na fase expiratória
2º pico plasmático se deve à:
1 - recirculação hepática de metabólitos Comentário: O fluxo inspiratório deve ser baixo para evitar fluxo
2 - absorção dos metabólitos depositados na mucosa gástrica turbulento e o tempo expiratório prolongado, para que o pulmão
3 - recirculação êntero-hepática do diazepam tenha tempo de expelir todo o volume corrente, evitando assim
4 - absorção do diazepam depositado na mucosa gástrica seqüestro de ar nas vias aéreas terminais. Está contra-indicada a
pressão negativa na fase expiratória pela possibilidade de colapso
Comentário: A recirculação êntero-hepática do diazepam como de vias aéreas e seqüestro de ar nos pulmões. A umidificação de
substância livre e de seus metabólitos com atividade farmacológica gases durante a cirurgia pode beneficiar estes pacientes, já que o
(desmetil-diazepam) pode provocar segundo pico plasmático, 6 a ar seco resseca as secreções pulmonares, dificultando sua elimi -
8 horas após a sua injeção intravenosa. nação.
Comentário: Em pacientes com prótese ventilatória a cap - Resp. 1D, 2C, 3B, 4E, 5A
nografia é uma monitorização de grande valia no que tange à
precocidade de algumas suspeitas diagnósticas. Assim, aumento
súbito da P ETCO2 pode indicar aumento do débito cardíaco, lib - Refs:
eração brusca de torniquetes e injeção de bicarbonato de sódio; Basile Filho A, Capone Neto A - Síndrome de Angústia Ventilatória
aumentos graduais podem indicar hipoventilação e aumento da do Adulto, segunda parte: Tratamento. Rev Bras Anest 1989; 39:
produção de CO 2; diminuições bruscas podem indicar diminuição 55-64.
do débito cardíaco, embolia pulmonar maciça, desconexão de Mushin W W, Rendell-Baker L, Thompson P W, Mapleson W W -
ventilador e obstrução do tubo traqueal; diminuições graduais Autonomic Ventilation of the Lungs, Capítulo 1, Physiological As -
podem significar diminuição da perfusão pulmonar e diminuição do pects of Controlled Respiration, 3 rd Ed., Blackwell Scientific Publi -
consumo de oxigênio. cations, 1980: 2-32.
Resp. A Conceição M J, TSA
97- Correlacione a pressão no colédoco (% do controle) com 2 - bloqueio sensitivo T 5, sem epinefrina
os opióides: 3 - bloqueio sensitivo T 1, sem epinefrina, efedrina IV
4 - bloqueio sensitivo T 1, sem epinefrina
5 - bloqueio sensitivo T 5, com epinefrina, hipovolemia
Comentários: A anestesia peridural, com bloqueio sensitivo até T5,
está associada a pequenas alterações hemodinâmicas, graças à ação
260 A de mecanismos compensatórios. Se o bloqueio se estende até T1, a
vasoconstrição compensatória está prejudicada, além dos nervos cár -
dio-aceleradores estarem comprometidos. A epinefrina, absorvida a
Pc (% DO CONTROLE)
100- Correlacione os valores percentuais da deposição, em Comentário: O presente estudo mostra a grande tendência do
fetos normais e hipóxicos, da lidocaína injetada na mãe, anestésico local do tipo amida que é injetado na mãe, de maneira
com os diferentes órgãos aonde essa se deposita: intencional (tratamento de arritmia ventricular com lidocaína) ou de
maneira acidental (injeção peridural com administração intra-vas -
cular acidental) de se depositar em tecidos fetais bem perfundidos,
PERCENTUAL DA DOSE INJETADA (%)
Resumo de Literatura
A Latência do Bloqueio Neuromuscular Induzido pelo Vecurônio é Menor em Pacientes Submetidas
a Cesariana
Em dois grupos de mulheres de mesma faixa etária, um constituído por dez pacientes submetidas a
cesarianas eletivas e outro constituído por outras dez mulheres não-grávidas, foram invest igadas a
latência do bloqueio neuromuscular induzido pelo vecurônio e as condições da intubação traqu eal
quando quetamina (1,5 mg.kg -1) e vecurônio (100 µg.kg-1) foram utilizados em indução de seqüência
rápida. Foi efetuada estimulação supramáxima do nervo ulnar com "train-of-four" cada 20 seg, e
registrada a resposta eletromiográfica do adutor do polegar. O início do bloqueio neuromuscul ar (50%
de bloqueio) foi mais rápido no grupo de cesarianas (80 ± 30 seg) do que no grupo controle (144 ± 43
seg). As condições de intubação traqueal com 50% de bloqueio foram adequadas em ambos os
grupos. Da mesma maneira, a latência para 90% de bloqueio foi menor no grupo de cesarianas do
que no grupo controle. O tempo de recuperação do bloqueio, avaliado pela relação T 1/T0 = 25%, foi
maior no grupo de cesarianas do que no grupo controle (28 ± 10 min respectivamente). Os autores
concluem que a administração de vecurônio à base de dose relacionada ao peso, resulta em iníci o
mais rápido e recuperação mais lenta do bloqueio neuromuscular em pacientes grávidas submeti das
a cesarianas eletivas, em relação a mulheres não-grávidas.
Baraka A, Tabboush Z, Bijjani A - Onset of vecuronium neuromuscular block is more rapid in pat ients
undergoing caesarean section. Can J Anaesth 1992, 39: 135-138.
COMENTÁRIO: Embora sejam necessárias outras investigações, parece que a diferença observa da
nos dois grupos é devida ao maior débito cardíaco nas grávidas, levando a droga mais rapidament e
ao local de ação e saturando os receptores mais precocemente em relação às não-grávidas. (JR
NOCITE)