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Psicopatologia Geral - Gui

Para se pensar em psicopatologia é necessário pensar primeiro em


funcionamentos ditos normais. A loucura está diretamente associada há uma
condição de sofrimento a si próprio e aos que estão a sua volta envolvendo
uma desadaptação no que se refere a realidade compartilhada e suas
demandas
Normalidade consiste em comportamento pensamentos e sentimentos
abastados com base parâmetro impostos nos diferentes, não é possível falar
em loucura sem pensar na normalidade. Diante de uma situação de Sofrimento
mental a palavra-chave é acolhimento que inclui uma escuta atenta e empática
e ativa é a partir disso oferecer algo ao outro (intervenção).
Na avaliação psicológica o psicólogo deve considerar os aspectos
subjetivos do avaliado, ou seja, os aspectos relacionados ao seu contexto
histórico e vivência particulares que estejam associados ao quadro de
sofrimento psíquico ou não, para compreender o sofrimento mental do outro é
necessário que o psicólogo compreenda antes disso sua realidade, que é
particular e subjetiva.
Exemplo: lagartixa Cor de Rosa que soltam fogo pela boca.
O estabelecimento de critérios
É importante lembrar e os critérios para definir o que é anormal são
estabelecidos a partir dos critérios de normalidade exemplo (minha lente do
mundo enxerga lagartixas cor-de-rosa, sendo assim isso é anormal)
Os critérios ajudam na tomada de decisão, mas devemos lembrar que
um único critério não é suficiente para fechar um diagnóstico ou tomar uma
decisão, pois existem critérios que auxiliam no ponto de vista definitivo, ajudam
nomear a patologia.
Pensando a loucura devemos considerar que está sempre esteve
presente nos diferentes momentos históricos, por isso foi analisada sobre
diferentes óticas. A primeira dela foi a ótica religiosa e mitológica, ou seja, a
loucura era algo da ordem do divino sendo assim era enaltecida por todos
(profetas e oráculos).
Em um segundo momento da história alguns pensadores passaram a
se ocupar dá compreensão do que ocorria com esses profetas e oráculos que
apresentavam comportamentos diferentes da maioria, ou seja, nesse momento
a mente passa a ser considerada também como parte do indivíduo assim como
o corpo físico mas em primeiro momento essas duas instâncias eram vistas de
forma separada.
O sofrimento psíquico é algo que faz parte da natureza humana e é
considerado um dos principais causadores de prejuízos e dificuldades. É papel
da ciência dentro de suas diferentes áreas é pensar em critérios para a
definição de graus de prejuízo causado pelo sofrimento psíquico que o outro
expressa.
Os manuais diagnósticos são importantes ferramentas do ponto de
vista descritivo ou seja nos ajuda a nomear aquele sofrimento porém este não
deve ser utilizado como ferramenta de exclusão é segregação. Quando se
pensa nos manuais diagnósticos devemos lembrar que estes estão baseados
em critérios agrupados ajudam a nomear as diferentes formas de Sofrimento
psíquico do homem porém deve ser utilizado com parcimônia para quê através
do nome não se ocasione mais prejuízos a vida do ser humano
 Dentre as atribuições do psicólogo no contexto de saúde mental
está a avaliação das funções psíquicas tanto sob uma
perspectiva descritiva ou qualquer outra escola teórica.
As funções psíquicas devem ser avaliadas de forma separada para que
posteriormente possam fornecer dados sobre a condição mental do indivíduo.
Portanto, o exame do Estado Mental é um e recurso utilizado para se
aproximar do outro e de seu sofrimento psíquico sempre do ponto de vista
descritivo. A principal ferramenta do exame do estado mental é o diálogo com o
examinando alguma pessoa de seu convívio caso não seja possível que o
próprio examinando fale de si mesmo
Também devemos considerar os indicadores não verbais como por
exemplo: comportamentos, gestos, expressões faciais e a psicomotricidade
(gesticulam excessivamente e andam sem parar). O exame do Estado mental
só permite dizer no indivíduo naquele momento A não ser que junto com
aquele exame surjam informações que reforce O que foi percebido no exame
exemplo (a mãe afirma que determinado comportamento vem sendo repetido
há mais de 2 anos)
Ao avaliar um indivíduo é necessário que o profissional faça isso
considerando o contexto do indivíduo exemplo (ele sempre agiu de
determinada forma independente qualquer coisa, ou seja, o profissional deve
utilizar como parâmetro de avaliação o padrão comportamental do próprio
indivíduo e não aquilo que julga ser normal.

Principais funções psíquicas


Consciência: capacidade de perceber estímulos significativos dentro
de seu Campo perceptivo.
A alteração da consciência ocasiona um delirium que está
relacionado a um estado confusional ligado a capacidade de consciência.
Atenção: capacidade de direcionar apercepção para estímulos
relevantes
Concentração: capacidade de manter atenção direcionada a estímulos
relevantes
Orientação: capacidade de dizer de si próprio e do mundo o circunda
exemplo (sou fulano tenho tantos anos e moram em já trabalhei de a
orientação também está ligada aos elementos do mundo como por exemplo
saber dizer se é noite ou dia em que ano nós estamos etc.
Auto psíquica capacidade de dizer de si, a Alo psíquica capacidade de
dizer dos elementos de tempo e espaço do mundo
Memória: capacidade de dizer sobre si mesmo e sua história dentro de
uma perspectiva temporal ou seja a capacidade de guardar as experiências
vivenciadas vivenciada. Quanto maior a carga afetiva empregada nas
memórias mas guardada ela fica.
Afetividade: está relacionada a capacidade de expressar satisfação e
insatisfação e pode ser avaliada no momento como tempo (padrão afetivo).
Também pode ser avaliada em termos de qualidade, quando existe um padrão
afetivo eu estou falando de humor o que significa o afeto no tempo.
É importante lembrar que todas as funções psíquicas estão interligadas
e que o prejuízo em uma função automaticamente acarreta prejuízo em outras.
O afeto está ligando a capacidade de expressar satisfação e insatisfação e ao
ser avaliado devemos nos atentar há três aspectos: a tonalidade do afeto, sua
intensidade e a frequência tonalidade (tipo de emoção empregada no afeto
tristeza ou alegria). Qual a intensidade e de que forma esse afeto interfere no
cotidiano? De acordo com o padrão, se a tonalidade afetiva é sempre a
mesma, estamos falando em humor exemplo: humor deprimido ou humor
eufórico.
Pensamento: consiste na capacidade de elaborar ideias e estabelecer
conexões entre elas, o mesmo se dá a partir da articulação de ideias e a
formação de um juízo, não necessariamente condizente com a realidade
compartilhada (delírio).
Senso percepção: consiste na capacidade de perceber os estímulos
de forma adequada tendo como ferramenta os 5 órgãos do sentido. O prejuízo
no senso percepção pode acarretar por exemplo: alucinações visuais e
auditivos, podemos considerar alucinação visual quando o objeto que está
sendo visto não existe na realidade compartilhada, já no caso da ilusão existe
um objeto, mas atribuo a ele uma função diferente como por exemplo: imagino
que uma cadeira é uma privada.
Juízo crítico na realidade: capacidade de avaliar julgar e agir com
base nos elementos da realidade compartilhada.
É importante olharmos o transfundo, ou seja, o cenário aonde os
sintomas ocorrem, pois dentro da psicologia existem cenários importantes: a
personalidade (não muda tão facilmente) e a inteligência (que vive em
transformação).
Psicopatologia Especial
Esquizofrenia: possui em sua etiologia fatores biológicos da
constituição do sujeito e fatores ambientais, ou seja, seu contexto. Costuma se
desenvolver enquanto sintoma no fim da adolescência e começo da idade
adulta principalmente em homens, no caso de mulheres os sintomas podem
aparecer até os 30 ou 35 anos. É um transtorno que acarreta prejuízo nas
seguintes funções psíquicas: pensamento, juízo crítico da realidade e senso
percepção, consiste em um transtorno da ordem das psicoses e sempre deve
ser olhado em um âmbito multifatorial. Também pode interferir diretamente na
afetividade, pois o paciente possui uma dificuldade em demonstrar afeto,
porém isso não quer dizer que o mesmo não sinta afeto, sua dificuldade está
apenas demonstra-lo. Sendo assim, podemos concluir que a grande dificuldade
do paciente esquizofrênico está na expressão e reconhecimento do afeto, mas
o afeto existe.
A categoria de transtornos F20 são especificamente os transtornos
relacionados ao pensamento.

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