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PSICODIAGNÓSTICO

NOME: VIVANI DO NASCIMENTO MELO

MATRICULA: 202102009685

DISCIPLINA: PSICOLOGIA

Conclusão e retorno do Psicodiagnóstico Como será a devolutiva para a criança? Abordagem com a criança e o
Rapport.

Eu como psicóloga, se necessário, conversaria com a criança de apenas 8 anos, informando- a que ela iria ser
acompanhada por especialistas que iria tratar as suas dificuldades.

Dificuldade essas de entender as coisas, de ler, de escrever, de ver coisas, de falar, ter mais amigos, e outros que ela
se sentia incomodada. Eu iria orienta-la a fazer tudo que os profissionais pedirem para que tudo se desenvolva da
melhor forma, eu me colocaria a disposição para ajudá-la. Ressalto que eu utilizaria palavras mais simples de fácil
entendimento de Ana e ou através de jogos e brincadeiras (Ludoterapia). Lembrando que nestes casos a devolutiva
é indicado para os responsáveis, no caso aos avós.

Como será a devolutiva com responsáveis? Após a realização do relatório, já com embasamento, relataria aos
responsáveis passo a passo da conclusão, com um linguajar adequado, mas totalmente direto e verdadeiro,
mostrando a eles a importância dessa busca e mais, que essa devolutiva é o começo de todo trabalho que teremos
daqui para frente, para que eles não desistam da Ana e que eles possam trazer a Maria (mãe da Ana) para se
desenvolver junto a filha, pois ela também precisa de ajuda. Pergunto se ficou claro todas as observações e se sim
findo nossa sessão, se não, volto e explico tudo novamente de outra forma que torne mais fácil a compreensão.

A criança estará presente? Vai depender se os avós quiserem leva-la.

Relate como será o seu planejamento de devolutiva.

Primeiramente realizaria um relatório do psicodiagnóstico para entrega aos avós para servir de base para o
tratamento de Ana junto aos especialistas.
RELATÓRIO PSICOLÓGICO:

Identificação: Autor: Vivani do Nascimento Melo – Psicóloga – CRP 00/000000


Interessado: Sra. Dona Maria do Carmo Figueiredo e o Sr. Walter Antônio Figueiredo, avós da criança.
Avaliado: Ana do Carmo Figueiredo – 8 anos. Data de nascimento: 01/02/2015
Finalidade: Psicodiagnóstico para o especialistas da área e família.
Descrição da Demanda: Ana, 8 anos, cursando o 2º ano do ensino fundamental em uma escola pública. A
menina foi encaminhada pela neurologista que a atendia para avaliação das funções cognitivas. As principais
queixas trazidas pela família se referiam a dificuldades de aprendizagem escolar, de fluência da fala e do
desenvolvimento da motricidade. Sua mãe teve problemas psiquiátricos durante e após a gravidez, e, por isso,
os avós maternos assumiram os cuidados de Ana. As informações sobre a história de vida da menina foram
fornecidas pelos avós.
Procedimento: Após a entrevista de anamnese e entrevista, coleta de informações sobre a menina, bem como
a análise de seus exames médicos e tratamentos de saúde prévios, foram estabelecidas algumas hipóteses a
serem testadas na avaliação. Para responder às causas das dificuldades de Ana, levantou-se a hipótese de
prejuízos em quatro áreas de funcionamento: Inteligência: a principal hipótese diagnóstica foi de um
funcionamento intelectual rebaixado. As dificuldades de aprendizado escolar, os relatos de prejuízos na
funcionalidade (p. ex., dificuldades para manter a higiene e o autocuidado) e os problemas na fala e na
motricidade poderiam indicar um funcionamento cognitivo abaixo do esperado. Além disso, a epilepsia é um
marcador diagnóstico de baixa capacidade intelectual. Assim, a estimativa do quociente intelectual (QI) tornou-
se aspecto central a ser avaliado no psicodiagnóstico. Aspectos emocionais e afetivos: no relato dos avós de
Ana, ficaram evidentes situações potencializadoras de conflitos emocionais para a menina. A mãe e, como
consequência, a menina foram abandonadas pelo pai. Ana foi registrada pelos avós e, em sua certidão de
nascimento, constava apenas o nome da mãe. Maria rejeitou a menina no nascimento e voltou a interagir com
ela apenas seis meses depois. Dessa forma, observou-se que a história de Ana foi marcada por rejeições. Além
disso, ela teve uma “crise psicótica”, segundo sua avó, e havia antecedentes psiquiátricos na família, tornando-
se relevante avaliar possíveis implicações desses eventos sobre a vivência emocional e afetiva da menina.
Assim, pensou-se em avaliar o funcionamento emocional da paciente a fim de identificar possíveis conflitos que
pudessem influenciar seu baixo desempenho acadêmico e suas dificuldades na execução das atividades da vida
diária. Atenção: caso uma reduzida capacidade intelectual ou problemas emocionais fossem descartados, as
dificuldades da menina poderiam ser decorrentes de problemas na retenção da informação (déficit na atenção).
Habilidades de leitura, escrita e aritmética: se fossem descartadas outras causas que explicassem as
dificuldades de Ana, habilidades mais específicas poderiam ser avaliadas. Na história clínica, foi constatado
histórico de dificuldades para ler, escrever e juntar sílabas. Se suas dificuldades envolvessem apenas essas
habilidades, a investigação de hipótese diagnóstica de transtorno específico da aprendizagem poderia ser
relevante. Diante das hipóteses advindas do encaminhamento e da entrevista de anamnese com os avós de
Ana, definiu-se um plano inicial de avaliação. Na primeira sessão com a menina, foi realizada uma hora do jogo
diagnóstica. O objetivo dessa técnica foi compreender como a criança, por meio do brincar, expressava sua
compreensão do mundo, bem como os seus conflitos. Também foram utilizados jogos pedagógicos para
verificar se Ana tinha habilidades de contagem de números, distinção de cores, reconhecimento de letras e
capacidade de entender regras de jogos. A partir da primeira sessão, foram -definidos os primeiros testes
psicológicos a serem utilizados, considerando as qualidades psicométricas e a existência de normas para
comparação do desempenho da paciente, bem como a aprovação do teste pelo Sistema de Avaliação de Testes
Psicológicos (Satepsi).
Análise: O psicodiagnóstico de Ana foi realizado em seis atendimentos de uma hora cada. Ela se mostrou uma
criança sensível e receptível aos testes aplicados e todas as nossas conversas e ludoterapia.
Conclusão: Na Escala Wechsler de Inteligência para Crianças (WISC-IV), o desempenho apresentado por Ana foi
classificado como extremamente baixos. Seus resultados se situaram entre 2 e 3 desviospadrão abaixo do
esperado para a idade. Seu nível de funcionamento intelectual era igual ou superior a apenas 0,1% das crianças
da sua faixa -etária (QI total = 53; intervalo de confiança de 95% = 49 a 59). A análise de comparação entre as
discrepâncias do WISC-IV indicou que a paciente apresentou desempenho relativamente menos prejudicado
em tarefas que envolviam o conhecimento da linguagem e abstrações verbais (ICV) e habilidades de análise e
síntese visuoespacial e atenção seletiva visual (IOP). A habilidade que se encontrava mais deficitária era a de
memória operacional (IMO), que exige que a criança retenha determinadas informações e as organize para o
desempenho de uma diversidade de ações. Tendo em vista o desempenho inferior para a idade no teste WISC-
IV, foi utilizada a -Escala de Maturidade Mental Colúmbia como -medida complementar para a avaliação do
desenvolvimento cognitivo de Ana. Optou-se por essa escala para verificar se o baixo desempenho da menina
no WISC-IV seria confirmado, descartando-se a influência das dificuldades de linguagem. A Escala Colúmbia
avalia a inteligência por meio de respostas não verbais, sendo recomendada para crianças com dificuldades de
linguagem ou motoras, incluindo deficiência intelectual. Os resultados sugeriram que o desempenho da menina
no teste foi igual ou superior a somente 27% das crianças de sua faixa etária. Quanto aos aspectos afetivos e
emocionais, optou-se por não usar testes para avaliação. O uso de testes projetivos disponíveis para a idade da
menina, como o Teste de Apercepção Temática Infantil – Figuras Animais (CAT-A), -exige linguagem oral e
capacidade de simbolização. Verificouse que Ana apresentava prejuízos em ambas. Optou-se, assim, por avaliar
qualitativamente os aspectos emocionais, baseando-se nas entrevistas e na observação da menina e de seu
brincar. Considerando os resultados nos testes cognitivos, não foram utilizados testes específicos para avaliar a
atenção e as habilidades de leitura e escrita. Ana tinha dificuldades mais globais que poderiam explicar seus
déficits nessa função e nas habilidades específicas.

Qual ou quais hipótese(s) de diagnóstico (s)? Relate aqui os fragmentos que justifiquem no caso. (retire as
informações contidas no caso, ou resuma da forma que entendeu no caso.)

Depois de realizado o psicodiagnóstico, obtivemos as seguintes hipóteses, o desempenho apresentado por Ana foi
classificado como extremamente baixos do esperado para a idade. Seu nível de funcionamento intelectual também
prejudicado. obteve desempenho relativamente menos prejudicado em tarefas que envolviam o conhecimento da
linguagem e abstrações verbais e habilidades de análise e síntese visuoespacial e atenção seletiva visual. A
habilidade que se encontrava mais deficitária era a de memória operacional. No teste foi igual ou superior a
somente 27% das crianças de sua faixa etária a questão da linguagem ou motoras, incluindo deficiência intelectual.
Para avaliar os aspectos emocionais foi realizado qualitativamente, baseando-se nas entrevistas e na observação da
menina e de seu brincar. Considerando os resultados nos testes cognitivos, também foi tratado qualitativamente,
pois a Ana tem várias dificuldades para tratarmos em testes que justifica a dificuldades mais globais que poderiam
explicar seus déficits nessa função e nas habilidades específicas.

Terá alguma indicação de psicoterapia? SIM

Qual ? Preferencialmente o TCC - Terapia cognitivo comportamental: A técnica consiste em buscar uma
reestruturação cognitiva sobre emoções e comportamentos, por meio de intervenções sobre as cognições baseadas
em eventos significativos para o paciente.

Por qual demanda? Por todas as demandas psíquicas.

Justifique também com as demandas contidas no caso e percebida por você conforme conhecimento e análise do
caso. Foi percebido por mim, varias demandas, entre elas, uma mãe que precisa muito de ajuda, uma criança que já
iniciou o seu tratamento através da ajuda dos avós e que além de doenças psíquicas, ela vai precisar de ajuda,
psiquiátrica, neurologia, fonoaudiologia, terapêuticas, fisioterápicas, psicopedagogos, uma equipe multidisciplinar e
uma rede de apoio.

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