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TDAH
-Função executiva
– impulsividade
– desatenção;
Dislexia
– Habilidades de consciência fonológica,
– habilidades de linguagem,
– habilidades verbais.
Importante lembrar
– 70% das pessoas que são diagnosticadas com TDAH têm problemas na escola e muitos deles
costumam apresentar dificuldade de leitura e escrita;
– 30% dos indivíduos com TDAH não apresentam dificuldade de aprendizagem;
– A criança com dislexia pode ter TDAH.
A importância de um diagnóstico na infância
Pode-se notar o seguinte cenário com certa frequência: como os alunos com TDAH não têm a
atenção adequada para aprender, eles não conseguem memorizar de forma efetiva. Sem isso,
eles não alcançam um aprendizado satisfatório.
Se o diagnóstico dessas crianças com TDAH for feito depois da alfabetização, isso pode se
tornar um problema muito sério, pois essa criança pode não ter recebido os estímulos no
tempo certo. Além disso, o estudante não teve o processo de atenção adequado e o resultado
acaba sendo uma alfabetização prejudicada.
Com esse resultado é possível concluir que o menino não apresenta déficits quanto às
habilidades de memória visual, habilidades visuoespaciais e visuoconstrutivas e funções
executivas como planejamento e execução de ações.
NO WISC – IV, o índice de compreensão verbal que avaliou as habilidades verbais por meio do
raciocínio verbal e a formação de conceitos, memória de longo prazo, julgamento, maturidade
e bom senso, compreende os subtestes: semelhanças, vocabulário e compreensão. Cabe
ressaltar que no subteste compreensão que exige habilidades de julgamento e maturidade o
menino obteve escore abaixo da média; entretanto, o ICV foi classificado como na média para
idade. O IOP, índice de organização perceptual, compreende os subtestes: cubos, conceitos
figurativos e raciocínio matricial que medem a criação de conceitos não verbais, percepção
visual, organização, coordenação visual e motora, nível de abstração e habilidade intelectual,
foi o índice em que obteve melhor desempenho e classificação superior. No índice de memória
operacional (IMO) que compreende os subtestes: sequência de números e letras dígitos, sua
classificação foi dentro da média para idade, as habilidades avaliadas foram sequenciamento,
agilidade mental, atenção, memória auditiva de curto prazo, imagens visuais e espaciais e
velocidade de processamento. No subteste dígitos que mede principalmente, atenção,
concentração, memória auditiva e processamento auditivo, o menino teve um desempenho
abaixo da média. No IVP (índice de velocidade de processamento), sua classificação foi
considerada dentro da média. Os subtestes que compreendem o IVP são: códigos e
cancelamento que avaliam velocidade de processamento, percepção visual, memória de curto
prazo, flexibilidade conectiva, atenção visual seletiva e concentração. Mesmo obtendo
classificação média, seu desempenho em ambos os subtestes ficou abaixo da média para
idade. Seu QIT foi classificado como dentro da média para idade. Clerq-Quaegebeur et al.
(2010) estudando o perfil neuropsicológico de crianças francesas diagnosticadas com dislexia
19 observou desempenhos bem abaixo da média nos índices de velocidade de processamento
e memória operacional, dados não apresentados pelo menino nesta avaliação. Mesmo não
apresentando nenhum índice fatorial abaixo da média, nos subtestes que medem atenção,
concentração e velocidade de processamento seu desempenho não foi bom. Além disso,
foram identificadas algumas dificuldades quanto ao pensamento abstrato, pois na avaliação
qualitativa das respostas dadas o menino apresentou um pensamento mais concreto.
Mesmo não sendo identificadas comorbidades, relacionadas a déficits atencionais, como TDHA
ou DA, cabe observar que o menino apresentou baixo desempenho em subtestes que
avaliaram sua capacidade de atenção, concentração e velocidade de processamento.
Diante destes dados não há déficits que justifiquem a hipótese de dislexia; entretanto, os
mesmo sugerem a presença de um transtorno específico de articulação da fala, dislalia, que
pode estar produzindo, de forma secundária, sentimentos de desvalia, desmotivação e
comportamento infantilizado (HTP e BDI-II); dificuldades atencionais e de concentração
(subtestes do WISC-IV), prejudicando suas relações sociais (anmense) e sua aprendizagem.
CONCLUSÃO
A contribuição deste estudo reside nas comparações das semelhanças e
diferenças do perfil cognitivo dos grupos clínicos por meio da WISC-IV,
buscando descrever as particularidades de cada um deles. Não se pretende,
por meio deste trabalho, negligenciar as diferenças
individuais de cada criança, mas, a partir de seu perfil característico, contribuir
para que sejam pensadas estratégias que favoreçam sua experiência cotidiana
e escolar, já que precisarão de recursos específicos e intervenções adequadas
e qualificadas para garantir seu direito constitucional de acesso à Educação.
Além disso, visa ampliar a discussão para os aspectos mais relevantes para a
condução de intervenções clínicas e pedagógicas pertinentes a cada
diagnóstico. Fornecer estratégias de suporte educacional para crianças com
dificuldade de aprendizagem significa tornar o aprendizado não apenas
possível, como também prazeroso e frutífero.