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Após a conclusão da aplicação do teste WISC IV na paciente E.

,
gostaríamos de consolidar para um melhor entendimento tudo o que
compreendemos sobre o desenvolvimento intelectual da examinada, com base
nos testes aos quais ela foi submetida.
Investigamos as informações fornecidas durante a entrevista e os
instrumentos de avaliação utilizados, neste caso específico, o teste escolhido
avalia o nível intelectual do adolescente, denominado WISC IV. O objetivo era obter
um panorama da capacidade intelectual e do processo de resolução de problemas
da paciente, em comparação com adolescentes de sua idade. As atividades deste
teste envolvem memória operacional, velocidade de processamento, compreensão
verbal, habilidade de raciocínio, entre outros aspectos. Os resultados indicaram
que E. apresenta um QIT extremamente baixo em relação aos adolescentes de sua
idade. Suas pontuações nos testes variaram entre 5 e 9, totalizando 69 pontos
ponderados, o que a coloca na categoria baixa, uma vez que os pontos classificam
a categoria dos resultados.
É importante mencionar que a entrevista desempenhou um papel significativo
na compreensão dos resultados do teste WISC IV. A paciente é uma adolescente cuja
rotina extensa e cansativa parece ter afetado seu desenvolvimento acadêmico e
social. Neste contexto, observamos que E. é impaciente e se entedia facilmente. Esse
tédio a leva a realizar as atividades com pressa, pulando para a próxima antes mesmo
de pensar em uma possível resposta. Considerando os comportamentos observados,
como a impaciência, dificuldade em manter o foco e agitação durante as atividades,
surge a possibilidade de investigar a presença de Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) na paciente.
O TDAH é um transtorno neurobiológico comum na infância que pode persistir
até a adolescência e idade adulta. Caracteriza-se por dificuldades persistentes de
atenção, impulsividade e hiperatividade, afetando o desempenho acadêmico, social e
emocional. No entanto, é crucial destacar que apenas mais avaliações e análises
específicas realizadas para um estudo de caso aprofundado da paciente, pode
confirmar ou descartar a presença desse transtorno. Se necessário, testes específicos
para o TDAH, é essencial para um diagnóstico preciso e para informar estratégias de
intervenção adequadas. Segundo a ABDA (Associação Brasileira de Déficit de
Atenção) é mais comum em crianças e adolescentes e afeta de 3 a 5% da população.
Devido a sua desatenção, acreditamos que isso pode ser causado pelo Transtorno do
Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), pelos resultados perante aos testes,
sendo eles capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e
planejamento mencionado no laudo da paciente.
Adentrando sobre a ansiedade notada pelos presentes ao recinto, a paciente
se encontrava com tiques e devolutivas apressadas, notado no primeiro teste na qual,
a mesma tinha facilidade nesta atividade, isso a estimulava a ir o mais rápido possível,
porém, sua ansiedade começou a gerar uma confusão mental a partir da sétima
rodada, fazendo a mesma diminuir sua frequência de velocidade. Segundo o artigo
“Depression Anxiety and Stress Scale (DASS-21) – Short Form: Adaptação e
Validação para Adolescentes Brasileiros”, a ansiedade é muito comum entre os
adolescentes de 16-18 anos e curiosamente, ocorre mais no gênero feminino.
Utilizando o mesmo artigo, o estresse na nossa paciente pode ser observado e
estudado com base também nesta escala pois afeta mais meninas da mesma faixa
etária da paciente, podendo ser observado por um profissional habilitado para que se
detectado seja tratado corretamente.
Notamos problemas relacionais e inseguranças na examinada, manifestadas
em questões paternas e amizades distantes. Apesar de ter amigas na escola, ela se
sente solitária nos finais de semana ou fora dos horários escolares. A ausência dos
pais no cotidiano pode acarretar diversos problemas de desenvolvimento e
insegurança na paciente, afetando seus relacionamentos a longo prazo, aumentando
as cargas escolares para ocupar a rotina e ansiedade, gerando medo de se relacionar
amorosamente e desenvolvendo desconfiança em relação a outras pessoas.
Diante dessa análise, acreditamos que um acompanhamento psicoterapêutico,
focado nas emoções e inseguranças da paciente, juntamente com a orientação de um
profissional habilitado para o desenvolvimento de habilidades, é essencial para que
E. possa lidar com seus medos, traumas e desenvolver-se adequadamente. Conforme
citado também, o TDAH pode ser diagnosticado com um profissional e tratado com
acompanhamento clínico e familiar.

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