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Faculdade CENSUPEG

Curso: Neuropsicopedagogia Clínica


Coordenação: Angelita Fülle
Supervisão Técnica: Rita Margarida Toler Russo
Disciplina: Estágio Supervisionado II – Neuropsicopedagogia Clínica
NOME DO PROFESSOR(A): Sueli Valentim Sanches Bazan
NOME DO ACADÊMICO(A): Paula Gonçalves da Silva

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA1 (RAN)

Itaboraí,RJ 12 de abril de 2024.

1 – IDENTIFICAÇÃO DO (A) PACIENTE

Nome: João Pedro Bezerra Araújo


Data de nascimento: 13/02/2015 Idade: 9 anos
Escolaridade: 4º ano do Ensino Fundamental
Escola: E.M. Professora Maria Ana Moreira
Dominância manual: Destro
Mãe: Aline Araújo Bezerra
Pai: Celso Inocêncio Bezerra Júnior
Faz uso de medicamento: Ipramina / Melatonina

2 – QUEIXA
A mãe relata que João Pedro apresenta dificuldades em prestar atenção nas
atividades escolares e nos comandos em casa. Acrescenta que ele tem muita
dificuldade em atividades de matemática muitas das vezes mesmo contando no
dedo.
João Pedro é filho de pais separados e reside com a mãe e um irmão mais
novo de 8 anos, cujo desenvolvimento escolar é descrito como muito bom pela

1
Este documento deverá ser entregue ao Orientador de Estágio na segunda etapa de estágio. Ele faz
parte da avaliação da disciplina de Estágio Supervisionado II. Modelo estruturado e cedido pela prof. ª
Dra. Rita Margarida Toler Russo.
mãe. Esta situação parece gerar insegurança em João Pedro,
conforme observado

pela mãe. Além disso, há relatos de conflitos frequentes entre os pais, que
João Pedro presencia regularmente.

3 – HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO E DA SAÚDE

A gestação de João Pedro foi considerada normal, sendo descoberta pela mãe
no terceiro mês. O parto transcorreu sem complicações, embora tenha sido
observado que João Pedro nasceu com o cordão umbilical enrolado duas
vezes ao redor do pescoço. Ele nasceu com peso e tamanho dentro dos
parâmetros considerados normais, porém, a mãe não recorda detalhes sobre a
nota de Apgar. O desenvolvimento infantil inicial foi relatado como normal,
embora a mãe não possa fornecer informações precisas sobre marcos
motores. Ingressou na escola aos quatro anos e não teve problema de
adaptação.
3.1 – Antecedentes familiares:
Não há histórico familiar de transtornos do neurodesenvolvimento.

3.2 – Jeito de ser da criança, segundo a família e/ou responsável:


João Pedro apresenta dificuldade em manter o foco em tarefas que demandam
maior tempo e concentração, demonstrando uma propensão a se entediar
rapidamente e a alternar frequentemente entre atividades. Além disso, sua mãe
observa episódios nos quais ele se isola e manifesta tristeza. Vale ressaltar
que, apesar desses desafios, ele é reconhecido por sua natureza meiga e
doce, sendo descrito como uma criança obediente e que segue as regras sem
problemas. Adicionalmente, não apresenta dificuldades significativas em sua
interação social.
4 – VIDA ESCOLAR

. A mãe relata que, ao ingressar na pré-escola aos 4 anos, João Pedro


demonstrou uma adaptação tranquila ao ambiente escolar. Durante o período
da pandemia, iniciou-se seu processo de alfabetização, o qual ele logrou
completar sem maiores dificuldades. Apesar de apresentar certa aversão à
disciplina de matemática, seu desempenho não comprometeu seu progresso
acadêmico, não sendo necessário reprovar em nenhum ano letivo. Atualmente,
encontra-se cursando o 4º ano do ensino fundamental. Seus pais concluíram o
ensino médio, mas ambos não cursaram nível superior. Os dois são
funcionários temporários da prefeitura a cidade.

5 – COMPORTAMENTO DA CRIANÇA DURANTE A AVALIAÇÃO

Durante o processo de avaliação, João Pedro demonstrou interesse em uma


variedade de atividades e se mostrou receptivo. Por diversas vezes, solicitou a
participação em jogos de tabuleiro e expressou o desejo de construir uma
"garrafa da calma" utilizando elementos sensoriais. Contudo, em situações que
demandavam maior concentração ou prolongamento do tempo, ele manifestou
sinais de tédio. Quando percebia não conseguir realizar uma determinada
atividade no tempo estipulado demonstrou ficar frustrado e quieto e pensativo.

6 – AVALIAÇÂO
Para a avaliação neuropsicopedagógica foram utilizados testes
padronizados, qualitativos, ecológicos, quantitativos, além
da anamnese, da observação clínica, lúdica, do material escolar e das
informações obtidas pela escola, pela

família e pela criança. Foram realizadas dez sessões as quais as seguintes


áreas foram avaliadas: psicomotora, funções executivas, memória, atenção,
linguagem(leitura, escrita e compreensão), pensamento lógico- matemático/
Aritmética.

6.1 – Instrumentos:
REFERÊNCIA DO INSTRUMENTO ELEMENTOS AVALIADOS
Hora Lúdica Identificar comportamentos frente ao
novo, atitudes, escolha,,
comunicação, iniciativa, retração,
interesse, desinteresse, agitação,
inquietude, apatia, interação com o
profissional, organização ou
preocupação com o caos.

THLE - Teste de Hipótese de Leitura e Teste das 4 palavras e uma


Escrita frase utilizando o mesmo
TEBEROSKY; FERREIRO, Emília (1995) contexto semântico.

TAC - Teste de Atenção por Avalia a atenção seletiva, atenção


Cancelamento.Seabra, A.G.; Dias, N.M. seletiva com
(orgs). Avaliação neuropsicológica maior grau de dificuldade e atenção
cognitiva: atenção e funções executivas – seletiva com demanda de
São Paulo: Memnon,2012. alternância.
Teste de Trilhas A e B Avalia as funções executivas
Seabra, A.G.; Dias, N.M. (orgs). Avaliação especificamente de
neuropsicológica cognitiva: atenção e flexibilidade cognitiva e busca visual.
funções executivas –São Paulo: Memnon,
2012.
Questionário de Transtorno do Triagem (Classificação de Risco
Desenvolvimento da Coordenação do desenvolvimento motor).
(DCDQ-Brasil)
ESCALA CONNERS pais e professores. Destinado a complementar o diagnóstico
Barbosa G.A., Dias M.R., Gaião A.A.1998 de TDAH.
Bateria de Avaliação Cognitiva de Compreensão de textos (narrativos e
Leitura - BACOLE: Teste Cloze de expositivos).
Compreensão de Leitura: volume 2 /
organizadores Gabriel Rodrigues Brito,
Bruna Tonietti Trevisan, Alessandra
Gotuzo Seabra.
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Habilidade de nomeação rápida,
COGNITIVA - livro 2 – Memnon acesso ao sistema de memória de
SEABRA, Alessandra G. e CAPOVILLA, longo prazo.
Fernando César TIN – Teste Infantil de
Nomeação
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Memória fonológica a curto prazo,
COGNITIVA - livro 2 – Memnon usando a estrutura fonológica da
SEABRA, Alessandra G. e CAPOVILLA, linguagem oral.
Fernando César Teste de Repetição de
Palavras e Pseudo Palavras TRPP
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Rima, Aliteração, Adição Silábica,
COGNITIVA - livro 2 – Memnon Subtração silábica, Transposição
SEABRA, Alessandra G. e CAPOVILLA, silábica, Adição fonêmica, Subtração
Fernando César Prova de Conciência fonêmica, Transposição fonêmica e
Fonológica por Escolha de Figuras Trocadilhos.
PCFF
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Dificuldade específica da criança à
COGNITIVA - livro 3 SEABRA, Alessandra compreensão da linguagem escrita e
G. e CAPOVILLA,Fernando César, Editora linguagem oral.
Memnon, 2013
Teste Contrastivo de Compreensão
Auditiva e de Leitura-TCCAL
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Habilidade de leitura e escrita
COGNITIVA - livro 3 – SEABRA, numérica, escrita de números
Alessandra G. e CAPOVILLA, de forma algébrica, relação
Fernando César, Editora Memnon, 2013 maior-menor; cálculos;
Prova de Aritmética cálculos orais e problemas.

PROADE – Instrumento para Avaliação Números, operações, espaço


da Aprendizagem Matemática e formas (Aritmética, Álgebra
Proposta de Avaliação das Dificuldades e Geometria)
Escolares
BACHA, Stella Maris Cortez e VOLPE,
Maria Rita F. Toledo. 2014

6.2 – Síntese dos resultados

ATENÇÃO E FUNÇÕES EXECUTIVAS


Para avaliação da atenção, foi utilizado o Teste de Atenção por
Cancelamento (TAC), que avalia a habilidade de atenção seletiva, atenção
seletiva com maior

grau de dificuldade e atenção seletiva com demanda de alternância. Essa


habilidade diz respeito ao mecanismo cognitivo que permite ao indivíduo
processar informações ou ações relevantes para uma tarefa, fazendo com que
estímulos irrelevantes sejam ignorados.

Durante a realização do teste, o paciente apresentou um desempenho bom


na primeira parte que avalia atenção seletiva comum estímulo. Apesar
disso,
sua busca visual foi desorganizada de cima para baixo e de baixo para cima.
Não demonstrou ter estratégia de busca visual na identificação do estímulo
solicitado. Notou-se também erros por omissão, que sugerem desatenção.
Ficou com pontuação padrão média nesta primeira parte.
Apresentou quebras atencionais quando se encontrava diante de dois
estímulos, confundindo a sequência que deveria cancelar (riscar), na folha de
teste, mesmo com a explicação cancelou o par de figuras no sentido diagonal,
vertical, demonstrando desatenção em relação a explicação dada. No momento
da realização do teste já com a contagem de tempo, não
conseguiu cancelar nenhuma figura, demonstrando prejuízo na
parte 2.
ESCORE PONTUAÇÃO
BRUTO
1 87

Já na parte 3 do instrumento, apresentou muita dificuldade na alternância


dos estímulos solicitados em cada linha, obteve pontuação muito baixa.

ESCORE PONTUAÇÃO
BRUTO
16 63

Identificou-se uma falta de organização na busca visual linear que essa parte
oferece. Sua pontuação padrão total ficou muito baixa o que indica
prejuízo na habilidade de atenção seletiva, atenção seletiva com maior
grau de dificuldade e atenção seletiva com demanda de alternância.

Finalizando a realização do teste demonstrou frustração por perceber que não


tinha conseguido cancelar muitas figuras dentro do tempo estimado.

PARTES DO TESTE ESCORE OBTIDO PONTUAÇÃO PADRÃO INTERPRETAÇÃO


PRIMEIRA PARTE 41 106 MÉDIA
SEGUNDA PARTE 1 87 MÉDIA
TERCEIRA PARTE 16 63 MUITO BAIXA
TOTAL 58 58 MUITO BAIXA
Para avaliação das funções executivas foi usado o Teste Trilhas A e B que
avalia especificamente da flexibilidade cognitiva (flexibilidade cognitiva é a
habilidade de mudar o foco do processamento de uma informação ao
processamento da outra) apesar de demandar também habilidades de
percepção e atenção visual, velocidade e rastreamento Visio motor, atenção
sustentada e velocidade de processamento.
O paciente realizou a primeira parte do teste dentro do tempo, porém, se
perdeu na letra D. Retirou o lápis do papel e teve certa dificuldade para
localizar as
outras letras. No entanto, terminou o teste dentro do tempo. Já na
segunda parte apresentou muita dificuldade para alternar entre as
letras e os números mantendo a sequência. Ainda que
tenha conseguido terminar no tempo, tirou o lápis do papel por diversas vezes
e fez muitas conexões equivocadas. Observa-se que o paciente obteve
classificação muito baixa na primeira parte do teste, o que sugere dificuldade
na flexibilidade cognitiva. Na pontuação geral do teste obteve pontuação
padrão alta.

PARTES DO TESTE ESCORE OBTIDO PONTUAÇÃO PADRÃO INTERPRETAÇÃO


PARTE A 17 4 MUITO BAIXA
PARTE B 3 93 MÉDIA
PARTE B - A 3 -17 = - 11 119 ALTA

MEMÓRIA DE APRENDIZAGEM
Para avaliação da memória de aprendizagem foi utilizado o TIN Teste de
Nomeação Infantil. O teste avalia a linguagem expressiva e do acesso ao
sistema de memória de longo prazo, que armazena o nome dos objetos além
da habilidade de nomeação rápida e acesso a memória a longo prazo.
Durante a aplicação do teste o paciente se confundiu muitas vezes nos nomes
das figuras e as que conseguiu acertar em sua maioria, demorava para se
lembrar do nome.
ESCORE OBTIDO PONTUAÇÃO PADRÃO INTERPRETAÇÃO

28 62 MUITO BAIXA

O resultado do teste encontra-se muito baixo sugerindo inabilidade de


nomeação rápida e acesso ao sistema fonológico de longo prazo.

LEITURA, INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTO


Para avaliação da habilidade de compreensão auditiva e de compreensão de
leitura silenciosa foi utilizado o TCCAL-Teste Contrastivo de Compreensão
Auditiva e de Leitura.
Durante a aplicação do teste o paciente demonstrou estar entediado conforme
lia as sentenças e marcava. Realizou o teste com rapidez, demonstrando
querer terminar rápido o que levou a marcar algumas sentenças erradas por
falta de atenção. Obteve classificação baixa, o que sugere inabilidade na
compreensão leitora.
ESCORE OBTIDO PONTUAÇÃO PADRÃO INTERPRETAÇÃO

34 83 BAIXA
Realizamos ainda o Teste de Repetição de Palavras e Pseudo Palavras
TRPP que avalia a Memória de curto prazo, usando a estrutura fonológica da
linguagem oral. A memória de curto prazo fonológica é a capacidade de reter e
recuperar informações fonológicas por curtos períodos de tempo, ou seja,
informações codificadas usando a estrutura fonológica da linguagem oral. Na
repetição de palavras é observado o uso da rota lexical e na repetição de
pseudopalavras é observado o uso da rota fonológica.
O paciente obteve pontuação alta no teste de repetição de palavras. Já no
teste de repetição de pseudopalavras obteve pontuação média. No score
total do teste obteve pontuação alta.

PARTES DO TESTE ESCORE OBTIDO PONTUAÇÃO PADRÃO INTERPRETAÇÃO


REPETIÇÃO DE 6 118 ALTA
PALAVRAS
REPETIÇÃO DE 3 109 MÉDIA
PSEUDO
PALAVRAS

9 116 ALTA

Foi usada também o Teste Cloze de Compreensão de Leitura da Bateria de


Avaliação Cognitiva de Leitura - BACOLE. Neste teste o paciente fez a
leitura do texto “O aniversário de Bruna”. Apresentou uma leitura fluente, porém
lia fazendo inferência pronunciando algumas palavras diferentes do que estava
escrito. Ao ser questionado a respeito do que tinha lido, voltava e
lia

corretamente. Acertou 34 palavras e obteve pontuação – padrão 87 e sua


classificação foi média inferior indicando alerta para déficit em relação a
sua capacidade de compreensão leitora.
PONTUAÇÃO BRUTA ESCORE OBTIDO CLASSIFICAÇÃO

34 87 MÉDIA INFERIOR

PONTUAÇÃO PADRÃO CLASSIFICAÇÃO


PONTUAÇÃO PADRÃO MENOR QUE 70 MUITO BAIXA
PONTUAÇÃO PADRÃO ENTRE 70 E 79 BAIXA
PONTUAÇÃO PADRÃO ENTRE 80 E 89 MÉDIA INFERIOR
PONTUAÇÃO PADRÃO ENTRE 90 E 109 MÉDIA
PONTUAÇÃO PADRÃO ENTRE 110 E 119 MÉDIA SUPERIOR
PONTUAÇÃO PADRÃO ENTRE 120 E 129 ALTA
PONTUAÇÃO PADRÃO MAIOR OU IGUAL A 130 MUITO ALTA

ESCRITA ESPONTÂNEA
No teste de escrita espontânea, THLE - Teste de Hipótese de Leitura e
Escrita, o paciente fez sem dificuldades e encontra-se na hipótese
Alfabética, pois ainda tem algumas questões de troca ortográfica.

CÁLCULO
Para a avaliação das habilidades matemáticas, empregamos o teste PROADE
para avaliar habilidades matemáticas. Contudo, o paciente mostrou-se
desmotivado e protestou quando percebeu que teria que resolver problemas.
Embora tenha acertado a primeira questão, relacionada à composição e
decomposição de algarismos, todas as operações aritméticas foram
executadas incorretamente. Nas situações-problema, conseguiu resolver
mentalmente as duas primeiras sentenças, evitando cálculos escritos. No
entanto, enfrentou dificuldades com as duas últimas. Na questão dos relógios,
acertou apenas a última parte. Sua pontuação no teste foi de
4,5 / 10, indicando um desempenho abaixo do esperado para
sua faixa etária escolar.

É relevante notar que a família não enviou o material escolar solicitado para
análise, o que pode impactar a compreensão completa do contexto educacional
do paciente.
Aplicamos também a PROVA ARITMÉTICA. Neste teste avalia-se
competência numérica, incluindo domínios de processamento numérico e
cálculo. Durante a aplicação dos subtestes 4, 5 e 6, que abordam o cálculo
aritmético, o paciente demonstrou sinais de nervosismo diante dos cálculos
propostos. Em diversas ocasiões, cometeu erros ao trocar os sinais das
operações matemáticas. Além disso, apresentou dificuldades na multiplicação
de dois algarismos e nos cálculos de divisão. O paciente apresentou o
processamento numérico na média, porém em calculo e na pontuação
total obteve uma pontuação classificada como baixa e muito baixa o que
demonstra déficits nessas áreas.

PARTES DO TESTE ESCORE OBTIDO PONTUAÇÃO PADRÃO INTERPRETAÇÃO


PROCESSAMENTO 14 108 MÉDIA
NUMÉRICO
SUBTESTES 1 A 3
CÁLCULO 13 70 BAIXA
PONTUAÇÃO 27 46 MUITO BAIXA
TOTAL
OBSERVAÇÃO PSICOMOTORA
Não houve devolutiva por parte da mãe em relação ao teste
enviado.

COMPORTAMENTO EM SALA DE AULA (ESCALA CONNERS)


Não houve devolutiva por parte da mãe em relação ao teste enviado.

COMPORTAMENTO EM CASA (ESCALA CONNERS)


Não houve devolutiva por parte da mãe em relação ao teste enviado.

HORA LÚDICA
O paciente chegou alegre e animado e quis logo buscar as atividades. Pediu
para começar com o jogo da velha. Em uma das partidas demorou um tempo
considerável para perceber que havia ganhado. Após jogar três partidas pediu
para brincar com o alfabeto móvel mas logo em seguida deixou de lado. Não
guardou nenhum dos itens que havia brincado anteriormente. Em seguida,
pediu para desenhar, porém não se concentrou no desenho. Ficava olhando
para as prateleiras que haviam na sala com brinquedos. Concluiu o desenho do
personagem Naruto que relatou ser seu preferido. Não terminou de pintar e
quis brincar com a massinha. Tinha a sua disposição alguns carimbos de
massinha
de letras e ele sentiu dificuldade em usar. Demonstrei como se usava e ele fez
igual. No geral durante a hora lúdica o paciente não permaneceu muito tempo
na mesma atividade confirmando o que havia sido dito anteriormente pela mãe
na anamnese. Ao final da sessão demonstrou animação em retornar na
próxima sessão.

7 – Conclusão
No que se refere ao desempenho do paciente, destacam-se pontos positivos e
áreas de dificuldade distintas. Nas avaliações de atenção, o paciente apresenta
habilidade cognitiva flexível. Além disso, demonstrando boa
capacidade de retenção verbal.
No entanto, enfrenta desafios significativos em outras
áreas, como atenção seletiva e nomeação rápida e alerta para possíveis
déficits na compreensão

leitora. Além disso, dificuldades em cálculos e habilidades matemáticas,


também foram observadas na avaliação.

8 – Indicações de Tratamento
Com base nos resultados das avaliações, na anamnese e nas observações do
comportamento durante as sessões, é recomendado:
1. Acompanhamento com um psicólogo para lidar com questões
emocionais e de baixa autoestima que o paciente possa estar
enfrentando.
2. Intervenção neuropsicopedagógica para abordar as dificuldades
cognitivas e de aprendizagem identificadas, visando proporcionar
suporte adequado às necessidades educacionais e emocionais do
paciente.

9 – Orientação à Escola
Para a escola, sugere-se implementar estratégias que promovam a
diversificação de métodos de ensino, visando atender às necessidades
específicas do paciente. É importante oferecer atividades que estimulem a
atenção seletiva e a nomeação rápida, como jogos cognitivos e exercícios que
envolvam associação de conceitos. Além disso, é recomendável fornecer
suporte adicional em matemática, como aulas de reforço ou adaptações
curriculares que abordem os conceitos de forma mais visual e prática, visando
minimizar a desmotivação e fortalecer a autoestima do aluno nessa área.
10 – Orientação aos Pais
Para os pais, é essencial oferecer apoio emocional ao paciente,
reconhecendo e valorizando seus pontos fortes. Incentivar
atividades extracurriculares que promovam a autoconfiança e o bem-estar
emocional, como esportes, arte ou música, pode contribuir para aumentar a
autoestima do filho. Além disso, é recomendável buscar acompanhamento
psicológico para ajudar o paciente

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