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Teste da psicogênese: quatro palavras e uma frase

Emília Ferreiro

Nome:_________________________________________________________________

Idade:_____________ Data:___/____/_____

1-

2-

3-
4-

5-

6-
Protocolo de aplicação:

1-Pedir a criança para escrever o nome todo e depois ler.


Depois tapar o nome com uma régua e pedir para a criança ler cada sílaba, nomeando
a sílaba ou as letras de seu nome, para verificar se o nome está decorado e ela
desconhece as letras que o compõe.

2-Ditar 4 palavras do mesmo grupo semântico , sendo que as palavras devem ser de 4
sílabas, 3 sílabas, 2 sílabas e 1 sílaba( elefante-girafa-gato-boi)

3- Ditar uma frase simples com uma dessas palavras, contendo no nome da criança,
um verbo e uma palavra ditada. ( XXXX correu do boi)

4-Pedir para a criança falar uma frase com uma dessas 4 palavras e a terapeuta
escreve essa frase em letra de forma . Pedir para a criança ler a frase .

5-Pedri a criança para escrever um texto e ler o que escreveu

6-Pedir para a criança escrever as letras do alfabeto e depois dizer 1 palavra ou 2 que
comecem com as letras que ela escreveu.(anotar a palavra dita pela criança)

Correção:

Faça o teste de forma individual. Dite sem induzir ao som por exemplo: escreva e-le-
fan-te .Simplesmente diga escreva a palavra elefante . Se a criança perguntar a palavra
dite da mesma forma. Tenha calma e procure manter a criança como se ela estivesse
fazendo uma tarefa qualquer. Quando ela terminar de escrever peça para que leia a
palavra indicando com o dedo aquilo que está lendo. O teste é preferivelmente sem
figura. É um ditado individual.

PRIMEIRO NÍVEL → PRÉ-SILÁBICO I


Nesse nível o aluno pensa que se escreve com desenhos. as letras não querem dizer
nada para ele. a professora pede que ele escreva “bola”, por exemplo, e ele desenha
uma bola. a professora pede que ele escreva “cachorro” e ele desenha um cachorro.

SEGUNDO NÍVEL → PRÉ-SILÁBICO II


O aluno já sabe que não se escreve com desenhos. E le já usa letras ou, se não conhece
nenhuma, usa algum tipo de sinal ou rabisco que lembre letras. Nesse nível o aluno ainda nem
desconfia que as letras possam ter qualquer relação com os sons da fala. Ele só sabe que se
escreve com símbolos, mas não relaciona esses símbolos com a língua oral. Acha que coisas
grandes devem ter nomes com muitas letras e coisas pequenas devem ter nomes com poucas
letras. Acredita que para que uma escrita possa ser lida deve ter pelo menos três símbolos.
caso contrário, para ele, “não é palavra, é pura letra”.

TERCEIRO NÍVEL → SILÁBICO


O aluno descobriu que as letras representam os sons da fala, mas pensa que cada letra
é uma sílaba oral. Se alguém lhe pergunta quantas letras é preciso para escrever
“cabeça”, por exemplo, ele repete a palavra para si mesmo, devagar, contando as
sílabas orais e responde: três, uma para “ca”, uma para “be” e uma para “ça”

QUARTO NÍVEL → ALFABÉTICO


O aluno compreendeu como se escreve usando as letras do alfabeto. Descobriu que
cada letra representa um som da fala e que é preciso juntá-las de um jeito que formem
sílabas de palavras de nossa língua.

Como Intervir:

No trabalho em classes de alfabetização não existe uma ordem fixa em que as coisas
têm de ser feitas. Os alunos não aprendem aos pedaços, um item depois do outro, do
mais fácil para o mais difícil. Pelo contrário, eles aprendem fazendo muitas relações
entre tudo o que faz parte do que chamamos de campo conceitual da alfabetização. O
que vem a ser isso? É um conjunto de situações que dão sentido aos atos de escrever e
ler. Por isso eles aprendem escrevendo e lendo. Para que isso aconteça, o professor
deve propor diariamente atividades que envolvam letras, palavras e textos. Não pode
se enganar achando que se está trabalhando com textos já está naturalmente
trabalhando com palavras e letras. Durante o processo de alfabetização o professor
competente em criar situações didáticas que permitam aos seus alunos pensar sobre a
escrita deve estar atento às especificidades do trabalho com letras, com palavras e
com textos. Seus objetivos para os três não são os mesmos e todos são igualmente
importantes.

CRIANÇA PRÉ-SILÁBICA
 Associar palavras e objetos;
 Memorizar palavras globalmente;
 Analisar palavras quanto ao número de letras, inicial e final;
 Distinguir letras e números;
 Reconhecer as letras do alfabeto (cursiva e bastão);
 Familiarizar-se com os aspectos sonoros das letras através das iniciais de
palavras significativas;
 Relacionar discurso oral e texto escrito;
 Distinguir imagem de escrita;
 Observar a orientação espacial dos textos;
 Produzir textos pré-silabicamente;
 Ouvir e compreender histórias;
 Identificar letras e palavras em textos de conteúdo conhecido.

CRIANÇA SILÁBICA:
 Reconhecer a primeira letra das palavras no contexto da sílaba inicial;
 Comparar palavras memorizadas globalmente com a hipótese silábica;
 Contar o número de letra das palavras;  Desmembrar oralmente as
palavras em suas sílabas;
 Reconhecer o som das letras pela análise da primeira sílaba das palavras;
 Reconhecer a forma e as posições dos dois tipos de letras: cursiva e
maiúscula;
 Identificar palavras em textos de conteúdo conhecido (qualquer tipo de
palavra);
 Produzir textos silabicamente;
 Ouvir e compreender histórias;
 Completar palavras com as letras que faltam (observando que o número
de letras presentes exceda sempre o número de sílabas da palavra).

CRIANÇA ALFABÉTICA

 Compor palavras com sílabas;


 Decompor palavras em suas sílabas;
 Produzir textos alfabeticamente;
 Ler textos de seu nível;
 Completar palavras com as sílabas que faltam;
 Observar a segmentação entre as palavras no texto;
 Observar os sinais de pontuação;
 Ouvir e compreender histórias;
 Completar textos com palavras;
 Construir frases com palavras dadas.

Livro: Aula entrevista: caracterização rumo á escrita e leitura – Porto Alegre-GEEMPA-


2010

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