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ESCRITA PRÉ-SILÁBICA
Nesse nível o aluno pensa que se escreve com desenhos. As letras não querem dizer nada
para ele. A professora pede que ele escreva “bola”, por exemplo, e ele desenha uma bola,
rabiscos, garatujas.
Nesse nível o aluno ainda nem desconfia que as letras possam ter qualquer relação com os
sons da fala. Ele só sabe que se escreve com símbolos, mas não relaciona esses símbolos
com a língua oral. Acha que coisas grandes devem ter nomes com muitas letras e coisas
pequenas devem ter nomes com poucas letras. Acredita que para que uma escrita possa
ser lida deve ter pelo menos três símbolos, caso contrário, para ele, “não é palavra, é pura
letra”.
- Usar seu nome em situações significativas: marcar atividades, objetos, utilizá-Io em jogos,
bilhetes, etc.;
- Reconhecer e ler o próprio nome em situações significativas: chamadas, jogos, listas, etc.;
- Utilizar letras móveis para pesquisar nomes, reproduzir o próprio nome ou dos amigos;
- Escrever espontaneamente;
-Escrever listas significativas: Comemos no lanche? O que tem numa festa de aniversário?
Nosso material escolar? Temos na sala de aula? Bichos que vemos pelo campo?
Brinquedos favoritos? Nossos desejos? Rotinas da escola? etc..
★ Criar e aplicar jogos com nomes (dominó, memória, boliche, bingo etc.);
★ Pedir para a criançada fazer a contagem das letras e o confronto dos nomes;
★ Repita essas mesmas atividades, utilizando palavras do universo dos alunos, tais como:
rótulos de produtos ou recortes de revistas (propagandas, títulos, palavras conhecidas
etc.);
ESCRITA SILÁBICA
O aluno descobriu que as letras representam os sons da fala, mas pensa que cada letra é
uma sílaba oral. Se alguém lhe pergunta quantas letras é preciso para escrever “cabeça”,
por exemplo, ele repete a palavra para si mesmo, devagar, contando as sílabas orais e
responde: três, uma para “ca”, uma para “be” e uma para “ça” dentro deste nível podemos
identificar três fases importantes:
→ quantitativo – para cada sílaba o aluno põe uma letra sem pensar na correspondência
sonora.
→ quantitativo – escreve para cada sílaba uma letra com correspondência sonora. ex: para
casa escreve “ca” ou “cz”.
→sílábico-alfabético – ora escreve as sílabas completas (simples) e ora usa apenas uma
letra para representá-la.
Não esquecer: para avançar para a hipótese alfabética a criança precisará, principalmente,
identificar palavras que começam com o mesmo som.
Proponha situações de aprendizagens nas quais sejam possíveis aos alunos
desenvolverem as seguintes habilidades:
-Reconhecer o som das letras pela análise da primeira sílaba das palavras;
-Completar palavras com as letras que faltam (observando que o número de letras
presentes, exceda sempre o número de sílabas da palavra).
ESCRITA ALFABÉTICA
O aluno compreendeu como se escreve usando as letras do alfabeto. Descobriu que cada
letra representa um som da fala e que é preciso juntá-las de um jeito que formem sílabas
de palavras de nossa língua, porém inicialmente escrevem com fortes marcas da oralidade.
Alfabético 1
Se caracteriza pela hipótese de que, a cada vez que se abre a boca para se pronunciar
uma palavra, se escreve obrigatoriamente uma consoante e uma vogal, nesta mesma
ordem rígida. Ex: escada – SECADA
Alfabético 2
• Às vezes, a sílaba tem duas consoantes, ou juntas ou separadas por vogal.
Alfabético 3
• Constatação de que há sons que deverão ser representados por duas letras.
Alfabético 4
• Processo no qual o aluno apresenta mais um conflito e outra descoberta, a de que
uma consoante pode ser desacompanhada de vogal.
Atividades que visem descolar a escrita da fala, como no caso das palavras. CADIADO e
KAVALU – as vogais E e O no final de sílabas átonas assumem o valor sonoro de /i/ e /u/,
por isso que se fala /cadiado/ e se escreve CADEADO, fala-se /cavalu/ e escreve CAVALO,
fala-se /leiti/ e escreve-se LEITE.
Atividades para trabalhar as convenções ortográficas, como: dígrafos orais (ch, lh, nh, qu,
gu, rr, ss, sc, xc) e nasais (am, an, em, en, im, in, om, on, um, un) como na escrita da
palavras “aranha” e “campo” e usos de letras que representam o som /s/
Atividade para evitar a hipercorreção (no afã de acertar erra), como na escrita da palavra
CUECA escreve COECA.
DIAGNÓSTICOS DE ESCRITA
Inicial e para alunos não alfabetizados
Ditar uma lista de 4 (quatro) palavras (que não sabe de memória) sem apoio de outras
fontes e uma frase;
As palavras escolhidas não devem ter vogais em sílabas seguidas. Ex: PETECA, pois o
aluno tem dificuldades em repetir vogais, para escrita na hipótese silábica – EEA;
A lista deve ser lida pelo aluno assim que terminar de escrevê-la;
Deve-se ditar 4 palavras começando por uma polissílaba, depois trissílaba, dissílaba e
monossílaba, isto é, numa ordem decrescente de sílabas, para confrontar com a questão
de que é necessário uma quantidade mínima de letras para que algo seja escrito.
Alunos alfabetizados
Leitura de um texto pelo professor e ditado de 10 palavras. Para escolha destas palavras é
necessário ter alguns cuidados sobre as diferentes configurações de sílabas:
CV – uma consoante e uma vogal. Essa formação de sílaba é chamada de canônica, por
ser a mais visual de nosso sistema. Ex: loja