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CONVERSORES
CC-CC
NÃO ISOLADOS
Análise, Modelagem e Controle
Fernando Lessa Tofoli
Revisão:
Maria Carolina Garcia
Capa e editoração:
Editorando Birô
ISBN: 978-85-88098-81-7
18-0679 CDD 621.381
2018
Todos os direitos desta edição são reservados à
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SUMÁRIO
Prefácio....................................................................................................... 9
VL11 = Vi (7.1)
VL 21 = Vi - VC1 + Vo (7.2)
Em que VL11 e VL21 são os valores das tensões nos indutores L1 e L2 duran-
te o primeiro estágio de operação, respectivamente, enquanto VC1 é a tensão
média no capacitor C1, considerada constante e livre de ondulações na aná-
lise que se segue.
A tensão instantânea em um indutor é definida por:
diL ( t )
vL ( t ) = L (7.3)
dt
dt = ton (7.4)
DI L1 = I L1( máx.) - I L1( mín.) (7.5)
DI L 2 = I L 2( máx.) - I L 2( mín.) (7.6)
Em que VL12 e VL22 são os valores das tensões nos indutores L1 e L2 du-
rante o segundo estágio de operação, respectivamente.
De acordo com as etapas anteriormente apresentadas, os indutores L1 e
L2 se carregam e descarregam a cada ciclo de comutação, a uma taxa cons-
tante em regime permanente. Assim, desconsiderando-se a ondulação da
tensão de saída, pode-se escrever:
(
-DI L1 = - I L1( máx.) - I L1( mín.) ) (7.11)
-DI L 2 = -(I L 2( máx.)
- I L 2( mín. ) ) (7.12)
dt = toff (7.13)
Substituindo (7.9), (7.11) e (7.13) em (7.3), bem como substituindo
(7.10), (7.12) e (7.13) em (7.3), têm-se:
Conversor CC-CC Zeta 157
DI L1
VC1 = L1
toff (7.14)
DI L 2 (7.15)
Vo = L2
toff
Além disso, os intervalos de condução e bloqueio do interruptor podem
ser obtidos em função da razão cíclica da seguinte forma:
1 é ton = DTs
-VC1 ) dt ù = 0
Ts
VL1( méd.) =
ê ò (Vi ) dt + ò ( úû (7.18)
Ts ë 0 ton = DTs
1 é ton = DTs
-Vo ) dt ù = 0
Ts
VL 2( méd.) =
ê ò (Vi - VC 1 + Vo ) dt + ò ( úû (7.20)
Ts ë 0 t on = DTs
DVi + Vo ( 2 D - 1)
VC1 = (7.21)
D
Igualando as expressões (7.19) e (7.21), chega-se ao ganho estático do
conversor Zeta em MCC:
158
Capítulo 7
Vo D
= (7.22)
Vi 1 - D
1 éæ ton ö ù æ Ts ö
êçç ò iL11 ( t ) dt ÷÷ ú + ç ò iL12 ( t ) dt ÷
2 2
I L1( ef.) = (7.25)
Ts êëè 0 ç ÷
ø úû è ton ø
1 éæ ton ö ù æ Ts ö (7.26)
êçç ò iL 21 ( t ) dt ÷÷ ú + ç ò iL 22 ( t ) dt ÷
2 2
I L 2( ef.) =
Ts ç ÷
ëêè 0 ø ûú è ton ø
æ DI ö æ DI ö
iL11 ( t ) = ç L1 ÷ t + ç I i - L1 ÷ (7.31)
è ton ø è 2 ø
1 éæ ton ö ù æ toff ö
êçç ò iL11 ( t ) dt ÷÷ ú + ç ò iL12 ( t ) dt ÷
2 2
I L1( ef.) = (7.32)
Ts êëè 0 ç ÷
ø úû è 0 ø
1 éæ ton ö ù æ toff ö
êçç ò iL 21 ( t ) dt ÷÷ ú + ç ò iL 22 ( t ) dt ÷ (7.33)
2 2
I L 2( ef.) =
Ts êëè 0 ç ÷
ø úû è 0 ø
Analogamente, considerando os pontos (0, IL1(máx.)) e (toff, IL1(mín.)), a cor-
rente iL12(t) pode ser representada por:
160
Capítulo 7
æ DI ö æ DI ö
iL12 ( t ) = - ç L1 ÷ t + ç I i + L1 ÷ (7.34)
ç t ÷ è 2 ø
è off ø
Finalmente, substituindo-se (7.31) e (7.34) em (7.32), obtém-se:
12 I i 2 + DI L12
I L1( ef.) = (7.35)
12
DI L12 (1 - D ) + 12 D 2 I o 2
2
12 I o 2 + DI L 2 2
I L 2( ef.) = (7.41)
12
Vi D
L2 = (7.42)
f s DI L 2
Io ò dt = C1 ò dvC ( t )
(7.43)
DI o
C 1= (7.44)
DVC1 f s
Por outro lado, enquanto a corrente no indutor L2 for maior que a corren-
te na carga (considerada constante, isto é, desprezando-se a sua respectiva
ondulação), o capacitor C2 se carrega. Por outro lado, quando for menor, o
capacitor se descarrega, provocando uma variação de tensão ΔVC2, conforme
a Fig. 7.6.
162
Capítulo 7
Fig. 7.6 – Forma de onda da corrente no indutor L2 e intervalos nos quais o capa-
citor C2 se carrega e descarrega em MCC
Vi D
DQ2 = (7.46)
8 f s 2 L2
DQ
C=
DV (7.47)
Vi D
C 2=
8 f s L2 DVC 2
2 (7.48)
ton
1 2
I S (ef.) =
Ts ò éëi ( t ) + i ( t )ùû
0
L11 L 21 dt (7.50)
I S (méd.) = D ( Ii + I o )
(7.51)
D é12 ( I i + I o ) + ( DI L1 + DI L 2 ) ù
2 2
I S (ef.) = ë û (7.52)
12
I S (ef.) =
{ 2
D éë( DI L1 + DI L 2 )(1 - D ) ùû + 12 I o 2 }
(7.54)
12 (1 - D )
2
DI o
I S (ef.) =
1- D (7.55)
VS (máx.) = Vi - VL12 = Vi + Vo
(7.56)
Além disso, as correntes média e eficaz no diodo são obtidas pelas se-
guintes expressões:
164
Capítulo 7
toff
1
I D (méd.) =
Ts ò éëi ( t ) + i ( t )ùû dt
L12 L 22
0 (7.57)
toff
1 2
I D (ef.) = ò éëiL12 ( t ) + iL 22 ( t ) ùû dt (7.58)
Ts 0
I D(méd.) = (1 - D )( Ii + I o )
(7.59)
(1 - D ) éë12 ( Ii + I o ) + ( DI L1 + DI L 2 ) ù
2 2
I D (ef.) = û (7.60)
12
Substituindo (7.36) em (7.59) e (7.60), têm-se:
I D (méd.) = I o
(7.61)
2
é( DI L1 + DI L 2 )(1 - D )ùû + 12I o 2
I D (ef.) = ë (7.62)
12 (1 - D )
Considerando pequenos valores da ondulação da corrente no indutor, a
expressão (7.62) pode ser simplificada:
Io
I D (ef.) = (7.63)
1- D
A análise da Fig. 7.3 (a) permite concluir que a máxima tensão à qual o
diodo é submetido é:
VC2 =Vo
t
vC1(t)
VC1
t
iL1(t)
L1(máx.) iL11(t) i L12(t)
L1(mín.) t
vL1 (t)
Vi
t
-Vo
iL2(t)
L2(máx.) iL21(t) i L22 (t)
L2(mín.) t
vL2 (t)
Vi
t
-Vo
iL1(t)+iL2(t)
t
i S (t)
iL11(t)+i L21(t)
t
vS(t)
Vi +Vo
Vi
t
i D(t)
iL12(t)+i L22(t)
t
vD(t)
t
-Vo
-(Vi +Vo)
ton=DTs td
toff=(1-D)Ts
Ts
DTsVi
DI L1 =
L1 (7.65)
tV
DI L1 = d o
(7.66)
L1
DTsVi (7.67)
DI L 2 =
L2
tV (7.68)
DI L 2 = d o
L2
1 s
T
1 æ ton ton + td Ts
ö
VL1( méd.) = ò vL1 ( t ) dt = ç ò vL11 ( t ) dt + ò vL12 ( t ) dt + ò vL13 ( t ) dt ÷ = 0 (7.69)
Ts 0 Ts ç0 ÷
è ton ton + td ø
1 s
T
1 æ ton ton + td Ts
ö
VL 2( méd.) = ò vL 2 ( t ) dt = ç ò vL 21 ( t ) dt + ò vL 22 ( t ) dt + ò vL 23 ( t ) dt ÷ = 0 (7.71)
Ts 0 Ts ç0 ÷
è ton ton + td ø
VC1 = Vo (7.73)
Vi DTs
I L1( máx.) = I L1( mín.) +
L1 (7.81)
æ DI ö (7.84)
iL 22 ( t ) = - ç L 2 ÷ t + I L 2( máx.)
è td ø
(7.85)
iL 23 ( t ) = I L 2( mín.)
Vi D 2Ts (Vi + Vo )
I L 2( mín.) = Io - (7.90)
2 L2Vo
Vo D Vi ( L1 + L2 )
2
= (7.92)
Vi 2 L1 L2 f s I o
Vo D 2Vi
= (7.94)
Vi 2 Leq f s I o
Vi 2 D
L1( crít .) = (7.98)
2Vo I o f s
Vi D
L2( crít .) = (7.99)
2Io fs
I L1( ef.) =
{ 2 2 2
}
i o ( 4 - 6 D ) - 3D (Vi + Vo ) + 4Vo û + 12Vo I o f s L1
3 D3Vi 4 ëéVV ù 4 2 2 2
(7.103)
6VV
i o f s L1
174
Capítulo 7
I L 2( ef.) = ë û
12 (Vo f s L2 )
2
vC1(t)
VC1
t
iL2(t)
L2(máx.) iL21(t) i L22 (t)
L2(mín.) t
t1 ton-t1
ton=DTs td
toff=(1-D)Ts
Ts
Fig. 7.10 – Formas de onda da corrente no indutor L2 e no capacitor C1,
evidenciado os intervalos nos quais o capacitor C1 se carrega e descarrega no
conversor Zeta em MCD
dvC1 ( t )
iC1 ( t ) = C1 (7.105)
dt
ton
1
C1 =
DVC1 ò i ( t ) dt
t1
L 21 (7.106)
t2 =
(
ton I o - I L 2( mín.) ) (7.109)
I L 2( máx.) - I L 2( mín.)
t3 =
(
td I L 2( máx.) - I o ) (7.110)
I L 2( máx.) - I L 2( mín.)
Assim, a quantidade de carga armazenada no capacitor C2 é:
DQ2 =
( )
éë( ton - t2 ) + t3 ùû I L 2( máx.) - I o (7.111)
2
2
Vi D 2 (Vi + Vo ) éë D (Vi + Vo ) - 2Vo ùû
C2 = (7.113)
8L2Vo3 f s 2 DVC 2
vo(t) =vC2(t)
VC2 =Vo
t
iL2(t)
L2(máx.) iL21(t) i L22 (t)
Io
S
L2(mín.) t
t2 ton-t2 t3
ton=DTs td
toff=(1-D)Ts
Ts
3D ( DI L1 + DI L 2 )
I S (ef.) =
3 (7.117)
VS (máx.) = Vi - VL12 = Vi + Vo
(7.118)
3D 3Vi 3 ( L1 + L2 )
2
−3D 2Vi 2 f s L1 L2 ( L1 + L2 )( ∆I L1 + ∆I L 2 )
+ DVi f s 2 L12 L2 2 ( ∆I L1 + ∆I L 2 )
2
I D (ef.) = (7.122)
3Vo L12 L2 2 f s 2
Analisando a Fig. 7.7 (a), verifica-se que a máxima tensão reversa no
diodo é:
x Ax + Bu
= (8.1)
y Cx + Du
= (8.2)
éi ù
x = ê L ú (8.3)
ëvC û
é iL1 ù
êv ú (8.4)
x = ê C1 ú
ê iL 2 ú
ê ú
ë vC 2 û
Modelagem de pequenos sinais de conversores CC-CC 181
v=
i Vi + vi (8.7)
v=
o Vo + vo (8.8)
d= D + d (8.9)
x X + x
= (8.10)
Sendo:
Vi, Vo, D, X – valores médios da tensão de entrada, tensão de saída, razão
cíclica e vetor de estados, respectivamente, associados à componente CC;
v˜i , v˜o , d˜ , x˜ – perturbações de pequena amplitude aplicadas à tensão de
entrada, tensão de saída, razão cíclica e vetor de estados, respectivamente,
associadas à componente CA;
vi , vo , d , x – soma das componentes CC e CA associadas à tensão de
entrada, tensão de saída, razão cíclica e vetor de estados, respectivamente;
Considerando a variável de saída y como sendo a tensão de saída, é pos-
sível escrever as equações de saída dadas por (8.2) como:
vi = Vi (8.15)
( )
+ x A1 ( X + x ) D + d + A2
X =
{( X + x ) 1 − ( D + d )}
(8.16)
{ ( ) (
+ B1 D + d + B2 1 − D + d Vi
)}
Em que X e x são as derivadas de X e x , respectivamente.
Como as componentes CA apresentam pequenas amplitudes, considera-
-se que os produtos entre duas perturbações são nulos, isto é:
=0
xd (8.17)
X = 0 (8.18)
Modelagem de pequenos sinais de conversores CC-CC 183
x = A1 D + A2 (1 − D ) ( X + x )
+ B1 D + B2 (1 − D ) Vi + ( A1 − A2 ) X + ( B1 − B2 ) Vi d (8.19)
A = A1D + A2 (1 - D )
(8.20)
B = B1D + B2 (1 - D ) (8.21)
A ( X + x ) + BV + ( A − A ) X + ( B − B )V d
x= (8.22)
i 1 2 1 2 i
AX + BVi =
0 (8.23)
( ) (
vo C1 D + d + C2 D + d x
Vo +=
) (8.26)
Vo + v=
o C ( X + x ) + ( C1 − C2 ) Xd (8.27)
Sendo que:
C = C1D + C2 (1 - D ) (8.28)
Vo = CX (8.29)
X = C -1Vo (8.31)
Vo
= -CA-1 B (8.32)
Vi
x ( s ) = ( sI - A) éë( A1 - A2 ) X + ( B1 - B2 )Vi ùû d ( s )
-1
(8.35)
Analogamente, aplica-se a transformada de Laplace a (8.30):
vo ( s ) = Cx ( s ) + ( C1 - C2 ) Xd ( s )
(8.36)
vo ( s )
= C ( sI − A ) ( A1 − A2 ) X + ( B1 − B2 ) Vi + ( C1 − C2 ) X (8.37)
−1
d (s)
(8.38)
d=D
A ( X + x ) + B (V + v )
x= (8.40)
i i
AX + BVi =
0 (8.41)
Vo + v=
o C1 D + C2 (1 − D ) ( X + x ) (8.44)
Modelagem de pequenos sinais de conversores CC-CC 187
Vo + v=
o C ( X + x ) (8.45)
Vo = CX (8.46)
X = C -1Vo (8.48)
sx ( s ) = Ax ( s ) + Bvi ( s ) (8.50)
x ( s ) = ( sI - A) Bvi ( s )
-1
(8.51)
vo ( s ) = Cx ( s ) (8.52)
vo ( s )
= C é( sI - A ) B ù
-1
ë û (8.53)
vi ( s )
Considerando a malha externa da Fig. 8.2 (a) composta por Vi, RL, L e Ro
e adotando o sentido anti-horário para a análise, tem-se:
iR = iL - iC (8.57)
diL dv
-Vi + L + ( RL + Ro ) iL - RoCo c = 0 (8.58)
dt dt
x1 = iL (8.59)
x2 = vC (8.60)
di
x1 = L (8.61)
dt
dvC
x2 = (8.62)
dt
Ao analisar a malha da Fig. 8.2 (a) composta por Co, Ro e RSE, as seguin-
tes expressões são obtidas:
vC + vRSE =
vRo (8.64)
vRo = Ro ( iL - iC ) (8.65)
Modelagem de pequenos sinais de conversores CC-CC 191
(8.66)
vRSE = RSE iC
dvC æ dv ö
vC + RSE Co = Ro ç iL - Co C ÷ (8.67)
dt è dt ø
Ro x1 − x2 − Co ( Ro + RSE ) x2 =
0 (8.68)
− ( RL + Ro ) RoCo Vi
x1
= x1 + x2 + (8.69)
L L L
Ro −1
=x2 x1 + x2 (8.70)
Co ( Ro + RSE ) Co ( Ro + RSE )
− ( RL Ro + RL RSE + R0 RSE ) − Ro Vi
=x1 x1 + x2 + (8.71)
L ( R0 + RSE ) L ( R0 + RSE ) L
é - ( RL Ro + RL RSE + R0 RSE ) - Ro ù
ê ú
L ( R0 + RSE ) L ( R0 + RSE ) ú (8.73)
A1 = ê
ê Ro -1 ú
ê ú
ëê Co ( Ro + RSE ) Co ( Ro + RSE ) ûú
192
Capítulo 8
é1ù
(8.74)
B1 = ê L ú
ê ú
ë0û
é - ( RL Ro + RL RSE + R0 RSE ) - Ro ù
ê ú
L ( R0 + RSE ) L ( R0 + RSE ) ú
A2 = A1 = ê (8.75)
ê Ro -1 ú
ê ú
êë Co ( Ro + RSE ) Co ( Ro + RSE ) úû
B2 = 0 (8.76)
Ro RSE Ro
=vo x1 + x2 (8.78)
Ro + RSE Ro + RSE
é RR Ro ù
C1 = C2 = ê o SE ú (8.79)
ë Ro + RSE Ro + RSE û
Modelagem de pequenos sinais de conversores CC-CC 193
Vo DRo
= (8.83)
Vi RL + Ro
éI ù
X = ê L ú (8.84)
ëVC û
vo ( s ) DRo [ sRSE + 1]
= 2
vi ( s ) s ëéCo L ( Ro + RSE )ûù + s Co ëé RL ( Ro + RSE ) + Ro RSE ûù + L + ( Ro + RL ) (8.89)
{ }