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RESUMO
A concorrência no mercado internacional é renhida e favorece naturalmente aos países menos
importadores e mais exportadores. No entanto, entende-se que, pesa embora Moçambique
tenha liberalizado a importação de factores de produção para a agricultura, continua sendo
altamente dependente de importações de bens de consumo e não de investimento. Este facto
coloca o país, uma vez mais, em situação de grande desafio, a ter que reverter o cenário para
poder estar ao pé de igualdade com os membros da região e outros.
ABSTRACT
The international market competition is fierce and naturally favors the countries importing
less and exporting more. However, it is understood that, although Mozambique has
liberalized the import of inputs for agriculture, remains highly dependent on imports of
consumer goods rather than investment. This places the country once again, in a situation of
great challenge, having to reverse the scenario to be able to be at par with the members of the
region and others.
INTRODUÇÃO
"Com a execução do Protocolo Comercial da SADC, que prevê a integração dos mercados da
região..., Os produtores nacionais estarão sujeitos a uma competição ainda maior proveniente
de indústrias mais desenvolvidas e mais avançadas tecnologicamente. Este desafio deve
traduzir-se num aproveitamento das vantagens comparativas derivadas de condições
específicas que existem no país para a produção de algumas culturas". MINAG (2011:13)1,
Hoje, Moçambique está num contexto onde se vislumbra um crescimento económico que
pode se tornar um exemplo para outros países africanos. O sector agrário, considerado o pilar
da economia nacional, empregando 90% da força laboral feminina do país e 70% masculina,
contribuiu em 2010, segundo dados do INE, com 23% para o Produto Interno Bruto. Porém
para que o país se posicione de forma privilegiada no mercado regional, intercontinental e
internacional deverá ultrapassar os actuais desafios que se impõem, de modo a estar em pé de
igualdade ou mesmo superior aos membros da integração.
É neste âmbito que o presente trabalho pretende compreender que desafios e perspectivas
existem para Moçambique, no âmbito da Integração Regional, Intercontinental e Internacional
(Integração RII), na perspectiva dos seus impactos. O estudo, antecedido por uma introdução
onde se apresenta a localização da área de estudo; a pergunta de partida; as hipóteses; os
objectivos; a justificativa e importância; e a metodologia, está estruturado em três capítulos,
nomeadamente: a Revisão Bibliográfica; O Cenário Actual dos Aspectos Económicos de
Moçambique; a Análise dos Desafios e Perspectivas da Integração Regional, Intercontinental
e Internacional e por último a Conclusão.
Para orientar esta pesquisa, tomou-se como base a seguinte pergunta de partida: Que desafios
e perspectivas existem para Moçambique, no âmbito da integração regional, intercontinental e
internacional?
1
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário - PESDA.2011
3
produtos moçambicanos, por parte dos pequenos produtores, constituem desafios que perigam
a posição de Moçambique na integração regional. Se este cenário for invertido estará
propiciado um ambiente, com perspectivas positivas, que vislumbra um desenvolvimento para
Moçambique.
Constitui objectivo geral da presente pesquisa, avaliar o impacto dos desafios e perspectivas
para Moçambique, no âmbito da integração regional, intercontinental e internacional.
Especificamente, este, vai procurar descrever a conceptualização sobre a integração regional;
intercontinental; internacional e outros factores que interferem no processo. Para além de
caracterizar o cenário actual dos aspectos socioeconómicos de Moçambique, irá analisar os
desafios e perspectivas da Integração Regional, Intercontinental e Internacional.
A escolha do tema foi orientada pela necessidade de compreender o real impacto que a
Integração RII tem para os países da SADC e suas perspectivas, com particular destaque para
Moçambique. A outra motivação que leva o autor a desenvolver esta pesquisa surge na
sequência dos grandes e “acesos” debates em torno da Integração Regional, que revelam um
cepticismo, por parte de académicos, analistas, políticos e outros intervenientes. Para além de
ser membro da SADC e naturalmente abrangido na Integração RII, Moçambique é o país
onde reside o autor por isso foi escolhido como estudo de caso.
Para a elaboração do presente trabalho o autor recorreu à Consulta bibliográfica que consistiu
no levantamento bibliográfico e documental sobre o tema em estudo, visando a
conceptualização sobre a integração regional; intercontinental; internacional e outros factores
que interferem no processo, tendo contribuído para a compreensão e melhor assimilação dos
conteúdos.
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CAPITULO UM
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O autor consultou algumas obras visando produzir um suporte teórico para auxiliar a
avaliação. Neste capítulo serão abordados os conceitos de integração regional,
intercontinental e internacional; vantagens comparativas; agro-negócio;
desenvolvimento económico; modelo de desenvolvimento.
Para PASSO (2009)2, a literatura corrente refere que o mercado regional repousa sobre seis
princípios fundamentais, sendo três de natureza política e três de natureza económica. Para
este autor os princípios de Natureza Política traduzem-se em: “a) igual oportunidade, isto é,
todos os participantes têm assegurado o pleno desenvolvimento de seus recursos e
possibilidades e, se forem pequenos e atrasados, terão tratamento adequado a esse menor
desenvolvimento económico relativo; b) voluntariedade, ou seja, que cada país membro
resolve, por livre arbítrio, participar da forma de integração no momento que julgar melhor; e
c) não exclusividade, que significa que não haverá, dentro da área integrada, blocos cerrados,
sendo os acordos acessíveis a todos”.
Enquanto que os princípios de Natureza Económica consistem em: “a) produtividade, o que
significa que a área integrada buscará o aumento da produtividade em regime de livre
concorrência para atingir progressiva especialização das actividades produtivas; b)
concorrência; c) especialização. O mercado regional será assim, multilateral e competitivo. ”
De acordo com a Secretaria da ACP (1997), citado por MURAPA (2000:156)3, Integração
Regional é “um movimento para estabelecer ligações entre um grupo de países dentro de um
determinado espaço geográfico, motivado pelos interesses comuns e compartilhados para
cooperação nas áreas de comércio e outros sectores económicos, com vistas a alcançar uma
zona de livre comércio e, subsequentemente, estabelecer uma união alfandegária”.
Neste trabalho, de acordo com o conceito de Integração Regional acima abordado, entende-se
por Integração Intercontinental as relações comerciais e de regionalização económica que
2
Artigo de Lodovico Sidónio Passo (Msc), extraído da Revista Científica Inter-Universitária, 2009. CAP - Centro de
Análise de Políticas da FLCS/UEM
3
Artigo elaborado por Rukudzo Murapa, Vice-Chanceler da Africa University (Zimbábue), consultor da UNDP, World
Bank e outras agências internacionais
5
David Ricardo, autor do conceito de Vantagens Comparativas, citado por CHIAU5 (2008),
defende a “especialização das nações na produção de bens em que detêm vantagens
específicas comparativamente aos seus concorrentes”. Este autor explica ainda que “há
vantagens económicas da eliminação das barreiras do comércio internacional”. Alguns
autores fazem uma análise crítica e dão um subsidio à essas teorias, aproximando-os mais à
realidade porém todos convergem num aspecto central, apostar na especialização e ganhos
com o comércio.
CHICHAVA (2009)6, citando Hill (1998) e WTO (2001), menciona que “as teorias das
vantagens comparativas (vantagem da especialização da produção de cada país em função dos
seus recursos naturais ou do seu avanço tecnológico) desenvolvidas, em 1817, pelo
economista David Ricardo, e mais tarde explicadas por Eli Heckscher, em 1919, e Bertil
4
Artigo de José António da Conceição Chichava (PhD), extraído da Revista Científica Inter-Universitária, 2009. CAP -
Centro de Análise de Políticas da FLCS/UEM
5
CHIAU, Manuel Joaquim. A Cadeia de Produção Agro-Industrial e os Desafios da Integração Económica Regional na
SADC: O caso de Moçambique. Maputo, 2008, pp 73 (trabalho de diploma apresentado a Faculdade de Economia da
UEM, para a obtencao do grau de licenciatura em Economia)
6
Artigo de José António da Conceição Chichava (PhD), extraído da Revista Científica Inter-Universitária, 2009. CAP -
Centro de Análise de Políticas da FLCS/UEM
6
CHIAU7 (2008:23), citando KRUGMAN & OBSTFELD (2000), refere-se as críticas feitas
por estes dois, relativamente a visão de que “sempre o comércio bem sucedido constitui
resultado de vantagens comparativas, ressalvando que pode também ser resultado de
economia de escala”. Ainda na visão crítica destes autores “as economias de escala dão aos
países o incentivo de se especializarem e comercializarem, mesmo não havendo diferenças
entre os países no que respeita aos seus recursos e suas tecnologias”. As economias de escala,
podem ser internas, no âmbito da firma ou externas no âmbito da indústria agregada”.
Apesar de KRUGMAN & OBSTFELD (2000) advogarem que o modelo de David Ricardo é,
em parte, irreal, a visão de apostar na especialização e ganhos com o comércio, na maioria
dos casos, tem sido confirmada e sublinhada por várias pesquisas.
Este autor entende que “uma vez iniciado, o desenvolvimento económico tende a ser
relativamente automático ou auto-sustentado na medida em que no sistema capitalista os
mecanismos de mercado envolvem incentivos para o continuado aumento do stok de capital e
de conhecimentos técnicos. Isto não significa, porém, que as taxas de desenvolvimento serão
iguais para todos: pelo contrário, variarão substancialmente dependendo da capacidade das
nações de utilizarem seus respectivos Estados para formular estratégias nacionais de
desenvolvimento que lhes permitam serem bem sucedidas na competição global”.
7
CHIAU, Manuel Joaquim. A Cadeia de Produção Agro-Industrial e os Desafios da Integração Económica Regional na
SADC: O caso de Moçambique. Maputo, 2008, pp 73 (trabalho de diploma apresentado a Faculdade de Economia da
UEM, para a obtencao do grau de licenciatura em Economia)
8
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Conceito Histórico de Desenvolvimento Económico: Textos para discussão 157.
Escola de Economia, São Paulo, 2006, pp 24
7
Por sua vez, Oliveira (2002)11 defende que o desenvolvimento deve ser entendido como “um
processo complexo de mudanças e transformações de ordem económica, política e,
principalmente, humana e social”.
Para conceituar modelo de desenvolvimento tomar-se-á como base a visão segundo o portal
(conceito.de)12, que olha para o modelo como "um exemplar que se deve seguir pela sua
perfeição. Um modelo também é o esquema teórico de um sistema ou de uma realidade
complexa. Por outro lado, o desenvolvimento consiste em acrescentar ou em incrementar algo
de ordem física, intelectual ou moral. Quando o conceito de desenvolvimento se aplica a uma
realidade humana, refere-se, nesse caso, ao progresso económico, social, cultural ou político".
9
CISTAC,Gilles e CHIZIANE, Eduardo. Turismo e Desenvolvimento local. UEM, Maputo, 2007,pp 366
10
VALA, Cripton Salim, Desenvolvimento Rural em Moçambique Um desafio ao nosso alcance, 1ª ed., Maputo
11
OLIVEIRA, António PereiraTurismo e Desenvolvimento: Planeamento e Organização. 4 Edição, E Atlas S.A, São
Paulo, Brasil, 2002, pp 287
12
http://conceito.de/modelo-de-desenvolvimento, acessado ao 02/09/12
13
http://www.portaldoagronegocio.com.br/texto.php?p=oquee, acessado ao 03/09/12
14
http://www.embrapa.br/imprensa/artigos/2007/artigo.2007-01-24.7477201343, acessado ao 30/09/12
8
CAPITULO DOIS
ASPECTOS ECONÓMICOS DE MOÇAMBIQUE: CENÁRIO ACTUAL
"A superfície total do país é de 799.380 km2. Fazem parte 11 províncias administrativas
distribuídas em três grandes regiões (Norte, Centro e Sul). A Região Norte é composta pelas
províncias de Niassa, Cabo Delgado e Nampula; da Região Centro fazem parte as províncias
de Zambézia, Tete, Manica e Sofala e a Região Sul compreende as províncias de Inhambane,
Gaza, Maputo-Província e Maputo-Cidade. O país apresenta três tipos de relevo: o de planície
do litoral; planaltos e grandes planaltos; e montanhas". Ibdem
15
MANGUE, João at ALL. MOÇAMBIQUE, 1997 A 2007: Aspectos Sociais, Econômicos, Demográficos e de Saúde.
Belo Horizonte, 2011, pp 18 (Texto para discussão nº432)
16
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Centro de Documentação e Pesquisa para
África Austral (SARDC). Relatório Nacional do Desenvolvimento Humano de Moçambique 2008. O papel das
tecnologias de informação e comunicação na realização dos objectivos de desenvolvimento do milénio. Maputo, 2008.
10
Fontes: (a) Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2007; Programa das
Nações
Unidas para o Desenvolvimento, 2008
A cidade de Maputo, que contribui com 18,5% do PIB nacional destaca-se pelo comércio. A
província de Maputo, com um peso de 14,5% do PIB do país, destaca-se na indústria
17
MOÇAMBIQUE. Banco Espírito Santo. República de Moçambique. Realidade e Futuro. Maputo [s.n.], 2010.
Disponível em: <http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?plg=e9840b56-68ba-4129-b429- b139c1f5a97c> Acesso em: 25
abril 2011.
11
Os índices relativos à qualidade de vida indicam que, no geral, a pobreza rural baixou de
71,3% em 1997 para 55,3% em 2005. No meio urbano, passou de 62,0% para 51,5% (TAB.
2). De acordo com MOÇAMBIQUE.MISAU (2010), o Índice de Pobreza Humana (IPH) de
Moçambique passou de 55,9% em 1997 para 48% em 2003.
18
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Centro de Documentação e Pesquisa para
África Austral (SARDC). Relatório Nacional do Desenvolvimento Humano de Moçambique 2008. O papel das
tecnologias de informação e comunicação na realização dos objectivos de desenvolvimento do milénio. Maputo, 2008.
19
MOÇAMBIQUE. Banco Espírito Santo. República de Moçambique. Realidade e Futuro. Maputo [s.n.], 2010.
Disponível em: <http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?plg=e9840b56-68ba-4129-b429- b139c1f5a97c> Acesso em: 25
abril 2011.
20
http://www.portaldogoverno.gov.mz/docs_gov/estrategia/agricultura/Estrategia_DesenAgrario.pdf. Acesso em: 25 abril
2011
12
"Moçambique tem sido um dos países da África com maior desempenho económico nos
últimos anos, tendo alcançado uma taxa média de crescimento económico anual de 7% no
período compreendido entre 1994 e 2010. A taxa de crescimento desceu para 6,7% em 2008,
como resultado do aumento do preço dos alimentos e do petróleo. A taxa de crescimento em
2009 foi de 6,1 % e a projecção para 2010 é de 6,3%. O sector agrário é um pilar da economia
nacional. Em 2010 contribuiu com 23% para o Produto Interno Bruto (INE). Para além disso,
a agricultura emprega 90% da força laboral feminina do país e 70% da força laboral
masculina. Isto significa que 80% da população activa do país está empregue no sector
agrário". MINAG (2011)
A taxa de crescimento da agricultura para o PIB tem variado entre 5% e 11% (gráfico 1.)
"Como resultado da recuperação económica das últimas duas décadas, o País fez grandes
progressos na redução da pobreza e na melhoria de outros indicadores sociais. A incidência da
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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário - PESDA.2011
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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário - PESDA.2011
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pobreza reduziu de 69,4% em 1996-1997 para 54,1% em 2002-2003, e o Plano de Acção para
a Redução da Pobreza Absoluta - PARPA II - visava diminuir esta incidência para 45% em
2009 (este objectivo está presentemente em fase de avaliação). Não obstante os progressos
atingidos, a situação continua critica pois quase 10 milhões de pessoas vivem em pobreza
absoluta, com problemas de insegurança alimentar, baixos rendimentos e desemprego.
Embora a pobreza tenha reduzido mais nas zonas rurais do que nas zonas urbanas, continua a
ser maior nas zonas rurais". MINAG (2011)
"A agricultura tem também um papel essencial na segurança alimentaria e nutricional. Para
a maioria das pessoas no meio rural a agricultura é a sua principal fonte de alimentos e de
rendimento. Sendo a produção agrícola doméstica altamente variável, com uma fraca
comercialização de alimentos básicos, e havendo restrições na disponibilidade de divisas
para satisfazer as necessidades alimentares por meio de importações, o aumento e a
estabilização da produção doméstica é essencial para se atingir segurança alimentar". Ibdem
14
CAPITULO III
INTEGRAÇÃO REGIONAL, INTERCONTINENTAL E INTERNACIONAL
ANÁLISE DOS DESAFIOS E PERSPECTIVAS
3.1 Desafios
O mercado nacional tem um papel vital porque consome a produção interna porém
Moçambique continua dependente dos mercados a nível regional e internacional, sobretudo
para aquisição de cereais e outros produtos básicos, como forma de fazer face à incapacidade
interna de produção. Este cenário coloca Moçambique numa posição desprivilegiada,
relativamente à integração regional, intercontinental e internacional.
Por outro lado, o grande desafio seria a aposta, que o país deve fazer, nas vantagens
comparativas, uma vez que Moçambique tem condições específicas para produção de
algumas culturas. Assim, estaria propiciado um ambiente para melhorar a competitividade do
agro-negócio moçambicano.
A aposta devia se estender, também, para a melhoraria da precariedade das infraestruturas que
propiciam a carestia e dificuldades no escoamento dos produtos. Enquanto for mais caro
importar cereais entre as províncias, e mais barato no exterior do país, a competitividade
agrícola vai ser baixa.
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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário - PESDA.2011
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Um aspecto, não menos importante, prende-se com a falta de uma plataforma eficaz de
certificação de qualidade e de autenticidade dos produtos moçambicanos, por parte dos
pequenos produtores. A burocracia e outros factores externos não facilitam aos pequenos
produtores, na medida em que estes revelam dificuldades para colocar seus produtos no
mercado regional dada falta de prova de certificação da autenticidade dos mesmos.
O outro desafio vai para a melhoria da actual mão-de-obra nacional. O país assinalou
melhorias na educação e formação de quadros porém ainda está aquém de fazer face aos
desafios tecnológicos que se impõem actualmente, entre tanto, Moçambique precisa investir
na qualificação da mão-de-obra. No caso do sector agrário, urge transferir as tecnologias
resultantes da investigação para junto dos pequenos produtores que constituem a grande
maioria.
Como foi possível constatar nas várias literaturas consultadas, e que abordam questões de
desenvolvimento económico de Moçambique, nenhuma faz referência a existência de um ou
mais modelos específicos de desenvolvimento. Portanto, a necessidade de definição clara de
um ou mais modelos de desenvolvimento moçambicano também constitui um desafio que
deve estar na ordem das prioridades.
3.2 Perspectivas
A construção e/ou melhoria da precariedade das infraestruturas irá facilitar o escoamento dos
produtos e reduzir o preço, dando estímulo, incentivo e vantagens adicionais, sobretudo, aos
pequenos produtores. Com infraestruturas em condições melhoradas, será mais barato fazer
importações inter-provinciais de cereais, não havendo necessidade de recorrer ao exterior do
país para o efeito.
mesmos, na medida em que haverá cada vez menos barreiras para colocarem seus produtos no
mercado regional.
Por último porém não menos importante, se o país definir, com clareza, o modelo ou modelos
de desenvolvimento económico, haverá pouca ou quase nenhuma dispersão na prossecução de
actividades que visam alcançar o desenvolvimento.
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CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
BIBLIOGRAFIA
Artigos
Artigo de Lodovico Sidónio Passo (Msc), extraído da Revista Científica Inter-Universitária,
2009. CAP - Centro de Análise de Políticas da FLCS/UEM
Artigo de José António da Conceição Chichava (PhD), extraído da Revista Científica Inter-
Universitária, 2009. CAP - Centro de Análise de Políticas da FLCS/UEM
Sites
http://www.portaldogoverno.gov.mz/docs_gov/estrategia/agricultura/Estrategia_DesenAgrari
o.pdf. Acesso em: 25 abril 2011
http://www.embrapa.br/imprensa/artigos/2007/artigo.2007-01-24.7477201343, acessado ao
30/09/12