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ABR 1992 NBR 12140


Materiais usados em fundição - Cálculo
das características granulométricas
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA Método de ensaio
Origem: Projeto 01:203.05-056/1990
CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia
CE-01:203.05 - Comissão de Estudo de Matérias-Primas para Fundição
NBR 12140 - Materials used in casting - Calculation of granulometrics
characteristic - Method of test
Descriptors: Molding. Coremaking. Granulometric characteristics
Incorpora Errata de JUL 1993
Copyright © 1992,
ABNT–Associação Brasileira Reimpressão da MB-3481, de DEZ 1991
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Moldagem. Macharia. Características 3 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
granulométricas

1 Objetivo 3.3 Tamanho do grão médio

Esta Norma prescreve o método de cálculo das caracte- Diâmetro que um grão de uma amostra deve ter, supondo
rísticas granulométricas de materiais granulares usados que ele represente a média geométrica ponderada de
em fundição. um universo de grãos esféricos, porém de diâmetros va-
riados.
2 Documentos complementares
3.4 Coeficiente de angularidade
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
Valor que representa a relação entre a superfície especí-
NBR 11513 - Materiais granulares usados em fun- fica real e a superfície específica teórica.
dição - Determinação da massa específica pelo uso
do frasco volumétrico de le Chatellier - Método de 3.5 Módulo de finura
ensaio
Representa aproximadamente o tamanho médio virtual
NBR 12110 - Materiais para fundição - Determinação
dos grãos de areia, dado pelo número de malhas contidas
da distribuição granulométrica - Método de ensaio
em 25,4 mm lineares da peneira pela qual os grãos pas-
sam.
3 Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições 3.6 Número específico teórico de grãos
de 3.1 a 3.8.
Quantidade de grãos por unidade de massa que uma
3.1 Superfície específica teórica amostra possui, se todos fossem esféricos, porém de diâ-
metros variados.
Superfície por unidade de massa que uma amostra em
análise possui, se todos os seus grãos fossem esféricos, 3.7 Diâmetro representativo
porém de diâmetros variados.
Diâmetro que cada grão de uma amostra deve ter, supon-
3.2 Superfície específica real do que esta seja composta de esferas do mesmo diâme-
tro, para proporcionar à amostra em análise a mesma su-
Somatória das áreas reais de todas as partículas contidas perfície específica teórica, mantendo inalterado o número
em determinada unidade de massa. específico teórico de grãos.
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2 NBR 12140/1992

3.8 Grau de afastamento 4 Execução do ensaio


Porcentagem pela qual a superfície teórica de um univer-
so de grãos esféricos de diâmetros variados diminui em O ensaio propriamente dito deve ser executado de acordo
relação à superfície teórica de um universo de grãos es- com a NBR 12110, e a massa de material retido em cada
féricos de tamanho uniforme, mantendo-se constante o peneira deve ser lançada na Tabela para ser utilizada
diâmetro representativo da amostra. nos cálculos.

Tabela - Modelo de tabela utilizado para o lançamento da massa de material retido em cada peneira e para o cálculo
da superfície teórica do tamanho do grão e do número teórico de grãos

Abertura real(A), em mm, da


peneira na qual o material MR St TG Nt

Passou Ficou retido (g) (cm2) (g/mm) (104 unidades)

120 1,528
A(B) B a a a
(A + B) γ a AB (A + B)3 γ

120 1,528
B C b b b BC b
(B + C) γ (B + C)3 γ

120 1,528
C D c c c CD c
(C + D) γ (B + C)3 γ

etc.

Anterior Prato(C) 120 1,528


p' p' p' p' 0,02 p'
ao prato (p') (P) (p' + 0,02) γ (p' + 0,02)3 γ

ΣMR ΣSt ΣTG ΣNt

(A)
A abertura real pode ser determinada por raio laser, esferas de vidro ou outro método padronizado. Na impossibilidade de determinar
a abertura real, deve-se utilizar a abertura nominal inscrita na peneira.
(B)
Na primeira peneira do conjunto, designada pela letra A, não deve haver retenção de material; se houver, deve-se sobrepor à outra
peneira, com abertura da malha tal que não permita retenção.
(C)
O prato, apesar de isento de malhas, é considerado como tendo 0,020 mm de abertura de malha, visto que todo o material inferior a
esse tamanho, teoricamente, é eliminado no ensaio de argila AFS.

Nota: Para areia de sílica, a densidade é de 2,65 g/cm3. As expressões (A + B)3, (B + C)3, etc. devem ser calculadas com o mínimo de
seis casas decimais.

Onde:

MR = massa retida, em g

St = superfície teórica, em cm2

TG = tamanho do grão, em g/mm

Nt = número teórico de grãos, em 104 unidades

A, B, C, D, etc. (P'), (P) = abertura das malhas de primeira, segunda, terceira e quarta peneiras, das demais peneiras, da peneira
anterior ao prato, e do prato, respectivamente, em mm

a, b, c, d, etc., p'= massa de material retido na segunda peneira até o prato, respectivamente, em g

γ = densidade relativa do material, determinada segundo a NBR 11513

ΣMR = somatório do material retido em todas as peneiras, inclusive o prato, em g

ΣSt = somatório de todas as superfícies teóricas, em cm2

ΣTG = somatório de todos os tamanhos de grãos, em g/mm

ΣNt = somatório de todos os números teóricos de grãos, em 104 unidades


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5 Resultado Onde:

5.1 Cálculo da superfície específica teórica MF = módulo de finura, AFS

O resultado é expresso em cm2/g, com duas casas deci- Set = superfície específica teórica, em cm2/g
mais, e é obtido através da seguinte fórmula:
γ = densidade relativa do material, determinada
segundo a NBR 11513
∑ St
Set =
∑ MR 5.5 Cálculo do número específico teórico de grãos

Onde: O resultado é expresso em 104 unidades/g, com duas ca-


sas decimais, e é obtido através da seguinte fórmula:
Set = superfície específica teórica, em cm2/g
∑ Nt
ΣSt = somatório de todas as superfícies teóricas, Net =
em cm2 ∑ MR

ΣMR= somatório do material retido em todas as pe- Onde:


neiras, em g
Net = número específico de grãos, em 104 unida-
5.2 Cálculo do tamanho do grão médio des/g

O resultado é expresso em milímetros, com três casas ΣNT = somatório de todos os números teóricos de
decimais, e é obtido através da seguinte fórmula: grãos, em 104 unidades

ΣMR= somatório do material retido em todas as


∑ TG
TGm = peneiras, em g
∑ MR
5.6 Cálculo do diâmetro representativo
Onde:
O resultado é expresso em milímetros, com três casas de-
TGm = tamanho do grão, em mm cimais, e é obtido através da seguinte fórmula:

ΣTG = somatório de todos os tamanhos de grãos,


em g . mm Set
Dr = 0,0564
Net
ΣMR= somatório do material retido em todas as pe-
neiras, em g Onde:
5.3 Cálculo do coeficiente de angularidade Dr = diâmetro representativo, em mm
O resultado é expresso sob forma adimensional, com duas Set = superfície específica teórica, em cm2/g
casas decimais, e é obtido através da seguinte fórmula:
Net = número específico teórico de grãos, em
Ser 104 unidades/g
Ca =
Set 5.7 Cálculo do grau de afastamento
Onde: O resultado é expresso em porcentagem, com duas casas
decimais, e é obtido através da seguinte fórmula:
Ca = coeficiente de angularidade
Ga = 100 (Set Dr γ 10/6)
Ser = superfície específica real, em cm2/g
Onde:
Set = superfície específica teórica, em cm2/g
Ga = grau de afastamento, em %
5.4 Cálculo do módulo de finura
Set = superfície específica teórica, em cm2/g
O resultado é expresso em unidade AFS, com duas casas
decimais, e é obtido através da seguinte fórmula em- Dr = diâmetro representativo, em mm
pírica(1):
γ = densidade relativa do material, determinada
MF = 4,13 + 0,202 Set γ segundo a NBR 11513

(1)
válido para Set determinada com peneiras padronizadas segundo a ABNT e a ASTM; para Set obtida com peneiras padronizadas da
série ISO ou VDG P-27, a equação é:
MF = 7,25 + 0,190 Set γ

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