Linkedin – Artigo – Solução de Problemas

Existe um provérbio paradoxal no sistema Toyota de produção que diz o seguinte: “Parar a
produção para que a produção nunca precise parar”

A primeira vista essa afirmação nos parece um pouco estranha, mas o cerne da questão está
na necessidade de conter e resolver problemas para que eles não aumentem ou afetem outras
partes da organização ou até mesmo o cliente.

E resolver problemas de forma definitiva é um dos grandes desafios nas organizações.

Trabalhar com soluções de problemas de maneira estruturada permite que as organizações

saiam do modo “apagar incêndios”, presente na maioria dos processos e vá para a
mentalidade de melhoria contínua.

Mas Ana, justamente por viver “apagando incêndios” é que não tenho tempo para resolver os
problemas.

O grande fracasso das organizações na implementação de um processo estruturado de

soluções de problemas está em querer que 100% dos casos sejam investigados assim que
iniciamos a implementação. Esse tipo de abordagem inicial está fadada ao fracasso, primeiro
porque assusta as pessoas e segundo porque é humanamente impossível tratar 100% dos
casos logo no início.

Então minha sugestão é que você comece com um problema simples por dia. Isso mesmo!
Pense naquelas coisas que de forma isolada não trazem tanto prejuízo, mas que se repetem
tanto todos os dias que se você parasse para analisar veria que em um ano elas trazem tantos
malefícios quanto aquele problema “cabeludo” que você enfrentou na semana passada. A boa
notícia é que como são problemas simples é bem provável que a solução também seja.

Iniciando assim você conseguirá motivar a equipe e conforme esses primeiros problemas
simples forem sendo eliminados vocês verão que o tempo para trabalhar em melhorias e
solucionar problemas mais complexos vai aparecendo. Outra grande vantagem em iniciarmos
com problemas simples é que provavelmente as soluções também serão simples e isso
permitirá que a equipe pratique o uso das ferramentas em um cenário mais “controlado”.

Como diz o ditado “a prática leva a perfeição”, sendo assim, no momento que identificarmos
que a equipe está pronta para problemas mais complexos (o que normalmente ocorre depois
que os mais fáceis vão ficando mais escassos), ela já estará tão habituada com a cultura de
solução de problemas que o processo tende a “fluir” com maior facilidade.

Em resumo, comece simples e vá aumentando o nível de dificuldade na medida que a equipe

vá ganhando experiência. Desta maneira a probabilidade de sucesso na implementação são
muito mais altas!