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RESUMO: O projeto objetiva uma pesquisa de caráter qualitativo, a luz da Teoria Histórico-
Cultural na Educação Superior, estabelecendo vertentes para a elaboração de atividades,
descrevendo: quais aspectos caracterizam ações pedagógicas interdisciplinares na Música a luz
da Teoria supracitada, que propiciam o desenvolvimento das competências socioemocional dos
discentes da educação básica sinalizadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para
aquisição do conhecimento musical, de forma integrada através da Educação Musical
(Musicalização) e Psicologia Aplicada a educação, Pedagogia entre outras. Tendo como campo
de pesquisa, a Escola Villa da Música/Crato, por meio do corpo discente que estão matriculados
no curso de Pedagogia, da Universidade Regional do Cariri cursando a disciplina de Estágio
Supervisionado. Haja vista que, a Música apresenta-se como elemento imprescindível a
educação direito constitucional pelo seu valor artístico, estético, cognitivo e emocional, esta
realidade pedagógica é fato com a forma da Lei Federal 11. 769. Fortalecida com a Resolução
de Nº 2, de 10 de maio de 2016, especificamente no Art. 1º §3-III- que deve ser incluído nos
currículos dos cursos de Pedagogia o ensino de Música, visando o atendimento aos estudantes
da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo esse nosso campo de
pesquisa.
Trabalho de conclusão de curso a ser apresentado a Pró-
reitoria de Pós-Graduação da Pós-Graduação e Pesquisa-
PROPESC Centro de Humanidade Departamento de
Ciências Sociais Curso de Especialização em Psicologia
Aplicada a Educação. Como requisito parcial para a obtenção
de grau de especialista.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 4
2 OBJETIVOS............................................................................................................... 7
2.1 METAS ...................................................................................................................... 7
2.2 OBJETIVO GERAL................................................................................................... 8
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................... 8
3 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA........................................................................... 8
3.1 RAZÕES E FINALIDADES...................................................................................... 8
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 9
5 CRONOGRAMA…………………………………………………………………..... 12
6 REFERÊNCIAS……………………………………………………………………... 13
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1. INTRODUÇÃO
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Neto (2017, p. 2) nos ressalta que para a relevância da Música em caráter interdisciplinar a formação
docente, ela “Música” faz referência a área de conhecimento, ciência que contempla os três objetivos da a
Constituição Brasileira (CB) para com a nossa educação sendo eles: o desenvolvimento pleno do discente,
o preparo para o exercício da cidadania e, o preparo para o trabalho de forma qualificada. Em congruência
com a Constituição Brasileira se faz a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB). E “música”
se refere à audição aquela que ouvimos nos aparelhos e instrumentos reprodutores de sons.
2
Como ressalta Bresler (2007, p. 8). Nós usamos pesquisa qualitativa como um termo geral que se refere a
várias estratégias de pesquisa que compartilham certas características: l) descrição detalhada do contexto
de pessoas e eventos; 2) observação em ambientes naturais que, comparada com abordagens tradicionais
experimentais, apresenta pouca intervenção; 2 3) ênfase na interpretação gerada por perspectivas múltiplas
que apresentam questões relacionadas aos participantes e questões relacionadas ao pesquisador;3 e 4)
validação da informação através de processos de triangulação.
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aprendizagem integral? Como articular a Música com outras disciplinas sem perder o
foco dos objetivos musicais a serem desenvolvidos? Os professores de Música são
preparados, na sua formação, para trabalhar de forma interdisciplinar a Teoria Histórico-
Cultural? Portanto, a ideia de trabalhar com a Música em uma perspectiva interdisciplinar,
foi aos poucos crescendo e amadurecendo até chegar ao ponto de tornar-se o tema deste
trabalho de conclusão de curso. Bem como pela necessidade de trazer hipótese positiva
a pesquisa: ações que tenha como propulsor condutor de todo o desenvolvimento
didático-metodológico, o diálogo disciplinar a luz da interação propiciando, uma
conjuntura eficaz da formação dos discentes, futuros docentes para nosso estudo,
relevantes a aquisição do conhecimento integrado, podendo ser adquirido por meio da
interdisciplinaridade.
A realidade contemporânea educacional, é marcado pelo conjunto de
transformações recentes com efeitos nas formas de sociabilidade, novas metodologias e
tendências pedagógicas, decorrente da emergência de um padrão de desenvolvimento
cada vez pautado na escolaridade. Nesse sentido, à docência precisa entender que o
desenvolvimento do cognitivo, e das competências socioemocional, é um processo de
aquisição Histórico-Cultural que nos direciona ao sociocultural. Com características
especificas, aspectos, tipos de memórias, pensamentos conceituais, lógico, classificatório
entre outras. Essas características fazem com que o desenvolvimento cognitivo nos
diferencie das outras pessoas e dos animais irracionais.
Ao mesmo tempo nos tira a essência universal inata, herdada de forma
biológica, sendo que na construção do processo Histórico-Cultural nós humanos se
apropria de resultados de reprodução das aptidões e funções historicamente construída de
forma coletiva e até mesmo individualmente. Este quadro tem como efeitos os desafios
em todos os campos da formação humana. A docência precisa está capacitada para
lecionar em uma conjuntura epistemológica educacional da Teoria campo de estudo em
perspectiva interdisciplinar. Assim, esse trabalho terá como abordagem principal a
formação de docentes de Pedagogia/ou Música3 (Educação Superior) de forma qualitativa,
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Para a relevância da Música em caráter interdisciplinar a formação docente, ela “Música” faz referência
a área de conhecimento, ciência que contempla os três objetivos da a Constituição Brasileira (CB) para com
a nossa educação sendo eles: o desenvolvimento pleno do discente, o preparo para o exercício da cidadania
e, o preparo para o trabalho de forma qualificada. Em congruência com a Constituição Brasileira se faz a
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Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB). E “música” se refere à audição aquela que ouvimos
nos aparelhos e instrumentos reprodutores de sons (NETO, 2017, p. 2).
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na sua totalidade: de forma múltipla nas relações com seus pares; na sua especificidade
cultural; histórica, ou seja, em processo de construção e reconstrução permanente.
Realidade que reflete o conhecimento sempre em constante transformação, momento em
que o fator evolutivo histórico, não pode ser ocultado. Compreendendo suas
particularidades para a mediação de um novo ser social, derivado da Teoria Histórico-
Cultural. Vygotsky defende que as relações sociais contribuem para o desenvolvimento,
relações que nos capacita cada vez mais.
Ele também buscou o desenvolvimento da aprendizagem e estruturação do
conhecimento, assim seus estudos ancoram-se no fator histórico-social mostrando que a
interação com os nossos pares propicia a construção de um novo ser humano. O histórico,
significa que estes meios e instrumentos foram elaborados ao longo de um processo da
história social do ser humano. Esse caminho concedeu a Vygotsky um olhar diferenciado,
para o elemento central desse processo ele o (ser humano) integralmente, corpo e mente,
biológico e social. “A abordagem Histórico-Cultural considera a aprendizagem como um
processo contínuo e a educação é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de
aprendizagem a outro” (LEITE, LEITE e PRANDI, 2009). Como já sinalizado, assim
acontece o processo avaliativo teórico.
Vygotsky, tem se consagrado como expoente da ciência psicológica, que
permite um crescimento do conhecimento contribuindo significativamente no campo da
Educação tanto quanto da Psicologia, em que permeia a dialogicidade de vários elementos
que constitui a construção do ser humano como por exemplo: histórico, social e cultural
(ARAÚJO, 2014, p. 92). Trabalhar na perspectiva Histórico-Cultural é saber que
devemos permear por caminhos que esteja em congruência com os elementos a cima
citado, ou seja, os conhecimentos existentes na sociedade. Em harmonia com esse
pensamento, esta o que Paulo Freire na preconiza em seu livro que tem por nome “A
Pedagogia do Oprimido”. Haja vista que, os dois autores, são marxistas, e propõem uma
visão de trabalho interdisciplinar.
A Teoria em estudo, se configura como diferente em seu aspecto relevante
para a Psicologia, justamente por conta da inserção dos elementos que até então, não tinha
sido explorado por outros teóricos para relevância dessa explanação ibid., 2014, p. 94.
Seu posicionamento, se torna um divisor de águas, pela separação da concepção
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Para dar veracidade a conquista da aprendizagem significativa Neto (2017, p. 32) nos afirma que: Para
termos um delineamento que venha ampliar os espaços e caminhos inovando as práticas, propiciando novos
conhecimentos integralizados, é preciso que a Teoria esteja em harmonia com a prática integrando os
saberes e fazeres extramusicais vistos, analisados sobre uma ótica musical, isso contempla o papel dos
discentes com uma aprendizagem significativa.
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Para fins didático, e conhecimento da estruturação epistemológica da interdisciplinaridade, recorremos a
leitura do livro de Ivani Fazenda que tem por título “Interdisciplinaridade: história, Teoria e pesquisa”
publicado em 2012.
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Vygotsky, justificou um projeto que lhe deu propriedade de desenvoltura sobre a sua
Teoria.
Ressaltamos que Vygotsky, como um indivíduo entre tantos outros que
participaram do processo revolucionário da antiga União Soviética, foi
um estudioso que fez parte de um projeto e dentro desse projeto se
desenvolveu e desenvolveu sua Teoria. Nesse sentido, chamamos a
atenção para o fato de que a censura de que foi alvo não foi um caso
isolado, e que isso se deve a uma faceta do mesmo sistema que
possibilitou ao autor escrever mais de 270 trabalhos científicos em 10
anos (BORTOLANZA; RINGEL, 2016, p.1022).
Araújo (2014, p. 40) nos afirma que nos Estados Unidos, os teóricos que se
apropriava dos pensamentos de Vygotsky, não tinham propriedade com os pensamentos
marxista, e fazia um distanciamento do alicerce teórico da Teoria Histórico-Cultural.
Fazendo com que eles virassem alvo de várias críticas, causando um reflexo negativo para
os mesmos. Como os pensamentos de Vygotsky já se tornava algo universal
ideologicamente, os teóricos americanos abraçando o neoliberalismo e pós-modernismo
achavam melhor se distanciar do universo marxista. Muitos dos pedagogos e educadores
que não dominava a filosofia marxista afirmavam que Vygotsky não tinha
comprometimento com o marxismo.
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Precisamos também, lembrar que Vygotsky, teve parceiros que por meio de
seus trabalhos, ajudaram e muito na dissimilação da Teoria, pessoas que nos deixou um
legado de trabalhos como por exemplo: Leontiev, Luria, Galperin, Elkonin, Davidov,
Zaporózhets entre outros (DUARTE, 1996, p. 18). Partindo dessa afirmação, sabemos
que na contemporaneidade são muitos os teóricos, docentes que vem se apropriando dos
estudos de Vygotsky com a objeção de qualificação educacional. Para termos um
panorama de difusão de forma continua iremos contextualizar como aconteceu
apropriação no Brasil. Nesse sentido, Araújo (2014, p. 40) assim nos reporta que.
Os primeiros livros de Vygotsky publicados no Brasil foi A formação
social da mente em 1984, O livro pensamento e linguagem teve sua
primeira edição brasileira publicada em 1987, a partir de uma tradução
resumida em língua Inglesa de 1962. O original dessa obra em Russo
foi traduzido com o nome A construção do pensamento e da linguagem
publicado no Brasil em 2001. Contudo muitas outras obras de Vygotsky
já se encontram disponível em nossa língua, na atualidade.
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Kunh (2003, p. 218) esclarece de forma bem evidente que: Percebe-se rapidamente que na maior parte do
meu livro o termo “paradigma” é usado de dois sentidos diferente. De um lado indica toda a constelação de
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crenças, valores, técnicas, etc..., partilhadas pelos membros de uma comunidade determinada. De outro
lado denota um outro tipo de elemento dessa constelação: as soluções concretas de um quebra-cabeça que,
empregadas como modelo ou exemplo podem substituir regras explícitas como base de solução dos
restantes quebra-cabeças das ciências normais.
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Subjetividade é caracterizado como algo que varia de acordo com o julgamento de cada pessoa,
consistindo num tema que cada indivíduo pode interpretar da sua maneira. Desta forma, a subjetividade
humana pode se retratar ao sentimento de cada pessoa, com a sua opinião formada, sobre determinado
assunto.
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do teórico só era possível por meio dos princípios, valores, aspectos que caracterizam o
delineamento daquilo que ele acreditava, em atual momento histórico. A consolidação do
novo governo após a revolução de 1917, trouxe novas demandas sociais, valores culturais
de forma democrática objetiva acabar o analfabetismo. Essa realidade aconteceu, por
meio de aumento de vagas na rede de ensino denominada politécnica8. “O projeto de
governo do Partido Comunista da União Soviética deveria ocorrer pela educação e pela
cultura a chamada “terceira frente” postura que deveria situar-se tanto na vida como na
política” (BORTOLANZA; RINGEL, 2016, p. 1034).
Uma educação cientifica para a formação de um novo homem evidenciados
das origens sintetizadoras de uma Teoria, deve acontecer por meio de princípios, sendo o
que aconteceu no ano acima citado na Rússia. Levando a influenciar Vygotsky aos
determinantes de criação de sua Teoria. Para estabelecer uma contextualização pertinente
a temática desse trabalho, busca-se referencias teóricos nas obras do autor e de outros
pesquisadores para a concretização dos princípios estabelecidos para estruturação da
Psicologia a luz dos pensamentos marxista objetivando novas metodologia geral da
Psicologia a procura de princípios explicativos gerais e, a parti deles construir categorias
concretas para a superação da Psicologia objetiva. Nesse sentido Bortolanza; Ringel
(2016, p. 1020) nos ressalta que.
Vygotsky ocupou-se das demandas políticas de seu tempo e,
simultaneamente, mergulhou na vida acadêmica para produzir uma
Psicologia de base marxista, que atendesse a criação de um novo
homem, de uma nova sociedade, e de uma nova educação. Foi desse
amálgama que nasceu o que hoje conhecemos como Teoria Histórico-
Cultural.
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O ensino Politécnico aplicado na URSS e exportado para os demais países do antigo bloco socialista era
dividido em três escalões: o inferior, corresponde aos 3 primeiros anos; o médio, englobando 4.°, 5.° e 6.°
anos; e o superior, do 7.° ao 9.° ano. As tarefas essenciais visavam incentivar no aluno a sua consciência
política; criar possibilidades de fazer um auto-estudo; desenvolver no aluno o estímulo para que, por meio
de ensinamento do marxismo-leninismo, complete sua formação politécnica em empresas socialistas,
preparando os alunos para a atividade profissional. Tal concepção se originou em uma época de extrema
falta de mão de obra especializada na intenção do governo de industrializar o país.
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governava, fez com que ele desenvolvesse vários experimentos, pois cada cidadão
depositava toda as suas esperanças para que a reconstrução do País acontecesse de forma
positiva.
“Dessa forma, era fundamental que as pesquisas procurassem a inovação, de
forma a auxiliar o país em sua reconstrução. Isso ajuda a explicar a extensa produção de
material científico, pedagógico e cultural do autor” (BORTOLANZA; RINGEL, 2016 P.
1037). A educação deve a todo instante, pensar em renovação da concepção educação
para o auxílio positivo do futuro educacional da nação, isso justifica, resinificar o conceito
para a emancipação política da sociedade. Como já foi ressaltado, um dos processos
colaborativa da teorização vygotskyana é a possibilidade de diagnostica a educação para
saber como proceder com seus métodos, com o propósito de ampliar a compreensão dos
conceitos encontrados, bem como de possibilitar novas de significações para seu uso.
O autor ao pensar todo o sentido de prática como pesquisador sempre estava
relacionado com a o social. De certa forma hoje não pode ser diferenciada, pois problemas
sociais necessita que várias áreas de conhecimento se relacionem entre se, para que se
possa encontra a solução para o problema, assim a complexidade não se fará presente.
Essa dificuldade em trabalhar com a complexidade, sempre acontece quando se trabalha
em uma perspectiva multidisciplinar. A interdisciplinaridade, vai além das fronteiras
epistemológica, por meio da dialogicidade para fazer vidas sociais se encontrarem.
Centrada nos princípios, valores e aspectos da sociedade a Teoria Histórico-Cultural se
desenvolve categorias marxistas, produto de sua cultura.
O vasto material cientifico publicados por Vygotsky e até mesmo os trabalhos
empíricos que ele desenvolveu no período de reconstrução de seu País, somadas as
práticas revolucionárias, fizeram com que ele se empenhasse cada vez mais para a
consolidação de um novo homem e de uma nova educação por meio do período histórico
em que ele se encontrava. Abraçado os princípios, os conceitos e aspectos de sua realidade
para a transformação de um novo paradigma de vida, elaborou-se uma Pedagogia
simultaneamente com a Psicologia obrigatória no período vivenciado de caráter
transformador na contemporaneidade.
Os princípios, os conceitos e os métodos aprofundados em sua práxis
resultaram na criação da Teoria Histórico-Cultural, apontando
caminhos para a construção de uma educação transformadora na
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As ciências humanas são um conjunto de conhecimentos que tem como objetivo o estudo do homem
como ser social. Também chamadas de humanidades, elas reúnem criteriosamente conhecimentos
organizados sobre a produção criativa humana e do conhecimento, realizadas a partir de discursos
específicos. Seu objetivo é desvendar as complexidades da sociedade, suas criações e pensamentos. É
importante ter em mente que em todos os lugares, os seres humanos estabelecem relações uns com os
outros, sejam elas de amizade, afeto ou poder. As ciências humanas buscam compreender como estas
relações se formam e de que maneira elas vão se estabelecendo ao longo do tempo.
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ele como um novo ser social, fruto desse processo. É um ato humanístico, pois elas
reúnem criteriosamente conhecimentos que condiciona a produção de criatividade,
afetividade humana, nos valorizando de forma diferenciada, se realiza a partir de
discursos específicos tendo o ser humano como centro. Seu objetivo é desvendar as
complexidades da sociedade, suas criações e pensamentos, tendo como eixos os fatores
históricos, cultural e social.
Todo processo educacional, tem que ter afeto entre docente e discente, relação
essa que deve sempre se passar para que a significação daquilo que esta apreendendo,
com a certeza que nos sirva para a toda a vida. Nos dando capacidade de resolvermos
nossos problemas cotidiano, visando uma sociedade harmônica, plena com sua realidade.
Plenitude, e ter certeza que estamos em estado de inteireza, integralizado, completo no
ato de envolvimento, integridade sem sofremos qualquer diminuição. Diante de tudo que
foi contextualizado pertinente a conceituação da Teorização de Vygotsky, sem sombra de
dúvidas, todo e qualquer trabalho que não está ancorado em uma perspectiva
interdisciplinar está fora de contexto com os pensamentos do autor.
O estudo à que se propõem esse trabalho é visto como mediação de aquisição
de conhecimento articulado, advindo das interações que se estabelecem entre o indivíduo
que aprende e outros mediadores de uma dada cultura, ou sejam, pais, professores e
circunstanciados de vários outros que ocupam lugar de importância no processo de
construção do conhecimento (BRANDI, 2009). Nesse sentido, afetividade é de grande
importância para que a mediação seja significativa. A formação docente deve sempre que
esta sendo trabalhada, para que possamos ter mediação disciplinar que propicie
conhecimento para a vida inteira de forma integrada. Para que tenhamos uma
progressividade relevante ao nosso trabalho, dissertaremos reflexões didático-
metodológica relevante a formação docente no contexto interdisciplinar a luz da teoria.
3.1 Reflexões didático-metodológica, a luz da Teoria, relevante a formação
docente, no contexto interdisciplinar para lidar com os desafios na educação
básica.
A complexidade educacional, tem se feito tema central de vários eventos
científicos, a nossa responsabilidade para com o nosso trabalho volta-se a formação
docente por meio de aspectos espontâneo e científicos em relação a prática educacional e
teoria. Essa concepção volta-se a interrelação dos princípios, valores e aspectos da teoria
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para a vida. Nesse sentido, ressalta-se que o ensino-aprendizagem foi e é propicio para a vida
inteira, lhes dando condição para a resolução de problemas em nossa contemporaneidade.
Partindo dessa realidade, contribuímos, a cima de tudo, na construção de uma sociedade
diferente com atitudes significativa, protagonistas de suas próprias histórias,
comportamental e social. Para Vygotsky o ser humano precisa da coletividade, pois ele é
histórico e social e a sua aprendizagem e desenvolvimento se processa por meio da inter-
relação (CEREZUELA e MORI, 2015).
Através do verdadeiro conceito da ZDP é que deve atuar à docência, de forma
colaborativa construindo processos que estão amadurecendo nos discentes. Não basta
submete-los a condições ideais de estudo e exercício e esperar que ele faça seu próprio
caminho; a docência deve procurar interferir sempre que necessário para elevação da
qualidade da aprendizagem. Haja vista que, ancorado nos pensamentos freiriano
afirmamos que não existe ensino, se não tiver aprendizagem assim, “a mediação do
professor é imprescindível, pois o sujeito não se apropria do significado apenas por estar
inserido em ambientes propícios, sejam eles alfabetizadores, letrados ou científicos”
(GALUCH, SFORNI, 2009, p. 123).
A luz da Psicologia Aplicada a Educação, sabemos que o ser humano é
socialmente transformado e nasce pela necessidade da coletividade e da sobrevivência,
isso nos imputa a elaboração de instrumentos dando progressividade ao fator histórico.
Portanto, na atuação docente reflexões ditatico-metodologica para que possamos ter
consistência em nosso cotidiano se faz imprescindível, assim, esse trabalho se estabeleci
essencialmente na coletividade. É por meio da linguagem, ou seja, da dialogicidade em
que o ato educacional acontece, para sabemos como melhor mediar nossas práticas
associada a teoria precisamos conhecer os nosso discentes. Haja vista que, a linguagem
comunicativa, antes de tudo é meio social.
Ancorado nesse pensamento compreendemos que cada ser humano se
comunica do seu modo em que possa ser entendido tendo um significado para como
elaborarmos as nossa metodologias de forma eficaz sempre refletindo de forma
significativa para que os discentes se aproximem compreendendo o conteúdo anunciado
sem esquecer que essa aprendizagem deve ser em caráter integral por meio da
interdisciplinaridade. Mesmo que as vivencias de cada discentes seja individuais e
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O ato educativo sempre vai ser de produção, cada ser humano leva em se sua
singularidade e través dela transforma o mundo em coletividade justificando-se
historicamente, é pelo pedagógico em nós compreendemos que nos reconstruímos
humanizadamente. A educação esta em todos os lugar, porém, em uma concepção formal
só entramos nas instituições educacional. Estamos no processo aprendizagem constante,
reconstrução, ou seja, somos inacabados, isso nos diferencias dos outros animais. “Ele
precisa aprender a ser homem. Esse processo de hominização vincula-se à organização
social (todas as instâncias sociais educam). Já o processo de humanização vincula-se ao
processo dialético entre o homem e a cultura” (CEREZUELA e MORI, 2015, p. 1261).
Saviani ao analisar as teorias educacional, classifica-as e três sendo eles:
teoria não-crítica da educação; teorias crítico-reprodutivistas; e, teoria crítica da educação
(CEREZUELA e MORI, 2015). Não iremos mostra o delineamento das duas primeiras
ressaltadas pelo o autor citado. Porém, percebe-se que a teoria Histórico-cultural esta em
congruência com a teoria crítica da educação.
O terceiro grupo, por sua vez, revela segundo Saviani (2003) a teoria
histórico-crítica que explica a educação como um processo intencional
e sistematizado de transmissão de conteúdos e de conhecimentos
científicos que foram produzidos pela história da humanidade.
Apresenta como ponto inicial a prática social, e se desenvolve pela
problematização, instrumentalização, e catarse, e retorna na prática
social, constituindo-se como um novo ponto de partida (CEREZUELA
e MORI, 2015, p. 1262).
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