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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA-


PROPESC CENTRO DE HUANIDADE CENTRO DE
CIÊNCIAS SOCIAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
PSICOLOGIA APLICADA A EDUCAÇÃO

MANUEL ALVES BEZERRA NETO

TÍTULO DO PROJETO: MÚSICA E INTERDISCIPLINARIDADE: Psicologia


Aplicada a Educação Musical, reflexões didático-metodológica na formação docente para a
elaboração de atividades a luz da Teoria Histórico-Cultural de Lev Vygotsky na Educação
Superior, que propiciam o desenvolvimento das competências socioemocional dos discentes
da educação básica.

RESUMO: O projeto objetiva uma pesquisa de caráter qualitativo, a luz da Teoria Histórico-
Cultural na Educação Superior, estabelecendo vertentes para a elaboração de atividades,
descrevendo: quais aspectos caracterizam ações pedagógicas interdisciplinares na Música a luz
da Teoria supracitada, que propiciam o desenvolvimento das competências socioemocional dos
discentes da educação básica sinalizadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para
aquisição do conhecimento musical, de forma integrada através da Educação Musical
(Musicalização) e Psicologia Aplicada a educação, Pedagogia entre outras. Tendo como campo
de pesquisa, a Escola Villa da Música/Crato, por meio do corpo discente que estão matriculados
no curso de Pedagogia, da Universidade Regional do Cariri cursando a disciplina de Estágio
Supervisionado. Haja vista que, a Música apresenta-se como elemento imprescindível a
educação direito constitucional pelo seu valor artístico, estético, cognitivo e emocional, esta
realidade pedagógica é fato com a forma da Lei Federal 11. 769. Fortalecida com a Resolução
de Nº 2, de 10 de maio de 2016, especificamente no Art. 1º §3-III- que deve ser incluído nos
currículos dos cursos de Pedagogia o ensino de Música, visando o atendimento aos estudantes
da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo esse nosso campo de
pesquisa.
Trabalho de conclusão de curso a ser apresentado a Pró-
reitoria de Pós-Graduação da Pós-Graduação e Pesquisa-
PROPESC Centro de Humanidade Departamento de
Ciências Sociais Curso de Especialização em Psicologia
Aplicada a Educação. Como requisito parcial para a obtenção
de grau de especialista.

Orientadora: Drª Sandra Nancy F. R. Bezerra


Crato/CE
2019
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
PRÓ-REITORIA DE PÓ-GRADUAÇÃO E PESQUISA-
PROPESC CENTRO DE HUANIDADE CENTRO DE
CIÊNCIAS SOCIAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
PSICOLOGIA APLICADA A EDUCAÇÃO

TÍTULO DO PROJETO: MÚSICA E INTERDISCIPLINARIDADE: Psicologia


Aplicada a Educação Musical, reflexões didático-metodológica para a elaboração de
atividades a luz da Teoria Histórico-Cultural de Lev Vygotsky na Educação Superior, que
propiciam o desenvolvimento do cognitivo e das competências socioemocional dos discentes
da educação básica.

Crato/CE
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 4
2 OBJETIVOS............................................................................................................... 7
2.1 METAS ...................................................................................................................... 7
2.2 OBJETIVO GERAL................................................................................................... 8
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................... 8
3 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA........................................................................... 8
3.1 RAZÕES E FINALIDADES...................................................................................... 8
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 9
5 CRONOGRAMA…………………………………………………………………..... 12
6 REFERÊNCIAS……………………………………………………………………... 13

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho de conclusão de Pós-graduação, discute reflexões didático-


metodológica para a elaboração de atividades a luz da Teoria Histórico-Cultural de Lev
Vygotsky na Educação Superior, a serem propostas a aplicação para o ensino da Música1,
a partir de uma perspectiva interdisciplinar. Para isso, realizou-se uma pesquisa
bibliográfica 2 sobre Psicologia Aplicada a Educação, Educação Musical e sobre
Interdisciplinaridade, procurando articular as discussões apresentadas pelos autores
pertinentes aos campos epistemológico das áreas de conhecimento supracitadas,
(ARAÚJO, 2014; WEDEKIN; ZANELLA, 2016; BARROS at al, 2018;
BORTOLANZA; RINGEL, 2016; SILVA; DAVIS, 2004; BASTIAN, 2012; BRÉSCIA,
2003; PENNA, 2006; 2012) e sobre Interdisciplinaridade (FAZENDA, 1993, 1998, 2008;
2012; LIMA, 2007, 2013, 2015, 2016, 2016a; PONSO, 2014; LOUREIRO, 2010) entre
outros, resultando em algumas propostas de atividades envolvendo Psicologia Aplicada
a Educação/Música em uma perspectiva interdisciplinar.
A motivação para investigar sobre a temática surgiu no decorrer da própria
experiência enquanto acadêmico, durante o curso de P ó s - graduação em Psicologia
Aplicada a Educação, da Universidade Regional do Cariri (URCA). Algumas reflexões,
indagações surgiram a partir destes diálogos, exemplo: é possível realizar um trabalho
significativo de aquisição de conhecimento com a Teoria Histórico-Cultural e Música em
caráter interdisciplinar? De que maneira o diálogo com outras áreas do conhecimento
pode contribuir para a compreensão e apreensão de conteúdos musicais, propiciando uma

1
Neto (2017, p. 2) nos ressalta que para a relevância da Música em caráter interdisciplinar a formação
docente, ela “Música” faz referência a área de conhecimento, ciência que contempla os três objetivos da a
Constituição Brasileira (CB) para com a nossa educação sendo eles: o desenvolvimento pleno do discente,
o preparo para o exercício da cidadania e, o preparo para o trabalho de forma qualificada. Em congruência
com a Constituição Brasileira se faz a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB). E “música”
se refere à audição aquela que ouvimos nos aparelhos e instrumentos reprodutores de sons.
2
Como ressalta Bresler (2007, p. 8). Nós usamos pesquisa qualitativa como um termo geral que se refere a
várias estratégias de pesquisa que compartilham certas características: l) descrição detalhada do contexto
de pessoas e eventos; 2) observação em ambientes naturais que, comparada com abordagens tradicionais
experimentais, apresenta pouca intervenção; 2 3) ênfase na interpretação gerada por perspectivas múltiplas
que apresentam questões relacionadas aos participantes e questões relacionadas ao pesquisador;3 e 4)
validação da informação através de processos de triangulação.
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aprendizagem integral? Como articular a Música com outras disciplinas sem perder o
foco dos objetivos musicais a serem desenvolvidos? Os professores de Música são
preparados, na sua formação, para trabalhar de forma interdisciplinar a Teoria Histórico-
Cultural? Portanto, a ideia de trabalhar com a Música em uma perspectiva interdisciplinar,
foi aos poucos crescendo e amadurecendo até chegar ao ponto de tornar-se o tema deste
trabalho de conclusão de curso. Bem como pela necessidade de trazer hipótese positiva
a pesquisa: ações que tenha como propulsor condutor de todo o desenvolvimento
didático-metodológico, o diálogo disciplinar a luz da interação propiciando, uma
conjuntura eficaz da formação dos discentes, futuros docentes para nosso estudo,
relevantes a aquisição do conhecimento integrado, podendo ser adquirido por meio da
interdisciplinaridade.
A realidade contemporânea educacional, é marcado pelo conjunto de
transformações recentes com efeitos nas formas de sociabilidade, novas metodologias e
tendências pedagógicas, decorrente da emergência de um padrão de desenvolvimento
cada vez pautado na escolaridade. Nesse sentido, à docência precisa entender que o
desenvolvimento do cognitivo, e das competências socioemocional, é um processo de
aquisição Histórico-Cultural que nos direciona ao sociocultural. Com características
especificas, aspectos, tipos de memórias, pensamentos conceituais, lógico, classificatório
entre outras. Essas características fazem com que o desenvolvimento cognitivo nos
diferencie das outras pessoas e dos animais irracionais.
Ao mesmo tempo nos tira a essência universal inata, herdada de forma
biológica, sendo que na construção do processo Histórico-Cultural nós humanos se
apropria de resultados de reprodução das aptidões e funções historicamente construída de
forma coletiva e até mesmo individualmente. Este quadro tem como efeitos os desafios
em todos os campos da formação humana. A docência precisa está capacitada para
lecionar em uma conjuntura epistemológica educacional da Teoria campo de estudo em
perspectiva interdisciplinar. Assim, esse trabalho terá como abordagem principal a
formação de docentes de Pedagogia/ou Música3 (Educação Superior) de forma qualitativa,

3
Para a relevância da Música em caráter interdisciplinar a formação docente, ela “Música” faz referência
a área de conhecimento, ciência que contempla os três objetivos da a Constituição Brasileira (CB) para com
a nossa educação sendo eles: o desenvolvimento pleno do discente, o preparo para o exercício da cidadania
e, o preparo para o trabalho de forma qualificada. Em congruência com a Constituição Brasileira se faz a
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usando como laboratório a disciplina de Estágio Supervisionado contemplando o


desenvolvimento da formação integral.
A Música apresenta-se como elemento imprescindível a educação formal pelo
seu valor educacional artístico, estético, cognitivo e emocional. Pedagogicamente ela
(Música) oferece possiblidades de interdisciplinar, enriquecendo o processo educacional.
Sabemos que a Resolução de Nº 2, de 10 de maio de 2016, Diretrizes para
operacionalização do ensino de Música na educação básica, nos traz a emcubencia no Art
1º §3º III que os currículos dos cursos de Pedagogia deve ser inserido o ensino de Música,
visando atendimento aos estudantes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino
Fundamental (BRASIL, 2016).
As linhas contidas nesse trabalho, são frutos das leituras, diálogos e práticas
vivenciadas, fontes de motivação para seguir trabalhando com o tema. A organização do
pensamento fundamentou-se por meio das leituras, esclarecendo inquietações. A
interação por meio dos diálogos com docentes e discentes, forma de extrema importância
alimentando o pensamento criativo, em busca da consistência desse trabalho que vem
para contribuir significativamente com mundo da docência, qualificando a educação
básica a luz da Teoria em estudo para o desenvolvimento cognitivo educacional e das
competências socioemocionais.
O pensar pedagógico relevante é centrado na compreensão sobre o conteúdo
anunciado a luz da promoção de conhecimento que conduz ao desenvolvimento dos
discentes da Educação Superior. Em termos metodológicos para que os mesmos possam
atuar em uma perspectiva interdisciplinar na educação básica, a luz do campo
epistemológico da Teoria de Vygotsky. Assim, qualificando os níveis de ensino citado de
forma equilibrada, humanizada, sem autoritarismo, expandindo a integralização
disciplinar, pensando nas práticas de ontem e hoje, com um pensamento crítico
construtivo, estruturante em que a sua história está voltada a criação a fim de melhorar as
próximas práticas docentes, visando o desenvolvimento do próximo.
Conquistando de forma progressista e sistemática o nosso objetivo geral, para
aquisição do conhecimento, através da Educação Musical (Musicalização)

Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB). E “música” se refere à audição aquela que ouvimos
nos aparelhos e instrumentos reprodutores de sons (NETO, 2017, p. 2).
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desenvolvendo os discentes, através do lúdico, propiciando a sociabilidade, a


musicalidade, as funções rítmicas, percepção espacial, coordenação motora e
memorização, em uma visão tridimensional “passado, presente e futuro” Freire (1987,
p.59).

Vários desafios encontramos no delineamento de nossa caminhada, sendo que


a dificuldade mais presente, foi o pequeno número de trabalhos publicados sobre Música
em uma perspectiva interdisciplinar, por meio da Teoria Histórico-Cultural. Haja vista
que, as áreas de conhecimento nas grades curricular, se encontram justapondo-se na
multidisciplinaridade de forma desconectadas. Sabemos que os cursos de licenciatura,
não estão cumprindo com a responsabilidade de formar profissionais que saibam atuar na
Interdisplinaridade-desde a elaboração das propostas até a prática interdisciplinar em sala
de aula (LIMA, 2016).
Pretende-se com esse trabalho, ampliar e estruturar o ensino, resinificando o
conceito por meio da Teoria Histórico-Cultural, buscando a formação dos discentes de
graduação em pedagogia para melhoria do conhecimento, contemplando a educação
básica com uma docência que saiba desenvolver o seu trabalho, unificando Teoria e
prática com aspectos e conceitos da Psicologia Aplicada a Educação Musical. Em tese,
esse trabalho visa desenvolver um trabalho Interdisciplinar que tenha como base o Teoria
em estudo, que não distorça os pensamentos do autor. Não podemos admitir que
pesquisadores do pensamento de Vygotsky desenvolva trabalhos para a publicação, sem
referenciar as obras que sem sombra de dúvida trás esse delineamento por exemplo: A
formação social da mente (1984) Pensamento e Linguagem (1979).
A partir destes questionamentos e reflexões, chegou-se à seguinte questão,
problema de caráter cientifico: Que aspectos caracterizam ações pedagógicas
interdisciplinares na Música a luz da Teoria Histórico-Cultural, que propiciam o
desenvolvimento cognitivo e das competências socioemocional dos discentes da
educação básica? Por meio desta interrogação, foi delineado como objetivo geral:
Investigar a luz da Teoria Histórico-Cultural, vertentes para elaboração de atividades
interdisciplinar, propostas a serem aplicadas que propicie o desenvolvimento das
competências socioemocional dos discente para aquisição do conhecimento musical,
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através da Educação Musical (Musicalização).


Como objetivos específicos: Descrever conceito da Teoria em estudo, e um
breve histórico conceitos, princípios, valores, aspectos; Analisar sobre o caráter
Interdisplinar existente na Teoria e no sistema educacional; Apresentar reflexões
didática-metodológicas, a luz da Teoria em estudo, relevantes na formação docente de
Música e Pedagogia para lidar com os desafios na educação básica; Levantar propostas e
reflexões de trabalho relevante a Educação Musical em torno da Teoria em estudo de
outros docentes, para amplitude desse trabalho no contexto interdisciplinar/Psicologia
Aplicada a Educação Musical.
Desse modo ancorado em uma pesquisa bibliográfica a luz da Teoria
Histórico-Cultural, para o desenvolvimento de um novo ser humano socialmente
ressignificado, visando a resposta para o problema de caráter cientifico, trataremos de
apresentar o a conceituação da Teoria em estudo relevante a Psicologia aplicada a
Educação Musical.
2. CONCEITO DA TEORICA HISTÓRICA-CULTURAL.
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934). Direcionou os seus estudos na
busca de um delineamento para a psicologia, que se encontrava sem progresso de
movimentos em parâmetros positivo no início do século XX. Ele desenvolveu estudos
que demonstravam a mediação social no desenvolvimento das funções psicológicas
superiores. Com a intenção de estudar em parâmetros científicos, os modos em que uma
sociedade se organiza, seus fundamentos que regem as relações, o autor procurou
estruturar uma nova concepção educacional. Nesse sentido, essa realidade produziria um
novo ser humano, capaz de resolver os problemas da realidade em que se encontrava
(ARAÚJO, 2014).
Essa nova concepção educacional, estruturada pelo autor em estudo, estava para
a contribuição de forma significativa nos métodos a serem desenvolvidos, sobretudo, na área
educacional. Quando criou uma nova abordagem para a compreensão da relação entre o
desenvolvimento e aprendizagem. Partindo dessa realidade justifica-se que só a ensino se
houver aprendizagem, estando em relevância o processo pedagógico Teoria/prática, para
a coletividade desconstruindo o individualismo. Isso é percebido, quando o autor em seu
livro denominado o pensamento e a linguagem nos ressalta que “Uma palavra sem

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significado é um som vazio, já não fazendo parte do discurso humano”. Desatacando a


interrelação entre o significado e o som constituindo a unidade do pensamento
(VYGOTSKY, 1998).
A mediação já sinalizada pela linguagem para a construção do pensamento
em que a (palavra e/ou som) de forma simultânea anunciando o conteúdo de qualquer
experiência passa a servir de transmissão aos seus pares ibid., 1998. Sendo a fala um fato
estreitamento humano, e que se desenvolve o exemplo disso é a interação das crianças
com os adultos. Nesse sentido afirma-se que, somos os únicos mamíferos que sobrevive
na relação como outro, é nesse processo histórico que vivenciamos na relação com os
instrumentos culturais esses sendo elaborados pelo o ser humano pela necessidade de sua
existência que nos faz seres socialmente integrados (PRESTES, 2010). A luz a
antropologia, o ser humano não pode ser estudado fora de seu contexto histórico, social e
cultural.
Vygotsky, era um crítico literário isso lhe possibilitou criar a estrutura de sua
teorização psicológica. Preste (2010) relata que ele era muito mais um educador e
professor, a autora citada anuncia que por meio da Teoria Histórico-Cultural Vygotsky
reconhece que a evolução do ser humano acontece em caráter qualitativo. O
conhecimento não pode ser quantificado, ele não é o final de uma trajetória, mas sim um
instrumento cultural, que nos serve para nos desenvolver e ajudar ao próximo no mesmo
sentido. Vygotsky diante de sua formação sofisticada em várias áreas de conhecimento
principalmente o seu envolvimento com a Arte, lhe possibilita cria a Teoria em estudo. E
que as resenhas teatrais e literárias que origina o Teoria Histórico-Cultural.
Compreendendo o ser humano no meio ambiente, fator essencial para o seu
desenvolvimento, remete-se ao pensar de Max que ele nos preconiza que: “O ser humano
histórico ao transformar a natureza, transforma a se mesmo”. São diversas as naturezas
psíquicas superior do ser humano, especificamente nossa a título de exemplo: fala,
atenção, memoria as três de forma mediada, pensamento reflexivo e logico, criação,
imaginação e técnica entre outras. Nesse sentido, as ações são anteriores ao
desenvolvimento, que servi para impuncionar o desenvolvimento, e qualquer função é
social, consciente para nos direciona em relação ao mundo em que estamos. Devemos
compreender as nossas diversidades e que os desenvolvimentos são diferenciados.
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E partindo dessa realidade, o desenvolvimento a luz dos pensamentos de


Vygotsky não é algo cronológico, transcorre no tempo podendo ser rápido ou vagaroso a
depender de cada ser humano. E para que possamos dizer que houve desenvolvimento,
tem que acontecer transformação, sabendo que é uma via de mão dupla como nos ressalta
Paulo Freire também marxista em sua obra “Pedagogia do Oprimido” que quando
ensinamos, também aprendemos. É na interação do diálogo que a transformação vai
acontecer com o objetivo de humanizar o ser humano de forma cada vez mais
socialmente.
A luz dessa teorização, precisamos compreende como o ser humano pode
desenvolver o seu conhecimento, não podemos tomar com primícias o que negamos, ou
seja, devemos propiciar caminhos de como podemos criar possibilidade de entender
mecanismos para o desenvolvimento no meio em que estamos. O meio não é
simplesmente um meio pra si, esse meio existe em função do nosso olhar, da nossa relação
com ele. Para Vygotsky, não existe padrão, ou seja, nível de desenvolvimento, ele ressalta
que existe padrão mais ou menos comum (PRESTES, 2010).
As vertentes de desenvolvimento dessa nova concepção educacional esta
ancorada em: absorver, desenvolver, aplicar, e difundir conhecimentos por meio de
aspectos histórico, artístico, estético, social, cultural, cognitivo e emocional (ARAÚJO,
2014). Esses aspectos, apresenta o potencial de atividade que temos para sermos
protagonistas na posição de nossa realidade visando a evolução, diferenciando o autor na
Psicologia quanto na educação, trazendo uma nova concepção do ser humano não visto
como na Psicologia tradicional. O fenômeno em construção é o “ser humano” e os
aspectos a serem trabalhados supracitados devem ser de forma harmônica. Um novo olhar
em uma concepção educacional que parte do homem para ele como um novo ser social,
sendo o centro de desenvolvimento, fruto desse processo.
Segundo Araújo (2014) a grande relevância de se trabalhar pedagogicamente
a luz da Teoria Histórico-Cultural é que ela esta para qualquer período por meio do fator
histórico evolutivo do conhecimento dado a cada realidade sociocultural. Nesse sentido,
sabe-se que se constrói a identidade de uma sociedade, produzindo valores culturais de
forma coletiva, propiciando o sociocultural, observação positiva é feita em benefício da
progressividade da Teoria na contemporaneidade. O que Vygotsky objetivava, era a
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modulação dos princípios que resultava metodologias transformadoras de categorias


concretas, em parâmetro marxista para superação da Psicologia tradicional.
Compromissado a aprovação de produtos superiores da cultura, da história e do psiquismo
humano” (ARAÚJO, 2014, p. 36).
Portanto, seu compromisso de origem aos princípios e categorias gerais de
caráter propriamente psicológico, justificando de forma satisfatória a relação indireta
entre a Psicologia e o marxismo. Com esse conjunto de ideias Vygotsky estruturou a
“Psicologia Geral” com Metodologia Geral, para a consolidação de sua teorização
podendo ser chamada de Psicologia Marxista. O produto inovador derivado dessa nova
concepção educacional, é um novo ser humano, capaz de viver no mundo de constante
mudanças, correspondente ao momento histórico em uma visão social. Em virtude disso
suas práticas sempre estavam a luz do momento cultural. Nesse sentido, ele se tornou um
profissional influenciado pelas demandas do contexto histórico ibid., 2014.
O novo processo educacional, em que Vygotsky, delineou em busca da
estruturação de um novo ser humano mais social dos princípios, valores, aspectos que
caracterizam o delineamento daquilo que ele acreditava, em atual momento histórico e
político (BORTOLANZA; RINGEL 2016, p. 1020). Nesse sentido, a Teoria em estudo
se faz coerente na contemporaneidade, certo de que uma aprendizagem integral, em
caráter significativo é conquistada em parâmetros interdisciplinar. E todos os aspectos,
princípios e valores atribuídos a Teoria se fazem a luz do ser humano eu sua totalidade,
que vive integralizado para aquisição de experiências.
Nesse sentido, acontece a estruturação da Teoria Histórico-Cultural em que
a cultura funciona como a alargamento condutivo do processo emancipatório político
sinalizando princípios, valores e aspectos de característica vinculadas a paradigma de vida
da sociedade. Portanto, a Teoria proposta por Vygotsky abraça a realidade cultural do ser
humano em caráter integralizado. O ser humano, era visto em um processo dialético um
ser social que esta sempre em contato com o seu meio socialmente dito, de forma ativa
transformando e sendo transformado. Os princípios, aspectos e valores característicos da
Teoria em estudo, propicia métodos aprofundados, e fundamentais na contribuição para
ressignificar a nossa educação na atualidade ibid., p. 1041.
O ser humano, é o centro do estudo para a sua própria definição em
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conhecimento significativo. Porém, precisamos lhe determinar, como algo indefinido,


sem anular o fator histórico, seu momento atual pensando no que podemos reconstruir de
melhor para o futuro. O desenvolvimento a luz da Teoria Histórico-Cultural é visto como
um produto de evolução integrado que se estabelecem entre o indivíduo que aprende e os
outros mediadores de uma dada cultura a título de exemplo: pais, professores e fatores
importantes que ocupam lugar no processo de construção do conhecimento de forma
significativa (LEITE, LEITE e PRANDI, 2009). Haja vista que, o desenvolvimento
acontece através das relações sociais, e mediada com as pessoas entre o meio em que
estamos inseridos.
O conhecimento significativo supracitado, se promove por uma solida ação
educativa em que estimula os discentes construindo o desenvolvimento potencial,
transformando em real, como já foi sinalizado o ser humano é um ser ativo. “Nessa
perspectiva, conforme a criança adquire novos conhecimentos, passando por novas
experiências, os níveis de desenvolvimento real e potencial se alternam” ibid., 2009.
Quando nos referimos ao desenvolvimento real e potencial, temos que nos ancorar a Zona
de Desenvolvimento Proximal (ZDP) que determina dois níveis de desenvolvimento: um
se refere às conquistas da criança, denominada por Vygotsky de nível de desenvolvimento
o real ou efetivo; o outro, o nível é o potencial, que se relaciona às capacidades de serem
construídas com ajuda de um mediador (pai, mãe, professor, criança mais velha etc.)
(VYGOTSKY, 2007).
Esse processo de evolução cooperativa, em que o mediador auxilia na
concretização do desenvolvimento ajudando a transformar o desenvolvimento potencial
e real, justificando-se a distância da (ZDP) estando entre o que ser humano consegui
realizar sem ajuda de um mediador, e as situações em que ele precisa da mediação. O
conceito de (ZDP) nos permite a compreensão da evolução da Teoria Histórico-Cultural,
pois, é na interação social em que a Teoria se evidencia naquilo em que o ser humano já
sabe de concreto e no que esta em vias de construção a ser efetivada no meio social. Isso
é muito colaborativo, certo de que cada um de nós é um ser humano individual e universal,
e é na coletividade nos ressignificamos.
A importância de se trabalhar nessa concepção, encontra-se nas relações
sociais, essa teorização propicia bases para uma progressão em que o ser humano é visto
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na sua totalidade: de forma múltipla nas relações com seus pares; na sua especificidade
cultural; histórica, ou seja, em processo de construção e reconstrução permanente.
Realidade que reflete o conhecimento sempre em constante transformação, momento em
que o fator evolutivo histórico, não pode ser ocultado. Compreendendo suas
particularidades para a mediação de um novo ser social, derivado da Teoria Histórico-
Cultural. Vygotsky defende que as relações sociais contribuem para o desenvolvimento,
relações que nos capacita cada vez mais.
Ele também buscou o desenvolvimento da aprendizagem e estruturação do
conhecimento, assim seus estudos ancoram-se no fator histórico-social mostrando que a
interação com os nossos pares propicia a construção de um novo ser humano. O histórico,
significa que estes meios e instrumentos foram elaborados ao longo de um processo da
história social do ser humano. Esse caminho concedeu a Vygotsky um olhar diferenciado,
para o elemento central desse processo ele o (ser humano) integralmente, corpo e mente,
biológico e social. “A abordagem Histórico-Cultural considera a aprendizagem como um
processo contínuo e a educação é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de
aprendizagem a outro” (LEITE, LEITE e PRANDI, 2009). Como já sinalizado, assim
acontece o processo avaliativo teórico.
Vygotsky, tem se consagrado como expoente da ciência psicológica, que
permite um crescimento do conhecimento contribuindo significativamente no campo da
Educação tanto quanto da Psicologia, em que permeia a dialogicidade de vários elementos
que constitui a construção do ser humano como por exemplo: histórico, social e cultural
(ARAÚJO, 2014, p. 92). Trabalhar na perspectiva Histórico-Cultural é saber que
devemos permear por caminhos que esteja em congruência com os elementos a cima
citado, ou seja, os conhecimentos existentes na sociedade. Em harmonia com esse
pensamento, esta o que Paulo Freire na preconiza em seu livro que tem por nome “A
Pedagogia do Oprimido”. Haja vista que, os dois autores, são marxistas, e propõem uma
visão de trabalho interdisciplinar.
A Teoria em estudo, se configura como diferente em seu aspecto relevante
para a Psicologia, justamente por conta da inserção dos elementos que até então, não tinha
sido explorado por outros teóricos para relevância dessa explanação ibid., 2014, p. 94.
Seu posicionamento, se torna um divisor de águas, pela separação da concepção
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interacionista que visa as partes objetivas e subjetivas da Psicologia. “A tônica da


separação da concepção pode ser compreendida por Vygotsky ser considerado um
interacionista dialético, que em ultima instância, se diferencia do interacionismo
convencional” ibid., 94. Essa concepção compreendida, os pressupostos filosóficos de
toda a sua estruturação, que são marxistas.
Vygotsky tinha em mente a arguição dos princípios advindos do materialismo
histórico e dialético para que pudessem solucionar proposição ou argumento que contraria
a direção das ações humana expostas por seus contemporâneos. Para justificar seus
trabalhos de estudo Araújo (2014, p. 95) nos afirma que.
Em termos de objetivos da psicologia, a tarefa do cientista seria de
reconstruir a origem e o curso do desenvolvimento do comportamento
e da consciência. Assim sendo, os fenômenos psicológicos são
considerados a partir de sua constituição ao longo da história da
humanidade, em que são contempladas as suas mudanças qualitativas e
quantitativas decorrentes de todo o seu processo. Foi por essas vias que
procurou explicar a transformação do processo psicológicos
elementares em processos psicológicos superiores.

Compreende-se que o significado da Teoria Histórico-Cultural reforça


aspectos como já sinalizado de que o ser humano se encontra situado historicamente
sendo influenciado totalmente pelo o ambiente cultural. Contudo, precisamos saber qual
é a participação do ser humano no ambiente cultural, e do ambiente ao ser humano para
propor uma construção significativa. Certo de que a autonomia de prevalecer livre a
escolha ao mesmo tempo em que as experiencias propostas pelo o meio cultural lhes, são
ofertadas. E pode se observar diante do fator dialético entre o ser humano e o meio
ambiente, caracteriza-se que o Brasil esta mais próximo para aplicação da Teoria
Histórico-Cultural devido a pluralidade cultural que temos a ser explorada nos dando
vários resultados.
Para conclusão do conceito teórico, não podemos deixar de ressaltar, os
conceitos de mais importância para a estruturação da Teoria de Vygotsky Araújo (2014
p. 110) nos sinaliza em sua pesquisa de Doutorado aos processos psicológicos superiores,
e os subjacentes como: processos psicológicos elementares, mediação simbólica,
internalização, linguagem e formação de conceito de ZDP. Nesse sentido ao mesmo
tempo o autor a cima citado nos coloca a importância de elencar outros aspectos de grande

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contribuição a titulo de exemplo: a compreensão de construção social e cultural do ser


humano, o estágio social do psiquismo e da aprendizagem, aspectos sociocultural e
histórico na construção do ser humano ibid., 114-115.
Para tanto, depois da explanação conceitual de toda a estrutural o Teoria
Histórico-Cultural, percebe-se que que a sua emcubencia esta de forma emancipatória
política na construção de sociedade com uma dimensão humano nas praticas sociais. E
que o psiquismo humano se constrói na interação dos seres humano em um ambiente que
é histórico e cultural, que nos permite pensar em uma perspectiva paradigmática
contemporânea a luz dos pensamentos de Vygotsky. Nesse sentido, se a teorização do
autor veio a ser realidade significativa, a nós é relevante traçarmos um breve histórico da
Teoria em estudo.
2.1 Breve histórico da Teoria Psicológica Histórico-Cultural.
A teoria Histórico-cultural tem suas origens nos estudos de Lev Semenovich
Vygotsky (1896-1934). Sua finalidade era entender a estagnação em que a psicologia se
encontrava no início do século XX, Vygotsky desenvolveu estudos que demonstravam a
mediação social no desenvolvimento das funções psicológicas superiores. Os
pesquisadores da teoria histórico-cultural deram prosseguimento ao trabalho de
Vygotsky, principalmente dois dos seus discípulos: Alexander Romanovich Luria (1902-
1977) e Alexei Nikolaievich Leontiev (1904-1977). Em 1924, Vygotsky participou do II
Congresso de Psiconeorologia de Leningrado, momento em marca a sua vida profissional,
data em que marca o início da sua segunda da produção bibliográfica (CEREZUELA e
MORI, 2015, p. 1255).
O ano a cima citado é marcado, identificar momento que Vygotsky se associa
à Luria e Leontiev para iniciar sua teoria revolucionária de acordo com (BLANCK, 1996,
apud, CEREZUELA e MORI, 2015, ibid). A União Soviética, passa por muitos
problemas sociais nesse momento pós-revolução entre eles estava a educação, não
podemos pensar em uma nova sociedade sem ampliarmos de forma significativa todo o
processo educacional, sendo esse u caminho único para emancipação política do mundo
em que se encontra em constates transformações. Isso posto, evidenciamos que é preciso
conhecermos na sua amplitude cronológica essa teorização.

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Para termo um panorama da difusão e progressividade dos pensamentos de


Vygotsky, e de suas ideias formuladas referentes a todos os inventos humanista, diante
da contextualização pertinente a conceituação a cima. Declara-se que o desenvolvimento
do ser humano acontece sempre na interação com base nas experiencias acumuladas. No
sentido de que os eventos em estudo cientifico é determinado pelo fator histórico relativo
à sua época. Sendo esse o ponto de grande satisfação, para a contribuição ativa de nosso
trabalho na contemporaneidade. Ressalta-se que toda pesquisa é derivada de um outro
estudo anterior, para escrever o fator histórico buscando qualificação de vida humana “a
obra criadora constitui um processo histórico consecutivo onde cada forma se apoia nas
anteriores” (VYGOTSKY apud, ARAÚJO, 2014, P.28).
A Psicologia Histórico-Cultural surgiu com base de procedimento mental
alicerçado em várias áreas de conhecimento, pois o seu idealizador nascido na Rússia no
período da pós-revolução 1917, de família judia. Na sua infância mostrava interesse por
muitas áreas de conhecimento a título de exemplo: literatura, poesia, teatro, línguas
estrangeiras (ARAÙJO, 2014); (CEREZUELA e MORI, 2015). Nos dando propriedade
na defesa da temática desse trabalho em uma perspectiva interdisplinar, para a conquista
de uma aprendizagem significativa, que serva a todos como experiência para toda a vida
indagando-se como aprendizagem integral 4 e/ou socioemocional (CEREZUELA e
MORI, 2015). “Na sua história, são incluídas, ainda, a formação em Direito e Medicina
frequentou os cursos de História e Filosofia, foi docente e pesquisador de Psicologia e
Pedagogia, Filosofia, Literatura e Defectologia (ARAÙJO, 2014, p.29).
Muitas obras do autor em estudo pertinente a Teoria foi censurada por vinte
anos, por meio de um decreto do Comitê Central do Partido Comunista, referente a
“Paidologia” disciplina equivalente a Psicologia da Educação. Essas dificuldades
impostas pelo o ditador Stalin na União Soviética causa vários impedimentos para o
desenvolvimento da pesquisa, dificultando a progressão da Teoria Histórico-Cultural
(ARAÚJO, 2014). Esse decreto fez com que muitas de suas abras se perdesse, e muitas

4
Para dar veracidade a conquista da aprendizagem significativa Neto (2017, p. 32) nos afirma que: Para
termos um delineamento que venha ampliar os espaços e caminhos inovando as práticas, propiciando novos
conhecimentos integralizados, é preciso que a Teoria esteja em harmonia com a prática integrando os
saberes e fazeres extramusicais vistos, analisados sobre uma ótica musical, isso contempla o papel dos
discentes com uma aprendizagem significativa.
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não foram publicadas, causando um retrocesso enorme, ao perceberem isso muitos de


seus trabalhas foram publicados anos depois.
Analisando o fator histórico evolutivo do conhecimento dado a cada realidade
sociocultural, essa observação positiva é feita em benefício da progressividade da Teoria
de Vygotsky. A título de exemplo de trabalhos temos: O significado histórico da crise da
Psicologia, escrito em 1926, porém, perdido durante a Segunda Guerra Mundial, e
encontrado em 1960, publicado apenas em 1985 (REVÌERE, 1985 apud ARAÚJO 2014,
P. 38). Ressaltamos para a concentricidade acentuada de nosso trabalho que o ano de 1960
esta em congruente ao surgimento da interdisciplinaridade. “Seu surgimento se deu na
Europa, especialmente na França e Itália, em meados da década de 1960 (FAZENDA,
2012, apud NETO, p.27).
Refletindo o ano citado, percebe-se que Vygotsky já desenvolvia um trabalho
de interação disciplinar, mesmo antes do delineamento dos primeiros trabalhos
publicados daquilo que viria a ser a interdisciplinar hoje defendida com sua conceituação
e campo epistemológico, percurso esse que tomou forma em 19705. Vygotsky, publicava
muitos trabalhos sobre arte, abrindo-lhe vertentes para a elaboração de vários materiais
pedagógico, quando era docente de Pedagogia, única atuação sua remunerada
(CEREZUELA e MORI, 2015); (BORTOLANZA; RINGEL, 2016). Nesse sentido, a
Teoria de Histórico-Cultural, credencia cada vez mais em parâmetros pedagógicos o
nosso trabalho.
Com essa forma de pensar Vygotsky quebra tudo aquilo que privilegia a
hierarquização disciplinar, que promove o capitalismo de certas áreas de conhecimento
(ciências), com um olhar unilateral, resultando numa formação redundante. Haja vista
que, não existe nenhuma disciplina é unilateral, o que justifica o caráter de nosso trabalho,
para a conquista de uma aprendizagem integral, que conduza todos envolvidos a resolução
de seus problemas por toda a vida. Sua obra, passou muito tempo sem difusão em seu
país, e muitos de seus trabalhos foram perdidos ou não publicados, como já sinalizado.
Porém, outra várias tendo sido editado, ou publicado posteriormente (ARAÚJO, 2014).

5
Para fins didático, e conhecimento da estruturação epistemológica da interdisciplinaridade, recorremos a
leitura do livro de Ivani Fazenda que tem por título “Interdisciplinaridade: história, Teoria e pesquisa”
publicado em 2012.
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18

Vygotsky, justificou um projeto que lhe deu propriedade de desenvoltura sobre a sua
Teoria.
Ressaltamos que Vygotsky, como um indivíduo entre tantos outros que
participaram do processo revolucionário da antiga União Soviética, foi
um estudioso que fez parte de um projeto e dentro desse projeto se
desenvolveu e desenvolveu sua Teoria. Nesse sentido, chamamos a
atenção para o fato de que a censura de que foi alvo não foi um caso
isolado, e que isso se deve a uma faceta do mesmo sistema que
possibilitou ao autor escrever mais de 270 trabalhos científicos em 10
anos (BORTOLANZA; RINGEL, 2016, p.1022).

Ele queria modular princípios que derivasse metodologias transformadoras


de categorias concretas, explicativas em parâmetro marxista para superação da Psicologia
objetiva. Que de certa forma era o atraso para as funções complexas sendo incapaz de
explicar o desenvolvimento das categorias entre outras coisas que eram necessárias, que
não reduzisse o seu caráter como já foi sinalizado a luz dos pensamentos de Max. “Nesse
sentido, estava comprometido com o anseio de formular categorias intermediárias que
explicasse as leis naturais do organismo e os produtos superiores da cultura, da história e
do psiquismo humano” (ARAÚJO, 2014, p. 36).
Porém, para sabermos como a estruturação da Teoria de Vygotsky
aconteceu, assim nos reporta a citação.
Portanto, para Vygotsky, era necessário desenvolver princípios e
categorias gerais de caráter propriamente psicológico para estabelecer
essa relação mediata, indireta, entre a Psicologia e o marxismo. Foi esse
conjunto de ideias e princípios que Vygotky balizou de “Psicologia
Geral” ou Metodologia Geral, como subsídio para a consolidação da
Psicologia marxista ibid.,

Araújo (2014, p. 40) nos afirma que nos Estados Unidos, os teóricos que se
apropriava dos pensamentos de Vygotsky, não tinham propriedade com os pensamentos
marxista, e fazia um distanciamento do alicerce teórico da Teoria Histórico-Cultural.
Fazendo com que eles virassem alvo de várias críticas, causando um reflexo negativo para
os mesmos. Como os pensamentos de Vygotsky já se tornava algo universal
ideologicamente, os teóricos americanos abraçando o neoliberalismo e pós-modernismo
achavam melhor se distanciar do universo marxista. Muitos dos pedagogos e educadores
que não dominava a filosofia marxista afirmavam que Vygotsky não tinha
comprometimento com o marxismo.
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Vygotsky queria criar algo inovador, que respondesse as demandas do


momento histórico em uma visão social, para isso suas práticas sempre estavam a luz do
momento, da cultural. Nesse sentido, ele se tornou um profissional influenciado pelas
demandas desse contexto histórico. Temos que entender o seu pensamento em um
processo dialético para a construção de um campo epistemológico, visando a consagração
de uma nova Ciência Humana, para o delineamento de um novo ser humano preparado
para as transformações constante do mundo. Para entendermos o que mais tarde vinha a
ser a Teoria Histórico-Cultural, assim nos reporta Bortolanza; Ringel (2016, p.1039).
Nessa perspectiva, as origens de sua obra e a criação da Teoria
Histórico-Cultural desenvolvem-se no processo dialético de construção
do novo homem, da nova sociedade, da nova educação, ideais
perseguidos pela revolução russa. Em apenas 10 anos, mais de 270
trabalhos científicos apontam concretamente o compromisso do homem
e do profissional na criação de uma ciência humana, especificamente
uma psicologia marxista que desse sustentação aos ideais
revolucionários.

Isso nos deu uma condição progressiva e sistemática para estarmos na


categoria de hoje em defesa desse trabalho para a relevância da Psicologia Aplicada a
Educação Musical. Araújo (2014, p. 40-41) com base em um dos trabalhos de Maria
Tereza de Assunção Freitas que tem por título Psicologia e educação: Um intertexto
publicado o ano de 1994, nos declara como Vygotsky passa a ser conhecido no Brasil na
segunda metade da década de 1970. Lembramos que essa década, começo aqui no Brasil
a estruturação do campo epistemológico da interdisciplinaridade (FAZENDA, 2012,
Apud NETO, 2017, p. 26). Nessa época predominava o militarismo, e na educação o
ensino tecnicista proposta de formação pedagógica pelo Estado.
Outras propostas de formação educacional eram adotadas simultaneamente
a título de exemplo: Pedagogia Nova, focada na Teoria de Piaget, na pré-escola,
Pedagogia não-diretiva, critico produtivista, Teoria de desescolarização. Nesse sentido,
Araújo (2014, p. 41) nos afirma, que na década de 1980, uma redemocratização aconteceu
no Brasil, trazendo várias implicações no contexto educacional configuradas através da
Pedagogia Nova. Fazendo com que a necessidade de um pensamento pedagógico se
estruturasse para amparar os anseios de uma democracia socialista do mundo. Em
parâmetro pedagógicos relevante a difusão da Teoria Histórico-Cultural no Brasil,

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passando a ser referencial-teórico de interesse e exploração de pesquisa apresentado em


vários seminários, conferencias e congressos.
Para termos um trabalho consistente com a proposta de Vygotsky, se faz
obrigatório à docência ter o domínio de cinco hipótese em relação a sua Teoria.

1) para se compreender o pensamento de Vigotski e sua escola é


indispensável o estudo dos fundamentos filosóficos marxistas
dessa escola psicológica; 2) a obra de Vigotski precisa ser estudada
como parte de um todo maior, aquele formado pelo conjunto dos
trabalhos elaborados pela Psicologia Histórico-Cultural; 3) a
Escola de Vigotski não é interacionista nem construtivista; 4) é
necessária uma relação consciente para com o ideário pedagógico
que esteja mediando a leitura que os educadores brasileiros vêm
fazendo dos trabalhos da Escola de Vigotski; 5) uma leitura
pedagógica escalonista dos trabalhos da Escola de Vigotski se
contrapõe aos princípios pedagógicos contidos nessa escola
psicológica (DURTE, 1996, 17).

Precisamos também, lembrar que Vygotsky, teve parceiros que por meio de
seus trabalhos, ajudaram e muito na dissimilação da Teoria, pessoas que nos deixou um
legado de trabalhos como por exemplo: Leontiev, Luria, Galperin, Elkonin, Davidov,
Zaporózhets entre outros (DUARTE, 1996, p. 18). Partindo dessa afirmação, sabemos
que na contemporaneidade são muitos os teóricos, docentes que vem se apropriando dos
estudos de Vygotsky com a objeção de qualificação educacional. Para termos um
panorama de difusão de forma continua iremos contextualizar como aconteceu
apropriação no Brasil. Nesse sentido, Araújo (2014, p. 40) assim nos reporta que.
Os primeiros livros de Vygotsky publicados no Brasil foi A formação
social da mente em 1984, O livro pensamento e linguagem teve sua
primeira edição brasileira publicada em 1987, a partir de uma tradução
resumida em língua Inglesa de 1962. O original dessa obra em Russo
foi traduzido com o nome A construção do pensamento e da linguagem
publicado no Brasil em 2001. Contudo muitas outras obras de Vygotsky
já se encontram disponível em nossa língua, na atualidade.

A Teoria Histórico-Cultural é abordada na elaboração da proposta curricular


dos cursos de Psicologia e Pedagogia, assim bem como nos cursos de licenciaturas plena
em Música, porém sua entrada no Brasil data de 1980. Década em que se passou a pensar
a educação de forma diferenciada, com uma abertura política propondo para o contexto

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educacional uma rica fonte de ideias conciliando as experiencias culturais com o


desenvolvimento cognitivo em parâmetros positivos. Com a certeza de que podemos
entender cada ser humano de forma universal e diferenciada, cada um com o seu
individualismo. Entender o que o autor queria por meio de sua Teoria, aconteceu com a
disseminação devido a tradução de muitos de seus livros em Inglês para o Português. Isso
possibilitou que o nosso trabalho acontecesse de maneira concreta significativa.
Para Vygotsky, a estrutura de sua Teoria foi desenvolvida com base na
formação marxista, como já sinalizado em uma consistência que buscava uma Psicologia
objetiva e não pleonástica (ARAÙJO, 2014). Afirma-se que, um dos objetivos da Teoria
Histórico-Cultural de forma pedagógica é a identificação dos elementos culturais que
precisam ser assimilados por cada discentes possibilitando a construção histórico-social.
Haja vista que, esse pensar também é congruente com a filosofia marxista,
em que o ato pedagógico se volta para a necessidade do homem se apropriar da sua própria
criação a fim de desenvolver novas ações, pela necessidade, conduzindo o processo
histórico evolutivo. Assim, bem como pensa o nosso grandioso Paulo Freire no fazer
pedagógico, sinaliza que os docentes devem analisar as suas práticas de forma
tridimensional “passado, presente e futuro”. De forma equilibrada, humanizada sem
autoritarismo expandindo a integralização disciplinar por meio do diálogo, pensando nas
práticas de ontem e hoje, com um pensamento crítico construtivo, estruturante em que a
sua história está voltada a criação, a fim de melhorar as próximas práticas Freire (1987,
p.59).
Essa forma de pensar, qualifica os níveis educacionais em que nosso trabalho
faz articulação entre a Pós-Graduação, graduação qualificando à docência para a
educação básica. A concepção de trabalharmos a Psicologia Aplicada a Educação
Musical em caráter interdisciplinar se faz cada fez mais consistente, pois priorizamos a
tridimensionalidade pedagogia citada acima. Com a certeza de que não devemos negar a
evolução do conhecimento Histórico-Cultural, fato que se realiza com o sociocultural
e/ou aspectos. Podemos caracterizar os princípios do estudo em tela dado a cada
paradigma de vida de uma comunidade6.

6
Kunh (2003, p. 218) esclarece de forma bem evidente que: Percebe-se rapidamente que na maior parte do
meu livro o termo “paradigma” é usado de dois sentidos diferente. De um lado indica toda a constelação de
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O pensamento marxista, quando se refere a criação do homem estabelecida


mentalmente prioriza as realizações antes de concretiza-las. Entretanto, nesse processo
ele (O Ser Humano) se apropria de sua produção objetivando novas realizações. Isso está
para satisfazer as necessidades básicas da existência pela realidade Histórico-Cultural
entre o cultural-social arrazoando suas atividades, com a objeção de humanizar a si
próprio historicamente, e esse processo requer uma transformação subjetiva 7 . “Cria,
portanto, uma realidade humanizada tanto objetiva quanto subjetiva” (FREITAS, 2012,
p.12). O ser humano ao se apropriar transforma satisfazendo a necessidade de forma
objetiva transformadora.
A objetividade e a subjetividade, pela realização do ser humano histórico e
cultural, necessita da sociabilidade em um mundo que se transforma, precisamos de ações
de mesma perspectiva “Tal apropriação gera nele necessidades humanas de novo tipo,
que exige novas atividade num processo sem fim” (FREITAS, 2012, P.12). Usamos o
autor citado para reforçar como se promove as referências históricas e social humana. De
acordo com o que contextualizamos, referente a um breve histórico, e de como se deu a
cronologia e propagação da Teoria na Rússia, passando por outros países como os Estados
Unidos da América onde aconteceu muitas arbitrariedades referente ao pensamento
marxista existente na teorização de Vygotsky, até chegar a descriminação da Teoria em
estudo aqui no no Brasil. Portanto, precisamos entender o que a Teoria nos apresenta em
meio os princípios, valores, aspectos característicos da teorização. Para isso desertaremos
a seguir.
2.2 Os princípios, valores e aspectos da Teoria Histórico-Cultural.
O novo processo educacional, em que era pensando por Vygotsky, para
estruturação de um novo homem derivado dessa proposta educacional, o processo a luz

crenças, valores, técnicas, etc..., partilhadas pelos membros de uma comunidade determinada. De outro
lado denota um outro tipo de elemento dessa constelação: as soluções concretas de um quebra-cabeça que,
empregadas como modelo ou exemplo podem substituir regras explícitas como base de solução dos
restantes quebra-cabeças das ciências normais.
7
Subjetividade é caracterizado como algo que varia de acordo com o julgamento de cada pessoa,
consistindo num tema que cada indivíduo pode interpretar da sua maneira. Desta forma, a subjetividade
humana pode se retratar ao sentimento de cada pessoa, com a sua opinião formada, sobre determinado
assunto.

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do teórico só era possível por meio dos princípios, valores, aspectos que caracterizam o
delineamento daquilo que ele acreditava, em atual momento histórico. A consolidação do
novo governo após a revolução de 1917, trouxe novas demandas sociais, valores culturais
de forma democrática objetiva acabar o analfabetismo. Essa realidade aconteceu, por
meio de aumento de vagas na rede de ensino denominada politécnica8. “O projeto de
governo do Partido Comunista da União Soviética deveria ocorrer pela educação e pela
cultura a chamada “terceira frente” postura que deveria situar-se tanto na vida como na
política” (BORTOLANZA; RINGEL, 2016, p. 1034).
Uma educação cientifica para a formação de um novo homem evidenciados
das origens sintetizadoras de uma Teoria, deve acontecer por meio de princípios, sendo o
que aconteceu no ano acima citado na Rússia. Levando a influenciar Vygotsky aos
determinantes de criação de sua Teoria. Para estabelecer uma contextualização pertinente
a temática desse trabalho, busca-se referencias teóricos nas obras do autor e de outros
pesquisadores para a concretização dos princípios estabelecidos para estruturação da
Psicologia a luz dos pensamentos marxista objetivando novas metodologia geral da
Psicologia a procura de princípios explicativos gerais e, a parti deles construir categorias
concretas para a superação da Psicologia objetiva. Nesse sentido Bortolanza; Ringel
(2016, p. 1020) nos ressalta que.
Vygotsky ocupou-se das demandas políticas de seu tempo e,
simultaneamente, mergulhou na vida acadêmica para produzir uma
Psicologia de base marxista, que atendesse a criação de um novo
homem, de uma nova sociedade, e de uma nova educação. Foi desse
amálgama que nasceu o que hoje conhecemos como Teoria Histórico-
Cultural.

O significado da Teoria Histórico-Cultural a luz da construção de um novo


homem e de uma nova educação, traz um delineamento para um desenvolvendo

8
O ensino Politécnico aplicado na URSS e exportado para os demais países do antigo bloco socialista era
dividido em três escalões: o inferior, corresponde aos 3 primeiros anos; o médio, englobando 4.°, 5.° e 6.°
anos; e o superior, do 7.° ao 9.° ano. As tarefas essenciais visavam incentivar no aluno a sua consciência
política; criar possibilidades de fazer um auto-estudo; desenvolver no aluno o estímulo para que, por meio
de ensinamento do marxismo-leninismo, complete sua formação politécnica em empresas socialistas,
preparando os alunos para a atividade profissional. Tal concepção se originou em uma época de extrema
falta de mão de obra especializada na intenção do governo de industrializar o país.

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significativo de perspectiva marxista em que a cultura funciona como a alargamento


condutor do processo educacional sinalizando princípios, valores e aspectos de
característica vinculadas a paradigma de vida da sociedade. Dessa forma, Vygotsky viveu
no primeiro país da história a se preocupar com quem não sabia, mas podia desenvolver
soluções para todos os seus problemas (BORTOLANZA; RINGEL, 2016 P. 1034). Esse
pensamento é o mesmo solicitado na BNCC, pertinentes ao desenvolvimento da
aprendizagem integral o que constatamos como aprender para toda a vida.
Para que possamos desenvolver um trabalho a luz dos pensamentos que o
idealizado da Teoria aqui em estudo para a contemplação de nosso trabalho, a cultura e a
história devem esta em congruência criando possibilidades de estudos em nosso caso em
caráter interdisciplinar. Porém, com Vygotsky, isso foi realizado em uma perspectiva
multidisciplinar, refletindo a intelectualidade, por meio da atmosfera do período pós-
revolucionário em seu País, destacando pontos em comum articulação nas artes,
Literatura, cinema e nas Ciências Humanas (GERALDE, 2006 Apud BORTOLANZA;
RINGEL, 2016 P. 1035). Nesse sentido, afirma-se a interdisciplinaridade que buscamos
para a contemplação positiva desse trabalho.
No âmbito de formação escolar, a nossa carta magna, no artigo 210 estabelece
que sejam “fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental de maneira assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacional e regionais”
(BRASIL, 1988). Formar integralmente os discentes é a premissa central da educação do
século XXI, possibilitando o desenvolvimento das multidimensionalidades que envolve
o ser humano em seu cotidiano para a qualificação de vida. Portanto, essa educação
proposta por Vygotsky abraça a realidade cultural do ser humano em caráter
integralizado.
Para termos uma definição de como acontece o processo teórico, Vygotsky
deve ser entendido como alguém que entende o ser humano em um processo dialético um
ser social que esta sempre em contato com o seu meio socialmente dito, transformando e
sendo transformado. Seu novo olhar para a necessidade de novos parâmetros educacional,
justiça que era necessário por meio de sua Teoria pensamento materialista e dialético para
o desenvolvimento do psiquismo (DUARTE, 1996, p. 19). A realidade em que o autor
esta submetido em seu País em reconstrução atrelada aos planos do partido que
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governava, fez com que ele desenvolvesse vários experimentos, pois cada cidadão
depositava toda as suas esperanças para que a reconstrução do País acontecesse de forma
positiva.
“Dessa forma, era fundamental que as pesquisas procurassem a inovação, de
forma a auxiliar o país em sua reconstrução. Isso ajuda a explicar a extensa produção de
material científico, pedagógico e cultural do autor” (BORTOLANZA; RINGEL, 2016 P.
1037). A educação deve a todo instante, pensar em renovação da concepção educação
para o auxílio positivo do futuro educacional da nação, isso justifica, resinificar o conceito
para a emancipação política da sociedade. Como já foi ressaltado, um dos processos
colaborativa da teorização vygotskyana é a possibilidade de diagnostica a educação para
saber como proceder com seus métodos, com o propósito de ampliar a compreensão dos
conceitos encontrados, bem como de possibilitar novas de significações para seu uso.
O autor ao pensar todo o sentido de prática como pesquisador sempre estava
relacionado com a o social. De certa forma hoje não pode ser diferenciada, pois problemas
sociais necessita que várias áreas de conhecimento se relacionem entre se, para que se
possa encontra a solução para o problema, assim a complexidade não se fará presente.
Essa dificuldade em trabalhar com a complexidade, sempre acontece quando se trabalha
em uma perspectiva multidisciplinar. A interdisciplinaridade, vai além das fronteiras
epistemológica, por meio da dialogicidade para fazer vidas sociais se encontrarem.
Centrada nos princípios, valores e aspectos da sociedade a Teoria Histórico-Cultural se
desenvolve categorias marxistas, produto de sua cultura.
O vasto material cientifico publicados por Vygotsky e até mesmo os trabalhos
empíricos que ele desenvolveu no período de reconstrução de seu País, somadas as
práticas revolucionárias, fizeram com que ele se empenhasse cada vez mais para a
consolidação de um novo homem e de uma nova educação por meio do período histórico
em que ele se encontrava. Abraçado os princípios, os conceitos e aspectos de sua realidade
para a transformação de um novo paradigma de vida, elaborou-se uma Pedagogia
simultaneamente com a Psicologia obrigatória no período vivenciado de caráter
transformador na contemporaneidade.
Os princípios, os conceitos e os métodos aprofundados em sua práxis
resultaram na criação da Teoria Histórico-Cultural, apontando
caminhos para a construção de uma educação transformadora na
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atualidade (BORTOLANZA; RINGEL, 2016 P. 1041).

“Nesse sentido, estava cumprindo como anseio de formular categorias


intermediárias que explicasse as leis naturais do organismo e dos produtos superiores da
cultura, da história e do psiquismo humano (ARAÚJO, 2014, p. 36). De grande
significação os trabalhos de Vygotsky vêm sendo usado em ampliação didática
pedagógica fazendo uma articulação dos princípios, valares e aspectos que caracterizam
o campo epistemológico da Teoria Histórico-Cultural. Essa construção acontece no
desenvolvimento das funções mentais superiores que se dão nos relacionamentos social,
positivando aprendizagem, podendo ser indagada como uma sólida ação educativa, que
se adequa a toda época.
Para a promoção de uma aprendizagem integral, a metodologia deve
acontecer em caráter interdisciplinar, conduzindo todos envolvidos no processo
educacional, a uma aprendizagem significativa que servirá para os discentes e até mesmo
docentes para a toda a vida. Nos referimos a essa concepção educacional, pois sabemos
que o processo educacional, deve acontecer de forma plena, o processo deve ser visto
como uma via de mão dupla, com a certeza de que educação tem essa incumbência.
Docente vai, discente vem os dois se encontram dialogam, se conhecem e o processo de
aprendizagem acontece em realidade dialética.
Nesse sentido, o desenvolvimento potencial pode se transformar em real,
fazendo com que os discentes evoluam de um nível para o outro por meio de novas
experiencias. Que lhes vão servir para a resolução de problemas no seu cotidiano, sem
negar o a evolução histórica, cultural e social. O comportamento do ser humano, não esta
separado da educação, seriamos medíocres em pensar que isso se faz realidade, como já
sinalizado: o ser humano é o objeto central de estudos das Ciências Humanas. Afirma-se
em congruência com os pensamentos de Vygotsky, que o comportamento de uma
sociedade se faz princípio fundamental da Teoria em estudo.
O ato de se portar e como isso acontece é cultura que ressalta modos
existentes no meio em que o ser humano esta inserido. Nesse sentido, a Psicologia
Aplicada a Educação, condiciona o aprimoramento dos atos pedagógicos que visa
melhores metodologias eficazes a luz do desenvolvimento cognitivo e das competências
socioemocionais.
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Para isso precisamos ver os discentes de modo integral. Portanto, ressaltamos


que, o foco principal do campo epistemológico da Teoria Histórico-Cultural é
potencializar os seres humanos por meio de sua própria realidade. Em congruência a
Psicologia e a Pedagogia, pois, são áreas de conhecimentos para o bem da sociedade.
Porém, precisamos definir o ser humano, como algo indefinido, sem anular o fator
histórico, seu momento atual pensando no que podemos propiciar de melhor no futuro.
Esse processo tem que ter um olhar refinado, definindo metodologias que abrace fatores
histórico, cultural, social a luz de todos princípios, valores, aspectos caracterizados por
Vygotsky.
A Psicologia e Educação, são áreas de conhecimento que nos propicia a
interdisciplinaridade, tendo suas afinidades em vários aspectos de forma imprescindível
a serem aplicadas visando como objetivo de estudo o ser humano. O delineamento de
estudo dessas áreas de conhecimento, tem como funcionalidade novo paradigma em um
processo dialético. Com Araújo (2014, p. 12) nos ressalta que:
De modo geral, essa necessidade da interdisciplinaridade se aplica a
várias disciplinas das ciências humanas e sociais, no entanto, partindo
da compreensão de que esses dois campos de conhecimento -Psicologia
e a Educação – se voltam para o mesmo objeto de estudo, o sujeito
humano, seus fundamentos epistemológico, teóricos e metodológicos
convergem para as mesmas bases, dentro da diversidade de orientação
a que se filiam, por exemplo, fenomenológica-existencial,
estruturalista, funcionalista, paradigmática, dialética. Assim, é comum
encontrar as intercessões de pesquisas que contemplam essas duas
áreas.

Em congruência com o pensamento do autor a cima citado, nos remetemos a


seguinte conclusão de que: o conhecimento é único, porém, aconteça de forma
frequentada a inter-relação de várias áreas de conhecimento trabalhadas por Vygotsky
para estruturação de sua Teoria nos trás a emcubencia de contextualizarmos o caráter
interdisciplinar da Teoria em estudo.
3. CONCEPÇÃO TEORICA HISTÓRICA-CULTURAL EM CARÁTER
INTERDISCIPLINAR
Com a intenção das intercessões em nosso trabalho nas áreas de
conhecimento, acima citadas tendo necessidade de ressignificar o conceito, propondo-se
em termos mais amplos, nos prontificamos à analisar como é compreendida e aplicada na
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Educação Superior a Teoria Histórico-Cultural. Para amplitude da Psicologia Aplicada a


Educação Musical, ressalta-se que a Teoria campo de pesquisa, se encontra
sistematicamente nas propostas curriculares dos cursos de Psicologia e Educação, porém,
é recente a sua entrada no Brasil, data de 1980. Sua disseminação, aconteceu por meio de
traduções feitos por americanos, com relevância nos estudos do desenvolvimento humano
e nas práticas educativas (ARAÚJO, 2014). Assunto esse que deve ser abordado a segui,
em um breve histórico da Teoria em estudo.
Ao realizarmos várias leituras, pertinente a temática do nosso trabalho,
encontramos um artigo de Silva e Davis que tem por título: Conceitos de Vygotsky no
Brasil: produção divulgada nos Cadernos de Pesquisa, justificando como os conceitos do
autor foram utilizados por pesquisadores da área da Psicologia da Educação “Foram
encontrados 37 artigos, entre 1971 e 2000. A produção foi organizada por década e
analisada por meio de categorias construídas a posteriori” (Silva: Davis, 2004, p. 633).
Não queremos nos aprofundar na pesquisa das autoras citadas nesse momento, para que
não percamos a direção da integralização disciplinar, que a Teoria Histórico-Cultural
propaga ao mundo educacional.
“A família de Vygotsky era muito unida, tendo como interesse comum
história, literatura, teatro e arte.” (VYGOTKAYA, 1995 apud BORTOLANZA; RIGEL,
p. 1023). Realidade essa que caracteriza a interdisciplinaridade no laço familiar. A
integração dos conteúdos disciplinares afins que a Psicologia agrega se sobrepõe a outras
áreas de conhecimento, contribuindo para a interação, não se limitando a uma questão
Biológica e as Ciências sociais. Na verdade, ocultar isso é reduzir toda teorização do
autor. Haja vista que, esse não é a nossa intenção, pelo contrário com esse trabalho
alicerçado nos verdadeiros preceitos dos pensamentos vigotskiano, mostraremos que
nenhuma área de conhecimento é unidisciplinar.
Vygotsky também trabalhou de forma interdisciplinar na construção de sua
Teoria relacionando Sociologia, Neurologia e Filosofia por maio dos pensamentos
marxista (COLE; SCRIBNER apud ARAÚJO, 2014, P. 18). Com a intenção de estudar
em parâmetros científicos, os modos de uma sociedade se organizarem, seus fundamentos
que regem as relações, o autor procurou estruturar uma nova concepção educacional com
amplitude em várias ciências. Nosso trabalho esta voltado a pedagogia musical,
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reportamos a contextualização pensando no processo dialético para a promoção de novas


metodologias as serem propostas que propicie a resposta do problema de caráter cientifico
de nosso estudo. Qualificando a educação básica com uma docência produto da
articulação entre a pós-graduação e graduação, com intuição integrada com outras áreas
de conhecimento.
Isso significa propiciar situações de cuidados, com a construção pedagógica,
fazendo juízo de valor as representações sociais por meio da Psicologia aplicada a
Educação/Pedagogia Musical. Sem negar o fator histórico e cultural, construindo uma
didática clara, com domínio ao que diz respeito a integração disciplinar, junto ao conteúdo
facilitando aprimorar as metodologias, inclusão, criando alternativas para o
desenvolvimento educacional pertinente a temática. Nesse sentido Araújo (2014, p.19)
nos ressalta “Vygotsky é um autor com inserção em muitas áreas de conhecimento, tais
como Arte, Psicologia Educação, Neurologia entre outra”.
Essa afirmação, estrutura nosso pensamento para a conquista do
conhecimento integrado solicitado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
9
homologado em 2017, assim, é imprescindível a interdisciplinaridade . Essa
integralização do conhecimento a ser conquistado, tem que ser para toda a vida
indagando-se como aprendizagem significativa, por meio da prática para a resolução dos
problemas cotidiano. Para melhor compreensão Araújo (2014, p. 23) assim nos reporta.
Somos sabedores de que, quando Vygotsky desenvolveu sua Teoria,
esperava que esta pudesse contribuir de forma significativa na prática,
sobretudo na área educacional. Quando criou uma nova abordagem para
a compreensão da relação entre o desenvolvimento e aprendizagem,
através do conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), ele
atestou explicitamente a sua importância para o uso de meios

9 BNCC: é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de


aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da
Educação Básica. No ensino fundamental de 6ª-9º ano, Música no contexto e prática, pode-se analisar
criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e
circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política,
histórica, econômica, estética e ética. Na elaboração do currículo, é possível explicitar habilidades ligadas
à apreciação de manifestações musicais específicas e a pesquisa sobre o contexto em que ocorreram sua
criação e produção, ampliando a possibilidade dos alunos de estabelecer conexões entre os porquês de cada
manifestação, principalmente as que trabalham questões sociais e culturais. O professor provocador pode
relacionar as apreciações a experiências, propondo fazeres musicais com os instrumentos formais ou
alternativos, existentes na escola ou improvisados. Nesta habilidade, amplia-se o experimentar ao basear a
compreensão de expressar um contexto social. Há oportunidade, também, de estabelecer relação com o
artigo 26-A da Lei 9.394 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que propõe conteúdos referentes à história
e cultura afro-brasileira e indígena nos currículos.
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diagnósticos e educacionais, além de esperar que novas pesquisas fosse


realizada com o propósito de ampliar a compreensão desse conceito,
bem como de possibilitar novas significações para seu uso.

Essa realidade, permite novas investigações, propiciando o avanço teórico


como da prática, dando relevância ao presente trabalho, certos de que uma pesquisa nasce
de outra, essa realidade nos leva a convicção de que não podemos negar a evolução
histórica do ser humano e de seu conhecimento. Estudar Vygotsky, vai além de entender
conceitos, rações e valores que motiva o uso de sua Teoria, justifica-se em construir uma
nova Psicologia Aplicada a Educação, em nosso caso advogamos pela pedagogia musical
em uma perspectiva interdisciplinar. Nesse processo, passamos a contribuir com os
aspectos históricos e culturais para a âmbito da Psicologia Educacional na coletividade,
desconstruindo o individualismo.
“Aqui encontramos o momento divisor entre a Psicologia fundada no
indivíduo e uma Psicologia que compreende o indivíduo se construindo nas e pelas
relações que se dão no âmbito histórico e cultural” (ARAÚJO, 2014, p. 25). Essa
realidade faz com que tenhamos o delineamento que a Teoria em estudo possui vários
conteúdos que nos direciona ao desenvolvimento do cognitivo e das competências
socioemocional dos discentes da educação básica. Porém, ressalta-se que é preciso uma
docência que saiba atuar de forma integral, profissionalismo que esteja cada vez mais
pautada na interdisciplinaridade. Valorizando as Representações Sociais em uma
circunstância educacional.
Os trabalhos desenvolvidos a luz dos pensamentos de Vygotsky, está para
absorver, desenvolver, aplicar, e difundir conhecimentos por meio de aspectos histórico,
artístico, estético, social, cultural, cognitivo e emocional. Com base nos conceitos da
Teoria sinalizada. Para relevâncias cientifica, citamos a interdisciplinaridade como
diretrizes norteadoras das práticas acadêmicas das instituições educacional. Conduzindo
a uma formação solida, promovendo articulação da Pós-graduação à educação básica,
diálogo com a comunidade entre outros.
Essa articulação acima citada, a luz de uma docência preparada, nos dar
horizontes plausíveis para a conquista de nossa objetividade em estudo, que são propostas
de metodologias voltadas ao desenvolvimento cognitivo e das competências
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socioemocionais dos discentes da educação básica. Sabemos que os discentes, é um ser


ativo que pode transformar sua história, com uma docência mediadora envolvida com a
integralização dos discente (corpo e mente) e que por meio do fazer é que se aprende e se
desenvolve, é nessa perspectiva que chegaremos ao ideal de nossa responsabilidade com
esse trabalho.
Para isso, devemos seguirmos empenhados comungando da mesma ideia,
fazendo com que a concepção de todos fundamentos, razões, valores e conceitos da
teorização do autor em estudo, brote sempre do coração de forma ressignificada.
Legitimando relevância a temática desse trabalho, (ARAÚJO, 2014, p. 26) nos afirma
que se empenhou para estudar a Teoria em evidencia, partiu do pressuposto de que seus
conteúdos são de grande importância para o desenvolvimento do processo de
aprendizagem humana contemplando melhor o processo educacional. Vygotsky é um
teórico diferenciado na Psicologia quanto na educação, trazendo uma nova concepção do
ser humano não visto como a Psicologia tradicional olhava.
Nesse sentido, as relações histórica, cultural e social que se fazem aspectos
positivos de compreensão para a construção do fenômeno social “O ser humano”. São
fundamentos estruturantes para o desenvolvimento de toda e qual atividade educacional,
propiciada a luz da Teoria Histórico-Cultural em caráter interdisciplinar, responsabilidade
desse trabalho. Sem negar o fator histórico (passado), e o momento de cada época sinaliza,
a cultura em construção. A estruturação dessas duas realidades necessita de forma
imprescindível da sociabilidade somos seres humanos que transformamos a nossa
realidade, partindo de princípio que devemos valorizarmos o que fazemos como conteúdo
de Ciência o que se indaga como Ciências Humanas (CH)10.
Haja vista que, sua idealização é um conjunto de conhecimentos que tem
como objetivo o estudo para uma nova concepção educacional que parte do homem para

10
As ciências humanas são um conjunto de conhecimentos que tem como objetivo o estudo do homem
como ser social. Também chamadas de humanidades, elas reúnem criteriosamente conhecimentos
organizados sobre a produção criativa humana e do conhecimento, realizadas a partir de discursos
específicos. Seu objetivo é desvendar as complexidades da sociedade, suas criações e pensamentos. É
importante ter em mente que em todos os lugares, os seres humanos estabelecem relações uns com os
outros, sejam elas de amizade, afeto ou poder. As ciências humanas buscam compreender como estas
relações se formam e de que maneira elas vão se estabelecendo ao longo do tempo.

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ele como um novo ser social, fruto desse processo. É um ato humanístico, pois elas
reúnem criteriosamente conhecimentos que condiciona a produção de criatividade,
afetividade humana, nos valorizando de forma diferenciada, se realiza a partir de
discursos específicos tendo o ser humano como centro. Seu objetivo é desvendar as
complexidades da sociedade, suas criações e pensamentos, tendo como eixos os fatores
históricos, cultural e social.
Todo processo educacional, tem que ter afeto entre docente e discente, relação
essa que deve sempre se passar para que a significação daquilo que esta apreendendo,
com a certeza que nos sirva para a toda a vida. Nos dando capacidade de resolvermos
nossos problemas cotidiano, visando uma sociedade harmônica, plena com sua realidade.
Plenitude, e ter certeza que estamos em estado de inteireza, integralizado, completo no
ato de envolvimento, integridade sem sofremos qualquer diminuição. Diante de tudo que
foi contextualizado pertinente a conceituação da Teorização de Vygotsky, sem sombra de
dúvidas, todo e qualquer trabalho que não está ancorado em uma perspectiva
interdisciplinar está fora de contexto com os pensamentos do autor.
O estudo à que se propõem esse trabalho é visto como mediação de aquisição
de conhecimento articulado, advindo das interações que se estabelecem entre o indivíduo
que aprende e outros mediadores de uma dada cultura, ou sejam, pais, professores e
circunstanciados de vários outros que ocupam lugar de importância no processo de
construção do conhecimento (BRANDI, 2009). Nesse sentido, afetividade é de grande
importância para que a mediação seja significativa. A formação docente deve sempre que
esta sendo trabalhada, para que possamos ter mediação disciplinar que propicie
conhecimento para a vida inteira de forma integrada. Para que tenhamos uma
progressividade relevante ao nosso trabalho, dissertaremos reflexões didático-
metodológica relevante a formação docente no contexto interdisciplinar a luz da teoria.
3.1 Reflexões didático-metodológica, a luz da Teoria, relevante a formação
docente, no contexto interdisciplinar para lidar com os desafios na educação
básica.
A complexidade educacional, tem se feito tema central de vários eventos
científicos, a nossa responsabilidade para com o nosso trabalho volta-se a formação
docente por meio de aspectos espontâneo e científicos em relação a prática educacional e
teoria. Essa concepção volta-se a interrelação dos princípios, valores e aspectos da teoria
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Histórico-cultural, para tanto, a interação para se trabalha a luz dos pensamentos de


Vygotsky, precisa ser de consciência da instituição educacional certo de que sua função
se centra em um momento histórico, têm por emcubencia dar respostas a sociedade a qual
está inserida. “Nesse sentido, ela nunca é neutra, mas sempre ideológica e politicamente
comprometida. Por isso, cumpre uma função específica”, e tem sua função política”
(CEREZUELA e MORI, 2015).
Em correlatos contemporâneo, procuraremos mostrar a importância da escola e
da formação docente para a emancipação dos seres humanos por meio da educação musical
a luz da teoria Histórico-cultural. Sabemos que os três objetivos da nossa Constituição Federal
(CF) é: o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o mundo do trabalho (BRASIL, 1988). Estando em congruência a Lei
de Diretrizes e Base da Educação Nacional Brasileira (LDBEN) (BRASIL, 1996). Pensar em
um delineamento de pesquisa cientifica sem significado é pensar em algo no vazio, sem
construção para a transformação da sociedade em parâmetros positivo.
Como sabemos que todo processo educacional está embasado em uma
fundamentação teórica, ao nosso entender a emancipação do ser humano em aspectos
histórico, cultural e social, para tanto, é preciso de uma mediação docente saiba interligar os
saberes existentes nos aspectos supracitados. Portanto, trabalhamos com base nesse campo
de pesquisa ao qual se faz o tema em tela, para evidenciarmos que à docência deve exercer
na contemporaneidade suas metodologias pensando em uma nova sociedade, por meio de
uma nova concepção pedagógica com pensou Vygotsky.
Vygotsky, pensou que o ambiente ao qual o ser humano esta inserido, se faz
de grande relevância para o seu desenvolvimento de forma ativa, assim, a educação
socioemocional processo em que por meio dele os discente aprendem, dentro do currículo
escolar, a refletir e efetivamente aplicar conhecimentos, atitudes e competências
necessárias ao longo da vida escolar. E sabemos que ancorado nesse pensamento
pedagógico e favorecido um ambiente escolar, que constitui um ser humano mais empático,
autoconfiante, autoresponsável, comprometidos, participativos, conectado com o ambiente
em que se encontra. Ao estarmos comprometido em desenvolver comportamentos
significativos.
Nesse sentido, a docência mediada com essa consciência auxilia de forma efetiva
a formação dos discentes, formando adultos mais fortes emocionalmente, mais preparados
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para a vida. Nesse sentido, ressalta-se que o ensino-aprendizagem foi e é propicio para a vida
inteira, lhes dando condição para a resolução de problemas em nossa contemporaneidade.
Partindo dessa realidade, contribuímos, a cima de tudo, na construção de uma sociedade
diferente com atitudes significativa, protagonistas de suas próprias histórias,
comportamental e social. Para Vygotsky o ser humano precisa da coletividade, pois ele é
histórico e social e a sua aprendizagem e desenvolvimento se processa por meio da inter-
relação (CEREZUELA e MORI, 2015).
Através do verdadeiro conceito da ZDP é que deve atuar à docência, de forma
colaborativa construindo processos que estão amadurecendo nos discentes. Não basta
submete-los a condições ideais de estudo e exercício e esperar que ele faça seu próprio
caminho; a docência deve procurar interferir sempre que necessário para elevação da
qualidade da aprendizagem. Haja vista que, ancorado nos pensamentos freiriano
afirmamos que não existe ensino, se não tiver aprendizagem assim, “a mediação do
professor é imprescindível, pois o sujeito não se apropria do significado apenas por estar
inserido em ambientes propícios, sejam eles alfabetizadores, letrados ou científicos”
(GALUCH, SFORNI, 2009, p. 123).
A luz da Psicologia Aplicada a Educação, sabemos que o ser humano é
socialmente transformado e nasce pela necessidade da coletividade e da sobrevivência,
isso nos imputa a elaboração de instrumentos dando progressividade ao fator histórico.
Portanto, na atuação docente reflexões ditatico-metodologica para que possamos ter
consistência em nosso cotidiano se faz imprescindível, assim, esse trabalho se estabeleci
essencialmente na coletividade. É por meio da linguagem, ou seja, da dialogicidade em
que o ato educacional acontece, para sabemos como melhor mediar nossas práticas
associada a teoria precisamos conhecer os nosso discentes. Haja vista que, a linguagem
comunicativa, antes de tudo é meio social.
Ancorado nesse pensamento compreendemos que cada ser humano se
comunica do seu modo em que possa ser entendido tendo um significado para como
elaborarmos as nossa metodologias de forma eficaz sempre refletindo de forma
significativa para que os discentes se aproximem compreendendo o conteúdo anunciado
sem esquecer que essa aprendizagem deve ser em caráter integral por meio da
interdisciplinaridade. Mesmo que as vivencias de cada discentes seja individuais e

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diferentes, a comunicação com os discentes ajuda-nos a resolver várias questões práticas


que estão relacionadas ao cotidiano escola, para isso as reflexões depois da dialogicidade
se faz necessárias.
Vygotsky e Luria (1996) sinalizam que o estudo da linguagem
apresenta uma enorme significação pedagógica, porque esse estudo e
esse entendimento podem ajudar a resolver uma série de questões
práticas relacionadas ao cotidiano escolar, da criação e da educação das
crianças. Dessa maneira, podemos inferir que se a linguagem
desempenha um papel decisivo no pensamento, e se por qualquer
motivo as duas funções da linguagem não forem apropriadas pela
criança podemos comprometer o desempenho social e intelectual de sua
fase educacional (VYGOTSKY e LURIA, 1996, apud, CEREZUELA
e MORI, 2015, p. 1258-1259).

O ato educativo sempre vai ser de produção, cada ser humano leva em se sua
singularidade e través dela transforma o mundo em coletividade justificando-se
historicamente, é pelo pedagógico em nós compreendemos que nos reconstruímos
humanizadamente. A educação esta em todos os lugar, porém, em uma concepção formal
só entramos nas instituições educacional. Estamos no processo aprendizagem constante,
reconstrução, ou seja, somos inacabados, isso nos diferencias dos outros animais. “Ele
precisa aprender a ser homem. Esse processo de hominização vincula-se à organização
social (todas as instâncias sociais educam). Já o processo de humanização vincula-se ao
processo dialético entre o homem e a cultura” (CEREZUELA e MORI, 2015, p. 1261).
Saviani ao analisar as teorias educacional, classifica-as e três sendo eles:
teoria não-crítica da educação; teorias crítico-reprodutivistas; e, teoria crítica da educação
(CEREZUELA e MORI, 2015). Não iremos mostra o delineamento das duas primeiras
ressaltadas pelo o autor citado. Porém, percebe-se que a teoria Histórico-cultural esta em
congruência com a teoria crítica da educação.
O terceiro grupo, por sua vez, revela segundo Saviani (2003) a teoria
histórico-crítica que explica a educação como um processo intencional
e sistematizado de transmissão de conteúdos e de conhecimentos
científicos que foram produzidos pela história da humanidade.
Apresenta como ponto inicial a prática social, e se desenvolve pela
problematização, instrumentalização, e catarse, e retorna na prática
social, constituindo-se como um novo ponto de partida (CEREZUELA
e MORI, 2015, p. 1262).

É por meio do trabalho educativo que existe a possibilidade da formação de


intelectuais, certo de que o desenvolvimento cognitivo humano, portanto, é entendido, na
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Psicologia Sócio-Histórica de Vygotsky, como um processo de aquisição cultural, e os


níveis psíquico, são desenvolvidos do externo ao social para depois serem apropriada e
interiorizadas por meio da mediação no diálogo. A docência tem por obrigação de
desenvolver suas práticas em prol do resgate significativo da educação, e da relação com
o trabalho de emancipação política. As reflexões ditatico-metodologica ampliar os
caminhos para que possamos melhor desenvolver o intelectual dos nossos discentes
transmitindo cultura, instrumentalização social.
A psicopedagogia de Vygotsky, relacionada com a área da educação musical
é de grande suporte teórico para fundamentar as práticas musical educacional,
justificando cada vez mais a importância da Música em toda educação básica. Podenda
ser trabalhada com os métodos ativos (BENEDETTI e KERR, 2009). O ensino tem que
ser sistematizado, progressivo e intencional para garantir o desenvolvimento de todas
possibilidades do vim a ser criança se referencia a educação infantil. Precisamos fazer
com os nossos discente possam se desenvolver criando e recriando, justificando
aprendizagem significativa para toda a vida junto ao conteúdo anunciado. Relembrando
que devemos estarmos ancorado no verdadeiro conceito de ZDP já apresentado
anteriormente. Nesse sentido, Benedetti e Kerr (2009, p. 83) Assim nos reporta.
Por isso, a educação formal deveria ter como meta conhecer as
especificidades da ZDP de cada aluno para poder agir sobre ela,
potencializando seu aprendizado/desenvolvimento. Daí a importância
que Vigótski atribuía à educação formal/escolar/sistematizada.
Segundo ele, embora toda criança possua sua bagagem própria de
aprendizagens e conhecimentos espontâneos/cotidianos – os quais, por
sinal, devem ser o ponto de partida de todo processo educativo
sistematizado – são as situações formais/organizadas de ensino as que
melhor podem agir na ZDP dos alunos, impulsionando seu
desenvolvimento.

Sabemos que existe aprendizagem de musical no cotidiano de várias


maneiras e em nosso caso no seguimento formal, para tanto, aprender é o principal fato
de desenvolvimento humano. Considerando as aprendizagens como o principal fator de
desenvolvimento humano, “Vigótski fazia uma distinção entre aprendizagens e
conhecimentos espontâneos/cotidianos e os formais” (BENEDETTI e KERR, 2009, p.
84). O estudo forma e sistematizado de ensino-aprendizagem, por meio da ZDP tem mais
condições de promover o desenvolvimento. Lecionar requer inovar e isso acontece por
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meio do criar e recriar, para tanto, refletir nos leva ao novo.


Apresenta algumas reflexões ditatico-metodologica que devemos fazer
pertinente a formação docente a luz das teoria Histórico-cultural. Pretendemos discutir
para apresentar propostas a serem aplicadas na educação básica por meio de toda a
contextualização até agora apresentada para fundamentação das práticas educacional,
dando credibilidade a Psicologia Aplicada a Educação musical no próximo capitulo.
Certo de que Música é um componente curricular obrigatório na educação básica, sendo
mais uma possibilidade enriquecendo as práticas para o desenvolvimento humano. Não
sendo trabalhada como recreação e para animar datas comemorativas, mas sai como
ciência.

4. PROPOSTAS DE ATIVIDADES A SEREM APLICADAS NA EDUCAÇÃO


BÁSICA, QUE PROPICIA O DESENVOLVIMENTO DAS
COMPENTENCIAS SOCIOEMOCIONAIS EM CARATER
INTERDISCIPLINAR.

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