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agrícola
comum
A história continua
ANOS
de Política Agrícola Comum
Preparados para o futuro
UMA PARCERIA ENTRE A EURO PA E OS AGRICULTORES
Agricultura e
Desenvolvimento
Rural
Europe Direct é um serviço que responde
às suas perguntas sobre a União Europeia
ISBN 978-92-79-23277-0
doi:10.2762/36576
Printed in Belgium
Cinquenta anos de
história viva
Em 2012 assinala-se o 50.º Esta parceria foi progredindo Desempenham ainda um papel
aniversário da implementação com o tempo. A PAC atravessou central na revitalização das zonas
da política agrícola comum (PAC), três períodos principais: levou a rurais e da economia rural.
uma pedra angular da integração Europa da escassez alimentar
europeia, que proporcionou aos à abundância, foi alterada Atualmente, esta política é de
cidadãos europeus cinco décadas e adaptada para fazer face novo objeto de reforma. O objetivo
de abastecimento seguro de a novos desafios ligados à é reforçar a competitividade e a
produtos alimentares e um meio sustentabilidade e ao ambiente e sustentabilidade da agricultura
rural vivo. alargou o papel dos agricultores no e das zonas rurais em todo o
desenvolvimento rural para além território da União Europeia. A
A PAC foi criada para proporcionar da mera produção alimentar. nova política dá resposta aos
aos cidadãos da União Europeia desafios económicos, ambientais
alimentos a preços acessíveis e Desde a criação da PAC foram já e territoriais que a Europa enfrenta
garantir um nível de vida equitativo três as gerações de agricultores neste momento.
aos agricultores. Passados que se dedicaram ao cultivo da
cinquenta anos, estes objetivos terra e à criação dos seus animais.
mantêm-se válidos. Ao longo dos Esta é também a sua história. Para
anos, a União Europeia adaptou a além de alimentar um continente,
PAC às necessidades em constante os agricultores passam agora
mudança da sociedade. Esta é a a atuar em nome de todos, na
história de uma parceria dinâmica preservação do meio rural e
entre os agricultores e a Europa. dos nossos recursos naturais.
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A p o l í t i c a a g r í c o l a c o m u m — A h i s t ó r i a c o n t i n u a
Marcos na história da
política agrícola comum
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A p o l í t i c a a g r í c o l a c o m u m — A h i s t ó r i a c o n t i n u a
1957 Seis países da Europa Ocidental celebram o Tratado de Roma, que institui a Comunidade
Económica Europeia (precursora da atual União Europeia). A PAC é prevista como uma
política comum com os objetivos de proporcionar aos cidadãos da União Europeia alimentos
a preços acessíveis e garantir um nível de vida equitativo aos agricultores.
1962 Nasce a política agrícola comum (PAC)! O objetivo fundamental desta política consiste em
assegurar bons preços aos agricultores. A cada ano que passa, os agricultores produzem mais
alimentos. As prateleiras das lojas estão cheias de géneros alimentares a preços acessíveis.
Foi cumprido o primeiro objetivo: a segurança alimentar.
Anos 1970-1980 Gestão do abastecimento. Os empreendimentos agrícolas são tão produtivos que os
alimentos excedem as necessidades. Os excedentes são armazenados e geram «montanhas»
de produtos alimentares. São introduzidas medidas específicas para adaptar a produção às
necessidades do mercado.
1992 A PAC passa de um apoio ao mercado a um apoio ao produtor. O apoio aos preços
é escalonado e substituído por pagamentos diretos de auxílios aos agricultores. Estes são
estimulados a ser mais amigos do ambiente. Esta reforma coincide com a Cimeira da Terra,
realizada no Rio de Janeiro em 1992, que lança o princípio do desenvolvimento sustentável.
Meados dos anos A PAC passa a centrar-se mais na qualidade dos alimentos. A política introduz medidas
1990 novas para apoiar o investimento nas explorações agrícolas, formação, melhor processamento
e marketing. São dados passos com vista à proteção dos produtos alimentares regionais
e tradicionais. Foi implementada a primeira legislação europeia em matéria de agricultura
biológica.
2003 Uma reforma da PAC suprime o vínculo existente entre subvenções e produção.
Os agricultores estão mais orientados para o mercado e, atendendo aos condicionalismos
específicos impostos à agricultura europeia, beneficiam de auxílios ao rendimento. São
obrigados a respeitar normas específicas em matéria de ambiente, bem-estar animal e
segurança alimentar.
Meados dos anos A PAC abre-se ao mundo. A União Europeia torna-se o maior importador mundial de produtos
2000 agrícolas oriundos de países em vias de desenvolvimento, com um volume de importações
superior ao da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão, em conjunto. Ao abrigo do acordo
«Tudo exceto armas», a União Europeia deu assim livre acesso ao mercado a todos os países
menos desenvolvidos. Nenhum outro país desenvolvido dá esse nível de abertura, compromisso
e acesso real ao mercado a agricultores de países em vias de desenvolvimento.
2011 Negociações para uma nova reforma da PAC destinada a reforçar a competitividade
económica e ecológica do setor agrícola, promover a inovação, combater as alterações
climáticas e apoiar o emprego e o crescimento nas zonas rurais.
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A p o l í t i c a a g r í c o l a c o m u m — A h i s t ó r i a c o n t i n u a
Qualidade para os
cidadãos e equidade
para os agricultores
Em 1957, seis países fundam a Comunidade Económica Europeia (CEE) (precursora da União Europeia).
Desde a sua criação em 1962, a PAC começa a restaurar a capacidade de autossuficiência alimentar
da Europa. Contudo «muito» torna-se «demasiado», resultando daí excedentes. Nos anos 80 do
século XX são introduzidas medidas de controlo da produção. A PAC volta a centrar-se na qualidade,
segurança e acessibilidade dos produtos alimentares, bem como em tornar-se mais ecológica, mais
justa e mais eficiente. O papel da União Europeia enquanto maior exportador de produtos agrícolas
do mundo confere-lhe responsabilidades adicionais.
O Tratado de Roma permitir que a Europa voltasse a alimentares básicos até grande
passar pela situação de fome e parte da década de 1950 do
A União Europeia foi construída a privação do pós-guerra. Embora século passado. Hoje, é difícil de
partir dos despojos e devastação tenha havido um alívio das ruturas, acreditar, mas era esta a realidade
da guerra. Os seis países que em alguns países da Europa quotidiana de muitos dos nossos
assinaram o Tratado de Roma em Ocidental continuou a verificar-se pais e avós.
1957 comprometeram-se a não o racionamento de alguns produtos
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A p o l í t i c a a g r í c o l a c o m u m — A h i s t ó r i a c o n t i n u a
Um modelo a seguir
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A p o l í t i c a a g r í c o l a c o m u m — A h i s t ó r i a c o n t i n u a
Gestão do abastecimento
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Aposta na qualidade
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A p o l í t i c a a g r í c o l a c o m u m — A h i s t ó r i a c o n t i n u a
Os custos da PAC
Por ser uma política comum integrada, a
PAC é financiada através do orçamento
anual da União Europeia. Por seu lado,
outras políticas como a educação e a saúde
são financiadas, em grande medida, pelos
governos nacionais dos Estados-Membros
da União Europeia. Quando foi lançada há
50 anos, a PAC representava a maior rubrica
de um orçamento comunitário extremamente
reduzido. Atualmente, a despesa anual com a
agricultura e o desenvolvimento rural ascende
a aproximadamente 55 mil milhões de euros,
cerca de 45 % do orçamento total da União
Europeia. A despesa com a PAC atingiu um pico
de 72 % do orçamento da União Europeia em
1984 e tem vindo a descer constantemente
desde então. Tudo indica que esta tendência
de descida se irá manter.
Desenvolvimento rural
60
Ajuda dissociada
50
Ajuda associada
40
utras medidas
O
de mercado
30
estituições
R
20
à exportação
10
0
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
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A p o l í t i c a a g r í c o l a c o m u m — A h i s t ó r i a c o n t i n u a
Gestão responsável
e sustentável
dos recursos naturais
Um enorme pacote de reformas da PAC em 1992 exige que os agricultores assumam responsabilidade
pela proteção do ambiente e pela sustentabilidade da agricultura. Os agricultores fornecem a todos
nós bens públicos como a manutenção de belas paisagens e a conservação do nosso património
rural. Os agricultores estão na linha da frente do combate às alterações climáticas. Contam também
com tecnologias de apoio à ecologia e de reforço da sua competitividade.
Com a previsão do aumento em 40 % das necessidades alimentares a nível global até 2050, a Europa precisa
de produzir mais, mas não a qualquer preço. A reforma de 1992 atribuiu aos agricultores a responsabilidade
de velarem pelo meio natural e sua biodiversidade, bem como de gerirem de forma prudente os nossos
recursos naturais, solo, ar e água. Isso traduzir-se-ia em medidas práticas como a diversificação das colheitas,
a manutenção de pastagens permanentes e uma produção menos intensiva.
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O desafio da agricultura
sustentável
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Agricultores e
alterações climáticas
Ciência e tecnologia
60°N
60°N
50°N
50°N
40°N
40°N
Fonte: DG Agricultura e Desenvolvimento Rural, com base em relatórios da Agência Europeia do Ambiente
e em estudos do CCI e de universidades dos Estados-Membros.
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Espaço rural
e economia vibrantes
Os agricultores sempre foram elementos fundamentais do espaço rural, contribuindo de forma
significativa para as economias locais. Em 2000, o desenvolvimento rural passou a ser parte
integrante da PAC. O enfoque reside no desenvolvimento económico, social e cultural do território
rural da União Europeia. O que está em causa é a sobrevivência do meio rural enquanto contexto
de vida, profissional e de lazer.
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Um futuro
para os jovens agricultores
O agricultor apoiadas pela PAC, como lojas agrícolas, de da Europa locais de recreação e lazer
como empreendedor artesanato e atividades culturais ou projetos por excelência. As férias em meios rurais
de revitalização de aldeias e infraestruturas possibilitam aos citadinos a recuperação
A atual PAC encoraja expressamente os rurais, e criação de empregos locais que de tradições rurais perdidas, tais como
agricultores a tornarem-se empreendedores, não têm de estar diretamente ligados um ambiente puro e alimentos frescos
vendendo os seus produtos diretamente ao à agricultura. diretamente do produtor. Muitas explorações
mercado e dando resposta aos sinais de agrícolas oferecem estruturas de alojamento
oferta e de procura. Estes poderão decidir O espaço rural pertence familiar confortáveis em celeiros reabilitados,
livremente o que produzir, com base num a todos: turismo rural bem como uma série de atividades ligadas
plano de negócio próprio e naquilo que à exploração.
consideram que os consumidores irão A sua enorme diversidade e extrema beleza
comprar. Poderão iniciar novas atividades, fazem da paisagem natural e zonas rurais
2000 2007
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Comissão Europeia
2012 — 20 p. — 21 cm x 29.7 cm
ISBN 978-92-79-23277-0
doi:10.2762/36576
KF-31-12-548-PT-C
Comissão Europeia
Direção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural
http://ec.europa.eu/agriculture/50-years-of-cap
doi:10.2762/36576