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Poços de Caldas
2019
Gabriel do Nascimento Xavier
Poços de Caldas
2019
A todas as pequenas e médias cidades do Sul
de Minas que sonham com um possível desenvolvi-
mento sustentável desse território. (POZZER, 2018)
AGRADECIMENTOS
(BRANDANI, 2019)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 22
1.1. Objetivos ................................................................................................ 24
1.1.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 24
1.1.2 Objetivos Específicos............................................................................. 24
1.2. Justificativa ............................................................................................ 25
1.3. Metodologia ............................................................................................ 28
REFERÊNCIAS.............................................................................................. 154
1 INTRODUÇÃO
1.1. Objetivos
1.2. Justificativa
cidade que escoam para o leito do rio, ocasionando problemas como inunda-
ções e erosões. (JAIRO,2019)
Atualmente os problemas relacionados às inundações se tornam cada
vez mais constantes, devido à impermeabilização e ocupação da área de vár-
zea do rio, diminuindo a resiliência dessas áreas de vulnerabilidade ambiental.
O relato mais recente sobre esses agravamentos é de 21 de fevereiro de 2019
de acordo com o jornal G1 Sul de Minas (2019), uma forte chuva no final da
tarde deixou as ruas alagadas em Borda da Mata, deixando as ruas do centro e
os bairros no limite com a zona rural debaixo d’água. Não havendo pessoas
feridas, mas sim imóveis desapropriados e pessoas desabrigadas. (Figura 02)
(Figura 03)
Figura 3 - Fotos aéreas das inundações nas margens do Rio Mandu em Borda da Mata
(MG) e a urbanização já ocupando e agravando essas áreas.
1.3. Metodologia
2 ECOLOGIA URBANA
Já os Sites apresentam-se como áreas menores que os Hubs, que não se inte-
gram ao sistema regional de conservação, mas tem contribuição ecológica e
social importante em escala local, protegendo o meio ambiente e proporcio-
nando espaços verdes de recreação para toda população. (BENEDICT, MAC-
MAHOM, 2006). (Figura 8)
tes elementos urbanos, como lotes, calçadas, ruas e pequenas praças através
do pensamento da multifuncionalidade.
O planejamento urbano e o desenho ambiental possibilitam a sobreposi-
ção de conceitos e técnicas ao incorporar princípios e técnicas com capacidade
de respostas adequadas aos efeitos decorrentes das deficiências do sistema
de drenagem. (HERZOG, 2013)
I - JARDIM DE CHUVA
II – BIOVALETA
IV - BACIA DE FILTRAÇÃO
VI - VEGETAÇÃO RIPÁRIA
Figura 20 - Quadro infográfico das tipologias LID, categorizada por tipologias mecânicas
e biológicas e o seu tipo de função.
3 REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Figura 25 - Parque Salburuna, marcado por sua paisagem lúdica é constituído por áreas
verde-úmida com grande diversidade de fauna e flora, onde encontra se diversos miran-
tes para a contemplação da paisagem, Espanha
Figura 27 - Parque Zadorra, assim chamado pois acompanha todo os trechos do Rio
Zadorra, oferecendo áreas verde para recuperação da mata-ciliar e também hortas
urbanas para população, Espanha
Figura 28 - Parque Errekaleor, serve como uma ligação entre outros parques e marca a
fronteira com a cidade de Llanada Alavesa, Espanha
Uma vez que a rede de parque estiver concluída, o Cinturão Verde será
composto por uma série contínua de espaços verdes para pedestres e ciclistas.
O cinturão oferece ambientes diversificados, como uma imensa riqueza de re-
cursos naturais. Florestas, rios zonas úmidas, prados, campos, bosques e se-
des são alguns dos ecossistemas que coexistem nas áreas periféricas da cida-
de. Alguns deles ganharam reconhecimento a nível internacional, pelo seu ele-
vado valor ambiental, como é o caso das zonas úmidas restauradas de Salbu-
rua ou do ecossistema do rio Zadorra. (SANTOS, 2016)
Do ponto de vista público e social, o Cinturão Verde oferece uma infini-
dade de oportunidades para caminhadas, lazer, para conectar-se com a natu-
reza. Além disso, está se tornando um local ideal para atividades e iniciativas
educacionais, destinadas a aumentar a sensibilização do público para as ques-
tões ambientais.
Localizado a uma curta distância do centro da cidade, os parques são
facilmente acessíveis a pé ou de bicicleta através de uma série de vias urbanas
recentemente concluídas.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/883041/intervencao-urbana-transforma-margem-do-rio-
em-area-de-convivio-publico-em-madri| Acesso 02/05/2019
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/883041/intervencao-urbana-transforma-margem-do-rio-
em-area-de-convivio-publico-em-madri| Acesso 02/05/2019
Figura 31 - Rio Mazanares com parque linear já implantando em suas margens, Espanha
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/883041/intervencao-urbana-transforma-margem-do-rio-
em-area-de-convivio-publico-em-madri | Acesso 02/05/2019
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Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-
pessoa-arquitetos | Acesso 02/05/2019
Em 2004 e 2010, não houve obras, foi o tempo necessário para regulari-
zação dos lotes, validação do direito e propriedade pela prefeitura, obtenção
das licenças ambientais e captação de verba para a reurbanização e habita-
ções". (ARRUDA, 2019)
O projeto foi realizado pelo escritório Base 3 Arquitetos. Inicialmente,
previa a remoção somente das famílias que se encontravam em área de risco e
nas áreas proibidas de construir na margem do córrego (Figura 38). Entretanto,
foram necessários obras para a instalação de infraestrutura, redes de água,
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esgoto e energia, e também um sistema viário com duas novas ruas que ligas-
se a favela de um lado a outro (Figura 39). E, por último, para a construção das
novas unidades habitacionais foram necessários glebas livres de terreno (Figu-
ra 40). Portanto, ao final do projeto, 1 177 unidades tiveram que ser removidas
e realocadas para as novas construções no mesmo local.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-
pessoa-arquitetos | Acesso 02/05/2019
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-
pessoa-arquitetos | Acesso 02/05/2019
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Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-
pessoa-arquitetos | Acesso 02/05/2019
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-
pessoa-arquitetos | Acesso 02/05/2019
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-
pessoa-arquitetos | Acesso 02/05/2019
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Figura 44 - Integração da população por meio de um deck de madeira, que integra o pro-
grama de atividades do parque.
Figura 46 - Nucleação programático dentro do parque, apresentando quatro núcleos, com a dispo-
sição das atividades socioeconômicas dentro da intervenção.
4.1. Histórico
5 ESCALA MACRO
5.1. O município
Figura 55 - Mapa da nova Villa Viçosa em Portugal, 1769, bem retratado o modelo reticu-
lado ortogonal proposto pelos portugueses com diversas praças compondo sua estrutu-
ra urbana. Modelo também utilizado para a fundação das vilas do século XVIII no Brasil.
Figura 56 - Evolução urbana, 1900 - 1921 Figura 57 - Evolução urbana, 1921 - 1940
Figura 58 - Evolução urbana, 1941 - 1960 Figura 59 - Evolução urbana, 1961 - 1980
Figura 60 - Evolução urbana, 1981 - 2000 Figura 61 - Evolução urbana, 2000 - 2019
5.3.2 Hidrografia
O órgão federal ANA (2016), propõe metas a serem atingidas até 2035 (Figura
71), para melhorar a gestão das águas urbanas referente ao tratamento de es-
goto. Como o aumento do sistema a sua eficiência máxima, impedindo o des-
carte de efluentes em outros córregos que não recebem tratamento; a imple-
mentação de novos equipamentos para complementar o sistema, bem como a
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em Borda da Mata
5.3.3 Subsolo
Homogênea – D
Dissecação fluvial, caracterizada predominantemente por colinas,
morros e interflúvios tabulares. No modelado de dissecação homogênea,
observam-se diversos tipos de padrões de drenagem, com predominân-
cia de dendrítico, cujos canais não obedecem a uma direção preferenci-
al.
Estrutural – DEc
Dissecação fluvial, marcada por evidente controle estrutural, em
rochas muito deformadas, caracterizada por inúmeras cristas, vales e
sulcos estruturais. As formas de topos convexos (c) são caracterizadas
por vales bem-definidos e vertentes de declividades variadas, entalha-
das por sulcos e cabeceiras de drenagem com predominância do padrão
dendrítico.
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5.3.4 Relevo
Fonte: pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/minas-gerais/borda-da-mata/
Acesso 04/05/2019
Figura 77 - Recorte da Escala Macro, dentro do mapa síntese em Borda da Mata - MG.
Os Sites são áreas menores que os Hubs, pois não se integram ao sis-
tema de conservação, mas tem contribuição importante na resiliência urbana
em escala local. Tendo mais apelo social, foram utilizados espaços com equi-
pamentos e áreas públicas, como: estádio municipal, poliesportiva, escolas,
creches, hospitais entre outros. Áreas que muitas vezes se encontram degra-
das e abandonadas pelo poder público, servindo também como agente revitali-
zador, utilizados para a implementação dos dispositivos de grande porte dentro
do sistema e dando um uso mais qualificado para a população.
(Figura 83) (Figura 84)
IV - SISTEMA VIÁRIO
Dentro dos espaços públicos, é necessário construir uma política de pla-
nejamento urbano que inclua no projeto os dispositivos listados, consolidando
um pensamento de desenvolvimento sustentável.
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V - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
As unidades de conservação correspondem a base de todo o sistema,
são propostas partindo da recuperação de em seu estado natural, servindo
como principal corpo receptor das águas por estar sempre apoiado a um rio.
Tem como programa atividades de lazer ativo de passivo de baixo impacto,
servindo como infraestrutura de lazer para população. Bem como são implan-
tados os dispositivos de maior escala em que necessitam de agentes naturais
como: bacia de filtragem, wetlands, buffer ripário e caminho de filtragem.
do rio, o que pode ser auxiliado com os dispositivos instalados ao longo dele.
Para complementar o sistema de tratamento pode ser utilizado dispositivos pa-
ra tratamento e filtragem da água como as: bacias de filtragem e wetlands.
Foram tratados nos dois principais córregos dentro da malha urbana, como
forma de minimizar a poluição de todos sistema, por meio de dispositivos filtra-
ção por todo o percurso. A jusante do sistema está localizada o principal corpo
hídrico o rio Mandu, onde tomou-se partido as estações de abastecimento de
água e o tratamento de efluentes, disposição de estratégias para maximizas-
sem a eficiência de todo o sistema. Os espaços localizados nas encostas com
maior altitude e declividade, foram destinados os dispositivos com funções de
infiltração para a água pluvial, levando em conta as características geomorfoló-
gicas favoráveis do local, visando uma melhor infiltração da água no solo.
(Figura 87)
6 ESCALA MESO
• Energia por meio do metano gerado nos reatores anaeróbicos, que pode
ser usado para iluminação do parque.
• Adubo a partir da compostagem do logo gerado na ETE, utilizado dentro
das hortas urbanas propostas.
• Água tratada para reutilização na irrigação dos jardins e em água cinza
nos equipamentos públicos introduzidos na área.
6.1. O lugar
(2004). Essas vias são caracterizadas por estarem inseridas dentro de um de-
senho urbano ocioso, com travessias urbanas, pouca ou nenhuma vegetação,
calçadas estreitas com obstruções, espaços livres entre vias, típicos da lógica
rodoviarista que prioriza o carro em detrimento do pedestre, necessitando de
revisão dos modelos pré-estabelecidos. (Figura 96) (Figura 97) (Figura 98)
6.1.3 Fisio-ambiental
pondo assim diretrizes sustentáveis, que formaram o Parque Linear com a in-
tenção de integrar a cidade de Borda da Mata com rio Mandu (Figura 101).
surge uma nova frente de preservação e contato, que permite que a cidade e o
parque estabeleçam uma relação de crescimento sustentável. (Figura 102)
Figura 104 - Implantação com programa estabelecido dentro do Parque Linear do Mandu
I. VIA LOCAL: Nas ruas locais que tenham dimensão e declividade sufi-
cientes para receber os dispositivos, foram implantados canteiros plu-
viais, a via representada trata-se da Rua Córrego das Pedras, localiza-
da dentro do recorte. A posição central foi definida pela configuração
estreita dos lotes que não apresentam recuo frontal, assim a implanta-
ção alinhada as calçadas, exigiria a construção de uma série de obstá-
culos pela falta de dimensão. Nas regiões mais altas é previsto a fun-
ção de infiltração nos canteiros e nos quarteirões próximos as várzeas
do rio, a função é de retenção que podem ser auxiliados por pavimen-
tos permeáveis. (Figura 110)
Figura 114 - Gestão das águas urbanas, dentro da intervenção Escala Meso
7 ESCALA MICRO
Figura 116 - Situação atual da piscina Figura 117 - Situação atual da quadra poli-
pública; Clube de Campo Tiradentes. esportiva; Clube de Campo Tiradentes.
Figura 118 - Foto aérea da situação atual do Clube de Campo Tiradentes; destaque para
a estrutura do rodeio que acontece anualmente, montada no meio do campo de futebol.
7.1. O objeto
Memórias do Mandu.
Figura 123 - Planta Baixa; Centro Cultural de Educação Ambiental - Boca do Mandu.
Figura 124 – Corte Longitudinal; Centro Cultural de Educação Ambiental - Boca do Mandu.
Figura 125 – Corte Transversal; Centro Cultural de Educação Ambiental - Boca do Mandu.
uma fazenda urbana que fortalece as funções de filtragem e infiltração por situ-
ar na parte mais íngreme do terreno, uma Biovaleta acompanhado de Pavimen-
tos Permeáveis localizada no centro da praça urbana, direcionando todo esco-
amento do local para a cota mais baixa, onde estão inseridos os Jardins de
Chuva, que foram abertos na parte mais baixa como função de retenção dentro
de todo sistema, bem como, maximizar a infiltração para diminuição das águas
pluviais nessas áreas de fundo de vale. A parte antropológica que consiste na
edificada e coberta, está inserido estratégias para reutilização dos recursos
naturais a partir da estrutura de cobertura, implantado cisterna captam a agua
dos jardins de chuva para reuso dentro do próprio local, no foyer segue a tipo-
logia de praça seca, com poucos canteiros e arvores saindo do piso, embutidas
dentro de Canteiros Pluviais para infiltração das águas. (Figura 127)
Dentro de todo sistema proposto foi proposto para a rampa central, onde
está inserido uma Biovaleta junto ao Pavimento Poroso, permitindo que o tran-
seunte caminha na parte de cima, enquanto embaixo, a água escoe direciona-
da até os jardins de chuva localizados na cota mais baixa do terreno. Essa es-
tratégia foi desenvolvida como forma de maximizar a eficiência na filtração (tra-
tamento) e infiltração das águas pluviais devido a vegetação presente em todo
trecho, por meio do fito remediação.
Dentro de todo sistema proposto para a Escala Micro, as funções que se
destacam são a filtração, infiltração e retenção, ganhando destaque na preven-
ção de alagamentos bem como na melhoria da qualidade água, revitalizando o
Rio Mandu e aproximando cada vez mais a cidade para a resiliência urbana
dentro de todo seu perímetro. (Figura 128)
Figura 128 - Gestão das águas urbanas, dentro da intervenção Escala Micro;
Centro Cultural de Educação Ambiental - Boca do Mandu
Figura 133 - Vista área do Centro Cultural de Educação Ambiental - Boca do Mandu.
Figura 134 - Vista área do Centro Cultural de Educação Ambiental - Boca do Mandu.
8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ONU (Org.). A ONU e o meio ambiente: Agenda 21, Rio de Janeiro - 1992.
Disponível em: <https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/>. Acesso em:
19 nov. 2019.
ANEXOS