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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES

UNIMONTES
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE DE FARIA - HUCF
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ANTÔNIO PIMENTA III

TERRITORIALIZAÇÃO DA ÁREA ADSCRITA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA


FAMÍLIA DO POLO ANTÔNIO PIMENTA I

Montes Claros - MG
2019
Anne Karoline Santos Magalhães - Cirurgiã-dentista
Priscila Martins Santos - Enfermeira

TERRITORIALIZAÇÃO DA ÁREA ADSCRITA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA


FAMÍLIA DO POLO ANTÔNIO PIMENTA III

Trabalho apresentado à Residência


Multiprofissional em Saúde da Família
da Universidade Estadual de Montes
Claros, como requisito parcial para
obtenção do título de Especialista em
Saúde da Família.

Preceptores:
Barbara Quadros Tonelli (Cirurgiã-
dentista)
Ana Paula Leal (Enfermeira)

Orientadora: Danyella Leão

Montes Claros - MG
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................x

2 METODOLOGIA....................................................................................................................x

3 O MUNICÍPIO.........................................................................................................................x

3.1 Histórico do município.........................................................................................................x


3.2 Descrição do Município........................................................................................................x
3.2.1 Aspectos Geográficos........................................................................................................x
3.2.2Aspectos Socioeconômicos.................................................................................................x
3.2.3 Aspectos Demográficos.....................................................................................................x
3.2.4 Aspectos Culturais.............................................................................................................x
3.3 Análise do Sistema Municipal de Saúde...............................................................................x
3.4. a) Descrição da atenção primária.........................................................................................x
3.4 b) Descrição do quadro epidemiológico do município.........................................................x
3.5 O conselho municipal de saúde.............................................................................................x

4 ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA..................................................................................x

4.1 –Histórico do Território........................................................................................................x


4.2 Descrições completas do território:......................................................................................x
4.2.1 Descrição das Microáreas..................................................................................................x
4.3 Descrição Demográfica.........................................................................................................x
4.4 Descriçõ do Perfil Socioeconômico......................................................................................x
4.5 Descrição do Quadro Epidemiológico do Território............................................................x
4.6 Sistema Local de Saúde........................................................................................................x
4.6.1 Recursos Humanos.............................................................................................................x
4.6.2 Estrutura Física da Unidade, localização, acessibilidade...................................................x
4.6.3 Riscos Ocupacionais existentes.........................................................................................x
4.6.4 Dados de Produção e rendimento da equipe......................................................................x
4.6.5 Necessidades......................................................................................................................x
4.6.6 Atividades realizadas.........................................................................................................x

5 ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA..........................................................................................x

6 INTEGRAÇÃO COM CURSOS DE GRADUAÇÃO............................................................x

7 DISCUSSÃO...........................................................................................................................x
8 CONCLUSÃO.........................................................................................................................x

REFERÊNCIAS..........................................................................................................................x

APÊNDICE A.............................................................................................................................x
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa de Minas Gerais..............................................................................................x

Figura 2 - ...................................................................................................................................x

Figura 3 - ...................................................................................................................................x

Figura 4 - ...................................................................................................................................x

Figura 5 - ...................................................................................................................................x

Figura 6 -....................................................................................................................................x

Figura 7 -....................................................................................................................................x

Figura 8 -....................................................................................................................................x

Figura 9 .....................................................................................................................................x

Figura 10....................................................................................................................................x

Figura 11....................................................................................................................................x

Figura 12....................................................................................................................................x

Figura 13....................................................................................................................................x

Figura 14....................................................................................................................................x

Figura 15....................................................................................................................................x

Figura 16....................................................................................................................................x

Figura 17....................................................................................................................................x

Figura 18....................................................................................................................................x

Figura 19....................................................................................................................................x

Figura 20....................................................................................................................................x

Figura 21....................................................................................................................................x

Figura 22....................................................................................................................................x

Figura 23....................................................................................................................................x

Figura 24....................................................................................................................................x

Figura 25....................................................................................................................................x

Figura 26....................................................................................................................................x
Figura 27....................................................................................................................................x

Figura 28....................................................................................................................................x

Figura 29....................................................................................................................................x

Figura 30....................................................................................................................................x

Figura 31....................................................................................................................................x

Figura 32....................................................................................................................................x

Figura 33....................................................................................................................................x

Figura 34....................................................................................................................................x

Figura 35....................................................................................................................................x

Figura 36....................................................................................................................................x

Figura 37....................................................................................................................................x

Figura 38....................................................................................................................................x

Figura 39....................................................................................................................................x

Figura 40....................................................................................................................................x

Figura 41....................................................................................................................................x
1.0- Introdução (NATY)
1.1 A Territorialização
Nos últimos 15 anos, a categoria espaço vem sendo utilizada com ênfase no
campo da saúde, como uma abordagem fundamental para dar suporte ao conceito de
risco, em função das múltiplas possibilidades que se tem em localizar e visualizar
populações, objetos e fluxos, e de se espacializar a situação de saúde através da
distribuição de indicadores sócio-econômicos, sanitários e ambientais que revelam as
condições de vida das pessoas em seu interior.
O termo território origina-se do latim – territorium, que deriva de terra e que
nos tratados de agrimensura aparece com o significado de ‘pedaço de terra apropriada’.
Em uma acepção mais antiga pode significar uma porção delimitada da superfície
terrestre. Nasce com dupla conotação, material e simbólica, dado que etimologicamente
aparece muito próximo de terra-territorium quanto de terreo-territor (terror, aterrorizar).
Tem relação com dominação (jurídico-política) da terra e com a inspiração do medo, do
terror – em especial para aqueles que, subjugados à dominação, tornam-se alijados da
terra, ou são impedidos de entrar no ‘territorium’. Por extensão, pode-se também dizer
que, para aqueles que têm o privilégio de usufruí-lo, o território inspira a identificação
(positiva) e a efetiva ‘apropriação’.
Os espaços são conjuntos de territórios e lugares onde fatos acontecem
simultaneamente, e, suas repercussões são sentidas em sua totalidade de maneiras
diferentes. Cada fato é percebido com maior ou menor intensidade de acordo com a
organização sócio-espacial, cultural, político e econômica de cada população que habita
e produz cada um desses lugares. Essa multiplicidade de territórios e lugares modifica a
percepção das pessoas sobre os riscos distribuídos espacialmente. Por isso é não é
incorreto afirmar que as pessoas não são portadores do risco em si, mas sim de fatores
imbricados em problemas que se traduzem nas condições gerais de vida, individual e
coletiva, e em função da vulnerabilidade de cada um frente às ameaças a que estão
expostos cotidianamente.
O território é, portanto, o resultado de uma acumulação de situações históricas,
ambientais, sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças
(Barcellos et al., 2002). O reconhecimento desse território é um passo básico para a
caracterização da população e de seus problemas de saúde, bem como para avaliação do
impacto dos serviços sobre os níveis de saúde dessa população, atividades estas
desenvolvidas pelo setor da Atenção Primária à Saúde, constituída em cada município,
como forma de assistência básica da saúde da população.
A atenção primária é o primeiro nível de atenção do SUS, é caracterizada por um
conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que compreendem a
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
reabilitação e a manutenção da saúde (MENDES, 2009; LAVRAS, 2011). O
desenvolvimento da atenção básica se dá por meio do exercício de práticas gerenciais e
sanitárias democráticas e participativas, através do trabalho em equipe, dirigidas a
populações de territórios bem delimitados, considerando a dinâmica do território em que
vivem essas populações (LAVRAS, 2011).
Em Unidades Básicas de Saúde (UBS) é feita a atenção primária e a Saúde da
Família é sua estratégia prioritária (BRASIL, 2012). Cada UBS, com ou sem uma
Equipe de Saúde da Família, deve se organizar para atender a um público-alvo,
representado, em síntese, por um conjunto de famílias agregadas geograficamente.
Desta forma, para a definição de um público alvo, torna se necessário primeiramente a
delimitação de um território (FARIA, 2013).
Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo abordar a experiência da
territorialização da Equipe de Saúde da Família (ESF) Antônio Pimenta I, no qual se
pretende conhecer o território adscrito, diagnosticar principais problemas e intervir de
maneira eficaz, além de colaborar no processo de formação no curso de Residência em
Saúde da Família.

2.0- METODOLOGIA
Trata-se de um trabalho de territorialização da ESF Antônio Pimenta I, onde foi
utilizada a técnica da estimativa rápida para execução do mesmo. A estimativa rápida é
um método utilizado para elaboração de um diagnóstico de saúde de determinado
território (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010). Os dados levantados por este método
foram coletados em três fontes principais: registros escritos existentes ou fontes
secundárias, em entrevistas com informantes-chave, e na observação ativa da área.
A observação direta foi realizada durante o conhecimento do território, no qual
observamos a população, tipos de moradia, estrutura física do território, como áreas de
risco, escolas, espaços sociais, pontos de comércio.
Foram realizadas, também, consultas em bancos de dados nacionais e sites
oficiais dos governos municipais, estaduais e federais (DATASUS, CNES, Prefeitura
Municipal de Montes Claros) para obtenção de referencial teórico. Foram examinadas,
ainda, as fichas de cadastramento das famílias; a Ficha A do SIAB, que constam dados
de identificação, socioeconômicos, e de saúde de cada integrante da família, para o
levantamento de dados considerados sentinelas para avaliação das situações a que as
famílias possam estar expostas no dia-a-dia e análises do perfil populacional da
Estratégia Saúde da Família, sendo realizado, posteriormente, o preenchimento da
escala de risco familiar proposta por Coelho-Savassi, para cada família da área adscrita
pela ESF.
A escala de risco familiar de Coelho-Savassi constitui um instrumento de
avaliação multidimensional que identifica e classifica o grau de risco familiar, a fim de
diferenciar as famílias pertencentes a uma mesma área de abrangência, identificando
os fatores de risco que justifiquem a priorização do atendimento dentro da Estratégia
de Saúde da Família, como ponto importante de um dos princípios estabelecidos pelo
SUS através da Lei 8080/90, a equidade.
Para obtenção de informações, também foram realizadas entrevistas, utilizando
um questionário semi-estruturado, com pessoas com diferentes funções na comunidade,
tais como: funcionárias da unidade de saúde, representantes do bairro, líderes religiosos,
comerciantes e moradores antigos.
A partir desses dados, foi elaborado o mapa inteligente da área de abrangência
da ESF Antônio Pimenta I, contendo informações de cada microárea.

3- O MUNICÍPIO
3.1- Breve Histórico do Município
A origem do município de Montes Claros se deu às ações dos bandeirantes. O
atual território desse município foi primeiramente devassado pela expedição “Espinosa-
Navarro” na qual foi a primeira a pisar nas terras da Região do Norte de Minas, habitada
pelos índios Anais e Tapuias. Mas era cedo para fundar as cidades do sertão, longe do
litoral. Bandeirantes partiram de São Paulo, procurando pedras preciosas e
embrenharam-se pelo sertão do Norte da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro.
Fernão Dias Pais, Governador das Esmeraldas, organizou a mais célebre Bandeira, para
conquistar esmeraldas da "Serra Resplandecente" (FRANÇA, 2011).
Antônio Gonçalves Figueira, que pertencia à Bandeira de Fernão Dias,
acompanhou até as margens do Rio Paraopeba, onde com Matias Cardoso, abandonou o
chefe, regressando para São Paulo. Seduzidos pela fertilidade do Sertão Mineiro e, na
esperança de conquistarem riquezas, Antônio Gonçalves Figueira e Matias Cardoso
retornaram, tornando-se colonizadores, construindo fazendas, cujas sedes se
transformaram em cidades (IBGE, 2017).
Formaram-se três grandes fazendas: Jaíba, Olhos d'Água e Montes Claros,
esta, situada nas cabeceiras do Rio Verde. Pelo alvará de abril de 1.707, Antônio
Gonçalves Figueira obteve a sesmaria que constituiu a Fazenda de Montes Claros.
Formigas foi o segundo povoado da Fazenda Montes Claros. Gonçalves Figueira, para
alcançar mercado para o gado, construiu estradas para Tranqueiras na Bahia e para o
Rio São Francisco. Era grande o seu interesse de expansão do comércio de gados, e
com isto, procurou ligar -se ao Rio das Velhas e também à Pitangui e Serro. A
região foi se povoando e a Fazenda de Montes Claros transformou-se no maior Centro
Comercial de Gado, no Norte de Minas Gerais (MONTES CLAROS, 2018).
Após obtenção da Fazenda de Montes Claros por Antônio Gonçalves Figueira,
já estava o Arraial de Nossa Senhora de Conceição e São José de Formigas,
desenvolvido para tornar-se independente. Pelo esforço dos líderes políticos o Arraial
foi elevado a Vila pela Lei de 13 de outubro de 1.831, recebendo o nome de "Vila de
Montes Claros de Formigas"(MONTES CLAROS, 2018).A Vila de Montes Claros
de Formigas desenvolvia-se pelo esforço dos líderes, os costumes eram primitivos
e, em 1.857, teria pouco mais de 2.000 habitantes, mas os políticos 11 já pleiteavam a
elevação à cidade, pois os melhoramentos era os mesmos de quase todos os municípios
da Província. Assim, pela Lei 802 de 03 de julho de 1857, a Vila passou a Cidade de
Montes Claros, sem formigas, que desagradava a todos os formiguenses. A partir
dali seriam "montes-clarenses" (MONTES CLAROS, 2018).

3.2- Descrição do município


3.2.1- Características geográficas
O município de Montes Claros está situado na Bacia do Alto Médio São
Francisco, ao Norte do Estado de Minas Gerais. Está localizado na região Norte de
Minas Gerais com uma distância de 418 Km da capital Belo Horizonte ( 1) (Figura 1),
constituída por uma população de aproximadamente 361.915 habitantes, pelo Censo de
2010, densidade demográfica de 100,53 hab/km² e Índice de Desenvolvimento Humano
de 0,770.
Montes Claros ocupa uma área de 3.576,76 Km², sendo que 97 Km² estão
em perímetro urbano e os 3.479,76 Km² restantes constituem a zona rural. O município
possui nove distritos: Aparecida do Mundo Novo; Ermidinha; Miralta; Nova Esperança;
Panorâmica; Santa Rosa de Lima; São João da Vereda; São Pedro da Garça e Vila Nova
de Minas. Foi fundado em 03/07/1857 e seu gentílico é montes-clarense. Pertence à
Unidade Federativa de Minas Gerais, mesorregião Norte de Minas e microrregião
Montes Claros (IBGE, 2017).

FIGURA 01. Localização de Montes Claros no Estado de Minas

FONTE:http://www.montesclaros.mg.gov.br/diariooficial/201
/jan18/Anexo%20Portaria%20SMS%2012-2018/fwprotocolosenfermagemacertados2/PROTOCOLO%20ENF
%20IST.pdf

Situa-se na bacia do alto médio São Francisco, nos vales do rio Verde Grande,
Pacuí e São Lamberto ao Norte do Estado de Minas Gerais, estando integrada na área do
Polígono da Seca, região Mineira do Nordeste. Possui altitude de 678 metros e a média
de chuva anual é de 1074 mm³. Clima tropical predominantemente quente e seco com
temperatura média anual de 24,2 °C, variando de 16,3 a 29,4 °C. (IBGE, 2017).
A cidade tem como limites intermunicipais as cidades: Norte de São João da
Ponte, Nordeste de Capitão Enéas, Leste de Francisco Sá, Sudeste de Juramento e
Glaucilândia, Sul de Bocaiúva, Sudoeste de Claro dos Poções, Oeste de São João da
Lagoa, Coração de Jesus e Noroeste de Mirabela e Patis (Figura 2).
http://www.montesclaros.mg.gov.br/cidade/ spectosgerais/geografia.htm

FIGURA 02.- Mapa representando localização e limites intermunicipais da


região de Montes Claros, MG, 2017.
FONTE: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg

Montes Claros possui clima característico do tipo tropical semiárido, quente e


seco, com período de chuvas concentradas entre os meses de outubro a março. A
precipitação média anual é de 1.060 mm e a temperatura média anual de 24,2º C.
A cobertura vegetal do município é a de Cerrado Caducifólio e Sub-
Caducifólio com ligeiras ocorrências de Cerrado Superemifólio, Caatinga Hipogerófila
quente e seco. Há ocorrência de Pau D'arco, pequizeiro, bloco de Juriti, Jatobá,
Macambira, Braúna, Barriguda, além de possuir uma flora rica em plantas medicinais.
O relevo é constituído por serras e grutas e o solo há ocorrência de siltito,
ardósia, calcários, filitos, calcita, galena, minério de ferro, (Conglomerados: canga,
tapanhoacanga com hematita), azotato de potássio, cristal de rocha e ouro de aluvião.

3.2.2 Aspectos sócio-econômicos

A condição de vida da população montesclarense vem apresentando


melhoras significativas quando se comparam os dados do Atlas do Desenvolvimento
Humano no Brasil no período de 1991 a 2010. Essa informação pode ser comprovada ao
analisar alguns indicadores socioeconômicos, que representam, de mneira geral, a
situação de saúde do município de Montes Claros.
Dentre os indicadores, O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um
comparativo usado para segmentar os países desenvolvidos (elevado desenvolvimento
humano), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio) e subdesenvolvidos
(desenvolvimento humano baixo), além de caracterizar localidades. O cálculo do IDH é
composto a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e produto interno
bruto (PIB) per capita (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD,
2012).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Montes Claros é 0,770,
em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto
(IDHM entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do
município é Longevidade, com índice de 0,868, seguida de Educação, com índice de
0,744, e de Renda, com índice de 0,707, conforme demonstrado na Tabela 1.

Tabela 1. Índice de Desenvolvimento Humano e seus componentes em Montes Claros – MG.

IDHM e componentes 1991 2000 2010


IDHM Educação 0,307 0,555 0,744
% de 18 anos ou mais com fundamental completo 33,48 47,37 64,59
% de 5 a 6 anos na escola 38,65 79,35 96,94
% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental REGULAR 40,93 74,03 93,33
SERIADO ou com fundamental completo
% de 15 a 17 anos com fundamental completo 23,47 53,75 70,94
% de 18 a 20 anos com médio completo 14,53 33,20 58,03
IDHM Longevidade 0,741 0,788 0,868
Esperança de vida ao nascer 69,43 72,25 77,07
IDHM Renda 0,597 0,660 0,707
Renda per capita 327,75 485,55 650,62
FONTE: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg

O gráfico 1 demonstra a evolução do IDHM de Montes Claros- MG entre os


anos de 191 a 2010.Observa-se que, de 1991 a 2010, o IDHM do município passou de
0,514, em 1991, para 0,770, em 2010, enquanto o IDHM da Unidade Federativa (UF)
passou de 0,478 para 0,731. Isso implica em uma taxa de crescimento de 49,81% para o
município e 52% para a UF; e em uma taxa de redução do hiato de desenvolvimento
humano de 47,33% para o município e 53,85% para a UF. No município, a dimensão
cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,437),
seguida por Longevidade e por Renda. Na UF, por sua vez, a dimensão cujo índice mais
cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,358), seguida por
Longevidade e por Renda.

Gráfico 1. Evolução do IDHM - Montes Claros – MG de 1991 a


2010.
Gráfico 1. Evolução do IDHM - Montes Claros – MG de 1991 a 2010.

Montes Claros ocupa a 227ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros


segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o
menor é 0,418 (Melgaço).
A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a
dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). No
município, a esperança de vida ao nascer cresceu 4,8 anos na última década, passando
de 72,3 anos, em 2000, para 77,1 anos, em 2010. Em 1991, era de 69,4 anos. No Brasil,
a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7
anos em 1991 (Tab.2).
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de
idade) no município passou de 22,3 óbitos por mil nascidos vivos, em 2000, para 13,0
óbitos por mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 25,7. Já na UF, a taxa
era de 15,1, em 2010, de 27,8, em 2000 e 35,4, em 1991. Entre 2000 e 2010, a taxa de
mortalidade infantil no país caiu de 30,6 óbitos por mil nascidos vivos para 16,7 óbitos
por mil nascidos vivos. Em 1991, essa taxa era de 44,7 óbitos por mil nascidos vivos
(Tab.2).
Com a taxa observada em 2010, o Brasil cumpre uma das metas dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, segundo a qual a
mortalidade infantil no país deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015 (Tab.2).

Tabela 2. Longevidade, Mortalidade e Fecundidade - Município - Montes Claros – MG.


FONTE: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg

Proporções de crianças e jovens frequentando ou tendo completado


determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar
do estado e compõe o IDHM Educação. No município de Montes Claros, em 2010, a
proporção de crianças na escola era de 96,94%. No mesmo ano, a proporção de crianças
de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental contabilizava
93,33%, 70,94% dos jovens de 15 a 17 anos estavam com ensino fundamental
completo, enquanto proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo
era de 58,03%. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em
58,29 pontos percentuais, 52,40 pontos percentuais, 47,47 pontos percentuais e 43,50
pontos percentuais.
Em 2010, 89,99% da população de 6 a 17 anos do município estavam
cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000
eram 84,38% e, em 1991, 71,89%. Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 22,08% estavam
cursando o ensino superior em 2010. Em 2000 eram 6,50% e, em 1991, 3,40%.
Em 2010, considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de
idade, 8,05% eram analfabetos, 59,19% tinham o ensino fundamental completo, 45,23%
possuíam o ensino médio completo e 13,28%, o superior completo. Em comparação
com a Unidade Federativa, esses percentuais são, respectivamente, 11,82%, 50,75%,
35,83% e 11,27%. http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg.
O indicador Expectativa de Anos de Estudo também sintetiza a frequência
escolar da população em idade escolar. Mais precisamente, indica o número de anos de
estudo que uma criança que inicia a vida escolar no ano de referência deverá completar
ao atingir a idade de 18 anos. Entre 2000 e 2010, ela passou de 9,85 anos para 10,25
anos, no município, enquanto na UF passou de 9,16 anos para 9,38 anos. Em 1991, a
expectativa de anos de estudo era de 8,61 anos, no município, e de 8,36 anos, na UF.
A renda per capita média de Montes Claros cresceu 98,51% nas últimas
duas décadas, passando de R$ 327,75, em 1991, para R$ 485,55, em 2000, e para R$
650,62, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de
3,67%. A taxa média anual de crescimento foi de 4,46%, entre 1991 e 2000, e 2,97%,
entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per
capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 45,71%, em 1991,
para 28,76%, em 2000, e para 11,99%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda
nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini, que passou de 0,60, em
1991, para 0,61, em 2000, e para 0,53, em 2010 (Tabela 3).
http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg

Tabela 3. Renda, pobreza e desigualdade no município de Montes Claros-mG.

Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg

Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais


(ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de
69,12% em 2000 para 69,85% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação
(ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada)
passou de 17,01% em 2000 para 9,50% em 2010 (Gráfico 2).

Gráfico 2. Composição da população de 18 anos ou mais de idade e sua relação com o


trabalho, 2010.

Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg
Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do
município, 5,60% trabalhavam no setor agropecuário, 0,16% na indústria extrativa,
9,53% na indústria de transformação, 10,35% no setor de construção, 1,03% nos setores
de utilidade pública, 20,82% no comércio e 50,88% no setor de serviços (Gráfico 2).
A tabela 4, abaixo, demonstra as condições das habitações do município de
Montes Claros. Podemos observar que, em 2010, 95,05%, 99,66% e 98,6% da
população possuem boas condições de moradia.

Tabela 4. Indicadores de habitação do município de Montes Claros-MG.

Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg

Cada vez mais consolidada como “Polo do Norte de Minas” Montes Claros
tem atraído variados setores de serviços, como os de saúde, educacional, comercial e de
lazer. Sua infraestrutura urbana influencia o dinamismo da cidade ao agregar um espaço
de serviços mais moderno e de maior complexidade. Contudo, semelhante a outras
cidades brasileiras, a produção da riqueza material assenta-se num modelo concentrador
de renda. Consequentemente, a cidade apresenta espaços territoriais que antagonizam o
dinamismo econômico e o peso das desigualdades sociais, sendo necessário, avançar em
esforço que minimizem as desigualdades econômicas, sociais e políticas (FRANÇA,
2011). Da carteira de serviços.
http://www.montesclaros.mg.gov.br/diariooficial/2018/jan-18/Anexo%20Portaria%20SMS%2012-2018/
fwprotocolosenfermagemacertados2/PROTOCOLO%20ENF%20IST.pdf
PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEMEM SAÚDE: ABORDAGEM INTEGRAL AO CLIENTE
PORTADOR DE INFECÇÃOSEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL DO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS,
2017
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MONTES CLAROS, 3 ED. SOUZA, ET AL.
Montes Claros desde os primórdios da colonização da Região Norte Mineira
vem sendo um Centro de Comercialização, o que lhe tem permitido não só quantificar a
produção regional, mas também influir na sua orientação e expansão.
Um dos fatores que mais contribuíram para assegurar-lhe esta posição foi a
abertura de estradas, no passado, ligando-a aos demais municípios da região. Mais
recentemente, Montes Claros, um dos municípios que integra a RMNE, sempre se
constituiu no principal centro urbano de referência da população desta área, sendo seu
pólo regional com 336.947 mil habitantes (Estim. IBGE/2004). Entre 2000 e 2010, a
população de Montes Claros cresceu a uma taxa média anual de 1,66%, enquanto no
Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do
município passou de 94,21% para 95,17%. Em 2010 viviam, no município, 361.915
pessoas. http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg

A transformação da economia se deu através dos incentivos fiscais da


SUDENE, que propiciaram modificações estruturais na realidade do município,
determinando fluxos internos de pessoas, hábitos, capital e tecnologia que diminuem o
distanciamento da cidade com as metrópoles do país, além de atraírem a população rural
da região, acelerando o processo de migração campo -cidade e provocando inchamento
no processo de urbanização da cidade e, consequentemente colapso na estrutura urbana.
A implantação de projetos de altas tecnologia fomenta o fluxo de migração de mão-de-
obra especializada, ao mesmo tempo funciona como atração para as populações rurais e
urbanas da região que devido ao processo de concentração da propriedade rural e do
estrangulamento de pequenas propriedades, vão sendo expulsas do campo demandando
a Montes Claros em busca de melhores condições de vida.
A economia do município é diversificada pelas atividades agropecuárias,
industriais e de prestação de serviços. A predominância maior está centrada no setor
terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de toda a
natureza, notadamente nas áreas de educação e saúde. Em seguida, destaca-se o setor
secundário, com seus complexos industriais de grande porte, bem como unidades
produtivas de pequenos e médios portes.
(http://www.montesclaros.mg.gov.br/desenvolvimento%20economico/div_ind-com/pdf/
Dados%20Gerais%20da%20cidade%20de%20Montes%20Claros.pdf).
No setor primário, destaca-se a pecuária de corte e leite seguido pela
agricultura com destaque para os produtos: feijão, milho, mandioca, algodão e arroz
irrigado, dentre outros. No setor Secundário, a indústria alcança um impulso maior a
partir de 1965, com a chegada da energia elétrica da CEMIG, e com o início da
participação efetiva da SUDENE no desenvolvimento Industrial da Região. Em Montes
Claros, atualmente, a principal atividade econômica passou a ser representada pelo
Setor. As indústrias aqui instaladas se consolidaram e, entre elas podemos destacar a
maior fábrica de Leite Condensado do Mundo (NESTLÉ), uma das três fábricas de
insulina da América Latina (NOVONORDISK, antiga BIOBRÁS) atualmente, uma das
mais modernas fábricas têxtil (COTENOR) e a quinta maior fábrica de cimento do
Brasil (LAFARGE, antiga MATSULFUR), sendo elas, na sua maioria instalada no
Distrito Industrial de Montes Claros.
http://www.montesclaros.mg.gov.br/cidade/aspectosgerais/economia.htm
No que se refere aos meios de comunicação, o município apresenta diversos
jornais circulantes como, Jornal de Notícias; Jornal O Norte de Minas; Gazeta Norte
Mineira. Sucursais do Hoje em Dia e do Estado de Minas circulam na cidade
diariamente.
Quanto as Emissoras / Retransmissoras de Rádio atuantes, pode-se
citar: Rádio Itatiaia FM; Rádio Educadora AM; Rádio Montes Claros 98,9 FM; Rádio
São Francisco de Assis 93,5 FM; Rádio Terra de Montes Claros AM; Rádio
Transamérica FM; Rádio Sociedade Norte de Minas Ltda.; Rádio Unimontes FM; Rádio
Comunitária e Rádio 107 FM (Comunitária). A cidade conta com os principais canais de
TV aberta (Globo, SBT, Record, Rede Minas/Cultura, Bandeirantes, Rede Vida, Rede
TV, Canção Nova) além dos serviços de TV por assinatura a cabo e via satélite. Com
relação à telefonia fixa e móvel, as principais empresas atuantes são: Oi, TIM, Claro e
Vivo.
A rede de transporte de Montes Claros ganhou o status de segundo maior
entroncamento rodoviário do país, pela classificação do Plano Rodoviário Nacional,
devido à facilidade de acesso por rodovias a importantes regiões brasileiras e a oferta de
voos diários para Belo Horizonte, São Paulo e Salvador. A cidade se liga ao restante do
país através dos seguintes meios de transporte: aéreo, ferroviário e rodoviário, com
predominância deste último.
Localizado a 7Km na região Nordeste, o Aeroporto de Montes Claros conta
com 2.100/45 metros de extensão, com pista toda asfaltada, comportando aeronaves de
grande porte. O mesmo opera diariamente das 6 horas da manhã às 22 horas.
No transporte ferroviário, o município conta com os serviços da Ferrovia
Centro Atlântica com o transporte de cargas. Recebe óleo diesel, gasolina, álcool de
Belo Horizonte, sendo o mesmo repassado para o consumo interno. O transporte
rodoviário é intensamente utilizado em função da estrutura da malha viária existente. A
cidade é atendida por cerca de 10 empresas intermunicipais operando em seu Terminal
Rodoviário com linhas diárias para as principais cidades do Brasil.

3.2.3 Aspectos demográficos


A população de Montes Claros segundo o Censo 2010 do IBGE era de
361.915 habitantes, conforme estimativa em 2017, a população alcançou 402.027
habitantes. Um detalhamento da distribuição da população está apresentado no quadro
abaixo (Tabela 5).

Tabela 5. Distribuição da população por sexo e localização no município de Montes Claros, MG ano
2010.
Urbana Rural
Total Homen Mulhere Total Homen Mulhere Total Homen Mulhere
s s s s s s
361.91 174.249 187.666 344.42 164.985 179.442 17.48 9.264 8.224
5 7 8
Fonte: IBGE. Censo 2010.

Tabela 6. Evolução da Estrutura Etária da População - Município - Montes Claros – MG, de 1991 a
2010.
% do % do % do
Estrutura População População População
Total Total Total
Etária (1991) (2000) (2010)
(1991) (2000) (2010)
Menos de 15
92.419 36,96 92.066 29,99 84.943 23,47
anos
15 a 64 anos
149.154 59,65 201.712 65,72 255.000 70,46
15 a 64 anos
População
de 65 anos 8.489 3,39 13.169 4,29 21.972 6,07
ou mais
Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg

Através
Figura 1. Pirâmide etáriada Fig.1, podemos
– distribuição por sexo,observar
segundo osagrupos
pirâmide etária,
de idade- através do
no município CensoClaros,
de Montes 2010,
2010. no município de Montes Claros-MG.
Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/montes-claros_mg

3.2.4 Aspectos culturais


Conhecida como cidade da arte e da cultura, Montes Claros é rica em
manifestações culturais. Possui um dos maiores e melhores conservatórios de música do
País, por onde já passaram mais de 30 mil alunos.
O calendário de eventos atrai muitos turistas, com destaque para a exposição
agropecuária regional, uma das maiores de Minas Gerais, que ocorre no mês de julho no
Parque de Exposição João Alencar Athayde; a Feira Nacional da Indústria, Comércio e
Serviços (FENICS), que atrai cerca de 250 expositores e movimenta anualmente mais
de 100 milhões em negócios e o Festival Nacional do Pequi.
Outras atividades festivas que podem ser citadas são: o Festival
Internacional de Danças Folclóricas, as Festas Juninas, a Festa de Agosto (Catopês) e o
Salão Nacional de Poesia Psiu Poético.
No Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez e, agora, na
Faculdade de Educação Artística, da UNIMONTES, o teatro sempre mereceu atenção
de professores e alunos, levando várias peças. Todos os amadores que participam dos
movimentos teatrais da cidade são idealistas, que lutam por uma Casa de Espetáculos e
uma organização que prepare os interessados e faça desse teatro esporádico um teatro
permanente.

3.3 Análise do Sistema Municipal de Saúde

A totalidade das ações e de serviços de atenção à saúde, no âmbito do SUS, deve


ser desenvolvida em um conjunto de estabelecimentos, organizada em rede
regionalizada e hierarquizada, e disciplinada segundo subsistemas, um para cada
município. O SUS-Municipal é voltado ao atendimento integral de sua própria
população e inserido de forma indissociável no SUS, em suas abrangências estadual e
nacional.
Os estabelecimentos desse subsistema municipal, do SUS-Municipal, não
precisam ser, obrigatoriamente, de propriedade da prefeitura, nem precisam ter sede no
território do município. Suas ações, desenvolvidas pelas unidades estatais (próprias,
estaduais ou federais) ou privadas (contratadas ou conveniadas, com prioridade para as
entidades filantrópicas), têm que estar organizadas e coordenadas, de modo que o gestor
municipal possa garantir à população o acesso aos serviços e a disponibilidade das
ações e dos meios para o atendimento integral.
Montes Claros possui uma ampla rede de saúde, dotada de profissionais
altamente capacitados e equipamentos de primeira geração em modernos hospitais nos
setores públicos e privados. Atua na modalidade de gestão plena do sistema municipal
de saúde, sendo que, toda a rede de unidades prestadoras de serviços de saúde fica
vinculada ao gestor municipal, que é responsável por todas as atividades de gestão dos
serviços e ações de saúde do município, ambulatoriais e hospitalares. Executa as ações
de vigilância sanitária, de epidemiologia e controle de doenças (PREFEITURA
MUNICIPAL DE MONTES CLAROS, 2016).
Elabora sua Programação Pactuada e Integrada (PPI), em conjunto com os
outros municípios envolvidos na organização da rede regionalizada e hierarquizada de
saúde, com as definições das referências intermunicipais, mediada pelo estado,
garantindo os mecanismos e instrumentos necessários. Realiza as atividades de
cadastramento, controle, auditoria, acompanhamento e avaliação de todos os prestadores
localizados no seu território. Opera os sistemas de informações ambulatorial e hospitalar
e realiza o pagamento de todos os prestadores (SAÚDE E CIDADANIA, 2016).
Montes Claros é polo macrorregional por oferecer os serviços de saúde
ambulatoriais e hospitalares de maior nível de complexidade e polariza regiões e/ou
microrregiões de saúde. Considerando o Plano de Regionalização de Minas Gerais
(2006) citado no Plano Plurianual Municipal de Saúde, 2010-2014, a Região
Assistencial de Montes Claros está organizada territorialmente em 09 microrregiões,
abrangendo 87 municípios e uma população de 1.609.862 habitantes. Montes Claros
também é polo microrregional pelo nível de resolubilidade, capacidade de oferta de
serviços, acessibilidade e situação geográfica e polariza 11 municípios da microrregião,
são eles: Bocaiúva, Claro dos Poções, Engenheiro Dolabela, Engenheiro Navarro,
Francisco Dumont, Glaucilândia, Guaraciama, Itacambira, Joaquim Felício, Juramento e
Olhos d´Água (PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS, 2016).
As redes de atenção à saúde são organizações poliárquicas de conjuntos de
serviços em uma Região de Saúde. Assim sendo, essa estrutura possibilita a oferta de
atenção contínua e integral, sob coordenação da Atenção Primária à Saúde - APS, a uma
população determinada, com responsabilidades sanitárias e econômicas para essa
comunidade, com o objetivo de melhorar a qualidade da atenção, a qualidade de vida da
população e os resultados sanitários (MENDES, 2011).
A estrutura operacional dessas redes é composta por cinco elementos principais:
atenção primária à saúde; pontos de atenção secundários e terciários; sistemas de apoio;
sistemas logísticos e sistema de governança (MENDES, 2011).
DESCRIÇÃO TOTAL
CENTRO DE SAUDE/UNIDADE BASICA 115
POLICLINICA 03
HOSPITAL GERAL 06
HOSPITAL ESPECIALIZADO 01
CONSULTORIO ISOLADO 242
CLINICA/CENTRO DE ESPECIALIDADE 190
UNIDADE DE APOIO DIAGNOSE E TERAPIA (SADT ISOLADO) 32
UNIDADE MOVEL DE NIVEL PRE-HOSPITALAR NA AREA DE 10
URGENCIA
FARMACIA 03
UNIDADE DE VIGILANCIA EM SAUDE 03
COOPERATIVA OU EMPRESA DE CESSAO DE TRABALHADORES NA 02
SAUDE
HOSPITAL/DIA - ISOLADO 03
CENTRAL DE REGULACAO DE SERVICOS DE SAUDE 01
CENTRAL DE GESTAO EM SAUDE 02
CENTRO DE ATENCAO HEMOTERAPIA E OU HEMATOLOGICA 01
CENTRO DE ATENCAO PSICOSSOCIAL 03
CENTRAL DE REGULACAO MEDICA DAS URGENCIAS 01
SERVICO DE ATENCAO DOMICILIAR ISOLADO (HOME CARE) 03
CENTRAL DE REGULACAO DO ACESSO 01
TOTAL 622
O sistema de governança em rede é responsável pela integração funcional que
compreende estratégias de gestão, financiamento e informação. Os objetivos são: criar
uma visão e uma missão nas organizações; definir objetivos e metas que devem ser
alcançados a curto, médio e longo prazo; articular as políticas institucionais, para o
cumprimento dos objetivos e metas; desenvolver a capacidade de gestão necessária para
planejar, monitorar e avaliar o desempenho dos gestores e da organização (HARTZ,
2004; MENDES, 2011).
Em relação aos tipos de estabelecimento de saúde, segue abaixo a tabela 2 com a
descrição dos dados encontrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
(CNES).
O sistema de Saúde conta ainda com serviços de Assistência e Diagnóstico, que
auxiliam no atendimento ao paciente, são eles:

Tabela 7: Estabelecimentos de saúde por tipo em Montes Claros-MG - Julho/2016


 Laboratórios de Análises Clínicas e Patológicas: Normanha, Prolab, São
Geraldo, São José, Citocenter, Citolab, Citolab/Unid Athenas, Medlab, Santa
Clara, Siper, Voumard, Instituto de Patologia do Norte de Minas, Laboratório do
Hospital Universitário Clemente de Faria, Laboratório da Irmandade Nossa
Senhora das Mercês – Santa Casa de Montes Claros, Laboratório do Hospital
Aroldo Tourinho, Biodiagnóstico, Biomontes, Biominas , LAC, São Paulo,
Rafhá e Funorte.
 Raio X: Hospital Universitário Clemente de Faria, Irmandade Nossa Senhora
das Mercês – Santa Casa de Caridade de Montes Claros, Hospital Aroldo
Tourinho, Fundação de Saúde Dílson de Quadros Godinho – Hospital Dílson
Godinho.
 Fisioterapia: Hospital Aroldo Tourinho, Clínica de Traumatologia e
Fisioterapia (São José), Clínica de Fisioterapia São Lucas,
FISIOCENTER/Santa Casa, Ortoclínica LTDA e Clínica Geraldo Caldos
 Clínica de Otorrinolaringologia : Otorrino Fisio Center.
 Nefrologia: Irmandade Nossa Senhora das Mercês – Santa Casa de Caridade de
Montes Claros e Fundação de Saúde Dílson de Quadros Godinho – Hospital
Dílson Godinho.
 Ressonância Magnética: Ressonar Imagens Médicas Ltda.
 Medicina Nuclear: Núcleo de Medicina Nuclear.
 Oncologia- Quimioterapia e Radioterapia: Irmandade Nossa Senhora das
Mercês – Santa Casa de Caridade de Montes Claros e Fundação de Saúde Dílson
de Quadros Godinho – Hospital Dílson Godinho.

3.4 Descrição da Atenção Primária à Saúde e Quadro epidemiológico do município


3.4.1 Descrição da Atenção Primária à Saúde
A atenção Primária à saúde de Montes Claros está sobre coordenação da
Secretária Municipal de Saúde Dulce Pimenta Gonçalves e da enfermeira
coordenadora da atenção primária Daniella Cristina Martins Veloso.
O quadro 1 apresenta os tipos de equipes de Sáude e sua respectiva quantidade
no município de Montes Claros-MG.
Quadro 1. Tipos de Equipes de Saúde de Montes Claros/MG em agosto de 2018.
Tipo de Equipe Totais
ESF - Equipe de Saúde da Família 135
ESFSB - M1 - ESF com Saúde Bucal – Modalidade I 88
ESFSB - M2 - ESF Com Saúde Bucal – Modalidade II 12
EPEN - Equipe de Atenção à Saúde do Sistema 01
Penitenciário
NASF1 - Núcleo Ampliado de Saúde da Família - NASF 01
Modalidade 01
EMAD - Equipe Multidisciplinar De Atenção Domiciliar 04
EMAP - Equipe Multidisciplinar De Apoio 01
ECR MIII - Equipe Consultório Na Rua Modalidade III 01
Pólo da Academia da Saúde 02
Fonte: DATASUS/CNES (Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil), agosto
de 2018.

O município de Montes Claros mantém convênio com a Universidade Estadual


de Montes Claros para realização do Programa de Residência de Medicina de Família e
Comunidade, Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Residência de
Enfermagem em Saúde da Mulher. Além disso, mantém adesão ao Programa Mais
Médicos do Ministério da Saúde.
É a estratégia prioritária de atenção à saúde e visa à reorganização da Atenção
Básica no país, de acordo com os preceitos do SUS. É considerada como estratégia de
expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica, por favorecer uma
reorientação do processo de trabalho com maior potencial de ampliar a resolutividade e
impactar na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma
importante relação custo-efetividade (BRASIL, 2017).
Composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina
de família e comunidade, enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da
família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS).
Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os
profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em saúde
da família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal (BRASIL, 2017).
O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base
populacional, critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo
com definição local. Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e
vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número
máximo de 750 pessoas por ACS (BRASIL, 2017).
O município de Montes Claros apresenta cobertura populacional de 100% pela
Estratégia Saúde da Família, considerando as 135 equipes implantadas.
A população cadastrada de julho de 2013 a janeiro de 2018 é 868 pessoas que
em algum momento foram atendidas pelos profissionais deste serviço, estando toda a
produção disponível no Sistema eSUS-AB, como prestação de contas dos
procedimentos e atendimentos de todos os integrantes da equipe. Esclarece aqui que a
alimentação de dados na base oficial ocorreu desde sua habilitação até dezembro de
2015 no sistema SIAPES e a partir dessa data passou a ser o eSUS-AB.
Conforme a PNAB (2017), a Equipe de Saúde Bucal é uma modalidade que
pode compor as equipes que atuam na atenção básica, constituída por um cirurgião-
dentista e um técnico em saúde bucal e/ou auxiliar de saúde bucal. Os profissionais de
saúde bucal que compõem as equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica
(eAB) e de devem estar vinculados à uma UBS ou a Unidade Odontológica Móvel,
podendo se organizar nas seguintes modalidades:
Modalidade I: Cirurgião-dentista e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde
bucal (TSB) e;
Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, ou outro TSB.
Independente da modalidade adotada, os profissionais de Saúde Bucal são
vinculados a uma equipe de Atenção Básica (eAB) ou equipe de Saúde da Família
(eSF), devendo compartilhar a gestão e o processo de trabalho da equipe, tendo
responsabilidade sanitária pela mesma população e território adstrito que a equipe de
Saúde da Família ou Atenção Básica a qual integra (BRASIL, 2017).
A cobertura de Saúde Bucal em Montes Claros é equivalente a 87,8%,
considerando que o município conta com 100 equipes de saúde bucal da Estratégia
Saúde da Família.
O financiamento da Atenção Básica deve ser tripartite. No âmbito federal, o
montante de recursos financeiros compõe o Bloco de financiamento de Atenção Básica
(Bloco AB) e parte do Bloco de financiamento de investimento. Seus recursos deverão
ser utilizados para financiamento das ações de Atenção Básica descritas na RENASES e
nos Planos de Saúde do município e do Distrito Federal. Os repasses dos recursos do
Bloco AB aos municípios são efetuados em conta aberta especificamente para este fim,
de acordo com a normatização geral de transferências de recursos fundo a fundo do
Ministério da Saúde, com o objetivo de facilitar o acompanhamento pelos Conselhos de
Saúde no âmbito dos municípios, dos estados e do Distrito Federal (POLÍTICA
NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA- PNAB, 2012).
A comprovação da aplicação dos recursos transferidos do Fundo Nacional de
Saúde para os Fundos Estaduais e Municipais de Saúde deve ser apresentada ao
Ministério da Saúde e ao Estado, por meio de relatório de gestão, aprovado pelo
respectivo Conselho de Saúde. Da mesma forma, a prestação de contas dos valores
recebidos e aplicados no período deve ser aprovada no Conselho Municipal de Saúde e
encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado ou Município e à Câmara Municipal
(POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA- PNAB, 2012).
O financiamento federal é composto por:
A) Recursos per capita: O recurso será transferido mensalmente, de forma
regular e automática, do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde e
do Distrito Federal com base num valor multiplicado pela população do Município.
Serão calculados pela multiplicação da população de cada município e do Distrito
Federal por um valor, resultado de pactuação tripartite, levando em conta critérios de
equidade.
B) Recursos para projetos específicos, tais como os recursos da compensação
das especificidades regionais (CER), do Programa de Requalificação das Unidades
Básica de Saúde, Recurso de Investimento/ Estruturação e Recursos de Estruturação na
Implantação: Parte dos recursos do Bloco AB poderá ser repassada para implantação e
execução de ações e programas específicos definidos de maneira tripartite.
C) Recursos de investimento: São recursos destinados a estruturação dos
serviços e ações da atenção básica, que podem ser repassados aos municípios/ estados
fundo a fundo ou através de convênio.
D) Recursos que estão condicionados à implantação de estratégias e programas
prioritários, tais como: as Equipes de Saúde da Família, as Equipes de Saúde Bucal, de
Agentes Comunitários de Saúde, dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, dos
Consultórios na Rua, de Saúde da Família Fluviais e Ribeirinhas, de Atenção
Domiciliar, Programa Saúde na Escola (PSE), microscopistas e a Academia da Saúde.
Esses recursos visam à melhoria da infra-estrutura física e de equipamentos para o
trabalho das equipes e os valores dos incentivos financeiros para as equipes implantadas
serão transferidos a cada mês, tendo como base o número de equipes registrados no
SCNES vigente no mês anterior ao da respectiva competência financeira.
E) Recursos condicionados a resultados e avaliação do acesso e da qualidade, tal
como o do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ): O
PMAQ tem como objetivo ampliar o acesso e a qualidade do cuidado na atenção básica.
Ele se dará através de monitoramento e avaliação da atenção básica, e está atrelado a um
incentivo financeiro para as gestões municipais que aderirem ao programa. O incentivo
de qualidade é variável e dependente dos resultados alcançados pelas equipes e pela
gestão municipal. Este incentivo será transferido a cada mês, tendo como base o número
de equipes cadastradas no programa e os critérios definidos em portaria específica do
PMAQ (POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA- PNAB, 2012).

3.4.2 Descrição do Quadro epidemiológico do município


Os indicadores de saúde, acompanhamento de grupos de risco e a produção e
marcadores de saúde mais recentes apresentados no DATASUS, são de Dezembro de
2015. Porém, foram extraídos dados mais recentes da produção através do SISAB e
estão demonstrados, abaixo:
Quadro 9. Indicadores de saúde de Montes Claros/MG em dezembro de 2015.
Indicadores de Saúde Quantidade
Percentual de Cobertura de Equipes Atenção Básica 100%
Percentual de Internação por condições sensíveis à 30,27%
Atenção Básica
Percentual de Cobertura e acompanhamento das 41,7%
condicionalidades de Saúde
Percentual de Cobertura equipes Saúde Bucal 95,42%
Média de Escovação Dental supervisionada 7,49
Percentual de Exodontias em relação aos 3,37%
Procedimentos Odontológicos Básicos
Procedimentos Ambulatoriais de Média 1,21
Complexidade/100 habitantes
Internação Média Complexidade/100 habitantes 3,69
Procedimentos Ambulatoriais de Alta 5,47
Complexidade/100 habitantes
Internação Alta Complexidade/1.000 habitantes 4,49
Percentual de Serviços Hospitalares c/controle de 40%
metas
Percentual Óbitos em internação/IAM 14,48%
Percentual Óbitos_em_UTI_menores_15ª 12,35%
Razão Exames Citopatológicos do Colo útero 0,56
Razão Mamografias realizadas 0,48
Cobertura CAPS 0,51
Percentual Trab_sus_públ_vínc_prot 99,87
Município c/Ouvidoria Implantada 01
Fonte: DATASUS/CNES, Julho de 2017.

Gráfico 3. Acompanhamento de agravos/principais sintomas – CID 10 na APS em 2017.


Fonte: Saúde Atenção Básica / E-SUS, 2017

Gráfico 4. Quantitativo de procedimentos realizados na APS em 2017.

Fonte: Saúde Atenção Básica / E-SUS, 2017

O perfil de morbimortalidade é considerado um indicador relativamente sensível


das condições de vida e do modelo de desenvolvimento de uma população, sendo o
resultado da interação de diversos fatores interdependentes. As mudanças no modelo de
desenvolvimento, estilo de vida e comportamento assumem importância para a Saúde
Pública (PRATA, 1992).
Conforme o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil
(DATASUS) segue o gráfico 1 com as principais causas de internação em julho de 2015
e Quadro 07 com as principais causas de mortalidade no ano de 2016 no município de
Montes Claros segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID10).
Gráfico 1. Principais causas de internação hospitalar no município de Montes
Claros no mês de julho de 2015.

Fonte: DATASUS/2015.

Quadro 7. Proporção de óbitos por Capítulos do CID10 em Montes Claros – MG,


2016
Óbitos %
Algumas Doenças Infecciosas 6,89
Neoplasias (Tumores) 17,05
Doenças Sangue órgãos hemat. e transt. Imunitários 0,67
Doenças Endócrinas Nutricionais e Metabólicas 3,09
Transtornos Mentais e Comportamentais 1,00
Doenças do Sistema Nervoso 2,99
Doenças do Olho e Anexos -
Doenças do Ouvido e da Apófise Mastóide. 0,05
Doenças do Aparelho Circulatório 17,48
Doenças do Aparelho Respiratório 1159
Doenças do Aparelho Digestivo 4,99
Doenças da Pele e do Tecido Subcutâneo 0,43
Doenças Sistema Osteomuscular etec. Conjuntivo 0,76
Doenças do apare. He. Geniturinário 3,99
Gravidez Parto e Puerpério 0,10
Algumas Afecções Originadas no Período Perinatal 2,09
Malf. Cong. deformidades e anomalias cromossômicas 1,24
Sint. sinais e achados anormais exames clínicos e 13,97
laboratoriais
Lesões enven. e algumas outras consequências causas -
externas
Causas externas de morbidade e mortalidade 11,64
Códigos para propósitos especiais -
Cap. não informado -
Fonte: SIM/CPDE/DASS/SVEAST/SubVPS/SESMG. Óbitos ocorridos de janeiro a dezembro
de 2016, atualizados em 19 de abril de 2017.

A Taxa de Mortalidade Infantil por 1.000 nascidos vivos e número de Óbitos


Infantis em 2015 foram de 13,86 e a taxa de Mortalidade Geral em 2016 foram de 5,29.
Em 2017, a proporção de Óbitos Fetais e Infantis investigados foi de 56,92% e a
proporção de Óbitos de Mulheres em idade Fértil investigados foram de 65,55%, sendo
o parâmetro nacional para ambas maior ou igual a 70%.
Em 2016, a proporção de casos de Agravos Notificados Imediato (60 dias) e
encerrados oportunamente foi de 13,48% e o número de Unidades de Saúde com serviço
de notificação de Violência Doméstica, Sexual e Outras Violências implantados eram de
07.

3.5 O Conselho Municipal de Saúde


O Conselho Municipal garante a inclusão direta da população no controle e na
elaboração de políticas para a gestão de saúde na cidade. Um dos princípios do SUS se
refere a participação da sociedade no processo de fiscalização dos recursos e do
andamento dos trabalhos realizados no Sistema Único de Saúde (ALVES, 2016).
A participação da comunidade no SUS acontece, nos municípios, por meio de
Conferências Municipais de Saúde, os Conselhos Municipais de Saúde, os Conselhos
Gestores de Serviços ou, ainda, por meio de espaços comunitários como a escola,
associação de moradores e no interior dos movimentos sociais e populares que
compõem a comunidade (BRASIL, 2009).
A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, a participação
popular, juntamente com a descentralização das ações e políticas de saúde e da
integralidade da assistência, passou a ser valorizada e percebida como de fundamental
importância para a construção de um modelo público de saúde. (BRASIL, 2009).
A Lei nº 8.142/1990 instituiu os conselhos e as conferências de saúde como
instrumentos do controle social. Assim sendo, estabeleceu a paridade dos Conselhos de
Saúde, que têm por objetivo garantir a representatividade de todos os setores envolvidos
na saúde (gestor, prestador, profissional e usuário). Ao mesmo tempo, a Lei estabelece
que os usuários tenham 50% dos representantes (BRASIL, 2009).
O Conselho Municipal de Saúde de Montes Claros foi instituído pela Lei
Orgânica Municipal no Artigo 198 do Capítulo III “da Saúde” e implementado pelo
Decreto Nº 1.150 de 16 de Maio de 1991 que foi revogado pelo Decreto Nº 1.193, de 06
de Janeiro de 1992 por haver quebra da paridade na sua composição, conforme
preconiza a Legislação do SUS. Após 16 anos de pleno funcionamento, a 5ª
Conferência Municipal de Saúde, realizada em julho de 2007, recomendou pela
necessidade da reformulação do órgão e após 04 anos o novo Regimento Interno foi
aprovado pelo Plenário do Conselho e apresentado durante a 6ª Conferência Municipal
de Saúde, realizada em julho de 2011. Houve importantes alterações como o
fortalecimento do Conselho com a inserção de novas representações que passaram de 24
Conselheiros para 32 e também a garantia da eleição do Presidente, indo de encontro
com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde Nº 333/2003, o que era contrariada, já
que a presidência era exercida obrigatoriamente pelo Secretário Municipal de Saúde e
não eleita entre os Conselheiros Municipais de Saúde.
A finalidade do Conselho Municipal de Saúde de Montes Claros é atuar na
formulação e controle da execução da política municipal de saúde, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros, nas estratégias e na promoção do processo de
controle social em toda a sua amplitude, no âmbito dos setores público e privado.
Compete ao Conselho Municipal de Saúde: Exigir do Fundo Municipal de Saúde
a prestação de contas trimestralmente dos recursos destinados e aplicados na saúde
pública do município para aprovação ou não, após serem analisados pelo Conselho
Municipal de Saúde; Deliberar sobre os modelos de atenção a saúde da população e de
gestão do Sistema Único de Saúde Municipal; Estabelecer diretrizes a serem observadas
na elaboração de Planos de Saúde do Sistema Único de Saúde, no âmbito municipal, em
função dos princípios que o regem e de acordo com as características epidemiológicas e
das organizações dos serviços em cada jurisdição administrativa; Participar da regulação
e do controle social do setor privado da área de saúde; Propor prioridades, métodos e
estratégias para a formação e educação continuadas dos profissionais do Sistema Único
de Saúde; Aprovar a proposta setorial da saúde para o Orçamento do Município e
participar da sua consolidação, após análise anual dos planos e metas, compatibilizando-
o com os referidos planos previamente aprovados; Criar e acompanhar Comissões
Intersetoriais, inclusive Grupos de Trabalho, integrados pela Secretaria de Saúde,
órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil; Deliberar sobre
propostas de normas básicas municipais para operacionalização do Sistema Único de
Saúde; Estabelecer diretrizes gerais e aprovar parâmetros municipais quanto à política
de gestão de pessoas para a saúde; Definir diretrizes e fiscalizar a movimentação e
aplicação dos recursos financeiros do Sistema Único de Saúde, no âmbito Municipal;
Aprovar a organização e as normas de funcionamento das Conferências Municipais de
Saúde, reunidas ordinariamente a cada quatro anos, e convocá-las, extraordinariamente,
quando julgar necessário, na forma prevista pela Lei 8.142/90; Aprovar os critérios para
repasse de incentivos financeiros às unidades da rede municipal de saúde e a outras
instituições bem como o respectivo cronograma e acompanhar sua execução; Aprovar
os critérios e valores para remuneração de serviços e parâmetros de cobertura
assistencial, desde que sejam utilizados recursos financeiros do tesouro municipal;
Incrementar e aperfeiçoar o relacionamento sistemático com os poderes constituídos,
Ministério Público, Câmara Municipal de Vereadores e mídia, bem como com setores
relevantes não representados no Conselho; Articular-se com outros conselhos setoriais
com o propósito de cooperação mútua e de estabelecimento de estratégias comuns para
o fortalecimento do sistema de participação e controle social; Acompanhar o processo
de desenvolvimento e incorporação científica e tecnológica na área de saúde, visando a
observação de padrões éticos compatíveis com o desenvolvimento sociocultural do
município; Deliberar sobre a necessidade social de novos cursos de nível superior na
área da saúde e cooperar na melhoria da qualidade da formação dos trabalhadores da
saúde; Definir diretrizes gerais para a participação de prestadores de serviços ao Sistema
Único de Saúde; Estabelecer instruções e diretrizes gerais para a formação dos
Conselhos Gestores de nível local, distrital, e municipal, nos serviços públicos e nos
privados, conveniados e contratados; Solicitar as informações de caráter técnico-
administrativo, econômico-financeiro, orçamentário e operacional, sobre, os
trabalhadores da saúde, convênios, contratos e termos aditivos, de direito público, que
digam respeito à estrutura e pleno funcionamento de todos os órgãos vinculados ao
Sistema Único de Saúde; Elaborar, aprovar e alterar o seu Regimento Interno; Divulgar
suas ações através dos diversos mecanismos de comunicação social; Manifestar-se sobre
todos os assuntos de sua competência no âmbito do Sistema Único de Saúde no
Município (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO – TCU, 2010).
O Conselho Municipal de Saúde contará com 32 membros e será composto da
seguinte forma: 16 representantes dos Usuários do Sistema Único de Saúde de Montes
Claros; 08 representantes dos trabalhadores da área da saúde de Montes Claros; 04
representantes dos Gestores/Governo; 04 representantes dos Prestadores de Serviços
Conveniados ao SUS. Reúne-se toda 1ª quarta-feira do mês, na sala de reuniões da
Secretaria Municipal de Saúde à Av. Dulce Sarmento, 2.076 - Monte Carmelo. O
presidente do Conselho, de acordo com o Regimento Interno, é o Secretário Municipal
de Saúde.

4.1- Histórico do Território (ANNE)


O histórico do bairro Jardim Alvorada, foi construído com base no relato dos
informantes-chave do território.
Segundo as informações colhidas, o território surgiu na década de 1970, há,
aproximadamente, 45 anos. Antes da ocupação, o bairro era uma fazenda e possuía
bastante vegetação e pasto, pertencia a Plínio Ribeiro, que era um médico natural de
Montes Claros e, posteriormente, Deputado Federal por Minas Gerais, que após alguns
anos resolveu vender parte da fazenda, onde se tornou um loteamento, e seus
descendentes herdaram a outra parte.
Segundo dados coletados, esta época quando começaram a serem construídas as
primeiras casas, as ruas eram todas de terra, não possuíam rede de esgoto, água
encanada e nem energia elétrica, os moradores buscavam água para consumos, higiene e
seus afazeres em um bairro próximo, Nossa Senhora de Fátima, proveniente de uma
cisterna que ficava na rua. A iluminação noturna ficava por conta das lamparinas que
eram abastecidas com querosene.
No final da década de 1970, foi instalada a energia elétrica no bairro, o
abastecimento de água que antes não existia, começou a ser realizado em 1985, quando
a COPASA assumiu o abastecimento de água da região.
Atualmente a maioria das ruas é asfaltada e possui rede de esgoto, a queixa
principal da população é em relação ao lixo que é presente em grande parte do bairro,
nos lotes vagos, além da falta de asfalto em algumas ruas e a falta de pontos comerciais,
pois a população precisa recorrer a outros bairros próximos para terem acesso a alguns
tipos de comércio.
O bairro faz divisa com os bairros: Cintra, Antônio Pimenta, Doutor João Alves
e Nossa Senhora das Graças.
Figura: Mapa do bairro Jardim Alvorada.
Fonte: Google Maps.

4.2- Descrição completa do Território


A descrição do território Antônio Pimenta I foi baseada nas informações dos
informantes-chave e da observação direta.
A Unidade da Estratégia de Saúde da Família (ESF) Antônio Pimenta I, na qual
estamos vinculadas, está localizada na Rua Mailde Pereira da Rocha, s/n, Bairro Doutor
Antônio Pimenta, região sudeste do município de Montes Claros-MG (Figura-----).
Acolhe 03 equipes: Antônio Pimenta I, Antônio Pimenta II e Antônio Pimenta
III. Atualmente, a área de abrangência da Equipe Antônio Pimenta I é formada por parte
dos bairros Jardim Alvorada, Antônio Pimenta e Doutor João Alves, tendo seus limites
nas ruas Nelson Alkimim, Rua M, Rua Alípio de Paula Silveira, Rua Emboabas,
Avenida das Nações Unidas, Rua Venezuela e Avenida Deputado Esteves Rodrigues.
As Equipes de Saúde da Família que fazem limite com o território são: São Judas, Santa
Rita, João Botelho, Cintra, José Carlos de lima e Santo Antônio.
Figura: ESF Antônio Pimenta.

Fonte: Arquivo pessoal.


 Bairro Jardim Alvorada

O bairro Jardim Alvorada possui uma infraestrutura satisfatória, que atende à


demanda da população. Todas as ruas possuem rede de esgoto e energia elétrica, todavia
algumas ruas do bairro ainda não são pavimentadas, o que preocupa os moradores em
relação ao aumento de doenças respiratórias devido à poeira e dificuldade de locomoção
de alguns moradores idosos e cadeirantes (Figura ).
O bairro possui duas ruas de risco, Rua Manoel de Freitas, onde há um ponto de
tráfico de drogas e uma casa de prostituição, e a Rua R, que não possui pavimentação
(em obras). O bairro não possui área de lazer, apenas algumas praças e um campo de
futebol, que foi construído, após uma grande luta da comunidade, pois no local existia
um grande lixão a céu aberto, que foi destruído para a construção do campo (Figura -- ).
Existe, também, uma igreja católica (Igreja de Santa Terezinha) e uma igreja
evangélica (Igreja Batista Alvorada), além de alguns poucos pontos comerciais (Figura
das igrejas e pontos comerciais).
A população se queixa da falta de alguns comércios no bairro, como farmácias,
lojas de roupa, supermercado, padaria e outros, pois eles precisam recorrer aos bairros
vizinhos para ter acesso. Entretanto, o que mais preocupa a população do bairro é o lixo,
que mesmo sendo feita a coleta três vezes por semana, alguns moradores do bairro e dos
bairros vizinhos depositam o lixo nos lotes vagos, gerando grande preocupação aos
moradores próximos a esta área de risco, que se queixam, além do risco de doenças, a
desvalorização do bairro (Figura Lixo).
Figura: Rua sem pavimentação. Figura: Campo de futebol.
Figura: Rua sem pavimentação.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura: Igreja católica. Figura: Lote vago com lixo.


Figura: Rua sem pavimentação.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura: Praça que divide as ruas. Figura: Lote vago com mato alto.
Figura: Rua sem pavimentação. Figura: Rua sem pavimentação.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura: Rua R, em fase de pavimentação. Figura: Rua R, em fase de pavimentação.


Figura: Rua sem pavimentação. Figura: Rua sem pavimentação.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

 Bairro Antônio Pimenta


O bairro Antônio Pimenta é um bairro que atende a demanda da população, fica
localizado próximo ao bairro Doutor João Alves e Jardim Alvorada, todas as ruas do
bairro são pavimentadas, possuem rede de esgoto e energia elétrica. No bairro há vários
pontos comerciais, que geram renda e facilitam o consumo dos moradores do bairro e
dos bairros vizinhos. O bairro possui vários bares, lanchonetes, mercearias, padarias,
açougues, oficinas de moto e carro, moto taxistas, floricultura, restaurante, lojas de
roupas, igrejas evangélicas e católicas, entre outros. Nota-se ser um bairro em expansão
devido ao grande número de construções e lotes vagos. Há coleta de lixo três vezes por
semana, lotação que passa a cada 40 minutos e atende toda a demanda da população. A
queixa maior dos moradores é a falta de espaços de lazer, pois o bairro conta somente
com algumas praças, sendo que em uma delas há uma Academia ao Ar Livre. (Fotos).

Figura: Floricultura. Figura: Loja de roupas.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura: Padaria. Figura: Lote vago em frente à padaria.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura: Ponto de Moto taxista Figura: Escola de Pilates.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.


Figura: Casa em construção. Figura: Igreja evangélica.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura: Coleta de lixo. Figura: Mercearia.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

 Bairro Doutor João Alves


Parte do bairro Doutor João Alves (3 microáreas) é acompanhado e atendido
pela ESF Antônio Pimenta I, o bairro é bastante povoado, possui vários pontos
comerciais (Igrejas, lojas, mercearias, bares, escolas, entre outros), possui lotação que
atende a demanda da população e coleta de lixo três vezes semanais.
Este bairro possui algumas áreas consideradas de risco, pois nele encontramos
pontos de prostituição, tráfico de drogas, algumas moradias aglomeradas com condições
desfavoráveis de saneamento básico (fotos não autorizadas, microárea 06), várias ruas
sem pavimentação e infraestruturas adequadas (microáreas 05 e 06). O território conta
com a presença da Escola de Tempo Integral Professor Luiz Flávio Pereira (CCVEC),
que atende crianças do Maternal I e II e Primeiro Período nos períodos matutino e
vespertino. (Fotos).
Figura: Rua sem pavimentação. Figura: Esgoto a céu aberto.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura: Bar em sua sem pavimentação. Figura: Bar em sua sem pavimentação.

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.

4.2.1. Descrição das microáreas


 Microárea 01:
Fazem parte desta microárea 117 famílias, total de 306 pessoas cadastradas, 03
recusas, 04 casas sem cadastro e 07 casas vazias. O ACS responsável é Elisângela
Abreu Silva. O bairro de abrangência é Jardim Alvorada e as ruas de abrangência são:
Rua Aldete Prates (n° 122 a 148 e 329), Rua Chiquinho Viriato (n° 105 a 350), Rua
Joaquim Dutra (n° 92 a 300), Rua Engenheiro Rolando Trindade (n° 171 a 429), Rua
Noêmia do Vale (n° 60 a 206), Rua M (n° 270 a 369), Rua Manoel de Freitas (n° 106 a
402). As principais situações de saúde desta microárea estão contidas na tabela 01.
A microárea possui 02 igrejas evangélicas, 01 igreja católica, 01 mercearia, 01
estação de tratamento de água da COPASA, 01 Presídio (Presídio Feminino Alvorada),
a rua de risco do bairro é somente a Rua Manoel de Freitas, onde há um ponto de tráfico
de drogas e uma casa de prostituição.
Tabela 01: Situação de saúde dos pacientes da microárea 01, da Estratégia em Saúde da
Família Antônio Pimenta I, Montes Claros - MG, 2019.
SITUAÇÃO DE SAÚDE QUANTIDADE
Hipertensos 76
Diabéticos 22
Gestantes 00
Hanseníase 00
Tuberculose 03
Acamados/domiciliados 00
Saúde Mental 12

Fonte: e-SUS, 2019.

 Microárea 02:
Fazem parte desta microárea 128 famílias, com um total de 257 pessoas
cadastradas, 02 recusas, 09 casas sem cadastro e 32 casas vazias. O ACS responsável é
Thiago Wilkens Souza de Oliveira. O bairro de abrangência é Jardim Alvorada e as ruas
de abrangência são: Rua R (n° 20 a 469), Rua Baronesa (n° 90 a 341), Rua Mário
Almeida Furtado (n° 526, 541 e 214 a 50), Rua Chiquinho Viriato (n° 530 a 381), e Av.
Engenheiro Rolando Trindade (n° 189 e 620 a 397). Todas as ruas desta área são
pavimentadas, não possui área de risco,
A micro área possui poucos espaços sociais, somente 02 pracinhas com bancos e
árvores, uma mercearia, poucos lotes vagos. Os pontos comerciais utilizados pelos
moradores ficam localizados no bairro vizinho Antônio Pimenta. A situação de saúde
dos pacientes da área de abrangência está contida na tabela 02.

Tabela 02: Situação de saúde dos pacientes da microárea 02, da Estratégia em Saúde da
Família Antônio Pimenta I, Montes Claros - MG, 2019.
SITUAÇÃO DE SAÚDE QUANTIDADE
Hipertensos 56
Diabéticos 17
Gestantes 02
Hanseníase 00
Tuberculose 00
Acamados/domiciliados 00
Saúde Mental 00

Fonte: e-SUS, 2019.

 Microárea 03:
Fazem parte desta microárea 152 famílias com um total de 284 pessoas
cadastradas, nenhuma recusa, 11 casas sem cadastro e 35 casas vazias. O ACS
responsável é Andréia Soares Rodrigues. O bairro de abrangência é o Antônio Pimenta
e as ruas de abrangência são: Rua Campo Belo (n° 1575 a 8802), Rua Cláudio
Rodrigues Meira (n° 241 a 412), Rua Julieta Getúlio Costa (n° 347 a 488), Rua Luís
Ribeiro da Silva (n° 119 a 261), Rua R (nº 500 a 580), Rua Rosa Mendes Ferreira (n° 40
a 173). O bairro apresenta boa infraestrutura, todas as ruas são pavimentadas, não
apresenta áreas de risco. Pontos comerciais existentes na microárea: 01 praça, 02 igrejas
evangélicas, 01 sorveteria, 01 escola de balé, 01 escola de natação, 01 escola de pilates,
01 ponto de moto táxi, 01 loja de antiguidades, 01 padaria, 02 mercearias, 01 pet shop,
01 floricultura, 03 salões de beleza, 02 lojas de reforma de sofá.

Tabela 03: Situação de saúde dos pacientes da microárea 03, da Estratégia em Saúde da
Família Antônio Pimenta I, Montes Claros - MG, 2019.
SITUAÇÃO DE SAÚDE QUANTIDADE
Hipertensos 41
Diabéticos 09
Gestantes 02
Hanseníase 00
Tuberculose 00
Acamados/domiciliados 00
Saúde Mental 02

Fonte: e-SUS, 2019.

 Microárea 04:
Fazem parte desta microárea 118 famílias e um total de 352 pessoas cadastradas,
04 recusas, 35 casas sem cadastro e 07 casas vazias. O ACS responsável é Maria do
Carmo da Cruz Santos. Os bairros de abrangência são Doutor João Alves e Antônio
Pimenta, as ruas de abrangência são: Avenida das Américas (n°499 a 607), Rua Brasil
(nº 516 a 732), Rua Uruguai (nº 344 a 600), Rua Guiana Inglesa (nº 07 a 38), Rua
Guiana Holandesa (nº 1895 a 2006), Rua Campo Belo (nº 1829 e 1860), Rua Luís
Ribeiro da Silva (nº 100 a 302), Rua R (nº 660 a 726).
A microárea, em sua grande parte, não possui risco, somente a Rua R que não é
asfaltada e possui uma população com baixa renda. Possui vários pontos comerciais: 02
igrejas evangélicas, 01 praça, 02 cabeleireiros, 03 manicures, 02 lojas de roupa, 01
depósito de construção, 01 loja de carro, 01 marcenaria, 01 ferro velho, 07 bares. Nas
microáreas próximas existem farmácia, açougue, supermercado e outros comércios.

Tabela 04: Situação de saúde dos pacientes da micro área 04, da Estratégia em Saúde
da Família Antônio Pimenta I, Montes Claros - MG, 2019.
SITUAÇÃO DE SAÚDE QUANTIDADE
Hipertensos 73
Diabéticos 22
Gestantes 02
Hanseníase 00
Tuberculose 00
Acamados/domiciliados 00
Saúde Mental 04
Fonte: e-SUS, 2019.

 Microárea 05:
Fazem parte desta microárea 128 famílias, totalizando 397 pessoas cadastradas,
possui 03 recusas, 12 casas sem cadastro e 08 casas vazias. A ACS responsável é Gracy
Adeline Antunes Duarte. O bairro de abrangência é Doutor João Alves e abrange as
ruas: Avenida das Américas (nº 470 a 650), Rua Chile (nº 350 a 670), Rua Guiana
Holandesa (nº 2060 a 2165), Guiana Inglesa (nº 110 a 179) e Rua Peru (nº 323 a 675). O
bairro tem uma boa infraestrutura e apresenta 01 rua de risco, a Rua Peru, que possui
pontos de tráfico de drogas e usuários.
A microárea conta com a presença de vários comércios: 01 praça, 03 mercearias,
01 loja de roupas, 01 loja de produtos de limpeza, 01 padaria, 01 loja de troca de óleo,
02 oficinas de moto e carro, 01 reformadora de sofá, 01 marcenaria, 01 serralheria, 01
salão de festas, 01 garagem de carros, 01 restaurante, 01 associação de moradores.

Tabela 05: Situação de saúde dos pacientes da microárea 05, da Estratégia em Saúde da
Família Antônio Pimenta I, Montes Claros - MG, 2019.
SITUAÇÃO DE SAÚDE QUANTIDADE
Hipertensos 54
Diabéticos 17
Gestantes 03
Hanseníase 02
Tuberculose 00
Acamados/domiciliados 00
Saúde Mental 18

Fonte: e-SUS, 2019.

 Microárea 06:
Fazem parte desta microárea 222 famílias e um total de 424 pessoas cadastradas,
04 recusas, 10 casas sem cadastro e 51 casas vazias. A ACS responsável é Lucilene
Aparecida Martins. Abrange o bairro Doutor João Alves e as ruas: Rua Alameda Paris
(nº 08 a 140), Rua Londres (nº 10 a 81), Rua B (nº 09 a 50), Rua C (nº 59 a 101), Rua D
(nº 11 a 75), Rua F (nº 14 a 131), Rua Guiana Holandesa (nº 2186 a 2220A), Rua
Guiana Inglesa (nº 171 a 197B), Rua Venezuela (nº 450 a 780F).
A microárea possui várias ruas de risco, Ruas C, D e F, que não possuem asfalto,
algumas casas sem boas condições de saneamento básico, não possuem rede de esgoto e
água encanada, pontos de tráfico de drogas, usuários de drogas e de prostituição, e
famílias com baixa renda. A microárea possui como espaços sociais: 01 Escola de
Tempo Integral, 02 mercearias, 01 bar, 01 oficina de carro e uma serralheria.

Tabela 06: Situação de saúde dos pacientes da microárea 06, da Estratégia em Saúde da
Família Antônio Pimenta I, Montes Claros - MG, 2019.
SITUAÇÃO DE SAÚDE QUANTIDADE
Hipertensos 54
Diabéticos 17
Gestantes 03
Hanseníase 02
Tuberculose 00
Acamados/domiciliados 00
Saúde Mental 18

Fonte: e-SUS, 2019.

4.3. Descrição Demográfica do Território


O perfil demográfico de uma população é importante, pois revela a
predominância, ou não, de vários fatores relacionados à saúde da população. Será
expresso a seguir, valores relacionados ao perfil populacional por sexo, faixa etária e
usuários de plano de saúde.

Microárea 01- O gráfico 1 representa o perfil populacional por sexo da


microárea 01, onde é predominante a população do sexo feminino em relação ao sexo
masculino.

GRÁFICO 1- Perfil populacional por sexo, da microárea 01, ESF Antônio Pimenta I, Montes
Claros - MG, 2019.

170 167

165

160

155
Microárea 01
150
Series1
145 142

140

135

130

125
FEMININO MASCULINO
Fonte: e-SUS, 2019.
O gráfico 1.1 representa o perfil populacional por faixa etária desta mesma
microárea, onde é predominante a população com 60 anos ou mais, seguida de adultos
jovens entre 30 e 39 anos e não existem pacientes com 1 ano ou menos.

GRÁFICO 1.1 - Perfil populacional por faixa etária, da microárea 01, ESF Antônio
Pimenta I, Montes Claros- MG, 2019.

Microárea 01
60

50

40

30
Faixa
Etária

20

10

0
<1 1 -4 5 -9 10 -14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50-59 > 60

Fonte: e-SUS, 2019.

Microárea 02- Está representado no gráfico 02 o perfil populacional por sexo da


microárea 02, onde o sexo feminina representa a maioria das pessoas cadastradas.

GRÁFICO 02- Perfil populacional por sexo, da microárea 02, ESF Antônio Pimenta I,
Montes Claros - MG, 2019.

180

160 155

140

120 Microárea 02
102
100

80 Series1

60

40

20

0
FEMININO MASCULINO

Fonte: e-SUS, 2019.


O gráfico 2.1 nos mostra o perfil populacional por faixa etária da microárea 02,
onde a maioria da população é formada por adultos entre 30 e 39 anos, seguidos de 50 e
59 anos.

GRÁFICO 2.1 - Perfil populacional por faixa etária, da microárea 02, ESF Antônio Pimenta I,
Montes Claros - MG, 2019.

Microárea 02
100
90
80
70
60
50 Faixa
Etária
40
30
20
10
0
<1 1 -4 5 -9 10 -14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50-59 > 60

Fonte: e-SUS, 2019.

Microárea 03- O perfil populacional da microárea 03, em relação ao sexo,


predomina o sexo feminino, mas em uma proporção não muito discrepante em relação
ao masculino.

GRÁFICO 03- Perfil populacional por sexo, da microárea 03, ESF Antônio Pimenta I,
Montes Claros - MG, 2019.
180
159
160

140
125
120
Microárea 03
100

80 Series1
Fonte: e-SUS, 2019.
60

40

20

0
FEMININO MASCULINO

A faixa etária predominante na microárea 03 é a população com 60 anos ou mais


anos, seguida da faixa etária 30 a 39 anos, e a menos populosa é a de 1 ano ou menos.

GRÁFICO 3.1- Perfil populacional por faixa etária, da microárea 03, ESF Antônio Pimenta I,
Montes Claros - MG, 2019.

Microárea 03
60

50

40

30
Faixa
20 etária

10

0
<1 1 -4 5 -9 10 -14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50-59 > 60

Fonte: e-SUS, 2019.


Microárea 04- O perfil populacional por sexo na microárea 04 é maioria do
sexo feminino.

Gráfico 4- Perfil populacional por sexo, da microárea 04, ESF Antônio Pimenta I, Montes
Claros - MG, 2019.

250

207
200

145 Microárea 04
150

Series1
100

50

0
FEMININO MASCULINO

Fonte: e-SUS, 2019.

A faixa etária predominante nesta microárea é da população com 60 anos ou


mais, seguida da população entre 50 e 59 anos.

GRÁFICO 4.1- Perfil populacional por faixa etária, da microárea 04, ESF Antônio Pimenta I,
Montes Claros - MG, 2019.

Microárea 04
70

60

50

40

30 Faixa
etária
20

10

0
<1 1 -4 5 -9 10 -14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50-59 > 60

Fonte: e-SUS, 2019.


Microárea 05- O sexo predominante na microárea 05 é o sexo feminino, sendo
que menos que 1/3 pertence ao sexo masculino.

GRÁFICO 5- Perfil populacional por sexo, da microárea 05, ESF Antônio Pimenta I,
Montes Claros - MG, 2019.

215
210
210

205

200 Micro área 5

195
Series1
190 187

185

180

175
FEMININO MASCULINO

Fonte: e-SUS, 2019.

A maior faixa etária da microárea 05 é representada pela população entre 40 e 49


anos, seguido da população entre 20 e 29 anos, sendo a minoria a população com 1 ano
ou menos.

GRÁFICO 5.1- Perfil populacional por faixa etária, da microárea 05, ESF Antônio Pimenta I,
Montes Claros- MG, 2019.

Micro área 5
70

60

50

40 Faixa
etária
30

20

10

0
<1 1 -4 5 -9 10 -14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50-59 > 60

Fonte: e-SUS, 2019.


Microárea 06- O perfil populacional por sexo nesta microárea é maioria do sexo
feminino.

GRÁFICO 06- Perfil populacional por sexo, da microárea 06, ESF Antônio Pimenta I,
Montes Claros - MG, 2019.
230

225 224

220

215
Microárea 06
210

205 Series1
200
200

195

190

185
FEMININO MASCULINO

Fonte: e-SUS, 2019.

O perfil populacional por faixa etária na microárea 06 é, majoritariamente, de


adultos jovens, entre 30 e 39 anos, seguidos dos adultos entre 20 e 29 anos.

Gráfico 6.1- Perfil populacional por faixa etária, da microárea 06, ESF Antônio Pimenta I,
Montes Claros - MG, 2019.

100
Microárea 06
90
80
70
60
Faixa
50 etária
40
30
20
10
0
<1 1 -4 5 -9 10 -14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50-59 > 60

Fonte: e-SUS, 2019.


Gráfico 07: População das micro áreas 01, 02, 03, 04, 05 e 06 usuárias de plano de saúde

Usuários de Planos de Saúde

Micro 1 36

Micro 2 25
Micro 3 64
Micro 4 49
Micro 5 02
Micro 6 11

Fonte: e-SUS, 2019.

PRI---------------------------------------------------------------------------------
4.4. Descrição do perfil socioeconômico do território

Para a caracterização do perfil socioeconômico do território, foram levados em


consideração ......

4.5. Descrição do quadro epidemiológico do território

Através do relatório de Cadastro Individual referente ao e-Sus das 06 micro áreas


consolidadas, foi observado que o problema de saúde mais frequente é a hipertensão
arterial acometendo um total de 359 pessoas, seguido pelo elitismo com um total de 138
pessoas, tabagismo com um total de 115 pessoas e o diabetes mellitus com 105 pessoas
diagnosticadas. No gráfico (X) ficam evidenciadas as principais condições de saúde
existentes na área.

Principais Condições de Saúde


400

350

300

250

200

150

100

50

0
Hipertensão Etilismo Tabagismo Diabetes

Gráfico (X): Principais condições de saúde da população da ESF Antônio Pimenta I


cadastrada nas micro áreas 1, 2, 3, 4,5 e 6.

No território atualmente, existem 17 gestantes cadastradas e acompanhadas. Como pode


ser observado no gráfico (X), cinco residem na micro-área 1 – , 01 na micro-área 2 –
01 na micro-área 3, cinco na micro-área 4, duas na micro-área 5 e três na micro-área 6

Gestantes cadastradas e acompanhadas na ESF Antônio


Pimenta I

18%
29%

12%

6%
6%
29%

Micro-área 01 Micro-área 02 Micro-área 03 Micro-área 04 Micro-área 05 Micro-área 06

Gráfico (X): Gestantes cadastradas e acompanhadas na ESF Antônio Pimenta I.


4.6. Sistema Local de Saúde

4.6.1. Recursos Humanos

Tabela (x) Profissionais da ESF Antônio Pimenta I: função, formação e vínculo.

Nome Função Formação/ Vínculo


Empregatício
Natalia Gonçalves Médica Residente em Saúde da
Santana Rocha Família pelo
HUCF/UNIMONTES
Priscila Martins Santos Enfermeira Residente em Saúde da
Família pelo
HUCF/UNIMONTES
Anne Karoline Santos Cirurgiã-Dentista Residente em Saúde da
Magalhães Família pelo
HUCF/UNIMONTES
Ariadna Angélica R. Dias Téc. de Enfermagem Efetiva pela Prefeitura
Municipal de Montes Claros
Cristina Maria de Jesus Auxiliar de Saúde Bucal
Elisangela Abreu Silva Agente Comunitário de Assiste Social/ Contratada
Saúde pela Prefeitura Municipal de
Montes Claros
Thiago Wilkens Souza de Agente Comunitário de Contratada pela Prefeitura
Oliveira Saúde Municipal de Montes Claros
Andreia Rodrigues Agente Comunitário de Contratada pela Prefeitura
Soares Dias Saúde Municipal de Montes Claros
Maria do Carmo da Cruz Agente Comunitário de Psicológa/ Contratada pela
Santos Saúde Prefeitura Municipal de
Montes Claros
Gracy Adeline Antunes Agente Comunitário de Contratada pela Prefeitura
Duarte Saúde Municipal de Montes Claros

Lucilene Aparecida Agente Comunitário de Contratada pela Prefeitura


Martins Saúde Municipal de Montes Claros

4.6.2. Estrutura Física, Localização e Acessibilidade

A Estratégia Saúde da Família Antônio Pimenta localiza-se à Rua Mailde Pereira


Rocha, S/N, Antônio Pimenta, Montes Claros, Minas Gerais.

A ESF compartilha a Unidade com três equipes: Antônio Pimenta I, Antônio


Pimenta II e Antônio Pimenta III.
O prédio que comporta as equipes é constituído por:
- Recepção;
- Sala de Curativo;
- Sala de Cuidados Básicos;
- Farmácia;
- Sala de Vacina;
- 03 Consultórios Odontológicos;
- 01 Consultório de Psicologia;
- 01 consultório Ginecológico;
- 05 consultórios clínicos;
- Sala da Gerência;
- Área para esterilização;
- Almoxarifado
- DML;
- Copa;
- Cozinha;
- Sala de Reuniões;
- Banheiro para Portadores de Deficiência Física;
- Banheiros feminino e masculino para usuários;
- Banheiros feminino e masculino para funcionários;

ANEXAR FOTOS

4.6.3. Equipamentos

Os equipamentos disponíveis são compartilhados entre as equipes (Antônio Pimenta I,


Antônio Pimenta II e Antônio Pimenta III), boa parte destes está em bom estado de
conservação, outros equipamentos se encontra na necessidade de troca como balança
pediátrica de até 15 kg. São eles:

- 01 sonar compartilhado entre as três equipes

- 02 réguas antropométricas pediátrica de madeira

- Computador com Internet: Sendo 01 computador presente em quatro consultórios


que ocorrem atendimentos, 01 computador na Sala de Cuidados Básicos de
Enfermagem, 01 computador na sala de vacina, 04 computadores na sala da gerência, 01
computador na recepção e 01 computador na farmácia.
- 03 impressoras

- Esfigmomanômetro e Estetoscópio: presentes na sala de cuidados básicos de


enfermagem;
- Glicosímetro: presentes na sala de cuidados básicos de enfermagem.
- Geladeira: uma na sala de vacina e uma na cozinha;
A estrutura física da unidade é composta por consultório odontológico. Os
equipamentos odontológicos de apoio existentes são: 01 equipo, 01 compressor, 01
fotopolimerizador, 01 amalgamador, 01 caneta de alta rotação, 01 caneta de baixo
rotação 01 micro-motor, instrumentais diversos (restauradora, cirurgia, periodontia),
materiais de consumo (gaze, algodão, cimentos, resinas, papel toalha, brocas, etc.), 01
mesa, 01 arquivo, 01 armário para os materiais de consumo, 01 armário para os
instrumentais esterelizados, 01 mocho, 02 cadeiras. Os equipamentos e demais recursos
materiais estão em bom estado de conservação.
Anexar Fotos

4.6.4. Horário de Funcionamento

A unidade funciona para atendimento ao público – recepção – de 07hàs 17h e 30min,


de segunda a sexta-feira. Os profissionais da ESF Antônio Pimenta I exercem suas
atividades no horário de 07h e 30min às 11h e 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min.
A sala de vacina funciona de 08h às 11h e 00min e das 14h ás 17h, a farmácia das 07h
às 11h e das 13h ás 17h.

Anexar fotos

4.6.5. Organização do acesso à demanda aguda e crônica

O acolhimento é realizado todos os dias pela manhã, a partir das 07h e 00min, sendo as
senhas entregues até as 08h. A ESF Antônio Pimenta está em fase de projeto piloto
com o sistema de Acesso Avançado, o qual preconiza o atendimento dos pacientes em
até 48 horas, cujo objetivo é: “Fazer o trabalho de hoje, hoje”. Este modelo vem sendo
muito utilizado e bem referenciado em outros países e está sendo adequado à nossa
realidade. Atualmente, o médico e o enfermeiro realizam a escuta qualificada dentro do
consultório clínico, após realizar esse processo com todos os pacientes, é feita a
discussão dos casos e definidos quais serão atendidos pelo médico e pelo enfermeiro
alguns são pacientes sem necessidade de demanda aguda ou cuidado continuado são
agendados para o atendimento ocorrer em até 48 horas.

A renovação de receitas é feita pelo médico da unidade nas terças-feiras às 13h e 30 min
na presença do paciente na sala de reunião da unidade exceto a primeira terça-feira útil
do mês que é reservado para o fechamento da produção dos funcionários da Equipe
Antônio Pimenta I. Neste momento a enfermagem realiza aferição da pressão arterial e
verificação da glicemia capilar nos pacientes. Ocorre a retirada de dúvidas em relação
ao uso das medicações e verificação do uso abusivo de medicamentos de uso continuo.

A odontologia possui porta de entrada independente, onde são realizados os


acolhimentos durante todo turno de trabalho. A urgências são atendidas na parte da
manhã sendo 02 urgências das 07:30 as 08:00 e no período vespertino 02 urgências das
13:30 ás 14:00. Após o atendimento das urgências é realizado o atendimento aos
pacientes agendados sendo 04 no turno da manhã e 04 no turno da tarde. Durante o mês
a equipe da Odontologia da Esf Antônio Pimenta disponibiliza 05 vagas aos pacientes
da ESF João Botelho, que no momento não possui equipe de saúde bucal, além de
cobrir a demanda das urgências.

ANEXAR FOTOS

4.6.6. Referência e Contra Referência

A referência e contra referência com outros serviços de saúde ocorre com o Centro de
Referência em Atenção à Saúde do Idoso – CRASI do Hospital Universitário Clemente
Faria. Programa Melhor em Casa, que oferece tratamento domiciliar para pacientes com
necessidade de reabilitação motora, idosos que sofram de doença crônicas sem
agravamento ou que estejam em situação pós-cirúrgica e com possibilidade de
desospitalização. Ambulatório de Feridas que ocorre atendimento por equipe
multiprofissional ao paciente com ferida.
As especialidades médicas e odontológicas são agendadas conforme o número de
vagas disponibilizadas para cada. Nesse caso, o paciente deixa seu encaminhamento,
feito pelo médico e/ou cirurgião-dentista da ESF no administrativo e o responsável
coleta os dados necessários para o agendamento, o Agente Comunitário de Saúde
comunica ao usuário quando sua consulta for agendada.
A principal Unidade de Referência em Urgência é o pronto atendimento do Hospital
Doutor Alpheu Gonçalves de Quadros, com horário de funcionamento 24 horas todos os
dias da semana.
Os exames básicos laboratoriais são encaminhados para os laboratórios do
Dilson Godinho, São Paulo e Santa Clara sendo este último designado para gestantes, a
partir de uma organização de cotas mensais para cada unidade de Montes Claros-MG.
Na odontologia, a referência no atendimento especializado é o Centro de
Especialidades Odontológicas (CEO). No município de Montes Claros possui três CEO
sendo eles CEO HU, CEO Santos Reis e CEO Ariosto. Os pacientes são inseridos na
demanda reprimida do município e a coordenação de saúde bucal gera a demanda
reprimida em seguida é encaminhado para as Unidades os agendamentos constando a
data, horário e local das consultas.

4.6.7. Riscos Ocupacionais

Os riscos ocupacionais mais presentes na unidade são os riscos biológicos, os quais


estão relacionados ao contato com pessoas com doenças infectocontagiosas e também
com fluidos corporais relacionados a alguns procedimentos realizados.
Há também a exposição aos riscos físicos, em especial, à exposição aos raios
ultravioletas que ocorre durante as visitas domiciliares, além de acidentes
automobilísticos, ao cruzar vias de tráfego intenso e outros acidentes de percurso.
Os riscos químicos também são inerentes aos serviços prestados pela ESF, pelo
contato com muitas substâncias irritativas e tóxicas, como hipoclorito de sódio, álcool e
substâncias odontológicas.
DESCREVER RISCOS ESPECIFICOS ?!

ANEXAR FOTOS

4.6.8. Dados de produção e rendimento da equipe


Os principais procedimentos realizados pela equipe de Enfermagem (enfermeira e
técnico de enfermagem) serão apresentados considerando os meses de abril, maio, junho
e julho.
O gráfico X mostra o número de crianças avaliadas através da puericultura,

4.6.9. Necessidades

4.6.10. Processo de Trabalho

4.6.11. Resultados da Estimativa Rápida Participativa

5.0- Orientação Comunitária


A orientação comunitária é realizada pelos membros da Equipe Antônio Pimenta
I, atualmente tem sido desenvolvido com os pacientes grupos de educação em saúde dos
hipertensos e diabéticos, grupo de planejamento familiar, grupo de artesanato para
saúde mental, grupo da 3° idade, onde são desenvolvidos alongamentos, momentos de
relaxamento com músicas, bingos, viagens e rodas de conversa.
Tem sido realizado na unidade um bazar, onde são vendidos roupas, calçados e
acessórios, e os recursos levantados serão aplicados na compra de matérias para
melhoria da unidade, como material para confecção de artesanato para o grupo de saúde
mental, e seladora para embalagem de materiais de uso odontológico.
As ações coletivas foram realizadas na Escola Municipal Professora Hilda
Carvalho Mendes, com crianças do ensino fundamental do 1° ao 4° ano na faixa etária
de 06 a 12 anos, e na Escola de Tempo Integral Professor Luiz Flávio Pereira (CCVEC)
com maternal, primeiro e segundo períodos, atendendo crianças de 01 a 05 anos de
idade.
Figura: Bazar realizado na ESF Antônio Pimenta.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura: Grupo de Idosos.

Fonte: Arquivo pessoal.

6.0- Integrações com cursos de graduação da Unimontes e/ou outras instituições


Atualmente, a ESF Antônio Pimenta I, compartilha as acomodações com as
ESF’s Antônio Pimenta II e Antônio Pimenta III, e recebem acadêmicos de várias
instituições de ensino do município de Montes Claros, como, acadêmicos de
odontologia, enfermagem e medicina da Unimontes, Funorte e Faculdades Integradas
Pitágoras, acadêmicos de farmácia da Faculdades Santo Agostinho, além dos residentes
da Residência Multiprofissional em saúde da família do Hospital Universitário
Clemente Faria (HUCF)/ Unimontes (dentistas, enfermeiros e psicólogos), e residente
em Saúde da Família do HUCF/ Unimontes (médicos), além de seus respectivos
preceptores, além de acadêmicos participantes do PET (médicos, dentistas e
enfermeiros).
No caso da medicina, há presença de três acadêmicos do internato da
faculdade Pitágoras e Unimontes que realizam consultas médicas, grupos operacionais e
visitas domiciliares, supervisionadas pelos médicos residentes de cada equipe.
Na enfermagem, há 06 acadêmicos do curso técnico de enfermagem do
Excelência, e atividades que eles desenvolvem. São supervisionados por profissionais
da própria instituição de ensino.
Na odontologia há três acadêmicos do 7º período da Unimontes, que realizam
atividades nos grupos operativos, visitas domiciliares e territorialização da área da
equipe de atuação, além de tratamento restaurador atraumático (ART) com alunos de
escolas atendidas pela equipe. E doze acadêmicos do 3° período da faculdade Pitágoras,
que participam das atividades de grupos operativos, e assistem aos atendimentos
odontológicos.
Os residentes da enfermagem psicologia, odontologia e medicina, atuam
atendendo toda demanda da população, com atendimentos agendados, atendimentos de
urgência e acolhimento aos pacientes, além de coordenar e executar os grupos
operativos da unidade.
E por fim, um acadêmico de farmácia, da faculdade Santo Agostinho, que
participa de atividades de entrega de medicamentos, recebimento e acomodação dos
mesmos em locais apropriados, orientação ao público e organização da farmácia.

Figura: Acadêmicos Unimontes Figura: Acadêmicos Unimontes

Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.


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7.0-

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