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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO

O FRANCISCO

RESIDÊNCIA
NCIA DE MEDICINA DE FAM
FAMÍLIA
LIA E COMUNIDADE

MARCOS COSTA SANTOS

EXPERIÊNCIA NA IMPLANTAÇÃO DA AURICULOTERAPIA EM


UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM
PETROLINA/PE

PETROLINA/PE
2018
1

MARCOS COSTA SANTOS

EXPERIÊNCIA NA IMPLANTAÇÃO DA AURICULOTERAPIA EM


UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM
PETROLINA/PE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à


comissão avaliadora da Residência de Medicina de
Família e Comunidade da Universidade Federal do
Vale do São Francisco como requisito para obtenção
do grau de Especialista em Medicina de Família e
Comunidade
Orientador: Prof. Wandson Alves Ribeiro Padilha
Co-orientador: Prof. Allana Moreira Silva de
Carvalho

PETROLINA/PE
2018
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EXPERIÊNCIA NA IMPLANTAÇÃO DA AURICULOTERAPIA EM


UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM
PETROLINA/PE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à


comissão avaliadora da Residência de Medicina de
Família e Comunidade da Universidade Federal do
Vale do São Francisco como requisito para obtenção
do grau de Especialista em Medicina de Família e
Comunidade
Orientador: Prof. Wandson Alves Ribeiro Padilha
Co-orientador: Prof. Allana Moreira Silva de
Carvalho

______________________________________________
Autor: Marcos Costa Santos

______________________________________________
Orientador: Prof. Wandson Alves Ribeiro Padilha

______________________________________________
Co-orientador: Prof. Allana Moreira Silva de Carvalho

PETROLINA/PE
2018
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EXPERIÊNCIA NA IMPLANTAÇÃO DA AURICULOTERAPIA EM


UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM
PETROLINA/PE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à


comissão avaliadora da Residência de Medicina de
Família e Comunidade da Universidade Federal do
Vale do São Francisco como requisito para obtenção
do grau de Especialista em Medicina de Família e
Comunidade
Orientador: Prof. Wandson Alves Ribeiro Padilha
Co-orientador: Prof. Allana Moreira Silva de
Carvalho

Aprovada em: / /

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________
Universidade Federal do Vale do São Francisco

______________________________________________
Universidade Federal do Vale do São Francisco

______________________________________________
Universidade Federal do Vale do São Francisco
4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................6
2. REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................................6
2.1. História e conceito da Auriculoterapia..........................................................................6
2.2. Mecanismos biológicos envolvidos na Auriculoterapia................................................9
2.3. As Práticas Integrativas e Complementares no SUS...................................................10
2.4. Benefícios da Auriculoterapia......................................................................................11
3. OBJETIVOS.......................................................................................................................12
3.1. Objetivos Gerais..........................................................................................................12
3.2. Objetivos Específicos..................................................................................................12
4. METODOLOGIA...............................................................................................................12
4.1. A implantação da Auriculoterapia na USF..................................................................12
4.2. A técnica......................................................................................................................14
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................15
6. CONCLUSÃO....................................................................................................................18
REFERÊNCIAS........................................................................................................................19
ANEXO 1..................................................................................................................................24
ANEXO 2..................................................................................................................................25
ANEXO 3..................................................................................................................................26
5

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1. FIGURA 1.............................................................................................................................8
2. FIGURA 2.............................................................................................................................9
6

1 – INTRODUÇÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso é um relato de experiência da implantação da


Auriculoterapia numa Unidade de Saúde da Família no Município de Petrolina-PE durante o
período da Residência de Medicina de Família e Comunidade da Universidade Federal do
Vale do São Francisco - UNIVASF no período compreendido entre 2017 e 2018, como parte
da carga horária da residência. Essa implantação foi proposta a partir do Curso de Formação
em Auriculoterapia para profissionais de saúde da Atenão Primária à Saúde (APS). Descreve
as impressões pessoais a respeito do processo de implantação, do reconhecimento dos
profissionais de saúde e da aceitação e participação dos usuários por demanda própria,
participação de grupos ou em atendimentos estruturados.

As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são práticas de saúde que realizam


prevenção, tratamento e cura na perspectiva de que as doenças não são causadas por um
agente exterior, mas pela desarmonia ou desequilíbrio de fatores ou “forças” atuantes no
“sujeito” corpo/mente/espírito por meio de tecnologias leves, acolhendo a subjetividade em
vez da doença. Dessa forma, as PICs permitem o emponderamento da autonomia e a
abordagem da integralidade do indivíduo aproximando a APS de outras racionalidades
médicas com um viés menos biologicista e fragmentado, atuando de forma complementar,
sem a pretensão de substituir uma pela outra (TEIXEIRA, 2014).

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde criada em 2006


sugere que as PICs devem ser introduzidas no SUS com enfoque na APS (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2006). No entanto, estudos abordando aplicação das PICs no contexto da APS ainda
são escassos e, levando-se em consideração a grande extensão territorial e a pluralidade socio-
cultural no Brasil, torna-se ainda mais difícil a generalização de seus resultados. Por essa
razão, o desenvolvimento de novos estudos e a difusão do conhecimento das PICs entre os
profissionais de saúde, principalmente da APS, se faz necessário para sua efetiva
implementação no SUS.

2 – REVISÃO DE LITERATURA

2.1 – História e conceito da Auriculoterapia

A auriculoterapia é uma técnica que descende da acupuntura e como tal, faz parte da
racionalidade da medicina tradicional chinesa (MTC). Segundo a MTC, as doenças decorrem
do desequilíbrio das forças ou fluxos de energia, levando à disfunção dos órgãos e do sistema
como um todo. Diversas técnicas capazes de atuar sobre esses fluxos ou canais foram
desenvolvidas dentro dessa racionalidade. Atualmente, no Brasil, elas estão incluídas num
conjunto de práticas chamadas Práticas Integrativas e Complementares (PICs) (SILVA AJ,
2016).
7

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma arte milenar largamente utilizada no mundo
oriental que ganhou bastante espaço no ocidente como forma complementar ou alternativa à
medicina ocidental. Diferentemente da racionalidade médica ocidental, a MTC atua com o
conceito de funções ampliadas dos órgãos e também fluxos de energia que não são
representados anatomicamente (SILVA AJ, 2016).

Na MTC os elementos madeira, fogo, terra, metal e água regem movimentos da natureza
exercendo funções em órgãos específicos no corpo humano e sobre o cosmos. Segundo os
princípios do Taoismo, cada um desses movimentos assume estados de yin ou yang, ambos
atuando em complementaridade, estabelecendo a harmonia universal e no corpo humano
(SILVA AJ, 2016).

Na acupuntura sistêmica, a harmonia dos fluxos de energia depende da passagem por uma
diversidade de pontos que se distribuem em canais ou meridianos pelo corpo[figura 1]. Esses
pontos distribuídos no corpo atuam equilibrando Chi ou “Energia Vital”, restaurando e
equilibrando as forças, mantendo a homeostase das naturezas física e psíquica (SILVA AJ,
2016).
Figura 1 – Distribuição dos Meridianos

fonte: curso de especialização em auriculoterapia para profissionais da atenção básica - módulo 3


8

Já na auriculoterapia, uma menor quantidade de pontos localizados no pavilhão auricular


possui íntima relação com esses canais de energia, sendo que, dos doze meridianos, apenas
metade passa diretamente pela orelha e o restante se comunica com o pavilhão através de seus
colaterais, e assim com todos os órgãos e sistemas (MINISTERIO DA SAÚDE, 2016).

Apesar de a auriculoterapia ter sido tradicionalmente trabalhada na MTC como apêndice


da acupuntura sistêmica, ela ainda não era sistematizada com postulados próprios no princípio
(SILVA AJ, 2016). Para além da medicina chinesa, a auriculoterapia foi aplicada ao longo de
séculos de forma independente em outras regiões do oriente e europa oriental estendendo-se
também para outros países ocidentais. Há relato de punções, sangrias e cauterizações no
pavilhão auricular para tratamento de dor crônica, processos inflamatórios e nevralgia
realizados há mais de 2.000 anos A.C no Egito antigo (PU-WEI HOU ET AL, 2015; GORI L,
FIRENZUOLI F, 2007; OLESON T, 2013).

Em 1950 médicos franceses, dentre eles, Paul Nogier e depois seu filho, dedicaram-se ao
estudo da auriculoterapia e foram importantes para o desenvolvimento de um novo conceito
baseado no desenvolvimento de folhetos embrionários, associados à conformação do pavilhão
auricular na disposição de um feto invertido [figura 2] (SILVA AJ, 2016).

Figura 2 - Disposição de feto invertido

Fonte: curso de especialiazação em auriculoterapia para profissionais da atenção básica - módulo 2

A teoria da reflexologia adotada pela escola francesa postula que cada um dos pontos
auriculares têm correspondência topográfica com órgãos e sistemas do corpo humano,
podendo atuar diretamente sobre diversas disfunções orgânicas. Os estudos dessa escola ainda
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foram responsáveis por ampliar o número de pontos auriculares conhecidos e diversificar sua
aplicação adotando uma racionalidade ocidental (OLESON T, 2013).

Os mapas com pontos reflexos (somatotópicos) desenvolvidos por Paul Nogier


influenciaram a formação de mapas da auriculoterapia chinesa e de outras vertentes da
auriculoterapia. Por volta da década de 1970 os mapas de auriculoterapia impulsionaram o
interesse em auriculoterapia levando ao desenvolvimento de uma escola chinesa com mapas e
postulados próprios obtidos através da observação e da experimentação empírica apoiados na
racionalidade médica oriental (GARCIA E, 1999).

2.2 – Mecanismos biológicos envolvidos na Auriculoterapia

A orelha possui relação íntima com o Sistema Nervoso Central, e com o restante do corpo
sendo assim um "elo" entre as duas partes. Em razão da relação somatotópica da orelha com o
restante do organismo, a auriculoterapia pode ser utilizada tanto para diagnóstico de doenças
quanto para tratamento. Estudos duplo-cego encontraram concordância de 75% a 78,6% na
localização de patologias reais do corpo através da avaliação auricular utilizando inspeção do
pavilhão, teste de dor a compressão e da condutividade elétrica na orelha (FIRENZUOLI
GORI; FIRENZUOLI F, 2007; ROMOLI M; MAZZONI R, 2009; ROMOLI M. 2010). Isso
pode explicar o fato de que frequentemente se observam alterações na orelha quando ocorrem
patologias do corpo.

Estudos neurofisiológicos tem associado mecanismos ativadores e inibitórios das vias da


dor aos benefícios encontrados na auriculoterapia. Estímulos nociceptivos na pele podem
atuar inibindo a via ascendente da dor, reduzindo a sua percepção (XIA Y; DING, G; WU G-
C, 2013; HARRIS RA; JENNER P, 2013; MELZACK R; WALL PD, 1999). Da mesma
forma, estímulos no núcleo da rafe e do locus ceruleos podem ser responsáveis pela ativação
da via inibitória descendente da dor, que tem a função de liberar opióides endógenos, dentre
eles as endorfinas, capazes de inibir a ascensão do estímulo doloroso ao Sistema Nervoso
Central (MILLAN MJ, 2002).

Outros dois mecanismos propostos são o controle da inflamação por meio do estímulo do
nervo vago e do sistema límbico. O nervo vago é responsável pela ativação do eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal e pela liberação de acetilcolina. Através da ativação da via
colinérgica, o nervo vago inibe a liberação de TNF-alfa dos macrófagos reduzindo a cascata
inflamatória. Dessa forma, o estímulo nervoso poderia atuar sobre problemas inflamatórios,
bem como sobre a resposta imunológica a infecções (DA SILVA MA; DORSHER PT, 2014;
HE W; WANG X; SHI H. et al, 2012). Por outro lado, o mecanismo de modulação do sistema
límbico, ainda não está bem esclarecido. Acredita-se que ele seja responsável pela atuação
sobre os sintomas de ansiedade e depressão (LEDOUX JE, 2000; FONSECA FR;
NAVARRO M, 1998).
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2.3 – As Práticas Integrativas e Complementares no SUS

A experiência com a auriculoterapia, principalmente quando associada à racionalidade da


MTC, permite uma visão mais holística do indivíduo, para além da patologia orgânica, o que
possibilita atingir mais amplamente o conceito da integralidade. Essa dimensão do cuidado é a
principal característica que aproxima as práticas integrativas aos princípios da APS.

A introdução das PICs no Brasil recebeu forte apoio da OMS, que desde a década de 1980,
por meio de resoluções, tem incentivado o desenvolvimento de estudos científicos
respaldando e integrando essas práticas com a racionalidade ocidental e estimulado a inserção
de abordagens nos sistemas de saúde que buscam:

[...] estimular mecanismos naturais de prevenção de agravos e de


recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase
na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na
integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

No ano 2000, a 11º Conferencia Nacional de Saúde recomendou a introdução das práticas
não convencionais na Atenção Básica através do Programa de Saúde da Família e do
Programa de Agentes Comunitários de Saúde, inicialmente com a acupuntura e homeopatia.
A auriculoterapia foi implantada no SUS em 2006 através da Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICs) que orientou “a adoção das Secretarias de
Saúde dos Estados e dos Municípios, implantação e implementação das ações e serviços
relativos às PICs” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

A PNPICs em 2006 ainda sugere a implementação das práticas integrativas em todos os


níveis do sistema, com ênfase na APS, ampliando o acesso e garantindo a qualidade, eficácia,
eficiência e segurança no uso das práticas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Elas são
ferramentas potenciais de prevenção e promoção da saúde uma vez que envolvem baixa
densidade tecnológica, fácil acesso a insumos, aplicabilidade viável às instalações das
Unidades de Saúde da Família, boa relação custo-efetividade e possibilidade de economia de
recursos em populações que já utilizaram essas práticas (HERMAN, P.M.; POINDEXTER,
B.L.; WITT, C.M. et al, 2012).

Em março de 2018, o Ministério da Saúde publicou a inclusão de 10 novas práticas


integrativas a serem ofertadas pelo SUS, passando de dezenove em 2017 para vinte e nove
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Ao todo já são 134 práticas cadastradas na tabela de
Serviços do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Além disso, houve um incentivo à oferta desses serviços
na rede e à capacitação de profissionais da APS para exercerem práticas integrativas como
Fitoterapia e Auriculoterapia.

Em 2017 foram registrados 142 mil atendimentos em auriculoterapia no SUS


(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Atualmente, 88% dessas práticas realizadas no SUS são
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desenvolvidas em estabelecimentos da atenção primária. Compete ao gestor municipal a


inserção desses serviços e destino de recursos que compõem o piso da Atenção Básica,
ficando apenas alguns serviços com financiamento dentro do setor de média e alta
complexidade a exemplo da acupuntura (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018*).

As PICs tem grande potencial de empoderamento e de produção de autonomia,


recolocando o paciente no centro do cuidado. Outras práticas como a fitoterapia contam com
aceitação e o conhecimento popular tradicional, podendo ser facilmente introduzidas,
aumentando o acesso à saúde pública em locais onde há pouca oferta de serviços e ajudando a
reduzir a grande demanda da rede secundária. Por essas razões, as práticas integrativas
possuem atributos essenciais que justificam sua implementação na Atenção Primária.
(FREITAS FPP, 2015; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).

Alguns autores tem colocado em questão o uso das práticas integrativas para queixas
pontuais e específicas ou apenas nos casos que não apresentaram resposta à terapia
medicamentosa, como a mera substituição de medicamentos por procedimento de
auriculoterapia. Possivelmente, essa prática pode estar relacionada à formação biomédica e ao
desejo de resolutividade que produzem o sentimento de impotência ante aos desafios da
clínica. Corre-se o risco de estabelecer-se uma ótica reducionista da complementaridade das
PICs e, seguindo a lógica, instituir-se a medicalização da auriculoterapia, subestimando seu
potencial de atingir a integralidade do sujeito (SILVA EDC, TESSER CD, 2013).

2.4 – Benefícios da Auriculoterapia

A acupuntura auricular tem sido largamente utilizada para alívio de dores em geral. Vários
trabalhos têm demonstrado eficácia para diversas patologias envolvendo dor pós-operatória,
cólica nefrética, dor hemorroidária, dismenorréia, lombalgia e dor relacionada ao câncer,
alguns dos quais com bom nível de evidência e com poucos ou nenhum efeito colateral
(MINISTERIO DA SAÚDE, 2016*).

Estudos avaliando redução da intensidade da cervicalgia e lombalgia após término de 8


sessões com periodicidade semanal utilizando alguns pontos incluindo shen men e tálamo
obtiveram benefício até seis meses após o término do tratamento. Pacientes idosos também
apresentaram melhora da funcionalidade no tratamento da lombalgia crônica (VAS J;
MODESTO M.; AGUILAR I. et al, 2014).

Outros estudos observaram redução significativa na escala de dor secundária à


dismenorréia utilizando os pontos shen men, rim, fígado, genitais internos e endócrino. Houve
melhora nos sintomas de constipação intestinal em estudos que utilizaram os pontos
constipação, reto, intestino grosso, San Jiao, simpático, entre outros. Já se utilizando os
pontos Shen men, ocipital, Sub Córtex, Coração e outros, obteve-se melhor qualidade do
sono, embora ainda sejam necessários mais estudos com boa qualidade metodológica (YEH
M-L.; HUNG Y-L.; CHEN H-H.; WANG Y-J, 2013).
12

Programas de redução do tabagismo passaram a incluir a auriculoterapia visando sua ação


no controle da ansiedade e outros benefícios. A busca de novas terapêuticas para auxiliar na
cessação tem singular importância na melhora da qualidade física e funcional e prevenção de
doenças cardiovasculares. O protocolo NADA foi como um programa de redução do
tabagismo através da utilização dos pontos rim, pulmão, fígado, shen men e simpático
(KENNETH CARTER MD, 2014; SILVA RP ET AL, 2014). Diversos estudos encontraram
significativas taxas de cessação utilizando ainda outros acupontos. Apesar disso, a
auriculoterapia não foi superior a outras medidas comportamentais e à terapia de reposição
nicotínica. Em vista disso, alguns trabalhos indicam uso da auriculoterapia de forma
complementar (SILVA RP ET AL, 2014).

3 – OBJETIVOS

3.1 – Objetivos Gerais

Descrever sobre a implantação da auriculoterapia numa unidade de Saúde da Família.

Analisar a aplicabilidade da Auriculoterapia numa unidade de saúde da Estratégia de


Saúde da Família e Petrolina-PE.

3.2 – Objetivos Específicos

Descrever o processo de estruturação da auriculoterapia em uma unidade de saúde da


família.

Relatar as impressões pessoais e experiências adquiridas nesse processo.

Relatar as impressões dos usuários sobre a oferta da auriculoterapia.

Descrever os resultados dessa implantação.

4 – METODOLOGIA

4.1 – A implantação da Auriculoterapia na USF

Esta experiência foi desenvolvida na unidade de saúde da família AME Bernardino


Campos Coelho composta por 4 equipes de saúde, situada no Bairro Vila Eduardo, Petrolina-
PE. Petrolina é uma cidade com 343.219 habitantes situada na região oeste de Pernambuco e
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faz divisa com a cidade de Juazeiro-BA e é uma região economicamente desenvolvida com
base forte na fruticultura irrigada (IBGE, 2017).

A equipe 01 foi responsável pela introdução da prática de auriculoterapia na AME


Bernardino Campos Coelho. A equipe é composta por uma enfermeira, uma coordenadora da
unidade, quatro agentes de saúde, cinco técnicas de enfermagem, um auxiliar de saúde bucal e
um profissional de odontologia e médico (SMS, 2015). A população é de 2103 usuários
cadastrados, sendo 47,07% do sexo masculino, 52,9% do sexo feminino (DATASUS, 2018).
A faixa etária dos 0 a 2 anos é de 2,5%, população idosa maior de 60 anos corresponde a
8,48%, a porcentagem de hipertensos é 13,9 % e de diabéticos, 4,2% e 1,5% diagnosticados
com depressão (AME BCC, 2017).

A implementação da prática de auriculoterapia na unidade de saúde foi uma proposta de


intervenção pensada a partir do Curso de Auriculoteapia para Profissionais da Atenção
Primária em Saúde realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC na
modalidade EAD pela plataforma da Universidade Aberta do SUS (UNASUS) ofertado em 01
de março de 2017 contendo cinco módulos a distância e uma aula de treinamento presencial.

O curso abordou a introdução da PICs no SUS, os conceitos da Reflexologia, da MTC e


aspectos neurofisiológicos, a semiologia do pavilhão auricular e diagnóstico em
auriculoterapia, mapas de auriculoterapia e os pontos seus reflexos, a técnica de
auriculoterapia e as principais evidências científicas e uma abordagem das possibilidades de
aplicação na APS através da Estratégia de Saúde da Família integrando com o NASF e outros
setores da rede (HOHENBERGER GF; DALLEGRAVE D, 2016).

Ao término do curso, foi proposta apresentação e oferta da prática da auriculoterapia a


outros membros da equipe como forma de facilitar seu conhecimento e implantação dentro do
serviço de saúde por meio da educação permanente. Dessa forma, foram envolvidos no
processo enfermeira, agentes de saúde, técnicas e coordenadora e recepcionistas da unidade e
estudantes de medicina ao passo que se ofertava cuidado.

Num primeiro momento, as aplicações de auriculoteraia foram feitas de forma intermitente


para pacientes indicados durante a consulta agendada ou de acolhimento a demanda
espontânea, ou encaminhados por outros profissionais da mesma unidade e da recepção.
Foram feitas aplicações a pessoas com diversas patologias envolvendo dores crônicas com
pouca resposta ao tratamento convencional; depressão, ansiedade e insônia; e outros que
relatavam desejo de tratamento com “terapia natural” ou que se recusavam uso de
medicamentos alopáticos, especialmente os de uso controlado.

Posteriormente, foi necessária criação de um horário e uma agenda para os atendimentos


que passaram a ser semanais, demandando maior estruturação da agenda. Foi sugerido um
modelo de prontuário e um cartão individual de acompanhamento contendo dados pessoais do
paciente seguindo o modelo utilizado por outros profissionais da rede que já praticavam
auriculoterapia, número do cartão SUS, endereço, telefone para contato e espaço para 10
sessões com datas agendadas em cada consulta. Geralmente eram marcados para horários do
início e no final de tarde ao término das consultas médicas. Ao chegar à unidade de saúde os
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pacientes se identificavam para as recepcionistas que organizavam a lista dos atendimentos do


dia.

Desenvolveu-se ainda uma atividade de educação permanente em formato de roda de


conversa com abordagem das práticas integrativas para usuários e profissionais que
trabalhavam na própria unidade de saúde. Estavam presentes médico, enfermeiras, agentes
comunitárias de saúde, técnicas de enfermagem e da recepção. Os profissionais foram
estimulados a falarem sobre seus enfrentamentos pessoais a problemas de saúde, estresse no
trabalho, dificuldades e falta de condições de trabalho, medos e apreensões vinculadas às
dificuldades de cuidar da própria saúde contrapondo à disposição para o cuidado de outras
pessoas. Foram também abordadas quais práticas individuais de autocuidado estavam
acostumados a utilizar.

O espaço se deu como um momento de construção coletiva de saberes entre profissionais


de saúde e usuários. As necessidades dessas pessoas refletiram a realidade do serviço e das
organizações de trabalho, da comunidade, e as especificidades locais com as suas deficiências
e desconfortos apontando, através uma construção democrática, a produção de alternativas
para melhora da qualidade do processo de trabalho (SANTOS MC, TESSER CD, 2012).

Após esse momento foram ofertadas práticas de Reiki, Massagem Relaxante com
Aromoterapia e auriculoterapia. Muitos referiram experiência satisfatória, relaxamento
durante as práticas, desejo de manter estilo de vida saudável e práticas de autocuidado e
reconhecimento da importância das práticas integrativas e complementares.

Além do apoio de outros profissionais da equipe de saúde, houve particular interesse de um


dos estudantes do último ano de medicina que participou ativamente na construção do
processo na confecção dos prontuários e cartões de acompanhamento. O próprio processo
serviu de capacitação em auriculoterapia para o estudante que, despertando interesse pela
prática, passou realizar auriculoterapia dividindo os atendimentos, aumentando e qualificando
a oferta, poderia ser realizada também durante a própria consulta na sala de espera ou antes da
passagem de casos.

Vale destacar que todo o processo se deu com dinâmica própria e não padronizada,
compreendendo o processo de educação permanente, respeitando os limites, os anseios e as
crenças da comunidade, que, de espontânea, tornou-se oportunidade para fortalecimento do
cuidado integral na atenção à saúde. Tal fato, aliado à eficácia, à facilidade e à simplicidade
da aplicação, foi responsável pelo aumento crescente da adesão da comunidade às práticas
integrativas na unidade.

4.2 – A Técnica

Todos os pacientes foram adultos, a maioria do sexo feminino, entre 25 a 80 anos, com ou
sem comorbidades dentre pacientes portadores de doenças crônicas com hipertensão arterial,
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diabetes mellitus, osteoartrite, fibromialgia, depressão, transtorno de ansiedade generalizada,


tabagismo e etc. Grande parte das queixas envolviam dores articulares, ansiedade e insônia,
mas também síndrome climatérica, dismenorreia, dispareunia e vaginismo, alergias, asma,
cefaleia, otalgia, vertigem, e etc.

Os pontos utilizados foram shen men, joelho, cervical, ombro, lombar, quadril, coração,
relaxamento muscular, subcortex, ansiedade, neurastenia, alergia etc. muitos pacientes
referiram melhora dos sintomas apresentados desde a primeira sessão, sendo que alguns não
obtiveram melhora de todas as queixas apresentadas.

A técnica foi utilizada a partir de uma avaliação clinica inicial dentro do consultório
médico, constando queixas e sintomas atuais e patologias prévias, seguida de uma inspeção
dos pavilhões auriculares em busca de alterações de pele, consistência, umidade ou xerose e
presença ou não de alterações vasculares. Após isto era realizada limpeza do pavilhão com
álcool 70% (ou álcool gel, quando disponível na unidade).

Uma vez escolhido o lado do pavilhão, seguiu-se à compressão com palpador próprio nos
pontos relacionados com as queixas. Observou-se a hipersensibilidade nos pontos palpados
para indicar o local exato para aplicação. Foram utilizadas sementes de cousa dispostas numa
placa previamente preparada com curativo tipo micropore seccionado em quadrantes, cada
qual contendo 1 ou 2 sementes de cousa. As sementes aderidas ao quadrante de micropore
eram então retiradas da placa com uma pinça anatômica e pressionadas com o dígito contra o
local demarcado do pavilhão auricular pelo tempo de 25 a 30 segundos.

A partir de então os pacientes eram orientados a fazer compressões leves nos pontos
auriculares por 20 a 30 segundos 4 a 5 vezes ao dia e retirados após 7 dias caso não houvesse
perda expontânea. As aplicações eram semanais, podendo ser adiada para 15 dias se não
houvesse disponibilidade de agenda médica.

5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram atendidos 43 pacientes inicialmente, apenas 7 deles realizaram oito ou mais


consultas. Alguns pacientes não foram registrados, mas fizeram tratamentos isolados
referindo posteriormente melhoras parciais ou totais dos sintomas. Uma paciente referiu
melhora completa dos sintomas de rinite alérgica por alguns meses após poucas sessões. A
mesma referiu-se satisfeita com a eficácia uma vez que já havia tentado outros tratamentos
medicamentosos com alívio apenas parcial.

Alguns pacientes relataram melhora inclusive de queixas não apresentadas previamente.


Isso é explicado pela MTC, uma vez que alguns pontos representam órgãos com funções
ampliadas, interagindo assim com outros órgãos e sistemas. O ponto Fígado, por exemplo,
pode estar relacionado a patologias do trato gastrointestinal seguindo a teoria da reflexologia,
16

mas também com raiva, irritabilidade e estresse quando se aplica a racionalidade da MTC
(HSU, E. 1992).

As principais queixas que motivaram a sugestão de terapia alternativa eram em geral dores
crônicas, sintomas de insônia, depressao e ansiedade com pouca resposta a tratamentos
anteriores ou atuais. Em geral, há uma tendência do médico ocidental em adotar uma
racionalidade biomédica ao lidar com conceitos abstratos da medicina tradicional chinesa.
Isso pode explicar os principais parâmetros para encaminhamento de pacientes à rede de
atenção secundária (DALLEGRAVE C; BOFF, C. 2011).

É demonstrado que queixas vagas, difíceis de caracterizar um diagnóstico e dificuldade de


resposta terapêutica levam à frustração profissional. Um trabalho que analisou
encaminhamentos para acupuntura, por exemplo, revelou que a maior parte deles era para
pessoas do sexo feminino e os motivos continham na sua maioria sintomas de “dor” ou
queixas correlatas (DALLEGRAVE C; BOFF, C. 2011).

Dentre as reflexões e questionamentos levantados durante a experiência com


auriculoterapia, as principais foram sobre o papel do profissional médico na aplicação de
práticas integrativas. Um desses questionamentos era a respeito a aplicabilidade da
auriculoterapia na prática médica diante da visão hegemônica da biomedicina no Brasil,
predominantemente respaldada por diretrizes e protocolos de sociedades médicas ou apoiada
em estudos com reconhecido nível de evidência, restringindo-se à esfera da racionalidade
ocidental.

Também se cogitou a perda de parte da autonomia do paciente na falta do entendimento da


racionalidade utilizada durante as sessões. Haveria dificuldade do paciente em compreender o
que é uma racionalidade médica e se a técnica aplicada pelo profissional médico seria
entendida sempre como uma racionalidade biomédica ainda que devidamente esclarecido no
início do tratamento.

A prática da auriculoterapia, no entanto, leva a considerar que os pacientes que aceitam


iniciar auriculoterapia, não se importam com o tipo de racionalidade utilizada, o nível de
evidência ou quantidade de estudos envolvidos, mas sim a satisfação pessoal com o
tratamento e a confiança no profissional que realizava, não havendo assim, dano à autonomia.

A auriculoterapia dentro da MTC ou da reflexologia em complementaridade à


racionalidade biomédica ainda me permitiu ampliar de noção de integralidade da saúde do
indivíduo através do estabelecimento de uma maior correlação entre as patologias orgânicas e
mentais já diagnosticadas com os processos naturais e sociais de adoecimento do indivíduo.

A auriculoterapia teve um papel importante na “desprescrição” ou ainda na não prescrição


de novos medicamentos, fator que pode evitar a excessiva medicalização da saúde das pessoas
e danos causados pela medicina como a polifarmácia (SILVA R; SCHMIDT OF, ET AL,
2012). Esse tema tem sido largamente estudado no mundo, principalmente na Medicina de
Família e Comunidade como forma de garantir o que se tem chamado de prevenção
17

quaternária (JAMOULE M; GUSSO G, 2012). A auriculoterapia, dessa forma vinha com uma
opção para pacientes com queixas diversas que não desejavam tratamento medicamentoso.

O desenvolvimento da prática da auriculoterapia na comunidade se deu de forma


espontânea, auxiliada por alguns profissionais e usuários que reconheceram sua eficácia com
a experiência pessoal, passando a divulgar para outros pacientes que apresentassem queixas
de quaisquer etiologias que buscavam algum alívio para seus problemas. Vale ressaltar que
não foi necessária atividade ou cartaz de divulgação da prática da auriculoterapia nesta
unidade pois a implantação de forma progressiva e lenta em educação permanente favorece
processos de mudança (CECCIM RB, 2005).

Alguns autores alertaram para a dificuldade da agenda, uma vez que a implantação de um
serviço pouco disponível na comunidade tende a aumentar imensamente a procura por novos
atendimentos (FREITAS, FPP, 2015). Essa nova função poderia ainda aumentar a sobrecarga
do profissional médico, dentre as várias atribuições na estratégia de saúde da família que já
inclui atendimentos, procedimentos, visitas domiciliares e atividades de educação
permanente, gestão da agenda e reuniões de equipe. Na Residência de Medicina de Família e
Comunidade, por exemplo, ainda há atividades teóricas, estágio e preceptoria. Outra
dificuldade é na pactuação de limites com a população. Muitos pacientes que se beneficiam da
auriculoterapia desejam mantê-la por longo prazo após retorno dos sintomas com interrupção
ou término do tratamento.

Tais dificuldades estiveram presentes nesta experiência e o limite do número de vagas foi a
solução encontrada para evitar comprometimento da agenda, entretanto, não foi possível
evitar a sobrecarga do profissional por causa dos atendimentos fora do horário da agenda. Não
existe ainda consenso sobre o modelo ideal, mas se aposta na ideia de oferta de PICs tanto do
NASF quanto da APS. Uma experiência exitosa foi a implantação do NAPI em Recife. Trata-
se de uma equipe de práticas integrativas mais próxima do contexto da APS com lógica de
territorialização e vinculo com as equipes da ESF (FREITAS, FPP, 2015).

Muito se discute sobre os transtornos mentais relacionados ao trabalho, dentre eles a


síndrome de burnout, que acomete profissionais que estão sujeitos a ritmos de trabalho
acelerado, cobrança excessiva e estresse, fatores que estão frequentemente presentes no dia a
dia de um profissional da APS. Sendo assim, é recomendável que práticas de cuidado e
autocuidado sejam abordadas também entre esses trabalhadores que frequentemente
desenvolvem sintomas de estresse, insônia e ansiedade relacionados ao trabalho. A
auriculoterapia é uma ótima ferramenta com essa finalidade dada sua praticidade e eficácia
como forma de promover um ambiente de trabalho mais saudável e propício para o
acolhimento e oferta do cuidado às pessoas (FERNANDES; SMBA, MEDEIROS, SM;
RIBEIRO, LM, 2008).
18

6 – CONCLUSÃO

Esta experiência em auriuloterapia me permitiu o fortalecimento do vínculo com o


paciente, o resgate do toque e do contato da pele com perspectiva tanto diagnóstica como
curativa, características tão perdidas desde o advento da propedêutica armada das últimas
décadas. Nesse sentido, a auriculoterapia tem grante potencial de fortalecimento da relação
médico-paciente e nos faz um “convite” a mergulhar nesse universo onde todas as queixas e
problemas podem ser “conectados” numa mesma abordagem.

A auriculoterapia pode ser encarada como uma ferramenta auxiliar quando se quer prevenir
os danos da polifarmácia e da medicalização e evitar a automedicação sem prejudicar a
autonomia. Ela pode se mostrar ainda como “mais uma opção” para aqueles que se deparam
com os limites da terapeutica, expandindo as possibilidades para além da medicina
convencional.

A Atenção Primária à Saúde é o nicho ideal para introdução e difusão das Práticas
Integrativas e Complementares, em especial da Auriculoterapia. O paradigma do aumento da
demanda por meio dessas práticas não deve ser encarado como um entrave à sua implantação,
mas como um sinal de que são viáveis e de que há necessidade de capacitação de mais
profissionais para exercê-las no contexto do SUS, em especial na APS.
19

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24

ANEXO 1 – FOTO DA ATIVIDADE COM PROFISSIONAIS DE SAÚDE


25

fonte: Silva, 2017

ANEXO 2 – CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO DAS SESSÕES DE


AURICULOTERAPIA

Cartão
o de Auriculoterapia
AME Bernadino Campos Coelho

AURICULOTERAPIA! Nome: ________________________________________

A Auriculoterapia é um tratamento através da ______________________________________________


orelha, que trabalha com pontos estratégicos que Idade: ______ Cartão
o SUS: _______________________
correspondem a órgãos e funções do nosso corpo,
sendo capaz de gerar bem-estar,
estar, alívio de dores e Endereço:
o: _____________________________________
relaxamento, além de complementar outros
____________________ Telefone: (___) ______-______
______
tratamentos de saúde.

AGENDAMENTO DAS SESSÕES:

1ª sessão: ___ /___ /_____ DICAS E ORIENTAÇÕES


2ª sessão: ___ /___ /_____
• Ativar cada ponto por 30 segundos, com pressão
3ª sessão: ___ /___ /_____
leve a moderada, 3 vezes por dia.
4ª sessão: ___ /___ /_____ • Após 8 dias, caso não haja retorno para a sessão,
5ª sessão: ___ /___ /_____ remover os adesivos.
6ª sessão: ___ /___ /_____ • Fazer a higiene da orelha normalmente, mas
7ª sessão: ___ /___ /_____ secar com cuidado.
8ª sessão: ___ /___ /_____ • Não se preocupe se algum adesivo cair.
9ª sessão: ___ /___ /_____ • Retornar para a próxima sessão na data marcada
10ª sessão: ___ /___ /_____ ao lado.

fonte: Silva, 2017


26

ANEXO 3 – PRONTUÁRIO DE ACOMPANHAMENTO DAS SESSÕES DE


AURICLOTERAPIA

fonte: Silva, 2017

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