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Direito Constitucional
artigo
1. Introdução
Por outro lado, dissertando sobre limites e funções dos direitos fun-
damentais, Kildare Gonçalves Carvalho assim entende:
A atenção dos juristas, antes voltada para a ordem normativa, hoje so-
mente tem sentido se também direcionada para a realidade social em
que essa ordem normativa está inserida, voltada para a efetividade dos
direitos, principalmente para os direitos constitucionais fundamentais,
tal qual deduzido por Gregório Assagra de Almeida (2007, p. 13-14).
Por sua vez, Boaventura de Souza Santos afirma, nessa linha, que
“tema do acesso à Justiça é aquele que mais diretamente equaciona
as relações entre processo civil e a justiça social, entre igualdade
jurídico-formal e desigualdade sócio-econômica”, conclui, após:
[...] embora sua origem esteja ligada à eficácia das normas pro-
gramáticas, é hoje princípio operativo em relação a todas e
quaisquer normas constitucionais, sendo, sobretudo, invocado
no âmbito dos direitos fundamentais (em caso de dúvida, deve-
-se preferir a interpretação que lhes reconheça maior eficácia).
(PAULO; ALEXANDRINO, 2010, p. 72).
Dentro deste contexto, a Lei nº 1.060/50 também não exclui dos bene-
fícios concedidos por seus preceitos a pessoa jurídica, senão vejamos:
Ora, o art. 5º, LXXIV, da CF/88, não distingue entre pessoas físicas
e jurídicas, no âmbito da assistência jurídica, que é mais abrangen-
te do que gratuidade. E a circunstância de o dispositivo se situar
dentre os direitos e garantias individuais nada significa, porque o
art. 5º se aplica a ambas, indiferentemente, inclusive protegendo
as pessoas jurídicas da interferência estatal (inc. XVIII) e da disso-
lução compulsória (inc. XIX). (ASSIS, 1998, p. 167).
4. Conclusão
5. Referências
GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil. 16. ed. São Paulo:
Saraiva, 2002. v. 1.
DOI: 10.5935/1809-8487.20150012