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INTRODUÇÃO

A evolução dos Equipamentos De Protecção Individual (EPI) começou desde que o homem teve
que se proteger pela primeira vez lá nos tempos remotos, os primatas vestiam peles de
animais para se protegerem, desde então a evolução dos EPI nunca mais parou. A cada
dia descobre-se novos materias, tecnologia e metodologia que contribuem para sua
evolução e buscam proteger o que temos de mais valioso: a vida.
Desde o surgimento da epidemia da (COVID-19),causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-
2), que teve sua origem em 2019 na cidade de Wuhan (China), o uso dos Equipamentos
de Protecção Individual e as medidas de Biossegurança tornaram-se imprenscindíveis
com o objectivo de reduzir a potencial transmissão. O Ministério da Saúde instruiu os
profissionais quanto ao uso de EPI durante o atendimento em ambiente hospitalar.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Covid-19 como pandemia em 11 de Março


de 2020 ao atingir 24 países e instituiu as medidas de biossegurança para prevenção a
serem adoptados no enfrentamento da Covid-19, medidas essas que consistem na
higienização das mãos com água e sabão ou desinfecção das mãos com álcool em gel,
evitar tocar nos olhos, nariz e boca, manter o distanciamento social (1,5 metro), evitar
aglomeração, o uso de máscaras, entre outras medidas.

1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Após o surgimento da pandemia da Covid-19 a Organização Mundial da Saúde reforçou o uso


dos Equipamentos de Protecção Individual e as medidas de Biossguraça nas várias áreas
da vida com a necessidade de voltar a realizar-se as devidas actividades do cotidiano,
bem como as actividades profissionais como consultas e procedimentos
estomatológicos.

O uso dos Equipamentos de Protecção Individual tem sido o meio optado para se evitar o
contágio das doenças infecciosas. Após observarmos a conduta dos alunos do curso de
estomatologia da 11ª à 13ª classe da Escola De Formação De Técnicos De Saúde De
Luanda, quanto a utilização adequada dos Equipamentos De Protecção Individual
surgiu-nos a seguinte questão: será que os alunos do curso de estomatologia da 11ª à
13ª classe da Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda têm
conhecimento sobre os Equipamentos De Protecção Individual e as medidas de
Biossegurança utilizadas em Estomatologia em tempos de COVID-19?

1.2 JUSTIFICATIVA

Constatando o avanço e propagação da doença Covid-19, decidimos fazer uma pesquisa para
sabermos se os alunos do curso de estomatologia da 11ª à 13ª classe da Escola de
Formação de Técnicos de Saúde de Luanda têm conhecimento sobre EPI e medidas de
Biossegurança dentro do laboratório de estomatologia, uma vez em que os
estomatologistas têm contacto directo com a cavidade oral do paciente que é um local
de risco ou fácil contágio para doenças contagiosas como a Covid-19, Hepatite, HIV,
entre outras. Os EPI são de extrema necessidade para os profissionais de saúde e
consequentemente dos seus pacientes, pois garantem a sua segurança.

Com a realização deste trabalho pretendemos expandir o conhecimento dos alunos no que diz
respeito aos Equipamentos de Protecção Individual e medidas de Biosssegurança em
Estomatologia, assim como a redução do risco de contaminacão na desparamentação de
EPI demonstrando neste trabalho a paramentação e desparamentação correcta dos
Equipamentos de Protecção Individual.

1.3 OBJECTIVOS

1.3.1 OBJECTIVO GERAL:

Descrever o conhecimento dos alunos do curso de estomatolgia da (11ª à 13ª classe) sobre EPI e
medidas de Biossegurança em Estomatologia em tempos de Covid-19.
1.3.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

1. Caracterizar o estado sócio-demográfico dos alunos de curso de estomatologia (da 11ª à 13ª
classe), quanto à (sexo e idade).

2. Saber dos alunos do curso de estomatologia da 11ª à 13ª classe:

Quais os EPI indicados no laboratório de estomatologia em tempos de Covid-19.


·
 conceito de EPI e Biossegurança.

Quais as consequências causadas pelo uso inadequado dos EPI no laboratório de estomatologia
em tempos de Covid-19.

 conhecimento sobre as medidas básicas de biossegurança.

DESENVOLVIMENTO

2.1 DEFINIÇÃO

Equipamentos de Protecção Individual são todos os equipamentos de protecção utilizados pelos


profissionais, para protecção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e saúde.

2.2 IMPORTÂNCIA

Os EPI são importantes porque protegem os profissionais de Estomatologia individualmente


contra os microoganismos patogênicos que infectam a cavidade oral e o trato
respiratório, reduzindo qualquer tipo de ameaças ou risco no contacto com sangue e
outros fluídos corporais no laboratório de estomatologia. (4)
2.3 CLASSIFICAÇÃO

Os EPI devem ser seleccionados consoante aos procedimentos realizados no laboratório de


estomatologia e estes mesmos procedimentos estão classificados por 3 categorias de
grau de risco, que são: risco baixo, risco moderado e risco elevado.

Risco Baixo: Consiste no procedimento administrativo em que é possível manter distância social
(procedimentos realizados na recepção).

Risco Moderado: Consiste em procedimentos realizados dentro do ambiente clínico e dizem


respeito a observação e tratamento de pacientes, sendo aplicáveis ao CD e ao ACD.
Essas consultas são sem PGA (Procedimentos Geradores De Aerossóis).

OBS1.: Entende-se por consultas sem PGA todas aquelas em que não se faça o uso de
instrumento rotatório ou ultrassónico, utilização de spray ou jato de ar/água.

OBS2.: Procedimentos de limpeza, desinfecção e esterilização ( ambiente clínico e intrumentos


odontológicos), também estão na categoria de risco moderado.

Risco Elevado: Consiste em consultas com PGA. Para além do risco de contaminação das
superfícies próximas ao paciente bem como das superfícies de contacto do CD e ACD,
essas consultas apresentam um risco adicional de contaminação ambiental e de
superfícies distantes da cadeira odontológica.

OBS3.: A selecção correcta dos EPI é de extrema importância de modo a não comprometer a sua
eficácia.

2.4 EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

Os equipamentos de protecção individual são a garantia de segurança do profissional de


estomatologia e dos seus pacientes. Esses equipamentos protegem ambos dos riscos no
contacto com sangue e outros fluídos corporais.

São Equipamentos de Protecção Individual os seguintes:

2.4.1 Máscara

É uma barreira utilizada para evitar a contaminação da cavidade oral e da cavidade nasal do
profissional por gotículas respiratórias.

2.4.1.1 Tipos de máscaras

- Máscaras cirúrgicas: são usadas de forma individual pelo profissional dentro do ambiente
clínico com o objectivo de proteger a cavidade oral e nasal.

Recomendações do uso de máscaras cirúrgicas:

Colocar a máscara cuidadosamente para cobrir a boca e o nariz, ajustar com segurança para
minimizar os espaços entre a face e a máscara;

Enquanto se estiver em uso evitar tocar na máscara;

Remover a máscara usando a técnica apropriada ou seja não tocar na frente, remover sempre
pelos elásticos;

Após a remoção ou sempre que tocar-se inadvertidamente em uma máscara usada, deve-se
realizar a higiene das mãos;

Quando a máscara tornar-se húmida, substitui-se a máscara usada por uma limpa e seca;

Não reutilizar as máscaras descartáveis.


- Máscara respiratória facial ou respirador: é um equipamento de protecção individual
desenvolvido para filtragem e separação de partículas como aeróssois.

2.4.1.2 Máscaras VS Respiradores

As máscaras cirúrgicas, classificadas como dispositivos médicos, foram desenvolvidas com o


intuito de conferir protecção ao paciente, evitando contaminação do campo operatório
por parte do profissional de saúde (fala, tosse). Embora tenham sido desenvolvidas para
a protecção do paciente, estas podem conferir uma protecção ligeira para o utilizador
face às gotículas, mas não conferem protecção quanto aos aerossóis. Estas máscaras não
se adaptam convenientemente à face do operador, havendo passagem de ar lateralmente
ao contrário do que acontece com os respiradores. As máscaras cirúrgicas idealmente
deverão ser trocadas após 4-6 h de utilização ou sempre que estas ficarem húmidas, pois
perdem a sua capacidade protectora. As máscaras cirúrgicas do tipo IIR são as mais
indicadas na prática clínica uma vez que são resistentes a salpicos.

Para efetuar procedimentos com aerossóis os protocolos actuais recomendam o uso de


respiradores de filtro do tipo FFP2 (peças faciais filtrantes)/KN95, standard mínimo, ou
FFP3. Estes respiradores, englobados nos EPI, são pensados para uso único, mas são
usados por muitas associações médicas até 6-8 horas de trabalho. Há autores que
defendem que, para mantê-los limpos, protegê-los de gotículas e para potenciarmos ao
máximo a duração da sua utilização pode ser utilizada uma máscara cirúrgica externa.
Sempre que os respiradores fiquem húmidos ou com algum dano estrutural devem ser
trocados. Os respiradores FFP2/KN95 ou FFP3 podem ser utilizados em várias
consultas desde que seja seguido o protocolo de colocação e remoção correcto. Se forem
tocados ou ficarem húmidos, os respiradores devem ser descartados. O respirador FFP2
confere um grau de protecção de 94%, enquanto que o respirador FFP3 de 99%.

Para a realização do teste de verificação, o respirador deve ser coberto com ambas as mãos
desincfectadas, em concha, e realizada uma inspiração e expiração forçadas, que
permitirá verificar se existe saída de ar lateralmente. Se o respirador estiver bem-
adaptado não existe saída de ar e este sofre algum abaulamento (saliência). Se forem
detectadas fugas, o respirador deve ser correctamente ajustado utilizando os elásticos ou
o clip nasal conforme necessário. O elástico superior deve ficar acima das orelhas e o
elástico inferior na nuca. Os elásticos não devem estar torcidos. O respirador deve ser
ajustado com as duas mãos (desincfetadas). Deve ser feito um teste de verificação da
vedação (teste de pressão negativa).

- Máscara de tecido: são máscaras não apropriadas para se utilizar no ambiente clínico por não
terem protecção antimicrobiana.

2.4.2 Luva

É uma barreira física eficaz que evita o contacto directo do estomatologista com a cavidade oral
do paciente prevenindo contra infecções no contacto com fluídos corporais (sangue, saliva, etc).
As clínicas/consultórios devem utilizar as luvas de procedimento cirúrgico e não cirúrgico.

As luvas de procedimento cirúrgico são esterilizadas e devem ser utilizadas pelo CD em


procedimentos que envolvem contacto com sangue ou outros fluídos corporais que possam
infectar o CD, garantindo assim um processo cirúrgico sem contaminação de infecção.

As luvas de procedimento não cirúrgico são utilizadas em processos mais simples pelo facto
de não serem esterilizadas, são utilizadas em processos como limpezas e colocações de resina em
dentes quebrados, já que esses não demandam uma luva esterilizada por não haver contacto com
sangue ou outros fluídos corporais.

2.4.2.1 Tipos de Luvas

- Luvas Grossas: são usadas durante os processos de limpeza e desinfecção de artigos e


ambientes quando em contacto com superficies, instrumentos e equipamentos contaminados.

- Luvas de Látex: são luvas de procedimentos para actividades clínicas e estéreis para
procedimentos cirúrgicos, que devem ser descartadas a cada paciente.

- Luvas de Plástico: são usadas como sobre luvas, quando houver necessidade de manusear
artigos fora do campo de trabalho.

Recomendações do uso de luvas são:

Deve-se trocar as luvas sempre que for entrar em contacto com outro paciente;

Deve-se trocar também durante o contacto com o paciente ser for mudar de um local corporal
contaminado para outro " limpo", ou quando esta estiver danificada.

Nunca deve-se tocar desnecessariamente superficies e materias (tais como: telefones, maçanetas,
portas, etc.) quando se estiver com luvas;

Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas não são reutilizavéis);

O uso as luvas não substitui a higienização das mãos;

Proceder a higienização das mãos imediatamente antes e após a retirada das luvas;

Observar a técnica correcta para evitar a contaminação das mãos.

OBS1.: As luvas devem sempre ser utilizadas na ac tividade clínica diária. Recomenda-se a
utilização de luvas de cano alto para cobertura total do punho da bata.

2.4.3 Protecção facial e ocular:

Óculos de Protecção ou protecção ocular é uma barreira que protege a região do olho contra
secreções, aerossóis e produtos químicos utilizados durante os procedimentos
odontológicos.
Recomendações do uso de óculos de protecção/protecção ocular:

Devem ser utilizados quando houver risco de exposição do CD a aerossóis e associados a


protecção facial ou viseira;

Dvem ser de uso exclusivo e limpos e desinfectados após o uso com hipoclorito de sódio ou
outro;

Caso o óculos de protecção tem alguma sujidade visível, deve ser lavado com água e sabão e só
depois passar pelo processo de desinfecção;

É reutilizável.

Protecção facial ou viseira é uma barreira fisíca que impede o contacto com gotículas que
possam atingir as mucosas dos estomatologistas, o protector deve cobrir a frente e as
laterais do rosto, protegendo a face e a máscara.

OBS2.: Os óculos e protetores faciais (viseiras) devem ser utilizados nos atendimentos a pessoas
com síndrome gripal ou em Procedimentos Geradores de Aerossóis dentro do
consultório.

Devem ser usados durante o contacto direto com o utente (exame físico), e retirados no momento
administrativo da consulta (escrita, digitação em computador, por ex.). Podem ser
desinfetados após cada consulta e reutilizados, sugere-se para a desinfecção o uso de
hipoclorito de sódio ou outro desinfectante recomendado pelo fabricante do
equipamento.

Recomendações do uso de protecção facial/viseira:

Devem ser utilizados quando houver risco de exposição do CD a aerossóis e associados aos
óculos de protecção;

Dvem ser de uso exclusivo e limpos e desinfectados após o uso com hipoclorito de sódio ou
outro;

Caso a viseira tenha alguma sujidade visível, deve ser lavada com água e sabão e só depois
passar pelo processo de desinfecção;

É reutilizável.

2.4.4 Roupa de protecção:

Avental/capote/bata descartável é uma barreira impermeável para protecção do corpo e roupa


do estomatologista de possiveis contaminações contra secreções e aerossóis.

O tipo mais indicado para o estomatologista são os de gola padre com mangas longas e punhos
elásticos ou de malha com abertura posterior. Além disso, deve ser confeccionado com
material de boa qualidade, não alergênico e resistente, proporcionar barreira
antimicrobiana, permitir a execução de actividades com conforto e estar disponível em
vários tamanhos.

OBS3.: O avental sujo deve ser removido e descartado após a reliazação do procedimento e antes
de sair do ambiente clínico. Após a remoção do avental deve-se imediatamente proceder
a higiene das mãos para evitar a transmissão de doenças contagiosas para o próprio
profissional, para os pacientes e ao ambiente em si.

Recomendações do uso de avental/capote/bata descartável:

Deve ser confeccionado em material com gramatura mínima de 30g/m2 na execução de


procedimentos sem PGA e com gramatura mínima de 50g/m2 na execução de
procedimntos com PGA ;
Deve ser de tecido impermeável;

Deve ser ajustadoe vedado na altura do pescoço,de mangas longas com punhos ajustados e
firmes, com comprimento até abaixo dos joelhos;

Deve ser de uso individual de cada profissional;

Deve ser descartado após o período de 12 horas de uso ou quando sujo ou danificado.

Roupa para uso clínico/túnica e calçado para uso clínico/crocs

OBS4.: As roupas e calçados de trabalho devem ser exclusivos para o trabalho clínico, evitando o
uso de roupas ou calçados de rua.
Esta roupa (túnica de manga comprida) e calçado para uso clínico (crocs acompanhadas por
meias) não são considerados equipamentos de proteção individual.

OBS5.: É importante evitar o uso de anéis, pulseiras, brincos, relógios ou outros itens, pois eles
se comportam como reservatórios de microorganismos.

Recomendacões do uso das roupas utilizadas em ambinte clínico:

A roupa/túnica e calçado de trabalho habitual deve ser exclusivo para o trabalho,


evitando utilizar a roupa ou o calçado de rua na consulta;

É importante evitar adornos: anéis, pulseiras, fios, piercings, brincos, relógios ou


outros elementos, dado que são reservatórios de Covid-19;

No caso de previsão de salpicos ou produção de aerossóis, recomenda-se o uso de


touca e de bata descartável impermeável por cima da farda de trabalho habitual;
É recomendável o uso de crocks acompanhadas por meias e de cobre pés descartável;

Para os profissionais que usem lentes de contacto, têm de ter um especial cuidado na
desinfeção das mãos antes da colocação e remoção das lentes, pois são dispositivos
que podem alojar o coronavírus, assim como no líquido lacrimal.

2.4.5 Protecção da cabeça:

Touca/gorro é uma barreira fisíca para protecção da cabeça evitando a contaminação do


estomalogista por secrecões e aerossóis, e protegendo os pacientes de possíveis quedas
de cabelo do estomatologista.

OBS6.: Podemos recorrer a toucas descartáveis, no entanto elas não são totalmente
impermeáveis.
As cógulas de protecção, que são impermeáveis, conferem boa protecção da cabeça e pescoço,
no entanto a sua utilização não é tão confortável como as toucas cirúrgicas. Quando
coloca-se a roupa de protecção por completo, deve-se colocar a componente de
protecção da cabeça imediatamente (cógula).

Recomedações do uso de toucas/gorro:

Deve cobrir inteiramente a cabeça e as orelhas;

Deve ser de material descatável e romivido após o uso.

2.4.6 Protecção para os pés:

Propé é uma barreira fisíca contra a disperção de agentes contaminantes dentro do consultório de
estomatologia para o meio externo.

Recomendações do uso de propé:


Após uso deve-se descartar e proceder a higienização das mãos imediatamente;

OBS7.: O calçado (crocs acompanhadas de meias) deve ser de uso exclusivo para o trabalho
clínico e não deve conter perfurações para não permitir a entrada de líquidos.
Preferencialmente devemos utilizar sobre o calçado o propé de modo a impedir a
passagem de líquidos na zona de transição.

Atenção: Todos os profissionais (estomatologistas) devem ser capacitados para a prevenção da


transmissão de agentes infecciosos e treinados para o uso correcto dos EPI.

2.5 PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DE EPI

Paramentação/Colocação

A colocação e remoção do EPI deve ser rigorosamente cumprida. O EPI deve ser colocado
correctamente, pela ordem e técnica recomendada e sempre antes do contacto com o
paciente (para que não sejam necessários ajustes durante a prestação de cuidados, que
envolvem risco de contaminação do profissional).

Alguns respiradores não permitem uma adaptação adequada nos indivíduos com barba. Nestes
casos podem ser usadas duas máscaras cirúrgicas sobrepostas. O uso de um respirador
de partículas exige maior esforço respiratório. Como referido anteriormente, uma
medida muito importante é testar o ajuste facial do respirador de partículas, de modo a
estarem garantidas as condições de protecção.

Recorda-se que para se efectuar a prática clínica de medicina dentária com o máximo de
segurança possível temos de ter equipamento de protecção individual adequado e bem
seleccionado. O EPI deverá ser utilizado apenas nas situações em que é preconizado, já
que o seu uso indevido é determinante na ausência de sustentabilidade da provisão
destes recursos e de potencial roptura de abastecimento, podendo colocar em risco a
saúde dos profissionais que dele precisam.

A seleção dos EPI deve seguir uma abordagem baseada no risco dos procedimentos a realizar,
dependendo entre outros fatores, do grau de infecciosidade do agente patogénico e tipo
de intervenções planeadas.

Os procedimentos realizados em consultório de medicina dentária poderão ser divididos em três


categorias de grau de risco, Risco Baixo, Risco Moderado e Risco Elevado.

Desparamentação/Remoção

A remoção cuidadosa do EPI é muito importante na prevenção da contaminação do profissional.


Deve ser efectuada de acordo com as normas e, sempre que possível, sob a supervisão
de outro profissional. Durante a manobra de remoção do EPI deve existir um cuidado
adicional para evitar contaminação do próprio, dos outros e do ambiente. Deve remover-
se em primeiro lugar o equipamento mais contaminado. Todo o equipamento retirado
deverá ser separado de acordo com a especificidade do próprio.

A paramentação (colocação) e a desparamentação (retirada) dos EPI quando é feita de maneira


adequada é uma forma eficaz de se evitar a contaminação entre profissionais.

2.7 BIOSSEGURANÇA EM ESTOMATOLOGIA EM TEMPOS DE COVID-19

Biossegurança é um conjunto de ações destinadas à prevenção e minimização ou eliminação e


protecção do profissional e do paciente contra riscos inerentes às atividades
profissionais. ( DRA. LUSIANE CAMILO BORGES,2018)

A Biossegurança ocupa um papel fundamental na formação e atualização do profissional da


Odontologia. Sob esse enfoque, torna-se importante incorporar rotinas, normas,
procedimentos de esterilização e desinfecção, além dos cuidados com o meio ambiente
pelo gerenciamento dos resíduos de saúde.
O número de doenças infecciosas e de infecções cruzadas vem aumentando dramaticamente
entre os profissionais da área da saúde. A Equipe de Saúde Bucal está permanentemente
exposta a uma grande variedade de microrganismos veiculados pelo sangue e pela saliva
dos pacientes, os quais
podem albergar agentes etiológicos de doenças infecciosas, mesmo sem apresentar os sintomas
clínicos ou sem desenvolver a doença em questão.

Para que se desenvolva o efetivo controle de infecção do local de trabalho minimizando o risco
de transmissão de infecções é fundamental conhecimento de alguns conceitos de
Biossegurança, controle de Infecção e as formas de transmissão de doenças
ocupacionais.

PROTOCOLO GERAL DE CONTROLE DE INFECÇÃO ONDONTOLÓGICA

Para que possamos instituir um protocolo eficaz e seguro, é de extrema importância que façamos
uma divisão, ainda que didática, para que o conjunto de medidas seja realizado de forma
interdependente.
Tal interdependência de etapas é fundamental no Protocolo de Controle de Infecção
Odontológica, devido às inúmeras ações necessárias para que o atendimento seja seguro
à Equipe de Saúde Bucal e o paciente.

Didaticamente o Protocolo de Controle de Infecção Odontológica pode ser dividido em 4 partes:

1. Precauções padrão
2. Desinfecção
3. Barreiras Físicas
4. Central de Esterilização.

1. Precauções padrão
São medidas de prevenção que devem ser utilizadas na assistência a todos os pacientes na
manipulação de sangue, secreções e excreções e contato com mucosas e pele não-
íntegra. Isso depende do diagnóstico definido ou presumido de doença infecciosa
(HIV/AIDS Hepatites B e C).

Dividimos didaticamente as Precauções Padrão em:

A. Higienização de mãos
B. EPI (Equipamento de Proteção Individual).

A) Higienização de mãos:

É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das
infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das
mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste
procedimento.

O termo higienização de mãos engloba:

• Higienização simples
• Higienização antisséptica
• Fricção antisséptica
• Antissepsia cirúrgica.

As mãos constituem a principal via de transmissão de micro-organismos durante a assistência


prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos micro-
organismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato
direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies
contaminados.

A) Higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades:


• Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e da microbiota da pele,
interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato

• Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.

As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se:
água e sabão, preparação alcoólica e antisséptico.

A utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo:

-Uso de água e sabão


-Água corrente e sabão antisséptico.

Indicação: Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros
fluidos corporais:

• Ao iniciar o turno de trabalho


• Após ir ao banheiro
• Antes e depois das refeições
• Antes de preparo de alimentos
• Antes de preparo e manipulação de medicamentos
• Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

-Uso de preparação alcoólica


-Álcool Gel 70%.

Indicação: Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem
visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:

• Antes de contato com o paciente;


Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de micro-organismos oriundos das mãos
do profissional de saúde.

• Após contato com o paciente;


Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao
paciente, evitando a transmissão de micro-organismos do próprio paciente.

• Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos;


Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de micro-organismos oriundos das mãos
do profissional de saúde.

• Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo
cirúrgico;
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de micro-organismos oriundos das mãos
do profissional de saúde.

• Após risco de exposição a fluidos corporais;


Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao
paciente, evitando a transmissão de micro-organismos do paciente a outros profissionais
ou pacientes.

• Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao


paciente;
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de micro-organismos de uma
determinada área para outras áreas de seu corpo.
Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com frequência na rotina profissional.
Deve-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na sequencia: sítio menos
contaminado para o mais contaminado.

• Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente;


Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao
paciente, evitando a transmissão de micro-organismos do paciente a outros profissionais
ou pacientes.

• Antes e após remoção de luvas (sem talco);


Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao
paciente, evitando a transmissão de micro-organismos do paciente a outros profissionais
ou pacientes.

As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a reduzir a
transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua
integridade sem que o profissional perceba, possibilitando a contaminação das mãos.

B) Equipamentos de proteção individual (EPI)

Os equipamentos de proteção individual são: luvas, máscaras gorros, óculos de proteção,


aventais e sapatos fechados. Indicações:

• Luvas - sempre que houver possibilidade de contato com sangue, secreções e excreções, com
mucosas ou com áreas de pele não íntegra (ferimentos, escaras, feridas cirúrgicas e
outros);

• Máscaras e óculos de proteção - durante a realização de procedimentos em que haja


possibilidade de respingo de sangue e outros fluidos corpóreos, nas mucosas da boca,
nariz e olhos do profissional;

• Gorro - o uso deste EPI evita a queda de cabelos nas áreas de procedimento, além de ser uma
barreira mecânica contra a contaminação dos cabelos por secreções, por aerossóis e por
produtos. O gorro deve ser preferencialmente do tipo descartável, deve cobrir todo o
cabelo e as orelhas e ser trocado sempre que necessário ou a cada turno laboral;

• Aventais - devem ser de mangas longas, gola padre, cobrir os joelhos do profissional e
utilizados durante os procedimentos com possibilidade de contato com material
biológico, inclusive em superfícies contaminadas. Podem ser descartáveis ou de tecido;

• Sapatos fechados - proteção dos pés em locais húmidos ou com quantidade significativa de
material infectante como centro cirúrgico ou situação de hemorragia.

2. Desinfecção

Para melhor compreensão do processo de tratamento de materiais, alguns termos merecem ser
definidos, conforme descrito a seguir.

• Descontaminação: conjunto de operações de limpeza, de desinfecção e/ou esterilização de


superfícies contaminadas por agentes indesejáveis e potencialmente patogênicos, de
maneira a tornar estas superfícies barreiras efetivas que minimizem qualquer tipo de
contaminação cruzada.

• Limpeza: remoção mecânica e/ou química de sujidades em geral de determinado local.

• Desinfecção: eliminação de micro-organismos, exceto esporulados, de materiais ou artigos


inanimados, através de processo físico ou químico, com auxílio de desinfetantes.

• Antissepsia: eliminação de micro-organismos da pele, mucosa ou tecidos vivos, com auxílio de


antissépticos, substâncias microbiocidas ou microbiostáticas.

• Assepsia: métodos empregados para impedir a contaminação de determinado material ou


superfície.

3. Barreiras físicas de proteção

As barreiras físicas são importantes aliadas no controle de infecção das superfícies e mobiliários
da clínica odontológica. A principal função das barreiras é proteção das mãos da Equipe
de Saúde Bucal.

Como a maioria dos procedimentos odontológicos é clínico, devemos nos preocupar com a
proteção das superfícies que ficam em contato e no entorno do paciente e profissionais.
O objetivo das barreiras é evitar infecção cruzada, evento bastante comum em
procedimentos clínicos.

Superfícies e mobiliários estão sujeitos ao toque das mãos, respingos e aerossóis. Atualmente,
são produzidos cadeiras e mochos mais lisos e sem costuras, pontas autoclaváveis,
equipamentos com comandos acionados com os pés, dentre outras adaptações.

Entretanto, botões e alças devem ser recobertos com barreira impermeável (do tipo filme
plástico), campo de algodão estéril ou material não-tecido (TNT), em casos cirúrgicos.
As barreiras devem ser trocadas entre cada atendimento, promovendo limpeza e
desinfecção, com álcool a 70% ou ácido peracético, a cada troca.

Insumos descartáveis, como a ponta da seringa tríplice, “sacolés” nas canetas de alta e baixa
rotação e outros, são importantes barreiras que atuam de forma positiva no controle da
infecção cruzada odontológica.

As sobreluvas de plástico são barreiras bastante utilizadas em situações onde há trabalho a quatro
mãos ou quando o CD se encontra sem auxiliar e, durante o atendimento, necessite
buscar objetos ou abrir gavetas.

Todas as barreiras devem ser colocadas somente sobre as superfícies que serão utilizadas em
cada atendimento. Não é correto “plastificar” a sala clínica. Esta conduta, embora dê a
falsa aparência de controle de infecção, acarreta em aumento considerável de infecção
cruzada pois, dificilmente a equipe de trabalho dispõe de tempo para trocar todas as
barreiras no intervalo de pacientes.

Basicamente, devemos utilizar barreiras nas seguintes superfícies:


• Botões da cadeira, alça do refletor, encosto do mocho e as pontas da unidade de sucção (aplicar
filme de PVC)

• Superfícies da bancada e do carrinho auxiliar (cobrir com pano de campo descartável)

• Pontas: caneta de alta rotação, envolver em protetor descartável de látex ou “sacolés”

• Manoplas, cones e controle de aparelhos de raios X

• Cabos de espelho (não odontológicos).

Envolver com filme de PVC outras superfícies como:

• Seringa tríplice e seus encaixes: preferencialmente usar pontas descartáveis; não dispondo
desse produto, cobrir com tubo plástico descartável (canudo de refrigerante) e
recobrimento plástico com “sacolés”

• Pontas, mangueiras, botões de controle de periféricos e cabos de fibra ótica de


fotopolimerizador.

OBS: Durante o atendimento clínico é necessário ter por perto sobreluvas para evitar infecção
cruzada.

São grandes aliadas para economia de tempo e preservação da cadeia séptica do procedimento.

5. Central de esterilização

Reprocessamento de artigos:

A esterilização é um ponto crítico na Odontologia. Neste item serão abordados os procedimentos


essenciais para o reprocessamento de artigos e esterilização na Odontologia.
É importante ressaltar que, apesar da esterilização se consolidar em processo físico, existem
etapas essenciais a serem seguidas que não podem ser negligenciadas.
Desta forma, seguiremos descrevendo resumidamente etapa que deve ser realizada anteriormente
e posteriormente à esterilização propriamente dita.

Todo serviço odontológico deve ter um espaço destinado ao reprocessamento de instrumental


que conste, no mínimo, de uma pia exclusiva para lavagem de instrumental, bancada
para secar, embalar, aparelho esterilizador – AUTOCLAVE - e gavetas e/ou armários
para o acondicionamento dos instrumentais estéreis.

Segundo a norma do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (COVISA-SP), este espaço é
dimensionado de acordo com o número de unidades de trabalho (cadeiras
odontológicas) do estabelecimento.
Este espaço é denominado Central de Esterilização, que deve ter um fluxo unidirecional de
trabalho, onde os artigos a serem reprocessados seguem caminho passo-a-passo sem
retorno ou etapas negligenciadas.

Didaticamente, divide-se a Central de Esterilização em seis partes:

A. Pré-lavagem
B. Lavagem
C. Secagem / Inspeção visual
D. Barreira (Embalagem)
E. Esterilização / Monitoração da Esterilização e Acondicionamento.

O espaço físico deve ser delimitado em 2 áreas:

• Área Contaminada (pré-lavagem, lavagem, secagem e embalagem)


• Área Limpa (esterilização, monitoração e acondicionamento)
Vale lembrar que o ideal é ter sala separada para a esterilização de materiais sempre mantendo
fluxo correto de reprocessamento dos materiais, unidirecional, que é indispensável de
forma a não misturar materiais sujos, limpos e estéreis, mantendo a barreira asséptica.

Formas de Transmissão de Doenças

Entende-se por doença infecciosa aquela que sempre é capaz de ser transmissível e contagiosa.
Esses termos significam que a doença pode ser transmitida (propagada) de alguma forma de um
hospedeiro para outro

A. Transmissão Direta

Ocorre por meio de contato de pessoa a pessoa.


Doenças como hepatite, infecção por herpes, infecção pelo HIV e tuberculose são disseminadas
por contato direto que podem ser via aérea (gotículas que se espalham através de tosse
ou espirros, por exemplo) e também via contato sem proteção como sangue e saliva

A exposição ao sangue é um assunto muito importante e preocupação especial para a equipe


odontológica durante o tratamento odontológico. Embora o sangue não possa ser visto
na saliva, frequentemente está presente.

B. Transmissão Indireta

Ocorre quando os microorganismos são transmitido inicialmente a objetos ou superfícies e em


seguida para outra pessoa que toca esses objetos e superfícies. Essa situação não é
incomum e um exemplo corriqueiro é quando um membro da equipe odontológica
manuseia uma ficha clínica com luvas e logo após essa mesma ficha é manuseada pela
secretária sem luvas. É importante higienizar as mãos com freqüência e desinfetar
frequentemente e cuidadosamente bem como cobrir as superfícies que podem ser
contaminadas para evitar a transmissão indireta de microorganismos também conhecida
com infecção cruzada.
C. Transmissão por Via Aérea

A transmissão via aérea também conhecida como infecção por gotículas, trata-se da propagação
de doenças através de gotículas de umidade que contém bactérias ou vírus. A maior
parte das doenças respiratórias contagiosas é causada por patógenos que são
transportados em gotículas de umidade.
Alguns deles são transportados por longas distâncias através do ar e sistemas de ventilação. É um
transmissão que pode ocorrer também através de tosse ou espirro.

Aerossol, Spray e Respingo

São produzidos durante o tratamento odontológico e podem conter sangue, saliva e secreções
nasofaríngeas (nasais). A diferença entre eles é o tamanho das
partículas.
Os menores são os aerossóis tipo névoa. Permanecem por longos períodos e podem ser inalados.
Não podem ser visíveis a olho nu. Exemplo: caneta de alta rotação e ponta de ultrassom.
Os aerossóis podem transmitir infecções respiratórias, mas não os vírus da hepatite b ou
HIV apesar de serem inalados.
Sprays e respingos são também produzidos pela utilização de peças de mão e ponta de ultrassom,
bem como a seringa tríplice durante os procedimentos odontológicos
Os respingos consistem em partículas maiores de gotículas que estão contaminadas por sangue,
saliva e outros detritos. Exemplo: cálculo, partícula de dente
As gotículas de spray e respingos propagam-se mais distante do que do aerossol tipo névoa e
tendem a depositar-se sobre as superfícies de punho e antebraço, braços e punho. Podem
atingir também o pescoço da equipe odontológica, daí a importância do uso de EPIs
(equipamento de proteção individual): gorro, luvas, máscaras, óculos e avental de
manga longa e punho estreito.

D. Transmissão Parenteral
Parenteral significa através da pele, como em cortes ou perfurações. A transmissão parenteral
pode
ocorrer através de lesões através de picada de agulha, mordidas humanas, cortes, escoriações ou

TRANSMISSÃO DE DOENÇAS NO LABORATÓRIO DE ESTOMATOLOGIA

Essa transmissão pode ocorrer de diversas maneiras:

A. Paciente para equipe Odontológica


Os microorganismos da boca do paciente podem ser transmitido para a equipe odontológica por
meio das seguintes vias:

• Contato direto – toque com saliva ou sangue


• Infecção por gotículas / aerossol - olhos nariz e boca
• Contato indireto – tocando instrumentos e/ou superfícies contaminados / acidentes com
material perfurocortante

B. Equipe Odontológica para Paciente


Essa propagação é muito improvável e pouco comum, felizmente. Porém ocorre se não houver os
procedimentos básicos de controle de infecção como uso de luvas e máscaras podendo
levar patógenos aos pacientes através de contato com pele lesionada e gotículas através
de tosse e/ou espirro sem EPIs.

C. Laboratório Estomatologia para Comunidade

Os microorganismos patógenos podem sair da clínica odontológica e entrar na comunidade de


várias maneiras:

• Moldagens contaminadas para o laboratório de prótese


• Equipamentos contaminados para a revisão e reparo.
• Equipe odontológica transmitindo patógenos através das roupas e cabelos
• Resíduos de saúde descartados inadequadamente.

Mais uma vez se faz necessário uma atenção especial aos procedimentos básicos de controle de
infecção que incluem limpeza e desinfecção de objetos e equipamentos, barreiras de
proteção, higiene de mãos e utilização de EPI exclusivamente para o ambiente de
trabalho.

3. METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo

Para a elaboração do nosso trabalho será realizado um estudo transversal, observacional e


descritivo quantitativo.

3.2 Local de estudo

O estudo será realizado na Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda. Sita Rua
Direita da Samba Nº13/Luanda.

3.3 População em estudo

A nossa população em estudo serão os alunos do curso de Estomatologia da 11ª à 13ª classe da
Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda.

3.4 Amostra
Serão inquiridos 100 alunos e extraíremos uma amotra de 50 estudantes.

3.5 Critérios de inclusão

Farão parte da nossa pesquisa os alunos do curso de estomatologia da 11ª à 13ª classe que
aceitarem preencher o inquérito.

3.6 Critérios de exclusão

Serão excluídos da nossa pesquisa os alunos do curso de estomatologia da 10ª classe e os


alunos da 11ª à 13ª classe que não preencherem o inquérito.

3.7 Procedimentos éticos

Para o presente trabalho prometemos preservar e salvaguardar o nome e a imagem dos


inqueridos.

3.8 Procedimentos de recolha de dados

Para a recolha de dados o registo das informações será feito em forma de questionário.

3.9 Processamento de dados

Após a recolha de dados serão processados no programa informativo windows utilizando o


microsoft word para a elaboração do texto, o microsoft excel para a elaboração de
tabelas e o microsoft power point na elaboraçã
da apresentação. Os resultados serão apresentados em forma de tabelas.

3.10 Variáveis em estudo

As nossas variáveis em estudo serão: sexo, idade e o conhecimento dos estudantes sobre os EPI
e Biossegurança.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. NETEMO, B. D.; NUNES, L. M.; ADÃO, J. F.; SOSSANJE, C. D. Sebenta da


disciplina de Projecto Tecnológico; Escola de Formação de Técnicos de Saúde de
Luanda; Luanda/2019.

2. Biossegurança em Medicina Dentária- Disponível em:


<https://www.egasmoniz.com.pt/media/120197_CUEM_02_03-
Protocolo_Biosseguranca_compress.pdf> Acesso em: 17/09/2020, 07:05:05.

3. EPI para manejo de paciente Covid suspeito ou confirmado- Disponível em:


<https://www.drgbrasil.com.br/valoremsaude/epi-para-manejo-de-paciente-covid-
suspeito-ou-confirmado/> Acesso em: 10/10/2020, 00:01:01.

4. Importância dos EPI´s na área odontológica- Disponível em: <


https://www.goedert.com.br/a-importancia-dos-epis-area-odontologica> Acesso em:
13/10/2020, 18:00:00.

5. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) na odontologia frente a covid-19-


Diponível em: <https://uso_de_epi_na_odontologia_covid-19_-_cartilha.pdf> Acesso
em: 17/10/2020, 10:12:12.

6. Biossegurança e a evolução dos EPIs na Odontologia- Disponível em:


<https://blog.easydentalcloud.com.br/biosseguranca-evolucao-dos-epis-na-
odontologia/> Acesso em: 22/10/2020, 07:38:38.

7. Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s)- Disponívem em:


<https://covid19.cff.org.br/equipamentos-de-protecao-individual-epis/?apm> Acesso
em: 08/10/2020, 19:52:52.
8. Medidas de biossegurança- Disponível em:
<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/medidas-de-
biosseguranca/34494> Acesso em: 12/11/2020, 20:15:15.

9. CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA. COVID-19. Disponível em:


www.cro-pe.org.br/noticia.php?idNot=2291. Acesso em: 19 de maio de 2020

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