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Rede Convida:
estendendo zelo e outros elos em
tempos de pandemia
Rede Convida:
extending care and other links in pandemic times
1 Disponível em scielo.org.br.
2 AKERMAN; PINHEIRO, Covid-19.
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a partir da diferença dos termos indígenas, efeito direto do racismo
epidemiológicos, posto que a estrutural que marca nossa sociedade.
vulnerabilidade frente à doença não é Nesse sentido, Passos4 nos aponta alguns
igual para todes devido às nossas dados que denunciam a alta
diferenças históricas de classe e gênero, mortalidade da população negra, fruto
acentuadas pelo racismo estrutural. do racismo estrutural, como anterior à
Desse modo, as medidas de isolamento e pandemia: óbitos maternos são mais
distanciamento social no Brasil altos entre mulheres negras do que em
evidenciaram situações de privilégio de não-negras, assim como de adolescentes
condições para tal. Para ilustrar, negros mortos por homicídios, entre
podemos recorrer aos dados do Índice outros. Nesse sentido, a autora afirma
de Isolamento Social, realizado pela que “essa marca étnico-racial molda a
Inloco que demonstra que o percentual sobrevivência e as condições da
chegou a 62,2% em 22 de março, população brasileira”.5
enquanto no último levantamento este
percentual é de 32,2%3. Frente à pandemia, essa situação se
agrava:
Para compreender a vulnerabilidade
No Brasil, em que pese a ausência das
distinta frente à COVID-19 (Corona Virus informações desagregadas por raça ou etnia
Disease 2019), podemos destacar alguns ou que quando coletada apresenta um
pontos. O primeiro deles se refere a preenchimento precário, sabe-se que negras
e negros irão sofrer mais severamente os
profissionais de saúde e de serviços impactos da pandemia e seus vários
essenciais enfrentando diariamente a desfechos negativos, considerando o histórico
de ausências de direitos. Aliado a isto, dados
pandemia, muitas vezes, sem condições nacionais têm apontado a maior prevalência
de segurança, como ausência de de doenças crônicas e negligenciadas entre a
equipamentos de proteção individual população negra, resultado da maior
vulnerabilidade social e econômica na qual
(EPI’s), o que também se torna vetor de ela está exposta e ao menor acesso aos
transmissão. Um segundo ponto a ser serviços de saúde. 6
explicitado diz respeito à
Diante da inexistência de equidade de
impossibilidade de todes realizarem um
condições socioeconômicas, deparamo-
isolamento e distanciamento social, como
nos com cenários muito distintos de
ocorre em favelas e comunidades
pandemia no contexto brasileiro. Nesse
periféricas em que muitas pessoas
sentido, podemos afirmar que “Não
partilham o mesmo espaço, locais
estamos no mesmo barco”, como pontuam
marcados pela ausência das mínimas
Akerman e Pinheiro7. Em referência ao
condições de higiene (devido à falta de
famoso naufrágio do Titanic, o texto nos
condições sanitárias básicas), facilitando
lembra que “o lugar que se ocupa na
o rápido contágio. Junto às questões
sociedade importa no seu risco de
distintas de classe, há ainda as questões
morrer”.8
implicadas ao racismo estrutural
considerando a população negra como a Neste contexto de pandemia com tantas
mais afetada, como também os povos desigualdades, iniquidades,
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vulnerabilizações biopsicossociais, como projeto se propõe a realizar atividades
fica a saúde mental? A Organização de pesquisa, ensino e extensão,
Mundial de Saúde (OMS) alertou considerando ainda a indissociabilidade
recentemente sobre os graves efeitos da entre formação e intervenção.
pandemia na saúde mental. Situações de Defendemos que a formação deve ser
isolamento social ou impossibilidade do considerada como
mesmo, o medo constante do contágio, a
o exercício prático de experimentação no
sobrecarga de trabalho de profissionais cotidiano dos serviços de saúde com os
de saúde e os processos múltiplos de luto, diferentes sujeitos que o compõem, como um
dentre outras situações, colocam as exercício indissociável da experimentação,
do convívio, da troca em situações reais, com
questões de saúde mental em cena. A a qualidade e intensidade desta troca que
partir disto, a OMS lançou um documento favorece processos formativos. O que requer
discutir o plano da clínica na sua
sobre a necessidade de políticas de inseparabilidade da filosofia, da arte, da
saúde mental frente a pandemia da ciência, e da política.11
COVID-19.9 Afinado a esta proposição,
o presente projeto encontra-se alinhado Desse modo, o compromisso ético da
com as recentes diretivas desta instituição psicologia nos conduz à proposição de
ao discutir e elaborar propostas de ação atividades de pesquisa-intervenção que
de promoção de saúde mental e fazer possibilitem interrogar e avançar em
clínico, considerando questões político- busca de modos inventivos de dispositivos
sociais, de classe e racializadas. clínicos neste contexto atual,
considerando o entrelaçamento de
Podemos afirmar que a Rede Convida é saberes, a pluralidade psi em um
convocada a um trabalho que considera contexto pandêmico. Para tal, é preciso
a vulnerabilidade distinta bem como a desvelar as desigualdades socio-
diversidade nos modos de existir e econômico-raciais e a insuficiência de
resistir a pandemia. Demarcamos que a políticas públicas que contemplem a
Rede Convida se estabelece como um complexidade desta crise sanitária que
projeto interseccional. A assola nosso país.
interseccionalidade nas palavras de
Akotirene, Ademais, é crucial nos atentarmos às
vulnerabilidades e vulnerabilizações
visa dar instrumentalidade teórico- psíquicas que a pandemia suscita e/ou
metodológica à inseparabilidade estrutural
do racismo, capitalismo e
acentua. Como propor isolamento e
cisheteropatriarcado – produtores de distanciamento social como segurança
avenidas identitárias em que mulheres negras sanitária àqueles com os quais vem sendo
são repetidas vezes atingidas pelo
cruzamento e sobreposição de gênero, raça e construídas políticas públicas e de
classe, modernos aparatos coloniais.10 cuidado, através de redes de apoio e
agenciamento, circulação e produção de
Lançar mão da interseccionalidade
autonomia como produção do cuidado
prevê, então, o compromisso com
de si e de outres? Partindo de princípios
práticas que enfrentem e acolham o
antimanicomialistas e antiproibicionistas,
sofrimento psíquico em tempos de
com dispositivos de acompanhamento
pandemia a partir das questões de
terapêutico e redução de danos, o novo
gênero, raça e classe. Por isso, este
imperativo de cuidado “isolamento/
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distanciamento” coloca o encontro como corpo no entre-corpos como modos de
“antiético” e ameaçador. Que efeitos no produção de saúde, colocando em cena
processo de subjetivação esse imperativo os processos de subjetivação que nos
produz? Que questões convoca à convidam a arriscar uma experiência de
Psicologia para repensar suas análise crítica das formas instituídas, o
intervenções sociais? O que pode a que nos compromete ética e
universidade pública no contexto politicamente a inventar e apostar.
pandêmico?
18 Este grupo existe desde 2015 como desdobramento do grupo de estudo criado em 2014 e do projeto
de extensão em desinstitucionalização, temos produzido novas tecnologias e dispositivos de cuidado
através do acompanhamento terapêutico (AT). Conforme Brito e Silveira (Entre nós e redes: experiências
de formação-intervenção para a saúde mental e atenção psicossocial) trata-se do acompanhamento de
usuáries de saúde mental através da atenção domiciliar e da articulação com os pontos de atenção da
rede, por meio da construção de um projeto terapêutico singular (PTS) com usuáries, familiares e
profissionais desde as resoluções cotidianas à circulação na cidade, fortalecendo os laços ao
conhecermos o território e seus itinerários terapêuticos (PALOMBINI, Acompanhamento terapêutico). Este
grupo tem problematizado os atravessamentos sobre a produção do “louca perigosa”, considerando o
controle e a dominação exercidos sobre estas, a partir do saber/poder psiquiátrico e jurídico na
execução de sanções como: medida de segurança, internação compulsória e interdição/ curatela judicial.
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tornam ainda mais perigosas pela precária e pequena para quantidade de
grande possibilidade de contágio do residentes caso alguém adoeça?
vírus, é pensar na saúde da população
mais vulnerabilizada. Como garantir que Entre acompanhades, a vulnerabilização
as andanças, circulação e encontros se social é um fator constante. Para a
deem de modo seguro? Como não cair na COVID-19, conforme apontam Karol e
armadilha do “Fique em casa” para Silva19, esse é mais um fator de risco. E
justificar o isolamento histórico a que assim, as vulnerabilizações e violências já
estas pessoas são submetidas em nome presentes no cotidiano das pessoas
do cuidado e em defesa da sociedade acompanhadas tomam novas formas, e
que os têm como essencialmente as medidas de controle do vírus
perigoses? Como reverter o sentido da disfarçam a necropolítica, a política de
experiência de isolamento como produção de morte e controle dos corpos
confinamento para afetiva e efetivamente considerados descartáveis20, como a
cuidado e proteção? Como orientar para população negra, comunidade Lésbicas,
que fiquem em casa, quando as relações Gays, Bissexuais, Transexuais/Travestis,
territoriais eram (e são) as apostas de Queer, Intersexo, Assexuais e mais
cuidado? Era urgente criar novas (LGBTQIA+), mulheres, idoses, pessoas
possibilidades justamente pela situação com sofrimento psíquico e usuáries de
emergencial e evitar riscos de contágio, drogas. Assim, fora preciso reafirmar
adoecimento, desassistência, entre garantias mínimas de proteção e acesso
outros. Portanto, pensamos em como a serviços para que essas pessoas não
ofertar presença à distância pela dupla fossem esquecidas devido ao
ou grupo de acompanhantes terapêutices sufocamento de tais serviços, diante da
(AT) e redutoras de danos, e mediada sobrecarga de novas e antigas
através de tecnologias, para contato demandas.
direto ou indireto via rede de apoio. Assim, desde março tem havido a
Nesse processo, esbarramos com intensificação na relação estabelecida
problemáticas anteriores, tais como não com os serviços de referência de cada
acesso a direitos básicos, bens e serviços. usuárie, que se tornou primordial para
Com a pandemia, a desigualdade social que a oferta de atenção pudesse se
escancara-se ainda mais, trazendo manter ativa, promovendo análises
questões urgentes, posto que pessoas já extremamente necessárias acerca da
em situação de vulnerabilidade social sobrecarga e precarização dos serviços
ficaram mais expostas aos riscos de e das práticas em saúde mental da
contaminação, visto o não acesso a cidade e ativar redes no território, já que
materiais e serviços necessários para a em sua grande maioria, são pessoas com
proteção. O que fazer quando a RAPS frágeis vínculos familiares e em intenso
não dá conta de cobrir todo seu sofrimento.
território? Como conversar sobre higiene
pessoal e prevenção ao vírus, quando Com o distanciamento e a presença nos
uma família inteira compartilha a mesma serviços substitutivos se tornando menos
toalha, única na casa? Como pensar frequente e mais pontual, sem a
isolamento social quando a moradia é convivência grupal, antigas e
importantes demandas puderam ser
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promovido acolhimentos, a partir de identificadas como negras são acolhidas
pedidos de ajuda via o perfil do projeto pelo coletivo PretasPsi, e mães pelo
no Instagram, via pessoas que conhecem grupo de extensão “Atenção, cuidado e
o projeto e participantes que nos redes de apoio a mães em sofrimento
contatam para encaminhamentos ou psíquico: construindo estratégias de
ainda via redes de solidariedade (de enfrentamento frente aos impactos da
que falaremos adiante). COVID-19” citado anteriormente. Este
último nos ensina sobre os modos de
Mas, retomando o percurso histórico do inventar o acesso às mães em situação de
projeto, rapidamente as demandas de vulnerabilidade social e intenso
pessoas em situações de sofrimento sofrimento psíquico. A partir de um
psíquico se diversificam, conduzindo a levantamento das mães incluídas no
uma abertura para o acolhimento dentro projeto de doações de cestas básicas,
da disponibilidade das participantes da nasceu a proposta de realização de
rede, em constante ampliação, assim rodas de conversa on-line quinzenais com
como a parceria com serviços, coletivos mães, majoritariamente universitárias, em
como PretasPsi e, mais recentemente, o situações de vulnerabilidade social e
projeto de extensão “Atenção, cuidado e psíquica. Essa rede de mães que se
redes de apoio a mães em sofrimento iniciou no segundo semestre de 2020 tem
psíquico: construindo estratégias de contribuído no acolhimento ao sofrimento
enfrentamento frente aos impactos da a partir da potência do grupo em
COVID-19”. Este, por sua vez, está compartilhar experiências e criar
diretamente ligado a uma das frentes da estratégias coletivas para questões
Rede Convida: o apoio às redes de maternas como a sobrecarga mental, a
solidariedade. Frente que considera o dificuldade do autocuidado e, ainda, os
cuidado e apoio como imbricados e que obstáculos ao ensino remoto impostos às
se fazem em várias direções, por estudantes mães.
sabermos que a vulnerabilidade social se
agrava com a pandemia, como Há outras atividades na Rede Convida
recentemente noticiado sobre o retorno que merecem nosso destaque. Na
do Brasil ao “Mapa da Fome”. Neste coordenação deste projeto, organizamos
cenário, é fundamental que a Rede reuniões periódicas com participantes da
Convida também se conecte a Redes de rede para discussão sobre a dinâmica da
solidariedade comunitárias, como a ação rede e os encaminhamentos das
de cestas básicas, iniciativa do projeto demandas. A partir destas discussões,
de extensão universitária “A UFF Campos surge a proposta de realização de
faz”. Destinada a pessoas da encontros para discussão dos casos em
comunidade acadêmica com atendimento num processo não-
vulnerabilidade econômica, essa ação hierárquico de super-visão, num encontro
articula cuidados preventivos da COVID- de contribuição, de inter-visão que
19, com distribuição de máscaras e colabora para o compartilhamento dos
álcool gel, como também encaminha desafios e impasses dos acolhimentos
pessoas que demandam acolhimento realizados.
psicológico a serem acompanhadas por
estudantes e profissionais da Rede O acolhimento on-line e a articulação de
Convida. Há ainda a possibilidade de redes se atravessam e partem da
acolhimento on-line em grupo, com compreensão da atenção psicossocial
marcadores de raça e gênero. Pessoas como indissociável da dimensão clínica-
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política de um fazer ético e inventivo, de destacar: oficinas semanais em
com produção de novos territórios e parceria com a pesquisa O Corpo Sem
dispositivos de intervenção e conexão. Alibi; acompanhamento terapêutico em
São ofertas que atendem a pessoas que parceria com o Grupo de Pesquisa
não se enquadram no perfil strictu sensu Saúde Mental e Justiça; encontro
de serviços oferecidos pelo SUS e SUAS, semanais com o grupo de pesquisa
e diante da suspensão de clínica-escolas, “Invenções de dispositivos clínicos em
como os serviços de psicologia aplicada tempos de pandemia”; acolhimento,
das universidades, não têm serviços acompanhamento e/ou encaminhamento
sociais e ou públicos para serem dos casos demandados em articulação
atendidas. Como também a oferta on- com as redes do território; realização de
line tem demonstrado a relevância de espaços de troca com os encontros de
possibilitar acesso a quem não buscaria inter-visão; coordenação de atividades
acompanhamento presencial por de formação como divulgação de
dificuldades de acesso, de informação ou informações sobre a pandemia através
mesmo como parte do sintoma. das redes sociais e realização de
Entendemos que mesmo com a minicurso na semana de psicologia da
reabertura e ampliação de serviços, a UFF-Campos.
modalidade on-line permanecerá por
apresentar possibilidades terapêuticas Por se tratar de um projeto em curso,
distintas, inclusive do modo como se dava algumas iniciativas ainda estão por vir,
antes da pandemia, como tem sido com como oferta de estágios, inclusão de
a reformulação dos estágios. práticas integrativas, e elaboração de
um documento digital com diretrizes e
estratégias para cuidados em saúde
Considerações finais mental em tempos de pandemia para
Muito são os desafios que se desvelam ampla divulgação.
nesta pandemia, mas há muita potência
em forma de rede. É nossa aposta neste
projeto que extrapola os muros, Referências
reforçando o compromisso social da AKERMAN, M.; PINHEIRO, W. R. Covid-
universidade pública. A partir desta 19: Não estamos no mesmo barco. Le
aposta, temos nos esforçado para Monde Diplomatique, 14 abr. 2020.
compor uma rede que convida a Acervo Online Brasil. Disponível em:
composição de elos e zelos em um https://diplomatique.org.br/covid-19-
momento tão delicado como este em que nao-estamos-no-mesmo-barco/. Acesso
nos encontramos. em: 26 jul. 2020.
Neste artigo, buscamos demonstrar como AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São
este projeto nasce da urgência Paulo: Sueli Carneiro. Pólen, 2019.
pandêmica e se entrelaça com projetos BENEVIDES, R. A psicologia e o sistema
de pesquisa-intervenção, ensino e único de saúde: quais interfaces?
extensão já existentes das autoras, bem Psicologia e Sociedade, Porto Alegre, v.
como a proposição de novas ações com 17, n. 2, pp. 21-25, ago. 2005.
a organização da Rede Convida e com
a participação de profissionais de saúde BRITO, B. P. M.; SILVEIRA, L. Entre nós e
e vinculação com instituições. Dentre as redes: experiências de formação-
atividades em andamento, gostaríamos intervenção para a saúde mental e
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