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Amebíase
Coloniza o intestino grosso. A única ameba que causa a doença no ser humano é a
Entamoeba histolytica. A transmissão é fecal oral. Os indivíduos infectados eliminam
cistos. Após aderir ao epitélio do intestino grosso alguns trofozoítos podem invadir a
mucosa e submucosa do órgão, formando úlceras, com quadro de colite amebiana. Os
sintomas da forma aguda podem incluir diarreia de pequeno volume, com tenesmo,
presença de sangue e muco, náuseas, febre, vômito, dores de cabeça. Na forma crônica
paciente refere desconforto abdominal intermitente com ou sem diarreia. Em alguns casos
pode se formar um ameboma palpável. Como evolução da forma intestinal, a E. histolytica
pode alcançar os vasos e se estabelecer no fígado e/ou cérebro via porta gerando quadro
com pior prognóstico.
Giardíase
Coloniza o duodeno. A transmissão é fecal oral. Os indivíduos infectados eliminam cistos.
Quando adere à mucosa do intestino causa uma inflamação local que gera má absorção de
proteínas e gorduras. Não invade a mucosa. Os sintomas do parasitismo por giardia lamblia
incluem diarreia aquosa sem produtos patológicos com mau cheiro, náuseas, anorexia,
flatulência e cólicas abdominais. Não ocorre febre.
Doença de Chagas
Causada pelo Trypanosoma cruzi, cujos vetores são triatomíneos hematófagos
(barbeiro). A transmissão direta por contato com o inseto atualmente é rara e a principal via
é a ingestão de alimento contaminado, em especial, o açaí. Pode também ocorrer infecção
por transfusão sanguínea, doação de órgão e verticalmente. Em geral, a infecção é
assintomática por mais de 10 anos, quando começam os sinais. Na fase aguda ocorre febre
prolongada (>7 dias), cefaléia, mialgia, astenia, esplenomegalia, hepatomegalia e, o
sintoma mais proeminente, miocardite difusa, podendo ocorrer pericardite e derrame
pericárdico. A forma crônica apresenta-se com comprometimento cardíaco e do sistema
gastrointestinal (distúrbios de motilidade), como megacólon e megaesôfago. O diagnóstico
é confirmado pela presença de T. cruzi no sangue (teste de gota espessa) ou IgM na fase
aguda e pela presença de IgG na fase crônica.