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Volume 1
Volume 1
por
9='rancisco q{egrão
.,
••
Illustrações do Dr. Pedro Macedo
•
Volume 1. 0
•
1926
Carityba
Tmpressorn Pnrnn aen se
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Ao EstBdo do PBrBntr
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6ENEAC061A PARANAEN5E
~. 267
DEDICATORIAS
A meus Pais
Ao meu saudoso Pai, capitão João de Souza Dias Negrão, varão cheio
de virtude e bondade, ha trinta e oito annos fallecido, quando a inexPe-
riencia dos meus quinze amios mais exigia o seu exemplo e os seus con-
selhos;
A' minha santa Mãi, D. Maria Francisca da Luz Negrão, prototypo
do amôr e da dedicação, alma stoica, heroica e resignada, cuja vida dedi-
cou, inteira, ao bem estar de numerosa familia e educação dos seus filhos,
- o meu anjo tutelar e companheira de minha vida, cuja morte ainda
choro;
dedico este trabalho, fructo de tantas
labutas, como tributo de infindas sau-
dades e dolorosas recordações.
A meus Tios
Aos meus bondosos Tios, major Ricardo de Souza Dias Negrão,
que foi meu segundo Pai, e sua virtuosa Esposa, e minha Tia D. Maria
Euphrasia Negrão ;
A's minhas saudosas Tias D. Beliza Candida Negrão, minha se-
gunda mãi, e D. Guilhermina Negrão;
o preito sincero de minha saudade.
Ao prezado Tio capitão Manoel Cordeiro Gomes e ás suas virtuo-
sas Irmãs e minhas Tias DD. Anzelia Gomes de Oliveira e Guilhermina
da Luz Gomes ;
minha amisade e respeito.
A' minha Esposa
A' Esposa dedicada, virtuosa companheira de trinta armos de feli-
cidade e de amor, D. Astrogilda Serra de Sant'Anna Negrão,- a minha
querida Gilda - cuja collaboração nesta lenga empreza me foi um in-
centivo e um auxilio indíspensaveis ;
o meu agradecimento e o meu coração.
A meus Amigos
A vós, meus Amigos, que acompa11hasteis, dia a dia, a elaboração
desta "Genealogia Paranaense", constatando o quanto de esforço tenho
empregado, nestes 24 annos de recolhimento em que vivo, num trabalho
incessante, auxiliado pela esposa amantissima,privando-nos, a ambos, das
diversões, em pról do bom desempenho do encargo a que voluntariamente
nos entregamos, aedico este trabalho.
Ao esclarecido juizo dos dilectos Amigos Ermelino de Leão e Ro-
mario Martins e dos distinctos Amigos e doutos Snrs. Drs. José Francisco
da Rocha Pombo, Affonso de Escragnulle Taunay, Doutor Moyses
Marcondes e Commendador Benedicto Calixto de Jesus, ajfeitos a traba-
lhos de investigações, como in:signes historiadores que são, submetia esta
obra sem merito, cheia de lacunas e de imperfeições, mas que representa
um esforço e uma resolução firme, sincera e desinteressada. Todo áquelle
que tem perco1'rido os desmantelados Archivos e Cartorios, em busca de
dados necessarios a seus estudos, ou que tem recorrido as diversas fontes
para obter qualquer informação, bem pode avaliar a somma de difficul-
dades com que luta quem pretenda escrever um estudo ge11ealogico; dif
ficuldades a que se veio alliar a minha incompetencia litteraria, ainda
mais aggravada por uma fatal e quasi completa cegueira . Todas essas
derimentes diio-me a esperança de obter a justificação das falhas que
naturalmente affeiam este trabalho. 1 erminando direi como Augusto
de Lima:
"Por mais que esta muza esprema
Não posso dar te um poema,
Mas, eu tenho um bom systema
Dou o que posso, não é ?
Não posso dar-te um poema
Dou-te então, um triolet."
Introducção
das uaes fez partir para Lisbôa a dar ~oticias do feíto e composta de 80 homens d'armas, sendo 40 besteiros e 40
da s~a chegada a S. Vicente. Em seg~tda levantou ferros espingardeiros, tendo por guia o proprio Francisco de Chà:'
em demanda da Bahia do Rto de .Janeiro, onde se demo- ves. Esta expedição partiu rumo do sertão a 1. de Setem-
0
rou de Abril a Agosto, tempo preciso para reparar as em- bro, ao som retumbante do clarim marcial, cheia de pro-
barcações e dar descanço á tripulação, exhausta de penosa missoras esperanças, sem calcular o fim desastroso e fu-
e afanosa viagem. nesto que a esperava
3 - Em começo de Agosto levantou ancoras e rumou 5 - Martim Affonso, por sua vez proseguiu em sua
ao sul, aportando em Cananéa .~ 12 de Agosto ~e 1531 , derrota para o sul, até Maldonado e Rio da Prata, tend?
depois de haver tocado em Septtiba, Angra dos Reis, S. Se- o cuidado de ir tomandb posse, em nome da Côrte Lusi-
bastião e outros portos. tana, das terras onde aportava, collocando por toda parte
marcos e padrões, com as Armas portuguezas, symbo\os
li de posse e domínio.
O encontro com homens civilizados 6 - Um desses marcos foi descoberto em Cananéa, a
16 de Janeiro de 1767, pelo intrepido e valoroso soldado
I - Grande foi a surpreza e satisfação de Martim Af- T.te C.el Affonso Botelho de Sampaio e Souza, quando
fonso de Souza ao ver nas praias de Cananéa, homens procurava local proprio para a edificação da fortaleza.
que, Jogo á primeira vista, reconheceu , serem civiliz~do~,
apesar de estarem semi-nús, e armados a moda dos i~d1- Ili
genas, em cuja companhia viviam. Eram elles - Francisco
de Chaves, Antonio Rodrigues, Duarte Peres - o bacha- A primeira expedição atravez do territorio
rel, e João Ramalho, os quaes vieram logo ao encontro da Parananiano.
expedição recem-chegada, portadora, nas vergas de suas
embarcações, do glorioso pavilhão lusitano. 1 - A expedição de Pedro Lobo, guiada por Francisco
2 - A satisfação foi ainda maior quando se verificou de Chaves, de Cananéa tomou rumo para o sertão parana-
serem todos - subditos da mesma Patria, a grande nação niano, passando pela Serra Negra e, provavelmente, pelas
Portugueza, pois que, aquelles habitantes de Cananéa eram proximidades de Curityba, com rumo á Fóz do Iguassú,
naufragas de passadas expedições, e que viviam entre os indí- talvez seguindo o curso do Rio Iguassú. A intrepida co-
genas ha muitos annos e com elles constituiram familias. mitiva levava o objectivo visível de extrahir <:>uro e pr~ta
3 - Duarte Peres - o bacharel, e Francisco de Cha- nas minas do Perú, já por essa epoca conhecidas dos Jn.!
ves informaram a Martim Affonso que no paiz havia ouro digenas. Só a fama dessas prodigi.osas rJquezas é gue Pº""
e prata em abundancia tal, que si lhes dessem alguns ho- deria levai-a a atravessar sertões mhosp1tos e brav10s, de
mens resolutos, com elles se embrenhariam pelo sertão, se mais de mil kilometros de extensão, até então não palmi.:
compromettendo a voltar no prazo de 1Omezes trazendo 400 lhados por entes civilizados.
indígenas escr~vizados, carregados desses pre~iosos metaes. 2 - foram os expedicionarios de MartimAffonso os
4 - Martim Affonso fez desembarcar em Cananéa os primeiros exploradores do territorio paranaense e, por. sua
home~s que se d~stinavam a formar o primeiro nucleo vez, as primeiras victimas que nesse territorio succumb1ram
colomzador d~ Brasil, com suas respectivas familias, e, ar- á sanha dos indígenas.
dendo de cubiça, sedento, diante das noticias das fabulosas Infelizmente a expedição não deixou um roteiro de
~9uezas que lhe acenavam os moradores da terra orga- sua marcha, nem jamais se communicou com os colonos
mzou uma expedição militar commandada por Pedr~ Lobo, de Cananéa, de forma que, ficou sempre ignorada a sua
- 12 - 13
os am en te, ter ia de se r de m or ad a e po r V
travessia que, forç
demais penosa. Pr at a, D . A lv ar o Passagem em Paranaguá
3 - Se gu nd o na rro u o A de la nt ad o do
Cabeza de Va cc a, qu an do fez sua g~ an di _? sa trave ss ia de
~a ra gu ay , 1 - Na volta do su l a es qu ad ra lu si ta na ap or to u a
S. Catharina, atrav ez do Pa ra ná , ei:n dir~ cç ao a~ e·
vm do s m d1 ge na s a Paranaguá, cu ja ba hi a fo ra po r es sa fo rm a co nh ec id a
passando pe la fó z do lg ua ss ú, ah ou
narração de qu e na s m ar ge ns do . Rio lg ua ss ú, . pr ox im o á explorada.
cc um bt do os po r- Foi assim o te rrito rio Pa ra na en se vi sit ad o, pe rc or rid o
sua barra no Ri o Pa ra ná , - «h av iam su
ao s go lp e~ do s e explorado por tre s po nt os di ve rs os pe la ex pe di çã o de
tuguezes mandados po r M ar tim A ffo ns o ad -
ra ve ss av am º. em Martim Affonso de 15 31 a 15 32 . E o qu e é m ai s de
indigenas, no m om en to em qu e at ~1 0
po nt o
po de ss ~ da r no tic ia s do mirar é o fa cto de te r si do a Fó z do lg ua ss ú o
canôas; sem qu e ne nh um de lle s Pe dr o Lo bo ,
fo rm a se ex pl ica o m al lo gr o da visado pelas du as pr im ei ra s ex pe di çõ es : a de
succedido» - . Po r es sa r ag ua , su bi nd o
por terra e a de Pe dr o Lo pe s de So uz a po
expedição, cujo insuccesso foi completo. Pa ra ná at é su a co nf lu en ci a co m o Ri o
o Rio da Prata e
lguassú. Não crem os qu e te nh a ha vido , co m iss o, m er a ca -
IV
sualidade.
2- A Fó z do Ig ua ss ú fo i pr op os ita da m en te pr oc ur ad a.
Nos mares do sul qu e D . A lv ar o C ab ez a
Não houve acas o, e ta nt o é as sim
de rr ot a pa ra o de Vacca, Ade lant ad o do Pa ra gu ay , sa hi nd o de S. C at ha -
1 - Prosegui u M ar tim A ffo ns o a su a u
ge nt e de su a rina, se dirigiu, po r te rra , vi a Pa raná , a to m ar co nt a de se
sul, em di re cç ão ao Ri o da Pr ata, co m a os .
nt e, ao m an do de cargo, em 1540, e tam be m al i to co u, co m o lo go na rra re m
frota, deix an do pa rte de lla em S. V ice gr an de
E' um ponto a in ve sti ga r, e qu e ta lv ez tra ga
seu irmão Pedro Lopes de Souza. ob er ta da s no ss as riq ue za s m in er ae s. Pr o-
2 - Na entra da do Ri o da Pr at a fo rte te m po ra l de s- interesse, a de sc
na u ca pi ta ne a, vavelmente os in di ge na s ca rij ós , qu e ha bi ta va m as co sta s de
arvorou sua esqu ad ra , fa ze nd o so ss ob ra r a ss a
qu e, po r po uc o, Cananéa até S. Cat ha rin a, e co nh ec ia m va sta s riq ue za s ne
em cujo bo rd o se ac ha va M ar tim A ffo ns o de llas.
direcção, tivessem info rm ad o os co lo ni za do re s, do lo ca l
não foi victima desse naufragio.
3 - Pedro Lo pe s, ao ter no tic ias do oc co rr id o, pa rti u
ão co m al gu m as em ba rc aç õe s de se u VI
em soccorro do irm
mando. Ch eg ad o qu e fo i ao Ri o da Pr at a re ce be u or de m
de Martim Affo ns o pa ra ex pl or ar os Ri os d~ Pr at a e Pa ra ná O s primeiros p ov oa d or es
em seu grande pe rc ur so até ac im a de su a co nf lu en ci a co ~
fe lic id ad e to - 1- M ar tim A ffo nso, re gr es sa nd o a S. V icen te, tra to u at
o Rio Uruguay e lg ua ss ú, o qu e fe z co m su a
rid as pa ra a C ~r ôa regularizar a situaç ão do s co lo no s qu e tro ux er a em
mando poss e e do m in io da s te rra s pe rc or fu tu ra . D e
companhia, procur an do le ga lizar -lh es a si tu aç ão
Lusitana. qu e ve io in ve s-
iss ão , de um a tã o gr an de accordo com os disc re cion ario s po de re s de
. 4 - _Desem pe nh ad a es sa m terra s a to do s o::
u ~ es qu ad ra a S. V ic en te , on de tido, conced eu carta s de se sm ar ia s de
1mpo.rtanc1a futura , vo lto fo rm an do as sim o pr i-
ce be u a m fa us ta no tic ia do tra gi co fim que se destina vam á cu ltu ra de llas,
Martim Affonso re , co m pa rte da no br ez a
. an tes tão pr om iss or as es pe ra nç as de s- meiro nucleo de co lo no s do B ra sil
da gente qu e m ez es av a Pe dr o de O óe z, fid algo
pa rti ra ao m an do de Pe dr o Lo bo e gu ia da portugueza, entre a qu al se co nt
pertara, q~ an do Fr an cisc o Pi nt o, ca va lh eiro
de Ch av es , em bu sc a de riq ue za s fa bu lo sa s. e cap.m gove rn ad or de Ju stiç a;
por Francisco
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atu ra 1id ad e e e sta do ci v il, o n o m e d e se us fi lh o s, et c.
al hei ro d a O rd e m d e C h ri st o ; ç ão , n
e fidalgo; Ruy Pinto, ca v o s, ao s q u a e s d av a su a s in stru -
ca sa d e E I- R ey , et c. N a tu ra l- Nomeava seus testamenteir -
Luiz de Oóez fidalgo da cções sobre os legados; d e c la ra v a su a s d iv id a s e re la ci o
d e fi d al g u ia já a rr ~ in a d a s e
mente, represe~tantes de casas d a nava os seus devedores. N ã o er a e n tã o a dst ri c to u n ic a -
p ro c~ ra r n as te rr ~ s v ir g e n s
que com suas familias vieram em mente aos ricos e poderosos, o u so d e fa ze re m se u s te sta -
America á restauração das su as fi n an ça s av ar ia d as . N fa zi am , h o m e n s c o m o
mentos. Todos invariavelmen te o
todos os co lo niz ado res seri am fi d al g o s. r m ai s po bre s q u e fo ss em , e q u a n d o n ão o
q u e o s n o ss o s p ri m e ir o s m u lhere s, p o
2 - O que é certo, porém, é c ca sião do in ve n ta rio co m m um m e n te v in h a a
a c u lt u ra in te ll e c tu a l e fa ziam , n a o
povoadores foram homens d e ce rt av am d e o fa ze r p o r te re m fa l-
e o s ac to s d o c o n se lh o , d e declaração - de que deix
moral. Sabiam ler e escrever lecido repentinamente ou po r o u tro m o tiv o id en ti c o .
o s o s ac to s d e q u e n o s d ã o
que foram membros, como tod ta Dahi a razão por que é p ass iv e i, a in d a h o je , e st u d a r
o n st ra m , ca b al m en te , es
noticias os seus escriptos, dem o s seus habitas e costumes, co m m ais p re cis ã o d o q u e se
co m el ev aç ão d e v is ta s,
verdade incontestavel. Exerceram poderá realizar quanto ao s n o ss o s c o n te m p o ra n e o s.
ca rg o s d a R ep u b lica » , e le g a ra m
criterio e honestidade «os e
h o n ra d o s e re sp ei ta d o s, d e q u
a seus descendentes nomes a -
fr eq u en te s fo ra m as ju st if ic VII
estes se orgulhavam. Muito -
v an d o q u e «s e u s a n te p a ss a
ções produzidas em juizo, pro ,
m íl ia s, d e n o b re z a p ro v a d a
dos pertenceram ás principaes fa d e r e s d e Martim A ff o n s o
sem sangue de mouro ou o u tr a in fe st a n aç ão - n em tã o O s po
- e q u e n u n ca ex er ce ra m o s o f-
pouco de christão novo » -
v iv ia m se rv id o s p o r se u s es
ficios de mechanicos, e que 1 - Entre os grandes p o d e re s c o n c e d id o s a M a rt im
fravos, ad m inistrad os ou jo rn al ei ro s. a s R e g ia s d e 2 0 d e N o v e m -
m es d o s p ri m ei ro s c o lo n o s d e- Affonzo de Souza, pelas Cart ia d a
3 - Os usos e costu bro de 1530, nomeando-o cap it ão -m ó r d 'a rm a d a e n v
lid ad e e in te g ri d ad e d e ca ra ct er . sc o -
monstraram a maior mora s a o B ra sil, se a c ha v a m o s d e a d m in is tra r as te rr a s d e
al d e ca d a u m . A h i e st ã o o e
~ casamento era a regra ger be rta s e p o r d e sc o bri r, reg u la ri z a n d o o s ac to s d a ju st iç a ,
to s n as ci m en to s e o b it o s
Livros de registros de casamen 1 os casos civis e crimes, com d ir eito d e d a r se n te n ç a s, in -
p el o s re p re se n ta n te s d a Ig re j~ g g ra v o
guarda~os carinhosa!11ente clusive as de penas de morte se m a p p e ll a ç ã o o u a
Cathohca, patenteando essa verdade. de suas sentenças, salvo contr a fid alg o s, a o s q u a e s só
. (!s proprios escravos e « h o m en s d o g e n ti o d a te rr a », b ô a. P o d ia ta m b e m c o n -
po d e ria re m e tte r p re so s pa ra L is
o re s, ~ eg u ia m o b o m e x e m p lo -
adm1mstrados pelos conq~ista~ ce d e r da ta s d e te rra s d e se sm a ria s a q u em d e lla s n ec es
am a eg re 1a a c o n tr a h ir se u m a-
,d~ seu.s senhores .e accom le - sitasse.
tr.1i:nomo, entre s1, afim de man te r u m a d e sc e n d e n c ia á m e tr o p o le , d a s e x p lo ra ç õ e s
2 - As noticias chegadas
g1t1ma. e ra n ç a s d e g ra n d e s d e sc o ·
am fe ito s o b ri - realizadas no Brasil, e das esp
~ - Os testamentos qu _e, nessa ep o ca , er
be rta s d e m in a s d e o u ro e p ra ta , p ro v o c a ra m g ra n d e s a lv o ·
.Ig av am em p e ri g o d e
g?tonamen!e, Pº': todos os q u e s~ ju
h a- roças e regosijos em Port u g a l. T o d o s se p ro p u n h a m a
~~da, constituem importante s re p o s1 to n o s h is to ric o s d o s u sc a d as p ro m e ttid a s riq u e z a s.
el le s o te st a m e n te ir o re - emigrar para o Brasil, em b
, rtos e costumes dessa epoca. N 3 - El-Rey D. João III pro c u ro u e st im u la r a M a rt im
d o s o s sa n to s d e su a p a rt ic u - d e S o u z a ,
fº~mend~va su~ alma a to Affonso de Souza e a seu irmã o P e d ro L o p e s
t_ evoJªº; _fazia seus legad
rcçoes e. missas por sua alm
o s
a
p ia
e
s,
o u
so
tr a
li
s
ci ta
p
v
el
a
as
in
d
n
a
u
s
m e ra
es
s
- co n c e d e n do -lh es h o n ra s e e xtr
e
a
n
o
tã
rd
o
in
a
a ri
o
o
u
s
tr e m
p ri
.
v ile g ie s e re -
e e fu ia - galias jamais conced id as a té
soas fallectdas de sua amisade; d ec la ra v a se u n o m
- 16 - - 17 -
VIII 4 - Carta Regia de 6 de Outubro de 1534, fazendo
doação da Capitania de S. Vicente.
As Capitanias de S. Vicente e S. Amaro. D.. João, etc.: Hei por bem e me praz de lhe fazer
(a Martim ~ffo~so) como de feito por esta presente Carta
1 - Por Carta Regia de 28 de Setembro de 1532, es- faço ~erce e mevogavel doação entre vivos, valedores
cripta de seu proprio punho, EI-Rey D. João Ili d_á scien- deste dta para todo o ~mpre, de juro e herdade para elle
cia a Martim Affonso, que - «depois de sua partida para e para todos os seus filhos, netos, herdeiros e successores
o Brasil algumas pessoas lhe requereram capitanias, com o que apoz elle vierem, assim descendentes como transver-
fim de povoar toda a costa, mas que não desejava fazer saes, e os lateraes, segundo adiante éra declarado de 100
cousa alguma, esperando a sua volta, para com suas in- legua? de terra, na dita costa do Brasil, repartidas desta
formações fazer o que bem parecesse, escolhendo nessa maneira: 55. leguas que começarão de 13 leguas ao norte
divisão, elle Martim Affonso, a melhor parte para si. » de Cab? f no e acabarã? no Rio de Curupacé, e no dito
Aconteceu porém, diz El-Rey, ter sido informado que cabo f no começarão as ditas 13 leguas ao longo da costa para
.:em alguns lugares estavam já - fazendo fundamentos - a ban~a do norte, e no cabo dellas se porá um padrão
de povoar a terra do Brasil, e que considerando no tra- das mmhas ,armas, e se lançará uma linha pelo rumo de
balh~ que haveria em lançar fóra a gente que a povoasse, Noroeste ate a altura de 23 graus· e desta dita altura se
dep01s de estar assentado na terra, e ter nella feito alguma lançará outra linha que corra dire;tamente a sueste·I e se
força, (como já em Pernambuco começaram a fazer se- porá outro padrão da banda do norte do dito rio Curu-
gundo informação do Conde de Castanheira) deter~inei pacé; se lançará uma linha pelo rumo do noroeste até a
de mandar demarcar de Pernambuco até o Rio da Prata altura de 23 graus, e desta altura cortará a linha directa-
50 leguas de costa a cada Capitania e antes de se dar ~ m~nte a ~ueste; e as 45 leguas que fallecem começarão do
alguma pessoa man~ei apartar para vós 100 leguas e para R10 S. Vicente e acabarão 12 leguas ao sul da Ilha de Ca-
Pero Lopes, vosso Irmão, 50 nos melhores limites dessa nanéa, e ao, cabo ~as ditas 1~ le~uas se porá um padrão,
c~sta, por parecer de pilotos e de_ outras pessoas de quem e se lançara uma lmha que va directamente a leste do dito
so o Conde por meu mandado informou · como vereis Rio de ~- Vicente, e, no bra~o da banda do Norte se porá
pelas doações que logo mandei fazer par~ vos enviar e um padrao e lançara uma hnha que corra directamente a
depois de esc?lhidas estas 150 leguas de costa para ~ó~ sueste.
e para. vosso 1_rm~o, mandei dar a algumas pessoas que . E serão do dito Martim Affonso de Souza quaesquer
req~enam, capitanias de 50 leguas cada uma; com a obri- ilhas que houver até 1O leguas ao mar na fronteira e de-
gaçao de levar.em gente e navios á sua custa, etc. » ma:cação das ditas 100 Jeguas, as quaes se estenderão e
2 -:- Martim_ Affonso ao receber esta carta apressou serao de largo ao longo da costa e entrarão pelo sertão e
su~ proJectad~ v1age~ a Lisbôa, ~or ter percebido que D. te~ra firme ª. dentro tanto quanto poderem entrar e fôr de
Joao. l~I deseJava_ o~v.11-o na partilha territorial da costa mm_!1a con~msta: da qual terra e ilha pelas sobreditas demar-
bras1leira. Em _pnnc1p1os de 1533 partiu para Portugal, dei- caçoes, assim lhe faço doação e mercê de juro e herdade
xando no B~asil coi:no seu lugar tenente a Gonçalo Monteiro. par~ todo º. sempre, como dito é, e quero e me praz que
3 - So depois de sua chegada á Metropole é ue
f~ra~ passadas as Cartas Regias de Donatarias ou de
p1tama? a que se ref~ria a carta de D. João III.
ta- o dito Martim Affonso e todos os seus herdeiros succes-
sores, que a dita terra .herdarem e succederem, se possam
chamar e chamem Capitães e Governadores dellas. » -
a M Ert1~ aACaff rta Regia, doando a Capitania de S. Vicente 5 - Carta Regia de 1.0 de Setembro de 1534 fazendo
a 1m onso de Souza: doação da - Capitania de S. Amaro:
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estas tambem chamadas terras dos Carijós, pois do sul de O achado de Magalhães constituiu um acontecimento de
Cananéa até a Laguna era justamente o habitat dessa na- grande alcance poli~ico e commercial, e é de admirar qu_e Por-
. . tugal não tivesse brado delle toda a vantagem poss1vel.
ção indígena. 4 - Si Portugal se houvesse apossado em 1520
7 - Até 1640 ficou a Cap1tama de S. Amaro ao aban-
1
dono, e sem ser povoada ou colonizada a não ser -: pelos .dessas conquistas, o Brasil se estenderia hoje até ao extremo
Carijós que algumas vezes fora~ atacados. _e escravizados, do limite meridional da America do Sul, attingindo parte
em parte, por bandeirantes ou piratas manbmos, no geral dos territorios banhados pelo Oceano Pacifico.
vindos da Capitania de S. Vicente. De Cananéa a Laguna 5 - O que Poriugal não fez então, fel-o a Hespanha;
não havia, até essa epoca, povoação alguma, de europeus. conquistou o sul da America e, mais tarde, povoou com os
homens de sua nobre raça os territorios que constituíram
.a Argentina, Chile, Perú, Bolívia, Paraguay, Uruguay, e,
IX mais ao norte, Venezuela, Colombia e Equador, sem falar
das Republicas da America Central.
O Estreito de Magalhães 6 - Não fossem os intrepidos Bandeirantes, e, teriamas
sido conquistados pelos hespanhoes, das linhas divisarias do
1 - Após a descoberta do Brasil, foi o paiz descui- Paranapanema - ltararé- Ribeira até ao Rio da Prata. Pouco
dado durante 30 annos, o que contribuiu para as disputas faltou para que esse emprehendimento fosse conseguido.
e descobertas ao sul do Rio da Prata por parte dos Cas- Com o auxilio dos Jesuitas formaram o Adelantado e o
telhanos, que tanto mal nos occasionaram no futuro. As Bispado do Paraguay, e, por meio de habil catechese, con-
disputas entre as Corôas Luzitana e de Castella, aguçaram seguiram attrahir os índios Ouaranys ás diversas reducções
as cubiças de outras nações. As incursões dos hollandezes que crearam, aldeando em di_ver~os pontos d~zenas e
ao norte, dos francezes ao centro e dos castelhanos ao quiçá centenas de milhares de 111d1os, que .catech1za~am e
sul, foram o resultado da incuria da metropole, deix:rndo traziam á civilização. O que foram ess.as reducções diremos
ao abandono as suas conquistas da America. Quanto san- em outro capitulo.
gu_e ~e po~paria, quanto sacrificio e quanto dispendio se 7 - Era natural o contraste entre a actividade dos hes-
ev1tanam s1 ~o~ugal tivesse feito povoar sem delongas ao panhoes e a indecisão do governo portuguez. .
menos os prmc1paes portos marítimos do Brasil?! 8 - Portugal se contentava em concede: vastos ternto-
2 - Deixemos o norte e tratemos do sul por se liga- rios ou Capitanias, ao longo da costa, a Donatanos, sem os p~e-
rem os factos a este trabalho. cisos recursos para colonizai-as. A Hespanha, pelo contrario,
. A Hespanha incumbiu aos distinctos pilotos Vicente formava o Vice-Reinado do Prata e o Adelantado do Para-
Pmzon e João Solis de dilatarem as novas descobertas por- guay e fazia povoar e explorar os vastos sertões até o_ ?erú,
tuguezas, do Rio da Prata ao sul, e de se apossarem das em toda a latitude corresponde ás suas possessões manbmas.
terras descobertas para a Corôa Castelhana. 9 - Por tudo isso chegamos ao seguinte absurdo: Em-
3 - O estreito de Magalhães foi descoberto em 1520 quanto que Portugal das suas possessões na Ameri~a do S~l,
pelo navegador portuguez Fernão de Magalhães, que com no seculo 19, só podia legar ao mundo uma umca Patna
isso ~ncontrou a passagem marítima ligando o Oceano onde se fala o Portuguez - o Brasil; no mesmo hemisphe-
At!anbco ªº. Oceano Pacifico. Portugal não deu a este feito rio e na mesma epoca, se organizavam 8 Republicas, onde se
a 1mporta~c1a que era de esperar· e tanto é assim que falava o hespanhol, afóra as republicas da America Central.
logo depo t 1
. 1s, as erras comprehendidas entre essa passagem , Dahi a preponderancia da raça hespanhola sobre a portu-
e o Rio da Prata passaram a pertencer á Hespanha. gueza, na America do Sul.
- 22 - - 23 -
10 - Ma~. si por parte dos Oover~?s dessas duas: 3 - Cabeza de Vacca ordenou a sua esquadra que,
nações se dava esse corrt:aste de acbv dade,. em re~
1
:com parte dos homens de que se compunha a expedição,
lação aos negocios da Amenca,. co_ntraste em det~1mento de tomasse o rumo de Buenos Ayres; o restante, com-
Portuga:1; por felicidade, occuma J~stamente o mverso na posto de 250 homens, inclusive a ~vallaria, sob a_sua di-
activírlade, nú patriotismo, n~ espmto de ordem e _de res- recção, marchou por terra com ?estmo a Assumpçao.
peito dos portuguezes que vieram pov~r. as conquistas da 4 - Primeiramente fez a viagem ao longo da costa
America. Emquanto que os, luso-bra~1le~ros trabalhavam .até S. Francisco, d'onde t.ornou a direcção dos pontos q~e
sem rivalídades sem solução· de contmmdade pelo pro- mais tarde deveriam fom1ar as cidades de S. Bento, R10
gresso e engra~decimento d~ Brasil, apesar. d? descuido da Negro, Lapa, Palmeira e Ponta Grossa, at_é as margens dos
metropole, palmilhando-o hmterland braszletro, <c operan_do Rios Tibagy e Taquary. Ourante l9. d1~s mar~ou por
prodígios em explorações de todo o systema orog:aph1co florestas deshabitadas, chegando a pnmetra ~Ideia Ouara-
e potamographico, os colonizadores castelhanos agitavam- ny, onde encontrou rnças de milho! de mandioca, batatas
se (em contraste com as deligencias de seu governo) em doces de tres qualidades, que serviram par~ l~e abas~ecer
rivalidades, quasi sempre oriundas de fals_os princ!pios re- .a tropa. Ahi encontraram abastança de pmhao, fannha,
ligiosos, nascidos de preconceitos theolog1cos ensinados e mel de abelhas, caças e aves diversas, qu~ pagaram~ preço
pregados pelo fanatismo implantado pelo clero ou antes generoso, captando a confiança e sympath1a do gentio, por
pelo jesuita, cuja maxima era - dividir para governar. » essa forma. A primeiro de Dezembro de 1541 chegou a
11 - A metropole, por muitos ann,os, impediu o des- expedição ao Rio Iguassú. A 14 se encontrou novamente
envolvimento commercial e industrial do Brasil. As proprias nos mattos e taquaraes, que lhe difficultavam a marcha e
industrias annexas á lavoura eram perturbadas pelas auto- só a 19 de11es 'Se livrou.
ridades, receiosas da concurrencia que a colonia pudesse 5 - Causou admiração a Cabeza de Vacca o extra-
causar a Portugal. ordinario tamanho das nossas ara1.1.carias, que declara serem
duas vezes mais altas que o pinheiro da Europa. Em
X grossura, diz elle, quatro ~or:nens não lhes abraçam o tronco.
6 - Guiados pelos md1genas, marchou ao longo do
O Adelantado do Prata Rio Iguassú até sua fóz, no Ri~ P~raná.
7 - Pelas informações dos md1genas, teve o Adela~-
A 1 - D. Alvaro Nunes Cabeza de Vacca, fidalgo da tado conhecimento do fim tragico dos homens da expedi-
corte de Hespanha, foi, por seu Governo, nomeado a 2 de ção de Pero Lobo, mandada em 1531 p~r Martim Affo_nso
Novembro de _15~0 para o elevado cargo de Adelantado em busca das riquezas fabulosas prometltdas por Francisco
do Prata, constttu1do pelos póvos que formavam as diver- de Chaves. Todos succumbiram traiçoeiramente aos gol-
sas possessões hespanholas da America meridional. Fez-se pes desferidos pelos Guaranys, quando, despr~occupados,
a vela com sua esquadra composta de 2 náus e uma tripulavam frageis canoas, em aguas do Iguassu, nas suas
caravella, trazendo sob seu commando 400 soldados dos 1 revoltas cachoeiras.
quaes 50 de ca~allaria, co~~letamente equipados e mon tados. 8 - Quando pensaria Francisco de Chaves, q:1e
2 - Dep01s de ternve1s peripecias de viagem aportou perto de 30 annos vivia entre os selvagens em Cananea,
a esquadra na Ilha de S. Catharina, onde desembarcaram, que o seu primeiro encontro com os homens de sua raça,
toi:nando della poss: para a Corôa Hespanhola, sem res- seria a causa de sua morte?! Elle que, por tantos annos
peitar a posse. a~tenormente feita por Martim Affonso de viveu entre os indígenas, sempre respeitado e . acata~o,
Souza, que ah firmara os marcos com as armas lusitanas. mal pensaria que, em vesperas de regressar a Patna,
24 - - 25 -
desejo que tanto anhelava, succumbiría nas mãos dos m- 2 - Esse facto foi ainda aggravado com a morte de
colas, em cuja companhia passara todo seu tempo! O D. Henrique, em 1580, visto ficar Portugal sem successor
destino tem muita força! ao throno, e sem homens capazes de dirigir a Nação em
g - Receioso o Adelantado de que lhe estivesse ali crise política, e ás voltas com as rivalidades dos pretenden-
reservada igual sorte, resolveu dividir as suas forças em tes á corôa: D. Antonio - prior de Crato e a Duqueza
duas partes. Uma desceria ? fguassú em canoas, até o de Bragança.
Rio Paraná a outra marcharia por terra. 3 - Aproveitando-se disso, D. Philippe II, da Hespa-
10 - Mal tinham encetado a viagem, quando sentiram nha, mandou invadir Portugal por um exercito de 25.000
que as canoas eram arrebatadas pelas correntes, e só com homens, ás ordens do Duque d'Alba, e se fez acclamar Rei,
grandes difficuldades e riscos livraram-se de serem preci- unificando as duas corôas. De 1580 a 1640 durou a do-
pitados nas cachoeiras de S. Maria do Iguassú, onde te- minação hespanhola, só terminando com a Revolução de
riam fatalmente todos perecidos. Só uma canoa não foi 1.º de Dezembro de 1640, que restaurou a independencia
passivei salvar-se: com seus tripulantes desappareceu, sor- de Portugal.
vida pelo abysmo. 4 - Os 60 annos da dominação hespanhola contri-
11 - Os indigenas ao venderem as canoas aos expe- buíram ainda mais para avivar as rivalidades das duas ra-
dicionarios não os advertiram do perigo que os aguarda- ças, principalmente nas possessões Americanas. Os hes-
va. Cabeza de Vacca fôra avisado que os Ouaranys pla- panhóes, sustentados pelo apoio de seu Rei, procuravam
nejavam-lhes sorte igual á que tiveram os portuguezes de dilatar as suas conquistas, alargando-as em detrimento de
Pero Lobo. Dahi as suas precauções. Portugal. Na impossibilidade de se firmarem no littoral
12 - Deveram a salvação ao fado de terem obser- brasileiro, habitado pelos lusitanos, embrenharam-se pelos
v~do a rapidez das correntes que, em redemoinhos, pare- sertões e ahi firmaram sua jurisdicção.
cia quererem envolver as canoas, e ao estrondo da queda das 5 - A colonização portugueza cessou para o Brasil,
aguas nas cachoeiras. ao passo que a hespanhola augmentou consideravelmente
13 - E' de admirar a insistencia de todas as expedi- para as suas possessões da America.
ções do primeiro quartel do seculo 16.o, quer de portu-
guezes, quer de hespan~oes, em se dirigirem á fóz do lguassú. XII
Parece que todas traziam um mesmo roteiro movidas por
um só objectivo. ' As Reducções jesuiticas
XI
1 - Tal foi o desenvolvimento que tiveram as colonias
Portugal sob o dominio da Hespanha hespanholas dos Adelantados do Rio da Prata e do Paraguay,
este já elevado a Bispado, que de 1621 a 1634 poderam os
d 1 ~ Mal havia sido iniciada a colonização das terras colonizadores transpor o Rio Paraná e vir fundar importan-
~ Amenca, .d~co?e_!fa por Cabral, e antes mesmo que o re- tes Reducções entre os Rios Iguassú e Paranapanema, alem
g;imen da d1stnbuiçao das terras em Capitanias a Donata- das - missões - entre o mesmo rio lguassú e o Uru-
?ºs que as pudessem colonizar, tivesse produzido os seus guay, e outras no territorio que forma hoje o Estado do
ructos, a desastrada morte de D. Sebastião na Africa na Rio Grande do Sul. Entre os primeiros desses rios fun-
~at11,~a ~e Alcacer-quivir, em 15 78, onde se achava a f;·ente daram as Reducções de S. Ignacio e Loreto, ás margens
a or . a nobreza lusitana, vinha embaraçar o progresso do Paranapanema e do Pirapó, que foram as mais antigas,
do 8 ras1!. datando de 1610; a de S. Pedro, a de Villa Rica, S.José,
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pa ra na ni an as tiv er
to
am
s da
ig ua
se
l so
rra
rte
do
:
seurtãdes1fderatum · Mesm o assim · procuraram fir . mar-se no Villa Rica, C iu da d Re al, e os al de am en
Tape, como: Sa nta Th er ez a e A po st ol os , Lo s M ar ty re s, cu ja s
se o, arman do as . fa m os as Re du cç õe s je su iti ca s co m o ni co .
do s populações foram ca pt iv ad as ou di sp er sa da s pe lo pa
aldt~amento e ap ro ve ita m en to in te lli ge nt e e sy ste m ~t ic o an de ira nt es
na lVOS. Quando dous an no s de po is so ffr er am os B
as formidav ei s de rr ot as do s co m ba te s de - C aa sa pa gu as sú
4 - As novas Ca tap .1
·ta ·
m as ~c ha va m -s e go ve rn ad as po r po ss e po rtu gu e-
prepostos do s D o e Mbororé - já se ac ha va as se gu ra da a
na Metropole e n2 1ª no s, .P 01 s qu e es te s pe rm an ec ia m em toda a pa rte m er id io na l do B ra sil .
za
ao possmam os recursos precisos ao
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A Hespanha havia perdi j) a partida, graças aos for- se nos vastos solidões de Cuyabá e Ooyaz, percorreram
midaveis e inolvidaveis serviços prestados pelos Bandei- a província do Rio Grande do Sul, chegaram para o lado
rantes. norte do Brasil até o Maranhão e o Amazonas, e, tendo
Arredado o perigo inimigo no interior, cuidou-se logo transposto a cordilheira do Perú, atacaram os hespanhoes
da defeza da costa e mares da parte do sul, já então no proprio centro de suas possessões. Quem sabe por
ameaçados por novo inimigo. experiencia propria, quantas fadigas, privações, quantos pe-
9 - Pouco mais tarde teve inicio o povoamento de rigos ainda hoje esperam o viajan~e qu; se av_entu.ra nes-
Paranaguá, sendo os seus primeiros moradores o capitã)- sas regiões longinquas, e em seguida le as mmuc1as das
povoador Gabriel de Lara, e os homens da força de seu correrias interminaveis dos antigos paulistas, fica arrebatado
commando, mandados para estabelecer ahi um porto de por uma especie de estupefação; tem a visão de que aquel-
defeza militar e evitar as incursões de piratas e aven- les homens pertenciam a uma raça de gigantes. .
tureiros hespanhoes, que costumavam infestar os mares «E nem se diga que S. Paulo era uma vasta cidade,
do sul. que, como as antigas da Orecia, desafogava o exced~nte
XIII de uma população muito consideravel em outras regiões
desertas. E' de presumir que na planície de Pira~ininga
Os Bandeirantes houvesse numerosas habitações ruraes, mas, pelos fms do
seculo XVII, a capital da capitania de S. Vicente não ti-
Diz Saint-Hilaire, relativamente aos Bandeirantes: «A nha mais de setecentos habitantes. Numa das suas expe-
Colonia de S. Vicente ainda não estava de todo estabele- dições contra o Paraguay, os paulistas eram cerca de oito-
cida, e já os paulistas tinham começado a reduzir os in- .centos, mas parece que em geral as suas Bandeiras não
díos á escravidão, no que depois continuaram, apezar dos se compunham de grande numero de homens.
innumeros alvarás dos reis de Portugal, e das exhortações «Emquanto os paulistas se limitavam a dar caça aos
dos jesuítas.. Mas os indios não são como os negros; indios raramente se fixavam fóra da capitania, mas para o
tem .menos vigor do que estes e não se resignam á perda fim d; seculo XVI espalhou-se que havia ouro nos ser-
da liberdade, de sorte que morriam em grande numero. tões. Desde esse momento operou-se uma extraordinaria
«Esgotadas as tribus mais proximas, os paulistas es- mudança.
tenderam para longe as caçadas que faziam aos indígenas « Existiam realmente muito distante do littoral precio-
e tornaram-se os fornecedores do Rio de Janeiro na epoca sas minas, cuja importancia a cubiça e o amor do _mara-
em qu~ estes foram forçados a renunciar momentaneamente vilhoso ainda augmentavam. Os paulistas não cogitaram
ao trafico dos negros, por ter sido Angola tomada aos mais em outra cousa sinão nessas fabulosas riquezas, e,
portuguezes. resolutos como eram, trataram de ir descobril-as. Homens
«O interior do Bras\l nem sempre foi sulcado de es- de todas as condições, pobres e ricos, velhos e moços.,
e:
tradas e sem~do de hab1~ções hospitaleiras. Tempo houve
que nelle nao s~ descobn~ uma cabana ou qualquer vesti-
gi de cultura; so os ammaes ferozes disputavam a sua
brancos e mamelucos, abandonaram em massas os seus
lares suas mulheres e seus filhos, e precipitaram-se nas
vast~s solidões do Brasil. Por toda a parte onde iam,
posse. analysavam a areia dos regatos e a terra das montanhas, e
todas« Foi ~essa_ epoca que os pau listas o percorreram em quando encontravam algum terreno aurífero, construiam
·ta as direcçoes. Esses audazes aventureiros penetraram barracas em sua visinhança, afim de o explorar. Esses
m.m s vezes. no Paraguay, descobriram a provincia do Arraiaes tornavam-se aldeias, depois cidades, e foi assim
P1auhy, as mmas de Sabará, as de Paracatú, embrenharam- que os paulistas começaram a povoar o interior das terras,
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ajuntando á monar~hia portugueza ~ova~ proyin:ias, cada <,Augmentaram o seu numern, chamando a si aventu-
uma das quaes mais vasta q1:1e mmtos 1mpenos. , . _ reiros do Rio de Janeiro, do Espírito SaAto e índios pr.i-
o Barão do Rio Branco, estudando as exped1çoes dos sioneiros.
paulistas nos seculos XVI a XVIII, suas Judas ~ontra ~s «Manoel Preto tinha por si 1000 combatentes índios
hespanhoes e contra ?S s~lvagens, e. suas conquistas, diz ·em suas terras de Expextação, perto de S. Paulo.
no seu Esboço da H1stona do Brasil: «Dava-se a essas expedições ao interior o nome de
« No tempo do domínio .hesp~~hol (1580 - 1. 6~9), 9s Bandeira e aos indivíduos que os .acompanhavam o de
paulistas que foram os operanos d1hgen~es da c1v1hsaça~ Bandeirantes.
do Brasil no centro e no sul do Impeno, avançaram ate << Pelo anno de 1620, as expedições de S. Paulo co-
muito Jo~ge pelo interior das terras,. á pr_ocura d~ _ouro e meçavam a dirigir-se contra os salvagens que habitavam
dando caça aos índios que reduziam a escrav1dao para as costas meridionaes do Brasil.
fornecer de trabalhadores ás fazendas da costa. <, Muitos mil índios Patos foram a S. Vicente e ao
«Atacados pelos selvagens, a principio limitaram-se á Rio de Janeiro. .
defensiva, depois tomaram a resolução de se desembaraçar «Em 1627, os paulistas foram atacados pelo cacique
dos seus inimigos. Tayobá, alliado dos jesuítas hespanhoes.
«A primeira guerra dos paulistas, dirigida por Jero- «No anno seguinte para se vingarem dessa aggressão,
nymo Leitão, foi feita contra os Tupininquins de Archem- os paulistas assolaram as fronteiras da província de Ouay-
by, hoje Tietê; que contavam, segundo os jesuítas hespa- ra. Os hespanhoes e os jesuítas do Paraguay davam esse
nhoes, trezentas aldeias e 30.000 combatentes. nome ao territorio comprehendido entre o Paranapanema,
« Essas aldeias foram quasi todas arrazadas e um o Itararé, o Iguassú e a marge111_ esquerda do ~araná..
grande numero de índios reduzidos á escravidão. A guerra «Viam-se ahi em 1630 duas pequenas aldeias habita-
durou seis annos. De 1592 á 1599, sob a direcção de das por hespanhoes : Cidade Real, á r:1arge~ d~ Rio Pi-
Affonso Sardinha, depois de Jorge Correa e João do Prado, qufry, perto de sua fóz no Paraná, e V1ll~ R!ca, a ma~gem
fizeram segunda guerra de extermínio, esta contra os sel- do lvahy, assim corno varias aldeias de md!os submissos
vagens do rio Jeticay, hoje Rio Grande, que, com o Para- aos jesuítas do Paraguay. Loreto e S. Ignac10, na margem
hyba, forma o Paraná. esquerda do Paranapanema, fundados em 1~ 1O.: eram as
«Já nos primeiros annos do seculo XVII (1601 - 1602), mais antigas e as mais importantes dessas m1ssoes.
como prova o roteiro de Olimmer, os paulistas chegavam «As outras eram de creação recente: Angeles, formada
a Sab.ará, no interior de Minas Oeraes. Uma terceira grande de índios do chefe Tayobá {1628), e S. Thomé (1628), no
expedição, que parece ter sido dirigida por Nicolau Bar- Curumbatahy; Conceição dos Oualachos (1628),. perto dos
reto, Manoel Preto e varias outros habitantes de S. Paulo, nascentes deste rio; S. Pablo (1627) e S. Antomo (162~),
avançou mais para o Norte (1602) e assolou durante cinco na margem direita do lvahy; S. José (1624), e S. Xav1~r
annos as aldeias e os acampamentos de indios do Parou- (1623), nos dois confluentes da marger:i esquerda do n?
poda, _i~to é, ~o Alto Araguaya. Julga-se que em 1592 Tibagy· Incarnação (1625), Jesus Mana (1630), e S. Mi-
Sebast1ao Marinho chegou até Ooyaz. guel, n~ margem esquerda deste rio e S. Pedro (1627), á
<: E!Il 1606! os pau listas não podiam armar, para estas leste do Tibagy. .
exped1çoes, i:na1~ de 1.800 homens, dos quaes 300 bran- «Na fóz do Iguassú, os jesuítas hespanhoes possmam
cos e l ~00 mdtos, quasi todos munidos de arma de fogo a reducção de Santa Maria Maior (1626); no Paraná, co~-
e protegidos nos combates por uma couraça de couro fluente do Acaraig para o sul, estavam de posse de mm-
acolchoada de algodão. tas outras; porem 'todas formavam a província do Paraná.
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«Desde 1620, elles tinham começado a fundar estabel~ci- «De 1621 a 1634 os jesuítas do Paraguay tinham
mentos ás margens do Uruguay e seus con~lu~ntes; essa r~g1âo conseguido estender seus estabelecimentos por uma grande
era então designada pel? nom~ _d~ provmc1a de ~rua1g. parte do territorio que fonna hoje a província brasileira do
«Em 1630, os pauhstas, dmg1dos por ~ntorno Raposo Rio Grande do Sul.
Tavares, que tinha sob suas ordens Fredenco Mello, An- «No tempo da primeira invasão dos paulistas (1636)
tonio Bicudo, Simão Alvares e Manoel Morato Coelho, as reducções ou aldeias jesuiticas eram em numero de
subiram o Ribeira de Iguape, atravessaram a ser:ª. de Pa- quinze entre o Ijuhy (Iiuii) e a Serra Gela ao norte, o
ranapiacaba e precipitaram-se contra a parte mend1onal da lbicuhy, então lcuity, e o Jacuhy (lgay, chamado tambem
província de Guayra. . Phasido) ao sul, o Uruguay a oeste e o Taquary (enião
«Bicudo apoderou-se de S. Miguel; Alvares, de S. Tebiquary, ou rio do Espírito Santo) a leste. A parte orien-
Antonio · Morato, de Jesus Maria. tal desse territorio foi designada pelo nome de província
«Vimos, diziam elles, expulsar-vos deste paiz, porque de Tape.
nos pertence e não ao Rei da Hespanha.» <<As aldeias e povoações (Pueblos) dos jesuítas do Pa-
«No anno seguinte, os paulistas apoderaram-se de S. raguay muitas vezes mudaram de local e outras aldeias do
Pablo e S. Xavier, repelliram nessa ultima aldeia um ata- mesmo nome foram fundadas em lugares differentes. Eis
que de hespanhoes de Villa Rica, depois apoderaram-se de aqui as que existiam no Rio Grande do Sul em 1636 e
S. Pedro e de Conceição dos Galachos. as datas de sua fundação: - Na margem direita do rio
«Os jesuítas em Loreto e em S. Ignacio todos os Pardo (nessa epoca Vequi ou rio Verde), subindo tSse rio,
indios que tinham conseguido escapar a estas rázzias, S. Christobal (1634) e Jesus Maria (1633). No Passo do
tomaram a resolução de abandonar a província de Ouayra, Jacuhy, margem esquerda do rio desse nome, Sanf Anna
para se irem estabelecer entre o Paraná e o Uruguay (161 3), (1633); margem direita do Araricá, Natividade (1632). Perto
onde tinham já varias missões. das cabeceiras do Jacuhy, não longe do lagar em que se
«Deste lado, conservaram as reducções de Santa Ma- acha hoje Cruz Alta, Santa Thereza de Ibituruna (1633);
ria Maior do lguassú e da Natividade do Acaraig, eva- nas cabeceiras do ljuhy Grande, S. Carlos de Caápi (1631);
cuadas em 1633. no ljuhy Mirino, margem direita, Apostolas da Caázapa-
«Logo depois de sua partida os paulistas se apode- quazú (1631); e, descendo esse rio, Martyres de Caaro
raram das povoações hespanholas de Villa Rica e Cidade (1628). Entre Ijuhy e Piratiny, Candelaria de Caázapa-
Real (1631), as quaes destruíram completamente. mini (1617); margem esquerda do Piratiny, perto de sua
«Graças_ ~ intervenção do bispo do Paraguay, que se confluencia com o Uruguay, S. Nicolas (1626); na margem
achava ei:n v1s1ta pastoral na primeira destas povoações, direita do ltú (então Tibiquaci) S. Thomé (1633); na mar-
seus habitantes se puderam retirar sem serem incommoda- gem direita do lbicuhy, subindo esse rio, S. José de lta-
dos e foram estabelecer-~e na margem do Jejuy (Paraguay). quatiá (1633); S. Miguel (1632) e S. Cosme y Damian
«Em 1632, os pauhstas atravessaram o Alto Paraná e (1634).
tom~ra~ conta de tres reducções de indios Itatinos, que «Esses estabelecimentos foram destruídos como os
os 1esu1tas acabavam de fundar a oeste do Rio Pardo da provinda do Ouayra, logo depois de sua fundação.
(Ma~o Grosso), assim como da povoação hespanhola de «Raposo sahiu de S. Paulo com seu exercito (Setem-
Santiago de Jerez, situada em um planalto da serra do bro de 1633), a 3 de Dezembro, depois de um combate
Amomba~y, perto das cabeceiras do Aquidanana. de seis horas, tomou Jesus Maria de Jequi (Rio Pardo).
<Vanos hespanhoes estavam de combinação com elles «As reducções de S. Christobal, S. Joaquim e Sant'~
e foram estabelecer-se em S. Paulo. ' Anna, foram evacuadas, mas os paulistas fizeram grande nu
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mero de prisioneiros e repelliram um ataque de índios pelo «Reunindo então em Loreto e S. Ignacio Mini os
Padre Romero. . . 1ndios fugitivos das outras missões, resolveram os jesuitas
«A reducção de Natividade de Arancá fm ab~ndonada e abandonar a provinda de Guayra e estabelecer esses in·
só ficou aos jesuitas no territor!o de ~ape a coloma de ~nta dios no territorio comprehendido entre o Paraná e o Uru·
Thereza de lbituruna. Esta foi-lhes tirada no anno seguinte guay. A transmigração dos 12.000 catechumenos que res..
(Dezembro de 1637). . . _ tavam, effectuou-se em 1631 sob a direcção do padre Mon-
«Em 1ó38, os paulistas ~ompletaram a. distrmçao dos toya, e como os índios Caingangs ou Cor~ados, senhores
estabelecimentos hespanhóes situados ao onente do Uru- da margem do lguassú e do Uruguay, acima dos Saltos
guay. Vencedores em qiaro, em Çrulzapamini e ~m. S. Ni- Grandes desses rios, tornavam impossível a viagem por
colas, obrigaram os jesmtas a emigrar com os mdto~ que terra, foi ella emprehendida por agua, descendo o Paran~-
puderam escapar a esta catastrophe, e que se foram mcor- panema e o Paraná em setecentas balsas. Com esses emi-
porar ás reducções situadas entre o Uruguay e o Paraná grantes foram fundadas então as missões de Loreto e S.
ou formar nessas paragens novas aldeias, algumas das Ignacio Mini, perto da margem esquerda do Paraná, ao
quaes conservaram os nomes das que acabavam de ser sul de Corpos.
destruidas. «No anno de 1632 os paulistas tomaram Villa Rica
«Em 1641 (Março), os paulistas tentaram atacar essas e Cidade Real, e no anno seguinte, dirigindo-se elles para
missões, porem foram repellidos pelos Guaranys perto do a fóz do lguassú, foram precipitadamente evacuadas as
Mbororé (margem esquerda do Uruguay). missões de Santa Maria Maior, junto ao salto grande desse
«Suas expedições eram dirigidas nessa epoca, antes rio e a de Natividade de Acaraig.
para oeste e norte que para o sul. ' «Desde então (1633) ficaram os pau listas senhores de
~ Viu-se então os paulistas levarem as suas correrias todo o territorio a leste do Paraná, e ao norte do lguassú.
até a parte septentrional do Paraguay, no districto de Santa No anno anterior já os paulistas tinham transposto o Alto
Cruz de la Sierra, e as cordilheiras do Perú. Paraná, desalojando os jesuítas das posições que_ o:cupa-
« Em 1636 um dos seus chefes, Francisco Pedroso vam a oeste do Rio Pardo, em Matto Grosso (missoes de
Xavier, tomou e destruiu a segunda Villa Rica, sobre o Itatines), e destruindo a cidade hespanhola de Santiago Je-
Jesuy (Paraguay) assim como varias aldeias de índios das rez situada entre uma chapada da Serra de Amambahy.
visinhanças. Perseguido por Andino, antigo governador do ' « Em 1631, começaram os jesuitas do Paraguay a ex-
Paraguay, es~erou na Serra de Maracajú, e, depois de um tender os seus estabelecimentos ao oriente do Uruguay,
combate, obngou-o a tocar a retirada.» onde possuiam, como ficou dito, tres missões. .
Esse ill~stre diploma~, na sua exposição, offerecida « Em 1636 ellas já eram quinze comprehendtdas en~
ao laudo arbitral do Presidente Cleveland baseando os di- tre, o Uruguay a oeste; o ljuhy (então Iiuii) e a Serra Ge-
reitos do Brasil sobre o territorio das missões, diz: ral ao norte· o Ibicuhy (então lbicuity) e o Jacuhy (Igay)
1
. «Em 1630 e 1631, os pau listas, dirigidos por Anto- ao sul; e o Taquary (nesse tempo Tebiquary) a leste. A'
mo R~pos? Tavares e pelos sub-chefes Frederico de Mello, .parte oriental desse territorio, davam os jesuitas o nome
Antomo Bicudo, Simão Alvares e Manoel Morato ataca- de provincia de Tape. . .
ram ~ destruíram n~ provincia de Guayra, as mi~sões de «Estas eram as missões, começando pelas mais onen-
S. Miguel, S. Ant_omo, Jesus Maria, S. Pablo, S. Xavier, S. .taes: A' margem direita do Rio Pardo (nesse tempo Y~-
Pedro e Concepc1on de los Gualachos. «Vimos diziam qui ou Rio Verde) S. Christobal (1634) e Jesus Mana
e~es, expulsar-vos de toda esta região porque estas terras (1633); á margem esquerda, perto das cabeceiras do mes-
sao nossas e, não do rei da Hespanh'a.» mo rio, S. Joaquim (1633). No passo do Jacuhy, margem
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Mandig-Ouaçú, de 1759, hoje Soberbio, abai>co do mesmd região modernamente chamada Campos de Palmas, màs
Salto Grande. essa prova, como acaba de ser demonstrado, não é a unica.
«Estivesse, porem; o entrincheiran:ient~ de que se trata lbituruna era, com effeito, o nome dado no seculo XVII a
no antigo e supposto Apjtereby dos Jesmtas, ou no pe- região entre o Uruguay e o Iguaçú e os montes Bituru-
queno rio, a leste, que amda conserva esse nome, o im- na do roteiro paulista não podiam ser sinão os da divi-
portante é que fio territorio hoje em ljti~io já .~ses bra- saria das aguas que correm para aquelles dois rios.
sileitb's occupavatn em 1641 uma pos1çao fort1f1cada, se- «Essas elevações do terreno ligam-se, a oeste das nas-
gundo o padre Lozano, chronista da Companhia de Jesus centes do Pepery-Guaçú, com outras que começando no
na província do Paraguay. Diz elle que os Guaranys da Salto Grande do Iguaçú, vão terminar no Uruguay.
Missão, depois de tomarem o forte do Tabaty, foram ata- «Tendo reconquistado os territorios que entendiam
car o do Apitereby. «Pasaron volando a otro fuerte li a- pertencer-lhes, passaram os paulistas a empregar-se princi-
mado Apitereby, y acometiendolo, obligaron a los Mame- palmente no descobrimento e exploração de minas de ouro
lucos á ponerse en fuga, dasejando en el cuanto tenian no interior do Brasil (Minas Geraes e Goyaz), e no ex-
de provisiones, municiones, viveres y cautivos, y s@ huye- tremo oeste (Matto Grosso). Puderam assim os jesuítas
tofl tan ocupados dei miedo, que jamas en adelante hasta voltar ao lado oriental do Umguay, transferindo para ahi
~I dia de hoy, se atrevieron á infestar la província dei em 1687 as missões de S. Nicolas e S. Miguel e creando cinco
Uri.Jgu~y... » outras: S. Luiz Gonzaga (1687), S. Borja (1691), S. João
«Nesta ultima informação enganou-se o padre Lozano Bautista (1698) e S. Angel (1706).
pois .elle proprio refere, em outro lugar de sua obra, qu~ «Esta ultima, ao norte do Ijuhy, era a mais proxima
no dia 9 de Março de 1652 os paulistas, repartidos em do actual territorio contestado, mas ficavam de permeio os
quatro corpos, atacaram novamente as Missões, entre o extensos bosques da margem esquerda do Uruguay, habi-
Urug~ay e o Paraná, o que é confirmado por diversos tados por selvagens.
chromstas e alguns documentos ainda ineditos. «Desde 1706 nunca mais variaram os limites orien-
.«A~ chrohicas e relações, impressas ou manuscriptas taes e septentrionaes da occupação hespanhola no territo-
dos 1esu1tas db Pataguay e as de S. Paulo, no Brasil, dão rio chamado de Missiones. Ao sul do Uruguay os bos-
test,emunho de qu~ po~co depois de expulsos os hespa . . ques occupados pelos selvagens fechavam qualquer com-
nhoes e seus m1ss10nanos da província do Guayra (1630 munição com o territorio hoje reclamado. Ao occidente e
a 1632) ou, - para precisar mais - desde 1636 e 1638 ao norte desse rio, S. Xavier, sobre a sua margem direita,
todo o territorio ljmitado a leste pelo Paraná e ao sul pel; e Corpus, sobre a margem esquerda do Paraná, continuaram a
Uruguay er~ do~mado pelos paulistas. Depois de 1638 ser como eram desde 1641, as posições hespanholas mais
elles percorriam livremente todas as terras que se estendiam avançadas e proximas da fronteira do Brasil no Pequery
ao sul e a leste do Uruguay onde apenas duas vezes fo- ou Pepiry depois Pepiry-Guassú.
ram atac~dos: a pri.me!ra em 1639, e em Caazapamini,
ântrTe O I1uhy e o g,ratm~, e a segunda em 1641, no forte XIV
e abaty, como Jª se disse. A Pr ov in da do Ouayra.
«Um antigo r?teiro paulista, conservado até hoje e citado
por v;n ha iem , Visconde do Porto Seguro, falia no morro ou 1 - O territorio das missões da Provincia do Guay-
serra e B1tur~na «que vae afocinhar no Uru ua )) e no ra comprehendia o curso do Rio Paraná em suas duas
f~mpo que alh ~e estende. Vamhagem diz !ue ye;se ro- margens, limitado ao sul pelo Rio Iguassú e ao norte pe-
etro é prova evidente de que os paulistas conheceram a los Rios Paranapanema e Itararé.
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2 _ N margem esquerda do lg~assú, até o Rio. U,:u- Ahi ficavam a igreja, as escolas e os edifícios publicas.
guay haviam ou!ras reducções, que faziam parte das M1ssoes Os padres viam da praça tudo o que se passava na Re-
brasileiras do Rio Grande do Sul. . , ducção.
3 - Todas essas Missões, reumdas as Paraguayas, for- 1O - Os jesuítas mantinham seus fiscaes de rondas,
mavam O Vice-Reinado Hespanhol do Prata,. com um_a noite e dia, e delles recebiam communicações de tudo o
população indígen_a de perto de 160.000, gentt<:_s catech~- que occorria.
zados, na sua ma10r parte pertencentes_ as naçoes ou tn- Havia separação nas residencias dos homens e mu-
bus dos Guaranys, Tapes, Charruas, T1mbues, Paraguayos lheres solteiras e viuvas, das dos casados. Todos tinham
e outras. . ruas especiaes. Os solteiros de ambos os sexos usavam
4 - Eram ao todo 30 missões, dirigipas por padres cabellos cortados, só os deixando crescer quando casados.
da Companhia de Jesus, em numero de ~00, tendo seu 11 - O trabalho era em commum e em beneficio da
provincial a sua séde em Cordova. Haviam 3 Governos communidade, a alimentação e o vestuario eram fornecidos
subordinados á Companhia: em Tucumã, Buenos Ayres e pela sociedade.
em Assumpção. . . . 12 - Na aldeia fabricava-se todo o necessario á vida
5 - Cada uma dessas 30 missões era adm1mstrada de sertão: armas brancas e de fogo, polvora, enxadas e
temporal e espiritualmente por um cur~ e um au~íli.ar. instrumentos de lavoura e semelhantes.
6 - O ingresso nas Reducções so se permtttia aos A lavoura e suas industrias accessorias se achavam
socios da Companhia, e ninguem podia communicar-se bem adiantadas. Fabricava-se o assucar, aguardente, fum o,
com os gentios das aldeias. Quem quer que ahi chegasse, beneficiava-se a herva-matte, a madeira, a cera, o mel, etc.
sacerdote ou não, era constantemente vigiado e acompa- A pecuaria estava em grande prosperidade. .
nhado dia e noite. 13 - A exportação se fazia em balsas que desciam
7 - Os jesuitas correspondiam-se com os aldeados no rio abaixo até Buenos Ayres, onde eram vendidos os pro-
proprio idioma da tribu, e sendo a língua Guarany com- duetos do aldeamento. Uma parte desses productos era ex-
prehendida e falada por quasi todos os gentios, dedicaram- portada para a Europa.
se com especialidade ao estudo dessa língua, que maneja- A producção annual das Reducções attingia a um va-
vam com maxima perfeição e correcção. Montaram typo- lor superior a 1.000:000 de pesos, ao passo que a des-
graphias e escreveram grammaticas e diccionarios da Lín- peza annual não ultrapassava a 20.000 pesos.
gua Ouarany, e sendo nesse idioma escriptos os livros di- Por ahi se podem avaliar os extraordinarios lucros
dacticos das escolas que mantinham. auferidos pela famigerada Companhia de Jesus, nos seus
8 - A musica e o canto extasiavam os indígenas e 130 annos de domínio na America do Sul.
foi factor importante na catechese. Grande era o numero Comtudo, grandes seria~ os serviço~ I?r~~tad~s por
de alumnos das diversas escolas de musica e canto, para ella si se circumscrevessem a catechese e a c1v1hsaçao dos
o que muito se prestava o idioma Guarany. A dança não indígenas, chamados ao seio da religião de que eram pas-
era descurada. O jesuita levava avante a sua acção fa- tores, embora que usufruindo esses extraordinarios I?rov_en-
lando ao instincto e ao sentimento. ' tos para sua Companhia, si não lev~ssem o~ s~us mtmtos
9 - As Reducções,. alem do Governador e do Aju- de dominação a fins de pura conquista terntonal, em be-
dante, que eram curas,. tmham Corregedores, Alcaides, fis- neficio da corôa castelhana e em detrimento da lusitana,
caes de costumes, Caciques, todos eleitos entre elles. de que nos livraram a ousadia e i~trepi~ez dos _ben_e-
As autorid~des residiam numa praça collocada ao meritos Bandeirantes, que salvaram a mtegndade terntonal
centro da aldeia, da qual se irradiavam todas as ruas- de nossa Patria.
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Mal com~çára a de_manda, quando falleceu Lopo de
XV Souza sem deixar herdeiros, cabendo a successão das Ca-
pitanias a sua irmã O. Marianna de Souza da Guerra con-
Litigio entre os herdeiros dos donatarios das dessa_ de Vimieiro, que foi respectivamente succedid~ por
Capitanias de S. Vicente e de S. Amaro. seu filho O. Sancho de faro e Souza e seu neto D. Diogo
de faro e Souza, ambos Condes de Vimieiro. Este ultimo
1 - Tendo fallecido em 1542 Pero Lopes de Souza, por nã? ter filhos, legou a herança e o litígio a sua irmã
succedeu-lhe no governo da Capitania de S. Amaro D. Mananna de Faro e Souza, condessa da Ilha do Príncipe.
seu filho primogenito Pero Lopes de Souza, que falleceu O. Luiz de Castro, 2.° Conde de Monsanto tendo
1
ainda na primeira infancia em 1547, succedendo-lhe seu fallecido, foi a demanda continuado por seu filho e suc-
irmão Martim Affonso de Souza Sobrinho que, fallecendo cessor . O. Alvaro Pires de Castro e depois por seu neto
em 1577, foi substituido por sua irmã D. Jeronyma de Al- O. Lu1z Alvares de Castro, que reuniu ao seu titulo de
buquerque, casada com D. Antonio de Lima. Este casal Conde de Monsanto, o de Marquez de Cascaes.
traspassou a Capitania a sua filha D. Izabel de Lima de A questão seguiu os seus transmites durante 5 annos
Souza Miranda, já quando esta estava casada em segundas e neste período Martim de Sá exerceu os cargos de Ca~
nupcias com André de Albuquerque. Tendo fallecido O. pi~ão-mór, Governador das duas Capitanias: - da de S.
Izabel de Lima de Souza Miranda sem filhos, nomeou a Vicente e da _de S. Amaro, por Provisão real, emquanto
seu pri'!lo _Lopo de Souza, para succeder-lhe no governo durasse o pleito.
da Cap1tama de S. Amaro, «que até o anno de 161 O não 3 - A 20 de Maio de 1615, o conde de Monsanto
contava uma unica povoação, onde pudesse arvorar a sua obteve sentença favoravel; mas somente a 1O de Abril de
sede».~ Este Lopo de Souza era donatario da Capitania 1617 foi lavrada a confirmação da mesma sentença passa-
de S. Vicente, da doação de seu avô Martim Affonso de da por D. Phelippe. Em Junho de 1620, o co~de de
Souza. Por essa forma ficou elle no domínio das duas ca- Monsanto del~gou a Manoel Rodrigues de Moraes, os po-
pitanias: - S. Vicente e S. Amaro, com uma - «extensão deres necessanos para tomar posse das 80 leguas d~ costa,
de cento e oitenta leguas de costa e immenso sertão1 for- das terras doadas a Pero Lopes de Souza.
mando a maior área de territorio e o maior feudo co ntido Quando Rodrigues de Moraes veio ao Brasil dar exe-
nas mãos de um simples particular.)> cução ao mandado, depois de tomar posse da Capitania
.2 - Estavam as cousas neste pé, quanto em 1610 de. ltamaracá, se dirigiu á Bahia, onde conseguiu de D.
surgm entre os herdeiros de Martim Affonso de Souza e Lmz de Souza, Governador Geral do Brasil, uma provi-
os de Pero Lo~es _de Souza a celebre questão que mais são ordenando á Camara de S. Vicente e ás demais auto-
tarde se de~ommana - processo - Vimieiro-Monsanto. ridades da Capitania, que dessem posse da terra ao conde
D. Lm.z de Castro, 2.° Conde de Monsanto, filho de de Monsanto por intermedio de seu loco tenente.
~: ~gnez Pimentel, e neto de Martim Affonso de Souza 4 - A 21 de Janeiro de 1621 apresentou-se á Ca-
m~c1ou ~ demanda, ~llegando que a successão neste cas~ ~ara de S. Vicente, Manoel Rodrigues de Moraes, exhi-
na_o devi~ ser pela lmha masculina, mas por parentesco e bmdo os poderes de que se achava investido e requerendo
pnmogemtu:a, e que portanto a elle Conde de Monsanto a posse da Capitania; no dia seguinte a Camara deferiu o
qu~ era mais velho 9ue seu primo Lopo de Souza cabi~ pedido, cumprindo a provisão do Governador Geral. foi
a eran_ça de sua pnma lzabel de Lima e a o'sse das p~is o conde de Monsanto empossado da Capitania de S.
donatanas de S. Amaro e Itamaracá (Dr' T I dp p·
Proces v · · M · . o e o isa - Vicente, quando só disputava o morgadio da Capitania de
. S? im1~1ro- onsanto, e Benedicto Car t - A S. Amaro. - Obtivera mais do que solicitára.
Cap1tamas Pauhstas.) 1x o s
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De nada valeram os protestos do loco-tene~teAa ver- Queria a Condessa, porém, levar seus domínios ao sul até
dadeira donatária de S. Vicente - condessa de V1m1e1ro, D. Paranaguá, que em 1640 fôra povoado pelos homens da
Marianna de Souza Guerra. missão militar de Gabriel de Lara que foi nomeado Capi-
5 - Mas, si por um lado ficou determinado que ao tão Povoador de Paranaguá. Esta povoação prosperara
Conde de Monsanto cabia o dominio da Capitania de S. desde logo, e já em 1648 era elevada a cathegoria de villa;
Amaro e á Condessa da Ilha do Principe cabia a dona- é que Gabriel de Lara descobrira alguns grãos de ouro
taria de S. Vicente, por outro lado surgiu a irritante ques- em carregas proximos a povoação, e esse facto natural-
tão de jurisdicção, pela confusão das duas capitanias, e por mente attrahio ao povoado as pessoas avidas por faceis
ser a sentença que a julgou, por demais ambígua e omissa, meios de enriquecerem.
a ponto de pretender o Marquez de Cascaes apossar-se, já 7 - Em l .º de Fevereiro de 1654, foi pelo Conde da Ilha
não só da Capitania de S. Amaro, mas tambem da de S. do Príncipe, commissionado o Capitão-mór de ltanhaen, e seu
Vicente, que de direito e de facto, pertencia por successão loco tenente, Diogo Vaz de Escobar, para tomar posse da Villa
legal á Condessa de Vimieiro. Armado dessa Provisão de Paranaguá, que ficaria sob sua jurisdicção. Em vista dos
passada pelo Governador Geral do Brasil, datada da Ba- poderes que apresentou, a Camara da villa, em vereança de
hia a 5 de Novembro de 1620, conseguiu o Conde de 8 de Março de 1655 lhe deu posse passiva e sem con-
Monsanto que as Camaras de todas as Villas da Capita- tradicção, do que se lavrou termo de posse. Pouco tem-
nia de S. Vicente reconhecessem o seu procurador e lhe po durou Escobar nesse lugar pois falleceu em Outubro de
dessem posse. Ainda nessa epoca se achavam inteiramente 1655, sendo os seus bens inventariados em Paranaguá no
despovoadas as terras da Capitania de S. Amaro, na parte anno seguinte. Em substituição a Diogo Vaz de Escobar
das 40 leguas ao sul de Cananéa e que se estendiam até foi empossado em 20 de Fevereiro de 1656 Simão Dias
a Laguna. Paranaguá só depois de 1640 é que foi po- de Moura, no cargo de Capitão-mór da villa, no1:1e~do
voada. pelo donatario Luiz Carneiro, conde da Ilha do Pnnc1pe.
A Condessa de Vimieiro vendo-se esbulhada no seu 8 - O Marquez de Cascaes resolveu então, em 1~56,
direito, reclamou de S. Magestade e solicitou a confirma- crear uma Capitania independente, abrangendo as v11las
ção da carta de doação passada em 1535 a Martim Affonso comprehendidas na demarcação das 40 leguas nas partes
de Souza; confirmação esta que lhe foi concedida por Carta do sul, a que denominou de << Capitani~ de_ Paranaguá» e
Regia de 22 de Julho de 1621. para Capitão-mór e seu loco-tenente s1smetro, nomeou o
. Fi~ára pois firma~a a existencia independente, das duas Capitão povoador Gabriel de Lara, homem de vasto pr~~-
C~p1_t~mas: a de S. Vicente, pertencendo a Condessa de tigio e valor e que já era o commandante da força m1h-
V1m1e1ro e a de S. Amaro ao Marquez de Cascaes. Si tar da referida villa.
nes~e ponto estava resolvida a questão, judicial e adminis- Eram dous Capitães móres governando ao mesmo
trattvame~te a confusão não tinha desapparecido e se pro- tempo a villa: - Simão Dias de Moura, em nome do
longou amda por varias annos. Conde da Ilha do Principe e Gabriel de Lara, em nome
. 6 - A Condessa ~e Vimieiro sendo repellida e im- do Marquez de Cascaes; ambos apresentav_a~ documentos
pedida da posse das v11las de S. Vicente, Santos, S. Paulo habeis, provando o direito de seus constttumtes; ambos
C Mo~y- das Cruzes, fez da villa de Nossa Senhora da empossados pelo Conselho da Camara. Em 30 de No-
. once1çao de ltanhaen, séde de seu governo o qual foi vembro de 1660 aportou a Paranaguá o Genera~ _Salvador
i~stal_lado a 7 ~e Fevereiro de 1624, passand~ a sua Ca- Correia de Sá e Benevides, com o encargo de venficar pes-
p1ta~1a a ~enommar-se - Capitania de Itanhaen - que se es- soalmente á existencia de pretendidas minas de ouro, onde
tendia ate ao sul de Cananéa, e ao norte de s' uperaguy. demorou alguns mezes, segundo declarou a El-Rey em carta,
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pois impressionava-o o pouco resultado dellas, e esperava tanto mais q~e Jª em 1655 o proprio Escobar veio exer-
que a sua presença podesse trazer alguma vantagem. Não cer esse refendo posto, e em 20 de Fevereiro de 1656 era
quiz voltar ao Rio sem ((findar o intento para com o des- empossado nelle Simão Dias de Moura, por morte de Es-
engano della fazer avízo a sua magestade». (Carta de 10 -cobar.
de Abril de 1661.) Gabriel d~ Lara. parti~ario do Marques de Cascaes,
9 - Salvador Correia de Sá vendo o prejuízo que naturalmente nao qu1z serv1r a casa dos seus rivaes.
com a dualidade de Capitães-móres estava soffrendo a A sua Patente de Capitão-mór, de 12 de Outubro de
villa, determinou á Camara que ella se conservasse em 1653! provavelmente lhe dava unicamente o encargo da
nome de Sua Magestade, sem reconhecer nenhum dos dois Admm1stração das Minas, que por elle foram des,cobertas
donatarios, visto a duvida em que estavam da legitimidade ·OU antes, que por elle fora manifestado a existencia. '
delles. (Provimentos de Pardinho deixados em Paranaguá A sua nomeação de Capitão-mór, Ouvidor e Alcaide
em 1720 - Documentos para a Historia do Paraná do mór da Capitania Uá não da villa, e sim da Capitania) de
Dr. Moysés Marcondes.) Paranaguá foi passada pelo Marquez de Cascaes e a sua
_Frei G~par, em _suas Memorias para a Capitania de posse se realizou em vereança de 15 de Maio de 1660
S. V1ce~te _diz que Diogo Vaz de Escobar, Capitão-mór pela Camara, que incorporada foi a caza de sua residen~
da Cap1tama de ltanhaem, tomou posse da Villa de Para- eia onde lhe deu posse.
naguá, que pouco antes havia fundado Gabriel de Lara
em nome de D. Diogo de Faro e Souza aos 16 de De~
~embro d~ _1653. (Capitanias Paulistas de Benedicto Ca-
hxto.) Vieira dos Santos em suas «Memorias Historicas
de Paranaguá» dá essa posse como sendo a 8 de Março
de 1655, conforme o auto que se lavrou em Camara E'
verda~t: que o P:Oprio Vieira dos Santos menciona a· no-
meaç_ao de Gabnel d~ ~a para o _cargo de Capitão-mór
da v1lla de Paranagua, (nao ~a Capitania) por Patente, de
12 de Outub_ro de 1653, em cuia data ainda elle Escobar se de-
clar~va _Cap1tão-mór e Ouvidor com Alçada nesta Villa e
Cap1tama, ~ Governador das minas e quintos reaes. Em
·g de JJne1ro de 1654, segundo ainda Vieira dos Santos,
p 10go ~z de Escob~r, como Ouvidor, fez na Vi lia de
aranagua. uns provimentos. O Ouvidor Pardinho em
sle~sd Prfovm1e~tos dá a posse de Escobar como sendo em
· e evere1ro de 1654.
. Não temos base para affirmar que Gabriel d La
tivesse ou não acceito a Patente de Ca 1.tã , e ra
do Conde da llha d p . . P o-mor, em nome
em 12 de Outubro âe {~;~pe, rarê º. q_ual f_oi nomeado
dor de Itanhaem c pe O ap1tao-mor Governa-
ferido conde. ' om os poderes que lhe concedeu o re-
- houvesse aceito esse cargo,
Achamos mesmo qu e nao
SEGUNDA PARTE
A Capitania de Paranaguá
Povoadore s e Conquistadores
Primeiras Autoridades
anteriormente parte ~e _uma Ba~~eira, or~anizada p~ra: at~- da criação da· justiça e requereu autorização para a erecção
car e escravizar os md1os Can1os do no Taquare, mais da Villa e permissão para mandar proceder a eleição dos
tarde Itiberê, a cujas margens assenta a pittoresca cidade Officiaes da Camara de Paranaguá, allegando que a po-
de Paranaguá. voação ficava a 14 leguas de Cananéa, a mais proxima
foi elle a primeira autoridade militar da_Capitania de Villa a que tinham de recorrer afim de receber justiça, e
Paranaguá. que a descoberta de minas de ouro podia instigar a cobiça
Por notavel coincidencia, os limites da nova capitania, de aventureiros e piratas.
desmembrada da de Santo Amaro, marcavam os do «ha- Essa autorização foi concedida ao Ouvidor Geral, dr.
bitat» dos Carijós, índios considerados os mais trataveis e Manoe\ Pereira franco, para permittir a Gabriel de Lara e
leaes de todas as tribus que habitavam o littoral brasileiro. aos moradores fazerem a eleição em Camara, dos juízes,
3 - Gabriel de Lara procurou logo captar as sym- vereadores, procurador do conselho e almotacés, por
pathias dos Carijós e firmar com elles alliança, chegando Carla Regia de 29 de Julho de 1648.
por seu intermedio á convicção da existencia de minas de 6 - Segundo o termo de Vereança de 22 de feve-
ouro, que procurou logo explorar, remettendo amostras ao reiro de 1677, os homens mais antigos de Paranaguá eram
Governador das minas. o Capitão-mór Gabriel de Lara, o Capitão João Gonçalves
A descoberta do ouro, que Gabriel de Lara revelou Peneda e o Capitão João Velloso de Miranda
em sua viagem a S. Paulo, em 1646, feita especialmente
para registrar o precioso minerio na casa da moeda attra- li
hiu .ª cobiça dos vicentistas. Estes, em grande ;umero,
se fizeram transportar á Paranaguá, onde se atiraram re- Erecção de Paranaguá e de Curityba em vilfas.
s?lutam~~te ás explorações dos rios, das serras e montes
c~rcumvismhos, em bandos tão numerosos que pareciam a) PARANAGUA'.
cidades ambulantes. l - Carta Regia de 29 de Julho de 1648:
4 -. Paranaguá povoou-se como por encanto, da noite «Dom João por Graça de Deus, Rei de Portugal e
p~r_a o dia.. Os homen~ do terço. i:nilitar que com o ca- Algarves, d'aquem e d'alem Mar em Africa, Senhor de
p~tão Gabnel de Lara vieram fortificar o littoral parana- Guiné, da Conquista, Navegação, Commercio de Ethiopia,
mano, foram reforçados por novos aventureiros, que pro- Arabia, Persia e da India. A todos os Corregedores, Ou-
curavam fazer fortuna com a extracção do ouro. Assim é vidores, Provedores, Juizes e mais Justiças, aquem esta mi-
que, no m~smo anno, já a população se achava de tal nha Carta for apresentada; e o reconhecimento della com
forn:ia ~resc1da que se fez sentir a necessidade da creação direito deva, e haja de pertencer, e seu cumprimento se
da 1usbça local. pedir, e requer.
A .ambição pel_o ouro lançava os aventureiros em lu- «Saude - faço saber que, a mim e do meu Ouvidor
tas e dispu~as quasi sempre funestas. Geral, com alçada do Estado do Brasil vinha a dizer por
. O capitão Gabriel de Lara intervia com a sua auto- sua petição Gabriel de Lara, capitão e povoador da Villa
n~f~e, ma: ess~ não se extendia aos civis, fóra da idade de Nossa Senhora do Rosario de Pernaguá, que nella
m1 1dr, e tão somente aos homens da força de seu com- havendo. . . . . . . os moradores. . . . . . . com suas ca-
man o. Mesmo .assi· m se fazia ·
· respeitar, tornando-se em zas e famílias, e nella não havia Justiças, e nem Officiaes
po~col tempo esbm_ado de todos os habitantes em cujo da Camara que a governasem, e porasim. . . . . . . . . .
meio ogrou possmr vasto prestigio barbara e confuzamente, sem tenção aquem recorrer; e era
.
5 - Gabriel de Lara fez ver a· El -Re1· a necessidade que lhe fizesse Justiça, na Camara que os governassem; e
- 52 - 53 -
a ViJla que mais perto ficava, e~a a de Cananéa, que. dista 2 - «Termo de ajuntamento que o - Capitão Gabriel
quatorze legôas; e éra nesseçano que, se lhe ac~d1ss~m de Lara fez, e o mais povo. - Aos 26 dias do mez de
com o remedio competente para que se faza na dita V11la Dezembro na era de 1648 mandou o Capitão Gabriel de
e Eleição de Juízes, Vereadores, Procurador, e Almotacés; Lara tocar caixa na sua porta, aonde acudirão todos, e logo
para que governasem a terra, a_dministrasem a Justiça, me mandou buscar hua Provisão do Syndicante, em que manda
pedia em seu nome, e dos mais moradores, lhe mandase se fasa Justiça nesta povoação onde mais largamente consta
pasar Carta para que n~ _dita Villa, os moradores ~ella fi- na copia que nesta vai ao todo, e depois de lida pergun-
zesem Elleição dos Offiç1aes da Camara; e Justiça que tou geralmente a todos se tinham alguns Embargos que
nella havião de servir, como se fazia nas mais Villas o que alegar sobre o provimento onde todos a hua vóz diçerão
visto por mim com o dito meu Ouvidor Geral, do Estado que não - mas antes me requerião como Capitão deste
mandei que se passase Carta como pedio, para se fazer povo, fizese Eleição porquanto não podiam estar sem Jus-
esta Elleição, e as mais que pelo tempo em diante por tiça; e perecião a falta della; e visto o requerimento do
bem do que se pasou a presente, indo primeiro asignada povo, ordenou logo como ao diante se vê. ~ mandou a
e passada pela minha Chançelaria. - Vos mando que visto mim Escrivão fizese este termo onde todos as1gnarão com
as couzas alegadas pelo dito Capitão Gabriel de Lara; e este; junto comigo Escrivão - Gabriel de Lara - João
a distancia, e o lugar, e senão saber com certeza os limi- Gonçalves Martins - João Gonçalves Peneda - Estevam
tes delle, e o districto em que ficavão deixeis ao dito ca- Difontes - Francisco de Uzeda - Francisco Pires - João Gon-
pitão e moradores, da dita Villa, fazer Elleição em Cama- çalves Silveira - Diogo de Lara - Antonio de Lara -
ra; e os Juízes, Vereadores, e Procurador do Conçelho e Manoel Coelho - Pedro da Silva Dias - Gabriel de Goes
Almotaceis; que naquella Republica for nesseçario pera - Antonio Leam - Domingos Fernandes Pinto - Domin-
ad.minis~rarem Justiça, e pera o bom governo della, o qual gos Fernandes, o mosso.
as1m feito . na forma de minhas Leis, e os Officiaes que **
forem Eleitos, se obedeção a estes taes não· encontrareis *
1
sua Jurisdicção, nem vos entrometereis nella~· mas lhe dei- 3 - «Pauta da Elleição. - Termo de Elleição que o
xareis exercitar seus cargos coanto á dita VÜla e seu dis- Capitão Gabriel de Lara com o povo junto em 26 de De-
tricto, sob ~ena de vos mandar proceder contr~ vós. - zembro de 1649 annos por ser precizo. Anno do Nasci-
. «El-Re1 Nosso Senhor o mandou pelo dr. Manoel mento de Nosso Senhor Jesus Christo, o qual termo fi~
Pereira Franco de seu Desembargo e Dezembaro·ador da eu Antonio Vianna Escrivão do Publico para onde fm
caza. do Port?, Ouvidor Geral, com alçada do E~tado do mandado e logo o dito Capitão ~s nota por. haver El~i~os
B_raz1_l - Aud1ctor dos exercitos delle, e syndicante das ca- como abaixo se vê aonde se as1gnou comigo Escnvao.
p1ta~1as do sul, com Or?ens geraes e es-peciaes para Real Gabriel de Lara.
serviço. - Dada nesta V11la de Sam Paulo aos 29 do mez Domingos Pinto deu boto para Eleitor a quem o dito Ca-
de Julho. - ~an_oel Coelh? da Gama a fez por Antonio pitão deu o Juramento dos Santos Evangelhos que bem e ver-
Raposo da S1lve1ra - Escnvão da Correição e Ouvidoria dadeiramente desse boto, em seis homens, que lhe parecese de
geral do !=5tado, anno do Nascimento de Nosso Senhor sua consciencia pera Eleitor, nomeou por seu juramento.
J~us_Chnst~ -de 1648 annos. Eu Antonio Raposo da - O Capitão João Gonçalves Peneda - 16 botos.
S1lve1Ta
- Escnvao
t Ca · · da Ouvidoria geral do Est d C
a o, e orre1-. - Capitão João Maciel Basam com - 17 botos.
Mº ner ªp _pitamas do Sul O fez escrever e subscrevi -
anoe e1~e1ra franco - Sello 600 reis - Sem sello Ex-
- Estevam Difontes com quinze botos.
- O Capitão Grysostomo Alvres com quatorze botos.
causa valera. - João Gonçalves Martins com cinco botos.
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anno de 1649 - Eu o Capitão Joam Maciel Basam dou
- Domingos Pereira com quinze botas. pera Juiz a Joam Gonçalves Peneda, e Pedro de Vzeda, e
_ Pedro de Vzeda com quinze botas. pera Vereadores Domingos Pereira - !Vlanoel Coelho e
_ Pedro André com dois botas. ._ André Migalhaz - e pera Pr~curador D10go de· Braga .-
Sahirão por Eleitor como parece: -:- o Ca_pitao Gry- e Escrivão da Camara Antomo de Lara - e Eu Domin-
sostomo Alvres - o Capitão Jo~o Mac1el Basao - Este- gos Pereira dou boto pera Juiz em Joam Gonçalves Pe-
vam Difontes - Domingos Pereira - Pedro de Vzeda - neda; e pera o outro dou boto em Pedro de Vzeda; e
e O Capitão João Gls. Peneda. pera Vereadores em Manoel Coelho, e pera outro em An-
dré Migalhaz, e pera outro em Francisco de Vzeda e pera
Escriptos para Eleitores. Procurador em Diogo de Braga; e em Escrivão da Camara
dou em Antonio de Lara.
4 - «Estevam Difontes Eleito com Pedro de Vzeda João Maciel Basam - Domingos Pereira
sahimos aos 26 do mez de Dezembro de 1648; pelos
fins desta éra fizemos os officiaes aqui nomeado,s, na forma 5 - Termo de Juramento que o Capitão Gabriel de
costumada e Leis de Sua Magestade pela fe de _nossas Lara deu aos Eleitos pera fazer os Ojficiaes que hão de
consciencias e pelos juramentos que recebemos fiz~mos servir no anno de 1649.
para juizes a João Gon~alves Pene_da, e a Estevam D1fon- Aos vinte e seis dias do mez de Dezembro de 1648
tes dei pera o outro Jmz; a f ran cisco Lozada e pera Ve- annos, apurado os emleitos na. Eleição mai:idou o capitão
readores demos em Andre Magalhaz e pera o outro em Gabriel de Lara chamar os em leitos que sah1rão por botas ;
Domingos Pertira; e pera Escri~ão da Ca!11ara em Anto- e a todos elles lhe deu Juramento de cada hum de persi
nio de Lara; e pera asim ser feito nos as1gnamos aos 26
dias do mez de Dezembro de 1648. no livro dos Santos Evangelhos, pera que bem e verda-
Pedro de Vzeda; Estevam Difontes. deiramente nomeasem sete homens em sam consçiençia
servisem nos cargos da Republica deste anno de seiscen-
Outro Escripto. tos e quarenta e nove amios; a saber dois Juízes; tres
Vereadores e hum Procurador do Conçelho e Escrivão da
«João Gonçalves Peneda Eleito com Grysostom~ .Al- Camara · e todos asim o prometerão fazer; aonde se asignarão
1
vres - nós Eleitos damos nossos botas pera os Offiç1aes com o dito capitam, e comigo Escrivão Antonio Vianna..
deste anno de 1649 em Joam Gonçalves Peneda, dou meu Gabriel de Lara, Grysostomo Alvres, João Mac1el
boto pera Juiz em Pedro de Vzeda, e Joan: Gonçalv~s Basam, Pedro de Vzeda, Estevam Difontes, Joam Gonçal-
Martins - Vereadores Manoel Coelho - Domingos Perei- ves Peneda.
ra - André Migalhaz - Procurador Diogo de Braga - e Termo.
Escrivão da Camara Antonio de Lara e Eu Grysostomo
Alvres dou meu boto pera Juiz a Pedro de Vzeda e Joarn 6 - «Aos 27 dias do mez de Dezembro de 1648
Gonçalves Peneda e Vereadores Domingos Pereira - Ma- annos feita a Eleição dos Officiaes que hande servir este
noel Coelho, André Migalhaz - Procurador Diogo de anno de 1649 me veio as mãos esta pauta pera alimpar,
Braga - Escrivão Antonio de Lara.
e apurar, e visto por mim, conformando-me ~om os
João Gonçalves Peneda - Grysostomo Alvres. escriptos dos emleitos, apurei na verdade, sem affe1çam al-
Outro Escripto. gua, e nella achei sahir por Juiz a João Gonçalves Peneda
com dois botas - pera outro Juiz a Pedro de Vzeda, co!11
«O Capitão Joam Maciel Basam com Domingos Pe- dois botas - e Domingos Pereira pera Vereador com dois
reira - nós Eleitos damos nossos botas pera Juiz deste
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nella principiarão a haver e se:Vir no anno de 1649, que
botas - e André Migalhaz pera outro Vereador com tres ainda se achou avulsa no Arch1vo do Conçelho de que se
botas - Manoel Coelho pera outro Vereador com tres conserve memoria .daquelles ho_mens bons; quem então so-
botas, e Diogo de Braga por Procurador. d_? Conçelho com licitarão haver Jusbças nesta V11la, e se ver tambem a or-
tres botas, e Antonio de ~ra pera Escnvao com tres bo_- dem porque se l~vantou em Villa que está junta á mesma
tos; os quaes podem servir, seus cargos, dando-lh~ pri- Eleição - «Pardmho » -.
meiro O juramento, co_mo h~ uzo e costume. Gabriel de . 8 - O Marquez de Casca~, quando creou a Capita-
Lara Capitam desta y111a ahmpou conJormando-se com ? ma de Nossa Sen~ora do Ro_sano de Paranaguá, fez seu
provimento do Ouvidor Geral e Synd1cante destas Capi-
tanias, aos 27 do mez de Dezembro (1648) da éra acima loco-tenente e ouvidor ao capitão fundador Gabriel de Lara
atrahindo-o por este modo para que defendesse a sua pre~
declarada. tensão, na esper~nça de que todo o povo se conformasse
Gabriel de Lara. por ser elle a pri~cipal personagem ~ o mais poderas~
Termo de Juramento que se deu a Joam Gonçalves vulto da terra. (V1d. Memor. para a historia da Capitania
de S. Vicente, Livro 2. 0 , nota 56, pag. 172.)
Peneda. A carta Regia de D. João III, de 21 de Janeiro de
Termo de Juramento.
1535, que fez doação a Pedro Lopes de Souza, das 80 le-
7 - «Aos 9 dias do mez de Janeiro de 1649 annos, guas de terra, autorisava-o e a todos os seus successores
deu o Juiz mais Velho Juramento dos S~ntos Evangelhos a crear villa~ em toda e qualquer povoação, «as quaes se
a todos os Officiaes por não estarem dia de anno bom chamarão V1llas e terão termo e jurisdição e liberdade e
todos aqui, pera que bem e verdadeiramente servisem seus insígnias de Villas segundo do fôro, e costume de ~eus
cargos; como lhes davão a entender, estes asim o prome- reinos; e isto porem se entenderá que poderão fazer todas
terão fazer, onde se asignaram com o dito Juiz e Eu An- as Villas que quizerem das povoaçoens que estiverem ao
tonio de Lara Escrivão que o Escrevi - João Gonçalves longo da costa da dita ~erra; e dos rios que se navegarem,
Peneda, Domingos Pereira, Pedro de Vzeda, Manoel Coe- porque dentro da terra ftrme, para o Sertão não os pode-
lho, Diogo de Braga - a qual eleição com cumprimento rão fazer, em menos espaço de 6 legoas de huma a ou-
do despacho atras a fls. 9 e 10 do Desembargador e Ouvi- tra para que possam ficar ao menos 5 legoas da terra do
dor Geral o dr. Raphael Pires Pardinho registei neste livro Termo; a cada huma das ditas Villas, e a cada huma del-
de Eleiçoens, bem e fielmente ao qual me reporto, fica no tas, lhe )imitaram, ou asignaram logo Termo para ellas; e
Archivo do Conçelho no Massa das Leis, e vai na ver- ao dep01s não poderam da terra que asim tiverem dado,
dade sem couza que duvida fasa aos 29 dias do mez de fazer outra Villa, sem a minha licença. » - (Vid. Memor.
Maio de 1721 e Eu Manoel Pereira do O'. Escrivam da para a historia da Capitania de S. Vicente, pag. 140.)
Camara que o registei e asignei - Manoel Pereira do O'. 9 - O Pelourinho, symbolo da criação da Villa, foi
. «Prov_imento q~e fez o dr. Ouvidor Geral Raphael em Paranaguá erigido por Gabriel de Lara, em 1646, dous
Ptres Pardmho no livro que devia servir para as Eleições annos. portanto antes da Ordem Regia que mandava criar
de Juízes e Officiaes da Camara dos Capp.es mores e sar- a Justiça e proceder a eleição das autoridades locaes.
gentos móres rubricados pelo mesmo em 1720 do que _Naturalmente as disputas entre os herdeiros dos Do-
hoje só restão fragmentos. na~nos foram a causa de uma tal demora, pois do con-
«O ~c~vão da ~ª".1ªra traslade por registo neste li- trario para essa installação não se necessitaria de Ordem
vro das Ele1çoes a pnme1ra que se fez nesta Villa no anno Regia, por ser isso attribuição privativa dos Donatarios e seus
de 1648; para os novos Juízes e Officiaes da Camara que successores.
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que ellas ficassem em distancia, uma da outra, de 6 leguas,
1o - Os Capitães povoadores tinham gr~n1es pode- para que fa~ilmente se soccorressem. Fóra dahi mister se fazia
res no começo do seculo XVII. Nã? s~ _limitavam ao ordem regia.
commando e governo mili~a~es, suas _a~nbu1çoes eram tanto 13 - Aos mais antigos povoadores e entre elles o
de ordem militar como civil. Adm1mstravam os povos da mais capaz e de maior prestigio e serviços, se expediu a
sua jurisdicção de forma quasi ab~oluta. ._ Patente de «Capitão-Povoador». Naturalmente Lara e Leme
Tanto Gabriel de Lara, no httoral, como o Cap1!ao mereceram-na. Dahi o titulo de Capitães Povoadores que
Matheus Martins Leme, em Curityba, e~erceram funcçoes usavam em todos os seus actos.
político-administrativa e militar, cumulativamente. _Ambos Ainda em 1729, se nomeava Capitão Povoador do
tiveram grande infl_uencia_ e representaram papel sahen_te na
criação das respecbvas v11las de Paranagu~ e de Cuntyba. districto de Nhanduhy-mirim a José Vieira do Rio, por
11 - Foi ao Capitão povoador Gabnel_ ?e Lara q_ue Patente de 24 de Abril, passada pelo Capitão General Go-
o povo paranaguense rec?r:eu, e_m 1646, _sohc1tan?o a cria- vernador de S. Paulo Antonio da Silva Caldeira Pimentel,
ção da justiça e da admm1straçao. da V1lla. foi a~ Ca- então na Praça e Villa de Santos. (Doe. Interessantes, Vol.
pitão Gabriel de Lara que o Ouvidor. Geral do Brasil, d_r. XXVII, pag. 10.)
Manoel Pereira Franco, escreveu, enviando a Carta Reg1_a Sesmaria.
de 29 de Julho de 1648, autorizando-o a proceder a elei-
ção das primeiras autoridades da villa de Paranaguá. Em 1 - A primeira sesmaria de terras concedida no Pa-
virtude dessa autorização, Gabriel de Lara convocou o povo raná, de que ha noticia, foi feita a 1.0 de Junho de 1614,
e determinou se procedesse a mesma eleição, que fez - pelo Capitão Ouvidor de Santos, Pedro Cubas, a Diogo
«alimpar e apurar» - e com o seu resultado se confor- de Unhates, na parte chamada Paranaguá, na barra do Rio
mou e deu posse aos eleitos a 7 de Janeiro de 1649. Ararapira até a do Superaguy, como se verifica do se-
Foi o Capitão Gabriel de Lara quem fez levantar pe- guinte documento :
lourinhos - o de Paranaguá em 1646 e o de Curityba a «Snr. Capitão e Ouvidor.
4 de Novembro de 1668.
12 - foi ao Capitão povoador Matheus Martins Le- Diz Diogo de Unhates, morador na Villa de Santos,
me que o povo de Curityba, em 24 de Março de 1693, escrivão da Ouvido ria e fazenda desta Capitania, que ha
requereu a criação de sua justiça local, em petição por elle perto de 40 annos é morador nesta Capitania, em cujo
deferida, com determinação de que o povo se reunisse, o tempo tem servido a S. M.de com muita fidelidade e ver-
que se fez a 29, cinco dias após, quando se procedeu a dade em tudo quanto a elle tem sido possível, e assim ao
eleição da justiça e dos membros do Conselho. Por ahi Governador e Capitão da terra, ajudando a defendei-a dos
se vê que tinham os capitães povoadores attribuições muito inimigos inglezes e hollandezes, que a vieram saquear e
mais vastas que as dos capitães de ordenanças de então, destruir, e assim tambem dos índios rebellados contra os
sendo grande a parcella de mando que exerciam sobre moradores della, e de que nos encontros e batalhas que
seus jurisdiccionados. com elles tivéra muitas vezes lhe deram muitas frechadas
Quanto a Curityba, mediou entre a data da elevação ~m seu corpo e uma no braço direito de que ficou alei-
do Pelourinho e a eleição de suas autoridades, o período Jado, e porque tem muitos filhos varões e seis femeas de
de 25 annos. Pensamos explicar essa longa demora pela legitimo matrimonio, e como quem é os havia de susten-
falta da necessaria ordem regia, pois os Donatarios tinham tar e amparar, e não tem terras onde fazer suas roças e
dutor\zação apenas para criar villas ao longo da costa e mantimentos onde possa trazer seus gados e criações; pede
aos nos que desaguassem nos mares, e no sertão, desde uma data de terras de sesmarias na parte que se chama
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Paranaguá, a saber: começando da barra do Rio que se noel José Gonçalves, cujos archivos gentilmente nos foram
chama - Ararapira, correndo a rumo do norte pela costa franqueados:
do mar até a barra de Superaguy, cortando o rumo. de «Diz o Capitão Matheus Martins Leme, morador nesta
sudoeste toda a terra que houver dentro destes ,dous R10s. nova povoação de nossa Snr.ª da Luz dos Pinhaes, que
e duas leguas pelo matto dentro, e se estendera ~sta data elle supp.te não tem terras para laurar e agasalhar sua fa-
desde a ponta de Itaquacutiba, c~rrendoA norte ate dar no mília, conforme suas posses, Pello que péde a V. m. como
1.o Rio grande, pelo que recebera Merce. , capitão mór, e sismeiro do donatario lhe de meya legoa
(Despacho) Dou ao supplicante as terras que pede e de testada de huma rosa que tem defronte de seu curral,
se passe carta. da outra banda do Rio de Marigihy Repartido da meya
Santos, J.o de Junho de 1614. legoa de testada tantas Brassas de hua banda como da
Pedro Cubas.~ outra e de comprimento da vanda do norte hua legoa Re-
salvando Campos e Campinas e Orapaig (Igarapés), que
Este mesmo Diogo de Unhates, allegando os seus não forem lavradios para elle e seus herdeiros com suas
serviços e ter 11 filhos, sendo 7 filhas, das quae,s 5 sol- entradas he sahidas, no que Recebera m.ce.
teiras, requereu uma sesmaria de terras em frente a Ilha de (Despacho.) Dou ao supplicante as terras que péde
S. Sebastião, 15 leguas ao norte de Santos.. Por despacho com todas as confrontações declaradas na sua petição,
do Capitão mór de Santos, Gaspar Couqueira, ~atado de como procurador e sismeiro que sou do Sr. Marquez de
20 de Janeiro de 1608, foi-lhe a mesma concedida Cascaes, de que se lhe passe carta na forma ordinaria.
E' evidente assim que ao solicitar essas terras, tan~o Nossa Snr.ª da Luz dos Pinhaes, a primeiro de 7br.o
as de Superaguy, como as de S. Sebastião, não_ prete~d1a de 1668 annos.
Diogo Unhates habitai-as ou cultivai-as, mas stm detxal- Lara.»
as, como patrimonio, as suas filhas. . . Carta.
Alem disso era Diogo de Unhates homem mvaltdado
pelos ferimentos soffridos nas guerras incessantes ~m que Gabriel de Lara, Capp.m mór da Capitania do snr.
tomára parte, e vinha exercendo o cargo de Escrivão da Marquez de Cascaes, seu Procurador Bastante e Sismeiro,
Ouvidoria de Santos já ha 40 annos. De idade avan- em toda a sua Capitania das quarenta legoas de terras que
çada, como era, não abandonaria seu commodo e rendoso lhe dá sua doação da Banda do sul etc.
emprego para vir a Paranaguá povoar terras deshabitadas, Aos que a presente minha carta de terras de sesma-
e atirar-se ás agruras da afanosa vida de lavrador. ria de matos maninhos, deste dia para todo o sempre
2 - Diogo de Unhates não residia em Paranaguá, virem he conhecimento dellas com direito pertencer; faço
nem foi seu povoador, a despeito de possuir ahi sesma- saber que a mim fez saber por sua petição na meia folha
rias de terras. atraz escripta, o Capitão Matheus Martins Leme, dizendo-
3 - Gabriel de Lara, na qualidade de Capitão mór, me nella entre outras couzas, que elle estava sem terras e
Procurador e sismeiro do Donatario Marquez de Cascaes, lhe hera necessario terras p.ª lavourar e fazer suas lavou-
concedeu innumeras cartas de sesmarias de terras na Ca- ras e hera possante de pessas, me pedia lhe fizeçe m.te
pitania de Paranaguá. A primeira, de que temos noticia, dar em nome do donatario meya legoa de testada de hua
é a que concede ao capitão Matheus Martins Leme uma rossa que tem defronte do seu curral da outra banda do
sesmaria em Curityba, junto ao Rio Bariguy, nas suas duas Rio Barigoihy - repartindo na meya legoa de testada tan-
margens. Pela sua importancia, extrahimol-a em copia do tas brassas de uma Banda como da outra e de compri-
Livro de Notas, a cargo do Tabellião de Curityba, sr. Ma- mento da Banda do norte hua legoa resalvando campos e
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h-os que não forem lavradios para elle e seus filhos e para as Minas do ltambé»,- Esta carta de sesmaria foi da-
tada e passada em _Itambe, onde se achava o Capitão-mór
~e:deiros com suas entradas e sahidas no q~e recebera em inspecção ás mmas.
mercê, no qual puz por meu despacho o ~egumte: 5 - O Capitão General Rodrigo Cezar de Menezes,
Dou ao supplicante as terras qu~ _pede com tod_as
as confrontações declaradas na sua pebçao, como procrn a- em 1723, passou uma carta de sesmaria ao Capitão João
dor e sysmeiro que sou do sr. Marq~ez . de Cascaes, de Martins Leme, morador em Curityba, declarando que era
que se lhe passe Carta na forma ordmana. N. S. ~a Luz elle - descendente de povoadores e conquistadores.
dos Pinhaes a 1.º de Setembro de 1668 annos. (ass1gnado) 6 - Gabriel de Lara, em 9 de Novembro de 1674
concedeu sesmarias de terras em Paranaguá, no Rio d~
Lara. . - d . t Ouaragussú, a João da Gama e a Gregorio Pereira, por
Esta carta que é longa, concede 1se~çao e 1mpos os
etc., salvo os «disimos a Deus das novidades que nella serem elles ,< dos primeiros que vieram povoar a terra, e
no proprio lugar onde o Pai deste ultimo teve uma roça. »
colherem ». _ O Capitão-mór Matheus Martins Leme, povoador de
Conforme as escripturas de venda e de doaçao, esta
sesmaria se achava dividida em 1790; pertencendo parte. Curityba, expediu diversas cartas de data de sesmaria de
ao Capitão Manoel Gonçalves Guimarães: por exe~ução terras em Curityba, e entre ellas uma a Aleixo Leme Ca-
feita por seu sogro Manoel Nunes de Lima a Jose pa- bral, «morador na povoação de N. S. da Luz e do Se-
lhano de Azevedo e por doação do executante a sua filha nhor Bom Jesus dos Pinhaes», datada de 30 de Março de
Maria Magdalena, esposa do Capitão Manoel Gonçalves 1690, com uma legua de sertão entre terras de João Ta-
Guimarães. vares e as de Manoel Soares. Esta carta é iniciada com
A outra parte foi vendida por Victorino Teixeira ao os seguintes dizeres:
Capitão Antonio José da Silva que, por sua vez a revendeu <• Matheus Martins Leme, Cappitam mor Desimeiro
ao Capitão Manoel Gonçalves Gui~arã~s, . ~ornando-se este nesta Villa de Nossa Senhora da Luz etc. Aos que . . . .
assim possuidor de toda a sesmana pnm1ttvamente conce-
dida a Matheus Leme. · pelo que me pedia como capitam mor e povoador dellas
Por escriptura de venda de 20 de Março de 1790 e poderes que tinha, lhe desse em nome de Sua Mages-
foi a sesmaria adquirida de seus proprietarios pelo Capitão tade ... »
Luiz Ribeiro da Silva. 7 - As sesmarias eram geralmente de superficie de uma
4 - Outra carta de sesmaria, datada de 15 de f eve- legua_ de largura e tres de comprimento ou sejam 5.400
reiro de 1683 e assignada pelo Capitão-mór e Governador alqueires de terra; houve, porem, sesmarias de legua e meia
da Capitania de N. S. do Rosario de Paranaguá, Tho- em quadra ou sejam 4.050 alqueires de terra.
maz Fernandes de Oliveira, concede a Manoel Soares, que
estava «povoando os campos de Curityba com sua mu- b) O PLANALTO CURITYBANO.
lher e filhos, com suas criações de gado, e por não pos-
suir terras», uma sesmaria na paragem chamada - Bo- 1 - Os aventureiros vicentistas que affluiram em ban-
tiatuva - junto ás terras do Capitão Balthasar Carrasco dos dos a Paranaguá, pelas noticias retumbantes da descoberta
Reis a testar com a Campina onde esteve - Arraialado das famosas minas de ouro, espalharam-se pelos montes e
(sic) Dom Rodrigo da outra parada do Rio Passaúna, e serras a explorar os corregos, os riachos e os rios, avidos
pela parte do norte ou nordeste a testar com terras do de fazer fortuna. Os índios Carijós, desejosos de captar-
defunto Domingos Rodrigues da Cunha, Luiz de Góes e lh1:5 a amisade, afim de evitar as suas guerras de con-
o Capitão Matheus Martins Leme, no caminho que corre qmstas, e assim a escravisação e muitas vezes a mortandade
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Gabriel de Lara, na qualidade de Capitão mór e pro-
em massa, serviam-lhe de guias nas incursões. Os band~s curador bastant~ do _Marquez_ de Cascaes, com os poderes
succediam-se, e a avidez redobrava. 9s tra~alhos de mi- de que este o mvesh~a, deferiu a petiçã~ do povo e man-
neração não tinham treguas. Tudo foi rev~lv~~o. Os pro- dou levantar o pelounnho, symbolo da cnação da Villa com
prios rios eram d~viados dos cursos _pnm1bvos, para a toda a solemnidade necessaria, lavrando-se, do acto u~ ter-
exploração convemente dos seus ~e1tos nat~raes. ~ mo, por tabellião «a_d hoc», assignado pelos pres~ntes.
nesse trabalho grandes obras foram feitas, que amda hoJe
demonstram a sua importancia e o numero avultado de Pouco_ ou quas1 _nada pro~perou o ~ovoado, tanto que
operarias encarregados de executai-as. até 1693 n~o se ~avia procedido a eleição da justiça e
A s~rra da Prata foi proficuamente explorada e trans- administraçao da v1lla, cnada em 1668.
posta pelos aventureiros, que ~eguiram o curso das aguas Nos 25 annos que decorreram, o numero de homens
fixados na villa elevou-se apenas de 30 a 90·1 isto é1 de
dos rios que alli têm suas ongens. . ,
um a tres «povos ».
Pelo divorcio acquario, uns têm sua foz no httoral,
indo desaguar na Bahia de Paranaguá; outros, tomando Por uma circumstancia feliz, foram os povoadores
rumo opposto, vêm affluir ao Rio lguassú, que nasce no quer de Paran~guá, quer de Curityba, homens de cert~
municipio de Curityba, e é Uf!I dos grandes affluentes do valor moral e mtellectual, o que muito influiu na forma-
Rio Paraná, pertencente a bacia do ~rata. . . ção do caracter dos paranaenses, stus descendentes.
2 - f acil foi, pois, aos aventureiros vicentistas des- todos, ou a grande maioria, er~m instruídos e capa-
cortinarem o «plateau curitybano», cujos verdejantes pra??S zes de exercer os cargos da Republica, com criterio, zelo,
lhes attrahiram logo a attenção, por verem quão prop1c10 e honra, como o demonstraram .
eram á criação do gado vaccum. Pertenciam, em grande parte, ás principaes familias
Ao mesmo tempo, a belleza dos - «Pinheiraes inter- vicenti_s~s ou p~ulistas, alguns de nobreza provada, como
minos de uma altura tres vezes superior em tamanho aos se venftca nos mnumeros autos de justificações existentes
da Europa, e de uma grossura que tres homens não lhe nos cartorios, e nos diversos estudos genealogicos que te-
abarcavam o tronco », impressionou-os, mostrando a rique- mos consultado.
za assombrosa dessa terra previlegiada e abençoada, que Os filhos desses benemeritos pioneiros do nosso pro-
resumia em si thesouros naturaes demonstrativos da exube- gresso e desbravadores dos sertões parananianos não deixa-
rancia do solo e da amenidade de um clima temperado e sadio. ram de seguir os exemplos de seus antepassados os he-
3 - Os veios de ouro encontrados nas proximidades roicos povoadores e fundadores deste abençoado' solo: -
do rio Atuba e do rio Bariguy trouxeram os primeiros O Paraná!
povoadores a Curityba, e em consequencia a formação de O capitão Balthazar Carrasco dos Reis tronco dos
arraiaes em suas cercanias. Omascos ~os Rei~, do Paraná, foi celebre b~ndeirante. Já
Em 1668 já era grande o numero de habitantes no em 1645 tinha feito sua entrada no sertão e antes de 1638
povoado de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pi- com seu pae e irmão, ajudara ao Governador de S. Vi~
nhaes. Como previam as leis portuguezas, que nos povoa- c~nte nas guerras da capitania. Era filho de Miguel Oar-
dos em que houvessem 30 homens se deveria criar a jus- c1a Carrasco, natural de S. Lucas de Canna Verde e de
tiça e eleger as autoridades, os moradores aproveitando-se sua _primeira mulher Margarida f ernandes. foi Miguel
do momento em que o capitão mór da capitania de Parana- Garcia h9mem de importancia e um dos signatarios da
guá, Gabriel de Lara, viera em inspecção a Curityba, re- accl3:rT1açao de Amador Bueno da Ribeira, juntamente com
quereram-lhe a elevação do povoado a villa e a criação os fidalgos ~espanhóes que a promoveram. A 3 de Abril
da justiça. de 1641 ass1gnou a solemne acclamação de O. João IV,
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de que se fez termo e auto na Camara de S. Paulo. Por de Lara e primo de Matheus Martins Leme, pois que Fran-
. ·1 · · t· t cisco Martins Bonilha, avô deste, era casado com uma tia
ahi se vê que pertencia ás princ1paes fam1 ias v1cen is as,
disso casado com Isabel Antunes Preto, des- de Lara
sen do, alem , . A · p t h m d Ambos eram parentes de Matheus Luiz Orou e de
cendente do celebre bandeirante ntomo re o, orne e
nobreza provada. · ·d d Domingos Fernandes Pinto.
Ligados aos Pretos por laços de consangum_1 a e _e Manoel de Lemos Conde era casado com uma neta
de matrimonio, se achavam os Cunha Gago, os Pires Bi- de Manoel Mourato Coelho que, por seu turno, era ca-
cudos de Mendonça, os Unhatte, ~eres Calham~res, do qual sado com uma parente de Gabriel de Lara
descendeu o sargento mór Ant~mo Affonso V1daI, q~e f~z Lemos Conde tinha uma filha casada com Pedro de
parte da expedição de D. Rodngo Castello Branco as mi- Moraes Monforte, fundador e povoador de Curityba.
nas de Paranaguá, em 1679;. ligado ainda aos Pretos se Thomaz Fernandes de Oliveira, que foi capitão mór
achava o capitão Matheus ~mz G~o~, sogro d~ Manoel de S. Vicente e Governador de Paranaguá, era aparentado
Antunes Preto e Miguel Subi de Ohve1ra, descobndores das com Gabriel de Lara, com Matheus Leme e Matheus Luiz
minas de Cuxipó e C~yab~. . Orou.
Ligados por matnmomo a filhas de Balthazar <:;ar- O capitão mór Provedor Gaspar Teixeira de Azevedo
rasco se achavam: Manoel Soares, casado com sua, filha era pae ou irmão de Luiz Palhano de Azevedo, e por sua
Maria Paes, e cujas filhas Maria Soa~es e lsa~el Soar~ ca- vez ligado por matrimonias de seus filhos aos Carrascos
saram respectivamente com A~tomo ~odng~es Se1xas e dos Reis e Manoel Soares.
João Ribeiro do Valle; Antomo Rodn~es _S1?,e, casado Antonio de Lara, o velho, era casado com uma des-
com sua filha Isabel Garcia Antunes; Jose Te1xe1ra de Aze- cendente dos Carrascos dos Reis.
vedo (filho de Luiz Palhano e sua mulher Maria Sevana),
casado em Curityba a 1.0 de Nover.nbro d~ 1685, com _sua e) CURITYBA
filha Domingas Antunes, e Antom~ Martms Leme, filho
do capitão povoador, Matheus Martms Leme, casado com Fundação da villa de Curityba.
sua filha Margarida Fernandes. Ada do levantamento do pelourinho.
O capitão povoador Matheus Martins Leme, de no-
breza provada, era filho de Thomé Martins Bonilha e sua 1 - «Saibão quantos este publico instrumento de poce
mulher, Leonor Leme, ambos pertencentes ás mais illustr~ e levantamento de Pelourinho virem, em como aos quatro
e poderosas famílias vicentistas. Era casado com Antoma dias do mez de Novembro de mil seiscentos e sesenta e
de Oóes, irmã de Luiz de Oóes. Por seu filho Capitão oyto annos, nesta villa de Nossa Senhora da Luz dos Pi-
Antor1io Martins Leme, casado com Margarida f ernandes, nhaes, estando o capp.am mór Gabriel de Lara nesta dita
ficou ligado aos Carrascos dos Reis; ficou tambem ligado villa, em presença de mim Tabellião fizerão os moradores
ao capitão Antonio da Costa Velloso, por sua filha Anna
Maria; e ao capitão Manoel Picam de Carvalho, por sua desta dita villa requerimento perante elle dizendo todos a
filha Maria Leme. hua vóz que estavam povoando estes campos de Coritiba
Vê-se assim que os povoadores de Curityba consti- em terras e !emites da demarcação do snr. Marquez de
tuíam quasi uma unica família. Cascaes, e assim lhe requerião como capp.am mór e Procu-
Quanto aos povoadores de Paranaguá, identico facto rador bastante do dito snr. mandase levantar Pelourinho
se verifica. em seu nome, por convir assim o serviço d'EI-Rei e acre-
O capitão mór Gabriel de Lara, era irmão de Diogo sentamento do donatario; e visto o requerimento dos mo-
radores ser justo mandou logo levantar Pelourinho com
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todas as solemnidades necessarias, em paragem e lugar Deos e d'EI-Rei que visto o que alegamos e o nosso pe·
desente nesta Praça, de que mandou paçar este ~ermo por dir ser justo e bem comum de todo este povo, o mande
mim Tabelião onde todos se asignarão com migo Anta· .ajuntar e fazer eleyção e criar justiça e camara formada,
nio Martins Leme que o escrevi. - Gabriel d~ Lara,_ Ma- pera que asim aja temor de Deos e d'EI-Rei e por as cou·
theus Martins Leme, Gaspar Carrasco dos Reis, Lmz ~e sas em caminho. E receberá mercê.
Góes, lgnocencio Fernandes, _André f ernandes _dos R~1s,
Amaro Pereira, Matheus Martms, o moço, Joao Martms Despacho.
Leme1 Francisco da Gama Paes, Thomaz de Castanheda,
João da Gama, Manoel Cardoso, Domi~gos Rodrigues da Juntesse o povo. Deferirey o que ao 'que pedem. -
Cunha, Domingos André, Manoel Martms Leme, Angelo Pinhais, 24 de Março de 1ó93. - Leme.
Nunes Camacho.
Reun'ião do povo e a escolha dos eleitores.
Requerimento para a creação das justiças.
3 - Aos vinte e nove dias do mez de Março <la era de
2 - Snr. Capp.am Povoador. Os moradores todos asisten- 1693 annos, nesta Igreja de Nossa Senhora da Luxe Bom
tes nesta povoação de Nossa Senhora da Lux e Bom Je- Jesús dos Pinhais por despacho desta petissão se ajuntou
sus dos Pinhaes que atendendo ao serviço de Deus e o o povo todo desta villa e pello capp.m della lhe foi pre-
de Sua Magestade, que Deus Guarde, paz, quietação e bem guntado o que todos lhe responderam a voz alta lhe cri-
comum deste povo, e por ser já oje mui crescido, por asse justiça pera com isso ver si ivitavam os muitos des-
pasarem de noventa homens, e quanto mais crece a gente aforos que nella se fazião, o que vendo o dito capitão
se vão fazendo mores desaforos, e ben se vio esta festa hera justo o que pedião-lhe respondeu que nomeassem
andarmos todos com armas na mão, e apeloirou-se dos seis omens de sam comsiençia para fazerem ofiçiaes que
outros mais e outros insultos de roubos, como he notorio aviam de servir, o que logo nomearão para com o dito
e constante pelos casos que tem susidido e daqui em diante capitam povoador fazerem eleição, e como asim ouverão
será pior, o que tudo causa o estar este dito povo tão todos por bem se asignaram com migo Antonio Rodrigues
desamparado de governo e disciplina da justiça. E aten- Seixas em falta do escrivão, que o escrevi. - Matheus
~endo no_s, que adiante será pior por não aver a dita jus- Martins Leme, Antonio da Costa Veloso, Antonio Martins
tiça na dita povoação, nos ocorremos a Vmc. como capp.m Leme, Manoel Soares, Domingos Rodrigues Seixas, José
e cabesa dela, e por ser já decrepito e não lhe obedesserem Pereira Quevedo, João Leme da Silva, João Pereira de Avel-
seja servido premitir a que aja justiça nesta dita villa, poi~ lar, André Rodrigues da Silva, Miguel Delgado, Diogo da
~ela a gente bastante para exerser os cargos da dita jus- Costa, Manoel Picam de Carvalho, Manoel da Silva Bayão,
tiça que faz o nomero de tres povos. E, pela ordenasão Agostinho de figueiredo, Gaspar Carrasco dos Reis,
ordena Sua Magestade, que avendo 30 homens se eleja Nicolau de Miranda franco, Antonio de Siqueira Leme,
justiça, e demais ~e _que consta que Vmc. por duas vezes João Alvares Martins, Miguel Fernandes de Siqueira, Braz
p~rcurou ~os. capp1tams-r:1ores das capitanias debayxo lhe Leme de Siqueira, Francisco de Mello, Jeronimo Reis Side,
v1esem. cnar 1usbça na dita povoação, sendo que não era Manoel Alvares Pedroso, Manoel Dias Cortes, Antonio Ro-
n~sesano por ter avido já aqui justisa em algum tempo drigues Cid, Salvador Rodrigues, Amador Nunes de Bu-
cnada pelo d~funto Capp.m mor Gabriel de Lara, que le- lhões, Salvador Martins, Antonio Luiz Tigre Lamim, Paulo
vantou Pelounnho em nome do donatario o snr. Marquez da Costa Leme, João Leme, Matheus Martins, Luiz Ro-
:fe Cascaes -; Pelo que requeremos a Vmc. da parte de drigues, Antonio do Couto, José Martins Leme, Pedro Oon-
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denominada Serrinha té Paranaguá, donde escreveu ao so-
çalves Martins, Miguel Rodrigues, Caetano Leme Cabral, gro em S. Pa~lo p~r': que lhe trouçese sua mulher e filhos,
José Rodrigues Cid, Antonio dos Reis Cavalheiro, f ructuoso que com effe1to v1erao; e constando ah uns colonos euro-
da Costa, João de Siqueira, Gonçalo Pires, Lourenço Pinto,
Pedro Moraes de Monforte, Bartolomeu Nunes, Domingos péos que moravam em Cananéa, no Jogar que ainda hoje
André, Pedro Rodrigues, Balthazar Carrasco dos Reis, Luiz se chama r:norro - dos Andrades - , do descobrimento
Leme da Silva, Antonio da Costa, João Veloso da Costa, feito pelo dito Soares, dos campos de Coritiba, talvez na
Garcia Rodrigues, Innocencio de Medina, Roque Fernan- ocasião da passagem que porali fez aquella família vinda
des, Vicente de Góes, Placido de Ramos, Luiz de Siqueira, de S. Paulo; ~s.entaram de mudarem-se conjuntamente com
Antonio Garcia da Costa, Domingos Ribeiro de Abreu, a mesma f~m1ha para os Campos de Coritiba vindo Lou-
José de Góes, Luiz de Góes, João Felix Cavalgante. renço Rodngues de Andrade, com sua família e hua filha
cazada com hum f. Seixas; sendo por consequencia as tres
Eleição da camara e installação da villa. fai:nili~s de Soares, Seixfs e Andrades - as que foram
pnmeir~s P?Vo~do:e~ d aquelles Campos. - A primeira
4 - Memoria do que acordarão os seis eleitores - o povoaçao foi prmc1p1ada na margem do rio do Atuba que
Capp.m mór, Agostinho de Figueiredo, Luiz de Oóes, Oracia ainda hoje se chama a Villinha mas querendo os mo~ado-
Ro.drigues Velho, João Leme da Silva, Gaspar Carrasco dos res mudai-a. de lugar onde hoje está a cidade; convida-
Reis, Paulo da Co~ta Leme, os coais de debaixo do jura- rão ao Cac1q~e ~ehua horda de índios que morava nos
mento 9ue lhes !º1 dado pelo reverendo padre vigario Campos de Tmd1qu~ra nas margens do rio lguassú, para
des~ v!lla, Antomo de Alvarenga, nomeou para juízes An- o co~sultarem e designar o lugar, este viera com sua gente;
tomo da Costa Veloso, Manoel Soares· vereadores Oracia exammando o lugar onde os colonos pretendiam fazer as-
Rodrigues Velho, o capitão Joseph P~reira Quevedo An- se.nto de sua p~voação, ~ trazendo na mão hua grande Vara,
tonio dos Re.is Cavaleiro, e para procurador do co~selho afin~ou no chao - e virando-se para os colonos, disse: -
o _?tPP,m ~!eixo L~me Cabral, e para escrivão da camara ~qm -, e nesse mesf!l~ lugar, logo formarão hua Capel-
Joao Rodi:1gues Se1xas i este é o nosso parecer, e como lmha1 para o culto Rehg1ozo, lugar onde hoje existe a Igreja
tal no~ as1gna~os aqu.1. - Agostinho de Figueiredo, Luiz Ma.tnz de Nossa Senhora da Luz; o mesmo aconteceo
de Goes, Grac1a Rodngues da Cunha João Leme da Silva am1la.gro~a Vara que floreçeu na Eleição que os Portugue-
Oaspa~ Carrasco dos Reis, Paulo da 'Costa Leme, Padr~ zes fizerao quando acdamarão ao Rei Vamba ou Bamba
Antomo de Alvarenga. pelos annos de 680 do Nascimento de Christo.))
(Memoria historica de Paranaguá - Antonio Vieira
A fundação de Curityba, em face da tradicção. dos Santos.)
5 ~ «C.uri-ti~a, _?U Core .e tuba, que significa - terra Capitães móres da Capitania de Paranaguá.
que da muito pmhao - foi seu nome primitivo e que
ora se chama Coritiba. , 1 - Pela .or~em chronologica foram estes os Capitães
De antiga tradicção consta que, hum paulista - f. mores d~ Cap1~ma de Paranaguá desde sua criação, em
Soares do Vall~, casado e com família na cidade de s. 1660, ate sua incorporação á Corôa, em 1711 :
Paul_o, te.ndo feito certo desagrado ao Governador que 1.° Capitão Gabriel de Lara.
de l~ fugira entranhandose pelos Sertoens das mattas 'vindo
asa~1~ nos qimpos Geraes, e chegado aos Campos de Nomeado Alcaide mór - Capitão mór e Ouvidor e
Contiba, e avistando as serras da marinha desceo pella Provedor da Capitania de N. S. do Rosario de Paranaguá,
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(com rehendendo as 40 Jeguas do sul da Antiga Capitanía para substitui1-o no elevado cargo de capitão mór da Ca-
de S: Amaro, da doação a Pedr? Lopes de Souza) pelo
Marquez de Cascaes, de quem foi Procurador, Lugar Te-
pitania de Paranaguá.
Assumiu esse cargo a 1.0 de Janeiro de 1683, exer-
nente e Sismeiro. . cendo-o até Maio de 1689.
Homem de vasto prestigio, valor e energ1~ gC?zou de Passou muitas cartas de sesmarias de terras como Lo-
grande popularidade e ascen~encia em sua Ca~1~ama. gar-Tenente e Sismeiro do donatario.
Natural de S. Paulo, ah casou com Bng1da Gon- Na primeira parte desta Memoria a pagina 42 quando
çalves. Era fil~o. de Diogo de Lara e de sua mulher tratamos do paragrapho referente ao - «Letigio entre her-
Antonia de Ohveira. deiros dos donat.arios das capitanias de S. Vicente e S.
foi Gabriel de Lara fundador e povoador de Parana- Amaro >> no n. 7 affirmamos que o Conde da llha do
0
~ma companhia de ordenança? que_ vinha def~nder a bah1a Capitão mór de Itanhaen Diogo Vaz de Escobar, para to-
de Paranaguá das constantes .mcursoes de ~1ratas hespa- mar posse e administrar em seu nome a Villa de Parana-
nhóes, que preten~i~m conqmstar as possessoes portugue- guá e por sua morte a Simão Dias de Moura; dissemos que
zas do Brasil mend1onal. em 1656 o Marquez de Cascaes creara a «Capitania de
Muito contribuiu para as descobertas e explorações. Paranaguá», nomeando para o lugar de Capitão mór e seu
das minas de ouro e prata de Paranaguá, nos annos pro- Logar Tenente ao Capitão. Gabriel de Lara, de forma qu.e
ximos a 1646. foi Paranaguá governada simultaneamente por dous Capi-
tães móres que a administraram, um - em nome do Conde
Antes de vir, em 1640, com sua companhia para ~a- da Ilha do Príncipe e outro em nome do Marquez de
ranaguá, parece que. ali. já tin~~, estado, num~ banden:a Cascaes; situação essa que só teve termo em 30 de Novem-
vinda em busca dos md1os CarIJOS, para escravizai-os. Ti- bro de 1660, quando aportando a Paranaguá o General
nha então tenra idade, pois só falleceu em Dezembro de Salvador Correia de Sá e Benevides, ordenou a Camara
1682, em Paranaguá, ainda no exercício do . seu cargo de que fosse a villa governada em nome de S. Magestade até
Capitão mór, a que muito honrou. Em petição ?atada de que tivesse decisão o litigio de dominação dos dous do-
25 de Maio de 1628 ao Juiz de Orphãos da v11la de S.
Anna da Parnahyba, pediu que lhe fossem entregues - as natarios, que terminou com o reconhecimento do direito do
Marquez de Cascaes.
peças - que sua irmã Maria de Oliveira declarou em seu
testamento pertencerem ao requerente, pois elle Gabriel de Parecerá pelo exposto que houveram dous Capitães
Lara as descera do sertão. móres anteriores a Gabriel de Lara; assim foi, mas tão
somente da Villa de Paranaguá e seus districtos e não da
(Ver testamento de Maria de Oliveira, nesta obra, em 1
,Capitania de Paranaguá}> de que Gabriel de Lara fora o
Titulo Gabriel de Lara.) primeiro Capitão mór.
2.o Capitão Thomaz Fernandes de Oliveira.
3.° Capitão Matheas Martins Leme.
Sentou praça como simples soldado, sendo promovido
a Alferes, Tenente e Capitão da companhia de Infantaria ÜJ.pitão mór e Lagar-Tenente do Marquez de Cas-
de Ioloro-Angola. Foi armador de um navio seu de que caes, que era, passou entre os annos de 1690 á 1695 di-
foi capitão de Mar e Guerra e capitão mór de S. Vicente. versas cartas de sesmarias de terras. Sendo já velho e
Por morte de Gabriel de Lara foi proposto pela Camara decrepito, conservou-se no Governo, em Curityba, até sua
morte em 1697.
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fO.o D. João Francisco Laynes~ ultimo Capitão mór de Paranaguá, por ter sido extincto
esse cargo em 1833 e creado o de Prefeito
Nomeado Capitão mór pela Camara, tomou posse a Por portaria da Presidencia de S. Paulo, de 28 de
22 de Junho de 1743. Agosto d~ 18?3 foi n_om~do. Prefeito da Villa de Para-
11aguá; foi assim o pnme1ro cidadão que exerceu esse car-
11.o Capitão Antonío de Souza Pereira. go na Villa
Pelo mesmo Decreto foi nomeado Prefeito de Curi-
Era casado com D. Anna Maria Laynes. tyba o Ajudante José Borges de Macedo, e da Lapa, Ma-
falleceu, com testamento, em Paranaguá, a 24 de noel Antonio da Cunha
Agosto de I 779.
Governadores Militares.
12.º Capitão Antonio Ferreira Mathoso.
1 - As primeiras autoridades militares que governa-
Nomeado Capitão mór por patente de 5 de Setembro ram nas terras paranaenses, foram o capitão Gabriel de
de 1763, tomou posse a 24 de Dezembro desse anno, exer- Lara, no littoral, e o Capitão Matheus Martins Leme, no
cendo o cargo até Março de 1766. foi procurador dos planalto curitybano. Ambos tiveram os titulas de Capi-
bens do confisco dos padres da Companhia de Jesus. tães Povoadores.
Provavel é que ambos tivessem vindo na mesma epo-
13.o Manoel Nanes de Lima. ca, mandados com os homens de seus commandos, guar-
necer Paranaguá e Curityba, ameaçados de cahir sob o
A Camara, em vereança de 16 de Novembro de 17 65, domínio hespanhol.
indicou seu nome, conjuntamente ao de seu sogro Sar- Eram constantes as excursões dos castelhanos no lit-
gento mór Domingos Cardozo de Lima, ao cargo de Ca- toral e simultaneamente as reducções jesuíticas pareciam
pitão mór, sendo elle o escolhido para o lugar, e nomea- extender o seu domínio absoluto por todo o territorio pa-
do por patente de 15 de Dezembro de 1765. Tomou rananiano. Não fossem os benemeritos bandeirantes, assim
posse a 15 de Março de 1766, fallecendo nesse mesmo teria acontecido.
anno.
Gabriel de Lara e Matheus Martins Leme faziam parte
dessas bandeiras. Ambos foram povoadores de Paranaguá
14. José Carneiro dos Santos.
0
e de Curityba.
foi nomeado Capitão mór por patente de 3 de Se- 1.0 Gabriel de Lara.
tembro de 1766. Tornou posse a 8 de Outubro de 1766,
exercendo o cargo durante 3 annos. Em 29 de Janeiro
de 1789 obteve segunda patente de Capitão mór. Foi Natural de S. Paulo, era filho de Diogo de Lara, da
homem de grande prestigio. alta nobreza de sangue dos Laras, de Zamora, do reino de
Castella Velha, e de sua mulher D. Antonia de Oliveira,
15.° Capitão Manoel Antonio Pereira. casada em segundas nupcias.
Em 1640, sendo já commandante de uma companhia
foi nomeado Capitão mór de Paranaguá em Março de ordenanças, foi mandado com esta a povoar Paranaguá,
de 1815, tomou posse a 22 de Abril do mesmo anno. foi o sendo-lhe dada a Patente de Capitão povoador. Armou o
seu acampamento na Ilha da Catinga, como acima se disse.
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0 novo povoado era habitado unicament~ pelos ín- Martins Leme passára em Abril de 1637 a seguinte quita-
dios Carijós, guerreiros e valentes, porem 1oce1s ~o tr~to e ção a seu pai :
· · dos homens civilizados. Serra acima, foi enviado,
COnVIVIO «Digo eu Matheus Martins Leme, morador nesta villa
com sua companhia de ordenanças, o de S. Paulo que é verdade que eu estou pago e satisfeito
de meu pai Thomé Martins da legitima que me ficou por
2.0 Capitão Matheus Martins Leme. morte e fallecimento de minha mãe Leonor Leme assim de
bens como de peças do gentio da terra e outrosim estou
Natural deS. Paulo, filho de Thomé Martins Bonilha e de pago tambem de meu pai do que me coube por morte e
sua mulher Leonor Leme. Descende~te_ de Castelhan_os fallecimento de meu avô Matheus Leme assim dos bens
de nobreza provada, foi vulto de pre~tig10, e teve benefica como peças do gentio da terra e por tudo estou pago e
influencia na criação do povoado cuntybano. Seus descen- livre de tudo o que montou pelos inventaries e declaro
dentes foram homens de valor e exerceram, como elle, os que das trocas que eu fiz com meu pai de umas peças
honrosos cargos da governança. do gentio da terra tudo hei por bem e meu pai em ne-
Matheus Leme, em 1668, assistiu ao levantament~ do nhum tempo . . . . chamarei em nenhum engano em ne-
pelourinho de Curityba e em 1_693 fez proc~der a eleição nhum tempo de que tudo mandaram a mim escrivão fazer
das primeiras autoridades da V1lla que se cnou. falleceu esta quitação e concerto sobre a troca das peças, eu Am-
com testamento em 1697. Passou diversas cartas de ses- brosio Pereira, escrivão o escrevi. Matheus Martins. -
marias de terras entre os annos de 1693 e 1695, como Thomé Martins. »
Lagar-Tenente do Marquez de Cascaes.
2 - A designação dessas duas personagens, descen- O testamento foi assignado e testemunhado por di-
dentes de castelhanos, para povoar o territorio parananiano, versas pessoas, entre as quaes Pero de Lara.
durante o ultimo periodo da dominação hespanhola nas Ao que parece eram os Laras parentes dos Lemes ou
possessões lusitanas, em epoca que ameaçada se achava a entrelaçados por muitos casamentos occorridos nas duas
posse portugueza no Brasil meridional, vem demonstrar a familias. Assim Gabriel de Lara e Matheus Martins Leme
politica avassaladora dos conquistadores hespanhóes. seriam ligados por esses vínculos de parentesco.
Por outro lado, porem, os homens sobre os quaes Antonia de Oliveira, viuva de Antonio Chaveiro,
recahiu a escolha, respeitabilissimos e dignos que eram, passou a segundas nupcias com Diogo de Lara (havendo
foram sempre leaes á sua Patria: - O Brasil, pois am- desse matrimonio Gabriel de Lara), e a terceiras nupcias
bos eram Paulistas - de nascimento e pertencentes ás com o Capitão André Fernandes de Ramos. falleceu em
mais distinctas famílias vicentistas. foram elles portanto Abril de 1632, com testamento solemne, declarando o no-
um anteparo ás ambições dos castelhanos, que viram frus- me de seus filhos desses tres matrimonias.
trados os seus planos. Do respectivo inventario, por nós consultado, consta
Ambos factores proeminentes que foram da historia o seguinte:
do Paraná, possuíam muitos pontos de contacto ou affini- Termo de requerimento que faz Gabriel de Lara ao
dade entre si. Juiz ordinario e de orphãos João de Godoy:
Thomé Martins Bonilha, que foi casado em primeiras <, Em os vinte seis dias do mez de Maio deste pre-
nupcias com Leonor Leme, por morte desta casou em sente anno de mil e seiscentos e trinta e dous (1632) an-
segundas nupcias com Ignez Pedroso, fallecida em S. nos nas pouzadas de Christovão Diniz, morador nesta dita
Paulo em Julho de 1632, com testamento solemne. No villa (Santa Anna de Parnahyba) onde o Juiz ordinario e
inventario a que então se procedeu, verifica-se que Matheus dos orphãos João de Godoy estava fazendo inventario
da fazenda do defunto Sebastião Mendes Gordinho que
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Deus haja perante elle dito Juiz appareceu Gabriel de Oli- posterior ~ 1640 e nunca em 1580, con:10 a~severam va-
veira morador na villa de Nossa Senhora das Neves ~m rias histonographos, dos quaes sempre d1verg1mos.
Iguape, e por elle lhe foi dito que elle estava nes~a dita Não queremos com isso dizer que apenas em 1640 fosse
villa e viera em busca de sua herança que lhe_ cabia P?r Paranaguá descoberto ou que antes disso não tivessem ha-
morte e fallecimento de sua mãe que Deus haJa, Ant?ma vido incursões de bandeirantes, á cata de índios ou de
de Oliveira e porquanto elle dito Gabriel de Lara se tmha ouro. Seria avançar demais; pois a bahia de Paranaguá
concertado com ...... André Fernandes por escusarem talvez fosse conhecida no mesmo anno da descoberta do
gastos e . . . . . . fazenda em que confes?a va estar pago Brasil.
e satisfeito de tudo o que á sua parte vmha da. hera_nça Mas como a descoberta de uma terra ou o eventual
da dita sua mãe de que por este o dava por qmte e livre e transitorio acampamento de uma expedição não impor-
deste dia para todo sei:npre e que em nen~~m tempo por tam no seu povoamento, e igualmente a pesquiza de ouro
si nem por seus herdeiros e procuradores mam contra o em rios e corregos por aventureiros não equivale á explo-
teor deste concerto que entre ambos amigavelmente f_izeram ração regular e systematica de minas de ouro com sua
havendo por bem feito tudo o que constar por escnpturas competente administração fiscal, segue-se que Gabriel de
t papeis que a dita sua mãe tem feito como ~ a ~oação
feita a Capella da Senhora Santa Anna e patnmomo de Lara e Matheus Martins Leme, fixando-se com seu povo
seu irmão Francisco Fernandes de Oliveira e os dotes dos respectivamente em Paranaguá_ e Curityba, foram os seus
primeiros povoadores e colonizadores.
filhos do dito Capitão André Fernandes a saber - a mu-
lher de Alberto Lobo e outrosim a mulher de Salvador 3.o Capitão mór Francisco Xavier Pizarro.
Soares e Pedro Alvares Moreno o que tudo elle havia por
bem e requeria a elle dito Juiz lhe mandasse lançar o tras-
lado deste concerto no livro das notas para a todo tempo Em 1720 foi restabelecido o lugar de Capitão mór
constar a verdade visto estar pago e satisfeito de sua le- de ordenanças, extincto anteriormente e sendo para exer-
gitima e o ter em si de que mandou o dito Juiz fazer este cei-o nomeado por D. Pedro de Alm.<la Conde de Assu-
termo de concerto e quitação em que assignaram . . . . . mar Governador e Capitão General de S. Paulo, o Capitão
traslado deste concerto no livro das notas e de como as- Francisco Xavier Pizarro, cuja nomeação foi confirmada
sim o mandasse assignou com as partes e eu Manoel de por Carta Regia de D. João, de 20 de Março de 1721,
Alvarenga, tabellião e escrivão dos orphãos o escrevi - sem soldo algum.
João de Godoy - Gabriel de Lara.» Cavalheiro professo da Ordem de Christo - exercia,
Destes dois termos de quitação, extrahidos dos res- em 1720, o cargo de Capitão mór das ordenanças da villa
pectivos inventarias, officialmente publicados pelo Archivo de Curityba, cargo em que permaneceu pelo espaço de 8
do Estado de S. Paulo, verifica-se, sem mais contestação annos. Era portuguez, natural da villa de Chaves.
que, residindo Gabriel de Lara em Iguape, em Maio d~ Assentou praça como soldado voluntario no regimento
1632 e Matheus Martins Leme na villa de S. Paulo em de Dragões de Tras-os-Montes, servindo por 3 annos.
1_637, só poderiam as villas de Paranaguá e Curityba ter Entrou na batalha de Campo do Godinho, onde rece-
sido fundadas e povoadas posteriormente áquellas datas beu grande cutilada na cabeça, e na tomada das praças
sabido que foram el!es os seus povoadores. ' de Pueblos de Sanabria, Caruajales e Alcanicos e na res-
Taes documentos, divulgados tão somente em 1920 tauração de Miranda, obrando com grande valor e brio, e
vieram trazer luz sobre a data do povoamento de Parana~ dispendendo muito de sua fazenda.
guá, que, conforme sempre affirmamos, se dera em epoca fez varias descobrimentos de ouro em Curityba, Laguna e
Serra Negra, por ordem de Rodrigo Cezar de Menezes,
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com escravos e brancos, e a _sua custa. Ness~ empre~a 7.º Coronel Anastacio de Freitas Trancoso.
gastou tempo consideravel. Tmha grande . pratica de _mi-
neração, pois havia se occupado ~esse mister em Mmas Foi o coronel commandante do Regimento de orde-
Geraes, com muita honra e honestidade. . nanças de Paranaguá e Curityba, promovido a esse posto
Por patente de 27 de fevereiro de 1728 fo_1 nomeado por patente de 22 de Dezembro de 1732. Vulto de grande
para o posto de Coronel das ordenanças das ~Jllas de N. destaque, nota~il_izou-se pelos _relevant~ servi~os P:esta~os
S. da Conceição de ltanhaen, Iguape e Cananea, por An- á Patria. fortificou todo o ltttoral, afim de 1mped1r a in-
tonio da Silva Caldeira Pimentel. . . vasão castelhana. Quando a Colonia do Sacramento se
Era casado com D. Eufemia Mana de Souza, de CUJ O achou sitiada pelos hespanhóes, organizou expedições ma-
matrimonio tiveram: Antonia, Margarida e Anna que, em rítimas1 em embarcações que armou) soccorrendo a guarni-
17351 obtiveram de EI-Rei permissão de irem para o Reino, ção co m lenha, farinha de mandioca e cereaes, que mandou
com destino a um convento, visto seu pai ser pobre e de Paranaguá.
com empenhos que o imRossibilitavam de d~tal-as, conform~ Auxiliou a defesa da Laguna, quando a ilha de S. Ca-
a sua qualidade, e possmrem apenas seu ~10, o Padre Jose tharina cahiu em poder dos castelhanos. Era casado com
Nogueira Ferraz, vigario de S. José das Mmas Geraes, q~e Maria de Assumpção, filha do Capitão mór Provedor Gas-
as queria conduzir ao Reino e dar-lhes dote necessano par Teixeira de Azevedo e sua mulher Catharina de Ramos.
para o effeito de serem religiosas. falleceu com testamento em 1742. Não se deve confun-
dil-o com seu neto de igual nome e posto militar, que,
em 1823, foi membro do Governo Provisorio de S. Paulo,
4.o Sargento mór Manoel Pacheco de Amorim. e prestou relevantes serviços de ordem civil e militar.
foi promovido a Sargento mór de Paranaguá por pa- 8.o Sargento mór Antonio Rodrigues de Lara.
tente de 9 de Abril de 1697, passada pelo Capitão mór
Francisco da Silva Magalhães. Filho do Capitão mór Gabriel de Lara, casado em
Curityba com Antonia Luiz Demarins, filha de Antonio da
5.o Coronel D. João Matheas Pereira. Matta e sua mulher Maria de Pinha.
foi promovido a Sargento mór da comarca de Para-
Foi Capitão de ordenanças de Paranaguá, sendo a 1.0 naguá, pelos seus relevantes serviços e provada capacidade,
de Janeiro de 1698 promovido a coronel de ordenanças por patente de 29 de Fevereiro de 1728, passada na ci-
da Capitania, por patente passada pelo Capitão mór Fran- dade de S. Paulo pelo Governador Antonio da Silva Cal-
cisco da Silva Magalhães. deira Pimentel, e por já ter exercido na mesma villa os
cargos de Juiz ordinario, procurador da Camara e almo-
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tacé, havendo-se sempre com grande rectidão na adminis-
6. Sargento mór Manoel Gonçalves da Costa. tração da Justiça e grande zelo do Real serviço. Tendo
aportado a Paranaguá a 9 de Fevereiro de 1718 um navio cor-
Foi por patente de 7 de Outubro de 1727 do Ca- sario francez, sob o commando de M.er Bolaret, o capitão
pitão General Governador de S. Paulo, nomeadb sargento Antonio de Lara armou uma sumaca sua e com gente de
mór de Curityb~. Serviu até 1730, quando se ausentou seu mando, offerecendo-se para fazer o aprisionamento do
p~r ter de segmr para as minas de Goyaz. Em seu lugar commandante e officiaes do corsario, o que realizou com
foi nomeado Manoel Rodrigues da Motta. intrepidez e resolução firme. O navio corsario bateu em
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uma pedra e foi ao fundo, proximo á Ilha da <;=otinga. 11.0 Mestre de Campo Agostinho Delgado de Arouche.
Exerceu tambem os cargos da Governança de Cuntyba.
Justificou sua nobreza em S. Paulo, a 2 de Agosto de
9.o Tenente Coronel Manoel Rodrigues da Moita. 1793, e provou sec Mestre de Campo da Legião Auxiliar
de Parai1aguã.
foi o Commandante militar de Curityba e seu dis- li(
tricto na mesma epoca em que o Coronel Anastacio .d.e F_rei- Regimen administrativo municipal
tas Trancoso era o Commandante e Governador militar~da
Capitania de Paranaguá. Promovido a Sargento mór por l - A admiraistração do município era, no começo do
patente de 8 de Outubro de 1732, passada pelo Conde de seculo XVI1, composta de:
Sarzedas. dous Juizes ordinarios,
Em 20 de Março de 1734, por esse motivo, passou tres Vereadores,
revista de mostra nas forças de seu commando. dous Almotacés,
Natural de S. Gonçalo de Amarantes, era casado com um Escrivão da Camara
Helena Rodrigues Coutinho. . . Alem disso havia officiaes de ordenanças, conforme
foi vulto de destaque. Em 1719 foi nomeado a1u- fossem precisos.
dante do seu regimento, cargo que recusou aceitar, alle- As villas, em geral, tinham um capirao com sua com-
gando isenção, por ser escrivão da Bulia da Santa Cru- panhia, e sendo eHas com mais de 100 homens em idade
zada, sendo no entanto obrigado a aceitaf-o. Em 1728 militar, haveria mais de uma companhia e um sargento
seguiu de Curityba como Capitão da bandeira encarregada mór. As capitanias tinham seus capitães móres com ju-
de abrir a estrada para Laguna. Custeou os gastos da ex- risdicção em mais de um município ou villa. Esses, até
pedição com seus recursos e abriu o caminho que se de- 1711, data em que as capitanias de S. Vicente e S. Amaro
nominou «estrada do Motta». foram incorporados á Corôa, eram Logares-Tenentes dos
Por seus relevantes serviços foi nomeado a 2 de Ju- donatarios e pelas procurações que delles recebiam, gover·
lho de 1731, Superintendente do Registro do gado de navam os povos, quasi que discricionariamente.
Curityba.
2 - De 1711 em diante os Capitães móres passaram
foi o fundador e protector da Capella de N. S. do a governar as villas com poderes muito restrictos. Militar-
Terço.
mente havia os governadores militares, com patentes de
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10. Sargento mór André Gonçalves Pinheiro. coronel, possuindo jurisdicção militar sobre muitas villas.
Esses postos foram depois substituídos pelos de Mestres
Exerceu os postos da escala militar até o de Mestre de Campos, que lhes eram equivalentes.
de Campo, da Legião Auxiliar de Paranaguá, cargo que 3 - Os vereadores, legítimos representantes do povo
correspondia ao de Capitão de ordenanças. ~o município, levavam em grande conta as prerogativas
Foi vulto de alto conceito. Nomeado Capitão mór de mherentes a seus cargos, delles se sentiam honrados e ze-
Paranaguá por patente de 17 de Setembro de 1717, do losos de seus direitos e deveres.
Governador do Rio de Janeiro, confirmada por Carta Re- Não admittiam que outras autoridades usurpassem os
gia de 15 de Outubro de 1718, nesse cargo se manteve seus privilegias. Constantes eram as Judas mantidas entre
até 1731, a despeito do seu caracter triennal. Foi Prove- os camaristas e outras autoridades civis, judiciaes, militares
dor dos Quintos reaes de Paranaguá. e ecclesiasticas, por conflictos de jurisdicção, muitas vezes
sobre factos de mínima importancia.
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ZeIosos de seu S mell.ndres1 mantiveram
•
conflictos
s p 1 com
ro rios Governadores Oeraes. Assim, em . . au o, a mais officiaes, de Paranaguá e Curityba, da forma se-
~~ ~e )ulho de 1703, tendo o Governador convidado os guinte:
ff . .
o I c1aes a d Camara para
1 em sua
•
casa, tratarem
1 t de
1 Ca as- Villa de Paranaguá:
sum tos publicos, foi desobedec1d~ forma men e p_e a -
mara,P que vm . 0 seu ado appOiado pelo Ouvidor da Juízes ordinarios, cada um . . . . 12$000
O mais velho por ser de Orphãos . 20$000
Comarca. · Governa Escrivão de tado . .
As Camaras muitas v~~es que1~a.varn-se ªº? . - 80$000
dores contra autoridades militares, c1v1s e ec<:les1asti_cas e a Alcaide e Carcereiro . 30$000
EI-Rei contra os proprios Governadores e V1c~ Reis. _Es- Villa de Curityba:
sas queixas quasi sempre eram tomadas na devida cons1de:
ração e os offensores castigados, mesmo com excesso. S1 Juízes ordinarios que serviam de inqui-
os Governadores representavam as pessoas reaes, as Repu- ridores e contadores, cada um . . . 8$000
blicas (senados da Camara) representavam os povos dos Juiz mais velho por ser de Orphãos 8$000
municipios. . Escrivão de tudo . . . . . . 40$000
Os homens da Oovernança julgavam-se ennobrec1~os Alcaide e Carcereiro . . . . 15$000
com os lugares que exerciam, e nas suas pretenções faziam
valer as suas nobres qualidades. . . IV
4 - O Senado da Camara, quando mcorpora?o ~ss_1s-
tia a alguma solemnidade ~eligiosa, ~inha na egre1a dire1to Organização militar.
á primasia nos duetos de mc~n~o, am?~ que presentes se
achassem altas autoridades c1v1s e militares. Se aconte- 1 - Em I 730 havia na Capitania de Paranaguá dez
cia negarem-lhe essa honraria, po~ implicancia do clero ou companhias do regimento de milicia auxiliar, composta cada
lisonja ás autoridades, o Senado 1.n~an~velment~ protesta\,:a qual de um Capitão, um Tenente e 6~ praças. ~omman-
e retirava-se do templo, sem assistir a solemmdade. Di- dava o regimento o Coro~~) Anastac10 de Freitas T;an-
versos exemplos desses existem nos annaes das Camaras cozo que tinha por aux1hares quatro Sargentos moi:es,
Municipaes de Curityba e Paranaguá. com~andantes dos terços da milicia Essas 1O.companhias
5 - A installação dos municipios de Paranaguá e de eram assim distribuídas:
Curityba, com as posses de suas primeiras autoridades res- Curityba e seu termo, 3 companhias, . .:'endo uma _de
pectivas, datadas, successivamente, de 7 de Janeiro de 1649 solteiros esta sob o commando do Capitão Pedro D1as
e 29 de Março de 1693, marcam o inicio de uma phase Cortes, ~ommandadas pelo Sargento mór Manoel Rodrigues
mais nítida de liberdade e de justiça para o povo do da Motta.
Paraná. Paranaguá, 3 companhias, commandadas pelo Sarg~nto
Estabeleceu-se, sobre estas datas historicas, o anteparo mór das barras Antonio Rodrigues de Lara, com obriga-
entre a prepotencia do tyranno e o soffrimento do povo in- ção de fiscalizar as embarcações que demandavam o porto.
defezo e sem tranquillidade. Dahi em diante a interven- lguape e Cananéa, duas companhias de milici~, cada
ção, sempre proficua, dos homens do Senado da Camara qual, com seus officiaes e respectivos sargentos moi:es..
amaciava as asperezas do poderio despotico. Mais tarde, os postos de coronel foram subst~tmdos
6 - Em carta regia de 21 de Maio de 1722 foram pelos de Mestre de Campo, que áquelles correspondiam na
fixados os vencimentos annuaes dos Juízes ordinarios e hierarchia militar.
Os regimentos de milícia passaram a denominar-se
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b
q
tro capitulo, eis que se apresenta Eliodoro
d'Ebano, General da Armada das Canôas de
guerra das costas do sul, (titulo que corres-
! pondia ao de Commandante) e officia ao
4 Capitão-mór, nos termos que se seguem, em
data de 4 de Março de 1649:
«Eliodoro d'Ebano, General da Armada
das Canôas de Guerra, desta costa e mar do
sul. De ordem do Administrador Geral das minas, o Go-
vernador Duarte Corrêa Vasquez-Annes, por Sua Mages-
tade, que Deus guarde.
«faço saber ao Capitão-mór desta Villa de Nossa Se-
nhora do Rosario, e aos Officiaes da Camara d'ella que
por serviço de Sua Magestade se me encarregou o exame
e entabolamento das minas, que descobrirão, e das mais
que se descobrirem assim neste Districto, como em qual-
quer outro das Capitanias do Sul, para cujo fim se me
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ordenou requísítasse as necessarias deligencias, todo o cui-
dado e importação da Real Fazenda de Sua M~gestade e dor das minas, e ao Thesoureiro d'ellas, que logo que lhe
augmento de seus quintos reaes, e commum pata se con- for apresentado este meu mandado, entregue ao Ajudante
seguir o serviço de todos e não haver no emtanto perturba- João Rodrigues Morales todo o Ouro dos quintos que
ção em contas, nem desvio, antes p~ra melhor obrar, se houver procedido, do que se tirou das minas; esteja no
deve acudir a obrigação de bons mm1stros, e va~sallos com Cofre da Caixa delles, pertencente a Sua Magestade, que
todo o fervor e ajuda pelo que ordeno, e requeiro_ ~a parte foi servido, concedello á Rainha Nossa Senhora; a quem
de Sua Magestade e aos ditos Capitão-mór, e Offic1aes ~a pertendo leva-lo na minha companhia, na armada em que
Camara dêm ajuda e favor . : ... ·. tudo o que por di- estou embarcado, e como o conhecimento feito pelo Escri-
reito lhe fôr pedido para o dito effe1to, e ~ependente das vão das minas, ou a que fôr dos quintos na Capitania de
ditas minas, tambem porque co~forme o regimento Paranaguá, mandará pelo Ajudante João Rodrigues1 para
destacamentos da fazenda, e qumtos reaes . . . . . e man- ser levado em conta do Thesoureiro ...... a Thomé
damos ao Administrador das minas Governador Duarte Pereira, Provedor da fazenda Real nesta Capitania do Rio
Corrêa Vasquez-Annes amostras de outro da mesma con- de Janeiro para o remetter á Rainha Nossa Senhora, a quem
sideração ...... que havendo minas nesta terr~ e inten- pertence o dito ouro; dito conhecimento, servirá de des~
tem os inimigos evadila que a Camara requeira a Sua carga ao dito Thesoureiro e ao Capitão Eliodoro d'Ebano,
Magestade faça ordenar a sua defesa e que o Capitão da de quem espero lhe dê todo o devido comprimento, com
Ordenança com o mais que necessario fôr ponha este summa brevidade pelo pedir a urgencia com que a Ar-
porto e barra com a necessaria precaução . . . : . .» mada está para partir deste porto, onde vae com segurança
- Este Officio de Eliodoro d'Ebano a Gabnel de Lara o dito rendimento das minas.
foi copiado pelo infatigavel historiador Antonio Vieira ~os «Passado no Rio de Janeiro sob meu signal e sinete
Santos, do proprio original, já em grande parte destrmdo de minhas armas, aos 5 de Maio de 1652 (assignado) Sal-
pela acção do tempo, e corroido pelas traças, e constam vador Corrêa de Sá e Benavides. »
de suas «Memorias historicas» de Paranaguá, base sobre a Nasceu em 1594, sendo em 1634 nomeado Vice~Al-
qual assentam, os trabalhos dos nossos historiadores sobre mirante da costa e mares do sul.
factos paranaenses. Em 21 de fevereiro de 1637 foi nomeado Governa-
A elle devemos ainda o conhecimento do importante dor e Capitão general do Rio de Janeiro, onde ne::ise mes-
Officio infra, em que Salvador Corrêa de Sá e Benavides, mo anno se casou.
Governador do Rio de Janeiro, dá instrucções a Eliodoro Depois em 1640, veio a Santos e S. Vicente onde
d'Ebano relativamente á sua missão: examinou minas, explorou rios, cujos cursos estudou; tra-
...... «Salvador Corrêa de Sá e Benavides, Senhor tou do desenvolvimento pratico da riqueza do Sul. Se-
da Villa de ...... Commendador das Commendas de guiu para a Europa onde apresentou a El-Rey D. João IV,
São Sebastião da Lagôa; e de S. João de Cassia, Alcaide as noticias que obtivera a respeito da existencia de minas
mór da Cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro, do auríferas na Capitania de S. Paulo, e os mappas das loca-
Conselho de Guerra; e partes marítimas, superintendente e lidades em que se persuadia ser encontradas. Complica-
Administrador Geral das minas neste Estado por Sua Ma- ções políticas com a Hollanda, que se havia apossado de
gestade etc.
Loanda e Benguela na Africa, obrigaram a EI-Rey a des-
« -· lv!ando .ª? Capitão Eliodoro d'Ebano, que com pachar Benavides para o Rio de Janeiro com a missão de,
P?deres esta ad~1111strando. as minas de ouro da Capita- com elementos ahi reunidos, tratar de restituir á Corôa
ma de Paranagua e das mmas desta repartição, ao Prove- portugueza os seus domínios na Africa.
Salvador Corrêa, assumindo pela segunda vez o lugar
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de Governador do Rio de Janeiro, reu~i~ forç~ sufficiente, ha as referencias feitas a sua passagem por Iguape no an-
e em sua armada, partiu para os domm1os afncan~s a 13 no de 1654, pelo que alguns historiadores o dão como
de Maio de 1648, d'onde voltou c?~erto de glonas das fundador da povoação, ao passo que outros remontam
victorias colhidas e de títulos hononf1cos, em 1651, quando esse povoamento a 1567, se~undo uns, a 1579 segundo ou-
reassumia o Governo do Rio de Janeiro, que administrou tros, e a 1611 segundo vanos outros, no dizer de Aze-
até 1653, quando novamente partia para Lisbôa, d'onde só vedo Marques nos seus preciosos «Apontamentos histori-
regressou ao Brasil a 17 de Setembro de 1658, sen~o pela cos da Província de S. Paulo».
terceira vez nomeado Governador do Sul do Brasil, com A~~ra ai~da vem con:oborar essa verdade a publica-
séde no Rio de Janeiro (porem já sujeito ao Governo do ção official feita pela Prefeitura Municipal de S. Paulo, das
Vice-Rei) conservando-se no governo até Novembro de adas da Camara da Villa de S. Paulo. No volume V
1661, e regressando então á Lisbôa, onde falleceu aos 94 sahido á luz da publicação em 1915, vêm as adas do~
annos de idade, a 1.0 de Janeiro de 1668. annos de 1640 a 1652; ahi, á pagina 389 se lê uma re-
Foi no segundo governo de Benavides, que se fun- presentação de Bartholomeu Fernandes de Faria, datada de
dou a villa de Paranaguá, para onde mandou elle grande 31 de Outubro de 1649, de que -
numero de trabalhadores para os serviços de descobertas «Avia algumas barretas de ouro que vinhão com a
nas minas do littoral.
marca de Sua Mage~tad~ que fôra posta em Pernaguá a
(Varões illustres do Brasil. - Pereira da Silva.) qual marca hera mais diferente da que avia nesta Villa na
2 - Não ha um unico indicio, da passagem de Elio- caza da fundissão que nel.la está e que pedia ao Juiz e
doro d'Ebano pelo planalto parananiano. vereador~s fossem ver as ditas marcas e vistas provessem
Não ha uma carta de sesmaria, ou qualquer outro na m~tena o que. lhe pa~essese justiça, e tãbem pello dito
documento official ou semi-official que denote, mesmo va- Capp1tam mor foi requendo que pello que convinha ao
gamente, a estada delle em Curityba ou em serra acima. serviço de sua magestade e. ao bem comum dos povos e
Este facto demonstra que, como Capitão de Canôas pelo que resulta ao donatano desta Cappitania e o S.or mar-
de. gu~rr~ que era, nunca se aventurou pelo interior do ques de ~ascaes que avizem a sua magestade o descaminho
Pa1z, limitando sua esphera de acção somente á costa ma- que na villa de pernaguá se fazem em o ouro que nella ha
rítima dos mares meridionaes da Capitania.
fundindo e fazendo barretas e marcando-o com sello real
Isto. posto, não ficará elle desmerecido por essa cir- como consta pellas que se virão e ha noticia vem da dita villa e
~umstan~1a. Prestou ?utros serviços que o recommendam
a postend~de; o ter sido ou não povoador e o descobri- tãbem avisem o Senhor governador geral e a duarte corea
dor de mmas, não lhe augmenta ou diminue o merito. vasqueanes acudão tãbem sobre o dito descaminho fogindo
3 -. Não. póde mais restar duvida alguma depois das da casa da moeda desta dita villa de que protestavam etc. »
recentes mveshgações nos archivos, e das publicações fei- Em vereança de 27 de Novembro de 1649, perante
tas. das a~tas das vereanças das Camaras Municipaes das a Camara, compareceu o Provedor das minas, Pascoal Af-
antigas V11las componentes das Capitanias de S. Vicente e fonso e ~eguereu e declarou que: - ,< a elle lhe tinha vin-
S. Amaro, que a passagem de Eliodoro d'Ebano em sua do a noticia em como na villa de pernaguá nas minas
missão de inspecção das minas dos mares do S~J occor- descobertas que vêo o cappitão gabriel de !ara registrar a
reu em 1649. 1 ca~a da moeda e quintos reais desta villa de são paullo
Alem da~ p~ovas dessa v~r~ade, já por nós apontadas as1ste e esta de morada - liodoro ebano - onde dizem
co?1 a tra~scnpçao do seu ofüc10 apresentado ao Capitão- que tem feito caza da fundição e quinta e manda marcar
mor Gabriel de Lara e datado de 4 de Março de 1649, o~ro por officiaes que para isso lá tem feito sendo que
nao tem ordem para o poder fazer e ser contra o regi-
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menta de sua magestade pello 9ue requeria aos ditos offí- ~ - Salvador Cor~ê~ de Sá e Benavides, foi nomeado
ciaes da camara da parte do dito senhor lhe desse_m to?a Supenntendente e Adm1mstrador geral das Minas do Es-
ajuda e favor e índios para irem em sua ~ompa~h1a a ?1ta tado d~ _Brasil e Almirante das armadas de guerra e par-
villa de pernaguá para onde está de partida a 1mped1r e tes mantimas do mes~o Estado e Africa do Sul. Duarte
atalhar ao dito - leodoro ebano - a que não va por Corrêa '{~squeannes f01 nomeado commandante e Gover-
diante com seu intento e outrosim requereo mais que lhe nad~r m1htar da Fortaleza de S. João da barra do Rio de
mandassem elles ditos officiaes da camara passar precatarias Janeiro.
ás justiças das villas de cananéa e de _rem~guá e bem as- . Achava-se Salvador Corrêa de Sá na campanha da
sim ao Cappitão gabriel de !ara, da dita vIITa ..... .. . Afnca em 1648, expulsando os Hollandezes que se haviam
lhe dê toda ajuda e favor necessaria para o dito e que apossado de Loanda, quando occorreu a vacancia do Go-
toda pessoa que tiver que quintar ouro o venha fazer a verno do Rio de Janeiro, já desmembrado do da Bahia
esta villa de são paullo aonde sua magestade tem casa de pelo que foi nomeado Governador o Commandante d~
moeda e quintos reaes ...... requereu mais em como Praça d~ S. João, Duarte Corrêa Vasqueannes, cujo Go-
as ditas minas de pernaguá adonde se quinta o dito ouro verno, si bem de pequena duração, por ter sido substitui-
e marqua está em porto de mar adonde tem o ini migo do por Salyador Corrêa de Sá e Benavides, que havia re-
ollandez noticia della lhe será mui fasil ir com seus na- gressado tnumphante das guerras na Africa em 1651 foi
vios e fazersse senhor dellas com o que dará muita perda 1
comtudo proveitoso. ao Brasil. Nessa época, voltou Vas-
a sua magestade e que acudissem a isso por se escusar qu~nnes a rea~sum1r o seu posto militar em S. João, as-
o mal que daqui podia result.,.r... » su~mdo Benav1des as .redeas do Governo do Rio de Ja-
foram expedidos os precatorios referidos e mandado neiro, q_ue comprehend1a as partes do Espirito Santo até
que lhe fossem fornecidos os índios necessarios a acom- os confins das possessões portuguezas dos mares do sul.
panharem-n'o na deligencia á Paranaguá. (Vol. V das refe- 6 - Por essa forma ficou o Brasil com dous Gover-
ridas adas da Camara de S. Paulo pag. 389 a 392.) nos: um ao Norte, com séde na Bahia e outro ao Sul
~ - A administração das Minas de Paranaguá, por com séde no Rio de Janeiro, sem que cbm isso houvess~
a~tondades no.meadas pelo Governo do Rio de Janeiro, solução de continuidade á dominação dos donatarios cujos
nao era bem vista pelo Governo de S. Paulo. Alem disso, direitos foram respeitados sempre. '
a competição de dominação por parte dos descendentes dos O ouro, porem, pertencia á Corôa e os Governado-
donata~ios das Capitanias de S. Vicente e de S. Amaro, res e ~9mini~tradores ~eraes se ~ncarr~gavam do regimem
respechvamente doadas em 1531 a Martim Affonso de e admm1straçao das mmas, sem mtervenção dos donatarios
Souza e a seu irmão Pedro Lopes de Souza, veio estabe- ou de seus Lagares-Tenentes e Procuradores.
lecer grande tumulto e confusão.
Al~umas v~zes, é certo, foram esses Lagares-Tenentes,
A revolução triumphante de 1640, que rebentou em que então exerciam as funcções de Capitão-mór, encarre-
Po~ugal, restabelecendo a sua independencia e pondo fi m g~dos pela Corôa da Provedoria das Minas, mas consti-
ao J~go castelhano (1580 a 1640), agitou fortemente o tu1a esse um encargo á parte de suas funcções proprias.
Brasil; os descendentes de Portugal procuraram hostilizar Salvador Corrêa de Sá e Benavides tendo noticia da
aos de Hespanha que dominavam nas Capitanias estabe- existencia de m_inas de ouro em S. Paulb, resolveu empre-
lecendo-se competições de mando. '
~ender uma viagem a Portugal no anno de 1643. Ahi
Por outro lado, . a Corôa lusitana, sempre ávida de mformo_u ª. EI-Rei e propoz o descobrimento das minas
o~ro, pro~uro~ orgam~ar o serviço da administração das da _Cap1tama. EI-Rei aceitou a proposta e offereceu-Ihe
mmas, ate entao descmdado pelos reis castelhanos.
o titulo de Marquez e 4000 cruzados annuaes, si ellas
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rendessem até 500.000 cruzados á Co~ôa; e 5°/o do prod_u- seus procuradores em missão especial Manoel de Lernos
cto de todo o ouro que dellas fosse retirado. (Memona h1s- Conde, João Maciel. Antão, Manoel Lopes e João Rodri-
torica de A V. Santos.) . . gues Ribeiro, g~e vieram de S. Paulo á Paranaguá, a to·
7 - Em 1655, o Capirao-mór e Ouvidor de S. V!- mar posse da Vrlla de Pararaaguá. Sendo f'eu.mido para taJ
cente Diogo Vaz de Escob~r, veiu tomar posse da Capi- fim o povo, este em sessão do Conselho de 5 de Março
tania de Paranaguá, em virtude da ~sc~ptura de Dote, de 1655, fez auto de posse que se deu ao Capitão-mór e
arras e obrigação que se passou em Lisboa, em 5 de Ja- Ouvidor Diogo Vaz Escobar, como Procurador do dito
neiro de 1654, - «nos aposentos de D. Affonso de Faro, Conde da Ilha do ~rincipe. Posse que a Camara deu pa·
estando presente Luiz Carneiro, Senhor da Ilha de S. He- dfica e sem con.tradtção.
lena, S. Antonio, e do Príncipe e Conde della e da outra Em 1656, o Marquez de Cascaes intentou repellir ao
parte D. Diogo de faro e Souza, filho de D. Sancho de Conde da Ilha do Príncipe do domínio da Capitania. Para
Faro e por isso herdeiros e successores de sua caza e isso separou o Termo de Paranaguá, das Capitanias de
Morgado de Vimieiro, e Alcoantre, e de D. Izabel da Cu- Jtanhaen e S. Vicent~ elevando-o a Capitania.
nha, sua mãe; e bem assim D. Affonso de Faro como 9 - Em vereança da Camara de Paranaguá de 15 de
Tutor de D. Marianna de Faro e Souza, sua irmã, e àe Maio de 1660, foi lavrado o auto de posse de Capit.ão-
seus sobrinhos menores e em seu nome e no de cada um mór, Ouvidor e Alcaide mór, a Gabriel de Lara, nomeado
d'elles e outros que estavam presentes o Dr. Pedro Paulo por O. Alvaro Pires de Castro e Souza - Marquez de
de Souza, Desembargador dos Aggravos e Caza da Sup- Cascaes, pelo direito que a este foi reconhecido ao domi-
plicação; e Dr. Francisco Ferreira Encerrabodes, Juiz de nio da Capitania de Paranaguá A Camara incorporada
Orphãos, da cidade de Lisbôa, e com o alvará de S. Ma- foi á casa de residencia de Gabriel de Lara onde lhe deu a
gestade de 17 de Setembro de 1651 que concede a O. dita posse, sendo elle investido das insignias de Capit.ão-mór.
Diogo de faro o poder dotar sua irmã D. Marianna de Esses factos deram legar ás reclamações dos Procu-
faro e Souza, que estava contractada a cazar com o Con- radores do Administrador da Casa da Moeda e officina de
de da Ilha do Príncipe, das l 00 leguas de terras que ti- fundição de S. Paulo, receiosos de descaminhos do ouro
nhão das Costas do Brasil, conforme a informação que das minas de Paranaguá, Cananéa e de outras Villas, sem
havia dado o Dezembargador Pedro Paulo de Souza e que se lembrarem que não estavam ellas sujeitas ás autorida-
tambem tem o Alvará de sua Mãe de supprimento da des das capitanias de S. Vicente e de S. Amaro, e sim ao
idade ~ara este dote e Cazamento e bens de trato que Governador do Rio de Janeiro.
vão adiante no translado da sua Capitania, de 100 leguas
de_ terras na Costa do Brasil do Dístricto do Rio de Ja- 10 - Até 1637 as povoações portuguezas só se es-
tendiam até Cananéa sendo despovoada toda a costa me-
neiro, q~e .he_ ~e C~pi~ania dita, Governador perpetuo, e a ridional do Brasil. Vejamos o testemunho dos historiado-
de sua 1unsd1çao, direitos e rendas, assim e damaneira que res contemporaneos a essa epoca:
te~ e lhe pertence e a Doação orça na avaliação dt: 20
mil crusados». · Diz Simão de Vasconcellos na sua «Chronica da Com-
panhia de Jesus » :
. Esta escriptura foi encontrada pelo historiographo Vi-
eira dos Santos, registrada nos livros do Conselho de Pa- «Do Rio de Janeiro, correndo avante 42 leguas, des-
ranaguá, já com lettra apagada e com palavras carcomidas. cobre-se a barra do rio S. Vicente. Está em altura de 24°
. . 8 - Em 25 de Fevereiro de 1655, na Camara Mu- grãos e meio, navega-se a ella Lesnordeste Oessudueste,
rnc1pal de Paranaguá, recebeu-se o Alvará que mandou reco- desde a Ilha Grande: E' porto capaz de todas as náos.
nhecer ao Conde da Ilha do Príncipe, representado por «Aqui se edificou a villa que hoje chamamos S. Vi-
cente, cabeça da Capitania de Martim Affonso de Souza
- f10 - - 111 -
«Divide-se esta da de S. Amaro (que fo! de seu _ir- nando a sahir com 17 navios que chegáram ao Brasil no
mão Pedro Lopes de Souza) ~edia;-Tte o esteiro da V(lla
Porto do Rio de Janeiro onde invernarão 6 mezes e meio,
de Sanos.t Ha nesta costa mm tas ilhasd de conta: 30 nos
• porque ainda que chegassem a 25 de Março, que em Hes-
de agllil.s puras, das melhores do mun o; por que vem
panha he a primavera, em estas partes he o principio do
muitos d'elles despenhados .de altas. se~as, P.or . entre es- inverno, em que se não pôde navegar para o estreito de
pessos arvoredos, se~p:e fnas.:. Aff1~mao os. mc!ios qu~ os Magalhães . . . . . . á 2 de Outubro, com 16 navios, dei-
mais dos rios d'este d1stndo, erao cop1osos e:11 mmer~es. -
ouro, prata, ferro, calaim e salitre, - até o no C.ananea - e xando um por inutil e tomando a derrota do estreito, que
dista este do de S. Vicente 30 leguas,. quas1 Nordeste está a 700 leguas d'este porto, chegaram ao Rio da Prat.a,
Sudoeste. Está em altura de 25° e me1<;>: E' ª?undante donde se levantou hum temporal de vento tão forte que
todo seu distrido de copiosas lagôas, e nos ferte1s de pe~- estiveram 22 dias mar em travéz, sem poder pôr um pal-
cado, e a terra de caça,. e de todo o genero de manti- mo de vellas e havendo-se perdido em vespera de S. An-
mento Brasilico. Tem grande bo:ca e d'ell.a pa_ra dentro dré, a náu d~ capitão Palomar com 236 pessôas, sem po-
uma formosa abra capaz de toda sorte de navios; e - dei-os remediar; aos 2 de Dezembro applacou alguma
até, aqui chegam hoj~ as po~oações dos P.ortuguezes. - couza o vento, e com accôrdo dos capitães e pilotos, tor-
«Do Rio Cananea ao Rio ela Prata, va.1 outra formo- nou Diogo Flôres atraz, buscando o porto pera reparar as
sa parte da terra do Brasil, com 200 leguas pela costa : . . náus, porque estavão 5 d'ellas abertas da tormenta e as
é povoada de índios Carijós, a melhor nação .d~ Brasil. mais em perigo de fazerem o mesmo. Foram a ilha de
«O Rio dos Patos fertillissimo e abundantíssimas suas S. Catharina, 300 Jeguas d'a11i - Q.a qual ainda que des-
terras e por isso req~estadas dos índios. Este rio fica povoada, por ser de portuguezes, que não sabem povoar,
sendo o termo do districto dos Carijós que, corre desde o nem aproveitar-se das terras que conquistão - he terra de
rio Cananéa, onde tem principio, e traz em guerras intes- muita agua, pescado, caça, lenha e outras couzas. . . . . .
tinas com os Ooyanás. » Refere-se ainda frei Vicente do Salvador, que ha « -
Frei Vicente do Salvador, em sua «Historia do Bra- muitos annos que voava fama de haver minas de ouro e
sil», narra que: . . outros metaes em a terra da Capitania de S. Vicente, que
- «EI-Rei Catholico fez aprestar contra corsanos m- EI-Rei D. João o 3. , doou a Martim Affonso de Souza,
0
glezes que crusavam o Atlantico, não só forças do Vizo (note-se bem, o autor refere-se claramente á Capitania de
Reinado do Perú, como da península Hiberica que, com Martim Affonso de Souza e não a de S. Amaro, doada na
23 náus de alto bordo, com 5000 homens de mar e guerra, mesma occasião a Pedro Lopes de Souza) e já por algu-
com petrechos para a fabrica de fortes, capazes para 300 mas partes voava com azas douradas, e havia mostras de
homens de guerra, e alguns povoadores para facilitar mais ouro, o que visto pelo Governador, D. Francisco de Sou-
sua conservação. Nomeou para general d'essa Armada a za, que avisou a Sua Magestade, offerecendo-se pera essa
Diogo Flores de Valdêz e por piloto mór a Antão Paulo empreza, e elle a encarregou, e mandou pera ficar gover-
Corso e a P~dro Sarmento por Governador dos fortes e nando a cidade da Bahia, a AI varo de Carvalho; o Go-
povoações. Sahiu de S. Lucas esta Armada a 25 de Se- vernador se partiu pera baixo em o mez de Outubro de
tembro de 1581, com tão máo tempo, pela pressa que o 1598 . . . . . . em poucos dias chegou á Capitania do
duque de Medina dava, que depois de 3 dias arribou com Espírito Santo, por lhe dizerem que havia metaes, na ser-
tormenta, á bahía de Cadiz, com perda de 3 navios, ha- ra de mestre Alvaro, e em outras partes, as tentou e man-
vendo-se afogado a maior parte da gente, e tão destroçada, dou cavar e fazer ensaios de que se tirou alguma prata.
que para reparar-se teve de deter-se mais de 40 dias, tor- <(Tambem mandou que fossem ás esmeraldas, a que já
da Bahia havia mandado por Diogo Martins Cão, e as
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tínha descobertas· fez um fórte pequeno de pedra e caf ...... e assim cesso1;1 o negocio_ das minas, posto que
em que pôs 2 p~ças de arti~haria, pera. defender ~ entrada não deixam. alguns particulares de 1r á ellas, cada vez que
da Villa e feito isto, se partm pera o Rio de Jane1r?, onde querem, a tirar ouro. »
foi recebido do Capitão Mór, que então era Francisco de 11 - D. Francisco de Souza falleceu no anno de
Mendonça, e do povo todo, com muito applauso, por ser 1610, por onde se vê que as investigações officiaes das
parte onde nunca vão os Governadores, ge~aes. .. . . . . . . minas da Capitania de S. Vicente, n'essa época apenas se
«Chegado que foi o Governador. a Sao, Vicente, fez achavam em inicio e não tiveram feliz resultado.
aprisionar uma náu hollandeza que allt aportára, . na qual
arrecadou mais de 100.000 cruzados, que appI1cou nas Quanto ás minas da Capitania de Paranaguá, por essa
despezas de su~ expedição. , De _S. Vicente passou ~ S. época, não eram ainda exploradas, pois, - as terras ao
Paulo, que é mais chegado as mmas . . . . . . . entretmha sul de Cananéa, se achavam despovoadas e habitadas ape-
o tempo que lhe restava do trabalho das mmas, que era nas pelos indios Carijós, até a Lagôa dos Patos, «por se-
mui grande, e - muito maior por não ser sempre de pro- rem pertencentes a portuguezes, que não sabiam povoar
veito, porque como é ouro de lavage, umas vezes_ se le- nem aproveitar-se das terras que conquistavam.»
vava pouco ou nenhum, mas outras se achava graos de 12 - Dos Annaes do Rio de Janeiro, manuscripto
pezo e de preço e de que elle enfiou um rosario, assim datado de 1663, tran::.cripto pelo Dr. Mello Moraes, no
como sahiam, redondos, quadrados ou cumpridos, que seu Brasil Historico, transladamos o seguinte:
mandou á Sua Magestade, com outras mostras de perolas, - «Logo que á Madrid chegou a certeza da morte
que se acharam no esparcél de Cananéa, e em outras par- de D. Francisco de Souza, foi despachado para succeder-
tes; mandando-lhe pedir provisão pera fazer descer gentio lhe, no lugar de Administrador Geral das tres Capitanias
do sertão, que trabalhasse n'esse misterio, a que lhe não - do Rio, S. Vicente e Espirita Santo - Salvador Cor-
deferiram por morrer n'esse tempo (1598) EI-Rei Philippe reia de Sá, por alvará de 4 de Novembro de 1613, com
0
1. que o havia enviado, e succeder seu filho Philippe 2.0 , ordenado de 600$000 por anno, que venceria desde o dia
que o mandou ir para o reino ...... e porque elle não que sahisse de Lisbôa, em virtude do alvará de 27 de
pediu mais que o marquezado de minas de S. Vicente, o Dezembro do mesmo anno, passando-se-lhe alvará para
tornou a mandar á ellas com o governo do Espirita San- averiguação das minas, do theor seguinte:
to, Rio de Janeiro e mais Capitanias do Sul, ficando nas
<, Eu EI-Rei, faço saber á vos Salvador Corrêa de Sá,
do Norte governando D. Diogo de Menezes.
«Trouxe D. Francisco comsigo seu filho D. Antonio fidalgo de minha casa, que por se me representar que na
de Souza, que tambem já cá havia estado, pera capitão Capitania de São Vicente ha minas de ouro e outras, que
mór da costa. beneficiando-se poderão ser de grande utilidade á minha
. «D. Francisco foi para as minas e D. Antonio para o fazenda e vassallos, encarreguei a D. Francisco de Souza,
Remo, com as amostras do ouro d'ellas, de que levou feita do meu conselho, da averiguação e beneficio d'ellas, em
uma ~ruz e uma espada, á sua Magestade, o que tudo os que não poude fazer cousa alguma de consideração, por
corsanos no mar o tomaram, nem o Governador teve lu- succeder fallecer em breve tempo; e por que pelos ditos
gar de m~ndar outra, com uma enfermidade grande que respeitas, e outros do meu serviço, convem muito - ave-
teve na vtlla d~ S. Paulo, da qual morreu, estando tão po- riguar-se a verdade e certeza d'ellas - confiando de vós
bre que me afftr':1ou um padre da Companhia, que se pela muita experiencia que tendes das cousas d'aquellas
achava com elle a sua morte, que nem vella tinha para lhe partes, e pelas muitas da vossa pessôa, verdade e zelo, que
metterem na mão, se não mandára levar do seu convento tendes do meu serviço, me servireis muito á minha satis-
fação, hei por bem de vos encarregar da averiguação,
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· do em vassa prudencia o modo que n'isto deveis
de1xan
parte do Sul na qual a muy bons portos esurgidouros
ter, etc.,? . . · S1 d C Como se mostra» (sic).
- Chegou com effe1to, ao ~10 de Jan~1ro, a va ~r. or-
. 1
re1a e env ·ou a' seu filho Martim Correia por
·- d td Admm1stra-
dor' das minas de S. Paulo, por prov1sao ª.ª. a n~ mes- li
R . de20de Julho de 1615; nesta admm1straçao per-
mo 10,
maneceu ate, 0 anno de 1621 ' em CUJO
· t
, empo
lh
e succe-
d
o Governador do Rio de Janeiro em visita as
deu seu irmão Gonçalo Correia de Sa, e a este succe eu minas de Paranaguá.
em 1624, Manoel João Branco, com o mesmo c~racter de
Administrador das minas de S. Paulo e Supenntendente 1 - Salvador Corrêa de Sá e Benavides, Governador
dos índios das aldeias do real pad~oado, o qual ~xe:cendo do Rio de Janeiro, deseja~do averiguar dos motiv?s. do
0 seu ministerio, concedeu datas mmeraes ~os mineiros de pouco rendimento das minas, emprehendeu penos1ss1ma
Santa Fé a Pedro da Silva e Gaspar Sardinha, que lhas 1 viagem, e a 30 de Novembro de 1660 aportou a Para-
pediram por não terem mais em que trabalhar nas que 11aguá.
tinham sido facultadas. «Impressionava-o o p~u~o res~ltado ~ellas e talvez
Naquelle tempo fez EI,-~ei me;cê aos povo: das ter- que a sua presença em Visita de m.specç~o podesse d~r
ras mineraes, para as benef1c1arem a sua custa, cont~ntan- algum resultado pratico. ~ Demora~a foi s~a mspecção, pois
do-se que lhe pagassem o quinto do ou~o que extrah1ssem, não queria voltar ao Rio, «sem fmdar o mtento, para com
e lhe deu novo regimento de terras mmeraes, de 18 de o desenaano della fazer aviso a Sua Magestade», confor-
Agosto de 161.2. . . _ , me decl~rou em carta de 10 de Abril de 1661 , em que
Esta prov1denc1a era adm1ravel, nao so porque pou- relatava essa viagem e as graves occurrencias havidas· em
pava a real fazenda mui grandes despezas, como porque sua ausencia no Rio de Janeiro, com o levante do povo
animava aos vassallos a se entregarem a novos e impor- e deposição das autoridades constituidas, cujo epilogo foi
tantes descobrimentos, tendo mostrado a experien~ia que a morte no pelourinho do chefe da revolta, Jeronymo
nunca foi util ao interesse da real fazenda o minerar-se Barbalho.
por conta do Rei; e ainda que no ~empo ~os referidos Agostinho Barboza Bezerra foi, por provisão Regia de
administradores não produzirão as mmas os mter~ss~s que 7 de Setembro de 1663, nomeado administrador d~s mi-
erão de desejar, nem apparecerão descobertas, CUJa 1mpor- nas de Paranaguá e das serras das Esmeraldas e, ªJ~dado
tancia engrossasse os direitos da real fazenda e o in~eresse pelos paulistas nas descobertas dessas pedras, arroiou-se
dos povos: elles comtudo se manifestarão na sene dos pelos sertões do Espirita Santo, onde falleceu em 1667,
tempos.. ... .. )} sem ter assumido o seu lagar em Paranaguá.
Pela Collectanea de Mappas da Cartographia Paulista 2 - Ao provedor Matheus de Leão succedeu o Ca-
antiga, reproduzida da Collecção do Muzeu Paulista, pu- pitão-mór Diogo Vaz Escobar, que accumulou as ~uas
blicada por occasião da commemoração do primeiro cen- funcções, visto como «pelo precario res~ltado das M1~as
tenario da Independencia Nacional se vê um mappa da- de Paranaguá que nada ou pouco produ~1am », ~s- htncç_oes
tado de 1612, com as seguintes legendas: «Copia do de provedor foram exercidas pelos prop~1os Cap1taes-mores
mappa de fls. 4 do Livro Qve. Da Rezão Do Estado Do até o anno de 1670. Por morte de Diogo Vaz Escobar,
Brasil. Feito em 1612» (sic). - «Descripção da Costa q' occorrida em 1656 succedeu-lhe Matheus Vaz e a este o
vai do Rio de Janeiro atê o Porto de São Vicente que he Capitão-mór Thom~z Fernandes de Oliveira, que teve por
aultima povoação que temos na Costa do Brasil pera a seu successor o Capitão Manoel de Lemos Conde, no-
meado provedor por provisão de 26 de Março de 1674.
116 - 117 -
Ili á fazenda Real, desaveio-se com os poderosos da terra
que, machinando a sua ruína, o depuzeram do cargo e ~
As Minas de Prata de Paranaguá. prenderam, com ameaças de morte. Pela inclusa Carta
Regia, q~e copiai:nos em .1918 do pr_oprio original existente
1 - Manoel de Lemos Conde era, em 1656, Almo- no Arch1vo Publico Nacional do Rio de Janeiro, se verão
tacé da Camara de S. Paulo, eleito por 2 mezes, _como se as providencias tomadas a respeito:
verifica da acta de 4 de Novembro de 1656, publicada no Carta Regia de 19 de Março de 1676.
tomo annexo ao vol. VI das Adas da Camara. Foi Le- «Mathias da Cunha. - Eu o Príncipe vos envio
mos Conde o descobridor das minas de Paranaguá, do muito saudar. - Com esta vos mando remetter duas Car-
que deu conhecimento a EI-Rey e a D. Affonso Furtado tas minhas para Thomé de Souza Corrêa e Pedro de
de Mendonça, Governador Geral na Bahia. . Unhão de Castello Branco, ouvidor geral da Capitania para
A Carta Regia de 23 de Novembro de 1674, provi- que façais entregar a cada um delles, declarando ao Ou-
denciando a respeito, manda q!,le se forneçam as armas e vidor vá logo dar comprimento ao que lhe mando execu-
munições julgadas necessarias ao serviço e determina so- tar sobre ir a sua custa á Paranaguá repor o Administra-
bre o seu regular estabelecimento e entabolamento. O dor das Minas de Prata e aos officiaes que com excesso
Capitão-mór de S. Vicente, Agostinho de Figueiredo, rece- e contra minhas ordens tirou e prendeo, e me avisareis de
bendo ordem de ir á Paranaguá, como já o tinha feito em como se derão as cartas e se lhe fez assim executar.
1660, ahi já encontrou Lemos Conde, com seus filhos e « Escripta em Lix.a a 19 de Março de 1676. - Prín-
escravatura, em explorações com recursos de sua fazenda cipe. »
particular, e tal actividade e zelo, que o recommendou ao - O Ouvidor Geral Castello Branco fez immediatamente
Governador Geral. Este, por patente de 27 de Novem- cumprir a ordem regia, por meio de uma commissão, da
bro de 1684, passada na Bahia, o nomeou para o lugar qual fez parte o seu parente D. Rodrigo de Castello Bran-
de Provedor das Minas de ouro de Paranaguá, em reco- co e o Sargento-mór Antonio Affonso Vida!, aos quaes
nhecimento tambem pelos seus serviços na descoberta das foi tambem delegada a missão de averiguar desses acon-
minas de prata, no districto da villa. Lemos Conde rece-
beu tambem a seguinte Carta: tecimentos para narrar a El-Rey e o encargo de fiscalizar
as arrecadações dos quintos, de accordo com a denuncia
«Manoel de Lemos Conde. - Eu o Príncipe vos en- de Lemos Conde.
vio saudar. - Pelas vossas Cartas e pelas do Governador
do Estado, Affonso Furtado, se me fez presente o zelo D. Rodrigo percorreu todo o << hinterland» aurífero do
que tendes do meu serviço no descobrimento das minas Paraná, e por Carta Regia de 29 de Novembro de 1677
de prata de Paranaguá, e fico com lembrança para vos foi nomeado Administrador Geral das minas, com o en-
fazer as mercês que houver por bem, tendo effeito seu en- cargo de verificar as de prata de Paranaguá, sendo auto-
tabolamento e ao Governo do Estado mando escrever vos rizado a applicar parte do imposto de 200.000 crusados
deixe continua_r ~o exercício do cargo que tendes; man- lançados no Brasil para o ajuste de paz com a Hollanda
e Inglaterra
dan~o-vos assistir com ajuda de custo que parecer con-
v:mente em quanto ahi estiverdes nessa occupação. Lis- Em 1679 nomeou elte a Antonio de Lemos Conde,
boa, 30 de Novembro de 1674. Príncipe. Conde de Vai filho do descobridor da prata, Capitão-mór das gentes que
Reis. » deviam partir para a descoberta das minas.
. 2 - Procurando Lemos Conde pôr termo aos desca- 3 - Em 1680 achava-se O. Rodrigo em Curityba,
mmhos do ouro extrahido, cujos quintos não eram pagos e~aminando as minas da (( Campina de Botiatuva» - pro-
ximo ao Rio Passauna, tendo nesse mesmo anno exami-
- 118 - - 119 -
nado as minas de ltambé, depois do que ~e :ecolhe~ a S. ciaes consequencias e faltaçe com o castigo em um delito
Paulo. foi ajudado nts?a empresa pelo mme1ro pratico da dessa qualidade, porque a sua. imita~~ poderão outros
missão João Alves Coutmho. vassallos romper em out:os ~ais permc1osos; . neste caso
4 '_ Ao Provedor Manoel de Lemos Conde, succedeu o devereis fazer toda a del1genc1a porque se castigue os cul-
Ca itão-mór Gaspar Teixeira de Azevedo,. nomeado por pados como merecem suas culpas, obrando sempre nesse
at~nte de 4 de Outubro de 1690, confirmada a 12 de particular com aquella cautella e prudencia que entender-
~evereiro de 1691, pelo Provedor Geral da f ~z~nda Re~I, des he conveniente.
Domingos Pereira Fontes. Contra Gaspar T~1xe1ra tnam- «Escripto em Lisbôa, a 20 de Outubro de 1698. -
festaram-se ainda os interessados pelo descammho do ouro. Rey. '> . , .
Veio elle a soffrer as mesmas accusações que soffre:a seu 'l Para o Governador Capitão-mor General do Rio de
antecessor. Sup~unham aguelles que o fan~m amemz~r as Janeiro. »
medidas de rigor estabelecidas na .arrecadaç~o dos qumtos 6 - A tarefa commettida a D. Rodrigo, de descobrir
por Lemos Conde.. _Não consegumdo seu mtento, plane- minas de ouro em ParanagtJ.á tivera máu exito, pois, alem
jaram a sua depos1çao. . . de não dar incremento algum á real fazenda, foi a sua
5 - Gaspar Teixeira mandou, em Abnl de 1697, abnr administração feita com enorme dispendio do real erario.
uma devassa contra os descaminhadores do ouro, fazendo Era D. Rodrigo natural da Hespanha, e fôra nomea-
assim chegar o fogo ao rastilho da .-,alvora. A sua depo- do Administrador Geral das Minas da Serra do Sabara-
sição e prisão não se fizeram esperar. buçu (hoje Sabará - Estado de Minas), de Tabaiana, nos
A Carta Regia infra elucida o assumpto: sertões da Bahia, e das de Paranaguá, com o ordenado
«Arthur de Sá e Menezes. annual de 600$000, e o titulo de fidalgo da casa real. Da
«Amigo. Bahia sahiu D. Rodrigo acompanhado do Capitão Jorge
«Eu, EI-Rey, vos envio mt.o saudar. Vio-se a vossa Soares de Macedo (mais tarde Governador da praça de
Carta de 28 de Maio deste anno, em resposta a que se Santos), com uma companhia de 30 so~dados de sua guar-
nos havia escripto sobre os culpados na devassa que Gas- da, que já o havia acompanhad.o aos sertoes do sul, ~ do Ca-
par Teixeira de Azevedo, como Provedor das minas de pitão Manoel de Souza Pereira, tomando no Rio de Ja-
Paranaguá, havia tirado dos descaminhos dos quintos do neiro mais 20 homens.
ouro das minas novamente descobertas em S. Paulo, o ha- Em Santos fez o Capitão Jorge Soares ?ubir as.- P~u.,
verem tomado contra elle armas e pondo-o em cerco com lo afim de obter recursos, e esse, com mais 200 md1os
grande risco · da sua vida e suposto insinueis tínheis man- g~erreiros, que levou de reforço, seguiu em direcção ª?
dado restituir assim no Posto de Capitão-mór, como sul, levando como Capitão-mór dessa .gente a Braz Rodn-
dito cargo de Provedor das minas, por achar ser bem pro- ges de Arzão e a Antonio Affonso V1dal como Sargento-
cedido, e sem razão expulso e que no tirante aos culpa- mór.
dos na devassa dos descaminhos ellegereis meyo com que 7 - Em Março de 1678, embarcaram os homen? dé!.
eu ficasse mais bem servido, quando passardes aquellas expedição, em sete embarcações, as quaes logo ao sah1rem
partes. de Santos, tiveram de arribar ao porto, p~las torment~s- e
«Me parece dizer-vos que a ordem que se vos man- ventos contrarias que encontraram. Refe1~a a exped~çao,
dou não respeitava só a culpa que cometterão os Paulis- seguiu viagem em direcção ao sertão do Rto S. fr~n.c1s<:_o,
tas no_ descaminho do ouro; mas tambem a que fizerã.o d'ahi até a Ilha de Santa Catharina, onde por sohc1taçao
e~ pnvarem do seu posto de Capitão~mór a Gaspar Te1- do Governador do Rio de Janeiro, D. Manoel Lobo, que
xe1ra, e como esta seja materia grave e de mui prejudi- se achava na Ilha de S. Gabriel, fortificando a povoação
- 120 121 -
da Colonia do Sacramento, embarcou sua força, que foi da força com que D. Rodrigo tinha de entrar para o ser-
reforçar a Colonia, seriamente ameaçada _pelos Castel~a~os, tão em descoberta das Minas.
deixando na guarnição em Santa Cathanna os 200 md1os.
Ao passo que essas peripecias se davam com a co- IV
lumna de Jorge Soares de Macedo, a de D. Rodrigo se-
guia de Santos par~ Paranag:uá ~or terra, sem que, apesar Officina de fundição de ouro.
de grandes dispend10~ de ~mhe1ro, nada adeantasse n~
descobrimento das mmas, visto que as de Peruna e I!ambe 1 - Em 7 de Setembro de 1702 foram creadas diversas
foram descobertas, a primeira pelo qtpitão-mór Oab.nel de Casas de moedas e Officinas de fundição do ouro no Bra-
Lara, e a segunda por João de ArauJO, am?OS paul~stas, e sil, sendo em Paranaguá creada uma Casa dos Quintos,
assim as de N. S. da Conceição da Cachoeira, prox1mas a onde era fundido o ouro em pó e em folhetas, formando-
Curityba, posteriormente a estas, em 1678 ou 1680, por se barras, que eram enviadas á Casa da Moeda do Rio de
Salvador Jorge Velho, tambem paulista. Todas estas des- Janeiro, que as amoedava
cobertas foram feitas sem despesas para a real fazenda. 2 - Em 1720 o Ouvidor Pardinho encontrou fecha-
Em 1680 voltou a S. Paulo D. Rodrigo, em busca das as officinas de fundição de Paranaguá, pelo que pro-
dos sertões das Esmeraldas, descobertos por Fernão Dias videnciou sobre a arrecadação dos cunhas, e nomeou a
Paes. (Pedro Taques - Nobiliarchia Paulistana.) Diogo da Paz Caria, para Provedor, e ao Capitão-mór
8 - D. Rodrigo nomeado nessa epoca administrador André Gonçalves Pinheiro, para Thesoureiro e para Escri-
geral das minas, partiu de S. Paulo com uma bandeira vão a Antonio Esteves freire, recommendando-lhes que
composta de 240 indios e tres companhias de paulistas a tratassem da arrecadação de algum ouro, ainda que pou-
caminho do Sumidouro, pelas noticias das descobertas das co, que se tirava das minas e lavras velhas».
esmeraldas de Fernão. Dias Paes. As noticias que cor- 3 - Em 1730 o Capitão-mór André Gonçalves Pi-
riam sobre D. Rodrigo eram más; acusavam-n'o de ar- nheiro, já Provedor das Minas, demonstrava a EI-Rey a
rogante e libertino, censurando a sua empafia e fidalguia. esperança de novas descobertas de ouro, esperanças que
A sua bandeira era composta de bohemios e devassas, que não foram confirmadas, tanto que o ouvidor Antonio dos
enchiam as selvas de scenas ruidosas de bebedeiras e Ias- Santos Soares, por Provisão de 1733, declarou - «livre a
civias, a que pagavam largo tributo as virgens selvagens. qualquer pessoa minerar nas cattas e faisqueiras velhas que
No Sumidouro, ou antes, no Rio das Velhas encon- houverem no termo e comarca de Paranaguá, visto se acha-
traram-se as bandeiras de D. Rodrigo com a de Manoel rem ellas abandonadas. )>
de Borba Gato, genro e herdeiro de Fernão Dias Paes Por Carta Regia de 16 de Novembro de 1734, O.
Leme, que obtivéra as honras de Governador das minas das João péde informações a respeito deste provimento ao
esmeraldas. H?uve pr~fia_da. disputa entre ambos, provo- Conde de Sarzedas, ordenando-lhe que ouça o Ouarda-
cada pelo co~fhcto de 1unsd1ção nas attribuições que cada mór das referidas minas.
qual . pretendia te: sobre as minas. No entrechoque D.
Ro~ngo cae fulmmado por um tiro certeiro de um parti-
dano de Borba Gato. Esse facto passou-se em meiado de V
Outubro de 1681.
C~nfo~me o Bando mandado publicar em S. Paulo e As Minas de Curityba.
n~s :na1s v11Ias da Capitania, foi concedido perdão aos
cnmmosos foragidos, que se apresentassem para fazer parte 1 - Salvador Jorge Velho, a 23 de Fevereiro de 1680,
segundo narra o saudoso e eminente Barão do Rio Bran-
- 120 121 -
da Colonia do Sacramento, embarcou sua força, que foi da força com que D. Rodrigo tinha de entrar para o ser-
reforçar a Colonia, seriamente ameaçada .Pelos Castel~a~os, tão em descoberta das Minas.
deixando na guarnição em Santa Cathanna os 200 md1os.
Ao passo que essas peripecias se davam com a co- IV
lumna de Jorge Soares de Macedo, a de D. Rodrigo se-
guia de Santos par~ Paranagyá ~or terra, sem que, apesar Officina de fundição de ouro.
de grandes dispend10~ de ~mhe1ro, nada adeantasse n~
descobrimento das mmas, visto que as de Peruna e Itambe 1 - Em 7 de Setembro de 1702 foram creadas diversas
foram descobertas, a primeira pelo qipitão-mór Oab_riel de Casas de moedas e Officinas de fundição do ouro no Bra-
Lara, e a segunda por João .de ArauJo, am~os paul(stas, e sil, sendo em Paranaguá creada uma Casa dos Quintos
assim as de N. S. da Conceição da Cachoe1ra, prox1mas a onde era fundido o ouro em pó e em folhetas, formando~
Curityba, posteriormente a estas, e1!1 16 78 ou 1680, por se barras, que eram enviadas á Casa da Moeda do Rio de
Salvador Jorge Velho, tambem paulista. Todas estas des- Janeiro, que as amoedava
cobertas foram feitas sem despesas para a real fazenda. 2 - Em 1720 o Ouvidor Pardinho encontrou fecha-
Em 1680 voltou a S. Paulo D. Rodrigo, em busca das as officinas de fundição de Paranaguá, pelo que pro-
dos sertões das Esmeraldas, descobertos por Fernão Dias videnciou sobre a arrecadação dos cunhas, e nomeou a
Paes. (Pedro Taques - Nobiliarchia Paulistana.) Diogo da Paz Caria, para Provedor, e ao Capitão-mór
8 - D. Rodrigo nomeado nessa epoca administrador André Gonçalves Pinheiro, para Thesoureiro e para Escri-
geral das minas, partiu de S. Paulo com uma bandeira vão a Antonio Esteves freire, recommendando-lhes que
composta de 240 índios e tres companhias de paulistas a ~tratassem da arrecadação de algum ouro, ainda que pou-
caminho do Sumidouro, pelas noticias das descobertas das co, que se tirava das minas e lavras velhas».
esmeraldas de Fernão. Dias Paes. As noticias que cor- 3 - Em 1730 o Capitão-mór André Gonçalves Pi-
riam sobre D. Rodrigo eram más; acusavam-n'o de ar- nheiro, já Provedor das Minas, demonstrava a EI-Rey a
rogante e libertino, censurando a sua empafia e fidalguia. esperança de novas descobertas de ouro, esperanças que
A sua bandeira era composta de bohemios e devassas, que não foram confirmadas, tanto que o ouvidor Antonio dos
enchiam as selvas de scenas ruidosas de bebedeiras e las- Santos Soares, por Provisão de 1733, declarou - «livre a
civias, a que pagavam largo tributo as virgens selvagens. qualquer pessoa minerar nas cattas e faisqueiras velhas que
No Sumidouro, ou antes, no Rio das Velhas encon- houverem no termo e comarca de Paranaguá, visto se acha-
traram-se as bandeiras de D. Rodrigo com a de Manoel rem ellas abandonadas. »
de Borba Gato, genro e herdeiro de Fernão Dias Paes Por Carta Regia de 16 de Novembro de 1734, D.
Leme, que obtivéra as honras de Governador das minas das João péde informações a respeito deste provimento ao
esmeraldas. H?uve pr~fia.da. disputa entre ambos, provo- Conde de Sarzedas, ordenando-lhe que ouça o Ouarda-
cada pelo co~f!Jcto de 1unsd1ção nas attribuições que cada mór das referidas minas.
qual . pretendia te: sobre as minas. No entrechoque O.
Ro~ngo cae fulminado por um tiro certeiro de um parti- V
dano de Borba Gato. Esse facto passou-se em meiado de
Outubro de 1681.
As Minas de Curityba.
C~nfo~me o Bando mandado publicar em S. Paulo e
n~s .mais vlllas da Capitania, foi concedido perdão aos
cnmmosos foragidos, que se apresentassem para fazer parte 1 - Salvador Jorge Velho, a 23 de Fevereiro de 1680,
segundo narra o saudoso e eminente Barão do Rio Bran-
- 122 123 -
co, em suas - Ephemerides Bra?il~ir!s - desc?briu as colastica com Manoel Corrêa de Castro, por escriptura pu-
Minas de Ouro de lavagem, no R1be1ra<?, ~m Cuntyba. blica prometteu dar a seu genro, no prazo de um anno
Em 1708 o Capitão-mór Gaspar Teixeira de Azevedo do casamento, mil oit~vas de ouro, como dote nupcial, im-
nomeou a seu filho Domingos Teixeira de Azevedo, - o portancia essa que s~na levada a ,conta de sua terça. Só-
pai de frei Gaspar da Madre de D_eus - , para G_uarda-mór mente em 25 de Maio de 1725 e que se poude desobri-
das Minas de Curityba1 p~r possmr ell~ as qualida~es ne- gar desse compromisso. Em _1739 era elle associado ao
cessarias e ter a expenencia de tal mister, adquenda nas Capitão Pedro de Carvalho Pmto, na exploração de ouro
minas de Cataguazes. . . do Arraial Grande ,> , no Ribeirão.
O Capitão Manoel Gonçalves Carreira possu1a, em 3 - O Guarda-mór, Francisco Martins Lustoza, o in-
1720, as lavras de Uvaporanduva e as de Canguiry. tirnorato sertanista que descobriu as minas de S. Anna de
O Padre Dr. José Rodrigues de França e Paulo da Sapucahy, no seculo XVIII, e que com tanta energia se
Rocha Dantas, obtiveram, em 1743, a concessão de terras portou nas lutas de demarcação de Fronteira na Serra de
mineraes no veio novo descoberto no Ribeirão de Arassa- Mantiqueira, limites de S. Paulo com Minas Geraes, ao
tuba, districto de Curityba, e a exploração do serviço de retirar-se para o Paraná, onde prestou tão assignalados ser-
Aguas a talho aberto, da cachoeira grande até a segunda viços, ao mando do Tenente-Coronel Affonso Botelho de
cachoeira.
Sampaio e Souza, sahiu de Sapucahy a dever a Lourenço
Igual direito foi concedido em partilha a todos os Ribeiro de Brito quantia superior a 3000 oitavas de ouro.
mineiros que se achavam presentes.
No período comprehendido entre 4 de Agosto de 1742 a
O Capitão-mór João Rodrigues de França possuía, em 23 de Setembro de 1744, conforme os seis recibos pas-
1712, lavras de ouro em S. José dos Pinhaes, d'onde re-
metteu amostras a EI-Rey. sados por seu credor e transcriptos no Livro de notas do
Tabellionato de Curityba, hoje a cargo do Snr. Manoel José
2 - As lavras do Arrayal Grande foram vendidas em
13 de Setembro de 1729 pelo Capitão João Carvalho de
Gonçalves,3 effectuou o pagamento dessa divida n'um total
de 3000 / .,, de oitavas de ouro.
Assumpção aos Padres, irmãos, Christovão de Oliveira e
Estevão de Oliveira Rosa, com os seus serviços de aguas São essas as maiores quantias de ouro em mãos de
e terras mineraes. particulares, de que temos noticia.
As minas do «Arrayal Grande», , Botiatuva,, e Morro
Azul » pertenciam _em 1741 a Balthazar Vellozo e Silva, Gaspar VI
Carrasco dos Reis, Salvador de Albuquerque e José de
Souto, sendo que este. ultimo vendeu sua parte a Salvador As minas de Morretes
de Albuquerq':e e Fab1a~o de Azevedo, que associaram as
su1:.s exploraçoes Sebastião dos Santos Pereira e Miguel l - A mais antiga sesmaria do Cubatão de Marretes,
Gonçalves de Lima. Este ultimo vendeu em 1753 a sua de que nos dá noticia o benemerito historiador Antonio
parte ao Capitão Gaspar Gonçalves de Moraes. Vieira dos Santos em sua preciosa - «Memoria historica
Os negocios não lhes correram folgadamente, pois que da Villa de Marretes e do Porto Real ou Porto de Cima»- ,
~oda? morrera~ pobres e de seus inventarias não se poude infelizmente ainda inedita, foi a que Gabriel de Lara, na
mfenr prosperidade em ouro. qualidade de Capitão-mór e povoador da Capitania de Pa-
O Capitão. Antonio da Veiga foi o unico que de- ranaguá, passou a 11 de Outubro de 1665 ao Capitão
monstrou possmr ouro em abundancia, tanto que em 23 Manoel Dias Velho, no rio «Sambaqui », pelo Cubatão do
de Junho de 1719, estando para fazer casar sua filha Es- Porto do inferno acima, de meia legua, em quadra da qual
tomou posse por mandado do Juiz Doutor Sebastião Car-
- 124 - - 125 -
doso Sampaio; é provavel que nessa epocha. fossem essas cos e molhados, vendas de comestíveis e negocios de fa-
terras, já em parte povoadas, e talvez! o serv_1ço de explo- zendas, armarinhos e ferragens, o que demonstra a quan-
rações dos rios Cubatão, Marumby, no do Pinto e outros, tidade de moradores e trabalhadores existentes n'esse ar-
já se tivesse iniciado. . . raial, cujas minas eram as mais prosperas e lucrativas.
Se assim foi, não teve resultado prati :o, pois, só no Com a decadencia das minas foi a povoação do «Rio
meiado do seculo XVIII é que as minas de << Penajoia» flo- do Pinto » abandonada, resurgindo em seu lugar a de «Mar-
resceram, assim como as do «Arraial grande)) , << Pau ver- retes », entre os annos de 1769 a 1777. Em 1780 já nada
melho », «Uvaporanduva» e outras. mais existia no arraial, sinão tapéras em ruinas, e uma
O «Arraial grande» era situado no actual Municipio unica propriedade - a de Theodoro da Costa, que culti-
de Marretes, junto a povoação do «Rio do Pinto » do vava a terra.
Anhaya, tambem conhecida pelo nome de «Porto do Pa- Si bem que Marretes fosse povoada desde 1725 por
dre Veiga», onde foram demarcadas 300 braças de terras João de Almeida e sua família, composta de filhos e gen-
para rocio da futura Villa, em 2 de Novembro de 1733, ros que obtiveram concessões de terras, comtudo, só com
pelo Juiz ordinario de Paranaguá, João Mourato de Le- a decadencia do « Rio do Pinto » é que alcançou a sua
mos, Vereadores Manoel Moreira e Antonio João de Men- prosperidade e pouco tempo depois se tornou o maior
donça e Procurador do Conselho Miguel Alves Pedroso. emporio commercial do Paraná. João de Almeida ou João
Serviu de agrimensor Francisco de Araujo, - << experiente ae Chaves de Almeida era filho de Paulo de Anhaya Bi-
em agulhão » -, de que de tudo lavrou termo o tabell ião cudo e de lgnez de Chaves de Siqueira, naturaes de Itú ;
Gaspar Gonçalves de Moraes, servindo de escrivão da di- residiram em Paranaguá e quiçá em Marretes, dando por
ligencia. Nessa mesma occasião foram medidas outras 300 essa forma o seu nome a actual freguezia de S. Pedro do
braças em cada um dos portos de Marretes e Porto de Anhaya
Cim~, de acc~rdo com o provimento 106, deixado pelo Ignez de Chaves falleceu em Curityba aos 90 annos
Ouvidor Par_dmho, em Paranaguá, em 1721 afim de que de idade em 27 de Dezembro de 1744, já em estado de
as terras assim demarcadas para futuras povoações, se po- viuva de Paulo de Anhaya Bicudo. Em 18 de Agosto de
d~sse~ dar a pessoas que quizessem povoai-as, «por con- 1735 falleceu em Curityba um filho de Paulo de Anhaya,
vir n 1ss~ o bem commum e commercio ». Segundo o mes- sendo declarado no registro de obitos que este era natu-
mo provimento, todos os referidos Jogares (Marretes, Porto ral de Paranaguá
de Cima e Porto do Padre Veiga) « - estavam com suas João de Chaves de Almeida era casado com Barbara
terras devolutas e despovoadas » - .
Rodrigues da Cunha, dos quaes descendem entre outros, os
A povoação do «Rio do Pinto ,, ou << Porto do Padre filhos Paulo de Chaves de Almeida, que já em estado de
'(eiga», confinava a noroeste com o rio «Ouarumbi >, hoje viuvo de Leonor Moreira Paes, passou a segundas nu-
no «Marumby» e_ era .º porto de embarque e desembar- pcias em 20 de Abril de 1758, em Curítyba, oom Joanna
que das mercadorias vmdas ~e serra acima ou que sedes- Cardoso Esteves, filha de Salvad or Cardoso e sua mulher
tinavam ao planalto de Cuntyba e que transitavam pela
«Estrada do Arraial Grande». Maria Esteves e Francisco de Anhaya de Almeida, casado
com Maria Martins de Ramos que foram paes de Izabel
Ahi ficavam os armazens e depositas onde eram ar- de Chaves de Almeida, aisada em Curity~ a 12 de De-
~azenadas as. cargas a espera de transportes, quer as des-
tm~da~ a Cu_ntyba, por terra, quer as destinadas a Parana- zembro de 1759 com José da Veiga Oodoy, filho natura!
gua, via fluv1al e marítima. de Jeronymo da Veiga
No «Arraial grande» haviam varias armazens de sec- Este casamento de Paulo de Chaves de Almeida com
Joanna Cardoso Esteves, foi por nós encontrado no livro
- 126 - - 127
de assentamentos da Cathedral do Bispado de. Curityba; fazendo hua entra_da pomposa ao som de trompa e de
por elle se vê os ascend~ntes do cas_al como acima men- clarins; er~ poss?1dor .das grandes c~zas de sobrado que
cionamos. Do mesmo livro extrah1mos um casamento estão prox1mas a IgreJa de S. Bened1cto.
effectuado a 17 de Outubro de 1764 entr~ Antonia da «2.º - As do «Pantanal », lavras pertencentes ao Ca-
Costa Ferreira (filha de José da Costa. Ferreira e sua mu- pitão Manoel Correia Mathozo, dellas foi extrahido oiro
lher Maria de Assumpção, elle de Cuntyba e ella de ltú) muito fino e de hum subido quilate, este morava no lu-
com Paulo de Anhaya Bicudo, filho de João de Siqueira gar chamado Pau Vermel_ho, onde tinha seu estabelecimento.
Chaves, natural de ltú e sua mulher Joanna Garcia das «3.º - As da «Carioca», que pertenceram ao Capitão
Neves, natural de Curityba; neto pela parte paterna de Paulo de Antonio da Silva Braga, morador no Pau Vermelho, onde
Anhaya Bicudo e sua mulher Ignez de Chaves das Neves, tinha muita escravatura, mas afinal lhe foi a sorte adver-
neto pela parte matem~ de Guilherme Dias ~ sua mulher sa, morrendo-lhe a maior parte destes, veio a morrer po-
Maria das Neves. Tena Paulo de Anhaya Bicudo de seu bremente e cégo em 17 de Setembro de 1809; foi casado
matrimonio referido dous filhos com o nome de João? com D. Maria Pinheira dos Santos, filha de Affonso Ma-
Parece-nos que sim, pois um -: João de Chaves de Al- noel Domingos dos Santos, hua das principaes familias de
meida era casado com Barbara Rodrigues da Cunha, ao Paranaguá.
passo que João de Siqueira Chaves era casado com Joanna «4. - As do «Limoeiro », pertencentes a Luiz de Cha-
0
Garcia das Neves. ves, onde trabalhava com muita escravatura, situadas no ca-
Que os dous João eram filhos de Paulo de Anhaya minho da Estrada, por onde então se tranzitava para o
e Ignez de Chaves, não resta duvida; como tambem que Arraial.
João de Siqueira Chaves como João de Chaves de Almei- «5. - As do «Pau Vermelho ~, pertencentes a Do-
0
da tiveram filhos com o nome de Paulo, não resta duvida. mingos Botelho que nas mesmas trabalhava com seus
Si ha engano, é de quem fez o registro do casamento d onde1
Escravos.
copiamos os dados acima referidos. 0
«6. - Diversas lavras no mesmo bairro do Pau Ver-
Vieira dos Santos assim se refere as minas de Mor- melho, em diversos lugares onde trabalhavão Antonio Pinto,
retes: João Pinto e José Pinto e as de Raymundo José Sanabio
,. MINAS que morava no Sitio Grande aonde tinha a sua caza de
0
residencia e a família; este famozo mineiro foi hum dos
«1. - A do «Penajoia,,, lavras que foram muito abun- que veio de minas geraes estabelecer-se neste município
dantes e de grande nomeada, d onde foi extrahido immenso
1
com aquelle nome supposto, quando seu verdadeiro foi o
oiro, _em cascalho azu\, erão pertencentes ao Sargento-mór de José Machado, como o declarou em seu testamento, ser
Dommios Cardoso Lima, abastado de bens e possuidor natural da Ilha da Madeira, vindo a este paiz em 1760
de mmt~ es~ravatura e tendo enriquecido com as lavras do até 1765 e foi casado com D. Eufrozina da Silva Freire,
Açongm, ve10 estabelecer sua moradia no rio do Pinto no filha do Tenente Francisco da Silva freire e ramo das
sitio que hoje he pertencente aos Marinhos· sua casa' era principaes famílias de Paranaguá.
adornada de damasco e seda; sua mesa ser~ida de baixella 0
«7. - As do «Ribeirão », nos morros da Carreira,
d~ prata; suas mocambas ou as mulatas pagens de sua fa- pertencentes ao mestre de campo Antonio Gomes Setubal,
m1lta, ~domadas de grossos cordões de oiro de mais de depois a André Gonçalves Pinheiro, capitão·-mór da Villa
cem. Oitavas_ de pezo; e té tinha hua completa banda de d~ Paranaguá e Provedor das Minas e por ultimo ao Ca-
muz1ca. de_ mstrumentos de sopro; que seus escravos toca- r1tão Antonio Rodrigues de Carvalho, casado com D. Ma-
vam prmc1palmente quando elle hia a Villa de Paranaguá, na Gomes Setubal, da mais illustre família paranaguense.
1 '
- 128 - - 129 -
foi este o fundador da primeira ~apella de Marretes, ho- ou seus antepassad~~ tinhão adqu_ir(d?; principalmente nas
mem abastado de bens e com mmta. escravatura; sua rneza minerações que hav1ao neste mumc1p10 onde a maior parte
servida com baixella de prata e. alfaias de ~amasco, em tinhão seus estabelecimentos.
sua casa havia hum altar portatil, ?~de ~eu filho. o Padre «Não deixará de haver no Município alem do oiro
Antonio Rodrigues de Carvalho, d1z1a M1s~a e foi um pa- outros diversos metaes, como: ferro, cobre, estanho zinco'
triotico Morretense, que mais p~estou_ serviços no seu rna- chumbo, antimonio, platina, prata, arsenico, merc~rio o~
gisterio sacerdotal ao seu propno pa1z, fallecendo no anno azougue, este ultimo, ha certeza, por ter apparecido alguns
de 1845 a 20 de Agosto ·e seu Pai, o fundador da Ca- globulos delle entre. os. .padrões que havia no porto pro-
pella no de 1801, no dia 1.0 de Agosto.
1 ximo a ponte do Ribeirão e que presentemente serve de
«8.0 - As de «Uvaporanduva », no lugar do Canguiri, porto as casas do Commendador Araujo e se alguns mi-
pertencente ao Capitão Manoel Gonçalves Carreira, hum neralogistas emprega~sem seus trabalhos nestas escavações,
dos principaes figurões de Paranaguá, e que a sua custa certamente encontranam alguns destes metaes, bem como
fez grande parte das Obras do Collegio dos antigos Je- dos combustíveis como são o enxofre, petroleo ou mesmo
zuitas, gastando nellas mais de 8000 cruzados, segundo carvão de pedra ou ainda alguns saes, como: pedra hume
consta pela tradição vulgar, e tão abastado em bens que salitre, sal gemma, barros argilosos; entre essas massas en~
té fez hua deixa a Irmandade de Nossa Senhora do Ro- contra-se camadas de terras, que servem de tinturarias ex-
sario da Cidade de Paranaguá no anno de 1757 de hum cellentes de côr roxa, encarnada e amarell.a, que he igual
cordão de oiro e hum crucifixo de oiro com o peso de a chamada - Occa - não fallando na finíssima taba-
163 oitavas! . . . Observa-se mesmo o gozo de felicida- tinga branca que diz um mineralogista o Dr. Rates, he
de que então havia entre os habitantes deste município e igual a porcellana chineza.
o de F-aranaguá, a riqueza que havia, pelos legados que «Finalmente, alem de immensas lavras de mineração
faziam ás Irmandades nos seus fallecimentos; o Sargento- de menor nomeada, cattas, faisqueiras diversas, inda havia
mór Damião Carvalho da Cunha deu hua corôa de oiro outra lavra no « Uvaporunduva» em Canguiri de alguma
a Nossa Senhora do Rosario e outra ao Menino, com o nomeada, de hum inglez de nome Guilherme Paulo, onde
pezo de 3 marcos, 2 onças e 4 oitavas; o fallecido Padre trabalhava com seus escravos.
Antonio Gonçalves Pereira Cordeiro e sua irmã D. Rosa
Anna Maria quantas joias não deixaram á mesma Irman- «As de «Capituva» pertencentes ao Alferes José Men-
des de Azevedo.
dade, de prata e oiro, herdado de seus fallecidos Pais?
Quanto não deixou á Irmandade do S.S. Sacramento, o «As do ,t Ouarumbê~, do Alferes Thomaz Corrêa Pi-
mentel e outros.
Sargento mór Christovão Pinheiro de França, legando á Ir-
mandade duas lampadas de prata, um ornamento riquíssi- «Alem das familias já referidas, outras pessoas de dis-
mo, que só este importou em 1:207$330? ! D. Maria Pi- tincção alli moravão, taes como; o Capitão-mór Antonio
nheiro, mulher do fallecido Sargento mór Damião Carva- Ferreira Mathozo no rio Ouarumbi; Francisco Taveira de
lho da C~nha deu as 4 lanternas de prata á Irmandade, Mesquita, Capitão Aniceto Borges, Manoel Lourenço Pon-
J:?. Anton!a da C~uz França, mulher do Sargento-mór fran- tes, todos genros do Sargento-mór Domingos Cardoso de
c~sco Jose Monteiro e Castro, foi quem deu a grande ba- Lima e moradores do Rio Marumbi e o ultimo delles era
cia de prata do lavapés da Semana Santa e outros muitos mineiro, com muita escravatura, bem como Domingos Car-
º?jectos que deixou de exarar, não fazendo fastidiosa a doso de lima Filho, Thomaz Corrêa Pimentel, casado com
leitura, somente mostrando a riqueza que havia naquelle:i D. Isabel de França e o Alferes Antonio Lopes Vaz, ca-
tempos venturosos, entre as principaes famílias que ellas sado com D. Margarida de França; e no Rio do Pinto o
Ctpitão-mór José Carneiro dos Santos, o Capitão Miguel
-· 130 - - 131 -
Nunes no sitio que depois foi d~ hum fui ano Duqui_nha e que nos dá a quasi certeza. Mas, como só costumamos
era genro do Sargento-mór Dommgos Ca~doso. de Lima e nos basear em factos positivos, não podemos deixar de
este morava no sitio e campo que dep01s foi dos Ma- formular unicamente a hypothese.
rinhos.»
2 - O Capitão Manoel Dias Velho, a. quem ac_ima
nos referimos, era filho do notavel sertamsta Francisco VII
Dias, opulento em arcos, cujos indios conquistou com ar-
mas no sertão do Paraná e Rio Grande do Sul, onde fal- O descaminho do ouro.
leceu em 1645.
Era irmão do celebre bandeirante Francisco Dias Ve- l - Rodrigo Cezar de Menezes, tendo sciencia de
lho, fundador e Capitão-mór da Ilha de S. Catharina, onde que moradores de Curityba extrahiam ouro no Arraial
prestou relevantes serviços, entre os quaes se salientou a Grande sem o pagamento dos quintos reaes, por Carta de
defeza da costa e sertões meridionaes do Brasil, impedin- 30 de Junho de 1725 ordenou aos Officiaes da Camara
do que os castelhanos ahi se podessem estabelecer. que perante o Juiz Ordinario intimasse-os a, sob juramento
3 - O Sargento-mór Domingos Cardoso de Lima, foi aos Santos Evangelhos e por suas consciencias, declarassem
homem de merito e valor; exerceu os cargos da Repu- qual o ouro que extrahiram das minas e quaes os quintos
blica, em Paranaguá. devidos á Fazenda Real.
Em 1765 foi o seu nome incluído na lista triplice João Vellozo da Costa e Zacharias Dias Cortes de-
para o lugar de Capitão-mór, conjunctamente com o de clararam ter extrahido 200 oitavas de ouro cada um e que
seu genro Manoel Nunes de Lima, que foi escolhido para deviam de quintos quarenta oitavas; Manoel Soares da
o lugar. Silva confessou que devia doze oitavas; Manoel Duarte de
Era de nobreza pelo nascimento e por ter servido Camargo declarou dever cinco oitavas; Francisco Xavier
todos os honrosos cargos da governanc;a da Villa. dos Reis declarou dever dez oitavas1 e todos elles por não
f alleceu em 1772 em estado de casado com felicia terem com que pagar, passaram títulos de dividas a prazo
Xavier Barbosa, sua testamenteira, fallecida a 30 de Abril de de 10 mezes.
1781, com seu solemne testamento, no qual declarou ser Bento Soares de Oliveira, que havia andado á cata de
natural de Parnahiba e ser filha de Francisco Xavier e de ouro em Catanduva, nas lavras de S. Anna e nas de S.
sua mulher Maria Leme da Silva. Rosa Maria Sorat, em 1755, foi intimado a manifestar o
Julgamos não errar identificando este ultimo com o ouro tirado, declarando só ter extrahido 17 oitavas.
Capitão Francisco Pedroso Xavier - o heroe 'de Villa Marcellino Rodrigues, Angelo Pedroso e outros, por
Ri~ - que em 1676, a frente de numerosa b?ndeira, des- terem andado a explorar 12 ríbeirões das Minas do Ti-
trum a reducção de Villa Rica situada junto ao Rio Pa- bagy, sem ordens legaes, viram-se processados e perderam
raná, d'onde voltou trazendo i~numeros e ricos despojos e o premio - que lhes pertencia como descobridores.
grand~ nu~ero .. de índios alli aldeados, que escravizou.
. S1 assim for, sua esposa Maria Leme da Silva ou VIII
Mana Cardoso era filha de Christovão da Cunha de Unha-
tes e de sua mulher Mecia Vaz Cardoso.
O ouro é escasso.
O Capitão Francisco Pedroso falleceu em 1680 e sua
mulher em 1716.
1 - Desde 1640 impressionavam-se as autoridades
E' uma supposição fundada em solidas elementos e regias com o diminuto resultado das minas de Paranaguá
- 132 - 133
Succederam-se inspecções. Em 1649 Eleodoro d'Ebano IX
veio entabolar negociações par~ que ~s ex~Ioraç~es das
minas fossem de resultados mais vanta1osos a Coroa. Imposto de Capitação.
Em 1660 o Governador do Rio de Janeiro, Salvador
Corrêa de Sá, deixava sua commodidade para vir á Para- 1 - O systema de arrecadação dos impostos, estabe-
naguá, «desejoso de averig11ar das minas della e levar o lecido a 18 de Agosto de 1612, já não produzia os re-
desengano do valor deli as á S. Magestade. » sultados que a Corôa esperava tirar pela cobrança dos quintos.
Logo depois o Capitão-mór de S. Vicente, Agostinho Si a exploração feita por conta da fazenda Real fal-
de figueiredo, recebeu igual encargo, como tambem D. Iira em 1612 com os máus resultados advindos dos fabu-
Rodrigo Castello Branco. Em 1734 foi mandado extin- losos gastos e pequenos lucros, o regime da li.vre e~plo-
guir definitivamente a officina de fundição de Paranaguá ; ração feita pelo povo com o pagamento dos qumtos a real
o cunho foi mandado recolher ao cofre de 3 chaves, das fazenda tambem fallira em 1734.
quaes uma ficou com André Gonçalves Pinheiro, nomeado Por Carta Regia de 1. de Junho desse anno, D. João
0
fiscal e Intendente da arrecadação da nova Capitação, ou- V decretava o imposto de capitação, de autoria de Ale-
tra com o Thesoureiro e a terceira com o Ouvidor. xandre de Gusmão. ·
2 - O ouro dos quintos existente em Paranaguá foi en- Si o regime tributario de 1612 foi desvantajoso á
viado por intermedio da Camara de Cananéa, que passou Corôa, o regime de 1735 foi fatal e funesto ao Brasil e
recibo a 5 de Outubro de 1737, de «duas borrachas co- ao povo brasileiro. Os sen~ores de escravos foram col-
sidas e lacradas com as Armas Reaes em que diziam: vão
1
lectados á razão de 4 /2 01tavas de ouro annualmente,
1
dentro del1as 2518 /4 de oitavas de ouro.» pelo nu~ero de servos que possuíam; os offici~es de of-
Não convinha continuar a exploração de minas cujos ficio tiveram igual tributação; as casas de negoc10s foram
quintos eram - «tenue e o pouco ouro que havia, mal lançadas: as grandes a 16 oitavas, as m~dias, as tendas,
chegava para delle se aproveitarem alguns pobres mora- tavernas boticas e açougues - em 12 oitavas; as casas
dores, pois nos ultimas 4 annos não excederam a 240 pequenls e os mascates, em 8 oitavas annuaes. Este im-
oitavas, inclusive as da Serra Negra» - donde acabava posto, no exercício de 1742, produziu na Capitania de S.
d: regressar o Capitão-mór de Curityba f rancisco Xavier Paulo 130 arrobas de ouro, e em 1743, 129 arrobas.
P1s~arr?, que, P:la grande pratica que possuia por sua ex- A Corôa Portugueza triumphou, vendo º. s~u erario
pen:nc,a em Mmas Oeraes, fora enviado a Paranaguá para repleto de ouro, mas, em compensação, os .bras1le1:os pas-
averiguar esse facto. Esteve o Capitão-mór Pissarro em saram á indigencia Mas que importava isso, s1 a Mo-
Serra Ntgra, Serra da Prata e em outros Jogares, onde an- narchia Lusitana deslumbrava o Mundo?!
tes se explorava ouro, e d'onde «regressou desesperançado 2 - Data de 22 de Março de 1734 o Decreto Real
dos resultados ». pelo qual foi - «S. M.de servido tomar novo expediente
O .Capitão-mó~ Pissarro, apesar de seus conhecimen- sobre o modo com que se deve arrecadar os Reaes
Quintos».
tos praticas .de mineração, não foi - diga-se de passa-
~e"2 - muito ~fortunado nos negocios de sua pro- 3 - Foram extinctos os Jogares de Provedores e cre-
f1ssao, tanto assim que a 2 de fevereiro de 1726 assi- ados os de Superintendente, mais import~ntes, e os de
gnava um credito de 208$000 em favor do Capitão fiscaes, de menor importancia. Para as . mm.as de Parana-
Anto~io Luiz Tigre, por compra de gado vaccum que a guá foi nomeado Fiscal André Giz. Pmhe1ro. O novo
este fizera. expediente consistia na Matricula dos commerciantes e lo-
gistas, dos escravos e officiaes de officios etc.
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- 135 -
Si as minas nada produziam, d~via-se exigir ouro do
povo. Era esta a potitica. - Por portar:1a do Conde de S~ze- das diligencias costumadas, muitas vezes em distancias de
das de 15 de Agosto de 1735 commumco~~se esta resoluçao a 60 80 e mais leguas, com transportes e despesas a sua
André Pinheiro que suspendeu logo a officma de que era pro- cu~ta Era tal a situação que chegavam as mulheres a
vedor. Os cunhos foram postos na caixa ou cofre ~e tres cha- vender as ferramentas da lavoura, e algumas a dispôr de
ves que entregou-se com a fabrica.ª ~m ( Thezoure1~0 de sup- seus vestuarios para poderem auxiliar seus maridos a pa-
posição» -remettendo-se uma cerhdao de como assim se pro- gar os impostos.
cedera, ao mesmo Conde. Isso tudo, sem contar com os serviços de guerra e as
X expedições militares de explorações de sertões etc., repre-
sentava o flagello que a todos atormentava.
Os chapins da Rainha. Tyrannia por toda a parte!
3 - Taes factos conspiravam gravemente contra o pro-
l - Não satisfeitos os governantes com essa tributa- gresso da terra, em que não existia industria, por não con-
ção, estabeleceu-se ainda u~ novo impo~to sobre .º povo, vir á metropole ter concurrentes em suas colonias. A li-
denomiflado - Real donativo dos chapms da Ramha - berdade de commercio não existia. Os portos se achavam
que deveria durar por espaço de 6 annos. fechados á navegação mundial. A liberdade individual era
Consistia na tributação de 2 oitavas de ouro por um mytho. A liberdade de locomoção não existia. Os
cada batêa ou escravo bateador em cada anno, e de 4 vin- bens de fortuna individual estavam sempre ao serviço da
tens por pessoa. Corôa Nada de escolas, nada de instrucção.
A agricultura foi abandonada, pela necessidade que 4 - O povo era obrigado a abrir estradas, concertar
havia de se procurar o ouro para pagamento dos impos- pontes, edificar egrejas, concorrer com recursos a constru-
tos. Os homens vallidos abandonavam o lar, em busca cção de fortificações, de navios de guerra, etc.
do metal necessario. Era extrema a miseria por toda a parte.
Nas lavras e faisqueiras de Paranapanema e Apiahy, 5 - A Camara de Paranaguá, a 28 de Janeiro de
haviam 947 batêas que deveriam pagar 1894 oitavas de 1766, representou contra a Ordem de D. Luiz Antonio de
ouro annuaes, durante 6 annos, para os donativos de ca- Souza, mandando que o povo concorresse para a cC"1s-
samento dos Principes do Brasil e Asturias. O imposto trucção da. fortaleza da Barra, visto o «miseravel estado
produziu, porem, no 1. anno, 1453 oitavas; no 2.o anno,
0 da terra)>, e por limitada que fosse a quantia que se lhe
pedisse, não podia concorrer, pois os habitantei ~ «não
1
707 /2 oitavas; no 3. anno, produziu 358 oitavas; no 4.0
0
anno, 374 oitavas; no 5.0 anno, 376 e no 6.o e ultimo serem 60 ou 70 com algum tratamento, os deina1~ erão
sómente produziu 286 oitavas. Haviam os tributados sido - gente de pés descalços»; que o ouro que produzia ~oda
compellidos
1 a prometter a contribuição, nesse prazo, de a Comarca, comprehendendo lguape, Curityb4' S. Frane1sco
2 /2 arrobas de ouro. Houve protestos e agitações. e Paranaguá - «não excedia, um anno por outro, a 1~0
2 - O exodo das populações foi grande. Em Curi- libras pouco mais ou menos>> - e que conforme havia
tyba chegou a tal ponto o seu despovoamento masculino, communicado o Ouvidor Jeronymo Ribeiro de Magalhães
que em 1750 os enterramentos eram feitos por mulheres a S. .Mag,estade, «no espaço de 2 annos a arrecadação dos
na falta de homens, pois este:, ou estavam nos sertões nas quintos não chegou para o pagamento das despezas e cust~s.))
terras aur!feras, ou se achavam no serviço militar, qu~ era Era este o estado geral da Comarca de Paranagua e,
por demais pesado, pela obrigação de accorrerem aos cha- na generalidade, o do Brasil E foi tal sjtuação que, le-
mados para paradas militares e exercidos constantes, alem vando o povo ao desespero, fez rolar a cabeça de Tira-
dentes do cadafalso a posteridade.
- 136 - - 137 -
6 - Logo que assumiu o G~)Verno da Capitania de Oliveira Cardoso, co~ ? _direito de. talho aberto. nas. s~as
s. Paulo o Capitão General Martim Lopes Lobo de Sal- terras do Portão e R1be1rao da Areia, onde havia limita-
danha (este odiento e rancoroso Governador), pi:ocuro_u das faisqueiras em lavras velhas junto ao Rio do Registro
elle indagar dos motivos pelos quaes cessaram as. m~esb· ou Iguassú.
gações e descobertas das ~inas de ouro n,a Cap1t~ma, e
para isso officiou ao Ouvidor de Paranagua, Antomo Bar- XII
bosa de Mattos Coutinho, extranhando o «pouco ouro
vindo d'aquella comarca». Aproveita~do-se .disso, ,º Sar- Intendente s da Capitação.
gento-mór de Auxiliar~ de Par~nagua Francisco Jose Mon-
teiro denunciou o refendo Ouvidor como responsavel pelo 1 - Por provisão do Conde de Sarzedas, Capitão Ge-
extravio de ouro, em connivencia com o Mestre de em- neral Governador da Capitania de S. Paulo, de 15 de
barcação Manoel Francisco Paredes, natural de Cascaes, Agosto de 1735, passada na villa e praça de Santos, foi
que navegava em embarcação propria, e um seu compa- criado o Jogar de Intendente da Capitação do ouro das
nheiro José Romão. minas de Paranaguá, cargo que ficou affecto aos Ouvido-
O Governador levou o facto, a 20 de Outubro de res da Comarca, sendo o primeiro Intendente o Ouvidor
1776, ao Governo da Metropole, visto a denuncia envol- Dr. Manoel dos Santos Lobato.
ver a um Ouvidor Geral. Pelo que se viu, as decantadas e faustosas minas de
Em officio de 2 de Abril de 1776, o Capitão Gene- Paranaguá nada mais foram que uma grande miragem
ral de S. Paulo, levava ao conhecimento do Governo da dourada: - a enganosa lenda de ouro acenada á cobiça do
Metropole que o Marquez do Lavradio pretendia que o Reino e dos aventureiros. . .
ouro em pó extrahido das faisqueiras da Comarca de Pa- E por detraz do disfarce de honras illusorias e titulas
ranaguá fosse remettido para a Real Casa da Moeda do retumbantes, distribuidos aos seus descobridores, provedo-
Rio de Janeiro, ao que elle se oppunha, por haver em S. res e guarda-móres: - havia apenas a escassez do ouro,
Paulo Casa de Fundição, onde devia ser fundido em bar- insufficiente, as vezes, para cobrir as despezas de exploração J
ras, antes de ter outro destino, o ouro extrahido na Ca-
pitania.
XI
Regime das aguas mineraes a talho aberto.
1 - Esgotadas as minas, iniciaram-se as explorações
dos corregos e rios, ao que se denominou -- «Regime
das aguas e terras mineraes a talho aberto ». Este regime
foi largamente generalisado. Muitas concessões de cartas
de data foram passadas, como innumeras permissões de
explorações de rios e corregos.
2 - O Coronel Manoel Gonçalves Guimarães foi no-
meado Capitão-mór das Terras e aguas mineraes da Co-
marca e, ainda em 1739, passava cartas de data aos Ca-
pitães Francisco de Paula Teixeira e a Antonio Teixeira de
QUARTA PARTE
Extincção da Capitania de
Paranaguá
Conclusão.
6-5 Maria Guilhermina, fallecida. Era proprietario de terras em Piraquara e em S. José dos
6-6 Zulmira, fallecida. Pinhaes. . .
6- 7 Francisco, fallecido. Do primeiro matn1:1omo teve : . .
6-8 Manoel José, fallecido. 3-1 Jgnacia Esmenana do Valle, .nascida em 1768.
2-8 Capitão Agostinho da Silva Valle (ultimo filho de 1-8 3-2 José Candido do \:alie, nascido em 1770.
do Capitulo 2.o) foi casado em primeiras nupcias com 3.3 Maria Cacere, nascida em 1772.
Maria da Rocha Ferreira, filha de José da Rocha Fer- 3.4 Atanagildo do Valle, falleceu em 1788 aos, 14 ann~s.
reira, natural de S. Miguel de Gandra-Porto, e de sua 3.5 Anna Euphrasia, casada com Manoel jose de Fana,
mulher Sebastiana Marques da Cunha, descendentes do filho de João Manoel da Fonseca e de sua mulher
Brigadeiro Silvestre Marques da Cunha. Casado em Rosa Maria
segundas nupcias em Curityba a 1.0 de Outubro de Teve:
1786 com Maria Angela de Lima, filha do Alferes 4-1 José de Faria, nascido em 1798.
José Nabo de Medeiros e de sua mulher Maria Fran- 3-6 Oorothea da Silva V~le, casada e~ 1795 co1:1 Fran-
cisca de Lima, de Curityba; neta pela parte paterna cisco Rodrigues Pereira (ou F.erreira), fallec1do em
de Luiz Gomes da Silva, natural da Ilha da Madeira, 1802
e de sua mulher Angela Corrêa de Mendonça, de Pa- Teve:
ranaguá; neta pela parte materna do Sargento-mór 4-1 Maria Thereza, nascida em 1797, casada com
Miguel Gonçalves de Lima, natural de S. Christovão Domingos Rodrigues da Costa
de Ponte de Lima, Braga e de sua mulher Maria Paes 4-2 Sebastiana
dos Santos, de Curityba; por esta, bisneta de Sebas- 4-3 Francisco.
tião dos Santos Pereira, de Vizeu, e de sua mulher 3- 7 Boaventura, nascida em 1782. .
joanna Garcia, de Curityba, de cujos ascendentes em Do segundo matrimonio 2-8 teve (C. O. Cuntyba):
seguida trataremos neste mesmo Titulo no Capitulo 5.0. 3-8 José, fallecido solteiro.
O Capitão Agostinho da Silva Valle e o Alferes José 3-9 Balbina, fallecida solteira
da Costa Pinto eram, em 1785, os arrematantes do 3-10 Luiza Licia de Lima Munhoz, casada com o Te-
contracto da arrecadação das passagens e cargas dos nente de milícia Florencio José Munhoz, na~ral da
portos do rio do Cubatão e dos rios situados entre Cidade de Paranaguá, filho de Bento Antomo Mu-
este rio e o rio S. Francisco. Em 1778 exercendo nhoz e de sua mulher Michelina de Assumpção, na-
elles essa mesma funcção de arrematantes desse con- turaes de Cadiz. Neto pela parte paterna de Bernardo
tracto, foram multados pela Camara em 50$000 cada Munhoz e de sua mulher Rosa Maria; neto pela
um delles; e porque julgassem essa multa injusta re- parte materna de Manoel lgnacio do VaUe e .de su~
quereram, em 1784, a restituição respectiva. mulher Lourença Maria. O Tenente florenc10 Jo~e
Em 1786 o. Doutor Ouvidor e Corregedor da Co- Munhoz, residiu por muitos annos em Paranagua;
marca Francisco Leandro de Toledo Rondon officiou era proprietario, no ltinga, de um grand~ campo de
ao Presidente da Camara communicando que resolveu criação de gado, onde p~ssuia ~ais .de oitenta rezes,
mandar «proceder a factura do caminho da serra para com muitas vaccas de cnas · foi adiantado lavrador.
Çuri.!_yba», desi.gnando os cabos e trabalhadores que Era irmão de Francisca Mu~hoz de Siqueira, casada
ftcarao sob a inspecção de Agostinho da Silva Valle, com o Tenente Bento José de Siqueira, .d_e Balbi~a
que-:--- «levado sómente do interesse publico, tomou so- Maria de Assumpção, casada com o Cap1tao Antomo
bre st todo o trabalho e asistencia de toda a despeza». - José de Carvalho, de Maria Munhoz, casada com
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 237
236
Manoel de Oliveira Cercai e (na duvida) de Bernardo An- um homem grande, de alta estatura e de costelletas, era
tonio Munhoz, fallecido em Paranaguá em 1809. Munhoz, seu marido. .
O illustrado paranaense Alcides ~unhoz em suas pre- «Este Munhoz era uma espec1e de Bergami !»
ciosas «folhas Cadentes» ou «Elog10 do Patrono>,, lido _ «Com esta observação Victor Hugo comparou D. Fer-
perante a Academia de Letras do Paraná, por occasião de nando não ao marido de uma rainha, mas a um favorito,
tomar posse da cadeira que merecidamente tem por pa- corno' foi Bergami, de Carolina de Brunswick.
trono Alfredo Munhoz, assim explica a origem da familia «Não foi, comtudo, muito feliz este Munhoz em sua mor-
Munhoz: ganatica aventura. Morreu obscuramente em França onde
«A familia Munhoz no Sul do Brasil e nas republicas Luiz Philippe o havia feito duque de Montmorot.»
platinas provem de um unico tronco de origem que teve Teve (C. O. Curityba):
o seu inicio em Tarancon, provincia hespanhola de Cuenca. 4-1 Tenente Coronel Caetano José Munhoz, nascido em
«O seu primeiro representante foi um empregado regio de Paranaguá em 17 de Junho de 1817, era homem
impostos, no seculo XVI. Um dos seus descendentes veio energico e luctador, de caracter firme e princípios se-
para a America pelo meiado do seculo XVIII. Viera, como veros e inabalaveis. Ainda. moço transferiu a sua re-
militar, para as possessões hespanholas do sul, para a Banda sidencia para Curityba, onde iniciou a sua vida indus-
Oriental, provavelmente, em serviço da corôa. A familia hes- trial no commercio da exportação de herva matte.
panhola Munhoz não possuía nobreza, nem sanguinea, nem foi um dos primeiros a montar engenho a vapor
argentaria. Era, todavia, de classe respeitavel. A indole al- de soque de herva matte, em Curityba. Homem ho-
tiva, porem, é que a enobreceu e a tornou conhecida na nesto e laborioso deu grande incremento á industria.
Hespanha e na França. Um dos descendentes do tronco, Suas marcas eram das mais acreditadas e a marca
D. Fernando Munhoz, foi o segundo esposo da rainha <, Caetano » alcançou grande popularidade, e após a
Christina, regente da Hespanha. D. Fernando era apenas sua morte foi vendida por alto preço. foi abastado
um gentil homem, um militar cheio de arrogancia e de capitalista e homem de grande valor moral. Deu so-
fanfarrices. lida educação a seus filhos.
«Conseguia aprisionar nas suas conquistas de amor o co- Casou-se em primeiras nupcias em Novembro de 1840
ração de Christina. com Francisca de Assis de Oliveira Munhoz, ou Fran-
«Casou-se morganaticamente, ouzadia que lhe proporcio- cisca Candida de Assis, fallecida em Paranaguá a 3
nou a obtenção de um titulo ducal. de Julho de 1861, filha do Ajudante de milicia João
«A rainha Christina era uma quarentona cheia de belleza Gonçalves Franco, natural de Villa Nova de Çóvos
ainda. de Cerveira, Braga, Portugal, nascido em 1777 e fal-
«Victor Hugo~ descreveu em uma das suas obras, depois lecido em 19 de Junho de 1853 e de sua mulher
d~ vel-a u_m dia nas Tulherias em passeio: «Vi-a passar, Escholastica Angelica Bernardina, nascida em Lages,
diz o escnptor,. v~tida de mousseline transparente, deixan- a 28 de Outubro de 1790, casada em Curityba a 29
do ver uma saia mterior de côr azul celeste. Trazia um de Novembro de 1807. Neta pela parte paterna do
chapeu de velludo violeta; delambia-se toda para o duque tenente Luiz Antonio Gonçalves Franco e de sua mu-
de Angoulême. Possuía uns olhos bellissimos e caminhava lher Ignacia Maria da Cruz, naturaes da Villa Nova
sempre de cabeça ~rguida. Ao passar proximo a mim, de Cóvos de Cerveira; neta pela parte materna do
vendo-me n'uma atbtude de admiração, os olhos fixados tenente coronel Manoel Teixeira de Oliveira Cardoso,
em sua belleza, lançou-me um olhar altivo de rainha. natural do Porto, Portugal, onde nasceu a 5 de Mar-
«Acompanhavam-na dois homens. O que ia a esquerda, ço de 1765, e de sua mulher Anna Maria do Sacra-
TITULO CARRASCOS DOS REIS
238 GENEAI OGIA PARANAENSE 239
menta, nascida em Lages, então pertencente a São Paulo Na litteratura, nas sciencias, nas artes, patenteava uma ad-
a 12 de Setembro de 1768, casada a 27 de Agosto d~ miravel intelligencia.
1789 e fallecida a 5 de Maio de l8 l 3 no abarracamento A grande~a de sua alma era tão grande, que no amor
da expedição de Ouarapuava. pelo prox1mo, procurava os pobres, para levar-lhes o con-
O Tenente Coronel Caetano José Munhoz, 4-1, casou em forto espiritual e material.
segundas nupcias com Narciza de Paula Xavier, filha do Satisfazendo sua ulti~a vo~tade, a Federação Espirita do
major Antonio de Paula Xavier e de sua mulher Leocadia Paraná, de que o extmcto fora um dos sustentaculos con-
Ubaldina de Jesus, 5-11 de 4-1 de 3-7 de 2-2 do § VI vidou um dos. se~s .associados Pª:ª fazer a prece d~ des-
do capitulo V, deste titulo. pedida que foi reltg10samente ouvida pelos assistentes.
Teve do primeiro matrimonio: Occupou todos os lugares de accesso de Fazenda.
5-1 Commendador Alfredo Caetano Munhoz, dotado de foi nomeado collabor~dor em 1863, quando ainda estavam
uma vasta e culta intelligencia, conhecendo profunda- reunidas as Th~souranas geral e provincial, por occasião da
mente varias linguas. Escrevia o francez correntemen- separação. Mediante concurso na Thesouraria de Fazenda foi
te; traduzia o inglez, o allemão, o latim, o italiano; nomeado praticante da mesma por Portaria do Ministeri~ da
manejava admiravelmente o hespanhol e não lhe eram Fazenda de 26 de Janeiro de 1864. Por titulo do mesmo
extranhos o grego, o hebraico e o sanskrito. Ministerio de 19 de Junho de 1865, foi promovido a 2.o
Era profundo conhecedor da iingua portugueza. escripturario; por decreto de 16 de Fevereiro de 1870 foi
Castro Lopes, incontestavelmente um dos melhores promovido a offi:ial da Secretaria; por decreto de 6 de
mestres do vernaculo, mantinha com Alfredo Munhoz Fevereiro de 1872 f~i promovido a chefe de secção; por
as mais intimas relações sobre este assumpto. decreto de 5 de Abnl de 1873, tendo sido extinctos os
~edigindo revistas e jornaes, de propaganda e littera- lugares de chefes de Secções, foi nomeado contador· e
nos, não se ~abia o que mais admirar, se a belleza finalmente, por decreto de 8 de Junho de 18781 foi 'no~
da forma, se a elevação dos conceitos. meado inspector effectivo, tudo da mesma Theso uraria de
~ombativista terrível, mas cavalheiroso. Fazenda do Paraná. Por decreto de 6 de Setembro de
Durant.e. 14 annos redigiu a revista espirita «A Luz», 1878, foi nomeado inspector em commissão da Thesoura-
que fo1 ~ncontestavelmente a primeira revista no genero, ria de Fazenda de Matto Grosso, cargo que exerceu até
no Brasil,. sendo grandemente acatada no estrangeiro. !ins do anno de 1879, voltando a occupar o seu lugar de
Nes~a revista, que era orgão do Centro Espirita de mspector effectivo da Thesouraria de Fazenda do Paraná
Cunty~a, ~lfredo Munhoz apostolava de tal maneira sendo aposentado, a seu pedido, nesse cargo, por decret;
que sc1entistas como Aksakoff, conselheiro privado do de 11 de Agosto de 1891.
Czar Alexandre III da Russia · Max Hecran Zõllner Exerceu diversas commissões dentro e fóra do Estado, por
William Croo~es, Lombroso, Ernesto Volpi,' Willia~ nomeação dos governos provincial e geral. Em Setembro
Steward e muitos outros traduziam os seus artigos de 1890, foi em commissão ao Estado de Santa Catharina,
e apresentavam-nos como verdadeiros ensinamentos. como delegado do governador do Paraná, o dr. Serzedello
Esses grandes sabias, em ::,ua maioria haviam offere- Correia, afim de entrar em accordo com o governador
cido s~as photo.graphias ao venerando 'paranaense com d~quelle Estado sobre questão de herva-matte, sendo elo-
as mais expressivas dedicatorias, sendo que muitos o gta~o pelo modo por que desempenhou essa commissão.
tratavam de veneravel Mestre. Foi ho~em de idéas emancipadas e liberaes. Era socio
Não foi só, porém, na propaganda espirita que Alfre- ho~orano de diversas associações dentro e fóra do Estado.
do Munhoz se salientou. Foi um Maçon convencido e cheio de serviços á instituição.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 241
240
Era commendador da Ordem da Rosa, por serviços pres- 7-3 Rachel Cavalcanti, casada com o Capitão Julio
tados ao Estado, agraciado por carta imperial de 4 de Se- Limeira. Sem geração.
tembro de 1880. 6-2 Rachél Munhoz de Moraes, casada com o Capitão de
foi relator dos debates do Congresso Legislativo deste cavallaria do exercito Leoncio Raphael de Moraes
Estado. fallecido, filho do agrimensor Evaristo Cícero de Mo~
Nasceu em Curityba a 4 de Fevereiro de 1845. Falleceu raes e de sua mulher Anna de Moraes.
a t.o de Fevereiro de 1921. Teve:
Foi casado em primeiras nupcias com Ritta de Assis de 7-1 Raphael Munhoz de Moraes, solteiro.
Oliveira Munhoz, filha de José Teixeira de Oliveira e de 7-2 Carlos Munhoz de Moraes, casado com Zilda
sua mulher Cezarina Francisca de Assis; neta pela parte Schimmelpheneg Pereira Munhoz.
paterna do Tenente Coronel Manoel Teixeira de Oliveira Teve:
Cardoso e de sua segunda mulher Anna Joaquina da Pai- 8-1 Dilza.
xão; neta pela parte materna de Francisco de Paula Tei- 7-3 Alfredo Munhoz de Moraes, solteiro.
xeira Cardoso e de sua mulher Ritta Maria de Jesus; e 6-3 Major Raul Munhoz, do exercito nacional, casado com
em segundas nupcias com Annalia de Oliveira. Haydée Pereira Munhoz.
Teve do primeiro matrimonio: Teve:
6-1 Francisca Munhoz Cavalcanti, senhora possuidora de 7-1 Saul Munhoz, casado com Zayde Fonseca de
esmerada educação artística; pintora e pianista; casada Almeida Munhoz.
com o General reformado do exercito dr. Carlos Ca- Teve:
valcanti de Albuquerque, que foi deputado federal, 8- l Nelson Nisan.
presidente do Estado do Paraná e actualmente é se- 7-2 Rubens Munhoz, solteiro.
nador da Republica. E' engenheiro militar. Político 7-3 lnisilla Munhoz, casada com Emmanoel Vicente
de grande illustração e de honestidade pouco vulgar, da Rocha, filho de Luciano Ignacio da Rocha e
o dr. Carlos Cavalcanti de Albuquerque, soube se de sua mulher Francisca Lisbôa Rocha.
manter n'uma atmosphera criteriosa, fóra dos precon- Teve:
ceitos que empolgam os homens políticos. 8-1 Amaury.
Teve: 8-2 Maria Olga.
7-1 Tenente Ouido Cavalcanti de Albuquerque, casa- 7-4 Hariclée.
do com Francisca de Souza Paula Albuquerque. 7-5 Darclée.
Filhos: 7-6 Myriam.
8-1 Carlos. 7- 7 Ritta.
8-2 Doris. 7-8 Evandro.
7 -2 ~éo Cavalcanti de Albuquerque, tenente do exer- 7-9 Maria Thereza.
cito nacional, casado com Sarah Machado Caval- 6-4 Tarcilla Munhoz, casada com Carlos Franco de Souza.
canti, filha do Dr. Vicente Machado da Silva Teve:
Lima e de sua segunda mulher Helena de Loyola 7-1 Milton.
Machado Lima, 6-3 de 5-3 retro. 7-2 Ritta.
Teve: 7-3 Alfredo.
8-1 Renato. 7-4 José.
8-2 Rubens. 7-5 Myriam.
GENEALOGIA PARANAENSE: TITULO CARRASCOS DOS REIS
242 243
Teve:
8-1 Arthur.
245
5-3 Augusta Munhoz Negrão, casada com o Major Ma- parallelepipedes e as praças ajardina~as, fa~endo-se a aber-
noel de Souza Dias Negrão, 5-9 de 4-6 de 3-1 de tura de novas ruas e de vastas avemdas, ligando a cidade
2-1, dc1 § 1.0 , capitulo 2. 0 , do titulo Rodrigues Sei- ao porto de D. Pedro II.
xas desta obra. Ahi a descendencia. o dr. Caetano Munhoz da Rocha, quando Prefeito de
5-4 Luiza Munhoz, fallecida solteira. Paranaguá, reformou e saneou a cidade.
5-5 Maria Leocadia Munhoz, casada em primeiras nupcias Para o quatriennio de 1916 - 1920 foi eleito }.o Vice-Presi-
com o seu primo Coronel Bento Munhoz da Rocha dente do Estado, tendo exercido a administração publica
importante industrial, já fallecido, filho de Manoel durante o impedimento do Presidente Dr. Affonso Alves de
Martins da Rocha e de sua mulher Maria Licia Mu- Camargo.
nhoz, 4-2 adiante. Casou-se em segundas nupcias com foi Secretario da Fazenda, e mais tarde Secretario da Fa-
o Coronel Manoel Bonifacio Carneiro, fallecido. zenda, Agricultura e Obras Publicas, durante o exercício
Teve do primeiro matrimonio: governamental do referido Presidente.
6-1 Dr. Caetano Munhoz da Rocha, nascido na cida- Eleito Presidente do Estado do Paraná, para o quatrien-
de de Antonina no dia 14 de Maio de 1879. nio de 1920- 1924, assumiu a gestão publica a 25 de
Em 1896 matriculou-se na Faculdade de Medi- fevereiro de 1920, sendo reeleito para o mesmo cargo no
cina do Rio de Janeiro, concluindo seu curso no quatriennio de 1924 - 1928.
anno de 1902; em 1.0 de Dezembro de 1905 O Dr. Ç~etano ~unhoz da R?c~a vem fazendo com largo
fundou em companhia de seu irmão Ildefonso descortm10 poltbco uma admm1stração honesta e inatacavel,
Munhoz da Rocha a acreditada firma commercial pelo seu espirita clarividente de estadista compenetrado e
«Munh~z da Rocha & Irmão », a qual teve logo forte.
grande mcremento. C.sou-se em primeiras nupcias, na cidade de Paranaguá, a
E_m ~ 904 foi eleito deputado ao Congresso Le- 14 de Fevereiro de 1903, com Olga Souza Munhoz da
g1slat1vo Estadoal, para o biennio de 1904 - 1905. Rocha, filha do Major Manoel Francisco de Souza e de
Foi successivamente reeleito para as Iegislaturas sua mulher Francisca Carneiro de Souza f allecida no dia
de 1906- 1907, 1908 -- 1909 (na qual foi eleito 29 de Janeiro de 1921.
1.0 Vice-Presidente), 1910-1911, 1912- 1913, Casou-se em segundas nupcias, a 8 de Dezembro de 1921,
1914-1915, 1916-1917, quando occupou o com Domitilla Almeida Munhoz da Rocha, filha do Co-
cargo de Presidente do Congresso por escolha ronel Alfredo Xavier de Almeida e de sua mulher Maria
de seus pares. Luiza Orein de Almeida.
Em 21 de Junho de 1908 foi eleito Prefeito Mu- Com o fallecimento de sua segunda esposa em Agosto de
nicipal de Paranaguá, para o quatriennio de 1923, . o Dr. Caetano Munhoz da Rocha contrahiu tercei-
1998-1912, e a 21 de Junho de 1912 foi re- ras nupcias a 16 de Janeiro de 1924 com Sylvia Braga
eleito para o de 1912-1916 tendo renunciado Munhoz da Rocha, filha do Coronel Manoel Antonio da
o man~ato a 15 de Novembro' de 1915, por haver Cunha Braga e de sua mulher Victoria de Lacerda Braga,
tran~fendo sua residencia para a Capital do Estado. já fallecidos.
A_ cidade_ de Paranaguá deve-lhe relevantes ser- Neta pela parte paterna de João Manoel da Silva Braga e
viços, salientando-se entre outros o do abasteci- de sua mulher Francisca Luiza da Cunha; por esta, bis-
mento d'agua e construcção da rede de esgotos, neta do Commendador Manoel Antonio da Cunha e de
a ~renagen:i e aterro de grande parte da zona su~ ~ulher Joaquina Teixeira Coelho, filha de Francisco
baixa da cidade; varias ruas foram recalçadas a Te1xe1ra Coelho, tronco da família desse appellido, e que
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 249
248
foi o primeiro capitão-mór e fundador da cidade da 7-3 Luiz.
Lapa, casado com Gertrudes Maria dos Santos, falle- 6-3 Humberto Munhoz da Rocha, casado com Clotil-
cida a 5 de Fevereiro de 1832. de de Oliveira Rocha, filha do Major Luiz Ma-
Teve do primeiro matrimonio: rianno de Oliveira e de sua primeira mulher
7 -1 Zorah de Jesus, fallecida. Noemia Neves de Oliveira. Neta pela parte pa-
7-2 Bento Munhoz da Rocha Netto, academico de terna de José Marianno de Oliveira, natural do
engenharia. Rio de Janeiro, e de sua mulher Anna de Oli-
7-3 Odah Cecilia da Rocha Ferreira, casada em 1923 veira, e neta pela parte materna do Capitão
com o Dr. Leonidas do Amaral ferre ira, medico Joaquim Xavier Neves e de sua mulher Adelaide
oculista, filho do Dr. João Candido Ferreira e de de Amorim Neves. ·
sua mulher Josepha do Amaral Ferreira. Teve:
Teve: 7 - 1 Bento de Oliveira Rocha.
8- 1 Leonidas. 7-2 José de Oliveira Rocha.
8-2 Olga. 7-3 Neuza de Oliveira Rocha.
7-4 Maria Zorah, solteira. 7-4 Maria de Oliveira Rocha.
7-5 Olga, fallecida. 7-5 Gastão de Oliveira Rocha.
7-6 Vera Maria. 7-6 Hilda de Oliveira 'Rocha.
7-7 Olga Maria, fallecida. 6-4 Maria da Conceição, fallecida com 11 annos.
7-8 Gabriel. 6-5 Hilda Munhoz da Rocha Amaral, casada com
7 -9 Dinorah Maria. Homero do Amaral, filho do Dr. Victor Ferreira
7-1 O Maria José. do Amaral e Silva e de sua primeira mulher
Teve do segundo matrimonio: Paulina Braga do Amaral, filha de João Manoel
7 - 11 Caetano. da Silva Braga e de sua mulher Maria Antonia
Teve do terceiro matrimonio: dos Santos, dos quaes trataremos n'esta obra.
7 -12 Manoel Antonio. Teve:
6-2 II_defons? Munhoz da Rocha, grande industrial e S0- 7 -1 José.
c10 da firma Munhoz da Rocha & Companhia, casa- 7-2 Paulina.
do com P_almyra Pereira Alves Rocha, filha do Co- 7 -3 Francisco.
ron~I Elys10 de Siqueira Pereira Alves, acreditado ne- 7-4
gociante em Paranaguá, e de sua mulher Elfrida de 7-5
Abreu Pereira Alves. Neta pelo lado paterno do Co- 5-6 Francisca Munhoz Vianna, casada com o major Fran-
ronel Agostinho Pereira Alves e de sua mulher Bal- cisco de Paula Ribeiro Vianna, que foi Thesoureiro
bina de Siqueira Pereira Alves, e neta pela parte ma- da Delegacia fiscal de Curityba, filho de Bernardo
terna do Dr. José Mathias Ferreira de Abreu e de José Ribeiro Vianna, portuguez, e de sua muiher
sua mulher Joaquina Corrêa Guimarães. Rosa Maria Borges. Neto pela parte paterna de
Teve: João Manoel Ribeiro Vianna e de sua mulher Ger-
7 -1 Maria de Lourdes Munhoz Zaina casada em trudes Rosa; neto pela parte materna do Ajudante
1925 com o 1.0 Tenente do Exercito Ernani No- José Borges de Macedo e de ma mulher Maria
gueira Zaina. Rosa Lima.
7-2 Diva. Teve:
TITULO CARRASCOS DOS REIS
250 GENEALOGIA PARANAENSE 251
6-1 Ernestina Vianna Novaes, fallecida, foi casada com 0 7-3 Edgard.
Coronel Dr. Americo Dias Novaes, engenheiro militar. 6-6 Rosa Ribeiro Yianna, casada com Jo~o de. Oli-
Teve: veira Vianna, filho de Bento de Ohve1ra V1anna
7 -1 Jurandyr Novaes, ca::,ado corri Emília Litz Novaes. e de sua mulher Barbara Teixeira Vianna. Neto
7-2 Nahir. pela parte paterna de Man?el Bento Vianna e de
7-3 Ortega!. . sua segunda mulher Francisca de Paula França;
ó-2 Ernesto Ribeiro Vianna, casado com Ignac1a de Mat- neto pela parte materna de _Martinho Diogo Tei-
tos Vianna, filha de Manoel Luiz de Mattos, que foi xeira e de sua mulher Balbma Lopes.
importante commerciante em Curityba, e de sua mu- Teve:
lher Anna Braga de Mattos. 7-1 Milton.
Teve: 7 -2 Acacilda.
7-1 Luiz. 7-3 Wollaston.
7 -2 Cid Ribeiro Vianna, casado. 7-4 Wellington.
7-3 Acacia Vianna Bringer, casada com Jorge Bringer. 7-5 Waltheno.
Teve: 6- 7 Cecy, solteira. . ., . _
8-1 Roberto. 6-8 Jacy e mais 7 filhos fallectaos na mfanc_1a. .
7-4 Oswaldo. 5-7 Tenente-Coronel João Albert~ Munhoz, fallec1do. F~t
7-5 Maria de Lourdes, casada com Luiz Izerns. director da Secretaria do lntenor, do Estado do Parana.
Teve: Como funccionario modelar, intelligente e zelo~?, sou-
8-1 Maria. be honrar as luminosas tradições de sua fam1ha.
7-6 Jahir. Bondoso e justo, gosou serripre da consideraçã~ e res-
õ-3 Francisca Vianna de Araujo, casada com João Lou- peito de seus chefes, assim como dos seus subord111a1os.
renço de Araujo. Casou-se com Maria. Eulalia Moreira Munhoz, ftl~a
Teve: de José Moreira de Freitas e de sua mulher Mana
7 -1 Odette de Araujo Bevilacqua, casada com Pedro Moreira de Freitas.
Bevilacqua. Teve: J ,
7-2 Odilon. 6-1 Valdivia Munhoz Gonçalves, casada com ase
7-3 Olga. Antonio Gonçalves Junior.
6-4 Bernardo Ribeiro Vianna, casado com Maria do Pi- Teve:
lar Aguiar Vianna. 7-1 João.
Teve: 7-2 Trajano.
7 - 1 Mercedes. 7 -3 Belkiss.
7-2 Aracy. 7 -4 Delourdes, casada com Pedro Muzzillo, sem
7-3 Francisco. filhos.
6-5 Julio Ribeiro Vianna, casado com Sarah Tramujas, fi- 7-5 Anna
lha de Alfredo Tramujas e de sua primeira mulher 7-6 Jayme.
Francisca de Azevedo Tramujas. 6-2 Alfredo Alberto Munhoz, telegraphista do. Estado,
Teve: casado com Herminia Lopes Munhoz, filha do
7- 1 Elza. Major Arthur Martins Lopes e de sua mulher
7-2 Eurico. Ouilhennina da Cunha Lopes.
252 GENEAI OGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 253
Nasceu na Capital do Estado de São Paulo a 15 de Maio neceu durante o longo periodo de 8 annos e meio
de 1875. Nessa mesma Capital estudou humanidades no até que, tam?em a pedido, foi mais uma vez remq-
seminario episcopal e de~ois no antigo collegio Ivahy, fa- vido em Ma10 de 1919, para a 1.ª Vara de Orphãos,
zendo os seus preparatonos no curso annexo á faculdade Interdictos, Ausentes e Provedoria da Capital.
de Direito, na qual se matriculou em 1893. Em Outubro desse anno na administração do Presi-
Terminou o curso e recebeu o grau de bacharel em scien- dente Dr. Affonso Alves de Camargo, foi nomeado
cias juridicas e sociaes, no dia 8 de Dezembro de 1896. Chefe de Policia interino do Estado, exercendo esse
Até 1899 advogou nos auditorios daquella Capital, mani- cargo até 3 de Novembro daquelle anno. A 25 de
festando grande actividade e não menor vocação para a fevereiro de 1920, assumindo a Presidencia do Esh,-
carreira que abraçara. do o Dr. Caetano Munhoz da Rocha, nomeou o Dr.
Transferindo-se então para o Paraná, a 20 de Outubro da- Albuquerque Maranhão, Chefe de Policia do Estado,
quelle anno, assumiu o exercicio do cargo de juiz muni- em cujo cargo tem se mantido até a presente data, a
cipal do Termo de Campo Largo, onde permaneceu até contento e com proveito para o interesse publico.
Agosto de 1901. Em 31 de Dezembro de 1922, o Dr. Albuquerque
Em 1901 foi nomeado Promotor Publico de Curityba, Maranhão, foi nomeado Desembargador do Superior
cargo que exerceu com brilhantismo, prestando relevantes Tribunal de Justiça do Estado, preenchendo, por me-
serviços á justiça publica até fevereiro de 1904. Assumiu recimento, a vaga então existente naquella alta corpo-
então a presidencia do Estado o illustre Dr. Vicente Ma- ração judiciaria do Estado. Na convenção do Partido
chado da Silva Lima, que nomeou o Dr. Albuquerque Republicano Paranaense, realisada nesta Capital no dia
M_aranhão, Chefe de Policia do Estado, cujo cargo assu- 30 de Agosto de 1925, foi escolhido para em com-
mm a 25 de fevereiro daquelle anno, nelle permanecendo panhia do Sr. Dr. Marins Alves de Camargo e Co-
até 6 de Janeiro de 1906. ronel Percy Withers, representar o Paraná na conven-
Q~ando Chefe ~e Policia fez concurso perante o Superior ção nacional, reunida a 12 de Setembro na Capital
Tnbunal de Justiça, para exercer o cargo de Juiz de Di- federal, para a escolha do Presidente e Vice-Presi-
r~ito e s;ndo clas~ificado em 1.o lugar, entre os sete can- dente da Republica, como successores dos Drs. Arthur
didatos a v~ga ex1st~n~e na comarca de Rio Negro, foi da Silva Bernardes e Estado Coimbra.
nom~do Juiz de D1re1to dessa Comarca, da qual foi re- Teve:
~ov1do par~ a de Palmas, onde reinavam grandes dissi- 7-1 Eurico de Albuquerque Maranhão, serventuario
d1as e parahzação no movimento forense. publico estadoal.
Em 1907, ainda na Presidencia de Vicente Machado foi 7-2 Carlos Luiz de Albuquerque Maranhão, funccio-
removido para a Comarca de Antonina, onde perma~eceu nario do Banco do Brasil.
apenas 4 mezes, sendo removido ainda em Maio desse 7-3 José Peres, estudante da Escola Militar.
a~no para a Comarca de Ouarapuava, estando já na pre- 7-4 Edgard Maranhão, gymnasiano.
s1_denc1a d<? Estaoo-o e~i~ente paranaense Dr. João Can- 7-5 Marina
d1do f erre1ra que substitmra o Dr. Vicente Machado. Em 7 -6 Marcel lo_
Ouarapu~va o Dr. Albuquerque Maranhão, exerceu a judi- 7-7 Maria Nazareth.
catura ate Julho de.~ 909, q~ando removido, a pedido, para 7-8 Luiz Maranhão, gymnasiano.
a Comarca de Umao da Victoria, onde permaneceu até 7-9 Zulmira
No~embro de 1910, quando foi novamente removido, a 6-4 Ercilia Rocha Küster, fallecida, foi casada com Can-
pedido, para a Comarca da Lapa. Nessa Comarca perma- dido Guedes Chagas.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 263
262
Sem filhos. Ribas e de sua mulher Francisca Joaquina de
6-5 Dr. Manoel da Rocha Küster, engenheiro Andrade, 4-7 de 3-1 de 2-1 do § l .o, capitulo
civil, solteiro. 2.º, titulo Rodrigues Seixas, desta obra.
6-6 Christiano da Rocha Küster, agrimensor sol- Sem descendentes.
teiro. ' 4-4 Balbina Licia Munhoz, casada com o Major Ma-
5-6 Maria da Rocha Miranda, fallecida, foi casada thias Taborda Ribas, commendador e importante
com o Coronel Alexandre Gonçalves Cordeiro de industrial. Filho do capitão Ricardo José Taborda
Miranda, tambem fallecido e que foi prestigioso Ribas e de sua mulher Francisca Joaquina de
chefe politico na cidade de Campo Largo. Andrade, já citados em 4-3.
Sem filhos. Sem geração.
5- 7 Adolpho Rocha, casado com Maria Saldanha Rocha. 3-10 Maria Camilla de Lima, ultima filha de 2-8, casada
Filhos: com o capitão João Machado da Silva Lima, filho
6-1 Dr. Belmiro Saldanha da Rocha, medico e de Agostinho Machado Lima e de sua segunda mu-
I nspector de saude do porto de Paranaguá lher Maria Cardozo Pazes.
casado com Rosita Bastós da Rocha. ' Neto pela parte paterna de Manoel Machado de Lima
Filhos: e de sua mulher Ursula da Cunha Pinto, de Mogy
7-1 Nelson. das Cruzes; neto pela parte materna de Trifonio Car-
7-2 Ruth. dozo Pazes, fallecido em Curityba a 13 de Outubro
7-3 Eurico. de 1775, em avançada idade, e de sua segunda mu-
7-4 Raul. lher Escolastica Bento Telles, filha do Sargento-mór
7-5 Hugo. Francisco Dinis Pinheiro e de sua mulher Clara Pe-
7-6 Adolpho. reira Telles; Trifonio Cardozo Pazes era filho de Si-
6-2 Alberto Rocha, casado com Catharina Ron- mião Cardozo de Leão, fallecido em Curityba em
caglio da Rocha. 1715, quando foram inventariados os seus bens por
filhos: sua mulher lzabel Antunes Fernandes, de quem trata-
7 -1 Octavio Rocha, casado com Sylvia Al- remos adiante neste titulo.
vim de Oliveira. Manoel Machado de Lima era filho de João Machado
7-2 Amelia Rocha, casada com Francisco de Lima, casado em 1680 com 28 annos, em Mogy
Ermelino. das Cruzes, com Izabel da Cunha, filha de Alberto
7-3 Maria Rocha, viuva. Nunes de Bulhões e de sua mulher Anna Maria da
Teve: Cunha
8-1 Eugenio. Neto pela parte paterna de Sebastião Machado de
8-2 Luiz, casado comAureliana daCruz. Lima e de sua mulher Catharina Ribeiro, fallecida em
8-3 Elvira, casada com Alvaro da Costa. 1665, filha de João Manoel Valente e de sua pri--
Teve: meira mulher Maria Ribeiro.
9- 1 Alberto. Sebastião Machado Lima era filho de Braz Machado
9-2 Maria de Lourdes. e de sua mulher Anna da Costa com quem já era
6-3 Caetano Rocha, fallecido solteiro. casado em 1623.
4-3 Bento Florencio Munhoz casado com Maria do Céo Teve, 3-10 os seguintes filhos:
Taborda Ribas, filha do ~apitão Ricardo José Taborda 4-1 Capitão José Machado da Silva Lima, nascido em
TITULO CARRASCOS DOS REIS
264 GENEALOGIA PARANAENSE 265
1822, casou-se em primeiras nupcias com Maria Clara Pi- noel José da Rosa e de sua mulher Maria Francisca de
nheiro Lima, filha de Vicente Ferrer Pinheiro e de sua Paula
mulher Sebastiana Laynes Pinheiro; e em segundas nupcias Teve:
com Anna Guilhermina Pinheiro Lima, irmã da primeira 6-1 Dr. flavio Pinheiro Lima, fazendeiro e advogado, resi-
mulher. dente em Araraquara, São Paulo. Casado com Alice
Teve do primeiro matrimonio: Monteiro, esta já fallecida.
5-1 Dr. José Machado Pinheiro Lima, bacharel em direito filhos:
ministro do Tribunal de Justiça de São Paulo, casad~ 7-1 Noemia, casada
com Maxima Moreira Lima, filha de Antonio Moreira 7-2 Moacyr.
Lima e de sua mulher Constança Alves. Neta pela 7-3 Rodolpho.
parte paterna de Francisco Antunes de Lima e de sua 7-4 Alice, casada
mulher Gertrudes Cypriana de Camargo; neta pela 7-5 Ulysses.
parte materna de Joaquim Alves Cardozo e de sua 7-6 Lauro.
segunda mulher Joaquina Maria de Oliveira. 6-2 Clovis Pinheiro Lima, fallecido. Foi promotor publico em
(Genealogia Paulistana, volume 1, pagina 499, 8-6.) S. José dos Pinhaes, casado com Francisca Paula Pereira.
Teve: Filhos:
6-1 Dr. José Maximo Pinheiro Lima, advogado, ca- 7- 1 Stael Pinheiro Lima, casada com o 1.0 tenente
sado com Maria Euphrasia de Lima, natural de do exercito Emmanuel da Graça franco.
Franca. 7-2 Maximo, academico de Medicina
6-2 Dr. Mario Graccho Pinheiro Lima, medico, ca- 7-3 Benigno Ubyrajara
sado com Adelina Barbosa, filha de Benedicto 7-4 Indio, fallecido.
Augusto Vieira Barbosa, já fallecido, e de sua 7-5 Ruy.
mulher Carolina Martins Barbosa. Neta pela parte 7-6 lndia
paterna de Antonio José Vieira Barbosa e de sua 7-7
mulher Constança Adelina Vieira Barbosa; neta 6-3 Maria Clara, fallecida solteira.
pela parte materna do Commendador Antonio 6-4 Tenente Coronel Benigno Augusto Pinheiro Lima, ser-
Martins dos Santos Junior e de :ua mulher Mi- ventuario municipal, casado com Noemia de França,
quelina Augusta Vieira Barbosa. filha do coronel Ignacio de Paula França e de sua
Teve: segunda mulher Izabel Portes de França
7-1 Maria de Lourdes. Teve:
6-3 J:?r . Ranulpho da Motta Pinheiro Lima, engenheiro 7-1 Maria de Lourdes de Lima.
civil, casado com Carmen Pinto. Tem uma filha. 7-2 Zair de Lima
6-4 Octacilio Augusto Pinheiro Lima. 7-3 Izabel, fallecida aos 2 annos.
5-2 Maria Eugenia de Lima, fallecida solteira em S. Paulo. 6-5 Heitor Pinheiro Lima, fallecido em Antonina. Casado
5-3 Coron~l Benigno Augusto Pinheiro Lima, fallecido em com Parizina de Castro, filha de João Antonio de
Antomna, a 8 de Outubro de 1920 onde foi Collector das Castro e de sua mulher Victoria Coelho de Castro.
Rendas, Deputado Estadoal e Chefe Politico casado com Teve:
Maria Geraldina Rosa de Lima, filha de J~aquim José 7-1 Thessalia de Castro, casada com Joaquim Picanço.
da Rosa e de sua primeira mulher Maria Geraldina Teve uma filha.
Ferreira da Silva; neta pela parte paterna de Ma- 8-1
TITULO CARRASCOS DOS REIS 267
GENEALOGIA PARANAENSE
266
6- 12 Anna Guilhermina Pinheiro Lima, fallecida
7-2 Heitor de Lima Castro, casado. solteira.
7 -3 Cacilda. 6-13 Francisca Pinheiro Lima, fallecida solteira.
7-4 Maria Eugenia, casada. 6-14 José Pinheiro Lima, fallecido solteiro.
7 -5 Victoria. 6-15 Aracy Pinheiro Lima, solteira
7-6 João Eu~enio. . . 6-16 Hercilia Pinheiro Lima, casada com Ma-
6-6 Maria Eugema, fallec1da solteira. noel de Sá Sotto Maior, filho de João de
6- 7 Dr. José Maria Pinheiro Lima, nascido em Antonina Abreu Sotto Maior e de sua mulher Ger-
a 21 de Abril de 1879. trudes f erreira Sotto Maior.
Em 1899 matriculou-se na Faculdade de Direito de Teve:
S. Paulo, completando seu curso a 28 de Dezembro 7 - 1 Manoel de Assis.
de 1902. Em 28 de Janeiro de 1903 foi nomeado 7 -2 Aracybilla.
promotor publico da con:iarca da Lapa, cargo gue 7-3 Leonidas.
occupou até 24 de Fevere!ro de 19_04, po_r ter sido 7 -4 Hernani.
removido para a promotoria da Capital. Foi nomeado 7-5 Joel.
em Julho de 1904 para juiz municipal da cidade da 7 -6 Maria Gertrudes.
União da Victoria, deixando em 1905 esse cargo, 7- 7 flóra.
para occupar o lugar de promotor publico da co- 6-17 Clotilde Pinheiro Lima, casada com o Ca-
marca de Curityba. Permaneceu até 1O de Outubro pitão do Exercito Carlos Manoel de Lima;
de 1916 nesse cargo, sendo removido em seguida tem dois filhos.
para a comarca de Ponta Grossa, não o assumindo 6- 18 Maria da Luz, fallecida solteira.
porem. E' lente cathedratico da cadeira de Theo- 6-19 Victoria, fallecida.
ria e Pratica do Processo criminal, da Faculdade de 4-1 Teve do seu segundo matrimon\o: . .
Direito da Universidade do Paraná. E' dotado de ta- 5-4 Dr. Vicente Machado da Silva Lima, na::.c1do no
lento, illustração e altivez. dia 9 de Agosto de 1850, ~a cidade. de Castro.
Casou-se em 2 de Junho de 1907 com Maria Stella O lllustrado Dr. João Cand1do Ferr:1ra, ªº. to-
de Macedo, filha do capitalista Tobias de Macedo e mar assento na cadeira que lhe fora confiada
de sua mulher Rosa Fonseca de Macedo, filha do pela Academia de Letras do P~raná, fazendo o
capitalista José de Barros Fonseca e de sua mulher elogio de seu patrono o Dr. Vicente Machado,
Maria da Luz Santos Fonseca, já fallecidos. disse:
Teve: «Desde a sua infancia, elle manifestou uma von-
7-1 Rosa. tade firme e um espírito lucido. .,
7-2 Rosy. Narra um dos seus biographos que «Ja se cons-
6-8 Maximo Pinheiro Lima, fallecido solteiro, era gemeo tituía chefe resoluto, persuasi_vo e. prati~o das rea-
com cções collegiaes e dos prehos mfant_1s.... Os
6-9 Maxima Pinheiro Lima, solteira. livros escolares, elle os devorava admiravelmente,
6-10 Joaquim Pinheiro Lima, fallecido solteiro. interpretando com facilidad_e rar~ os seus assum-
6-11 Plínio Pinheiro Lima, casado com Noemia Machado ptos, vencendo classes mais _ad1antada,s nas pu>~
de Lima.
Teve: gnas estimulantes das sabbatmas, a ferula. . · :
Aos 16 annos (1876) entrava para a Academia
7-1 Maria.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
268 269
de S. Paulo e aos 21 (1881) recebia o grau de bacharel «Durante a curta permanehcia na sua cadeira de Juiz ho-
em Direito. nesto e criterioso, soube honrar a magistratura nacional
Em todo esse lustro, escreveu o saudoso paranaense Do- applican.do em suas decisões todas as normas da juris~
mingos Nascimento, «elle foi: primus inter-pares - nas prudenc1a. .
agitações ruidosas da vida bohemia e das correntes liber- <<Espirita alevantado e superior, talhado para não viver
tarias do seu tempo ». submisso e ás voltas com velhos autos, deixou o cargo
«Na Paulicéa, durante o seu curso, elle se impoz como de Juiz e abri~ _b~nca de ad~ogad? naquella cida_de do
um bohemio cheio de ousadia e de talento. interior, onde m1c10u co:11 bnJhanbsmo a sua carreira po-
«Abolicionista enthusiasta, e1Je não perdia occasião de ma- litica, filiando-se ao Partido Liberal. . .. »
nifestar o seu ardor pelas campanhas em pró! da liberda- «- Em 1884, durante a administração do Dr. Brazilio Ma-
de; democrata exaltado, elle estava sempre prompto para chado, foi assiduo collaborador do «Dezenove de Dezem-
luctar pelo advento da Republica. bro» e «Provinda do Paraná», onde escreveu excellentes
«Formado em 1881, regressa ao seu estado natal, occu- artigos sobre a causa publica, revelando-se ardoroso abo-
pando, successivamente, os seguintes cargos: licionista.
«Promotor Publico da Capital em 1881. «Sentindo necessidade de um ambiente mais amplo, mais
«Secretario do Governo em 1882. agitado, onde as suas qualidades de luctador ousado e de
«Lente de Philosophia, no Instituto Paranaense. orador eloquente pudessem expandir-se livremente, atirou-
«Juiz Municipal da comarca de Ponta Grossa, em 1883. se aos braços seductúres da politica.
«Agora que falle o illustre patricio dr. Sebastião Paraná, «ferindo-se em 1886 o pleito eleitoral para os cargos de
naquelle estylo só seu, attrahente e bizarro, sobre esses varios Deputados á Assembléa Provincial, elle apresentou-se can-
estádios da carreira triumphal do grande paranaense. didato dissidente do Partido Liberal, em que militava.
«Diz o illustre confrade: «A sua fama de moço intelligente, de orador primoroso,
«Sua estréa na tribuna judiciaria foi importante, constituin- de patriota ardente e esforçado luctador, conquistou os
do um verdadeiro triumpho. Lembramo-nos ainda da victo- suffragios sufficientes para sua victoria, n'esse pleito me-
~ia ~xtraor~inaria alcançada então pelo jovem orgam da moravel.
Justiça social. n:esse memoravel torneio da intelligencia. «Aos olhos avidos e pasmas dos seus pares, o deputado
«Ve!hos e d1stmctos advogados o escutaram com attenção, dissidente patenteou, n'esse biennio (1886 - 1887), toda a
sentmdo~se emocionados ao som do psalmo brilhantissimo força pujante de seu talento, revelando ao mesmo tempo
pron.unc1ado com fervor pelo inspirado tribuno. o seu ;.ccentuado espirita de politico previdente e mais
«Deixando o cargo de Promotor Publico da Capital, em que tudo o entranhado amor por esta terra que foi sem-
que tant? se distinguiu pela sua intelligencia mascula e pre o seu maior orgulho.» (Dr. J. Pernetta).
reconhecida competencia profissional foi nomeado em 1882 «Assim se foi constituindo o nucleo de um grupo de cor-
Secretario do Governo do Dr. Carlo; Augusto de Carvalho, religionarios que o cercavam com dedicação e o applau-
prest~n~o relevantes serviços áquella fecunda administração diam com enthusiasmo, attrahidos todos pela fascinação
provmc1al. Da cadeira de Secretario do Governo passou do seu valor pessoal e pela ascendencia que, naturalmente,
para a de lente de Philosophia do Instituto Paranaense. elle ia exercendo em qualquer meio em que militasse. Taes
«_!'J'este honroso posto vimoi-o por vezes prender a atten- qualidades revelou n'esse biennio, que já no seguinte o
çao de seus ~lumnos em luminosas dissertações scientificas. Partido Liberal o apresentou como candidato official.
~Em 1883 foi nomeado Juiz Municipal da Comarca de ~Era seu lemma a aspiração do poeta: «Sobe por teu va-
Ponta Grossa. lor, vale por teu trabalho ».
GENEAl OGIA PARANAENSE
270 TITULO CARRASCOS DOS REIS
271
«Para esmar o seu prestigio politico, conquistado em ~ão ,Em 13 de Abril de 1893, na qualidade de Vice-Gover-
curto lapso de tempo, ba~ta recordar que ? Conselheiro ~ador do Estado, assumiu a responsabilidade do Governo,
Jesuino Marcondes, atil~do a acatado chefe !1beral, ao com- ·ustamente quando a revolução federalis~a, ta!ando os c~m-
municar a escolha do Jovem paranaense disse, em uma ~os do Rio Grande, se aprestava para mvadtr as fronteiras
reunião de amigos íntimos: . do Paraná acossada pelas fo~ças legaes. .
« - Eis aqui a esperança do partido. . «Invadido o Paraná em Janeiro do anno segumte, o Go-
«De facto, em 1888, em um notavel discurso, ~a Assem- vernador preparava-se para «assegurar a ordem publica e
biéa Provincial fez, com o ª:dor de um verdadeiro crente, garantir a tranquilidade do Estado » conforme a moção vo-
a sua profissão de fé republicana. . .. tada pelo Poder Legislativo de 30 de Novembro de 1893.
<,Na sessão de 22 de Agosto desse mesmo anno 1usbf~- <(Não tendo encontrado apoio para un:ia res_istencia eff\caz
cou uma indicação, em palavras ardentes, sobre a necessi- á horda invasora, Vicente Machado f01 obngado a deixar
dade inadiavel de tornar-se effectiva a federação. _das Pro- a Capital a 18 de Janeiro, ficando suspenso no Estado o
víncias por «uma descentralização completa, pohtica e ad- Governo Legal. .
ministrativa». . «Reassumiu as suas funcções a 12 de Abnl, em Castro,
«Essa indicação apresentada pelo moço republicano, teve e entrando em Curityba a 5 de Maio de 1894, dirigiu ao
larga repercussão, na Província e fóra della. . Congresso Legislativo uma Mensagem, ª. 18. do mesr:n?
«Na sessão de 23 de Setembro de 1889, dois mezes an- mez na qual affirmava: «Diz-me a consc1enc1a, que, ubh-
tes da proclamação da Republica, pronunciou ~m _discurso zando os poderes que me conferis~e~, tudo fiz P.ara q_ue o
arrebatador, onde reaffirmava as suas conv1cçoes repu- nosso querido Estado não fosse v1cbmado pela mvasao, ?
blicanas. que infelizmente não pude log~ar p~l~ desdob:amentu si-
«Após o advento da Republica, fez parte do _qoverno Pro- nistro que aos acontecimentos 1mpnmm a fatalidade ».
visorio, occupando o cargo de chefe de Pohc_1a. . (, Accusado de ter abandonado o Estado, deixando sem
«Depois foi Presidente da Camara de. Cuntyba e ~ais defeza os amigos e o territorio confiado á sua guarda, de-
tarde Superintendente da Instrucção Pubhca do Parana. . . fendeu-se cabalmente.
<< Ü facto de ter Vicente Machado occupado com raro bri- ,. Eu não havia de ficar, disse elle no Senado, guardando
lho tantas e tão variadas posições durante . um cu:to es- sereno o posto que me confiára. o vo_to popul~r, quando
paço de tempo e em todas ter manifestad? mexced1vel ca~ não tinha elementos para garantir a mmha auto:t?~de,_ ne:ri
pacidade de trabalho e uma competenc1a assombrosa, e forças para fazei-a respeitar; praticar/a um sacr!hc10 mut!I,
prova eloquente de que elle possuia um conjuncto_ de ~o- permanecendo na Capital, quando diante de mim eu via
tes excepcionaes que o extremavam dos seus conc1da_da~s. correr apavorado o Commandante ?º Districto, o chefe de
«Com o grande predomínio que já exercia n'este terntono todas as forças militares, e não sena com duas ordenan-
e o afan que evidenciava de cercar o Estado de todas as ças, acompanhado de meia <luzia de amigos desarmados,
garantias, promovendo seu progresso e assegurando todas
as liberdades, elle não podia deixar de fazer parte d~ Con- que poderia resistir á invasão; e quando se escrever a
gresso Constituinte Estadual, presidindo á confecçao da historia desapaixonada e desprevenida ~e todos. e?ses factos,
nossa carta constitucional. ha de se dizer que procedi com digmdade, c1v1smo e pa-
«foi alem, superintendeu a organização do ensino, da força triotismo. »
publica, da justiça, deixando em todos esses d~partamen- ,Decorridos alguns dias, após a sua chegada triump~~I,
tos da administração o cunho de sua individualidade su- eis que se propala, causando arrepios de terror, a noticia
perior. de uma carnificina na Serra.
,Levantou-se a mais formidavel e torva accusação ao chefe
272 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 273
do Governo Legal, sendo, entretanto, bastante a narrativa Referindo-se a esse facto, pronunciou estas palavras no
do monstruoso attentado para que se tenha a firme con- Congresso do Es~ado (Sessão de Outubro de 1897) :
vicção de que um homem da estofa de Vicente Machado ,< Outro dia, na tnbuna, do Senado, o orador ouviu a voz
não seria capaz de tamanha covardia. do patriotismo, do patrioti~mo substanciado na individua-
«Era o massacre de patricios bons e inoffensivos, autori- lidade de um illustre servidor da Patria, que foi o pri-
zado pelo mais alto representante militar da legalidade. meiro que no dia em que punha os pés no recinto do
«Vicente Machado, que era então Governador do Estado, Senado perguntou se podia cumprimentar aos representan-
foi accusado vehementemente como um dos responsaveis tes do Paraná, sem receio de que lhe ficasse pendente da
por essa innominavel carnificina e carregou por longo mão uma gotta de sangue.
tempo, com o peso d'essa injusta accusação. iO espírito nacional investigou ponto por ponto esse pe-
«Estranho a tudo que se referia áquelle acontecimento riodo negro da historia paranaense, e dias depois o ora-
publicou sem tardança, um manifesto eloquente, energico'. dor teve a ventura incomparavel de ouvir d'esse beneme-
rico de conceitos elevados, afastando de seus hombros rito servidor da Patria, cujo nome declino com veneração,
qualquer co-participação e protestando contra os actos do 0 snr. Marechal Almeida Barreto, as seguintes palavras:
representante do Governo federal. eu me orgulho de poder cumprimentar os dignos repre-
«Paranaense, diz elle, e amigo do meu Estado, cheio de sentantes do Paraná; elles não tiveram a minima respon-
cuidados pela união da familia paranaense jamais poderei sabilidade das scenas sanguinolantes que se deram na Serra».
concorrer para que á sombra do meu nome humilde, e com <, - Vicente Machado era um luctador impetuoso, árdego,
a responsabilidade do alto cargo que occupo, fructifique a mas nunca despia a chlamyde de cavalheiro.
semente do odio e da vingança, e todo o seu lugubre «Atacar de tacaia só o fazem os tarados ou os covardes,
cortejo de horrores. e Vicente Machado de tudo isso estava longe.
«A excellencia do regímen republicano está nisso: dentro De como procedeu Vicente Machado, como administra-
da lei ha remedia para todos os males. dor e defensor da legalidade, dá a justa medida este tele-
«Os. meus patrícios qu~ por um motivo qualquer cahiram gramma em que floriano Peixoto responde á communica-
debaixo da acção da lei pela communhão com a revolta, ção que elle fez de deixar o governo, a 16 de Junho de
P?dem. se conservar tranquillos quanto a perseguição e 1894:
v10lenc1as por parte das auctoridades do Estado, assim como, « Dr. Vicente Machado.
estou certo, estarão por parte das auctoridades da União. ,Não posso deixar de confessar que fui surprehendido pelo
«Nada dignifica tanto a auctoridade como a severa appli- vosso telegramma em que daes parte deixastes Governo do
cação da lei. Estado, ao qual já tendes prestado e estaveis prestando rele-
«_Dos. eff.eitos d'esta não devem temer os que tiverem por vantes serviços como administrador nos tempos mais diffi-
SI a ]Usbça.» ceis esforçado batalhador pela consolidação da Republica.
«Discutia-se a mensagem em que Floriano Peixoto pedia «Sem offensa ao vosso substituto, acreditae que sinto muito
approvaçã~ de seus actos durante a revolta (Sessão de a vossa retirada n'esta quadra de sacrificios, dedicação, de-
~q de Maio. de 1895). Vicente Machado, depois de jus- votamento a esta Patria Republicana.
tificar o pedido de floriano Peixoto, proferiu, com o des- «Saudações. - Floriano Peixoto.»
assombro de quem tem a consciencia pura e as mãos lim- « - Em 1895, foi eleito Senador, após um pleito dos ma\s
P.ª~' uma defeza de seus actos na vigencia do Estado de renhidos, que já se feriu no Paraná e onde pôz em evi-
sitio no Paraná, que levou a convicção aos espiritos de dencia os recursos de um luctador indefeso, e de um chefe
seus pares. invencível.
GENEALOGIA PARANAENSE
274 TITULO CARRASCOS DOS REIS
275
«Eleito Senador da Republica, diz o Dr. J. Pernetta, assim «leader» da maioria, pelo infausto e lamentavel fallecimento
que attingiu a idade co~stitucional, a sua in_?ividu~lidade do eminente paranaense, a quem estavam confiadas as re-
logo se destacou . n? se10 da alta corporaçao l~g1slativa 1
deas da suprema governação do Estado.
pela sua palavra msmuante e competente, nas discussões «O Dr. Vicente Machado da Silva Lima, durante um quarto
dos problemas mais complexos, pelo seu ardor cívico e de seculo, que tanto durou a sua vida publica, exerceu
pela sua inabalavel fé republicana. notavel e nos ultimas 15 annos á esta parte, decisiva in-
« Em franca opposição á política trilhada pelo governo do fluenci~ nos negocios publicas do Paraná, prestando rele-
Dr. Prudente de Moraes, na tribuna do Senado, os seus vantes serviços á sua terra natal.
pares e os seus concidadãos pasmaram diante de sua ener- «Referindo-se á questão de limites, onde o povo parana-
gia, do seu talento e do seu vigor inexcediveis. ense1 olvidando todas as dissenções partidarias, se levan-
«Elle exerceu tal predomínio n'essa corporação, desenvol- tou como um só homem, cheio de energia, de ardor, de-
veu em todas as discussões tal fecundia e auctoridade, ma- votamento para defender a integridade do seu territorio e
nifestou-se, em summa, tão brilhante e completo parlamen- onde sublimou a acção de Vicente Machado, assim fallou
tar, que o Dr. Campos Salles, na suprema magistratura do o valoroso chefe da minoria:
Paiz, sopitando recentes aggravos, chamou-o e confiou-lhe « ••• é inquestionavel que o povo paranaense, sem dis-
a <, leaderança» daquella Camara Alta. tincção de partidos, deve-lhe um tributo de eterna gratidão
«Tendo combatido com ardor a candidatura de Campos pela attitude intelligente, altiva, resoluta, energica e abne-
Salles á suprema magistratura da Republica e infligindo- gada, com que se manteve na occasião da mais dolorosa
lhe uma tremenda derrota, apesar da pressão indebita e provação porque tem passado o nosso Estado, quando es-
escandalosa do Governo da União, que chegou ao extre- teve ameaçado de pereclitar a integridade da patria para-
mo de mandar um vaso de Guerra ás aguas de Parana- naense.
guá, o seu valor indiscutível fez olvidar todas as maguas, «E isso basta, Snr. Presidente, para que o povo rodeie
calar todos os resentimentos. compungido, o corpo, hoje inanimado, d'esse homem, que
« - Em 1903, foi eleito Presidente do Estado sem com- hontem, na pujança da sua vitalidade, recebia d'esse mes-
petidor, tendo assumido o Governo a 25 de Fevereiro de mo povo os mais enthusiasticos applausos.»
1904. «foi tão rapida a passagem de Vicente Machado pela
« - Quando estava na plenitude do seu vigor intelledual, terra que faz lembrar o aerolitho que risca a atmosphera
quando mais amplos e bellos se descortinavam, á sua vi- em subita fulguração e já tomba no cadoz do seu destino.
são de estadista novos e seductores horizontes, eis que á «Mas, nesse rapido perlustrar por nosso ambiente, elle
~ de Março de 1907, aos 46 annos e 7 mezes, a morte deixou uma obra de tal tomo e de tal vastidão, que o
mterrompeu aquella vida de escól. tempo não o conseguirá demolir, antes engrandecer.
«No dia seguinte ao do seu passamento, em sessão do tA morte de Vicente Machado abalou os fundamentos de
Congresso Estadoal, o eminente «Ieader» da minoria Dr. sua obra e tudo transmudou.
Generoso. Marques dos Santos, que era tambem o chefe «O tempo, em seu carro cheio de mysterios e surpresas,
da oppos1ção, levantou-se commovido e pronunciou estas vae andando, vae correndo, sem breque que o detenha nem
palavras eloquentes que bem evidenciam a elevada consi- impulso que o accelere, deixando uns no pó da estrada e
dera~ão em que era tido o preclaro paranaense: - «Snr. outros nos pinaculos da montanha, insensivel e indifferente
Presidente, com toda a sinceridade, profundamente cons- a tudo e a todos; mas, a justiça que o acompanha em
ternada, a bancada opposicionista desta casa associa-se á sua trajectoria sem fim, ora célere, ora tarda, vae sond~n-
moção de pezar que acaba de s~r proposta' pelo nobre do, vae pesando e vae medindo tudo para a sua· obra m-
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 277
276
exoravel de reparação, para a sua sentença inappelavel e 6-5 João Antonio Machado Lima, solteiro, fiscal
eterna. dos Impostos de Consumo, no interior do
<zA' medida que o tempo corre, a justiça implacavel vae Paraná.
penetrando mais fundo os arcanos da vida de Vicente Do segundo matrimonio teve os filhos já des-
Machado e mais saliente e mais fulgurante apparece na criptos no capitulo 2.0 deste titulo.
historia contemporanea, a sua figura inconfundivel.» (Ex- 5-5 José Eugenio Machado Lima, fallecido foi casado
cerpto do Discurso do Dr. João Candido.) em Itatiba, Estado de S. Paulo com Veturia Lima.
foi casado em primeiras nupcias com Antonia Moreira Filhos:
Lima, filha de Antonio Moreira Lima e de sua mulher 6- 1 Evangelina.
Constança Alves, já descripta em 5-1 retro. 6-2 Anna Guilhermina.
Casado em segundas nupcias com Heiena de Loyola, filha 6-3 José.
do Coronel Joaquim Antonio de Loyola e de sua mulher 6-4 Clotario.
Guilhermina dos Santos Loyola, 5-3 de 4-3 de 3-5 de 6-5 Luiz Napoleão.
2-7, § 8.0 , do capitulo 2.o deste titulo. 5-6 Octavio Elpidio Machado Lima, fallecido, foi con-
Teve do primeiro matrimonio: tador dos Correios do Paraná e Promotor Publico
6-1 Dr. Caio Oraccho Machado Lima, advogado, redador em Jacarézinho. foi casado com Maria Elisa Leite.
director do jornal «O Dia», casado com Ercilia Coelho, filhos:
viuva de Armando Paiva, filha de Luiz Antonio da Silva 6-1 Maria de Lourdes, casada.
Coelho e de sua mulher Maria Clara de Bittencourt. 6 -2 Olga, casada_
Sem geração. 6- 3 Zilda, solteira.
6-2 Dr. Antonio Jorge da Silva Lima, advogado, consul- 6-4 Odette, solteira.
tor juridico da Delegacia Fiscal do Paraná; casado 5- 7 Maria Camilla de Lima Menezes, fallecida, foi a
com Zayra de Abreu, filha do dr. Candido Ferreira primeira mulher do Tenente-Coronel do Exercito,
de Abreu e de sua mulher Euphrosina Corrêa de Abreu. Commandante do 13.0 Batalhão de Caçadores de
Filhos: Joinville Adalberto Gonçalves de Menezes, filho
7 -1 Risoleta. do Major Joaquim Antonio Gonçalves de Menezes
7-2 Diva. e de sua mulher Catharina de Macedo Menezes.
7 -3 Oilvaneta. Teve:
7-4 Armando Jorge. 6- 1 f rancisca, fallecida.
7 -5 Regina Maria. 6- 2 Marina, casada com Edmundo Leitner.
7 -6 Candido Jorge. 6-3 Euthalia de Menezes Freitas, casada com
6-3 Dr. Vicente Machado Filho advogado, casado com Pedro de Freitas.
Ondina Cordeiro Machado.' Teve:
Filhos: 7-1
7-1 Eglé. 7 - 2 Maria Camilla.
7-2 Edith. 6-4 Catharina de Menezes, casada com Alcebia-
7-3 Edilberto. des Liberali, collector federal da Palmeira.
7-4 Edmar. 6-5 Daura.
7-5 Eny. 5-8 Heitor, fallecido.
6-4 Valentina Machado Lima, fallecida. 4-2 Joaquina Maria da Cunha, filha de 3-10.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
278 279
Casada com o Maestro Jacintho Manoel da Cunha natu- dos Anjos Cunha, em primeiras nupcias· e em se-
ral do Rio Grande do Sul, cidade de Sant'Anna 'do Li- gundas nupcias com Olivía Cunha. '
vramento; filho do Tenente-Coronel do Exercito de }.a Teve da primeira mulher:
linha João Manoel da Cunha, commandante da fronteira 6-1 Ottilia da Cunha Pinto, fallecida, casada com o
e de sua mulher Gertrudes Maria da Cunha, o qual de~ professor Capitão Isidoro da Costa Pinto de
pois de reformado passou a residir em Paranaguá com quem foi segunda mulher. '
sua família. Teve:
O Maestro Jacintho Manoel, desde logo revelou o seu ta- 7 -1 Ottilia.
lento musical e abraçou a profissão de professor de mu- 6-2 Sylvina da Cunha Pinto, casada com o seu cu-
sica, piano, solfejo e canto, prestando por essa forma re- nhado Isidoro da Costa Pinto, de quem é a 4,ª
levantes serviços a Paranaguá, pelo ensino que ministrava mulher.
á mocidade, e pelo estimulo que lhe trouxe. Teve:
Tocava e cantava nas solemnidades religiosas, não só com- 7 -1 Leozil, fallecida
posições musicaes de sua autoria como tambem composi- 7 -2 H uldegrina.
ções de seu irmão o Tenente-Coronel Dr. João Manoel da 6- 3 Valdivia
Cunha, notavel musico e compositor, e as do seu parente 6-4 Guilhermina, fa:llecída
Maestro Bento Menezes. A respeitavel família Cunha era 6-5 flavia
composta em sua quasi unanimidade, de musicas e musi- 6-6 Vicente.
cistas de nomeada. 6- 7 Jacintho.
Alem dos irmãos Jacintho e Dr. João Manoel, salientou-se 5-3 Augusta da Cunha Cezar, casada com João Severian0
como grande musico e compositor o illustre Dr. Brasília Cezar, natural de Itapetininga, S. Paulo, filho de An-
ltiberê da Cunhé., filho deste ultimo; como musicistas os selmo Cezar e de sua mulher Clotilde Cezar.
Snrs. Henrique ltiberê da Cunha e seu irmão João ltiberê Teve:
da Cunha. ó-1 Ottilia, viuva de
Teve:
5-1 Maria. Teve.:
5-2 João Manoel da Cunha Sobrinho, casado com Maria 7-1 Mario.
7-2 Ludovico.
O Snr. Jacintho Manoel da Cunha, passou a segundo matrimonio com Maria 7-3 Olga.
Cardenes da Cunha.
Teve o filho unico : 7 -4 Cornelia.
1. Bernard_ino Cunha, serventuario municipal de Curityba, casado com
Mana do Carmo Saldanha. filha de Pedro de Freitas Saldanha
6-2 Olivia Cezar Xavier, casada com Êudorico Xavier.
e de sua mulher Ursula Saldanha. filho unico:
Teve:
a) Manoel, fallecido. 7 -1 Aristides, nascido em 1907.
b) Tenente Ary Saldanha da Cunha casado com Gilda Ravaglio 6-3 Hercilia Cezar da Cruz, casada em primeiras nu-
filha de João Ravaglio e de ;na mulher Dionizia Ravaglio.
c) Abdon Saldanha da Cunha. pcias com Julio Justiniano de Oliveira e Cruz, e
d) Albano Saldanha da Cunha. em segundas nupcias com Arthur Luiz de Vas-
e) .Alba Saldanha da Cunha.
f) Aracy Saldanha da Cunha. concellos Lopes.
g) Amaodina, fallecida Sem descendentes.
)lJ Arold.; Saldanha da Cunha.
1) Avany Saldanha da Cunha 6-4 Capitão Hermínio da Cunha Cezar, casado com
j) Amandina Saldanha da Cu~ha. Córa Paquete, filha de Antonio Justiniano Pa-
TITULO CARRASCOS DOS REIS
280 GENEALOGIA PARANAENSE 281
quete e de sua mulher Maria Candida Soares vindo varias vezes de contador e delegado Fiscal.
Paquete. Empregado intelligente, trabalhador e zeloso procu-
filhos: rou sempre harmonisar os interesses da Faze~da com
7 - 1 Hairton. os do publico, a quem attendia com devotada soli-
7 -2 Hernani. citude.
7-3 Heron. Era filho do benemerito cidadão Candido Martins Lo-
7-4 Hilda. pes e de sua mulher Gertrudes da Silva Lopes.
6-5 Judith Cezar Monegaglia, casada com Henrique Ao ser installada, em 19 de Dezembro de 1853 a
Monegaglia, filho de João Monegaglia e de sua nova Província do Paraná, anteriormente 5.a Com~rca
mulher Elizabethe Monegaglia. de S: Paulo, animou-se o então typographo Candido
Teve: Martins Lopes, a transportar do Rio de Janeiro para
7-1 Zilda. Curityba o material typographico com o qual mon-
7-2 Stella. tou ~ «Oezenove d,e Dez~mbr~», primeiro jornal que
7-3 Celina. se editou no Parana, e CUJO pnme1ro numero foi pu-
7-4 Mario. blicado no dia 1.0 de Abril de 1854.
7-5 Gastão. Este facto que a primeira vista parece natural e de
7 -6 Henrique. p~queno. ~alor, tev~ comtudo grande importancia na
7-7 Nilda. vida poht1ca e social da nova Provincia
7-8 Ruth. foi como um pharol resplandecente que veio illumi-
5-4 Joaquina Maria da Cunha, casada em primeiras nu- nar as trevas em que jazia a nascente Província tra-
pcias, a 30 de Julho de 1870, na cidade de Curityba, zendo o influxo civilisador para um meio acanh~do e
com felintho Elysio de Paula, nascido a 21 de Se- por demais atrazado. As trevas deram lugar á luz.
tembro de 1848 e fallecido a 16 de fevereiro de E o que é mais admiravel em tudo isso, é o espírito
1874, filho do Tenente João Manoel de Paula e de emp:ehend~?~r e forte de Candido Lopes, vindo, sem
sua mulher Maria dos Anjos Paula. medtr sacnfic1os, luctando com grandes difficuldades
Joaquina Maria da Cunha, casou-se em segundas nu- pecuniarias, atr~vez de obstaculos de toda a especie,
pcias com Alfredo lndio do Brasil. tra~er - em lombos de burros - a sua typogra-
Teve do primeiro matrimonio: ph1a, para montai-a n'uma pequena cidade do interior,
6-1 Agostinho de Paula, casado com Julieta Chaves como era Curityba em 1853.
de Paula, filha do Tenente José Lourenço de Esse facto deve ser relembrado, para servir de exem-
Vasconcellos Chaves e de sua mulher Francisca plo, do quanto pode a força de uma vontade impe-
Franco de Vasconcellos Chaves. riosa e firme.
Sem filhos. O «Dezenove de Dezembro», jornal de boa feição
6-2 Eurico, fallecido na infancia. m~terial e muito bem dirigido, tinha uma nitidez ad-
6-3 Theodomiro, fallecido na infancia. m1ravel em sua composição typographica, optimo pa-
5-5 Guilhermina. da Cunha Lopes, casada com o Major pel e com um brilhante corpo redactorial, podendo
Arthur Martms Lopes, nascido em Curityba, a 20 de dessa forma bem orientar a opinião publica.
Outubro de 1859. Foi distincto serventuario de fa- Curityba tornou-se então, como que uma sociedade
zenda, tendo feito toda a escala de accessos desde nova e regenerada, alcançando a visão de novos ho-
praticante até o cargo de primeiro escripturario, ser- rizontes e abrangendo novos ideaes políticos e sociaes.
TITULO CARRASCOS DOS REIS
282 GENEALOGIA P ARANAENSE 283
Pela publicação dos actos officiaes, teve o « Dezenove de 7-5 Alfredo, fallecido.
Dezembro» uma remuneração mensal de 60$000. Mais 7-6 Alfredo.
tarde foi essa quantia elevada, pelo accrescimo da publica- 7-7 Laura.
ção das adas da Assembléa Provincial, publicação e en- 7-8 Carlos.
cadernação das Leis e de objectos de expediente. 6-4 Luiz Napoleão Lopes, casado com Osmilda Barth
Exerceu, a par com os encargos de sua profissão, os car- Lopes.
gos publicos de procurador fiscal interino da Thesouraria Teve:
Provincial, em 1864. Foi sub-delegado de policia juiz de 7-1 Luiza.
paz e camarista municipal de Curityba. ' 6-5 Herminia Lopes Munhoz, casada com Alfredo Alberto
Em 1661, pelo seu contracto de publicações dos actos of- Munhoz, filho do coronel João Alberto Munhoz e de
ficiaes, entendeu o Governo do presidente Dr. José Fran- sua mulher Maria Eulalia Moreira. 5-7 de 4-1 de 3-5
cisco Cardoso, fazer inserir no « Dezenove de Dezembro» de 2-7, § 9.0 , capitulo 2.0 deste titulo.
nas sessões editoriaes, artigos elogiosos á sua administra~ Ahi a descendencia.
ção, que era combatida por ambos os partidos: Liberal e 6-6 Guilhermina Lopes Bezerril, casada com o Capitão
Conservador. Dr. Guilhermino fontenelli Bezerril, engenheiro mili-
Candido Lopes recusou terminantemente ceder ao Governo tar, dotado de talento. Fallecido.
as. duas columnas por elle exigidas, embora estivesse in- Teve:
teirado 9e q~e seria rescindido o contracto com o jornal. 7-1 Araldo.
7-2 Aroldo.
A reacçao nao se fez esperar; a subvenção foi retirada e
o govern~ teve de montar uma typographia, para publicar 7-3 Arilda
seu expediente. Não esmoreceu no entanto o benemerito 7-4 Arina
cidadão, continuando a publicar' o seu jorn~I, embora que, 7-5 Armando.
luctando abnegadamente e com os maiores sacrifícios. A 7-6 Guilherme, fallecido.
sua te~p~ra ,era de q~~: - antes quebrar que torcer. 6-7 Maria Antonietta Lopes Garcez, casada com o Dr.
Transm1ttm a sua famil.1a um nome honrado e respeitoso. Euripedes Garcez do Nascimento, illustre medico, lente
Gosou de grande consideração e amisade e o seu nome da Academia de Medicina do Paraná, filho de Fran-
acha-se gravado de forma indelevel1 e merecidamente' em cisco Gonçalves do Nascimento Rosa e de sua se-
u~a P1aca, qu_e honra a uma das ruas de Curityba. gunda mulher Olympia Ç}arcez do Nascimento.
Nmgue!11~ mais do qu~ elle, fez juz á essa homenagem. Teve:
O Cap1tao Arthur Martins Lopes, de seu matrimonio, teve: 7-1 Loth.
6- 1 Manoel, fallecido. 7-2 Aloah.
6- 2 Candido, fallecido. 7-3 Lais.
6-3 Iphigenia L~~es Rego Barros, casada com o Capitão 7-4
da força Militar do Estado do Paraná Augusto do 6-8 Gertrudes Lopes Munhoz, casada com o Capitão Cae-
Rego Barros, fallecido. tano José Munhoz, morto em combate contra os fa-
Teve: naticos do Contestado.
7 - 1 Dinorah, fallecida. Filho do Commendador Alfredo Caetano Munhoz e
7-2 Stella. de sua primeira mulher Rita Machado Lima. 5-.J de
7 -3 Augusto. 4-1.
7-4 Eleonora. Teve:
284 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
285
7-1 Marina. Sacerdote venerando, morreu com avançada idade, a
7-2 Raul. 30 de Dezembro de 1882.
7-3 Dinorah. Seus bens foram inventariados e partilhados entre seus
6-9 Arthur Lopes filho, casado com Glaucia irmãos.
Muniz de figueiredo, filha de José Muniz de 4-5 Luiza Maria de Lima Coelho, casada com Domingos
figueiredo e de sua mulher Maria da Luz Affonso Coelho.
Lisbôa de figueiredo. Teve:
Teve: 5- 1 Dr. Constante Affonso Coelho, distinctissimo en-
7-1 Caetano. genheiro civil, casado com Eulalia de Carvalho,
7-2 Nice. filha do Dr. Eulalio da Costa Carvalho, medico,
7-3 João. e de sua mulher
6-10 Dulcidia Lopes Busse, casada com Olivio
Busse, commerciante. 5-2 Domingos Affonso Coelho, casado com
Teve:
7-1 Diaoli. 5-3 Maria Affonso Coelho, casada em Ouarakessaba,
7-2 Niedy. a 3 de Junho de 1871, comjoséAlexandre Car-
7 -3 Roberto Claudio. doso, filho de Antonio José Alexandre Cardoso
6-11 Candida Lopes Pereira, casada com Leo- e de sua mulher Porcina Maria das Dôres.
cadio Pereira, filho de Lucio Leocadio Pe-
reira e de sua mulher Esther Ferreira Pe- 5-4 Antonia Maria de Lima, casada a 12 de Outu-
reira. bro de 1871 com Antonio Manoel Cardoso, fi-
Teve: lho de Antonio José Alexandre Cardoso e de
7 - 1 Lucio Arthur. sua mulher Porcina Maria das Dôres.
7-2 Levy.
7-3 Leocadio. 5-5 Victoria Coelho de Castro, casada com João An-
6-12 Dr. Laura da Silva Lopes, advogado, resi- tonio de Castro, fallecídos, foi 1.0 Escripturario da
dente em Santa Catharina, casado com Poly Alfandega de Paranaguá e mais tarde exerceu
Alves Lisbôa, filha de Honorio Lisbôa e d~ igual cargo na Alfandega de Macahé, onde se
sua mulher Poly Pereira Alves Lisbôa. aposentou.
Filho: Teve:
7 - 1 Maria de Lourdes. 6-1 Parisina de Castro Lima, casada com Hei-
6-13 José Martins Lopes, proprietario da phar- tor Pinheiro Lima, filho do Coronel Beni-
macia Correia, casado a }.o de Julho de gno Pinheiro Lima e de sua mulher Maria
1925 com Pareia Miró Lopes, filha do Dr. Geraldina Rosa Lima 6-5 de 5-3 de pa-
Joaquim Miró e de sua mulher Maria das gina 264, deste.
Dôres Guimarães Miró. Ahi seus descendentes.
4-3 Capitão João Machado de Lima, fallecido. 6-2 João Antonio de Castro Junior, casado com
4-4 Padre Agost!nh~ Machado da Silva Lima, foi por mui- Francisca de Souza Castro.
tos a_nnos v1gano da parochia de Curityba, sempre 6-3 Carlos, fallecido.
respeitado e amado por seus parochianos. 6-4 Raul, fallecido.
GENEALOGIA PARANAENSE
286 TITULO CARRASCOS DOS REIS
287
5-6 Agostinho Affonso Coelho. Martins Bonilha e de sua mulh~r Leonor Leme, cuja vida
5- 7 Virgilio Affonso Coelho. e ascendentes descrevemos no titulo Martins Leme
5-8 José Affonso Coelho. Teve 6 filhos: ·
5-9 Beluca. 1-1 Capitão José Martins Leme § }.o
1-2 Antonia Leme da Silva § 2.0
CAPITULO 3.º 1-3 Anna Maria da Silva § 3.o
1-4 Balthazar f ernandes de Leme § 4.o
3 Belchior Carrasco dos Reis, andava em bandeiras pe- 1-5 João Martins Leme § 5.o
los sertões, quando falleceu seu pai em 1697 · foi 1-6 Izabel Antunes Cortes § 6.o
casado em Sorocaba com Maria Domingues. '
Teve (Genealogia Paulistana, Volume 6.o): § l,o
1- 1 Gaspar Carrasco dos Reis. § l .º
1- 2 Salvador Domingues § 2.º 1-1 ~pitão Jo~é Mar:tins Leme, casado com Antonia Ri-
beiro da Stlva, filha do Capitão Antonio Ribeiro da
§ }.o Silva, fallecido em Curityba em 1725 e de sua mu-
lher Maria de Siqueira de Almeida, f~llecida em Cu-
1- 1 Gaspar Carrasco dos Reis, casado em primeiras nu- rityba, a 28 de Abril de 1717, filha do Capitão Ma-
pcias em 1737, em Sorocaba com Ignacia de Almei- noel da Cunha Gago e de sua mulher Anna de Si-
da, filha de Antonio Bicudo Furtado e de sua mu- queira (C. O. de Curityba.)
lher Luiza Mendonça, com ascendentes em Titulo Al- Teve:
meidas Castanhos 4-5 de 3-6; casou-se em segundas 2-1 Mar!a de Almeida de Siqueira, casada com o
nupcias em 1742 em Sorocaba com Anna Maria, fi- Capitão Lourenço Castanho de Araujo, filho de
lha de Nicolau Valente e de sua mulher Luzia Pe- Lourenço Castanho Taques e de sua mulher Anna
reira, de ltú. de Arruda Castanho; neto pela parte paterna de
§ 2.0 Lourenço Castanho Taques e de sua mulher Ma-
ria de Araujo, fallecida em S. Paulo em 1683;
1 -2 Salvador Domingues, foi casado em Sorocaba com neto pela parte materna de Francisco de Arruda
Francisca Maria, filha de José de Oliveira e de sua e Sá e de sua mulher Maria de Quadros.
mulher Thereza de Jesus; neta pela parte paterna de 2-2 Maria de Almeida Siqueira
Antonio de Oliveira f aleão e de sua mulher Izabel Teve 7 filhos: (Genealogia Paulistana, Volume 4.o)
Ribeiro; neta pela parte materna de Salvador de Oli- 3- 1 Antonio de Almeida Lara.
veira Gago e de sua mulher Izabel da Costa Sobrinho. 3-2 Luiz de Almeida.
3-3 Lourenço Castanho de Araujo, fa11ecido em
1794 na Parnahyba, casado com Anna de
CAPITULO 4.o Brito Silva, filha do Capitão Francisco Cor-
rêa da Fonseca Guedes e de sua mulher
4 ('1 argarida
f ~rnandes dos Reis, em 1697 já era vi uva Maria Pinto da Silva
de Antom<_> Martins Leme, filho do Capitão-m9r ·.. Teve:
povoador de Cuntyba Matheus Martins Leme e de sua 4-1 Maria Luiza de Almeida Pinto, casada
mulher Anna de Góes; neto pela parte paterna de Thomé com o Capitão Joaquim de Camargo
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
288 289
Penteado, morador em S. Roque. Com des dos Reis, do Capitulo 4. 0 , falleceu em Curityba em
ascendentes no Volume 1.0 da Genea- 1754 com 70 annos de idade, sendo casada com O Ca-
logia Paulistana, pagina 271, em 4-7 pitão José Nicolau Lisbôa.
de 3-2. Teve: (C. E. de Curityba.)
4-2 José Joaquim. 2-1 Josepha Rodri&ues Li?bôa, ~sa~a em Curityba em
4-3 Joaquim José. 17.44 com )o?e Rodngues Te1xe1ra, filho de João Ro-
4-4 Capitão José Manoel Castanho, casado drigues Te1xe1ra e de sua mulher Francisca Ribeiro
em 1821 em S. Roque com Delphina da Silva (ou de Siqueira).
Maria. Ver ascendentes em Volume 4.o Teve: (C. E. de Curityba.)
da Genealogia Paulistana, folhas 234 3- 1 f rancisca Rib_eiro da Silva, casada em Curityba
em 5-4 de 4-3. a 28 de. J~neiro. de 1776 com Miguel Domin-
4-5 Gertrudes de Almeida Arruda, casada gues Te1xe1ra, filho de Antonio José Teixeira e
em 1801 em S. Roque com Pedro Or- de sua mulher Maria Rodrigues Moreira.
tiz Penteado. Neto pela parte paterna de Francisco Teixeira
4-6 Rita. Seixas e de sua mulher Rosa Maria de Carvalho.
3-4 Guarda-mór Jorge de Almeida Lara, casado 3- 2 Thereza Maria da Silva, casada em Curityba a
em 1760 em S. João de Atibaia, com Joan- 19 de Junho de 1782 com Salvador Fernandes
na Barbara. de Siqueira, filho de Manoel Dias Collaço, na-
3- 5 Custodia. tural de ltanhaen, e de sua mulher Maria Luiz
3-6 José. de Góes, de Curityba; neto pela parte paterna de
3- 7 Salvador Martins Castanho, natural de Ju- Francisco de Souza Aguiar e de sua mulher fe-
query, casado em 1788 na Cotia, com licia Dias Maria, naturaes de ltanhaen; neto pela
Thomazia da Rocha Camargo. parte materna de Antonio Fernandes de Siqueira
2-2 Margarida da Silva, casada em Curityba com o e de sua mulher Catharina de Siqueira Cortes.
Capitão Ignacio Taques de Almeida, irmão de Lou- 3-3 Antonia Ribeiro da Silva, casada em Curityba em
renço Castanho de Araujo, do· numero precedente. 1765 com Jeronymo Leme da Silva, filho de Pe-
2-3 Antonio da Silva Leme. dro Leme da Silva e de sua mulher Maria de
2-4 Joanna Leme de Jesus, casada em Curityba em Siqueira; por esta, neto de Manoel Vaz dos Reis
175... com Francisco da Silva, viuvo de Maria da e de sua mulher Suzanna de Góes, de Mogy
Costa Rosa, filha de João Silva e de sua mulher das Cruzes.
Dionizia Francisca, naturaes de Braga-Portugal. 3-4 Lourenço Rodrigues Teixeira, casado a 14 de
2-5 Salvador Martins Leme, casado na Parnahyba em Janeiro de 1792 com Bernardina Saraiva do Es-
1756 com Mar~arid~ de Siqueira, filha de J~sé pírito Santo, filha de Francisco Fernandes Sa-
de Camargo e 9ique1ra e de sua mulher Domm- raiva e de sua mulher Rita da Conceição f rança,
gas franco de Brito. descriptos em 3-1 de 2-2, abaixo.
2-6 José, com 8 annos em 1734. 2-2 Manoel dos Santos Lisbôa, casado em Curityba em
1743 com Maria Rodrigues Ribeiro de Siqueira, filha
§ 2.o de João Rodrigues Teixeira e de sua mulher Francisca
Ribeiro de Siqueira.
1-2 Antonia Leme da Silva, filha de Margarida fernan- Filhos:
TITULO CARRASCOS DOS REIS
290 GENEALOGIA PARANAENSE 291
3-1 Anna Maria do Espirita Santo, casada em Curi- Junho de 1769, filha do Capitão Manoel da Ro-
tyba a 14 de Outubro de 1788. com Ignacio cha Carvalhaes e de sua mulher Josepha Rodri-
Fernandes Saraiva, filho de f ranc1sco Fernandes gues Coutinho; neta pela parte paterna de An-
Saraiva casado em Curityba a 7 de Dezembro tonio da Rocha e de sua mulher Maria João
de 1756 com Rita da Conceição França; neto Carvalhaes, naturaes do Porto; neta pela parte
pela parte paterna de Francisco Fernandes ~a materna de Manoel Gonçalves de Siqueira e de
Veiga e de sua mulher Joanna Fernandes Sarai- sua mulher Paula Rodrigues de França.
va; neto pela parte materna de Man?el da Çosta filhos: (C. O. de Curityba.)
filgueras e de sua mulher Custodia Rodrigues 3-1 Joeé Martins Lisbôa, com 21 annos de idade,
de França. em 1759, quando falleceu sua mãe.
Teve: (C. E. de Curityba.) 3-2 Josepha Martins dos Santos Coutinho, casada
4-1 Maria Fernandes dos Santos, casada em em Curityba a 13 de Julho de 1773, aos 22
1804 com José de Souza Jorge, natural de annos, com João da Silva Leite, natural de
Portugal, filho de Francisco de Souza e de Sorocaba, filho de João Cardoso Leite e de
·sua mulher Anna Luiz dos Santos. sua mulher Maria da Silva.
3-2 Francisco da Borja Lisbôa, casado ~m Curityba 3-3 Gertrudes Maria de Jesus (ou de França),
a 5 de Fevereiro de 1788 com Mana da Con- casada em Curityba a 1.0 de Agosto de 1772
ceição França, filha de Francisco Fer~andes Sa- com Manoel de Oliveira Assumpção, filho
raiva e de sua mulher Rita da Conceição Fran- de paes incognitos.
ça, já descriptos em 3-1 de 2-2 retro. 3-4 Izabel de França, com 12 annos em 1769.
Filhos: 3-5 Maria de Jesus, com 7 anno~ em 1769.
4-1 Rita Maria dos Santos, casada em 1806 com 2-4 João da Luz Lisbôa, casado em Curityba ~m 175_7
José Cortes da Paixão, filho do Capitão D~- com Izabel Pereira filha do Alferes Francisco D1-
mingos José Cortes e de sua mulher Mana niz Pinheiro e de ~ua mulher Clara Pereira Telles.
Francisca da Costa. filhos:
3-3 Sebastião dos Santos Lisbôa, casado em Curityba 3-1 Maria da Luz, casada em 1785 em Curityba
a 14 de Outubro de 1788 com Francisca de com José da Cunha Tavares, naturaes de
Paula Rosa filha de Francisco Fernandes Saraiva Portugal. .
e de sua ~ulher Rita da Conceição França. Já 2-5 Izabel Antunes Lisbôa, casada em Cuntyba em
descriptos. . 1738 com Sebastião de Carvalho Pinto, filho de
3-4 José dos Santos Lisbôa, casado em Çuntyba a João de Carvalho Pinto, natural de Portugal,. que
12 de Janeiro de 1776 com Rosa Mana de Car- em 1694 pertencia á governança de Cuntyba,
valho, filha de Antonio José Teixeira e de sua onde foi Juiz de Orphãos, e de sua mulher Ma-
mulher Maria Rodrigues Moreira; neta pela parte ria Rodrigues da Cunha.
paterna de Francisco Teixeira Seixas e de sua
mulher Rosa Maria de Carvalho; neta pela parte § 3.o
materna do Coronel Braz Domingues Velloso e
de sua mulher Catharina Gonçalves Coutinho. 1-3 Anna Maria da Silva casada em Curityba em 1698
2-3 Antonio Martins Lisbôa, casado em Curityba em 1745 com Francisco Nune~ de Siqueira, filho . de .Christo-
com Paula Rodrigues da Rocha, fallecida a 17 de vão Pereira e de sua mulher Anna de S1que1ra.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
292 293
§ 4.o Paulo da Rocha Dantas e de sua mulher Catharina
Cardoso, natural de Portugal; neto pela parte paterna
1- 4 Balthazar Fernandes de Leme, casado com Maria Can- do Dr. João da Rocha e de sua mulher Maria de Sá
delaria. Barbosa; neto pela parte materna de Fructuoso de
§ 5.o Laya de Leam e de sua mulher Antonia de Siqueira.
Teve:
1-5 João Martins Leme, casado em Curityba com Catha- 3-1 Catharina Ursula, casada em primeiras nupcias
rina Rodrigues Pinto, filha de João Carvalho Pinto e no anno de 1788, em Curityba, com o Alferes
de sua mulher Maria Rodrigues da Cunha, dos quaes Francisco Pereira da Cruz, natural da Ilha Grande,
já fallamos em 2-5 do § 2.o. viuvo de Barbara Rosa; casada em segundas nu-
Teve 6 filhos: pcias no anno de 1794 em Curityba com Ma-
2-1 Miguel Francisco Martins, casado em Curityba noel da Costa Rosa, filho de Angelo da Costa
em 1748 com Maria Antonia de Siqueira, filha Rosa, natural de Paranaguá, e de sua mulher
de Antonio Martins Pereira e de sua mulher Anna Vieira Pedroso; por esta, neto de Pedro
Anna Maria de Jesus. Rodrigues Paes e de sua mulher Paula Fernan-
Filhos: des de Oliveira.
3-1 Francisco Martins Pereira do Nascimento 2-4 Margarida Fernandes dos Reis, casou em primeiras
- casado no anno de 1791, em Curityba, co~ nupcias no anno de 1749 em Curityba com Thomaz
Maria do Carmo, filha de Antonio da Costa Leme do Prado, de ltú, filho de João do Prado Leme
Filgueira e de sua mulher Maria Vieira Pe- e de sua mulher Messia Nunes de Siqueira; casada
droso; por esta, neta de Pedro Rodrigues em segundas nupcias em Curityba em 1772 com Do-
Paes e de sua mulher Paula Fernandes de mingos Dias Braga.
Oliveira; por esta, bisnet" de José Teixeira 2-5 Pedro Rodrigues Pinto, casou com Maria de Siqueira
de Azevedo e de sua mulher Maria da Fé de Almeida
Side. filhos:
2-2 Estevão Martins L~me, natural de Curityba, ca- 3-1 Maria Nazareth, casada em Curityba em 1790
sou em Sorocaba, em 1737, com Escolastica de com Antonio Corrêa de Almeida, natural de
Oodoy Moreira. Baependy, viuvo de Maria Raposo de Almeida,
Filhos: . (Genealogia Paulistana, Volume 7.o, fo- filho de Antonio Corrêa Leme, de Pindamonhan-
lhas 262.) gaba, e de sua mulher Francisca de Almeida, de
3-1 Miguel. Taubaté; por esta, neto de Francisco Raphael e
3-2 José Martins de Camargo, casado em Soro- de sua mulher Maria de Lara, de S. Paulo.
<:aba em 1780 com Anna Diniz Ponce. 2-6 Feliciana Fernandes dos Reis, casada em Curityba a
Com descendentes. 14 de Setembro de 1739 com o Capitão Estevão Ri-
3-3 Estevão Martins Leme. beiro Bayão, natural de Curityba, fallecido a 30 de
3-4 Francisca Martins de Camargo, casada com Dezembro de 1769. Era filho do Capitão Antonio
Caetano Ferraz de Almeida. Ribeiro da Silva e de sua mulher Maria de Siqueira
3-5 Maria. de Almeida, elle fallecido em Curityba em 1725 e
2-3 Maria do Terço de Jesus, casada em Curityba ella a 28 de Abril de 1717; por esta, neto materno
em 1771 com João da Rocha Dantas, filho de do Capitão Manoel da Cunha Gago e de sua mu-
TITULO CARRASCOS DOS REIS
295
Jher Antonia de Siqueira; pela parte paterna era neto do 3-10 José Ribeiro Bayão, com 10 annos.
Capitão Antonio Ribeiro Bayão e de sua mulher Maria 3- 11 Luzia, com 7 annos.
Leme.
O Capitão Estevão Ribeiro Bayão foi commandante da § 6.o
segunda expedição dos sertões de Ouarapuava e Tibagy,
fazendo a sua entrada a 20 de Junho de 1769, pelo porto 1-6 Izabel Antunes Cortes, ultima filha do Capitulo 4.o,
de São Bento do Rio Tibagy, attingi_ndo o Rio Ivahy, casada com o Sargento-mór Simião Cardoso de Leão,
que descobriu e deu o nome de D. Lmz. ou Pazes. Foi homem de respeito da Oovernança de
Tendo enfermado na margem do Rio Ivahy, das febres de Curityba. Residiu em Antonina, tendo propriedades
máu caracter ahi reinantes, e sentindo os seus incommo- no Anhaya, onde se dedicou as explorações de minas
dos aggravarem-se, recolheu-se a sua casa em S. José dos de ouro.
Pinhaes, onde falleceu no 3.0 dia apóz o seu regresso. A Teve:
expedição do Capitão Estevão Bayão era composta de 77 2-1 Trifonio Cardoso Pazes de Leão, natural de Cu-
homens, gente forte, robusta e acostumada ao serviço do rityba, fallecido a 13 de Outubro de 1775 com
sertão, no caminho do Rio Grande, da freguezia de São avançada idade, deixando testamento. foi casado
José dos Pinhaes. em primeiras nupcias com Rita Ribeiro de Ma-
Teve 11 filhos legítimos: (Testamento de 1773 de feli- galhães, a 19 de I:Jovem!Jr~ de 1733, filha do
ciana Fernandes dos Reis - C. O. de Curityba.) Ajudante Manoel Pmto R1be1ro e de sua mull:er
3-1 Manoel da Cunha, casado com Maria de Frei tas. Maria Leme Lima; casou em segundas nupc1as
3-2 Maria Rodrigues Pinto, casada com Ignacio José Pre- com Escolastica Pereira Telles, a 30 de Julho de
to, filho de Ignacio Preto Bueno e de sua mulher 1755, filha do Sargento-mór Franci_sco Diniz Pi-
Luiza Cardoso de Leão, fallecida em 1792, já em nheiro e de sua mulher Clara Pereira Telles.
estado de viuva. falleceu com testamento em 1748.
3-3 Maria Rodrigues da Luz, casada com Antonio Franco Teve do primeiro matrimonio:
de Oliveira. 3-1 Joaquim Cardoso Pazes, casado em S. Paulo,
3-4 Maria Rodrigues da Conceição, casada em 1767 com a 4 de Agosto de 1784. Residiu em Soro-
Manoel Vicente de Moraes, filho de Manoel de Mo- caba, onde passou escriptura de venda de
raes Navarros e de sua mulher Esco]astica Soares. sua legitima paterna a seu cunhado Ber-
3-5 Josepha Maria da Silva, casada em Curityba a 25 de nardino da Costa. A carta de venda era as-
Junho de 1770 com Bento de Freitas, filho de Do- signa<la por elle só e testemunhas. Dahi
mingos de Freitas e de sua mulher Maria Pinto, filha <:onclue-se que Joaquim Cardoso Pazes ou
de Manoel Pinto do Rego e de sua mulher Luzia era viuvo e sem filhos, ou solteiro, apezar
Velloso.
do inventario de seu pae, e o testamento de
3-6 Antonio Ribeiro Bayão, casado com Anna Rodrigues 1775 o darem como casado.
de França.
Teve: 3-2 Tenente-Coronel Simeão Cardoso Pazes, nas-
cido em S. José dos Pinhaes, casa~o em
4-1 Antonio Ribeiro Bayão. Paranaguá com Anna de Souza e SIiva.
3- 7 Escolastica, era solteira em 17731 com 20 annos. O Tenente-Coronel Simeão Cardoso Pazes
3-8 Francisca, era solteira em 1773, com 18 annos. dedicou-se a afanosa vida da lavoura, onde
3-9 Anna, com 15 annos.
adquiriu avantajada fortuna. Homem intelli-
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 297
~~~~~--~~~~~~~~~~
foi casado em Curityba com Maria Leme da Silva, prirneir~s nupcias e~- 170~ com Luzia Leme, fallecida em
fallecida em 21 de Junho de 1752. 1720, filha do Cap1tao-mor Thomé de Lara e de sua mu-
filhos: lher Maria de Almeida Pimentel. (1)
2-1 Maria Soares Paes, casada a 14 de Novembro Maria Paes de seu matrimonio com o Coronel João An-
de 1753 com Marcellino Pires de Moraes filho tunes Maciel teve 3 filhos:
de Salvador de Lima Madureira e de sua ~ulher 3-1 Domingos Soares Maciel.
Maria do Rasaria. 3-2 Luiz Soares Maciel.
Teve: 3-3 Jeronymo A~tunes Maciel, casado com Thereza Leite
3-1 Manoel, nascido em 1754. de Barros, filha de André da Rocha do Canto e de
2-2 Luzia Leme da Silva, casada em Curityba em sua mulher Maria de Barros; por esta, neta de Domin-
1756 com João Barbosa Calheiros, filho de Ma- g?s Rodrigues e de sua mulher Catharina de Almeida.
noel Barbosa Calheiros e de sua mulher lzabel filhos:
Francisca de Lemos. 4-1 João, nascido em 1745.
2-3 lzabel, nascida em 1731 e fallecida em 1738. 4-2 Maria Custodia de Barros, fallecida em Curityba
em 1812. Foi casada duas vezes: a }.a no anno
§ 2.0 de 17?3, em Sorocaba, com C::aetano José Pres-
tes, v1uvo de Gertrudes Ferreira, filho de Cae-
1-2 Capitão Domingos Soares Paes, natural de Paranaguá, tano Prestes, natural de Santos, e de sua mulher
casado no anno de 1702, em Sorocaba, com Maria felippa Rodrigues Carassa, de São Paulo; por
Leite da Silva, natural de ltú, filha de Jeronymo Fer- esta, neto de João Rodrigues Carassa e de sua
raz de Araujo e de sua mulher Maria Riquelmo de mulher Anna Rodrigues de Siqueira; a 2.a vez com
Gusmão. foi morador em Sorocaba, onde se casou e o Capitão Manoel de Andrade Pereira Telles
teve os segui~tes filhos: (Genealogia Paulistana, Vo- filho do Capitão Agostinho de Andrade e d~
lume 6.o, pagma 472.) sua mulher Gertrudes ·Pereira Telles.
2-1 Jeronymo Soares de Araujo, que se casou no Neto pela parte paterna de Lourenço de Andra-
anno de 1755, em Sorocaba com Francisca de de, da Governança de Curityba, e de sua mu-
Almeida, filha do Capitão Francisco de Almeida lher Izabel Rodrigues Seixas, dos quaes tratare-
Falcão e de sua mulher Escolastica de Arruda. mos em o Titulo Rodrigues Seixas desta obra.
2-2 Francisco Soares de Araujo, casado em 1757 em Neto pela parte materna de Francisco Diniz Pi-
Sorocaba com Francisca de Moura1 filha do Ca- nheiro, natural de Portugal, morador em Curi-
pitão Francisco Paes de Almeida e de sua mu- tyba, casado com Clara Pereira Telles e fallecido
lher Josepha Paes de Moura. em 1743, esta filha de Domingos Pereira de Avellar,
2-3 Maria Paes de Jesus, foi a segunda mulher do casado em 1698 com Ma.ria de Estrada
Co.ronel João Antunes Maciel, provedor dos reaes <') O Cor.onel João Antunes Ma.ciel de seu primeiro matrim@nio, eom Luiza
q~mt?s de Cuyabá, que foi antes o 1.º Juiz Or- Leme, teve 2 filhos :
dmano de S. João d'EI-Rey, e que por sua inter- 1. Joa.nna. Garcia Ma.eiel, baptisa.da em Sorocaba em l 701, casada com
José Vieira, Castanho.
venção salvou os portuguezes cercados no for- ~· Mi1\'uel Antunes Carrasco, falleeido solteiro no caminho ele Cnyabá,
tim do Rio das Mortes, na guerra dos emboabas as .maos dos indios Pa.yaguãs na mesma monção em que pereceu com
muitos .outros, o desembargador Antonio Alvares Lanhas Pehoto, que
em 1710. tendo termina.do a commissão em que se achava na Ouvidoria de
O Coronel João Antunes Maciel foi casado em Cuyabá, se recolhia, a, São Paulo.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
312 313
Do primeiro matrimonio teve: ~aria das Mercês Pinto Rebello, filha de Joaquim
5-1 Jeronymo José Prestes, casado. ~mto Rebell? e de sua mulher Benedicta Fran-
5-2 João Baptista Prestes, casado em Curityba a 2 de cisca de Assis Lustosa de Andrade, com ascen-
Outubro de 1792 com Maria dos Passos Gue- dent~ e descen.dentes descriptos em 5-1 de 4-3
des, filha de Antonio Guedes de Carvalho, na- do Titulo Rodrigues Seixas, d'esta obra. Casado
tural de Portugal, e de sua mulher Izabel Ro- em seg.un9as nupcias com Ubaldina Francisca
drigues de Andrade; por esta, neta de Agostinho de Assis, irmã da precedente com descendencia
de Andrade e de sua mulher Gertrudes Pereira em ?-4 d.e 4-3 do Titulo Rodrigues Seixas.
de Andrade. 6-2 Man~ Lmza de .Andrade, casada em primeiras
5-3 Maria Vicen:ia Prestes, natural de Sorocaba, ca- nupc1as em Cuntyba a 4 de Fevereiro de 1840
sada em Curityba em 1796 com Miguel Rodri- co1:11 .Custodio Teixeira da Cruz, filho de Pedro
gues Seixas, filho de Manoel Rodrigues Seixas e Teixeira da Cruz e de sua mulher Maria Ma-
de sua mulher Izabel Martins Valença, dos quaes chado; e em segundas nupcias com José Teixei-
trataremos n'este Capitulo. ra (ou. Francisco Franco Moraes ?)
Teve: Sem filhos de seus dois matrimonios.
6-1 Caetano José Prestes, natural de Curityba, 6-3 José de Andrade Pereira, casado em primeiras
casado em 1830 com Anna Claudina de nupcias com Rosa Maria de Andrade e em se-
Almeida, filha de Antonio de Sampaio Oóes gundas nupcias a 25 de Julho de 1865 com Ger-
e de sua mulher Izabel Maria de Oliveira. trudes Maria Gonçalves.
5-4 Manoel Caetano Prestes, casado em Curityba a 6-4 Mathias José de Andrade, casado na Lapa onde
20 de Janeiro de 1801 com Francisca de Paula residia. '
Andrade, filha de Antonio José de Andrade e de 6-5 Antonio de Andrade Pereira, casado com Victo-
sua mu1her Anna Gertrudes do Espírito Santo. riana de Andrade.
5-5 Caetano Prestes, fallecido solteiro. 6-6 Gertrudes de Andrade, casada a 24 de Junho de
4- 2 i\1aria Custo~ia de Barros, de seu segundo matrimo- 1835 com Isaac Teixeira Pinto Ribeiro, filho de
nio teve 2 filhos: (C. O. de Curityba.) Francisco Pinto Ribeiro e de sua mulher Izabel
5-6 Major José de Andrade Pereira, fallecido em Pi- de França.
nheirinho da Boa Vista a 26 de Agosto de 1851, Teve: (C. O. de Curityba.)
casado em 11 de Fevereiro de 1813 com Anna 7-1 Gabrieh Pinto, casada com João de Sant'
de Paula Xavier Bueno, filha do Tenente Fran- Anna Pinto.
cisco de Paula Xavier e de sua mulher Victo- 7-2 Bellarmina de Andrade Teixeira, casada a 21
riana Maria de Lima, natural de Nossa Senhora de Abril de 1857 com Custodio Ferreira
do Pilar da Graciosa (Antonina); neta pela parte da Cruz, viuvo de f rancisca Rameira Ma-
paterna do Sargento-mór Francisco Xavier Pinto chado.
e de sua mulher Magdalena Pinto; neta pela 7-3 Constantino Pinto, nascido em 1848.
parte materna de José Nabo Medeiros e de sua 7-4 Francisca de Andrade Teixeira, casada com
mulher Maria Francisca de Lima. Isaac Pereira da Rocha.
Teve: (C. O. de Curityba.) 6- 7 Anna Maria de Andrade, casada com Manoel da
6-1 Tenente-Coronel Manoel Antonio de An· Rocha Loures, irmão do Brigadeiro Francisco
drade, casado em primeiras nupcias com Ferreira da Rocha Loures.
314 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
315
6-8 Francisca de Andrade, casada com Teve:
José Teixeira Gaspar. 5- 1 Maria Leite Amado, casada em 1827 em
6-9 Francisco José de Andrade, solteiro. Sorocaba com Joaquim de Almeida Pentea-
6-1 O Antonio de Andrade Pereira, casa- do, viuvo de Maria Leite do Amaral.
do com Victoriana de Paula Xavier. 4-2 Maria Leite, casada com Joaquim Antonio de
Sem descendentes. Oliveira.
6-11 Fidellis de Andrade Pereira, nas- 4-3 Francisca de Almeida, casada com Lourenço Leite
cido em 1830. Residia na Lapa de Sampaio.
em 1851. 4-4 Luiz Castanho, em 1795 estava ausente nos do-
5- 7 Gertrudes Maria de Andrade, casada mínios de Castella.
com Antonio Ferreira Amado, natural 4-5 Bento Soares de Almeida, com 24 annos em
de Sorocaba, filho de Antonio Ferreira 1795.
Amado e de sua mulher Izabella da 4-6 Francisco de Paula, com 23 annos.
Silva. 3-2 Maria Leite da Annunciação, casou em 1754 em So-
Antonio Ferreira Amado, falleceu com rocaba com João Bicudo de Proença, filho de Sebas-
testamento, na Villa do Principe a 29 tião Bicudo e de sua mulher lzabel Pedroso.
de Maio de 1826. Teve:
Com descendentes descriptos em 2-1 4-1 Maria de Almeida Leite, casada em 1774 em So-
de 1-2 do Titulo Rodrigues Seixas, rocaba com seu parente Antonio Paes de Almei-
desta obra. da, filho do Ajudante Francisco Paes de Men-
2-4 Francisca Soares Paes, ou de Araujo, casada em 1730, donça e de sua mulher Izabel de Proença.
com Luiz Castanho de Almeida, filho do Capitão José 4-2 Anna Maria, casada em 1761 em Sorocaba com
de Almeida Lara, fallecido em 1737, em Parnahyba, Domingos Soares de Abreu, filho de Antonio
aos 70 annos, casado em Jundiahy com Marianna de Pedroso de Abreu e de sua mulher Izabel Soa-
Siqueira Moraes; por esta, neto de Manoel Rodrigues res de Araujo.
de Moraes e de sua mulher Francisca de Siqueira. 4-3 Thereza Maria de Almeida, casada em 1794 em
Neto pela parte paterna de Luiz Castanho de Almei- Sorocaba com Alexandre Leite de Barros, filho
da e de sua mulher Izabel de Lara. de Marcos Leite de Barros e de sua segunda
Teve: mulher Maria de Goes Castanho.
3-1 Ajudante Salvador de Almeida Lara, foi casado Teve:
em Sorocaba com Rita de Godoy, natural de 5- 1 Gertrudes.
Itú, filha de Francisco de Oodoy Moreira e de 5-2 Francisca.
sua mulher Maria Leite de Anhaya. 5-3 Maria.
Falleceu em Sorocaba em 1781 e sua mulher no 5-4 Francisco.
mesmo lugar em 1795. 5-5 Thereza
Teve 6 filhos: 4-4 Marianna de Almeida, casada em 1797 em Soro-
4-1 Euphrasia Maria, casada em 1783 em Soro- caba com Joaquim de Camargo Pontes, 4-3 de
caba com Manoel Amado, filho de Antonio 3-3, adiante.
f ernandes Amado, de Portugal, e de sua Teve:
mulher Izabel Maria, de Sorocaba. 5-1 Antonio Joaquim de Camargo, casado em
316 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
317
1833 em Sorocaba com Prudenciana Maria 4-8 Francisca Maria de Camargo, casou em 1803 em So-
Clara, filha de Bento José de Camargo e de rocaba com André Castanho de Medeiros irmão de
sua mulher Reginalda Martins Clara. Anna f rancisca, de 4-4 retro. '
4-5 João Bicudo de Almeida, casado em 1804 em 4-9 Tenente Antonio Joaquim de Camargo, casado em
Itapetininga com Maria Francisca, filha de Ma- 1807 em Sorocaba com Mathilde Umbelina da Glo-
noel Leite e de sua mulher Escolastica Maria ria, filha do Tenente Manoel José de Araujo e de sua
Pacheco. mulher Anna Maria da Conceição, 5-5 de 4-3 de 3-9
3-3 Marianna de Siqueira e Moraes, casou em 1761 em de 2-4 do § 3.0 deste capítulo, adiante.
Sorocaba com o Alferes Francisco de Camargo Pon- Ahi os descendentes.
tes, fallecido em 1801 n'essa Villa, filho do Alferes 4-1 O f rancisco de Paula Camargo, ultimo filho de 3-3,
José Munhoz de Camargo e de sua mulher Catharina casou em 1799, em Porto Feliz, com Marianna An.-
Domingues de Siqueira; neto pela parte paterna de tonia, filha de Antonio de Padua Botelho e de sua
Fernando Munhoz e de sua mulher Victoria de (a- primeira mulher Anna Thereza Paes.
margo, fallecida em 1724; neto pela parte materna de Teve d'esse matrimonio:
Antonio Domingues de Pontes e de sua mulher Anna 5-1 Tenente Domingos de Almeida Campos, de ltú,
Vida! de Siqueira. casado em 1813 em Porto feliz com Maria
Teve: Ignacia Leite, filha de Francisco de Oliveira Se-
4-1 Custodia Maria de Camargo que foi casada com tubal, natural de Portugal, e de sua mulher Iza-
José Duarte de Freitas. bel de Almeida Falcão.
4-2 Salvador de Camargo, estava ausente nas minas Teve:
de Cuyabá em 1801. 6- 1 Anna Thereza, que casou com seu tio ma-
4-3 Joaquim de Camargo Pontes, casado em 1797 terno Francisco de Oliveira Leite Setubal,
em Sorocaba com sua prima Marianna de Al- filho de Francisco de Oliveira Setubal e de
meida, 4-4 de 3-2, retro. sua mulher Izabel de Almeida.
4-4 Luiz José de Camargo, casado em 1798 em So- 6-2 felicíssima de Almeida Campos, casou com
rocaba com Anna Francisca de Medeiros, filha o dig11atario Luiz Antonio de Souza Barros.
do Alferes André de Medeiros Costa e de sua Teve:
mulher Francisca de Siqueira. 7 - 1 Maria de Souza Barros, casada com o
4-5 Manoel de Camargo, casado em 1797 em Soro- seu primo Coronel Antonio Paes de
caba com Maria de Mello Almada, natural de Barros, filho de Antonio Paes de Bar-
Itú, filha do Tenente Francisco José Pereira e de ros, barão de Píracicaba, e de sua mu-
sua mulher Marianna de Mello Almada. lher Gertrudes Euphrosína de Aguiar.
4- 6 Maria de Camargo, casada em 1797 em Soro- Teve;
~ba com Custodio Felippe de Moraes, filho ~e 8-1 Antonío Paes de Barros Junior.
Vicente de Moraes Pires e de sua mulher Th1- 8- 2 Maria Paes de Barros, casada com
motea de Oliveira. Edmundo Wright.
4- 7 Gertrudes Maria de Almeida casada em 1799 8-3 Luiz Paes de Barros.
em Sorocaba com José de Ássumpção Pimentel, 8-4 Ottilia Paes de Barros.
natural da Cotia, filho de José da Silva Costa e 8-5 Rosalina Paes de Barros.
de sua mulher Custodia Duarte Cardoso. 8- 6 Eduardo Paes de Barros.
318 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
319
8- 7 Gustavo Paes de Barros. 7 -8 Roberto de Souza Barros casado
8- 8 Gertrudes Paes de Barros. com Maria de Camargo. '
8-9 Raphael Paes de Barros. 7-9 Eugenia de Souza Barros, casada
7 -2 Luiz de Souza Barros, formado na escola de minas, com João Theen.
nos Estados Unidos, fazendeiro. Teve:
7-3 Eliza de Souza Barros Mesquita, viuva do Dr. lgna- 8-1 Felix Ernesto.
cio Xavier Paes de Campos Mesquita, fallecido em 8-2 Luiza.
1899 em São Paulo, filho do Capitão José Manoel 7 - 1O Antonia de Souza Barros, casada
de Mesquita e de sua mulher Gertrudes de Campos com Carlos Ralston, natural do.
Almeida. Estados Unidos.
Teve: Teve:
8-1 lgnacio Manoel, fallecido. 8- 1 Guilherme, fallecido.
8-2 Dr. Luiz Antonio de Campos Mesquita, bacharel 8- 2 Roberto Carlos.
em direito. 3-4 Manoel de Almeida e Moraes, solteiro em 1780.
8-3 Eliza de Mesquita, casada com José Maurício 3-5 Alexandre Pedroso de Moraes, casado com Maria
Higgins. Mello Rego, filha de Miguel de Mello Rego e de sua
8-4 Cecilia Julia de Mesquita. mulher Escolastica de Arruda.
8-5 Branca de Almeida, fallecida. Teve:
8-6 Jorge de Almeida. 4-1 José Joaquim de Almeida Mello, casado em 1814
8- 7 Angela Ribeiro. em f-orto feliz com Anna Gertrudes de Almei-
8-8 Beatriz de Barros. da, filha de Saturnino Paes Leite e de sua mu-
8-9 Felicissima de Campos. lher Maria Francisca de Almeida.
8-10 lgnado Xavier. Filhos:
8-11 José Manoel de Mesquita. 5-1 Maria Carolina de Almeida, casada em 1846
7-4 Dr. Antonio de Souza Barros, casado com Augusta em Porto Feliz com Manoel Joaquim de
Loureiro de Souza Barros. Pactua e Mello, filho de Antonio de Pactua
Filhos: Botelho e de sua segunda mulher Maria
8-1 Augusto de Souza Barros. Izabel de Sampaio.
8- 2 Eliza de Souza Barros. 5-2 José Joaquim de Almeida, casado em 1846
8-3 Luiz Antonio de Souza Barros. na Villa supra com Brasilia Amai ia, irmã de
8-4 felicíssima de Souza Barros. Manoel Joaquim de Padua e Mello, do nu-
8-5 Julia de Souza Barros. mero precedente.
7-5 Dr. Fernando de Souza Barros casou-se com a sua 5-3 (na duvida) Gertrudes de Arruda, que foi
prima Candida Paes de Barros; filha do Dr. Raphael casada com Elias Manoel de Mello Taques.
de Aguiar Paes de Barros e de sua mulher f rancisca 4-2 Joaquim de Almeida, casou com Manoela de Al-
de Azevedo Barros. meida (de quem foi o primeiro marido), filha do
Teve o filho unico: Guarda-mór Pedro Vaz Botelho e de sua mulher
8-1 Fernando de Souza Barros filho. Beatriz da Candelaria
7 -6 Adelina de Souza Barros. Teve o filho unico:
7 -7 Felicíssima de Souza Barros. 5-1 Joaquim de Mello.
GENEAI OGIA PARANAENSE
320 TITULO CARRASCOS DOS REIS
321
4-3 Alferes Luciano de Almeida Mello, casado em 1806 7-8 Lourival Brasiliense de Almeida
em Sorocaba com sua parente America Antonia de Mello.
Barros, filha do Coronel Bento Manoel de Almeida 4-4 Anna de Mello, filha de 3-5, casou em 1800 em
Paes. Sorocaba com seu tio Manoel Antonio de Mello
Teve: Rego, filho de Miguel de Mello Rego.
5-1 Francisco Antonio de Almeida Mello, foi casado 4-5 Maria de Mello, casada em 1809 em Sorocaba
com Felizarda Joaquina Pinto, filha do Tenente- com o Alferes João Pires de Almeida Campos
Coronel Caetano Pinto Homem, natural de Por- filho do Capitão João Pires de Almeida Taques'.
tugal, fallecido em 1864 com testamento em São 4-6 Manoel Joaquim de Mello, casado em 1820 em
Paulo, e de sua mulher Maria Eugenia Alves Sorocaba com America Antonia de Barros viuva
Pinto, neta pela parte paterna de Diogo Pinto do Alferes Luciano de Almeida Mello. '
de Menezes e Mendonça e de sua mulher Feli- 3-6 Sargento-mór Luiz. Castanho de Moraes Leite, casou
zarda Joaquina Pinto Castello Branco. com Gertrudes Maria Ferreira, filha do Capitão-mór
Teve o filho unico: José Dias Ferreira e de sua mulher Maria Leme do
6-1 Dr. Americo Brasiliense de Almeida e Mello, Prado, de Jundiahy. Falleceu com testamento em 1824
natural de Sorocaba, já fallecido, foi advo- em Jundiahy, e teve 3 filhos vivos n'esse anno:
gado em São Paulo, lente da faculdade de 4-1 Padre Pedro Dias Paes Leme.
direito da mesma cidade; depois da procla- 4-2 Capitão José Castanho de Moraes, casado em
mação da Republica foi o primeiro Gover- 1804 em Jundiahy com Mathilde Maria Jacintha,
nador do Estado de São Paulo por eleição filha do Capitão Manoel Corrêa de Lemos e de
popular. foi casado com Marcellina Lopes sua mulher Gertrudes Maria Jacintha.
Chaves de Mello, irmã de Francisco Lopes 4-3 Frei Luiz Gonzaga de Santa Gertrudes, religioso
Chaves, segundo barão de Santa Branca, de de S. Francisco.
Licínio Lopes Chaves, segundo barão de 3-7 lzabel de Lara e Moraes, casou em 1767 em Soro-
Jacarehy, do Dr. Joaquim Lopes Chaves, se- caba com o Sargento-mór Domingos Dias Leme, fi-
nador federal, filha do primeiro barão de lho do Sargento-mór José Dias Ferreira e de sua mu-
Santa Branca. lher Maria Leme do Prado.
Teve: Teve:
7 -1 Americo Brasiliense de Almeida Mello 4- 1 Anna Dias Ferreira, casada com Domingos Pi-
Filho, doutor em medicina, casado com nheiro de Oliveira.
Francisca de Souza Rezende, filha do 4-2 Maria Leme, casada com José de Castro Pereira,
barão de Rezende. filho de outro de igual nome e de sua mulher
7 -2 Alice, solteira. Veronica de Jesus.
7-3 Eponina de Almeida Mello, casada com 4-3 Francis:a Soares de Araujo, casada com o Capi-
Joaquim Bayão, negociante em S. Paulo. tão Vicente de Sampaio Góes, filho de José de
7 -4 Zuleika, solteira Sampaio Góes e de sua mulher Anna Ferraz.
7-5 Ruth de Camargo Aranha, casada com Teve 11 filhos:
o dr. José Mariano de Camargo Aranha. 5-1 José de Góes Ferraz, natural de Jundiahy,
7-6 Francisco Brasiliense de Almeida Mello. fallecido em 1817 com testamento, casado
7 -7 Perciano Brasiliense de Almeida Mello. em 1810 em Itú com sua prima Anna Joa-
TITULO CARRASCOS DOS REIS
323
quina de Barros, filha de Antonio de Sampaio Góes Teve:
e de sua mulher Anna Bueno de Barros Leite. 6-1 Capitão João de Almeida Sampaio, casou-se com An-
filhos: na Maria f erraz, filha de Manoel Leite de Barros e
6-1 francisco de Sampaio Barros, casado primeiro de sua mulher Candida Ferraz de Sampaio.
com , filha do Alferes Filhos:
Lourenço de Almeida Campos e de sua mulher 7 -1 Manoel Leite de Barros Sampaio, bacharel em
; a segunda vez casou-se direito, casado com Hortencia de Medeiros, resi-
com Maria Rodrigues do Amaral, filha do Ca- dentes na Capital federal.
pitão Manoel José Vaz do Amaral e de sua se- 7 -2 Candida de Barros Sampaio, já fallecida, foi ca-
gunda mulher Anna Rodrigues Leite. Residiu em sada l .º com Francisco Pereira Bueno e a 2.a
Capivary. vez com William J. Sheldon, natural da Ingla-
Teve de seu segundo matrimonio: terra, 1.0 engenheiro da S. P. Ry. Cy.
7-1 Dr. Francisco de Sampaio Barros, casado Com um casal de filhos do segundo marido.
com sua parente lzabel, filha de Francisco 7-3 Albertina de Almeida Sampaio, casada com An-
Domingos de Sampaio e de sua mulher tonio de Paula Leite de Barros, filho de outro
Anna Micquelina. de igual nome e de sua mulher Anna de Almeida
6-2 Vicente de Sampaio Oóes, foi casado em primei- Sampaio.
ras nupcias com sua prima, filha de Francisco de Teve:
Sampaio Penteado e de sua mulher Anna Ferraz, 8-1 João de Paula Leite de Barros.
5-11 adiante. 8-2 Maria Carmelina.
Casou-se em segundas nupcias com Gertrudes, 8-3 Laura de Paula Leite de Barros.
filha de José Rodrigues do Amaral Mello e de 8-4 Albertina
sua mulher Anna Euphrosina da Cunha. 8-5 Brenno.
Não teve filhos do 1.0 matrimonio. 7 -4 Lourenço de Almeida Sampaio, casado com Vi-
Do 2. 0 matrimonio teve. talina, natural de Campinas, residente em sua fa-
5-2 Manoel Soares de Sampaio, casado em primeiras nu- zenda na Franca.
pcias com Anna Leite Penteado, e em segundas nu- 7-5 Ubaldina de Almeida Sampaio, casada com Jorge
pcias com Antonia, ambas filhas do Tenente João Vaz Guimarães, em ltú.
Leite Penteado e de sua mulher Maria Euquéria de 7-6 Izabel de Almeida Sampaio, casada com Luiz
Campos. Levy.
Com grande descendencia em São Paulo. 7 -7 João de Almeida Sampaio.
5-3 Elias de Sampaio Oóes, casado com Maria Dias ~e 7-8 Antonio de Almeida Sampaio.
Almeida Prado, filha do Capitão Francisco de_Alme1- 6-2 José de Almeida Sampaio, foi casado em ltú com An-
da Prado e de sua primeira mulher Maria Dias Pa- tonia Euphrosina, filha do Capitão José Manoel de
checo de Arruda. Mesquita e de sua mulher Gertrudes de_ S:amp~s de
Sem geração. Almeida; neta pela parte paterna do Cap1tao Jo~e Ma-
5-4 Capitão Francisco de Paula Ferraz de Sampaio, casa- noel de Mesquita e de sua mulher Angela R1be1ro ~e
do com Izabel de Almeida Prado, fiiha do Capitão- Cerqueira; neta pela parte materna do Sargento-mor
mór João de Almeida Prado e de sua primeira mu- lgnac;o Xavier Paes de Campos e de sua mulher An-
lher Anna de Almeida. tonia Pacheco de Almeida.
324 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 325
Teve: outro de igual nome e de sua mulher Leonor de
7 -1 Rita de Mesquita Sampaio, solteira em 1899. Almeida Paes de Campos.
7 -2 Izabel de Sampaio, casada com seu primo O Dr. Com grande descendencia em São Paulo.
Francisco de Almeida Prado, filho de .. . .. 6-6 Anna de Almeida Sampaio, casada com Antonio
e de sua mulher Anna Brandina, neto pater~~ de Paula Leite de Barros, irmão de Francisco de
do Capitão José de Almeida Prado. Paula, de 5-5 precedente.
7-3 Dr. José Henrique Sampaio, casado com Lean- Com grande geração em São Paulo.
drina da Fonseca Sampaio, filha do bacharel em 6- 7 Marianna de Almeida Prado, foi a primeira mu-
direito Francisco Emydio da Fonseca Pacheco lher do Major Salvador de Queiroz Telles, filho
fallecido em 1901 e de sua mulher Anna ct~ dos Barões de Jundiahy.
Almeida Prado. Com descendencia em São Paulo.
7-4 Francisca Sampaio, foi a primeira mulher de Jo- 5-5 Vicente, falleceu solteiro.
sué de Almeida Prado, irmão do Dr. Francisco 5-6 Ma.thilde Soares Ferraz, filha de Vicente de Sampaio
de Almeida Prado. Góes, de 3-1, casou-se em Itú com Lourenço de Al-
7-5 Geraldo de Mesquita Sampaio, casado com ls- meida Prado, filho do Capitão-mór João de Almeida
malia de Souza Queiroz, filha de Luiz Antonio Prado e de sua primeira mulher Anna de Almeida.
de Souza Queiroz e de sua mulher Antonia Pom- Com geração em São Paulo.
peu de Camargo. 5- 7 Francisca de Sampaio, casada com Luiz Antonio Leite,
7-6 João Baptista de Mesquita Sampaio, casado com irmão de Francisco de Sampaio Penteado, de 4-11
Anna Candida Leite. adiante.
7 -7 Alfredo Sampaio, solteiro em 1899. 5-8 Maria Leme de Sampaio, casou-se em 1832 em Itú
7-8 Maria do Carmo de Mesquita Sampaio, solteira. com Elias Galvão de França, filho do Capitão José
7-9 Roberto de Mesquita Sampaio. Galvão de França e de sua mulher Maria Josepha de
7 -10 Mathilde de Mesquita Sampaio. Cerqueira.
6-3 Francisco de Paula Ferraz de Sampaio, fallecido sol- Com 1O filhos residentes em Dous Corregos, S. Paulo.
teiro, foi intelligente lavrador que viajou pela Europa 5-9 lzabel Soares, se casou com seu primo José de Sam-
com grande proveito. paio Bueno, filho de Antonio de Sampaio Góes e de
6-4 Antonio de Almeida Sampaio, morador em Cabreuva sua mulher Anna Bueno de Barros.
em sua lavoura, casado com Maria Guimarães, filha 5-10 Domingos Dias Leme de Sampaio, filho de Vicente
de Antonio Vaz Guimarães, natural de Portugal, e de de Sampaio Góes e de sua mulher Francisca Soares
sua mulher Maria Bueno de Camargo. de Araujo, se casou com Izabel de Almeida Leite,
Filhos: filha de Antonio Leite de Sampaio e de sua primeira
7 -1 Francisco de Paula Ferraz de Sampaio, casado mulher Francisca de Paula Leite.
com sua tia materna. filhos:
7-2 Laura Sampaio, casada com Alvaro Rodrigues. 6-1 Francisca Sampaio, viuva de Antonio Ferraz de
7-3 lzabel. Sampaio, casada com seu tio materno Camargo, filho do Capitão Mano~! Ferraz de
Francisco Vaz Guimarães. Camargo e de sua mulher Leocad1a da Rocha
E mais 4 filhos. Ferraz.
6-5 Maria de Almeida Sampaio, casada com o Tenente- Sem geração. .
Coronel Francisco de Paula Leite de Barros, filho de 6-2 Francisco Domingos de Sampaio, fazendeiro perto
-
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
326 327
da Estação da Colonia, municipio de S. Carlos do 7 -2 Alzira Ferraz de Sampaio, casada com Fer-
Pinhal, casado com Anna Miquelina, filha de José nando Pacheco Chaves, filho do bacharel
Ferraz de Arruda e de sua mulher Anna Miquelina em direito Elias Antonio Pacheco Chaves e
Paes de Barros; por esta, neta do Tenente Fernando de sua mulher Anezia Prado.
Paes de Barros e de sua mulher Maria Jorge; por 6-5 Anna de Sampaio, viuva de Francisco Ferraz de
elle, neto de Pedro f erraz de Arruda e de sua mu- Camargo1 irmão de Antonio Ferraz de Camargo
lher flavia Domitilla de Barros Lima, de Sorocaba de 5-1 retro. '
filhos: · Com geração em São Paulo.
7 -1 Francisco de Sampaio, casado com 6-6 Antonio Domingos de Sampaio, fazendeiro em
, filha do Dr. Lancia Rio Bonito, município de Tatuhy, casado com
medico, natural da ltalia, e de sua mulher An~ Maria Amalia, sua prima, filha de Vicente de
tonia Botelho Lancia. Sampaio Oóes e de sua mulher Oe1irudes de
7-2 Domingos de Sampaio, casado com Almeida Taques; neta pela parte paterna de José
, filha do Dr. Francisco da Costa Car- de Sampaio Bueno e de sua mulher lzabel Soa-
valho, advogado em Campinas, já fallecido, e de res, de 5-9 retro, neta pela parte materna do Ou-
sua mulher Carolina Alves de Lima. vidor João de Almeida Prado e de sua seaunda
7-3 Octaviano, solteiro. mulher Anna Brandina º
7-4 Izabel Sampaio, casada com o Dr. Francisco de Teve:
Sampaio Barros, filho de Francisco de Sampaio 7 - 1 Oduvaldo de Sampaio, solteiro em 1902.
Barros e de sua segunda mulher Maria Rodri- 7 -2 flavio de Almeida Sampaio, com 18 annos
gues do Amaral. em 1902.
7-5 Irene Sampaio, casada com o Dr. William Shel- 7-3 Cnêe de Almeida Sampaio.
don, viuvo de Candida de Barros Sampaio. 7 -4 Domingos Dias Leme de Sampaio.
Em 1904 tinha um filho: 7-5 Maria de Sampaio.
8-1 Eduardo de Sampaio Sheldon, nascido em 7-6 Tacito de Sampaio.
31 de Dezembro de 1903. 7 -7 Luiz de Sampaio.
6-3 Antonia Sampaio, casada com Bento Ferreira da Silva 7-8 Placidia de Sampaio, casada com João do Ama-
residente na Limeira. ' ral Campos, filho de Theophilo do Amaral Cam-
Teve um filho: pos e de sua mulher Anna Elisa do Amaral.
7-1 Dr. Alberto Ferreira da Silva casado com 7-9 Maria Antonietta, com 9 annos de idade
, filha de Luciano 'Esteves dos Santos, em 1902.
natural de Po1iugal, fazendeiro na Limeira, e de 5-11 Anna Ferraz, ultima filha de Vicente de Sampaio
. :,Ua mulher _Lydia de Barros Leite, já fallecida. Oóes, de 6-2 retro, foi casada com Francisco de Sam-
6-4 Mana. de Samp~10, foi a segunda mulher do Capitão paio Penteado, viuvo de Gertrudes, irmã d'esta se-
~ntomo Ole~ano de Barros, viuvo de Lydia Vianna, gunda mulher. Francisco de Sampaio Penteado foi
filho do Capitão Antonio de Paula Leite de Barros e criado por seu tio o Vigario de Faxina.
de sua mulher Maria Thereza Ferraz de Camargo. Teve:
Teve: 6-1 , fallecida, foi a primeira
7-1 q1y!11pia de Barros, casada com o bacharel em mulher de seu primo Vicente de Sampaio Oóes.
d1re1to Fabio de Mendonça Uchôa. Sem geração.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
328 329
6-2 Vicente de Sampaio Penteado, fallecido foi 1789 em ltú com Maria de Arruda filha de f ran-
casado com Anna Candida de Arruda, filha cisco Xavier Ferraz e de sua ,mulher Maria
de Marcellino José Pereira e de· sua mulher Bicudo.
Antonia Euphrosina de Oliveira. Com geração em São Paulo.
filhos: 4-5 Izabel, com 15 annos em 1792.
7 -1 Marcellino Penteado, residente em São 4-6 José.
Paulo, casado com Irene de Avellar 4- 7 Domingos, fallecido em criança.
Penteado, filha do Dr. Joaquim Eduardo 4-8 Luiz, fallecido em criança.
Leite Brandão, medico, fallecido em S. 3-8 Francisca de Siqueira e Moraes, casada em 1774, em
Paulo, e de sua mulher Francisca de Sorocaba, com o Alferes André de Medeiros da Costa
Avellar Brandão. de Parnahyba, viuvo de Escolastica Maria Soares fi~
Com geração em S. Paulo. lho de Fedro de Medeiros e de sua mulher Iz~bel
7-2 Antonia Penteado, casada com Cezario dos Reis.
Galvão de Almeida. f alleceu Francisca de Siqueira em 1796, em So-
7 -3 Anna Penteado, vi uva de Pedro de Castro. rocaba.
6-3 Joaquim Ferraz de Arruda Penteado, já fal- Teve:
lecido, foi casado com Carolina, filha de 4-1 Luiz Castanho de Medeiros, casado com .....
Antonio Leite de Sampaio e de sua mulher 4-2 Anna Francisca de Medeiros, casada em 1798,
f rancisca de Paula Leite. em Sorocaba, com Luiz José de Camargo, seu
Com descendentes em Jundiahy e Amparo, primo, filho do Alferes Francisco de Camargo
São Paulo. Pontes e de sua mulher Marianna de Siqueira e
6-4 Gertrudes, já fallecida, foi casada com Ma- Moraes.
noel Angelo Teixeira Nogueira, filho de An- Teve:
gelo Custodio Teixeira Nogueira (') e de sua 5-1 José de Camargo Pontes, casado em 1831,
mulher Maria Ferraz de Camargo. em Sorocaba, com Maria de Barros Casta-
6-5 Maria Gertrudes, já fallecida, foi casada com nho, filha de Antonio de Almeida Barros e
fulano Corrêa. de sua mulher lzabel Maria.
4-4 Joaquim dos Santos Reis, de Jundiahy, casado em 4-3 Antonio Castanho de Medeiros, natural de So-
rocaba, falleceu solteiro, em Santos, com testa-
! (') Angelo Custodio Teixeira Nogueira, de seu matrimonio com Maria Ferraz
Camargo, teve mais os seguintes filhos: . mento em 1815.
1
1 1. Capitão Francisco Teixeira Nogueira de Barros, natural de Cam~1- 4-4 André Castanho de Medeiros, casado em 1803,
11 nas, casado em Curityba a 2 de Novembro ele 1846, com Izabcl Mana
111 Negrão Nogueira de Barros, filha do C:Lpitão João de Souza Dias N~· em Sorocaba, com Francisca Maria de Camargo,
grão, natural de Portugal. e de sua primeira mulher Onistarda M_:wa irmã de Luiz José de Camargo.
do Rosario, filha de Angelo Custodio Sampaio e sua mulher Francisca.
Com ascendentes e descendentes no segundo volume desta obra. filhos:
2. Manoel Angelo TeLxeira Nogueira, casado com Gertrudes Ferraz 5- 1 Marianna de Almeida, casada em 1819, em
Nogueira.
3. Maria TeLxeira Nogueira rle Campos, casada com Quirino do Ama- Sorocaba, com Vicente Antonio de Camargo,
ral Campos. filho de Custodio de Moraes e de sua mu-
4. Americana Nogueira Ferreira, casada com Sabino Ferreira.
5 Angela Brazilia, casada com o Dr. João Cbrysostomo Pupo, que em lher Maria de Camargo.
1839 foi lnspector da Alfandega de Paranaguá. 5-2 Maria do Patrocinio, casada em 1821, em
6. Nadalia Teixeira Nogueira.
7. Brasilia. Sorocaba, com Antonio de Oliveira Rosa.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
330 331
4-5 Maria Castanho de Medeiros, casada em e a segunda vez .casou em 1833 na mesma Villa
1808, em Sorocaba, com Joaquim Luiz de com Ann~ Francisca de Barros, filha de José de
Almeida, filho de Luiz Castanho de Almeida Barros Le1t~ e. de sua mulher Maria do Selem.
e Abreu. Teve da pnmeira mulher:
3-9 Francisco de Almeida Moraes, casado em 1767 5- 1 Francisco Soares de Queiroz, casado em
em Sorocaba, com Custodia Maria, filha de Ma~ 1830, em Sorocaba, com Francisca Amalia
noel Vaz Domingues e de sua mulher Angela do Amaral, filha do Tenente José do Ama-
Machado; neta pela parte paterna de João Do- ral Gurgel.
mingues e de sua mulher Thereza Pedroso, neta 5-2 Maria Jacintha, casada em 1819 em Soro-
pela parte materna de Duarte Pacheco e de sua caba, com Christiano Holmes. '
mulher Marianna Machado. 5-3 Bento Cypriano de Queiroz, casado em 1821
3-10 Gertrudes, solteira, com 30 annos em 1780. com Anna Gertrudes Ayres filha de Deme-
3-11 José Maria Leite Moraes, era solteiro com 27 trio José dos Santos e de s~a mulher Theo-
annos em 1780. dora Leme.
3-12 Joaquim Maria Leite Moraes, ou Joaquim José 5-4 Francisca de Almeida, casada em 1824, em
de Almeida, que é o mesmo, casou em 1782 em Sorocaba, com Manoel Antonio dos Santos
ltú, com Francisca de Salles, filha de Seba~tião filho do Alferes do mesmo nome e de su~
de Arruda e de sua mulher lgnacia de Lima; mulher felizarda Maria da Rosa.
neta paterna de Miguel de Arruda e de sua mu- 4-3 Maria Leite, casada em 1795 com Francisco de
lher Maria de Almeida. Paula, filho de Valentim Paes de Almeida e de
2-5 lzabel Soares de Araujo, casou em 1732, em Soro- sua mulher Antonia Leite furquim.
caba, com Antonio Pedroso de Abreu filho de Anto- 3-4 Maria.
nio de Proença de Abreu e de sua 1~rimeira mulher 3-5 José.
f rancisca de Almeida. 3-6 Bernardina Leite, casada em 1767, em Sorocaba, com
Teve: Antonio Bicudo de Barros, filho de outro de igual
3-1 Antonio. nome e de sua mulher Josepha de Arruda.
3-2 Anna. 3- 7 Francisca de Almeida, casou em 1775, em Sorocaba,
3-3 lzabel Soares, casada em 1769 em Sorocaba com com o Alferes Francisco f eliciano de Oliveira Rosa,
Vicente Nu~es de Queiroz, filho de Antoni~ Nu- da Cotia, filho de Antonio da Rosa Pereira, de Por-
nes de Queiroz, natural do Porto, e de sua mu- tugal, e de sua mulher Luiza Joanna de Deus.
lher Escolastica Leme Barbosa, natural de ltú. Teve:
Teve: 4-1 Maria Candida, casada em 1800, em Sorocaba,
4-1 Antonio Leite de Queiroz, casado em 1793, com Manoel de Almeida f ai cão, seu primo, fi-
em Sorocaba, com Angela Rodrigues de Ma- lho de Francisco Proença de Abreu e de sua
cedo, filha de Domingos Rodrigues de M~- mulher Gertrudes de Almeida. ·
cedo e de sua mulher Maria Paes de Oli- Teve:
veira. 5-1 Maria da Assumpção, casada em 1826 com
4-2 José Soares de Queiroz, casado a primeira Francisco Antonio Martins, natural de Via-
vez em 1797, em Sorocaba com Maria fo- mão, filho de Manoel Martins dos Santos e
1
gaça, filha de Lourenço de Almeida Ciebra de sua mulher Maria do Espirita Santo.
GENEAI OGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
332 333
5-2 Antonio de Oliveira Rosa, casado em Pe~teado, viuvo de Maria Furquim, filho de João
1827 com Maria do Patrocínio, filha Leite Penteado e de sua primeira mulher Anna
de André Castanho de Medeiros. de Arruda.
4-2 Anna Mathilde, casada em 1800, em Soro- Com grande geração em São Paulo.
caba, com José de Almeida Falcão, irmão de 4-2 José de Barros Penteado, casado em 1820, na
Manoel de Almeida, do numero precedente. Villa de Sãu Carlos, com Luiza de Meira Cezar
4-3 Izabel de Oliveira, casada em 1800, em ltú filha de Francisco Corrêa de Macedo e de su~
com Antonio Sampaio, viuvo de Anna d~ mulher Gertrudes de Almeida Cezar.
Barros. 4-3 Anna Mathilde de Barros, casada em 1-807, em
4-4 Antonio da Rosa Pereira, casado em 1812 Jundiahy, com Felix de Almeida Leite, filho do
em Sorocaba, com Anna Gertrudes, filha d~ Capitão Ignacio Leite Penteado e de sua pri-
Manoel José Leite e de sua mulher Gertru- meira mulher Maria furquim Pacheco.
des Maria de Almeida. Com descendentes em São Paulo.
3-8 Rita Maria de Almeida, filha de 2-5 retro, casou 4-4 Leocadia de Barros, foi casada com Roberto de
com Paulo João Damasceno, filho de Antonio da Campos Paes, filho de Antonio Pompeu Paes
Rosa Pereira e de sua mulher Luiza Joanna de (O Velho) e de sua mulher Rita de Campos . .
Deus, de 3-7. Teve:
Teve: 5-1 Anna Joaquina, casada com Elias de Cam-
4-1 José de Oliveira Rosa, casou com sua pa- pos Bicudo, filho de Joaquim Gonçalves
renta Umbelina Mendes de Almeida, filha Bicudo e de sua mulher Anna Maria de
de José Mendes de Almeida e de sua pri- Campos.
meira mulher Maria de Godoy. 5-2 José de Campos Paes ou José de Campos
3-9 Joaquim. Penteado, natural de Itú, casado em Soro-
3- 10 Domingos Soares de Moraes, se casou em 1781 caba em 183 7 com Gertrudes de Arruda,
com sua parenta Anna Maria de Almeida, filha filha de Ignacio de Almeida Lara e de sua
de João Bicudo de Almeida e de sua mulher mulher Anna de Camargo Barros.
Maria Leite. 4-5 Manoel de Arruáa, casado com ...
2-6 Veronica Dias Paes Leite, casou em 1742, em Soro- 3-2 Domingos Soares Paes, casado em 1796, em Soroca-
caba, com o Capitão Bernardo Bicudo Chassim, na- ba, com Joanna Paes de Camargo, viuva de Salvador
tural de Araçariguama, filho do Capitão Rodrigo Bi- do Amaral, filha de João Antunes Paes e de sua mu-
cudo Chassim e de sua mulher Maria Pires de Barros. lher Rita Maria de Camargo.
Teve: 3-3 josé Soares Paes.
3-1 Guarda-mór Rodrigo Pedroso de Barros, casado 3-4 Ignacio Soares Paes.
em 17~3, em Araçariguama, com Anna Perpetua 3-5 Jeronymo Pedroso de Barros, foi o primeiro marido
de Cerqueira, filha do Guarda-mór Calixto do de Gertrudes de Camargo Penteado, filha de José de
Rego Souza e Mello e de sua mulher Maria Cer- Camargo Paes e de sua mulher Barbara Paes de
queira Paes. Barros.
Teve: Teve ó filhos:
4-1 Helena Custodia de Cerqueira, casada ~m 4-1 lndalecio de Camargo Penteado, casado em 1808,
1820, em ltú, com o Capitão Tgnacio Leite em ltú, com Antonia Pacheco de Almeida, filha
334 GENEALOGIA PARANAENSE
TITULO CARRASCOS DOS REIS
335
de Ignacio Xavier Paes. de Campos e de sua mulher An- 7 - 1 Maria Candida de Almeida, casada com An-
tonia Pacheco de Almeida.
tonio Euzebio Ribeiro, de Angra dos Reis.
falleceu Indalecio de Camargo Penteado em 1819 em S. Com filhos em ltú.
Paulo e teve dois filhos: 7-2 Francisca Carmelina de Castro, casada com
5-1 lgnacio Xavier de Ca~argo ((?ardo), se c~sou em Adolpho Bauer.
1837, em ltú, com Mana Cand1da de Almeida, filha Com filhos em ltú.
do Alferes José Ribeiro da Silva e de sua mulher 7-3 Ignacio de Camargo Penteado, casado com
Gertrudes Antonia de Barros Bueno. uma filha de Flaquer.
Teve 4 filhos : Com filhos em ltú.
6-1 Francisco de Paula Almeida Camargo, casado 7 -4 João Baptista de Camargo, fa!lecido solteiro.
com Maria Joaquina da Silveira, filha de José 7 -5 Luiz da Silveira Camargo, solteiro, reside
Florencio da Silveira e de sua mulher Rita da em ltú.
Silveira Leite. 7 - 6 Ottilia de Camargo Penteado, casada com o
Teve 11 filhos : Tenente Carlos de Paula Leite de Barros.
7 -1 Rosa da Silveira Camargo, casada com Pe- Teve:
dro Florencio da Silveira, filho de outro de 8- 1 Maria José.
igual nome e de sua mulher Thereza Maria 8-2 Leonor.
de Jesus. 8-3 José.
7 -2 Cezario de Almeida Camargo, casado com 8-4 Carlos.
Petronilha da Silveira Castro, filha de Pe- 7 - 7 Anna Candida de Camargo.
dro florencio da Silveira e de sua mulher 6-3 Antonia de Almeida Pacheco, casada com Anto-
Maria Corrêa de Castro. nio Galvão de França Barros, filho do Capitão
7-3 lgnacio Xavier de Camargo Netto, casado Candido de Barros França e de sua mulher Igna-
com Thereza Maria de Jesus, filha de An- cia de Oóes Pacheco.
tonio Leite de Camargo e de sua mulher Teve:
Rita Leite de Camargo. 7 - 1 Ignacio Xavier de Cam.argo Galvão, casado
7 -4 Joaquim de Almeida Camargo. e morador em Itatiba
7-5 Francisco de Almeida Camargo. 7-2 Candido de Barros França, casado no Jahú,
7-6 João de Almeida Camargo. com ...
7 -7 Arminio de Almeida Camargo. filha de João de Almeida Prado Junior e de
7-8 Maria de Almeida Camargo. sua mulher Anna Gertrudes.
7-9 Porfirio de Almeida Camargo. 7 -3 Maria Candida de Almeida
7 -1 O Avelino de Almeida Camargo. 7 -4 Luiza de Almeida Pacheco.
7 - 11 Rita da Silveira Leite. 7 -5 Ignacia de Arruda Góes Pacheco.
6-2 Indalecio de Camargo Penteado, filho de lg~a- 6-4 Joaquim Pedroso de Almeida Gordo.
cio Xavier, casou com Balbina Guilherm1~a 5-2 Conego da Sé de São Paulo - Jer:onymo Pedroso
de_ Castro, filha de Joaquim Octavio d_a Sil- de Barros Leite com 5 annos de idade em 1819,
veira e de sua mulher Francisca Carmelma de falleceu em ava~çada idade em 1900 em São Paulo,
Castro.
cheio de virtudes e rodeado de veneração e geral
Teve 7 filhos: estima.
TITULO CARRASCOS DOS REIS
336 GENEALOGIA PARANAENS.E 337
4-2 Joaquim de Camargo Penteado, filho de 3.5 2-8 José Soares, casado com Maria freire filha de
4-3 José de Camargo Penteado. · F~ancisco Nabo ~reire e de sua m~lher Anna
4-4 Gentil Antonio de Camargo, casou em 1823 Pires de Barros Leite. Maria freire era irmã do
em ltú, com Umbelina Maria de Arruda fi~ Mestre._de Ca1:1po Agostinho Delgado e Arouche,
lha do Alferes Manoel Vieira Pinto ~ de da leg1ao auxiliar de Paranaguá, casado em São
sua mulher Maria de Arruda Leite. Paul? no anno d~ 1746 com Maria Thereza de
Teve 4 filhos: ArauJo Rendon (filha do Capitão-mór Diogo de
5-1 Maria de Camargo, com 12 annos em Toledo Lara e de s~a mulher Angela de Siqueira
1838, casou mais tarde com Francisco Rendon); foram pais do Dr. Francisco Leandro
de Almeida Pires, filho de Manoel José To ledo Rendon, que em 1783 foi ouvidor de
de Almeida Leme e de sua mulher Ma- Paranaguá, e do Doutor desembargador Diogo
ria da Annunciação Arruda: Toledo de Lara Ordonhes, que foi alcaide-mór
Teve: de Paranaguá.
6-1 Joaquim de Almeida, casado com 2-9 Escolastica Soares, que foi casada com Manoel
sua prima Laurinda Castanho, filha de ~oraes Navarro, filho do Capitão José de
de Manoel de Arruda Castanho e de Almeida Lara e de sua mulher Marianna de Si-
sua mulher Annajacintha do Amaral. queira de Moraes.
5- 2 Gertrudes. Teve 1O filhos:
5-3 Escolastica. 3-1 Domingos de Moraes Navarro.
5-4 Anna, com 6 annos em 1838. 3-2 José de Almeida Lara.
4-5 Sal?meia de Camargo Penteado, foi a pri- 3-3 Luiz Pedroso de Moraes Navarro.
meira mulher de Estanislau do Amaral Cam- 3-4 ~anoel_ Vicente de Moraes, que em 1767
pos, com quem casou em 1807, em ltú, fi- tirou dispensa de impedimento de consan-
lho do Ajudante Estanislau José de Abreu e guinidade para se casar com sua parenta em
de sua mulher Anna do Amaral Campos. 4. 0 gráo Maria Rodrigues da Conceição, fi-
4-6 Maria, ultima filha de 3-5. lha do Capitão Estevão Ribeiro Bayão e de
3-6 Salvador. Pires de Barros, filho do Capitão Ber- sua mulher feliciana Fernandes dos Reis.
nardo Bicudo Chassim1 casou em 18001 em So- 3-5 João Leite de Moraes.
rocaba, co.m Maria da Conceição, viuva do Alfe- 3-6 Maria Leite de Moraes.
res Antomo José Ferreira. 3- 7 Marianna de Siqueira de Moraes.
3- 7 Gertrudes _Maria de Barros Leite, casou em 1762, 3-8 Anna de Almeida Moraes.
em Araçanguama, com o Capitão José de Ca- 3-9 Izabel de Lara de Moraes, casou em 1776,
margo e Siqueira, natural de S. Amaro, filho de em Sorocaba, com Antonio José Coelho,
João de El-Rios Furtado e de sua mulher Maria natural da Villa de São Sebastião da Ilha
do Nascimento de Camargo. Terceira, filho de Bernardo Coelho e de sua
falleceu ~o primeiro parto, sem deixar geração. mulher Francisca de Jesus.
3-8. Anna, ultima filha de 2-6. 3-1 O Francisca de Almeida e Moraes.
2- 7 Mana Paes. de Araujo, casada em 1742, em Sorocaba, § 3.o
com lgnac10 Xavier Bicudo de Barros.
Com geração n'essa cidade. 1-3 Maria Soares Paes, filha do Capitulo 5.o, foi casada
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
338 339
com o Capitão Antonio Rodrigues Seixas, natural de Ca- 4-3 Alferes Thomaz Gonçalves de Almeida, com
nanéa1 da Governança da Villa de Curityba, filho do Ca- 35 annos em 1794, se casou em Curityba
pitão João Rodrigues Seixas, fallecido em Curityba, com em 1803 com Maria da Luz Muniz da Ca-
testamento em 1700, e de sua mulher Maria Maciel Bar- mara, filha de Matheus Correia Simões e de
bosa. Neto pela parte paterna de Antonio Rodrigues Sei- sua mulher Maria Muniz da Camara.
xas e de sua mulher Catharina Mariins. 4-4 Ursula, com 33 annos.
Teve: (C. O. de Curityba.) 4- 5 Miguel, com 31 annos.
2-1 Ignez Rodrigues,. casada com o Tenen_te Man~el .Ro- 4-6 Maria, com 29 annos.
drigues Lisbôa, filho de Manoel Rodngues Lisboa e 4- 7 Izabel Gonçalves Sampaio, casada aos 24
de sua mulher . . . annos de idade no anno de 1803, em Cu-
naturaes de Lisbôa. rityba com José da Silva dos Santos, natu-
Filhos: ral de Portugal, filho de José Dias Coelho
3-1 Antonio Rodrigues Lisbôa, casado em Curityba e de sua mulher Maria de Jesus.
a 23 de Fevereiro de 1759 com Maria Luiz, fi. 4-8 f rancisco, com 26 annos.
lha do Capitão Antonio Fernandes de Siqueira 4- 9 Gertrudes, com 25 annos.
e de sua mulher Catharina de Siqueira Cortes. 4-10 Joaquim, com 18 annos.
4-11 Ursula, com 33 annos.
Neta pela pa~te paterna de Miiuel ~ernandes de
Siqueira e de sua mulher Mana Lmz; neta pela 4-12 Francisco Pinto Teixeira, já era fa11ecido
parte materna de Luiz de Góes e de sua mulher em 1794.
Maria de Siqueira Cortes. 2-4 Tenente Manoel Rodrigues Seixas, nascido em Curi-
2-2 Juliana Rodrigues, casada com o Capitão Alexandre tyba a 4 de Dezembro de 1704, onde falleceu a 20
de Moraes Franco, homem de prestigio e valor, que de Junho de 1785, sendo casado a 2 de Julho de
desempenhou todos os cargos da governança da Re- 1738 com Izabel Martins Valença, fa11ecida a 28 de
publica em Curityba. . Fevereiro de 1808, filha de Manoel Martins Valença
2-3 João Rodrigues Seixas, o moço, fallecido a 7 de Abnl e de sua mulher Joanna Maciel Sampaio; por esta,
de 1737, casado a 19 de Julho de 1734 com Fra~- neta de Gregorio Mendes Barbudo e de sua mulher
cisca Maciel Sampaio, de quem foi o primeiro man- Francisca Maciel Sampaio (1).
do; filha de Manoel Martins Valença e de sua mu- Teve:
lher Joanna Maciel Sampaio. 3-1 Escolastica Soares casada em Curityba a 21 de
1
7-4 Raphael Tobias de Sá Ribas, solteiro. 6-8 Oe~rudes ~aria d~ Almeida e Sá, natural da Pal-
7-5 Cherubina Camargo do Nascimento e Souza casada m~ir~, fallec1da, _for casada com o Capitão Estevâo
na Palmeira a 27 de Abril de 1870 com o' Coronel R1be1ro ~o Nascimento, fallecido, natural de Entre
Alipio José do Nascimento e Souza, 7-2 de 6-8 adiante Rios, antigo Carrapatos, filho de Estevão Ribeiro de
Sem filhos. ' · Almeida, de Santa Catharina, e de sua mulher Maria
7-6 Major Pedro de Sá Ribas Nhonhô, casado com Ma- de Souza, de São Paulo.
ria Izabel de f rança Ribas. Teve:
Teve: 7 -1 Major Estevão Ribeiro do Nascimento casado
8-1 Raphael Ribas, casado com Adelina Cavalheiro em primeiras nupcias com Maria das D~res Nas-
Ribas. cimento e em segundas nupcias com Amelia do
Teve: C?uto Nascimento, filha do Capitão João Mo-
9-1 Alípio. reira do Couto e de sua mulher Arminda Gon-
9-2 Florencio. çalves do Couto.
8-2 Maria Rita Ribas de Albuquerque, casada com Do primeiro matrimonio não teve filhos.
Antonio Marcondes de Albuquerque. Do segundo matrimonio teve:
filhos: 8-1 Palmyra do Nascimento Camargo, casada
9-1 Venina. com Laura Camargo, fazendeiro residente
9-2 Djanira em Clevelandia. '
8-3 Manoel, fallecido em criança. 8-2 Nelly Líns, casada com o Dr. Trazibulo
8-4 Alipio Ribas, casado com Alzira Cavalheiro Ribas. Líns, fallecido, natural da Bahia.
Sem filhos. 8-3 Maria da Luz Nascimento, casada com ...
8-5 Antonio de Oliveira Ribas casado com Lavinia
de Camargo Ribas. ' residente em Oevelandia
Teve: 8-4 Carmen Nascimento da Silva, casada com
9-1 Rubens. Laudelino Si!va, negociante no Itararé.
8-6 Francisco de Sá Ribas. 8-5
8- 7 Magnos de Sá Ribas. 8-6
8-8 Epaminondas de Sá Ribas. 8- 7 Estevão Ribeiro do Nascimento Junior, fa-
8-9 Nonezia Ribas de Souza casada com Pedro Lau- zendeiro em Clevelandia, casado com Dulce
rinda de Souza. ' Martins.
Teve: 8-8 Nice do Nascimento Cardoso, casada com
9-1 Benoni. Oscar Lourenço Cardoso, negociante em Cle-
9-2 Annibal. velandia
8- 1O Amilcar Ribas. 7-2 Coronel Alipio José do Nascimento e Souza, nas-
8- 11 Dagomar Ribas. cido em Palmas, na fazenda da «Floresta », no
8-12 Oumercindo Ribas. dia 27 de Outubro de 1845. Varão de grande
8-13 Osminda Ribas. enfibratura moral, gosou sempre de vasto presti-
8-14 Semiramis Ribas. gio social e político. foi abastado commerciante
8-15 Mauro Ribas. em Curityba Hoje vive cercado de grande con-
8-16 Persevanda Ribas. sideração, que sempre gosou, na cidade da Pai-
GENEALOGIA PARANAENSE
354
~~~~~~~~~~~~~~---- TITULO CARRASCOS DOS REIS
355
meira onde reside e se casou, a 27 de Abril
de 1870 com Cherubina Camargo do Nas- 9- 1 Cassilda do Canto, casada com o Dr. Pe-
cimento e Souza, 7-5 de 6-7 acima. dro ...
Sem filhos. 8-3 Julieta Martins, solteira.
5-6 Capitão Domingos lgnacio de Araujo, casado com 8-4 Solon Martins, casado com
Josepha Joaquina Pinheiro de França, 4-12 de 3-3 de-
2-8 de 1-2 do § 2.o, Capitulo 2.o, do Titulo Rodri- 8-5 Nelson Martins, casado com ...
gues de Fr~nça, ~·º Volume d'esta Obra.
Ahi a descendencta. 8-6 Noemia Martins, casada com ...
5-7 Francisco José d~ Sá e Araujo, ainda muito i?vem
seguiu para o Rio Oran~e. do Sul em comranh1a de 7-3 Euclydes Martins, casado com Maria da Conceição
um dos seus irmãos e d ah emprehendeu viagem ao Correia.
Paraguay, de onde nunca mais voltou, nem deu ~o- filhos:
ticias, apezar dos esforços constantes de seu pat e 8-1 José, faltecido.
8-2 Tito.
irmãos, durante muitos annos. . 8-3 Eurico.
5- 8 Maria Caetana de Sá, casada em 1820 com seu pn-
8-4 Sylvia.
mo o Capitão Manoel Martins de Araujo. 8-5 Antonio.
Em 1829 já o Capitão Martins estava casado em se- 8-6 Maria da Luz, fallecida
gundas nupcias com Maria Rita de França. 8- 7 Esther, fallecida.
Teve o filho unico : 8-8 Maria
6-1 Capitão Domingos Martins de Araujo, casado
8-9 Anna
com Maria dos Anjos Martins. 7-4 Santa Barbara Martins.
Filhos: 7.5 Ambrosina Martins de Albuquerque, casada com Jorge
7-1 Maria, casada em São Paulo, em primeiras Marcondes de Albuquerque, filho do Capitão Anto-
nupcias com o Dr. Rodrigo . . . nio José Xavier de Faria e, Albuquerq~~, offi~ial do
de <"'...amargo, de quem teve um filho unico, Exercito, que veio ao Parana por occas1.ao. da mst~lla-
residente em São Paulo; e, em segundas ção da Provinda. Foi Deputado Provmc1al no b1en-
nupcias, com o Dr. Doming<?s Nogueira 1!· nio de 1864-1865.
guaribe Filho, tambem residente em Sao Teve:
Paulo. .
8-1 Sezinando de Albuquerque, casado com sua pn-
Com geração. ma Hermancia Martins de Araujo, filha de João
7-2 Manoel Caetano Martins, casado com Ma- Martins de Araujo França e de sua mulher Fran-
ria da Conceição Ferreira, filha de José Fer- cisca Martins de Araujo, 5-7 de 4-11 de 3-3 de
reira Sobrinho. folhas . . . do Titulo - Rodrigues de f rança.
Filhos: filhos:
8-1 Eurides Martins, casado com ... 9-1 Francisca de Paula, fallecida
9-2 Raul de Albuquerque.
8-2 Abgail Martins, casada com Manoel 9-3 Edgard de Albuquerque, fallecido aos 23
lgnacio do Canto e Silva. annos de idade.
Teve: 9-4 Evangelina de Albuquerque, fallecida.
GENEALOGIA PARANAENSE
356 TITULO CARRASCOS DOS RET5
357
9-5 Tacito de Albuquerque. 9-3 Domingos.
9-6 Lucy. 8-4 Antonio Vespasiano de Albuquerque
9-7 Lauro. casado com Maria Luiza de Albuquerque'.
9-8 Akeu. Sem filhos.
9-9 Renato. 8-5 Domingos Marcondes de Albuquerque,
9-10 Helena. casado com Green Mayer. Pereceram
9-11 Luiza. no naufragio do vapor «Ouasca , que
8-2 Moysés Marcondes de Albuquerque, agrimensor, func- abalroou com o vapor argentino , S.
cionario da Secretaria de Obras Publicas do Estado. Lourenço>">, nas costas proximas á Ca-
Tem feito diversos trabalhos importantes de engenha- nanéa, na praia da Juréa.
ria e traçados de Estradas de ferro e de rodagem. 8-6 Paulo Marcondes de Albuquerque, ca-
Bom desenhista e profissional muito reputado por sado com Carolina Albuquerque.
seus chefes. Casado com Julieta Munhoz Negrão de Teve:
Albuquerque (6-12 de 5-9 da pagina ... do 3.o Vo- 9-1 Maria Lucia, solteira
lume, Titulo Rodrigues Seixas), filha do Major Ma- 8- 7 Cherubina Marcondes de Albuquerque
noel de Souza Dias Negrão, fallecido em 5 de Julho Negrão, casada com Carlos Munhoz
de 1895, e de sua mulher Augusta Candida Munhoz Negrão, irmão de Julieta Negrão, de
Negrão. Neta pela parte paterna do Capitão João de 8-2 acima
Souza Dias Negrão - O Velho - e de sua mulher Filhos:
Rita Maria Lustoza de Andrade Negrão; por esta, 9-1 Gastão.
bisneta do Sargento-mór Ignacio Lustoza de Andrade 9-2 Zilah.
e de sua mulher Maria Catharina de Moraes Cordeiro, 9-3 Ivette.
dos quaes trataremos em outro Volume. Pela parte 9-4 Maria.
materna é neta do Coronel Caetano José Munhoz e 9-5 Carlos.
de sua primeira mulher Francisca de Assis de Oli- 9- 6 Beatriz.
veira Munhoz, 4-1 de 3-10 de pagina 237, deste 9- 7 Clotilde.
Volume. 8-8 Jorge Marcondes de Albuquerque, socío
filhos: da firma Elysio Pereira & Cia., de Pa-
9-1 Lília. ranaguá, onde exerce tambem o cargo
9-2 Cid. de Despachante Geral da Alfandega.
9-3 Maria. casado com Elfrida Pereira Alves. Com
9-4 Francisco. os descendentes descriptos em Titulo
9-5 João. - Rodrigues de França
8-3 M.aria dos Anjos de Albuquerque, casada com The- 8-9 Maria da Luz Marcondes de Albuquer-
m!stocles Correia, filho do Dr. José Francisco Ço!- que, solteira
re1a, da Lapa, e de sua mulher Maria da Conce1çao 8- 1O Maria lzabel, fallecida
Marcondes. 8 - 11 Tito, fallecido.
Teve: 8-12 Manoel, fallecido.
9-1 Maria da Conceição. 5-9 Candida Flora de Sá, casada com Joaquim Rodrigues
9-2 Ruy. Jacques. Elia já era fallecida em 1835.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
358 359
Residiram no Rio Grande do Sul, em Alegrete. tano ria do gracejo do cunhado, mas commen-
Teve: tava, com bom humor e atilamento: Para cres-
(I.
des; e ficae certo que a vossa conducta me tem quanto poderei::; gastar annualmente, tratando-vos
sido agradavel; e quando por infelicidade tives- parcamente, porem decente.
seis desviado da carreira que devem trilhar os «Eu de minha parte procurarei indagar, e conhe-
homens honestos, é quando eu então vos devia cendo que minhas circumstancias permittem car-
escrever mais amiudo vos admoestando; pois rega~ com. ellas, fícae certo que o farei ; porque
esse é o dever de um pae amante e amigo de dese10 muito que appareçaes na sociedade e que
seu filho, e não, recolher-se ao silencio.» façaes boa figura. . . .»
« . . . . Ainda em carta de 20 de Dezembro de Um mez depois, escrevia de novo:
1848, dizia elle á seu filho: « .. : . sobre vossas pretenções á diplomacia já
«Tenho á vista a vossa de 1.0 do passado, dei- vos disse que approvava, e que vos devieis in-
xando-me cheio de prazer, pela certeza de vossa formar qual a despeza que devo fazer, para uni-
saude e do bom resultado do vosso acto; e vejo da ao pequeno ordenado que têm os addidos
as razões que me ponderaes para não pretende- possaes passar sem fausto; e, quando eu conheça
res receber o gráu de doutor; e presumis que, que a posso fazer sem destruição de nossa casa,
com isto me desgosteis, e deixe por este motivo a farei; portanto deveis estudar as materias pre-
de vos mandar á Europa. Eu, meu filho, desde cisas; pois nada se perde se não alcançardes o
que em uma (carta) me dissestes que já andavas emprego diplomatico; porque, mesmo assim acon-
cançado de ser estudante, vi que esse dicto vi- tecendo, haveis de viajar a Europa dois annos, e
nha a dar em não quererdes, por motivos que depois voltar ao nosso bello paiz e, então, mais
agora me ponderaes, receber esse gráu. Quando habilitado com a lição do mundo, entrareis na
vos disse que, vos preparasseis para isso, não politica de nosso paiz, occupando o emprego
desconhecia que só servia esta dignidade para que a sorte vos deparar.... »
poderdes oppor-vos a uma cadeira de lente; po- Porem, em carta posterior á seu filho, diz:
r~m, á vista do que soffrestes em S. Paulo, que· « . . • • na vossa ultima me dizeis que de certo
na que voltasseis á nossa Província habilitado não podereis estar cá pela Conceição, por terdes
mesmo para isso, para que vossos antagonistas de vos demorar no Rio, a tratar de vossas pre-
conhecessem qu~ se um dia vos tentasseis por tenções á viagem da Europa Agora vos vou
uma cadeira d'essas, estaríeis habilitado a obtel-a. communicar, com bem pezar, o estado de finan-
~s :azões, porem, que me ponderaes são admis- ças em que me acho, que me priva de vos as-
s1~~1s, ~ por forma alguma desejo que vos s~- sistir com o necessario para essas despesas, e
cnf1que1~; e por isso vos digo que vos deveis que só nestes (d'aqui a) dois annos vos poderei
pre~arar para seguirdes vossas pretenções diplo· supprir; e deveis accreditar que, se a minhas cir-
~aticas, logo que possaes obter esse emprego, cumstancias perrnittissem, com prazer cooperava
visto que, por mim, não posso obtel-o, por te- para que acabasseis de cultivar vossos talentos,
366 GENEALOGIA PARANAENSE
TITULO CARR,"'5COS DOS RElS
367
que me asseveram serem pouco vulgares. Porem puava, sobrinho : genro de José Caetano) e pre-
meu filho, tenho de tres annos a esta parte, si sumo estará reunida a nossa familia ....
frido muito . na saude ~, por este motivo, em «O adiamento da viagem, como se verá não foi
meus negoc10s; e, por isso, com trabalho (diffi- a final. ~e~essario;. mas_ o receio, que lhe previra
cilmente) penso conseguirei concluir com os meus a poss1b1hdade, foi mais uma nota da prudencia
pagamentos este anno, até o inverno; isso mes- e escrupulosa honestidade de José Caetano.
mo em muita duvida estou, com varias dividas <, Effectivamente foi norma constante de sua con-
muito demoradas, e mesmo com pouca espe- ducta nunca pôr em risco o bom conceito, de
rança de cobrai-as. E, tendo eu, até esta epoca que geralmente gosava, nem a paz de sua cons-
passado por homem honrado, e estando no fi~ ciencia. Duas anedoctas de tradição familiar exem-
dos meus dias, parece que approvareis que acabe plificam bem este asserto, e merecem ser consi-
a minha carreira com Honra; para isso effectuar- gnadas aqui.
se é preciso que demoreis vossa viagem mais « Em certa occasião, devendo elle resgatar, em
dois annos, tempo em que presumo heide poder data determinada, em Ponta Grossa, um titulo de
fazer vossas despesas. Portanto não deveis tra- divida que havia firmado, chovia torrencialmente
tar d'esse despacho (nomeação de addido), por- durante muitos dias. Não se offerecia portador
que só com a mesquinha quota que dá o go- seguro para a avultada quantia a transportar. Re-
verno não podereis fazer essa viagem; esperae solveu-se elle mesmo a ir pessoalmente desem-
que os auxílios paternaes vos possam coadjuvar. penhar essa missão. A família oppunha-lhe em-
Pedi ao Tobias (Raphael Tobias de Aguiar) que baraços, lembrando-lhe seu mau estado de saude,
riscasse da chapa provincial o meu nome e que estradas intransitaveis, enchentes de rios e tudo
introduzisse o vosso. quanto o pudesse demover da empreza José
«Elle annuio e me diz que não só hade correr Caetano foi cedendo aos argumentos, mas, che-
o vosso nome, como mesmo hade recommendar- gado o dia do vencimento do titulo, não houve
vos. O mesmo me diz Gabriel (Gabriel Rodri- mais demove-lo de sua resolução. A' esposa, que
gues dos Santos) que tem mostrado muito inte- ainda insistia para que aguardasse melhor tempo,
resse por vós, e não cessa de elogiar vossos ta- respondeu, em tom contrariado que lhe não era
lentos. Eu, para todos os collegios (com) que habitual: «Mas como, Senhora?! Quer então
tenho relações, tenho recommendado vossa can- que eu deixe de honrar o meu credito?» E par-
didatura, e 1~esta comarca de serra acima, presu- tiu. Ao cahir da noite, molhado até os ossos,
mo tereis unanimidade, e conto certo sahireis de- enlameado dos pés á cabeça, entrava em Ponta
putado provincial (ainda por S. Faulo) e por este Grossa e resgatava o seu credito, no proprio dia
modo ireis entretendo estes dois annos, até se do vencimento.
proporcionarem os meios para a viagem; e po· <i:Ü outro caso ainda é mais interessante, pela
dereis praticar mesmo em S. Paulo. Não cesso variedade de suas notas. Era um caso de cons-
de velar pelo vosso beneficio. Eu presumo que, ciencia. Os curitybanos que commerciavam em
se fizerdes acto em dias de Outubro, e vindo ao tropas de bestas muares eram sempre forçados a
Rio e d'ali a Paranaguá, podereis estar aqui pela recorrer, mais ou menos, ao credito; porque, ef-
~onceição, cuja festa faz Antonio de Sá (Anto- fectuando as suas compras, no Rio Grande ou
mo de Sá Camargo, futuro Visconde de Guara· no Uruguay, á dinheiro de contado, realizavam
368 GENEAl OGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REI S
369
-- ~
as vendas em Sorucaba, quasi sempre á prasos resp.eJto e veneração que tenho conhecido. Nossa
longos, contados, pelo menos, de uma feira á fam1ha lhe deve um culto especial. A elle todos
outra. devemos o que somos.
<,José Caetan.~ achaya-se em ve~peras de partida Já lá vão 28 annos que o perdef:los; mas guar-
para o Sul, Jª mumdo do capital proprio e do ~amos nosso .culto de amor, gratidão e respeito
que tomára de emprestimo, a determinado juro a sua memona. Meus netos já não conheceram
quando um amigo o ~rocurou, para lhe pedi; e.sse grande .e e~cellente homem. Quando meus
1
emprestada certa quantia, para negocio identico. filh~s se. exbngmrem, d elle não haverá mais me-
Satisfez-lhe o pedido, ao mesmo juro que a ou- mona. Eis o que é esta vida cheia de vaidades
tro pagav.a, e recorreu novam~nte ao credito para e de maldades. »
as necessidades do seu propno negocio. Occor- <• • • • • Faz hoje 30 annos que perdemos o me-
carta a seu .filho: «Nao tenho conhecimento « . . . . Do .norte ao sul, todo o paiz es!ií
de qu~ _ex1~ta na Europa centro algum de doente da cnse geral economica, e da finan-
oppos1çao as cousas do Brasil, e em activi- ceira de todos os Estados·1 mas o credito
dade: As pretenç~es. m?narchicas, quanto nacional está salvo e conso lida-se constan-
~ou ~nformado, sao mte1ramente platonicas, t~mente. Não. tardará que nos procure o ca-
macbvas; fundando ~uas esperanças na força pital extrange1ro, se perdurar a ordem inter-
eventual dos acontecimentos, e, isto, por in- na. U~a revolução, em qualquer sentido,
dole! pela estr~iteza d_os recursos, pela dis- aggravana os males actuaes e retardaria a
tancia e pela mfluenc1a das idéas do finado acção reparadora. »
Imperador. Os que ainda conservam sen- «Citemos ainda este trecho, datado do anno
timentos monarchicos, o fazem mais por sau- de seu. faHecimento: «Tudo faz esperar que
dades da paz, ordem, liberdade, segurança e o Brasil, adoptando as instituições democra-
pausado progresso, de que gosou o Brasil ti.c~-americanas, será governado pelos prin-
durante a monarchia, do que por devota- c1p10s conservadores-progressistas, - os da
m~nto á dynastia ou ao principio monar- monarchia liberal que perdemos. •>
ch1co. . . . A opposição, que vejo no Brasil (< • • • • Em cartas á família, assim se refere
-
da aspiração do regresso: «A Palmeira bre-
vemente com estrada de ferro? !» Para mim
-- ----- - --- -
TJTUJ.O CARRA:;cos flO!- RE[ .
lhi-me com ella ao meu quarto, fechei a e?perança de abraçai-o na terra patri-
porta, eu mesmo descosi o encerado e a c1a. Deus, porem, assim o não quiz.
toalha marcada com as iniciaes de teu ma- Não nos resta senão conformanno-nos
rido, e digo-te (entre nós) abracei, com olhos com a sua Soberana Vontade e pedir-
molhados, essas flores de nossos campos, lhe paz e repouso eterno para aquella
nascidas na Palmeira, e que passaram por alma, que foi uma das mais primoro-
tuas mãos. sas obras da sua Creação. Não o digo por
«Obrigado, por tão apreciado presente.» lisonja, que não tinha razão de ser, nem
«Não parecerá excessiva a commoção, quando jamais envileceu meus labios; não o digo
se souber que o velho paranaense fez guar- porque lhe queira ser agradavcl nestes
dar cuidadosamente essa almofada, sem re- momentos de dor incomparavel. Digo-o
velar a ninguem sua intenção, mas que tris- porque, creia-me, conhecendo muito de
tes occorrencias da vida da familia haviam perto o espirita elevadissimo de seu
pae, o considerei sempre um dos ho-
de denunciar. Quando, um anno mais tarde, mens mais completos deste paiz. Foi
perdia uma neta muito amada, pediu elle esse o juizo que sempre externei entre
que lhe forrassem o caixão com algumas amigos, adversarias e indifferentes. E é
d'aquellas flores. Outro tanto fez, quando, para mim uma grande ventura poder
em 1900, falleceu seu estremecido genro. affirmar que eu gosava da amizade e
Tres annos mais tarde, era elle mesmo que particular estima desse brasileiro bene-
dormia, em terra extranha, envolv!do nas merito, cuja ultima das cartas a mim
flores seccas dos campos da Palmeira. dirigidas, muito me honra pelo elevado
« . . . . O Dr. Generoso Marques dos San- conceito que da minha lealdade e de-
tos assim se exprimiu, em carta dirig!da ao dicação a meus amigos, até depois da
filho de seu finado amigo Conselheiro Je- morte, elle bondosamente enaltecera.>
suino Marcondes: O Dr. Vicente Machado da Silva Lima, cuja
«Pela minha parte, individualmente, sabe destacada actuação na politica republicana é
o meu amigo, quanto eu presava, ve- bem conhecida, e que, como elle mesmo af-
nerava e admirava aquelle meu bom firmou, andou por vezes separado de Jesuino
amigo, respeitado chefe e sempre ou- Marcondes «sob o dominio das paixões da
vido Conselheiro. lucta politi~», além de cum~lar de mani-
Não preciso, pois, dizer-lhe com quan~a festações summamente attenc1osas e penho-
magua li o telegramma do nosso amt· rantes a memoria do velho chefe liberal, por
go C. Santos, que me transmittiu a d~- occasião de seu fallecimento, emittiu sobre
lorosa noticia na noite do mesmo dia elle em carta de 9 de Outubro de 1903,
do fallecimento do grande brasileiro e dirigida para Lisbôa, ao. Coronel José Anto-
inolvidavel paranaense. . nio dos Santos, os seguintes honrosos con-
Em cartas que por vezes lhe escrevi, ceitos:
eu fiz sempre sentir a seu pranteado «Ant'hontem ás 1O horas da noite, re-
pai com quanto carinho afagavamos a cebi aqui (n~ Rio de Janeiro) sem as-
392 GENEAI OGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
393
signatur~, um t~l~gramma d'ahi, dando- <<Estava nos designios da Providencia que 0
me a triste not1c1a do triste aconteci- anno de 1903 seria o ultimo da jornada
mento occorrido na Suissa, da morte terrestre de Jesuino Marcondes.
do Conselheiro Jesuino. Ainda sob a «Ainda corria o longo inverno suisso, tão
imp.ressão do. inesperado facto, telegra- df ro para os velho~, o que elle exprimia
phe1 de seguida para o Paraná para nesta phrase: «Aqm vamos remando peno-
pessoas da família, Governador 'e im- samente o mez de Fevereiro.-» E já lhe at-
prensa. trahia filho.:. e netos ausentes, para a costu-
Aqui, no Senado e na Camara, votaram- mada reumao annual da familia nos mezes
se moções de pesar pelo fallecimento quentes das férias. « Essas long~s férias nos
do !Ilustre brasileiro, morto, longe da dão a esperança de passarmos uma bôa
patna que elle tanto amara. A imprensa temporada reunidos, na Suissa. Quanto essa
1
.do Paraná e d aqui com sentidas phra- temporada seria doce aos corações, e util ao
ses se occupou do facto. repouso e reconstituição das forças!
Ao Dr. Moyses escrevo hoje dando pe- «A attração dos ausentes accentuava-se tor-
1
sivamente. Depois de receber, com commo- veira e de st.ta mulher Maria da Conceição
vida satisfação, os sacramentos de sua Igreja Ventura; por . Anna Gonçalves Cordeiro era
e de sua , ardente Fé, um ar de serenidade terceira neta de Raymundo José Sanabio e
apoderou-se da expressão de seu rosto. de sua mulher Euphrosina da Silva frcir~;
«Em 7 de Outubro de 1903, Jesuino Mar- pelo Capitão-mór Antonio Ferreira Mathozo
condes entregou ·sua ·;hobre· alma ao Crea- era quarta neta de Francisco Ferreira do
dor. , A. expressão de serenidade -absoluta Rego e de sua mulher Joanna Cordeiro Ma-
estava gravada nos traços de '· sua physio- thozo · por Maria da Conceição era quarta
nomia, emmoldurados pela brancura nevada neta do Coronel Regente Anastacio de Frei-
de seus cabellos. tas Trancozo e de sua mulher Maria de
« . • • . E assim terminou a existencia do 'A.ssumpção; por Manoel Ferreir~ de Oliveira
nobre varão a quem o Paraná tanto deve., era quarta neta de Roqu~ Ferreira e de _s~a
- O Conselheiro Jesuino Marcondes foi mulher Appollonia Ferreira; pelo Cap1tao
casado na cidade. de Marretes a 7 de Ja- .Raymundo José Sanabio er~ ,quarta neta de
neiro de 1855J-<::om Domi.füla Alves de Arau- Domingos Gonçalves Sanab10 e de sua mu.
jo Marccmdes de 'Oliveira e Sá, natural de lher Barbara Machado; por Euphrosina da
Marretes onde nasceu ·em 1840 e falleceu Silva freire ~a quarta neta do Capitão f ran-
em Gen~bra (Suissa) em 1905; fílha do Ca- cfaco pa Silva Freire e de sua mulher J?se-
pitão Hippolyto José Alves e de sua mu· 1:iha Rodrigues de Franç~; por Francisco
Iher Maria Rosa de Araujo; neta pela parte Ferreira do Rego era qumta neta de Do·
paterna do Capitão-mór Manoel José Alves mingas Pinto do Rego e de sua mulher
e de sua mulher Seraphina Rodrigues Fer- Maria Ferreira do Valle; por Joanna ~c::r-
reira; neta pela parte materna ~o Commen- deiro Mathozo era .quinta neta do C1p1tão
dador Antonio José de ArauJo. e. de sua Antonio Luiz Mathozo e de sua mul.her Ca-
mulher Domitilla Ferreira de Ohve1ra; por tharina de Senne; pelo Capitão Francisco da
Manoel José Alves era bisneta de Miguel Al- Silva freire era quinta neta do Tenente An-
var:es de Azevedo e de sua mulher Marinha tonio Esteves Freire e de sua mu1~er Isa·
Antonia; por Seraphina Rodrigues Ferreira bel da Silva; por Josepha R?dngues d_e
era bisneta de José Rodrigues Bran_co e de França era quinta neta de Francisco ~odn-
sua mulher Joanna Rodrigues Ferreira; po~ gues Godinho e de sua !f1Ulher Mana ~e
Antonio José de Araujo era bisn.eta de Jose Ascenção França; por Mana de A~sumpçao
era quinta neta do Provedor das mmas Gas-
de Araujo e de sua mulher Mana Ro~a ~e par Teixeira de Azevedo e de sua mul_her
Araujo; por Domitilla Ferreira ~e Ohve1~a
era bisneta do Tenente João Ferreira de Oh· Catharina de Ramos; por Isab~I da Sil~a
veira e de sua mulher Anna Gonçalves Cor· era sexta neta do Capitão Dommgos Rodn-
396
-
GENEALOGIA PARANAENSE
TlTULO CARRASCOS DOS REIS 397
gues da Silva e 9e sua mulher Isabel dos sada com seu tio Brigadeiro Commendador Hippo-
Passos; por Mana de Ascenção França era lyto Alves de Araujo.
sexta neta do Capitão-mór Governador João Com ascendentes descriptos em Titulo Rodrigues de
~odrig~es 9e França e de sua mulher Fran- França.
cisca Pmhe1ro; por Catharina de Ramos era Teve:
sexta neta de Manoel da Cunha Gago e de 8-1 Maria Rosa Marcondes de Souza Leão casada
sua mulher Anna de Siqueira de Almeida com o Dr. Domingos Felippe de So~za Leão,
filha de Lourenço de Amores e de sua mu~ ambos fallecidos.
lher Ursula de Almeida; pelo Capitão-mór Sem de:,cendentes.
Gaspar Teixeira de Azevedo era sexta neta 8-2 José Marcondes Alves de Araujo, fallecido na
de Domingos de Carvalho e de sua mulher Suissa.
~aria Teixeira de Azevedo; por Domingos 8-3 Jesuino, fallecido na infancia.
Pmto do Rego era sexta neta de André 8-4 Domitilla, fallecida na infancia.
Cursino de Mattos e de sua mulher Anna 8-5 Domitilla Marcondes Alves de Araujo.
Pinto da Silv~, com. ascendentes descriptos 8-6 Hippolyto Marcondes Alves de Araujo, foi ca-
na «Genealogia Paulistam,», volume 2.o, Ti- sado no Rio Grande do Sul com Branca Mül-
tulo Lemes, pagina 188, em 4-1 de 3-3 de ler, e alli falleceu.
2-1, onde se deve accrescentar o filho Do- 8- 7 Isabel Marcondes Alves de Araujo.
ming~s Pinto de Britto Rego ou da Silva, 8-8 Emília Marcondes Alves de Araujo.
por nos encontrado em uma escriptura de doa- 8-9 Antonio Marcondes Alves de Araujo.
ção feita por seu tio, Capitão-mór Francisco 7-2 Maria Rosa, fallecida em criança.
de Britto Peixoto, de umas terras nas ban- 7-3 Dr. Moysés Marcondes de Oliveira e Sá, formado em
das da Laguna. Por procuração passada em medicina pela Universidade de Pensylvania, Estados
Sant?s a 1~ de Setembro de 1738 por D. Unidos, onde doutourou-se com distincção em 1881.
Mana Ferreira do Valle ao Capitão Gaspar foi membro da «Stille's Medical Society» e deu al-
Go~çalves de Moraes, sendo já fallecido seu gumas contribuições á imprensa.
1:1ando Domingos Pinto, ficava elle aucto- Seguindo, então, para a Europa, foi completar seus
nsado a vender as ditas terras que foram estudos nos Hospitaes de Paris. Por esse tempo foi
d_oadas a seu marido por seu tio avô Fran- mandado pelo governo imperial, servir como adjuncto
~1sco de Britto Peixoto, que eram contiguas do Dr. Barão de Theresopolis, representante nomeado
as terras de seus cunhados Diogo Pinto do pelo Brasil no Congresso Internacional de Medicina,
R_ego, Francisco do Rego Pinto, Joaquim a reunir-se em Londres, nomeação que um e outro
Pmto e João Baptista Saes, que as recebe· declinaram.
ram por dote de seus paes André (ursino De regresso á Patria, em fins de 1882, foi, pelo Pre-
de Mattos e de sua mulher Anna Pinto da sidente da província do Paraná, Dr. Carlos Augusto
Silva. Este documento foi por nos encon· de Carvalho, nomeado Director Geral da Instrucção
trado no cartorio do Tabelliãü Gabriel Ri· Publica, entrando no exercido do cargo a 1. de 0
vanos, moradores em Paranaguá. O Capitão Francisco 4-3 João Gonçalves Teixeira, com 10 annos em
Teixeira era irmão do Capitão José Teixeira de Azevedo na- 1797.
tural de Iguape, que em 1.0 de Novembro de 1685 se 4-4 Francisca Bueno, casada com Thomaz Alves Be-
caso_u em Curityba com Domingas Antunes Cortes, filha do zerra.
Capitão Balthazar Carrasco e de sua mulher Izabel Antunes 4-5 Zeferina Bueno, com 5 annos.
Teve 7 filhos: (C. O. C. Testamento em 1741.) · 4-6 Maria Bueno, com 3 annos.
2-1 Manoel Soares da Silva, casado com Catharina de 3.3 Francisco Teixeira de Azevedo, nascido em 1758 fi-
Mello, filha de Balthazar Pacheco, natural da Ilha dos lho de 2-3. Casou-se em Curityba no dia 7 de Ou-
Açores e de sua mulher Maria de Lemos, natural de tubro de 1806 com Francisca de Paula Lima de Ca-
Paranaguá. rambehy, filha do Coronel Manoel Gonçalves' Guima-
Filho: rães, vulto de grande valor moral, natural de Portu-
3 -1 Francisco Gonçalves Teixeira, casado em Curi- gal, possuidor de avultada fortuna e de muitas ses-
tyba no anno de 1773 com Gertrudes Maria de marias de terras em Castro, Ponta Grossa, Curityba,
Carvalho, filha de Antonio José Teixeira e de sua entre as quaes as de Carambehy, Santa Cruz, Samam-
mulher Maria Rodrigues Moreira, com quem foi baya e Bariguy.
casado em 1748; neta pela parte paterna de O Coronel Manoel Gonçalves Guimarães foi um dos
Francisco Teixeira Seixas e de sua mulher Rosa signatarios do auto de erecção á villa, em 20 de Ja-
Maria de Carvalho; neta pela parte m~terna de neiro de 1789, da antiga povoação de Yapó, que re-
Bras Domingues Velloso e de sua mulher Ca- cebeu o nome de Castro.
tharina Gonçalves Coutinho. Foi contractador dos impostos de pedagio de Porto
2-2 1ntonio_ Luiz da Costa, nascido em 1703 e baptisado de Cima e do registro do Rio Negro. Fazia esses
em Cuntyba a 3 de Julho de 1707. arrendamentos mais para prestar serviços a Corôa, que
2-3 João Gonçalves Teixeira, nascido em 1709 e fallecido para fins de lucros pessoaes. Fez construir o altar de
a 7 de .Ju~~o de 1777; foi homem de distincção, se- Nossa Senhora do Parto em sua fazenda de Santa
gundo JU~tiftcação produzida por sua filha Anna, em Cruz, obtendo, por provimento de 1Ode Setembro de
1798. Foi casado com Anna Maria da Silva filha de 1798, do bispo D. Matheus, a faculdade de poder
João Cardoso de Assumpção e de sua mulher Maria nella mandar rezar missa com indulgencia de cem
Bueno da Rocha; por esta, neta pela parte materna dias aos que rezassem diante da virgem. Construiu, á
de Manoel Bueno da Rocha e de sua mulher Ger- sua custa, em 1811 a capella de São Francisco de
trudes Antonia Moreira. Paula de Curityba, a qual foi benta em 13 de Abril
Teve 5 f~lhos: (C::. O. de Curityba, inventario 1777.) de 1811, ás 4 horas da tarde, :om grande pompa e
3-1 Mana Gonçalves, casada com José Ferreira de solemnidade, estando a igreja revestida com os orna-
Camargo. mentos e as quatro côres de que usa a igreja roma-
3-2 Anna Gonçalves Soares, casada com Diogo Bue- na. O Coronel Manoel Gonçalves Guimarães era ca-
no Barbosa, filho de José Barbosa Rego e de sado com Maria Magdalena de Lima, natural de P~nta
sua mulher Francisca Bueno da Silva. Grossa, filha do Capitão-mór Manoel f':Iunes de Lima
Teve: (C. O. de Curityba, inventario 1797.) e de sua mulher Joanna Cardoso de Lima; por. esta,
4-1 José Barbosa Bueno, nascido em 1782. neta do Sargento-mór Domingos Cardoso de Lima e
4-2 Anna B_ueno da Rocha, casada com João de sua mulher felicia Xavier Barbosa
Evangeltsta de Siqueira. Teve:
414 GENEALOGIA PARANAENSE
TITULO CARRASCOS DOS REIS
415
4-1 Anna Placidina de Azevedo, natural de Castro, casada
com Antonio José de Madureira e Souza, natural de sado com sua prima irmã Ezilda Madureira, fi-
Sorocaba. Residiu em Castro e teve posição de alto lha de 6-2 de 5-2, adiante.
destaque social. ~undou com gr~ndes sacri~icios pe- Teve:
cuniarios as colomas de S. Thome, e se dedicou com 7-1 Paulo Rubens.
apurado gosto aos es~udos da Geogr~phia. Era filho 7-2 Lauro.
do jornalista e comed1ographo Claud10 de Souza, re- 7-3 Javert, fallecido.
sidente no Rio de Janeiro, e por este, neto de Clau- 6-3 Capitão Heitor Madureira, foi proprietario de im-
dio de Madureira. portante fabrica de tecidos de meias, em Ponta
Teve: Grossa, casado com Ismenia Cordeiro Gomes de
5-1 Antonio José de Madureira. Madureira, filha do Capitão Manoel Cordeiro
5-2 Sebastião José de Madureira. Gomes e de sua mulher Unistarda Nogueira de
5-3 Anna Placidina de Madureira. Barros Gomes.
5-4 Claudio José de Madureira. Teve:
7-1 Ruth.
**
*
5-1 Tenente Antonio José de Madureira, nascido na 7-2 Heitor.
cidade de Castro, no dia 24 de Agosto de 1843 7-3 Levy.
e baptisado no oratorio de N. S. da Conceição, 7 -4 Eurico, nascido em Curityba a 19 de No-
no bairro do Tronco no dia 14 de Janeiro de vembro de 1925.
1844. foi homem de grande valor moral e muito 6-4 Coronel Vespasiano Madureira, importante com-
contribuio para a formação da villa de Ponta merciante e fazendeiro em Ponta Grossa, casado
Grossa, hoje prospera cidade e por seus saluta- com Maria Rita Martins, filha de Generoso Mar-
res exemplos muito concorreu para o progresso tins e de sua mulher Magdalena Branco. A este
moral e material da cidade. cavalheiro muito deve o auctor deste trabalho
Casou-se com Thereza de Carvalho Madureira, pelas preciosas informações que bondosamente
filha de José Pedro da Silva Carvalho, natural enviou.
de Portugal, e de sua mulher Maria da Concei- filhos:
ção Branco. De seus ascendentes trataremos em 7-1 Maria Magdalena, fallecida.
outro volume d'esta obra. 7 -2 Manoel, fallecido.
Teve: 7-3 Caio, gemeo com
6-1 Paula de Madureira Bittencourt, casada com 7-4 Cassio, fallecidos.
f ernando de Bittencourt, do alto commercio 7 -5 Maria Thereza, fallecida.
de Ponta Grossa. 7-6 Vines.
Teve: 7 -7 Antonio.
7-1 Julio. 7-8 Helena.
7-2 Alcides. 7-9 Raul.
7-3 Nair. 7 -1 O Sylvia.
7 -4 Antonio, fallecido com 17 annos. 7-11 Ruy. . . . t
6-2 Coronel Trajano de Madureira, agrimensor, 6-5 Claudio José de Madureira, solte1ro, commerc1an e
adiantado agricultor em Ponta Grossa, ca- em Ponta Grossa.
5-2 Coronel Sebastião José de Madureira, casado com
TITULO CARRASCOS DOS REIS
416 GENEALOGIA PARANAE~SE 417
Maria Josepha Ribas, _filha do Coronel José Mariano Ribas 5-3 de 4-1 de 3-1 de 2-2 do § 2.0 , capitulo 2.o do
e de sua mulher Mana Joanna de França; neta pela parte Titulo Rodrigues Seixas, 2. 0 volume d'esta Obra
paterna de Victor Mariano Ribas e de sua mulher Mariana Teve:
Prestes. . . 7-1 Guilhermina Madureira, casada com Arthur Villela
Sebastião José de ~ad~reira, foi fazendeiro a~asta?o e Teve:
8- 1 Ivone Villela
adiantadissimo, propnetano ~a fazenda da «Boa Vista».
foi um dos mais salientes cnadores de gad?, fazendo ac- 8-2 Iva Villela, casada com Benedicto Santos.
quisição de reproductores puros no extrange1ro por preços Teve:
elevados. 9-1 Lygia Villela Santos.
8-3 Nelson, fallecido.
t~ebr. Javert de Madureira, medic? distinctissimo, de 7-2 Maria Ubaldina, fallecida
grande renome não só no Parana C?mo em _S. Paul?, 7 -3 Maria Josepha
onde residia, fallecido em 1923. foi secretano de .fi- 7.4 Octaviano Ribas, casado com Lavinia Novaes,
nanças do Governo do Paraná. Importante fazendeiro filhos:
e capitalista; o Dr. Javert Madureira, dotado de um 8- 1 Epaminondas..
espirita modernamente reformador, m?delou _suas pro- 8-2 Leoncio.
priedades ruraes sobre os moldes mais praticas e pro- 8-3 Oclaviano.
ductivos. 8-4 Aida
foi casado com Evangelina Prates Baptista, filha do 8-5 Edith.
Commendador Manoel Bonifacio Baptista e de sua 8-6 Veda
mulher Julia Prates. 7-5 Palmyra Ribas Br~sil, casada com \0rgo~ino Bra-
Sem descendentes. sil, cirurgião-dentista,_ lente d~ Umyers1~ade do
6-2 Herminia Madureira, viuva de Salathiel Correia. Paraná, filho do Ma1or Joaqmm V1rg~lmo_ Go-
Teve: mes de Medeiros e de sua mulher Mana Rita da
7 -1 Sebastião Correia Madureira. Purificação Braga; neto pela parte paterna de
7-2 José Madureira Correia. José Gomes de Medeiros e de ~ua mulher Bra-
7-3 Claudio Madureira Correia, casado com Rita de sília Teixeira Gomes de Medeiros; . neto ~ela
Almeida. parte materna do Tenente João Antomo da Silva
Sem descendentes. Braga, natural de Portugal, e de sua mulher Zul-
7-4 Ossiam Madureira Correia, casado com Alcina mira da Purificação Braga, natural de Ponta
Virmond Correia. Grossa
Sem descendentes. . Teve:
7-5 Ezilda Madureira, casada com Trajano Madureira, 8-1 Eurico.
6-2 de 5-1, retro. 8-2 Marina.
Ahi a descendencia. 8-3 Virgolino Brasil Filho.
6-3 Arthur Madureira, fallecido solteiro. 8-4 Armando.
6-4 Manoel de Ataliba Madureira, fallecido. 8-5 Irany.
6-5 Ernestina Madureira casada com o Coronel Rodol-
1
8-6 Renato.
pho Ribas, filho do Commendador franci~co de As- 7-6 Epaminondas Ribas, fallecido.
sis Ribas e de sua mulher Maria Ubaldma Taques, 7-7 Dinorah Ribas.
418 GENEALOGIA PARANAENSE DOSTITULO CARRASCOS REIS
419
---
7 -8 Dulvina Ribas, casada com J. 2-6 lzabel Luiz da Costa, casada com José Cordeiro.
W. Tücksch. 2-7 Maria Pae~ de Jesus, casada com o Tenente Coronel
Teve: Y
Braz Dommgues elloso, homem da Governança de
8-1 Sydney JoeI. Curityba ~ de muito valor social. Era filho do Capi-
7-9 Rodolpho Ribas. tão Antomo da Costa Velloso, tambem da Oover-
7 - 1O Avany Ribas. nança de Curityba, natural de Setubal e de sua mu-
7 -11 Irany Ribas, fallecido. lher Anna da Silva Leme, de S. Paul~.
7-12. Newton Ribas. O Tenente Coronel ~raz Domingues Velloso, quando
6-6 Placedina_Madureira Novaes, viuva se casou com Mana Paes, era viuvo de Catharina
de Octav10 Novaes. Gonçalves Coutinho.
Teve: Teve a filha unica: (C. O. de Curityba.)
7-1 José felix Novaes. 3-1 Francisca Velloso de Jesus, casada em Curityba
7 - 2 Maria Candida, casada com a 5 de Abril de 1768 com o Capitão Francisco
José Maria dos Santos. de Unhares, filho de Manoel Unhares e de sua
Teve: mulher Francisca Gonçalves; neto pela parte pa-
8- 1 Maria Augusta. terna de José Dias e de sua mulher Ursula Dias;
7-3 Octavio Novaes. neto pela parte materna de Francisco Gonçalves
7-4 Linneu. e de sua mulher Maria Dias.
7-5 Eunice. Teve:
7-6 Leoncia. 4-1 Braz Domingues Velloso.
7 -7 Maria José. 4-2 Padre Francisco Linhares, foi Vigario da Ma-
7-8 Paulo. triz de Curityba.
5-3 Anna Placidina Madureira, casada em 3-2 João Velloso, nascido em 1762.
Curityba a 14 de Dezembro de 1854 3-3 Maria Velloso, nascida em 1766.
com Victor Azambuja Cidade, filho de 3-4 Simão Velloso, nascido em 1768.
Manoel de Azambuja Cidade e de sua 3-5 Francisco Velloso, nascido em 1774.
mulher Antonia de Candia. § 5.o
5-4 Claudio de Madureira, casado com Ma- 1-5 Juliana Maria das Neves, filha do Capitulo 5.0 , casada
riana Marques de Madureira.
3-4 M_aria José de Jesus, casada com Salvador Cor-· com Thomaz Alves Fructuoso.
reta Lacerda, filho de André Correia Lacerda e § 6.º
de sua mulher Maria Pires da Silva; neto pelo 1-6 Joanna Orada das Neves ou Soares, nascida em Ç~-
parte paterna de Bernardo José Figueirôa e de rityba a 25 de Julho de 1695, casada com o Ca~1tao
sua mulher Maria Correia Lacerda. Sebastião dos Santos Pereira, natural de S. Martinho
3-5 Maria Bueno da Rocha casada com Francisco do Pecegueiro, Vizeu, fallecido aos 70 annos de edade
Correia de Lacerda, em' S. José dos Pinhaes a 4 em Curityba a 31 de Agosto de 1760; homem de
de Julho de 1780. valor que e;erceu os elevados cargos da Republica da
2-4 felippe Teixeira. Villa. Era filho de Domingos Fernandes e de sua
2-5 Gertrudes Teixeira, baptisada em Curityba a 19 de mulher Catharina Manoel.
Julho de 1705, casada com Manoel Duarte de Camargo. Teve 6 filhos: (C. O. de Curityba.)
420 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
421
2-1 f eliciana, fallecida aos 1O annos de idade. rapuava, onde ao lado de seu irmão, o Padre Fran-
2-2 Maria Paes dos Santos, falleceu com testamento em cisco das Chagas Lim_a, prestou relevantes serviços.
1791, no qual declarou sua filiação, naturalidade e Escreveu uma memona sobre Guarapuava, que foi
nome de seus filhos. publicada em 1842 na Revista do Instituto Historico
foi casada a 26 de Setembro de I 740 com o Sar- Brasileiro.
gento-mór Miguel Gonçalves de Lima, fallecido a 27 3-3 Padre Francisco das Chagas Lima, nascido no anno
de Abril de 1766, natural de São Christovão de La- de 1757, em Curityba, onde foi Vigario, desde Julho
bruya, da Villa de Ponte de Lima, Braga. de 1784 até Setembro de 1795. Era presbitero secu-
Era filho de Domingos Gonçalves Rolo e de sua mu- lar. Em 1800, o Governo de São Paulo o encarre-
lher Maria Fernandes. Residiam em Ambrosios, São gou de catechisar e aldear o gentio, que andava er-
José dos Pinhaes, onde possuiam optimas terras de rante pelos sertõés de Mantiqueira, divisa de sua ca-
criação. Foi homem abastado e de grande valor e pitania. Nessa missão prestou relevantes serviços,
pertenceu a govemança de Curityba. fez ordenar na como tambem em uma epidemia que reinou no Rio
carreira ecclesiastica a tres dos seus filhos, que foram Parnahyba foi o fundador da Aldeia de São João
notaveis sacerdotes, como abaixo se verá. de Queluz, de cuja igreja foi o administrador das
Teve 9 filhos: (C O. de Curityba - Inventario e tes- obras.
tamento de I 791.} Em Maio de 1804 era vigario de Ouaratinguetá. Em
3 -1 Conego Manoel da Cruz Lima, nasceu em 1741 1809 foi provido no posto de primeiro Capellão da
em Curityba, e falleceu no Rio de Janeiro. Fôra expedição á Ouarapuava e Vigario collado da fregue-
o progenitor do grande estadista o Padre Diogo zia de Nossa Senhora do Belem de Ouarapuava, com
Antonio Feijó, Regente do Imperio. a missão de catechisar o gentio de Atalaia.
Em 1788 foi nomeado Conego do Cabido da Em memorial ao Bispo O. Matheus, datado de 1818,
Dioceze de S. Paulo, tomando posse a 26 de mostrou a necessidade de uma igreja matriz em Oua-
Março d'esse mesmo anno. rapuava, onde já se havia chamado ao gremio da ci-
Foi vulto de notavel valor na política nacional. vilisação mais de 200 indios que se achavam aldea-
3-2 Padre João Gonçalves de Lima, nasceu em 1764. dos, a par de 20 casaes de nacionaes e portuguezes,
Ao ser creado, pela lei de 20 de Outubro de que povoavam os campos com mais de 1500 ani-
I 823, o Conselho do Governo de São Paulo, maes. Allegou nessa representação o alquebramento
(cujas funcções eram semelhantes ás das assem- de sua saude consumida em 61 annos de idade e 38
biéas provinciaes, ao mesmo tempo que tinham de sacerdocio, dos quaes, 13 annos em laboriosos
funcções de natureza de Conselho do Estado, exercidos de catechese de índios selvagens, a saber:
instituição esta mais tarde creada), foi o Padre 4 na Aldeia de Queluz e 9 em Ouarapuava, e não
João Gonçalves de Lima eleito, por sua cidade na- pretende terminar stus dias sem ter completado.ª s~a
tal, para supplente, na J.a legislatura de 1826 a gloriosa missão civilisadora e a de ver erecta a 1gre1a
1829. fez parte do governo provisorio de São matriz de Guarapuava, como teve o _consolo de ver a
P~ulo, d~ qual foi presidente o Marechal Can- de Queluz. O bispo O. Matheus mformando a El-
dtdo Xavier de Almeida e Souza, de cujo cargo to- Rey sobre a justiça da representação do Padre Cha-
mou posse a 9 de Janeiro de 1823. Sacerdote vir- gas, diz:
tuoso e illustrado, foi vigario collado de Parna- «Os índios brutos hão de converter-se, com grande
hyba e depois foi em missão catechista a Oua- vantagem da nossa santa religião, com o zelo e gran-
422 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
423
de cuidado desse santo sacerdote, - o Padre f rancisco tugueza, conseguiu catechisar tres nações diversas cu-
das Chagas Lima, de um~ virtude_ c~nsummada, que tanto jas ~ing!-1as falava perfeitamen_te, contando já inn~me-
tem trabalhado em catech1sar os md10s, não poupando a rave1s filhos,. arrancados a idolatria; seus trabalhos
sua saude e vida, sujeitando-se a tantos perigos.... foram destru1dos pelo commandante da expedição
« Para tão benemerito servidor pedi a congrua annual de que contra a vontade do Padre Missionaria queri~
200$000.... » misturar, e com effeito misturou, os soldados com os
- O Conego Ildefonso Xavier Ferreira, illustre Curityba- indigenas, facilitando assim a desenvoltura dos solda-
no, do qual logo em seguida trataremos, escreveu em São dos e dos indígenas, tambem a ella propensos. Este
Paulo a 13 de Agosto ·de 1853; no Prologo a Constitui- passo foi bastante para que o Padre enlouquecesse e
ção do Arcebispado da Bahia, ao referir-se a catechese dos as~im findou seu~ tristes dias na Villa de Parnahyha,
aborigenes pelos jesuítas, diz: seis leguas da Cidade de S. Paulo, em companhia de
«Não somos n~m pró, nem contra os Jesuítas; se reconhe- seu irmão Padre J.o.ão Gonçalves de Lima, pobre e
cemos seu mento, não defendemos seu machiavelísmo pos- sem a menor gratificação do Governo.»
terior. . . . Entretanto desde que se perdeu a arte e a ma- 3-4 José dos Santos Lima, nascido em Curityba em 1762,
neira particular dos jesuítas na catechese dos indígenas, casado a 29 de Julho de 1779 com Gertrudes Maria
não se tem P?dido _cha~ar com proveito os selvagens, do Rosario, filha de Luiz de Souza Menezes e de
nem ao grem10 da 1gre1a, nem mesmo a sociedade civil. sua mulher Maria do Rosario da Conceição; neta
«Alguns. sacerdotes tem feito serviços, neste genero, dignos pela parte paterna de Diogo de Souza Menezes e de
de consideração do Governo e da gratidão da posteridade. sua mulher Luiza Maria, naturaes de Braga; neta pela
~~s. tudo fica olvidado, tu~o é desprezado, quando não é parte materna do Guarda-mór Francisco Martins Lus-
dmg1do por mãos extrange1ras. toza e de sua mulher Maria Soares de Jesus, dos
«!'Jo começ~ do presente seculo, appareceu nesta provin- quaes trataremos no 2.0 Volume.
c1a um gemo raro, um destes ornamentos do clero de S. Teve:
P~ulo, o virtuoso Curitybano Padre Francisco das Chagas 4-1 Maria Helena do Nascimento, casada em 1800,
~1ma, que ~tando capellão da «Apparecida» (em Ouara- em Curityba com João Ferreira de Oliveira Bue-
tinguetá) foi mandado a Queluz, hoje Villa Rica, bastante no, filho do Sargento-mór f rancísco Xavier Pinto
P?~ulosai ao pé das Arêas, para catechisar os índios, que e de sua mulher Rita Ferreira Bueno; neto pela
v1v1am n aquelle lugar. parte paterna de André Esteves e de sua mulher
«Luctando com a penuria, com a fome e com a miseria Magdalena Pinto; neto pela parte materna do
{porque .o Governo de então quasi nada lhe ministrava) Sargento-rnór João Ferreira de Oliveira e de sua
co~segmo (graças aos benemeritos seus Amigos de Oua- mulher Maria Bueno. - Titulo Xavier Pinto,
ratm~uetá) aldear os índios, reduzil-os a fé catholica e pro- Volume 4.o desta Obra.
porcionar aos fazendeiros aquelles ricos terrenos para a Teve:
c~ltura d? café. Ha passado meio seculo, e sabemos que 5-1 Serafim Ferreira Bueno, casado em Curityba
amda existem poucos descendentes dessa horda ali sub- a 31 de Janeiro de 1826, em primei~as nu-
sistentes, e que a villa de Queluz é uma das ~ais flores- pcias com Maria da Trindade, fallec1da em
centes da Província. Agosto de 1833, filha de Manoel Guedes e
«Poucos armas depois foi mandado este Apostolo a Oua- de sua mulher Maria Clara. Casou-se em
rapuava (ao sul da Província) e tendo outros recursos do segundas nupcías com Ignacia Maria dos
Governo, porque já existia no Brasil a família Real Por- Santos Pacheco, que era viuva de Sebastião
424 GENEALOGIA PARANAENSE
TITULO CARRASCOS DOS REIS
Vaz de Carvalho, filha do Capitão Manoel dos San- do Sul, descobriu os campos de Palmas, e de sua mulh r
tos Pacheco, natural de S. José dos Pinhaes, onde Maria do Amaral Ourgel, n~tural de São Paulo, dond
nasceu em 1761, e de sua mulher Maria Coleta da passaram a Cruz Alta, no Rio Grande.
Silva, natural da Lapa. Neta pela parte paterna de Teve:
José dos Santos Pacheco Lima e de sua mulher Ma- 7-1 Jgnacia do Amaral Marcondes, nascida em Cruz All:1,
ria Pereira da Silva Pacheco. fazenda Santa Barbara, casada com Brasileiro M:ir-
Teve de seu primeiro matrimonio: condes Pimpão, natural de Palmas.
6-1 Claro Ferreira Bueno de Andrade. Teve a filha unica:
6-2 Mathias Ferreira de Andrade. 8-1 Aurora Marcondes Loureiro, nascida a 6 de Maio
6-3 João Guedes Ferreira, que residiu em São João de 1881, e.asada com Felippe Schcll Loureiro,
do Triumpho, onde deixou numerosa próle. natural de Passo Fundo, Rio Grande do Sul,
6-4 Serafim Ferreira de Andrade, casado em primei- filho de José da Silva Loureiro, natural de Passo
ras nupcias com Maria Rita da Silveira, e em fundo.
segundas nupcias com Narciza Cunha, filha de felippe Schell Loureiro foi Juiz commissario
Francisco Teixeira da Cunha, da Lapa. de terras, sendo hoje em dia abastado fazendeiro
Teve do primeiro matrimonio: em Palmas, onde é proprietario da e Fazenda
7-1 Sebastião. Cruzeiro ».
7- 2 Messias. Teve:
7-3 Manoel. 9- 1 Antonio Marcondes Loureiro, nascido a 22
7-4 Ignacia. de Dezembro de 1899, casado com Aida de
Teve do segundo matrimonio : Araujo Loureiro, filha de Antonio de Araujo
7-5 João. Junior.
7- 6 Gabriel. Teve:
7-7 Miguel. 10-1 Homero, nascido a 3 de Outubro de
7 -8 Guilhermina. 1923.
5-1 Serafim Ferreira Bueno, não teve descendentes de seu 9-2 Brasileiro, nascido a 12 de Janeiro de 1901.
segundo matrimonio. 9-3 Mario, nascido a 3 de Julho de 1902.
5-2 José Ferreira Bueno, casado em primeiras nupcias com 9-4 Ondina, nascida a 11 de Dezembro de 1903.
Ignacia Maria da Silva, filha de Manoel José Barbosa 9-5 Sady, nascido a 21 de Agosto de 1905.
e de sua mulher Anna Esmeria da Silva, e em se- 9-6 f elippina, nascida a 15 de Outubro de 1907.
gundas nupc:ias com Maria Bernarda de Ramos, filha 9- 7 Maria nascida a 13 de Outubro de 1909.
de Manoel Pereira Ramos e de sua mulher Anna Ja- 9-8 Julio, 'nascido a 3 de Janeiro de 1912.
cintha Ramos. 9-9 Ignacio, nascido a 10 de Março de 1914.
Teve do primeiro matrimonio o filho unico: 9-10 João, nascido a 26 de Junho ~e 1915.
6- I Capitão Serafim Ferreira de Oliveira e Silva, ca- 9-11 Plínio nascido a 17 de fevereiro de 1917.
sado com Julia Moreira do Amaral e Silva, filha 9- 12 Augu~to, nascido a 8 de Ma,io de 1920
de Victor Antonio Moreira e de sua mulher An- e fallecido a 16 de Agosto desse mesmo
na Maria do Amaral; por esta, neta do Major anno.
Athanagildo Pinto Martins, que em 1818 procu- 9-13 Aurora, nascida a 10 de Novembro de
rando explorar uma vereda para o Rio Grande 1924.
426 GENEAL' GIA PARANAENSE
º~CA_R_R_A_s_co_s~ n_os~R-EI_ S~~~~42 7
~~~~~-T -IT_U_L__
7 -2 Dr. Victor Ferreira do Amaral e Silva, nascido na successivas ~e~l~ições biennaes, até 1918, quando a Univer-
Villa Nova do Principe (Lapa) a 9 de Dezembro de sidade se d1v1dm em tres faculdades: Direito Medicina e
1862, fazendo os seus estudos preparatorios no Engenharia. _Foi tambem professor de Clini~a Obstetrica
«Collegio Abilio », dirigido pelo Barão de Macahu- e Oynecolog1ca do curso de Medicina. lnstallou-se a
bas, no Rio de Janeiro. Doutorou-se pela Faculdade Universidade em um. pre~io. ª. ~ua Commendador Araujo
de Medicina do Rio de Janeiro em 22 de Dezembro n. 42, tendo por patnmomo m1c1al 80 contos de reis de
de 1884, vindo residir em Curityba, onde exerce sua doação do Governo do Estado.
profissão. Foi lente de francez do Gymnasio Para- A 19 de Dezembro de 1913 foi lançada a pedra funda-
naense. Propagandista da republica e da abolição mental do sumptuoso palacio da Universidade em terreno
desde o tempo da Monarchia. foi eleifo deputado doado pela Municipalidade de Curityba. Presidiu o acto
a Constituinte Estadoal, collaborando efficazmente na inaugural o Dr. Victor do Amaral, reitor da Universidade
Constituição paranaense de 7 de Abril de 1892, da sendo orador official o Dr. Pamphilo de Assumpção en~
qual é um dos signatarios. foi Superintendente Ge- tão lente do curso de Direito. '
ral do Ensino Publico, Director Geral da lnstrucção No anno seguinte já era installada a Universidade no seu
Publica do Estado em 1900 e Director do Oymna- magestoso predio.
sio Paranaense, tendo n'esta qualidade promovido a Exigencias regulamentares da Lei Federal e como condi :ção
construcção do edificio d'esse estabelecimento de en- de ser reconhecida, foi a Universidade, a 25 de Maio de
sino secundaria, cuja pedra fundamental foi por elle 1918, dividida em trez faculdades, que continuaram a
solemnemente lançada a 3 de Maio de 1903. funccionar no mesmo predio da Universidade, sendo então
Foi um dos fundadores e primeiro presidente da So- eleitos: Director da faculdade de Medicina o Dr. Victor
ciedade de Medicina e Cirurgia do Paraná, fundada Ferreira do Amaral; Director da Faculdade de Direito o
em 1901, tendo sido tambem um dos redadores da Dr. Manoel B. Vieira Cavalcante e Director da Faculdade
«Gazeta Medica do Paraná», de cuja direcção era de Engenharia o Dr. Affonso Augusto Teixeira de Freitas.
presidente. Na imprensa política, foi em 1898 fun- As Faculdades de direito e de engenharia foram reconhe-
dador e redador chefe do «Diario do Paraná» e em cidas e equiparadas ás f acuidades officiaes por acto de 19
1912 fundou o «Commercio do Paraná», de cuja de Agosto de 1920 do Ministro da Justiça e Interior, que
empreza foi presidente. foi deputado federal de 1906 por fim por ado de 18 de fevereiro de 1922 equiparou
a 1909, tendo apresentado na Camara dos Deputados a Faculdade de Medicina do Paraná ás officiaes, graças
um importante projecto sobre ensino agricola. Escre- aos herculeos esforços do Dr. Victor do Amaral e do Dr.
veu um folheto de propaganda da Herva-Matte; e foi Nilo Cairo da Silva, esforçado fundador da Universidade
um dos mais ardorosos propugnadores dos direitos de que foi Secretario e Lente de Pathologia Geral. Com a
do Paraná na questão de limites com S. Catharina. equiparação das trez f acuidades em que se divide a anti-
foi. um dos principaes fundadores, em 1912, da Uni- ga Universidade, em boa hora fundada em 1912, ficou in-
vers1~ade do Paraná, da qual foi eleito Director, em tegrado officialmente o ensino superior do Paraná, sendo
sua mauguração, tendo dous annos depois sido re- consolidada a obra dos abnegados fundadores da Univer-
eleito para. esse mesmo cargo. sidade.
A Umvers1dade do Paraná foi fundada a 19 de De- E' actualmente Director do Serviço Sanitario do Estado.
~embro de 1912, no edificio do Congresso legisla- Casado em primeiras nupcias com Paulina Pacheco ~raga
tivo do Estado, sendo eleito reitor o Dr. Victor Fer- do Amaral, filha de João Manoel da Silva Braga Jumor e
reira do Amaral e Silva, que occupou esse cargo por de sua muiher Maria Antonia Santos Pacheco; casado em se-
428 GENEAL.OGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
429
gundas nupcias com sua cunhada Anna Messias Pa- Teve:
checo do Amaral, filha do Dr. José dos Santos Pa- 8-1 Joannita.
checo Lima e de sua mulher Maria Antonia dos San- 8-2 Nelson.
tos Pacheco, de quem foi segundo marido. ·7 .4 Josepha do Amar~! Ferreira, casada a 8 de Fevereiro de
Do primeiro matrimonio teve: 1889 com seu pnmo o Dr. João Candido Ferreira, do
8-1 Noemia Ferreira do Amaral, casada com o Dr. qual tratamos em 7-1 de 6-1, adiante, dando sua
Alexandre Outierrez, filho do Dr. João Carlos biographia e ascendentes, filho do Alferes João Can-
Outierrez e de sua mulher Maria Hartly Ou- dido Ferreira e de sua mulher Anna Leocadia Ferreira.
tierrez, do qual foi a segunda mulher. Teve:
Teve: 8-1 Dr. Leonidas do Amaral Ferreira, medico ocu-
9-1 Raul. lista, casado com Odah Cecília Munhoz da Ro-
9-2 fvonne. cha, filha do Dr. Caetano Munhoz da Rocha e
9-3 Victor. de sua primeira mulher Olga de Souza Munhoz
9-4 Mario, fallecido. da Rocha. 7-3 de 6-1 de pagina 248 d'este volume.
9-5 Paulo. E' lente da Faculdade de Medicina.
8-2 Homero Ferreira do Amaral, nascido em 1891 Teve:
casado com Hilda Munhoz da Rocha, filha d~ 9- 1 Leonidas.
Coronel Bento Munhoz da Rocha e de sua mu- 9-2 Olga.
lher Maria Leocadia Munhoz da Rocha. 8-2 Dr. Alceu do Amaral Ferreira, medico, casado em
Filhos: primeiras nupcias com Cecilia dos Santos Fer-
9-1 José. reira, e em segundas nupcias com Emília dos
9-2 Paulina. Santos Ferreira, ambas filhas do Dr. Claudino
9-3 Francisco. dos Santos e de sua mulher Elvira Branco dos
9-4 Maria de Lourdes, fallecida. Santos. De seu primeiro matrimonio não teve
Do seu segundo matrimonio, 7-2 teve: descendentes. De seu segundo matrimonio teve:
8-3 Paulina. 9-1 Cecilia.
8-4 Estella. 8-3 Dr. Agenor do Amaral Ferreira, e~genheiro elec~ri-
8-5 Dr. Linneu Ferreira do Amaral, engenheiro civil, cista, formado nos Estados Umdos da Amenca
casado com Dulce Bley do Amaral. do Norte. Casou-se com Nathalia Marques Fer-
Teve: reira filha do Coronel Ennio Gonçalves Mar-
9-1 Dulce. ques' fallecido e de sua mulher Nathalia Stolle
8-6 Serafim Ferreira do Amaral fallecido aos 18 annos. Marques. '
8- 7 Rosita Ferreira do Amaral ' fallecida aos 16 annos. Teve:
8-8 Victor Ferreira do Amar~] filho academico de 9-1 Agenor.
medicina, solteiro. ' 9-2 Léa.
8-9 Moacyr Ferreira do Amaral. 8-4 Dr. João Candido Ferreira filho, eng~nh~iro agro-
8- 1O Milton f erreira do Amaral. nomo, diplomado pela Escola de Pir.ac1caba, ca-
7-3 Anna do .Amaral Westphalen, casada com João West- sado com Josephina Stolle Marques, filha do Co-
phalen, filho de Eugenio Westphalen e de sua mu- ronel Ennio Gonçalves Marques e de sua mulher
lher Joanna Francisca da Silva. Nathalia Stolle Marques.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
430 431
bella da Motta Bandeira Guimarães, filha do Coronel filho ~e Joaquim Pinto. de Amorim e de sua mulher
Carlos da Motta Bandeira e Silva e de sua mulher Seraph1ca de Souza Guimarães.
Thereza Correia da Silva, 7-1 de 6-2 de 5-2 de 4-2 Residem na Capital Federal.
adiante. ' Teve:
Teve: 9-1 João Francisco.
9-1 Estella Bandeira Guimarães Camargo, viuva de 9-2 Odette.
Juvenal (amargo. 9-3 Vvette.
Teve: 9-4 Nuno.
10-1 Heliantho. 9-5 Volanda.
10-2 Lycia. 8-5 Leonor Guimarães Machado, casada com Francisco
8-2 Etelvina Guimarães Cortes, casada com Euphrasio de Machado da Silva, residentes em Porto da União.
Siqueira Cortes Filho. Teve:
Teve: 9-1 Romeu Machado da Silva, casado com Renêe
9-1 Olivio Guimarães Cortes, casado com Luzia Mo- Pompeu Machado, residentes em Porto áa União.
reira Cortes, filha de Alvaro Jorge Moreira. Filhos:
Teve: 10-1 Renaut.
10-1 Jorge. • 10-2 Ney.
10-2 Raul. 9-2 Ary.
10-3 Armando. 9-3 Jandyra Machado da Silva, casada com José Dan-
10-4 Ovidio. guy Pacheco, filho do Coronel Elias Pacheco,
1O- 5 Ismael. fazendeiro em Guarapuava.
10-6 AI varo. 9-4 Julieta.
9-2 Le~ticia Guimarães Xavier, casada com o Tenente 8-6 Honestalio Alves Guimarães, casado em primeiras nu-
Ans!oteles Xavier, filho do Major João Baptista pcias com Carolina da Cunha Guimarães, filha de
Xavier e de sua mulher Ernestina Loyola Xavier. Francisco da Cunha e de sua mulher Maria Luiza
Teve: Braga da Cunha, e em segundas nupcias com Au-
10-1 Jeny. gusta Westphalen, filha de Eugenio Westphalen.
10-2 Alcyone. filhos do primeiro matrimonio:
9-3 Saphira, solteira. 9-1 Alice.
9-4 Augusto, bacharelando de Direito, solteiro. 9-2 Ambrosina.
9-5 Heitor, solteiro. 9-3 Raul.
9-6 Jacy, solteiro. 9-4 Luiz.
8-3 Heitor Alves Guimarães casado com Anna Guima- 9-5 Mario.
rães, residentes em Ara~caria. Teve do segundo matrimonio:
Filhos: 9-6 Augusto.
9-1 Julieta, casada. 9- 7 Eugenio.
9-2 Rosa. 9-8 Paulo.
9-3 Honestalio. 9-9 Helena.
9-4 Volanda. 8- 7 Olyntho Alves Guimarães, casado com Maria Druski
8-4 Julieta Guimarães Aguiar, casada com Nuno Aguiar, Guimarães, filha de Francisco Druski.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS R EIS
442 443
Residem em Iraty. 8-2 Mario.
filhos: 8-3 Epaminondas.
9-1 João. 8-4 Antonia.
9-2 José. 8-5 Brasilio.
8-8 Francisco Alves Guimarães, casado com 8-6 Nino.
Ida Seraphim Guimarães, filha de Sal- 8-7 Odilla
vador Seraphim. 8-8 Honorina.
Residem em Ponta Grossa. 8-9 Julio Cezar, fallecido solteiro.
filhos: 7-2 João Francisco Guimarães, casado com Horacia Cor-
9-1 Ivonette. deiro.
9-2 Milton. Filhos:
9-3 Byron. 8-1 Cidalia Guimarães, casada com Eleuterio de Me-
9-4 lvonne. deiros.
9-5 Odilon. 8-2 Francisco.
9-6 Ambrosina. 8-3 Maria Josephina.
7 -2 Francisca Ferreira Maciel, casada com Do- 8-4 Anna.
mingos f erreira Maciel. 8-5 Ciloca.
Teve: 7-3 Eduardo f erreira Guimarães, casado com Clara Maria
8-1 Brasilina Ferreira Maciel da Silva, ca- Therencio dos Reis.
sada com PauHno Ferreira da Silva. Filhos:
8-2 8-1 Antenor.
8-3 8-2 Arnaldo.
8-4 8-3 Ary.
7 -3 f rancisco Manoel Guimarães Netto, casou- 8-4 Jandyra Guimarães, casada com José da Silva
se na Lapa, deixando muitos filhos, com Fontoura.
Adelaide Pacheco dos Santos, 9-1 de 8-3 8-5 Nahyr.
de 7-3, adiante. 8-6 Clelia.
5- 6 Maria Joaquina de Assumpção, filha de 4-1 de 3-4, 8- 7 Antt:nor.
casada em Curityba a 31 de Janeiro de 1826 com 7-4 Rosalina Ferreira Guimarães, casada com João Luiz
Antonio Francisco Guimarães, filho de Gonçalo José Gomes dos Santos.
Guimarães e de sua mulher Anna Alves de Araujo. Teve:
Teve: 8-1 Annita Olinda Santos, casada com Brasilio de
6-1 Firmino de Paula Ferreira, casado com Anna Al- Almeida.
ves Guimarães, filha de João Francisco Guima- Teve:
rães e de sua mulher f rancisca de Paula Santos. 9- 1 Maria Neves.
filhos: 9-2 Waldivia.
7 - 1 Antonio Pedro Guimarães, casado com Emí- 9-3 Rosalina.
lia Alves Guimarães. 9-4 Maria do Carmo.
filhos: 9-5 Araceli.
8-1 Maurício. 8-2 Heitor, fallecido.
TITULO CARRASCOS DOS REIS
444 GENEt\LOGIA PARANAENSE
445
8-3 Mareia dos Santos, casada com Paulino Pires 8-4 Dinorah.
Cordeiro. 8-5 Leonor.
Teve: 8-6 Firmino.
9-1 Heitor. 7-9 Josephina Monteiro, casada com Pom-
9 - 2 Orlando. peu Monteiro, funccionario da Secretaria
8-4 Noemia Santos Brandão, casada com o professor da Fazenda
Nilo Brandão. Teve:
Teve: 8-1 Nelson.
9-1 Eudes. 8-2 Pedro.
9-2 Eras. 8-3 Rubens.
7-5 Maria Joaquina, casada com Lourenço de Sá Ribas. 8-4 Pompeu.
Teve: 8-5 Francisca.
8-1 Hygino Ribas 1 casado com Amelia Teixeira, filha 4-2 José Regi nato de Lima, filho de José dos Santos Lima
do Coronel José Teixeira Alves. 3-4 de 2-2, retro, foi casado em Curityba a 23 d~
8-2 Maurilio Ribas, casado com Olga Cordeiro, filha Novembro de 1819 com Senhorinha da Silva Ribas,
de Affonso Gonçalves Cordeiro. filha do Alferes Manoel Alves Gusmão e de sua mu-
8-3 João Guimarães Ribas, casado com Francisca lher Gertrudes Ribas; por esta, neta do Capitão Miguel
Therencio dos Reis Tacito. Ribeiro Ribas e de sua mulher Clara Maria de Moraes.
8-4 Adolphina Ribas, casada com lnnocencia Prestes Foi Tabellião de notas de Curityba em 1832, e exer-
Maciel. ceu os cargos da governança da Republica.
8-5 Octavio Guimarães Ribas. 4-3 Gertrudes Maria de Lima, foi casada em Curityba a
7-6 Rosa Guimarães, casada com o Tenente Coronel Theo- 5 de Setembro de 1805 com Manoel Marques Pe~
philo fabiano Cabral. reira, filho de Bernardino Pereira e de sua mulher
Teve: Rita de Assumpção.
8-1 Waldomiro Guimarães Cabral, nascido em 5 de 4-4 Rosa Alexandrina de Lima, casada em Curityba a 2
Janeiro de 1900 e fallecido a 30 de Abril de 1920. de Agosto de 1802 com o Capitão Simão José Gon-
7 -7 felicidade Guimarães, casada com José Correia da Silva. çalves de Andrade, filho de José Francisco Correia e
Teve: de sua mulher Anna Maria da Conceição; por esta,
8- 1 Orlando. neto do Sargento-mór Simão Gonçalves de Andrade,
8-2 Aurora da Silva, casada com João Christovam vulto de grande valor, do qual trataremos em outro
da Silva. lugar d'esta obra, e de sua mulher Escolastica Soa-
8-3 Armando. res do Valle; por esta, bisneto de João Ribeiro do
8-4 Esther Pereira, casada com Cezar O. Pereira. Valle, da governança de Curityba, e de sua mulher
8-5 Maria. lzabel Soares; pelo Sargento-mór Simão Gonçalves de
7 -8 Adelaide, casada com Alfredo de Assis Pinheiro. Andrade, é bisneto de Simão Gonçalves de Andrade,
Teve: natural da Ilha do Pico de Madeira, cidade de Fun-
8-1 Clotilde Guimarães, casada com João Guiss. chal, e de sua mulher Clara Muniz da Camara. O
8-2 João de Assis Pinheiro, casado com Comba de Capitão Simão José Gonçalves de Andrade p~op~z,
Carvalho. em 1825, uma acção de embargos co~tr~ seu 1rmao
8-3 Laura. Manoel José de França. (C. Gabriel R1be1ro.)
TITULO CARRASCOS DOS REIS
446 GENEALOGIA PARANAENSE: 447
O seu casamento foi precedido de dispensa das 3 canoni- mulher Beatriz de la Pefía, natural de Sevilha e descen-
cas denunciações por legitima causa, e igualmente do im- dentes do celebre navegante hespanhol Affonso de Camar-
pedimento de 4.0 grau de consanguinidade em que se go, que em 1539 emprehendeu viagem ao Perú pelo e _
achavam ligados, por despacho do Bispo de São Paulo treito de Magalhães. Jos~ph de Camargo se cas~u em sto
datado de 2 de Julho de 1803. (C. E. de Curityba.) ' Paulo com . Leonor Don:mgues, fallecida com testamento
Teve: em 1630, filha de Dommgos Luiz, o Carvoeiro, e de sua
5-1 Rita Rosa de França, casada com o Capitão Francisco mulher An_na Camacho,_ natural de Marinhota, freguezia de
de Paula Camargo, filho do Tenente Antonio Joaquim Santa Mana de Carvoeira.
de Camargo e de sua mulher Mathilde Umbelina da Teve:
Gloria, casados em Sorocaba em 1807; neto pela parte 6-1 Maria Escolastica de Camargo Lemos, casada com
paterna do Alferes Francisco de Camargo Pontes, ca- Jeronyrno Lemos.
sado em 1761 com Mariana de Siqueira e Moraes; Teve:
neto pela parte materna de Manoel José de Araujo e 7-1 Eduardo de Camargo Lemos, casado em Palmas
de sua mulher Anna Maria da Conceição. O Alferes c~m Eucalina Ferreira, filha de Antero Pacheco'.
Francisco de Camargo Pontes era filho de José Mu- Filhos:
nhoz de Camargo e de sua mulher Catharina Domin- 8-1 Moyses.
gues de Si queira; por esta, neto de Antonio Domin- 8-2 Landery.
gues Pontes e de sua mulher Anna Vidal de Siquei- 8-3 Olyntho.
ra. José Munhoz de Camargo era filho de Fernando 7-2 Paulino de Camargo Lemos.
Munhoz (filho de André Lopes Maciel e de sua mu- 7-3 Pedro de Camargo Lemos, casado em Palmas
lher Catharina Paes) e de sua mulher Victoria de com Maria Luiza Diniz, filha de Jonas Diniz.
Camargo, filha de Fernando de Camargo Ortiz e de filhos:
sua mulher Joanna Lopes, filha de Gonçalo Lopes e 8-1 Palmendio.
de sua mulher Catharina da Silva, filha de Cosme da 8- 2 Maria Luiza.
Silva e de sua mulher Izabel Gonçalves. Gonçalo 7-4 Petronilha de Camargo Lemos.
Lopes era filho de Pedro Lopes e de sua mulher An- 7-5 Amelia.
na da Costa. Fernando de Camargo Ortiz era filho 7-6 Maria de Camargo Arantes, viuva do Alferes do
~o Capitão Fernão Camargo, o Tigre, chefe do par- exercito Francisco de Paula Arantes, natural de
tido dos Camargos em luctas contra o dos Pires, em Santa Catharina; é casada em segundas nupcias
1641, (que occasionou o assassinato de Pedro Taques com Daniel Cleves.
na egreja da Sé em São Paulo) e de sua mulher Ma- Sem geração de seus matrimonias.
riana do Prado, filha de João de Santa Maria, natu- 7-7 Maria Lemos Loyola, casada com Manoel Igna~
ral de Castella (que veio ao Brasil como Secretario cio Loyola.
de D. Francisco de Souza) e de sua mulher felippa Teve:
do ~rado. O Capitão Fernão de Camargo, o Tigre, 8-1 Milton.
era filh.o de Joséph de Camargo, natural de Castella, 6-2 Manoel de França Camargo, casado em Ouarapuava
que ve10 a São Paulo na ultima parte do seculo XVI. com Henriqueta Bandeira de Camargo.
Era fJlho de ~rancisco de Camargo e de sua mulher Filhos:
Gabnella Ort1z, natural de Castella. Francisco de Ca- 7- 1 Francisco Manoel de Camargo, casado com Laura
margo era filho de Luiz Dias de Camargo e de sua da Rocha, filha de João da Rocha Soares.
448 GENEALOGIA PARANAENSE DOSTITULO CARRASCOS REIS
449
filhos: 8-1 Analdina.
8-1 Djanira. 7-4 Maria Rita de Camargo Mello casada com Li-
8-2 Cenira. cínio de Mello. '
8-3 Oswaldo. Teve:
7-2 Nercinda de Camargo Virrnond, casada com 8- 1 Ildefonso.
Annibal Virmond, fazendeiro em Guarapuava. 8-2 João.
Teve: 8-3 Alípio.
8-1 Anna Joaquina. 7-5 Ali pio de Camargo.
8-2 Alcina. 6-4 Etelvina de Paula Camargo, casou com Marciliano de
8-3 Esther. Paula Marques, fazendeiro no districto de Condoy,
8-4 Ary. em Guarapuava.
7-3 Candido Bandeira Camargo. 6-5 Francisca de Paula França, casou com Pedro Alves
7-4 Josephina de Camargo Lacerda, casada com Ber- da Rocha Loures, filho de Francisco Alves da Rocha
nardino Roseira Lacerda, fazendeiro. e de sua mulher Gertrudes Maria da Annunciação
Teve: Rocha ou Certrudes Maria de Andrade, 6-1 de 5-1
8-1 Judith. de 4-5 de 3-5, adiante.
7-5 Palmyra Camargo. Teve:
7 -6 Carlinda Camargo. 7-1 Lydia Alves da Rocha Soares, solteira.
7 -7 Diva Camargo. 7-2 Francisco Solano Alves de Camargo, casado com
7-8 Waldomiro Camargo. Porcina Mendes de Camargo, filha de Ponciano
6-3 Ildefonso de Paula Camargo, fazendeiro em Guara- Mendes de Araujo e de sua mulher Maria Men-
puava, casado com Mathilde Umbelina de Camargo. des de Camargo.
Filhos: Filhos:
7 -1 Francisco Sergio de Camargo, casado com Cecí- 8-1 Placido, fallecido.
lia de Abreu Camargo. 8-2 Heraclio Mendes de Camargo.
Filho: 8-3 Evanira Mendes de Camargo Gomes, casa-
8-1 da com o Dr. Antonio Gomes Junior, que
7-2 Maria José de Camargo Mello, casada em Pal- foi Juiz de Direito de Guarapuava, e é hoje
meira com Hortencio Martins Mello. de São José dos Pinhaes, filho do commer-
Teve: ciante Antonio Gomes, já fallecido, e de sua
8- 1 Elisiario. mulher Maria das Dores Lacerda Gomes.
8-2 Erundinéa. Com ascendentes no 3.0 volume d'esta Obra.
8-3 Orminda. Teve:
8-4 Eloina. 9-1 Antonio Carlos.
8-5 Honorina. 9- 2 Maria de Lourdes.
7-3 José de Paula Camargo, casado com Laudelina 8-4 Cenira Mendes de Camargo.
Mendes de Camargo, filha de Ponciano Mendes 8-5 Elzira, fallecida.
de Araujo e de sua mulher Maria Mendes de 8-6 Maria de Jesus.
Camargo. 8- 7 Francisca.
Teve: 8-8 Antonietta.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
450 451
8-9 Maria de Lourdes. 8-2 Eleonora Camargo da Veiga, casada com O Dr.
7 - 3 Dr. Affonso Alves de <::amargo, advogado, nasceu em Didimo Amaral Agapito da Veiga, filho do Dr.
Ouarapuava a 25 de Setembro de 1873. Em 1891 Didimo Fernandes Agapito da Veiga e de sua
se matriculou na faculdade de Direito de São Paulo mulher Zulmira Amaral da Veiga.
onde se formou em sciencias jurídicas e sociaes, em Teve:
1894. Occupou os seguintes cargos publicas: Pro- 9-1 Didimo Affonso.
motor publico da Capital do Estado, no governo re- 9-2 Affonso Didimo.
volucionario de 1894; deputado ao Congresso Legis- 8-3 Emy, fallecida solteira
lativo do Paraná, sendo eleito pela opposição em os 8-4 Affonso Alves de Camargo Junior, academico de
biennios de 1898-1899, 1900-1901 , e depois nos direito.
biennios de 1908 - 1909, 1912-1913 , 1914-1915, 8-5 Pedro Alipio Alves de Camargo.
sendo eleito Presidente do referido Congresso n'este 8-6 José Affonso.
ultimo biennio. Nos quatriennios de 1908-1912 e 8-7 flóra.
1912 - 1916 foi eleito Vice-Presidente do Estado do 8-8 Carlos Affonso, fallecido.
Paraná. Em 25 de fevereiro de 1916 tomou posse 8-9 Paulo Affonso.
do cargo de Presidente do Estado, para o qual fôra 8-10 Fernando Affonso.
eleito. Em 1921 foi eleito e reconhecido deputado 8-11 Mario Affonso.
federal, sendo escolhido para leader da bancada pa- 7-4 Hercilia Alves de Oliveira, casada com Trajano Ba-
ranaense e eleito 1.0 Vice-Presidente da Camara Ac- ptista de Oliveira Silverio, filho de João Baptista de
tualmente é figura de relevo e chefe de valor e pres- Oliveira Silverio e de sua mulher Candida de Abreu,
tigio do Partido Republicano Paranaense, exercendo o filha de João de Abreu e Araujo.
alto cargo de Senador da Republica. Homem de cul- Teve:
tura e que desde muito moço vem prestando serviços 8-1 Alcina, fallecida.
á sua terra; é das individualidades do Paraná uma 8-2 Orvalina Silverio de Mello, casada com José f a-
das de maior destaque, que reune em volta de si so- bricio de Mello.
lidas e dedicadas amizades. Espírito democrata, ac- 8-3 Esther Silverio Ribas, .casada com Francisco Ribas.
cessivel, attencioso e prestavel aos seus amigos, soube 8-4 Marinho, fallecido.
por essas qualidades de seu caracter, attrahir as mais 8-5 Sarah Silverio, casada.
amplas sympathias. 8-6 Marina Silverio, casada.
Casado em Curityba a 27 de Abril de 1899 com 8- 7 Alcino Silverio.
Etelvina Pinto Rebello de Camargo, filha do Coronel 8-8 Pedro, fallecido.
José Pinto Rebello e de sua mulher Francisca dos 8-9 Lauro.
Santos Rebello, 5-3 de 4-3 de 3-1 de 2-1 do § 1. , 0
8-10 Maria.
Capitulo 2. 0 do Titulo Rodrigues Seixas, desta Obra. 8-11 Isly.
filhos: 8-12 Esmy.
8-1 Dr. Arnaldo Alves de Camargo, Promotor Pu- 8-13 Mario.
blico da Capital, casado com Hyppolita Carneiro 7-5 Marinho.
de Azambuja, filha do importante industrial Bento 7-6 Maria de Jesus Alves Baraúna, casada com o Dr.
Martins de Azambuja e de sua mulher Annita Romualdo Antonio Baraúna, advogado, natural de
Carneiro de Azambuja. Santo Amaro Bahia, filho de Romualdo Baraúna e
/
GENEAI OGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
452 453
de sua mulher Maria Joaquina Baraúna. Foi Prefeito fonso Alves de Camargo, onde tem adquirido vanta-
de Ouarapuava e actualmente é deputado estadoal josos be~s de fortuna pela sua intelligente orientação
sendo presidente do Congresso do Estado do Paraná'. e operosidade.
Teve: De Julho de 1901 a ~bri~ de 1905 exerceu o cargo
8-1 Amerina Baraúna Virmond, casada com o Dr. de promotor publico mtenno da Capital. fundou em
Mario Virmond, advogado, filho do Coronel Fre- 1907, juntamente com o Dr. Ciaudino dos Santos o
derico Ernesto Virmond e de sua mulher Nyn- Oymna~io Curity~ano, .instit~to educacional que pr~s-
cia Bandeira Virmond. tou salientes serviços a mocidade conterranea. Dirigiu
Teve: com grande devotamento o referido Oymnasio até Fe-
9-1 Emy. vereiro de 1912, quando foi nomeado Secretario de
9-2 Frederico Carlos. Estado dos Negocios do Interior, Justiça e Instrucção
9-3 Isabel. Publica, na administração do Dr. Carlos Cavalcanti de
8-2 Clarisse Baraúna Seixas, casada com o Dr. Er- Albuquerque. Em 23 de Agosto de 1913 deixou
nesto Seixas Netto, engenheiro civil. esse cargo para exercer o de Secretario de Estado dos
8-3 Arminda Baraúna Araujo, casada com o Dr. José Negocios de Obras Publicas e Colonisação, até o
Mendes de Araujo, medico, filho de Ponciano termo daquella administração. Na legislatura de 191 O
Mendes de Araujo e de sua mulher Maria Men- a 1911 occupou uma cadeira no Congresso Legisla-
des de Camargo. tivo do Estado. foi eleito novamente deputado esta-
Teve: doai para os biennios de1917-18 e 1919-20. No
9-1 Ponciano Romualdo. primeiro, exerceu as funcções de leader da maioria e
9-2 Maria Helena. no segundo foi eleito presidente do Congresso. Em
9-3 Maria Lucia. 25 de Fevereiro de 1920 foi nomeado Secretario Ge-
8-4 Maria Joaquina Baraúna Moreira, :asada com o ral de Estado, no primeiro governo do Dr. Caetano
Dr. Affonso Moreira, engenheiro civil, natural da Munhoz da Rocha, sendo actualmente 1.0 Vice-Pre-
Bahia. sidente do Estado.
Teve: Casado com sua prima Alcina Alves de Camargo, filha
9-1 Fernando. do Coronel Francisco de Paula Camargo e de sua mu-
8-5 Antonio Baraúna. lher Maria Francisca de Camargo. Neta pela parte pater~a
8-6 Pedro. de Francisco de Paula Camargo e de sua mulher Mana
7- 7 Dr. ~arins Alves de Camargo, advogado illustrado e Rosa França; pelo lado materno de Lucio Mendes de Al-
c~ms1derado, político de de~taque, prestigio e descorti- meida Sampaio e de sua mulher Maria Thereza Camargo.
mo. Homem de resoluções firmes. Nasceu na ci- Teve:
dade de Ouarapuava a 22 de fevereiro de 1882. Fez 8-1 Ruy, solteiro.
seus estudos primarias com o digno professor Luiz 8-2 Yone, fallecida em 1925 em plena mocidade.
Yank, a quem tanto devem as gerações de moços 8-3 Ivette.
guarapuavanos. Em 1899 se matriculou na FacuJda- 8-4 Carlos.
de de Direito de S. Paulo, bacharelando-se, em 1903 8-5 José Luiz, fallecido.
em sciencias jurídicas e sociaes. Regressando ao Pa- 1•7 Amas ilia Colleta Alves Cavalcante, casada com o Dr.
raná, estabeleceu sua banca de advogado nesta Capi- Eudoro Cavalcante de Albuquerque, advogado, natu-
tal, trabalhando no escriptorio com seu irmão Dr. Af- ral da cidade de Victoria - Pernambuco.
TITULO CARRASCOS DOS REIS
454 GENEALOGIA PARANAENSE 455
Teve: filhos:
8-1 Henriquetta. 7-1 Francisco Eugenio de Camargo.
8-2 Manoel.
7-2 Roselmira Celmira Camargo.
8-3 Pedro. 7-3 Lavinia Flavinia Camargo.
8-4 Eudoro. 7-4 Palmendio Camargo.
8-5 Hebréa, falJecida. 6-10 Antonio Joaquim de Cam~rgo, casado com Augusta
8-6 Atthair. Natel de Paula Camargo, filha de Guilherme de Paula
8-7 Ruy. Xavier e de sua primeira mulher Francisca Natel de
6-6 Messia de S:amar~o Ribas, casa~a com Domingos de
Paula, filha de Francisco Custodio Natel e de sua
Camargo Rtbas, filho de Seraphtm de Oliveira Ribas. mulher Norberta Dulcia Natel.
Sem geração. Com descendentes descri ptos em 7-1 de 6-3 de 5-11
6- 7 Maria das Dôres Camargo França, casada com José adiante.
de Almeida f rança. 6-11 Diogo de França Camargo, casado com Cezina de
Teve: Paula Camargo, filha de Joaquim Mariano de Sá Ri-
7 -1 Euclydes de Camargo França. bas e de sua mulher Laurinda de Paula Ribas.
7-2 Maria Luiza de França Lacerda, casada com Ber- filhos:
nardino Tavares de Lacerda, filho de Francisco 7-1 Olympio de Paula Camargo.
Tavares de Lacerda e de sua mulher Francisca 7-2 Ismael de Paula Camargo.
Tavares da Rocha Loures. 7-3 Cherubina de Paula Camargo.
Teve: 7-4 Maria Rosa Camargo.
8-1 Dulcidio. 7-5 Maria Minervina Camargo.
8-2 Diva. 7-6 Maria da Luz Camargo.
8-3 Carmen. 7- 7 João de Paula Camargo.
8-4 Francisco. 7-8 Etelvina.
8-5 Floriano. 7-9 Erminia.
7-3 Alice França. 7-10 Antenor de Paula Camargo.
7 -4 Julieta França. 6-12 Coronel Francisco de Paula Camargo, Collector das
7-5 Antonio de Camargo França. Rendas Estaduaes em Curityba, casado com Maria
7-6 Ernesto de Camargo França. Francisca de Sá Camargo, filha de Lucio Mendes de Al-
7- 7 Maria de Jesus França. meida Sampaio e de sua mulher Maria Thereza de Jesus.
7-8 .João de Camargo França. Teve:
6-8 ~an~ lzabet de Camargo Ribas, casada com Pedro de 7-1 Cherubina Camargo, solteira.
Sa R1bas Nhonhô, filho de Antonio de Oliveira Ribas. 7-2 Rita Camargo, solteira.
A ~es5endencia deste casal que já foi descripta com 7-3 Alcina Camargo, casada com o Dr. Marins Al-
om1s~oes em 7-6 de pagina 352 deste volume, será ves de Camargo, 7-6 de 6-5 retro.
descnpta de forma completa no volume 2.º desta Obra Ahi os descendentes.
em Titulo Rodrigues Seixas, Capitulo 2.º, § 2.º em 7-4 Moyses Camargo, casado com Enneh Guimarães
5-6 de 4-7 de 3-5 de 2-2. Camargo, filha do Major Adolpho de .Alen_car
6-9 José Antonio de Camargo casado com Maria das Guimarães e de sua mulher Esmeralda Ommaraes,
Dôres Camargo. ' ambos fallecidos.
GENEALOGIA PARANAENSE
456 TITULO CARRASCOS DOS RUI S
457
filhos: 8- 1 Sebastião.
8-1 Lucia. 8- 2 José Maria.
8-2 (vonne. 7 -6 Henriquetta Branco.
8-3 Regina. 7 -7 Ondina Branco, foi casada com
8-4 Luiz f ernando. Pedro Schamber.
7-5 Francisco Camargo Junior, casado com Adelaide Teve:
de Amorim Camargo, filha do General reformado 8-1 Pedro Gabriel.
Antonio feliz de Souza Amorim. 8-2 Maria de Lourdes.
filhos: 7-8 Nair Branco de Araujo, casada com
8-1 Omar. Ovidio Saldanha de Araujo.
8-2 Murillo. 7 -9 Dalka Branco Conforto, casada com
6-13 Mathilde de Camargo Branco, casada com Gabriel Julio Conforto.
Lopes Branco, natural de Campinas, filho do C?rone\ Teve:
Joaquim Matheus Branco e de sua mulher Mana d~s 8-1 Maria Jacy.
Dores de Araujo, 5-3 de 4-12 de 3-3 de 2-8, Capi- 7 - 1O Jacyra Branco, falleceu em plena
tulo 2.o do Titulo Rodrigues de França, 3.0 volume mocidade, solteira.
d'esta obra. 7 -11 Maria da Luz.
Teve: 5-2 Maria Mathilde de Andrade, casada em Cu-
7 -1 Maria Rita Branco de Paula, casada com o Co- rityba a 16 de Março de 1819 com José de
ronel José Armando Ribeiro de Paula, engenheiro Almeida Lara, filho de Jeronymo Paes de
militar. Almeida e de sua mulher Anna Maria de
7-2 Octaviana de Camargo Branco, casada com Ro- Oliveira Rosa, natural de Sorocaba.
mualdo de Moraes. 3-5 Anna Maria dos Santos, nascida em 1864 em Pena-
Teve: fiel, casada com Manoel José Barbosa, fallecido aos
8-1 Carmen. 40 annos de idade, filho de Antonio Barbosa e de
8-2 Nelson. sua mulher Quiteria Maria de Azevedo, natural de
7-3 Domingos Lopes Branco, falleceu solteiro. . Penafiel. Neto pela parte paterna de Manoel Bar-
7 -4 Frederico Lopes Branco, casado com Sebasbana bosa, natural de Agilde, Braga, e de sua mulher _Fran-
V. Branco. cisca Mendes; neto pela parte materna de Gabriel de
Teve: Azevedo e de sua mulher Cecília de Souza.
8-1 Leonor. Teve 5 filhos: (C. O. de Curityba - Inventario de
8-2 Irene. 1800.)
8-3 Laura. 4-1 Libania Maria de Lima, baptisada a 4 de Setem-
8-4 Eugenio. bro de 1798, casada com José ferr~ira da Cruz.
8-5 Inah. 4-2 Francisco dos Santos Barbosa, baptisado a 29 de
7-5 Oabriella Branco de A.levedo, casada com J?sé Julho de 1795. .
Narcizo de Azevedo, filho do Capitão Narc1zo 4-3 Anastacio dos Santos Barbosa, baphsado a 13 de
Pereira de Azevedo, já fallecido, e de sua mulher Novembro de 1792.
Anna Vianna de Azevedo. 4-4 Maria Angelica de Lima, baptisa~a a 24 de f e-
Teve: vereiro de 1788, casada em Cuntyba a 9 de fe-
TITULO CARRASCOS DOS REIS 459
~~~~~~~~~~~~~~~~
GENEALnGIA PAHANAENSE
458
de nome Joâ?, porem, João Mathias; eis porque julgamos
vereiro de 1803 com Joaquim Francisco Corrêa, filho neto e não filho do precedente.
de João Francisco Corrêa e de sua mulher Anna Teve: .
Maria da Luz· por esta, neto de Matheus Corrêa 6-1 Gertrudes Mana de Andrade, casada com Francisco
Simões e de ;ua mulher Maria Muniz da Camara; Alves da Rocha, filho de Francisco Alves Cardoso,
por esta bisneto do Sargento-mór Simão Gonçal- natural de São José dos Pinhaes, onde possu1a a fa-
ves de Andrade e de sua mulher Escolastica Soares zenda da «Cotia», e de sua mulher Maria Carvalho
do Valle. da Rocha. Neto pela parte paterna de Francisco An-
4-5 Joanna Maria de Lima, ~aptisada ~ 1. de Julho de
0
tonio Moreira, natural de Portugal.
I 785, casada com o Capitão Antomo da Rocha Lou- Teve:
res filho do Capitão João da Rocha Loures e de sua 7-1 Pedro Alves da Rocha Loures, casado com Fran-
m~lher Anna Ferreira de Oliveira. Neto pela parte cisca de Paula França, filha de Francisco de
paterna do Capitão Antonio João da <::;osta e de sua Paula Camargo e de sua mulher Rita Rosa de
mulher Maria da Rocha de Jesus, fallec1da com testa- França; neta pela parte paterna do Tenente An-
mento em São José dos Pinhaes, em Agosto de 1783; tonio Joaquim de Camargo e de sua mulher Ma-
por esta, bisneto de João Carvalho de Assumpção e thilde Umbelina da Gloria; neta pela parte ma-
de sua mulher Maria Bueno da Rocha. terna do Capitão Simão José Gonçalves de An-
Teve: drade e de sua mulher Rosa Alexandrina da
5- 1 Maria Francisca da Rocha, casada com seu pri- Cruz Lima, 4-4 de 3-4 de 2-2, retro.
mo o Capitão João Carvalho de Assumpção, que Ahi os ascendentes.
suppomos ser descendente, t~lvez neto de outro filhos;
de igual nome, que, por escnptura de 13 de Se- 8-1 Lydia Alves da Rocha, solteira
tembro de 1729, vendeu ao Vigario de Paran~- 8-2 Francisco Solano Alves de Camargo, casado
guá, Reverendíssimo Christovão da Costa 01~- com Porcina Mendes de Camargo, filha de
veira, e ao irmão deste, Padre Estevã? de Oh- Ponciano Mendes de Araujo e de sua mu-
veira Rosa, as lavras velhas do Arraial Grande lher Maria Mendes de Camargo, 7-2 de 6-5,
com o serviço de aguas a talho aberto e terras § 6.o
de mineração de ouro, e que em 1750 ~en~:u Ah i a geração.
as terras de «Ooramiringuava», desde o R1be1rao 8- 3 Dr. Affonso Alves de Camargo, casado com
de Goramiringuava-Mirim até o Saracura, ao Ca- Etelvina Pinto Rebello, filha do Coronel
pitão Antonio João da Costa, que era casado José Pinto Rebello e de sua mulher Fran-
com Maria da Rocha de Jesus, e falleceu a 26 de cisca da Luz Santos, 7-3 de 6-5, § 6.o, re- ·
Março de 1761. tro, desta obra.
O Capitão João Carvalho de Assumpção, ca~ado Ahi os descendentes.
com Maria Francisca da Rocha, foi inventanante 8-4 Marinho Alves de Camargo.
de seu sogro Capitão Antonio da Rocha Lou- 8-5 Hercilia Alves de Oliveira, casada co~ Tra-
res, fallecido a 20 de Fevereiro de 184?. ~a jano de Oliveira Silveri~, filho de Joao Ba-
um interregno de 100 annos entre a ex1stenc1a ptista de Oliveira Silveno e de sua m~lhe~
dos dous Capitães - João Carvalho de Assum- Claudina de Abreu, 7-4 de 6-5, § 6. ' re
pção. O casado com Maria Bueno da Ro~ha, tro, desta obra.
irmã de Amador Bueno da Rocha, teve um filho
460 G.ENEAI OGIA PA RANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
461
Ahi a geração. rina de França Loures, filha do Coronel Domingos Fer-
8-6 Maria de Jesus Alves Baraúna, casada com o Dr reira da Rocha Loures e de sua mulher Laura de França
Romualdo Antonio Baraúna, filho de Antonio v· Loures.
Baraúna e de sua mulher Maria Joaquina Ba: Filhos:
raúna, 7-5 de 6-5, § 6. 0 , retro, desta obra. 8-1 Francisco de França Loures, solteiro.
Ahi os descendentes. 8-2 Manoel Alves da Rocha Loures, casado com Izabel
8- 7 Dr. Marins Alves de Camargo, casado com sua Lacerda Loures, filha de José Tavares de Miranda L-i.-
prima Alcina Alves de Camargo, filha de Fran- cerda e de sua mulher Maria de Lacerda Roseira, fi-
cisco de Paula Camargo e de sua mulher Maria lha do Major Firmino Roseira.
Francisca Camargo; neta pela parte paterna de filhos:
Francisco de Paula Camargo e de sua mulher 9-1 Maria Rosa.
Maria Rosa França; neta pelo lado materno de 9-2 Zeferina.
Ludo Mendes de Almeida Sampaio e de sua 9-3 José.
mulher Maria Thereza de Sá Camargo, 7-6 de 9-4 João.
6-5, § 6. 0 , retro, desta obra. 9- 5 Sebastião.
Ahi os seus descendentes. 9-6 Romualdo.
8-8 Amasilia Coletta Alves Cavalcante, casada com o 9-7 ....
Dr. Eudoro Cavalcante de Albuquerque, advo- 8-3 José Alves Loures,. casado com Alzira ~aldanha Lou-
gado, 7-7 de 6-5, § 6.o, retro, desta obra. res filha de Francisco Loures de Almeida França e
Ahi a geração. de' sua mulher Mercedes Saldanha.
7-2 Joaquim Alves da Rocha Loures Jacques, casado com Filha:
Maria Joaquina Ribas da Rocha Loures fallecida na 9-1 Maria.
cidade de Ponta Grossa. ' 8-4 Abel Alves Loures casado com Anna Pereira Loures,
1
Teve: filha de Laurinda Pereira e de sua mulher Francisca
8-1 Os?~io Alves da Rocha, casado com sua prima de França Pereira.
Ottiha Alve~ de Camargo, filha de Miguel de Filha:
Camargo R1bas e de sua mulher Oraciana Alves 9-1 Zayra .
da Rocha Ribas. 8-5 Sebastião Alves Loures casada com Amaha Marcon-
Teve: des filha de Manoel Norberto Cordeiro.
9- 1 Maria da Conceição. Filhos:
9-2 Nair. 9-1 Duarte.
9-3 Eleonora. 9-2 Odette.
9-4 Ondina.
8-2 Herminia.
9-3 . . . . c .
8-6 Maria Alves Loures casada com Benedicto artas.
8-3 Mathilde. 8- 7 Laura Alves Bastos,' casada com Trajano de Paula
7 -3 Diogo Alves da Rocha Loures, casado com Maria Bastos, filho de Virgílio de Paula Bastos e de sua
Theodora de Siqueira, filha de Domingos de Siqueira mulher Narciza Marcondes Bastos.
Cortes e de sua mulher Francisca de Siqueira Cortes. Teve:
Sem geração. 9- 1 Sebastião.
7-4 Candido Alves da Rocha Loures, casado com Zefe· 9-2 João Baptista
462 GENEALOGIA PARANAENS.E TITULO CARRASCOS D()S REIS
rios que desaguan:i no Rio Paraná, procu- ç? d~ extrang~iro, convindo antes a orga-
rando a melhor via de navegabilidade para msaçao de soh.do. systema de colonisação e
Matto Grosso, opinando pelo curso do rio catechese. O md1gena, é o braço desoccu-
Ivahy como o mais franco á navegação. pado tornado util e proveitoso pelc1 bôa
Já em 1842, a frente de 60 homens, procu- orientação d~ Governo. Tendo a dupla van-
rou os sertões de Payquerê em procura de tagem de retirar-se de sua vida errante e
campos de criar, attingindo o Guahyra. indolente, que o leva ao crime, e de habi-
Apresentou ao Governo importante relataria litai-os á cultura da terra, á educação de
de suas explorações, e da descoberta da ma- seus filhos, creando-os com amor ao solo e
ravilhosa - «Catadupa do Rio dos Patos» ao trabalho.
- já conhecida de seus antepassados. « • . • . propõe que se faça o aldeamento
Em 1857, dirigia os trabalhos de estradas do índio sob a administração de um Dire-
de Guarapuava á Missões, á Palmas e á ctor compenetrado dos seus deveres, e im-
Goyo-En, tendo promovido as relações de buído da idéa de que vai dirigir indivíduos
am1sade entre os Caciques Veri e Condá ignorantes dos nossos progressos e da nos-
com o fim de, por seus intermedios1 attra~ sa civilisação. Devendo suscitar entre elles
hir os indígenas de Porto da União á civi- a emulação, sem castigos. Bastará o conse-
lisação. lho e a persuasão. Ha errante, uma popu-
Em Officio de 5 de Novembro de 1856 o lação indígena de cerca de 400 índios ca-
Pr~sidente da Província solicitou do Briga- techisados. O Chagú é o local ideal para o
deiro Loures providencias no sentido de ser primeiro nucleo, pela sua condição de ferti-
empregado os meios de attrahir aos aldea- lidade do solo, do clima admiravel e facili-
mentos de que se achava encarregado o Ba- dade de vias de transportes terrestres e
rão de Antonina, os indios Caiuás, que va- fluviaes.
gueavam pelas margens do lvinheima. « . . . . julgo que o Diredor deve ser um
foi Col!ector das rendas de Guarapuava, Officia1 reformado do exercito, com uma
onde fm Presidente da Camara em 1856. guarnição militar composta de forças regu-
Foi_ nomeado por Decreto Imperial de 9 de lares e uma Companhia de naturaes do lu-
~ato de 1855, para Director Geral dos ln- gar, índios mansos, com seus offici~es pro-
d1os do Paraná, (cargo que lhe deu as hon- prios e commandada esta, p~lo Cac1q~e, ás
ras de Brigadeiro) em substituição ao Co- ordens do Director da coloma Deverao ter
ron~I Manoel lgnacio do Canto e Silva, que fardamentos vistosos. Os soldados se occu-
ped10 exojleração. parão da abertura de estradas, perceb_endo
O Brigadeiro Francisco Ferreira da Rocha soldos. Os índios aldeados se occuparao da
Loures, na qualidade de Director Geral dos ln- lavoura e. diligencia de novas cateches.es, em
dios, apresentou em 13 de fevereiro de 1864, commum. O producto da lavoura _e mdu~-
o seguinte plano da fundação do Aldea- tria indígena, será vendido c?mo mdemm-
mento do Chagú e catechese de Guarapuava: sação ás despezas da coloma e ?.restan~e
« • • . . acho que não se deve esperar para pertencerá ao colono. Escolas, officmas, di-
o povoamento dos nossos sertões pelo bra- versões, muzicas, engenho, etc. O Governo
470 GF.NEA LOGIA PARA N.A ENSE TITULO CARRASCOS DOS REI-;
filho de Manoel Carvalho de Corredor e de sua mu 5.2 Anna Xavier Bueno, casada a 11 de f evereiro de
Iher Maria Benitta, naturaes de Portugal. · 1813 com o Sargento-mór José de Andrade Pereira
Teve do primeiro matrimonio: filho de Manoel de Andrade Pereira e de sua mulhe;
4-1 Victoriana Mar\a de Lima, natural de Antonina Maria Custodia de Barros, 4-2 de 3-3 de 2-2, do §
casada em Cuntyba a 19 de fevereiro de 1737' 2.º, Capitulo 5. , deste Titulo.
0
6-5 Francisco de Paula Xavier Bueno. Com descendentes descriptos em 4-1 de pagina 254
6-6 Fidelis de Paula Xavier, casado com sua sobri- deste volume.
nha Maria da Conceição, 7-2 de 6-1, retro. 6-3 O~ilherme de Pa~la Xavier, foi casado em primeiras nu-
6- 7 João de Paula Xavier. pc1as c?m Francisca Natel de Paula, filha de Francisco
6-8 Rosa de Paula Bueno. Custod10 Natel e de sua mulher
. Norberta Dulcia N t I·
a e,
5-11 Major Antonio de Paula Xavier, ultimo filho de 4-1 casado em segun das n~pc1as co_m sua cunhada Oaldina
de 3-7, casado com Leocadia Franco de Paula Xa- Natel; casado em terceiras_ nupc1as com Rita Patrícia de
vier, filha do Brigadeiro Manoel de Oliveira Franco Paula e em_ qu_artas nupc1as com Josephina de Paula.
Cavalleiro da Ordem de Christo, do qual trataremo; Teve do pnme1ro matrimonio:
em outro lugar desta Obra, e de sua mulher Esco- 7-1 Augus~a Natel. de Paula Camargo, casada com
lastica Jo_aquina de Sá ~i~as. Neta pela parte pater- Anto~10 Joaqmm de Camargo, filho de Francisco
na do A1udante de m1ltc1a, João Gonçalves Franco Joaqu!m Alves de Camargo e de sua mulher
nascido em 1777 e fallecido a 19 de Junho de 1853' Joaquina de Camargo.
e de sua mulher Escolastica Angelica Bernardina, ca~ Teve:
sada a 29 de Novembro de 1807, nascida em Lages 8-1 Diamiro Natel de Camargo, casado com Es-
a 28 de Outubro de 1790. Elle era natural de Villa tella de Camargo.
Nova de Covas de Serveira, filho de Luiz Gonçalves Com filhos.
Franco~ e de sua_ mulher Ignacia Maria da Cruz; por 8-2 Dr. Francisco Natel de Camargo casado
com Egypsialinda Bittencourt. '
sua avo Escolastica Angelica, era ella bisneta do Te-
nente Coronel Manoel Teixeira de Oliveira Cardoso Com filhos.
natural de Porto-Portugal, e de sua primeira mulhe; 8-3 Antonio Natel de Camargo, casado com ...
Anna Maria do Sacramento. Por parte materna era Blank.
neta do Capitão Lourenço Pinto de Sá Ribas e 8-4 Ocalina Natel de (amargo.
de sua mulher Joaquina Francisca da Purificação, na- 8-5 Ozima Natel de Camargo.
tural de São Paulo. 8-6 Alvaro Natel de Camargo.
Teve: 8- 7 Admar Natel de Camargo.
6-1 Maria da Luz, casada com Manoel Francisco de 8-8 Alcindo Natel de Camargo.
Oliveira e Souza. 8-9 Irundy Natel de Camargo.
Teve: 8-1 O Maria Francisca Natel de Camargo.
7 -1 Coronel Arthur de Paula Xavier, casado. 8-11 Aryval Natel de Camargo.
Com descendentes descriptos em Titulo Oli- 8-12 Guilherme Natel de Camargo.
veira Cardoso, volume 4.º desta Obra. 8- 13 Izolina Natel de Camargo, fallecida, foi ca-
7 -2 Leocadia de Paula Xavier, casada com Paulo sada com Antonio Lima.
Emílio Oaissler. Com filhos.
Com descendentes em Titulo Oliveira Car· 8- 14 Leonidas, fallecido.
doso, 4.0 volume desta Obra. 8-15 Genezio, fallecido.
6-2 Narciza de Paula Munhoz, foi a segunda mulher do 8-16 Maria, fallecida.
Tenente ~oronel_ Caetano José Munhoz, capitalista 7-2 Alvaro Natel de Paula, casado com Donatilla
e grande mdustnal no commercio de herva matte franco de Souza, filha de Carlos franco de Souza
em Curityba, do qual já tratamos neste volume. e de sua mulher Rita Azevedo Souza.
'l'I1't11LO 'CARRASCOS DOS REIS
482 GENEAL06IA ~ARANAENSE 483
Teve: Teve:
8-1 Carlos. 8-1 Oswaldo.
8-2 Francisca deSouzaNatel, casada como TenenteGui- 8- 2 Oscar, fallecido.
do Cavalcanfe, 7-1 de 6-1, de pagina 240 desta Obra. 8-3 Guilherme.
8- 3 Guilherme. 8-4 Antonio.
8-4 Rita. 8-5 Oscar.
8-5 Oswaldo, fallecido. 7-8 Déa de Paula Po1inark, casada com Guilherme
7-3 Herminia Natel de Paula Cercai, casada com Abenél Polinar~, filho de David PoJinark e de sua mu-
de Oliveira Cereal. lher Catharina Polinark
Com descendentes já descriptos neste titulo. Teve:
Do segundo matrimonio teve: 8-1 João.
7 -4 Antonio Natel de Paula, casado com Maria da Con- 8-2 Divete.
ceição Pedrosa, filha de Militão Pedrosa e de sua 8-3 Maria da Piedade.
mulher Maria da Conceição Pedrosa. Do quarto matrimonio ,teve:
Teve: 7-9 Leocadia.
8- 1 Sebastião Nate! de Paula. 7-10 Carlos.
8-2 Alvaro Natel de Paula. 7-11 Alpheu.
8-3 Guilherme Natel de Paula. 7-12 Alei dia
8-4 Octavio Natel de Paula. 7-13 Alba
8-5 Antonio Natel de Paula. 7-14 Lauro.
8-6 Maria Natel de Paula. 7-15 Augusta.
8- 7 Francisco Natel de Paula. 7-16 Maria f rancisca, fartecida.
8-8 Carlos Natel de Paula. 6-4 Rita Deocleciana de Paula Ramos, nasdda em Curi-
8-9 Affonso Natel de Paula. tyba a 1.º de Junho de 1852, casada em Campo
8-10 Christina, fallecida. Largo a 18 de Janeiro de 1874, com Rufino Ferreira
8-11 Emília, fallecida. Ramos, filho de José Ferreira Bueno e de sua se-
7-5 Francisco, fallecido solteiro. gunda mulher Maria Bernardina de Ramos.
7 -6 Izaias Natel de Paula, casado com Alcidia de Souza, Teve:
filha do Coronel Carlos franco de Souza e de sua 7-1 Jacquelino Ferreira Ramos, casado com E~ilia
mulher Rita Azevedo Souza. Ribas Marcondes Ramos, filha de Hermenegildo
filhos: Marcondes e de sua mulher lgnez de Paula Ri-
8-1 Carlos. bas Maroondes.
8-2 Norberta. filhos:
8-3 Herculano. 8-1 Elpidio Ramos.
8-4 Auta g_2 Plinio Ramos: .
8-5 Rita, fallecida. 8-3 Aida Ramos, casada com Elzinio Mauric10
Teve do terceiro matrimonio: Wanderley.
7 -7 Debora de Paula Pereira, casada com Antonio de T.eve~
Paula Pereira, filho de João de Paula Pereira e de 9-1 Alcidiomira.
sua mulher Sylveria de Paula Pereira. 8-4 Alba Ramos.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
484 485
8-5 Olga Ramos. 4-4 Maria Rita de Lima, casada em Curityba a 17 de
8-6 Diva Ramos. Julho d~ 1786 com o Capitão Manoel José de
8- 7 Laura Ramos. B~rba R1bas, vulgarmente chamado Capitão Nano,
7-2 Maria da Trinda~e Ferreira Portugal, CUJO nome, por corruptela foi alterado para Ma-
casada com Antomo Portugal, filho do noel José Taborda Ribas, que foi usado por seus
Capitão Romualdo Ferreira de Azevedo descendentes.
Portugal e de sua mulher Laura de foi homem de grande fortuna, para o seu tempo
Azevedo Portugal. Teve: e. de grande valor. . foi assassinado em plen~
8- 1 Abelardo Portugal, casado com dia, ao passar um no, apesar de estar acompa-
Olga Mãder, filha de Jorge Mãder nhado por 2 escravos bem armados e como elle
e de sua mulher EmmaMãder. Teve: bem montados. Era natural de Curityba, filho
9-1 Véra. do Capitão-mór Lourenço Ribeiro de Andrade e
8- 2 Mauro Portugal, casado com Ca- de sua mulher Izabel de Borba Pontes. Neto
rolina Silva, filha de Antonio Ma- pela parte paterna do Capitão Miguel Rodrigues
noel da Silva e de sua mulher Oa- Ribas, natural da Villa de França, junto a Vianna-
briella Ballão da Silva. Sem filhos. Braga, e de sua mulher Maria Rodrigues das
8-3 Cyra Ferreira Portugal. Neves Andrade, de Curityba; neto pela parte ma-
8-4 Hilda Ferreira Portugal, casada com terna do Capitão Amaro Borba Pontes, natural
Casemiro Mictzuk. Teve: de São Amaro-São Paulo, e de sua mulher lza-
9-1 Regina. hel Cardoso de Moraes, natural da Conceição-
8-5 Odyla Ferreira Portugal. São Paulo.
8-6 Jovino Ferreira Portugal. Os descendentes serão descriptos em 3-6 de 2-3
8- 7 Jahir Ferreira Portugal. do § 2.º, Capitulo 2.º, do Titulo Rodrigues Sei-
7-3 José Ferreira Ramos, casado com Ag- xas, 2.0 volume desta Obra.
gripina de Oliveira Ramos, filha de José 3-7 Maria Francisca de Lima, de seu segundo matrimo-
Francisco de Oliveira e de sua mulher nio teve: (C. O. de Curityba.)
Carlota de Oliveira. Sem filhos. 4-5 Rosa Maria do Espirita Santo, com 7 annos por
7-4 Telesmar Ferreira Ramos, casado com occasião da morte de seu pai, como se vê no
Lydia Torres, filha do Coronel José Tor- inventario feito em Julho de 1789. Casou-se a
res e de sua mulher Escolastica Torres. 27 de Setembro de 1795, em Curityba, com João
Sem filhos. Lopes Ribeiro, natural de S. Thomé de Travas-
7-5 Leocadia Davina Ferreira, professora sos-Braga, filho de Manoel Lopes Rocha e de
publica. sua mulher Custodia Ribeiro. Neto pela parte
6-5 Coronel Zacharias de Paula Xavier, casado paterna de Manoel Lopes Rocha e de sua ~u-
com Joaquina Ramira Macedo Xavier, dos lher .... ; neto pela parte materna de franc1sc?
quaes trataremos desenvolvidamente no Titulo Ribeiro e de sua mulher Anna Costa, de S. Thome.
. Rodrigues Seixas, do 2.o volume desta Obra. 4-6 Escolastica Maria de Lima, com 5 annos em
4-2 Mana Angela de Lima, casada com Agostinho da Silva 1789. Casada em Curityba, a 21 de J~lho de
Valle, 2-8 de pagina 234, deste volume. 1807 com Manoel Pereira de Andrade, filho de
4-3 Francisco, solteiro em 1789. João' Pereira e de sua mulher Maria Vaz.
GENEALOGIA PARANA'.ii:NSP'. TITULO CARRASCOS DOS REIS
486 487
Com descendentes no Titulo Rodrigues Seixas 4-1 Antonio.
desta Obra, em 4-7 de 3-1 de 2-2 do§ J.o, 4-2 fabiano.
Capitulo 2. 0 4-3 Maria.
4- 7 Bento José Nabo, ultimo filho de 3-7 e de Do segundo matrimonio não deixou filhos.
sua segunda mulher, com 2 mezes por oc- 3-2 Gertrudes Maria Marques (ou dos Santos), fallecida
casião da morte de seu pai em 23 de Ju- em Outubro de 1804, casada em primeiras nupcias
lho de 1789. Casado em Curityba a 16 de com Manoel Joaquim de Jes~s, filho de Simão João
Janeiro de 1809, com Maria Vaz do Pilar, e de sua mulher lzabel Dommgues, naturaes da Villa
filha de João Pereira e de sua mulher Ma- de Redinha; casada em segundas nupcias em Curi-
ria Vaz de Andrade. tyba a 11 de Junho de 1793 com Joaquim dos An-
Descriptos nesta Obra em Titulo Rodri- jos Pereira, que, por morte de Gertrudes Maria Mar-
gues Seixas em 3-1 de 2-2 do § }.o do ques (ou Santos), passou a segundas nupcias a 6 de
Capitulo 2.o Janeiro de 1805 com Ursula Maria da Silva, viuva
3-8 Joanna Maria de Jesus, nascida em 1738, casada de Felisberto de Toledo Piza.
com José de Andrade. Joaquim dos Anjos Pereira, era filho de Luiz Ribeiro
Descriptos em Titulo Rodrigues Seixas, 2.º vo- Lopes, natural de Braga, e de sua mulher Angela Pe-
lume desta Obra, em 1-5 do § 3.o, do Capi- reira Telles; por esta, neto de Francisco Diniz Pi-
tulo 2.º nheiro, da Governança de Curityba, e de sua mulher
Ahi os seus ascendentes e descendentes. Clara Pereira Telles; por esta, bisneto de Domingos
3-9 Antonia de Padua, ultima filha de 2-2 de 1-6 Pereira de Avellar e de sua mulher Maria da Estrada.
do § 6.o deste Titulo. Falleceu solteira aos 29 annos, (Genealogia Paulistana, volume 3. 0 , folhas 292 em
em 20 de Abril de 1773. 3-8 de 2-1 .)
2-3 Josepha dos Santos, filha de Joanna Garcia Soares, Ahi os ascendentes.
1-6 do Capitulo 5.o. Foi casada em primeiras nu- Teve do primeiro matrimonio: (C. O. de Curityba.)
pcias com Francisco Marques Lameira, natural de S. 4-1 Anna Joaquina de Jesus, fallecida com testamento
Maria da Varzea, Vizeu, filho de Francisco Marques em Curityba a 2 de Abril de 1831, casada com
e de sua mulher Domingas Fernandes; passou á se- Joaquim Alvres de Araujo (viuvo de Maria Rosa
gundas nupcias com . . . . Viterbo, filha de Manoel Vaz Torres e de sua
Teve do primeiro matrimonio: (C. E. de Curityba.) mulher Catharina Borges), era filho de Sebastiã_o
3-1 José Sebastião Marques, pelo seu testamento aberto Alvres de Araujo e de sua segun~a mulher Qm-
em Curityba a 21 de Setembro de 1825, (C. O. teria Pinheiro da Silva. Sebastião Alvres de
de Curityba) vê-se a sua filiação, ser natural de Cu- Araujo nasceu em Curityba a 20 de Novembro
rityba, viuvo dt Ignacia Maria do Terço e casa- de 1725 e falleceu a 25 de Setembro de 1796;
do em segundas nupcias, a Lo de Maio de 1809, sua mulher Quiteria Pinheiro da Silva, com quem
em Curityba com Maria Ursula Sampaio, cujos casou em Curityba a 13 de Setembro de !757,
paes não foram declarados no assentamento de era filha de João da Silva Pinheiro, fallec1do a
casamentos fdto pelo Padre José Barbosa de 30 de Dezembro de 1746, e de sua mulher
Brito, como era de seu costume. lgnacia Gonçalves de Aguiar. Ne~o pela parte
De seu primeiro matrimonio teve 3 filhos: (C. O. paterna de Gabriel Alvres de ArauJo! da. Oove~-
de Curityba.) nança da Villa de Curityba, onde foi Jmz Ord1-
GENF.Al OGIA PARANAENSE TlT CLO CARRASCOS DOS REIS
488 489
nario e de Orphãos, e de sua mu]her Cath~rina Martins 8-1 I~alina Alves, casada com Ulysses Vi-
de Souto (ou Faria), nat~ral de Cuntyba, nascida em 1694 eira Borba
e fallecida a 14 de Abnl de 1764. 8-2 Guilhermina Alves Pereira.
Teve: (C. O. de Curityba) 8-3 João Alves Pereira.
5-1 Maria Alves de ArauJo. 7 -5 Maria Alves Figueira, casada com o Capitão
5-2 Manoel Alves de Araujo. Custodio Alves Pires.
5-3 Gertrudes Alves. Teve:
5-4 Joaquina Alves. 8-1 Laurinda Alves Pires, casada com Pe-
5-5 Anna Joaquina Alves. dro Baptista Affonso.
5-6 Maria Izabel Alves. 8- 2 Theolinda Alves Pires, casada com An-
5- 7 Maria Escolastica Alves de Araujo. tonio Diniz Meirelles, industrial.
5-8 Bento Alves de Araujo. 8-3 Reduzinda Alves Pires.
5-9 Balbina Alves de Araujo. 8-4 Francisca
5-10 Francisco Alves de Araujo. 8-5 ManoeL
5-11 Policena Alves de Araujo. 8-6 Julia.
5-12 Joaquim Alves de Araujo. 8- 7 Priscilliano.
5-13 Appolinaria Alves. 8- 8 Gustavo.
*• 8-9 João.
•
5-1 Maria Alves de Araujo, fallecida, casada com Fran- 5-5 Anna Joaquina Alves, fallecida, casada com o Coro-
cisco de Lara. nel Ricardo José dos Santos.
Teve: Teve:
6-1 Joaquim. . . . 6-1 Manoel Alves dos Santos, casado com sua prima
5-2 Manoel Joaquim Alves de ArauJo, fallec1do solteiro Porcina Alves, filha de Bento Alves de Araujo.
com 50 annos de idade em 1851. 6-2 João Alves de Araujo.
5-3 Gertrudes Alves, viuva de Francisco Domiciano. 6-3 Olinda Mendes dos Santos, fallecida a 5 de De-
5-4 Joaquina Alves, casada com Manoel Antonio figueira. zembro de 1880, casada com José Alves de
Teve: Araujo (1).
6-1 José Alves Figueira. Teve:
6-2 Manoel Alves Figueira. 7 - 1 Anna Alves de Araujo, casada com Joaquim
6-3 Maria do Rosario Figueira, fallecida a 5 de Ju- Manoel dos Santos.
lho de 1883, casada com Francisco Alves Salles. Filhos:
Teve: 8-1 João Alves dos Santos, casado com Do-
7 -1 Joaquina Francisca Alves, casada com Fran- mingas Lazaroto.
cisco José Baptista.
7-2 Francisca Alves Figueira, viuva de . (1) José Alves de Araujo, foi casado em segundas nupcias com Gertrudes dos
Santos Araujo.
7 -3 Prudencia Alves Figueira, casada em Lages Teve desse matrimonio :
com Francisco Luiz de Oliveira. 1-Emilio Alves de Aranjo, solteiro. .
2-Jovita Alves de Araujo, casada com Atbanag1ldo dos Santos.
7-4 Appolinaria Alves de Jesus, casada com Fran- 3--Anna Alves de Araujo, casada com Manoel dos. San!os.
cisco Pereira da Silva. 4-Adelaide Alves de Araujo, casada com José Guunaraes.
5-Lavino Alves de Araujo casado com , · , ·
Teve: 6-Estaciano Alves de Ara~jo, solteiro .
TITULO CARRASCOS DOS REIS
490 GENEALOGIA PARANAENSE 491
8-2 Luiz Alves dos Santos, casado com Ernesta Alves filhos do primeiro matrimonio·
dos Santos. 8-1 Dulcidio Alves de Araujo,· casado com
8-3 Miguel Alves dos Santos, solteiro. Helena dos Santos.
8-4 Olinda Alves dos Santos, casada com Benjamim 8-2 Joaqui1:1 Alves de Araujo) solteiro.
Constant Teixeira. 8-3 Nath~ho Alves de Araujo, solteiro.
8-5 Maria Alves dos Santos, casada com Francisco 8-4 O~ono Alves de Araujo, solteiro.
Vicente Pereira. 8~5 Olmda Alves de Araujo, solteira.
8-6 Maria de Lourdes dos Santos. filhos do segundo matrimonio:
7-2 Capitão Manoel Alves de Araujo, casado com Clara 8-6 De~mario Alves de Araujo, solteiro.
dos Santos. 8- 7 Alma Alves de Araujo, solteira.
Teve: 7 -5 João Alves de Araujo, casado com Bene-
8-1 Neuza Alves dos Santos, casada com Manoel dicta de Araujo.
Bandeira. filhos:
8-2 Ernesta Alves dos Santos, casada com Luiz Al- 8-1 Joaquim Alves de Araujo, casado com ...
ves dos Santos, filho de 7-1 de 6-3, retro. 8-2 Maria Emma Alves de Araujo, casada
8-3 Galliana ~lves dos Santos, casada com Manoel com ....
Cardoso. 8-3 Eudoxia Alves de Araujo, casada com
8-4 Euthalia Alves dos Santos, casada com Alexan- Adalberto Alves dos Santos.
dre Boava. 8-4 Manoel Alves dos Santos.
8-5 Alice Alves dos Santos, casada com Gumercindo. 7 -6 Quirina Alves de Araujo, casada com An-
8-6 Amantino Alves dos Santos, casado com Lucilia tonio de Avellar.
Bandeira. Teve:
8- 7 Salamita Alves dos Santos, casada com .... 8-1 Estevão Alves de Avellar, casado com ...
8-8 João Alves dos Santos. 7 -7 José Alves de Araujo, solteiro.
8-9 .... Alves dos Santos. 6-4 Joaquim Alves dos Santos, casado com Policena
7-3 Bento Alves de Araujo, casado com fausta Teixeira. Alves Pires.
filhos: 5-6 Maria Izabel, casada com Felisberto de Maia ou Fran-
8-1 Conrado Alves de Araujo, casado com Maria cisco de Lara.
Lompo. 5-7 Maria Escolastica, casada com Gaspar Teixeira da Cruz.
8-2 Olinda Alves de Araujo, casada com Julio Gui- 5-8 Capitão Bento Alves de Araujo, filho de Joaquim Al-
marães. ves de Araujo e de sua segunda mulher Anna Joa-
8-3 Maria Alves de Araujo, casada com Juvenal Ramos. quina de Jesus. Fallecido a 18 de Dezembro de
8-4 José Alves de Araujo, solteiro. 1869. Casou-se com Anna Pires Cordeiro, filha de
8-5 Hele?doro Alves de Araujo, solteiro. Francisco Cordeiro.
8-6 Lounval Alves de Araujo, solteiro. Filhos:
8- 7 Ubaldino Alves de Araujo, solteiro. 6-1 Capitão Francisco Alves de Araujo, casado a 14
8-8 Adelba Alves de Araujo, solteira. de Agosto de 1863 com sua prima Joaquina ~1-
7-4 G~neroso Alves de Araujo, casado em primeiras nu- ves de Araujo, filha de Francisco ~lves de !i,rauio
pctas com Anna Alves, e em segundas nupcias com e de sua mulher Sebastiana Mana das Dores.
Joanna Calali. filhos:
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
492 493
7 - 1 Elisa Alves Cordeiro, casada com Marcos Araujo 9-2 Ruy.
Cordeiro. 8-6 Carmita de Araujo Nascimento casada com Af-
Teve: fonso do Nascimento. '
8- 1 Abilio Alves Cordeiro, casado com lsolina Franco. Teve:
Sem descendentes. 9-1 Vvonne.
8-2 Hyppolito Alves Cordeiro, casado com Castorina 7-5 João Alves de Araujo, casado com Maria Martins
Alves Cordeiro. dos Reis.
Filhos: Sem filhos.
9-1 Odette. 7-6 Arminda Alves de Araujo, casada em primeiras nu-
·9-2 Diva. pcias com o Coronel Manoel Affonso Ennes abas-
9-3 Dalila. tado capitalista e possuidor de grandes latifu;dios no
9-4 Edith. «Atuba». Por sua morte em 1893, foi feito o inven-
8-3 Francisca Alves Cordeiro, casada com Oliverio tario que attingio a 162 contos de reis. Casada em
Alves Cordeiro. segundas nupcias com o Coronel Feliciano Ribeiro.
Teve: Do primeiro matrimonio teve:
9-1 Eurico. 8-1 Rosa Affonso Ennes Taborda, viuva de Durval
9-2 Odette. Cortes Taborda.
7-2 Capitão Faustino Alves de Araujo, pharmaceutico, fal- Teve:
lecido, casado com Arminda dos Santos. 9-1 Durval Cortes Taborda.
Sem descendentes. 9- 2 Affonso Cortes Taborda.
7-3 Hyppolito Alves de Araujo, pharmaceutico, fallecido, 9-3 Darcy Cortes Taborda, fallecido.
casado com Etelvina Alves de Araujo, 7-4 de pa- 9-4 Nair Cortes Taborda.
gina 497. 9-5 Oliverio Cortes Taborda.
filho: 8-2 Manoel Affonso Ennes, casado com Maria Olym-
8-1 Arnaldo Alves de Araujo, nascido em 1907, sol- pia de Mello.
teiro. filhos:
7 -4 Albino Alves de Araujo, casado com Arlinda Gomes 9- 1 Dalila Ennes.
dos Santos. 9-2 Delphina Ennes.
filhos: 9-3 Tila Ennes.
8-1 Sergio de Oliveira Araujo, negociante, casado com 8-3 Francisco Affonso Ennes, casado com Emilia
Elisa de Araujo. Augusta Meirelles.
Filho: Tem 1 filho:
9-1 .... 9-1 Affonso.
8-2 Arlindo de Oliveira Araujo, casado com .... Do segundo matrimonio teve:
8-3 Heitor de Oliveira Araujo, solteiro. 8-4 Dolores Taborda Ribas casada com Vasco Lou-
8-4 Hyppolito de Oliveira Araujo, solteiro. renço Taborda Ribas, ~ocio da impo.rtant.e !irma
8-5 Maria da Gloria de Oliveira Araujo, casada com commercial de Curityba, França &_ Cia. L1m1t~da,
Eugenio Cordeiro de Paula. á qual pertence a «Livraria M~nd1al », com im-
Teve: portantes officinas graphicas; filho do abastad_?
9-1 Gonçalo. capitalista Coronel João Lourenço Taborda R1-
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS
494
bas e de sua mulher Maria Catharina Taborda 8-2 Etelvina.
Ribas. 8-3 Francisca.
Teve: 8-4 Dalzira
9-1 Eros. 8- 5 Di narte.
9- 2 Maria Catharí na. 8-6 Antenor.
9-3 Leandrina Maria. 8-7 Eloyna.
9 - 4 Aglaée Maria. 7-9 Eduardo Alves de Araujo, casado com Amelia
8-5 Dr. Durval de Araujo Ribeiro, engenheiro civil, Alves Cordeiro.
casado com Maria do Céu Taborda Ribas, irmã Teve:
de Vasco Lourenço Taborda Ribas. 8-1 Avelino Alves de Araujo.
Tem 1 filha: 7-10 Antonio Alves de Araujo. casado com Elvira
9-1 Delza. Alves Cordeiro.
8-6 flavio Ribeiro, solteiro, pharmaceutico. Teve:
8- 7 Avelino Ribeiro, solteiro, engenheiro agronomo. 8-1 AI.lira
8-8 Juvelina Ribeiro Laines, casada com Gastão Laines. 8-2 Elvina
Teve: 8-3 Valdemira
9-1 Runes. 8-4 Jarbas.
8-9 Antonio Ribeiro, casado com Alzira Esferolli. 8-5 Lauro.
8-10 Dr. Agnello Ribeiro, engenheiro civil, casado 8-6 Altiva.
com .... 7-11 Olympio Alves Cordeiro, solteiro.
8-11 Jorge Ribeiro. 7-12 Julio Alves de Araujo, pharmaceutico, casado
8-12 Mario Ribeiro. com Rosa Orothmann.
8-13 Esther Ribeiro. Teve:
8-14 Eleonora Ribeiro. 8-1 Nahir.
7 -7 Arlindo Alves de Araujo, casado em primeiras nupcias 7-13 Francisco Alves de Arauio, solteiro.
com Donaide Alves Cordeiro, e em segundas nupcias 7-14 Joaquina Alves de Araujo, casada com Fran-
com Durvalina Alves Cordeiro. cisco Carvalho da Costa.
Teve do primeiro matrimonio: Teve:
8-1 Eurico. 8-1 Orlando.
8-2 Etelvina. 8-2 Leocadio.
8-3 Juvelina. 8-3 Vonne.
8-4 Clotelvina. 8-4 Vvonette.
Teve do segundo matrimonio: 7-15 Sebastiana Alves de Araujo, casada com Atha·
8-5 Dumival. nagildo Alves Santos.
8-6 João. Teve: .
7-8 Candido Alves de Araujo, casado com Julia Alves 8- 1 Alzira de Araujo Costa, casada com Leom-
Cordeiro. das da Costa.
filhos: Sem filhos. .
8-1 fredolino Alves de Araujo, casado com Mique- 6-2 Major Emygdio Alves de Araujo, casado com Francisca
lina Creplivel. Alves Cordeiro fallecida a 9 de Outubro de 1897.
1
1IfUI.O CARRASCOS DOS REIS
496 GENEALOGIA PARANAENSE 497
tario de sua mãe, mas, não figura elle no inven- Carta de sesmaria de terras do Patanan.
tario de sua mulher.
4-4 José Joaquim. «Antonio José de França e Horta Profeço
4-5 Gertrudes Maria, casada com Antonio José da Silva. na ordem de Christo. Fidalgo da Caza de
4-6 Antonio Joaquim, solteiro em 1804. Sua Alteza Ria! e de seu Conselho Gover-
4- 7 Francisco de Paula e Silva, baptisado em Curi- nador e Capitão General da Capitania de
tyba a 22 de Fevereiro de 1802. Sam Paulo, etc.
3-2 Gertrudes Maria Marques, de seu segundo casamento faço saber aos que esta minha carta de sis-
teve o filho unico: ' maria virem que atendendo ao que me re-
4-8 Tenente Coronel Miguel Marques dos Santos, presentou Antonio José Pinto Bandeira da
fallecido com testamento em Curityba a 25 de Villa de Curityba, que elle tinha cinco filhos,
Junho de 1848, no qual declarou sua filiação e e alguns escravos para plantar e criar ani-
naturalidade. Era solteiro. Foi homem de valor e maes vacuns, e no termo da mesma Villa
recursos. Alem de outros bens possuia uma ses- se achão deixados e desocupados huns cam-
maria de terras no Palmital, Municipio de Curityba. pos e faxinaes, ha mais de vinte annos a
Deixou grande prole, tendo reconhecido seus filhos. donde rezidio algum tempo o falecido Fran-
3-3 Maria Marques dos Santos, casada em primeiras nu- cisco Fernandes Saraiva, no serviço de tirar
pcias com Simão João Domingues. Casou-se em se- ouro cujos campos e faxinaes e matos prin-
gundas nupcias em Curityba, no anno de 1772 com cipião do Putunã e outro o Rio dos Pactos
Francisco Teixeira Camello, negociante de fazendas, fazendo testada no Rio Capivary me pedia
filho de Francisco Teixeira Ratto e de sua mulher lhe concedesse por sismaria as ditas terras
Angela Camello, naturaes de São Miguel de Carvalho. que estão desaproveitadas e desocupadas
(C. O. de Curityba, inventario de 1805.) para as possuir e nellas crear e trabalhar e
Teve do primeiro matrimonio: de seus fructos pagará os Reaes dizimas e
4-1 Manoel João Domingues, ausente em 1805. Ca- sendo visto o seu requerimento em que foi
sou-se em Curityba em 1788 com Ursula Maria ouvida a Camara da Villa de Curityba a quem
das Virgens, filha de Braz Alves Natel e de sua se não offereceu duvida nem ao Doutor Pro-
mulher Margarida Leme de Sant' Anna, casados curador da Corôa e fazenda a quem se deu
em 1767. Neta pela parte paterna de João Lucas vista. Hey por bem dar de sesmaria em no~e
de Araujo e de sua mulher Margarida Pires; de sua Alteza Ria!, em virtude de sua R1al
neta pela parte materna de Pedro Dias Cortes e ordem de quinze de Junho de mi_! setecento~ e
de sua mulher Maria Leme de Siqueira. honze ao dito Antonio José Pmto Bandeira,
4-2 Maria Domingues de Jesus, casada a 12 de Maio as terras que pede na p_arage~ ~enciona~a
de 1790 com o Capitão Antonio José Pinto Ban- com as confrontações as1ma md1cadas nao
deira, natural de São Mamede. foi morador na excedendo a quantidade das tres leguas na
Pamahyba, d'onde passou á Curityba; filho de conformidade das Reais Ordens sem pre-
José Alvares Pinto e de sua mulher Maria Ribeiro. juízo de terceiro ou do direito que alguma
Era possuidor da sesmaria de Potunã, que doou pessoa tenha a ellas com. declaração qu_e as
á seus filhos, por interessante escriptura, que cultivará e mandará conflfmar esta mmha
abaixo transcrevemos: carta de sismaria por Sua Alteza Real, den-
TITULO CARRASCOS DOS Rms
506 GENEALOGIA PARANAENSE 507
braça que deixar de lavrar que serão appli-
tro de dois annos e não o fazendo se de- cadas para as Obras e mais despezas do
lhe-negará mais ~empo e ante~ ~e. tomar Hospital Militar desta Cidade, cujo emcargo
posse as fará medJr e demarcar Jud1c1almente passará com as mesmas terras a todos os
sendo para esst effeito notificadas as pes- possuidores que forem dellas do futuro, e
soas com quem confrontar, e será obrigado no cazo que ellas se subdividam será obri-
fazer os caminhos de sua testada com pon- gado a lavrar a parte que lhe tocar propor-
tes e estivas donde necessario forem e des- cional a parte que qualquer outro possuir
cobrindo nella rio caudaloso que necessite das referidas terras. Pelo que mando ao Mir
de barca para se atravessar, ficará reservada nistro e mais pessoas a quem o conheci-
de huma das margens delle meya legoa de mento desta pertencer dem posse ao dit-
terras em quadra para a commodidade pu- Antonio José Pinto Bandeira das referidao
blica e nesta passarão, digo desta data não terras com os fundos e comfrontações ns
poderão suceder em tempo algum pessoa forma que pede e por firmeza ~e tud? lha
Ecleziastica ou Religião, e se suceder paga- mandei passar a presente por mim ass1gnae
rá os Dízimos Riaes, ou outro qualquer que da e sellada com o sello de minhas Armas-
o dito Senhor lhe quizer impor de novo e que se comprirá inteiramente como nella se,
não o fazendo se poderá dar a quem de- contem e se registrará nos Livros da Secre-
nunciar como tambem sendo o mesmo Se- taria do Governo e mais partes a que toc~r
nhor s~rvido mandar fundar no districto e se passou por duas vias. Dada ne~ta Ci-
della algum~ Villa e poderá fazer ficando dade de S. Paulo, Manoel Theotom~ Ro-
livre e sem encargo algum ou pensão para drigues a fiz aos guatorze de Janeiro. ~e
o sismeiro, e não comprehenderá nesta data mil oitocentos e cmco. Pagou de fe1t_10
veeiros ou minas de qualquer genero de desta tres mil reis por ser a segunda v1_a.
metal que nella se descobrir reservando tam- Luiz Antonio Neves de Carvalho, Se~retano
bem os paus Reaes, e faltando a qualquer do Governo a fez escrever. Antomo Ma-
das ditas clausulas por serem conforme as noel de França e Horta. - Lugar do sello.
ordens de sua Alteza Real, ao que dispoem _ Carta de sismaria porque Y· E~a. ha por
a Ley e foral das Sismarias, ficará rriva~o bem conceder a Antonio Jose Pmto Ban-
desta, sendo outrosim obrigado o s1sme1ro deira huma sorte de terras no termo d_a
a lavrar com arado cada anno na~ terras Villa de Curityba não excedendo a q~ant1-
que legitimamente lhe pertencer hum espaço dade de treis legoas conforme as Reais or-
de terreno de seis braças emfrente e seis de dens sem prejuízo de terceiro na f~rma nesta
fundo por cada legoa quadrada conservando declarada. Para Vossa Excelle~c1a ver. -
lavradias que for, digo que huma vês f~xam Por despacho de Sua _Excellenc1a ~e do~
tratadas com arado na forma determmada
pello avizo da Secretaria de Estado dos _Ne- de Janeiro de mil 01tocentos e ~nR~ is-
Luiz Antonio Neves de Carvalho. g
gocios da Marinha dominios ultramarmos trada no livro competente as folhas noventa
de dezoito de Mayo de mil oitocentos e e quatro verço nesta Secretaria ~o Oâvern~
hum com a comminação de que não cum- de Sam Paulo. Catorze de Janeiro e m
prindo assim pagará cem mil reis por cada
TITULO CARRASCOS DOS REIS
508 GENEAl OGIA PARANAENSE 509
oitocentos e cinco. Manoel Theotonio Ro- que possuião hera bem assim hama
drigues de Carvalho. - Recebeo o recebe- sismaria de terras campos jaxinaes e lo-
dor Geral mil e seiscentos reis valor do gradouros na paragem chamada o Pata-
sello da sismaria. retro cuja quantia entregou nan, comprehendidos entre o Morro deste
~ _parte vol~ntanamen_te_ por não querer su- nome, Rio Capivary, R.io dos Patos e Rio
1e1tar-se a fiança do 1stillo e fica carregada Putunan, c_ujo terreno hera todo occupado
no Livro competente a fls. 18. Sam Paulo desta propnedade como mostrava a medi-
dezoito de Janeiro de mil oitocentos e cinco. ção e posse Judicial que tomarão e que pos-
Vasconcellos. - Luz. - Registrada as fls. suíam livres e desembaraçadas sem pensão
sento e secenta e treis do Livro de Regis- ou duvida. alguma das quaes Terras, Cam-
tos n~sta_ Villa de Cu_rityba, a dez de Junho pos e Faxmaes e Logradouros e Mattos fa-
de mil 01tocentos e cmco. O Escrivão da ziam Dadiva e Doação a todos os seus fi-
Camara, Francisco da Silva Leria. lhüs Joaquim, Francisca, José, João e Ma-
noel e seus descendentes legítimos de ditos
Escriptura de doação da Sesmaria das terras do Putanan. seus filhos e seus presentes e futuros pas-
sando successivamente destes a outros sem
«Escriptura condicional de doação graciosa nunca todavia poder qualquer vender, dar,
de h~ma Sismaria de terras, campos, mattos Alienar, Hypothecar, ou fazer qualquer es-
e fax1~aes, que fazem Antonio José Pinto pecie de negocio ou trato para o qual obri-
Bandeira e sua mulher Maria Domingues de gue qualquer porção, ou parte do dito ter-
Jesu::i a todos os seus filhos e descendentes. reno, pois que não fica sendo seu senão o
Saibão quantos este publico instrumento de uzo e fructo delle durante sua vida passan-
escriptm:a co~dicional de doação graciosa de do só depois a seus filhos e assim pro-
h~ma S1smana de terras, campos, faxinaes, gressivamente sem limite de sorte que ve-
v1rem que sendo no anno do Nascimento nha conservar aquelle Terreno sempre indi-
de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oito- visível e sem partilha visto que elles d?a-
cent~s e vinte quatro. Terceiro da Indepen- dores na sua terça farião a presente Dad1va
denc1a do Imperio aos vinte dias do mez e doação na forma acima descripta e_ com
de Agosto do dito anno nesta Villa de Cu- as advertencias e determinações segumtes:
rityba em cazas de moradas de Antonio - Que os aenros e noras delles doadores,
José Pinto Bandeira e sua mulher Maria Do- e de todos is seus descendentes não lhe
mingues de Jesus onde eu Tabellião ao será extensiva esta graça senão dur~nte sua
diante nomeado fuy vindo sendo chamado e vida e por sua morte não passara a seus
sendo ahi por elles ditos Doadores Antonio filhos aquelles que não descenderem delles
José Pinto Bandeira e sua mulher Maria doadores; que os aggregados qu__e pre~ent~-
D?mingues de Jesus, pessoas conhecidas de mente existem em sua casa Joao, f idehs,
mim Tabellião pelas proprias de que dou florindo, Prudente e Prudencía _tão bem g_o-
fé, por elles marido e mulher me foi dito zarão do uzo e frudo da refenda p~opne-
perante as testemunhas ao diante nomeadas dade durante suas vidas somente, e nao pas-
e assignadas que elles entre os mais bens sará a seus filhos senão o lugar de suas
GENFAI OGIA PARANAENSE
510 TITULO CARRASCOS DOS REIS
511
moradas a aprazimento dos legítimos des- cortar as Arvores por sima afim de se tor-
cendentes: Que qualquer de ditos seus des- narem perduraveis e não a extinguirem a
cendentes tendo algum filho natural, reconhe- excessão daquellas Arvores de reconhecida
cido e habilitado que seja poderá este filho impossibilidade ou que estejão em mattos e
tão bem se utilizar da graça desta Escriptu- Jogares de planta: Que a consentimento de
ra durante sua vida, somente nunca passan- todos os seus descendentes poderá qualquer
do a seus filhos: Que emquanto houverem pessoa de fóra fazer alli alguma roça por
bôas terras de planta entre os Rios Paraizo favor mais nunca por isso adquirindo em
e Pactos ninguem poderá fazer seo arran- tempo algum titulo de posse, largando e
chamento de morada nem criar ou envernar deixando Jogar logo que algum delle lhe
animaes neste Jogar. (A excessão de paioes) determine: Que intentando algum dos ditos
mas sim para fóra dos limites seguintes: seus descendentes ou beneficiados existentes
- Da barra do Rio Paraizo por elle acima ou fucturos fazer qualquer couza naquelle
thé a barra do carrego chamado Ribeirão terreno que e de onde redunde em prejuízo
da Roça e por este acima thé a indireitura geral ou quazi geral dos outros não con-
de huma quebrada funda que - corre a vindo a maioria dos pareceres dos descen-
desaguar em hum Ribeirão que se forman- dentes, deixará de ser feita a dita couza,
do no Morro da Palmeira e correndo mais para se evitarem desvio ou prejuízos, e con~
proxima ao Campo dos Pactos vae dezaguar testações: Que querem elles doadores e he
no Rio dos Pactos, e por este quebrando sua vontade que seu filho José se lh_e dê_ a
abaixo thé o dito carrego e por este abaixo proheminencia de escolha do Jogar s1tuaçao
thé a barra do dito Rio dos Pactos para em todo Terreno nos lagares destinados
não se damnificarem nem destruírem as ter- para tal fim pelo - muito que tem traba-
ras de planta; Que todos aquelles dos be- lhado em beneficio deste dito Jogar e sem
neficiados nesta Escriptura e que tendo caza interesse algum: Que no cazo de Avaliação
de morada e quizer mudar-se para outro deste Terreno dita fazenda de Putun~n,
lugar o poderá fazer mas dentro em A~no Campos, Terras, Mattos e faxinaes não c~1ba
e dia deverá tão bem mudar suas bemfe1to- inteiramente em suas Terças que sempre fiq~e
rias findo qual tempo qualquer dos outros valiosa a presente doação naquella par~e CUJO
poderá utilizar-se do que achar e do lugar valor seja a Terça delles doadores designada
e arranxar-se sem mais duvida alguma: Que com Marcos e confrontações esperando elles
qualquer dos ditos seus descendentes e be- doadores de seus herdeiros ~este cazo q_ue
neficiados que botando roças no Espaço de do resto que partilhar fação 1guae~ doaçoes
seis annos não tornar a roçar no mesmo a seus descendentes afim de qu~ fiq~e to~o
Jogar só com o fito de augmentar posse- o Terreno comprehendido na _dita S1smana,
ções poderá outro qualquer dos mesmos indivisível quando alguma duvid~ nesse ~o
trabalhar e fazer suas plantações naquelle se lhe faça - seo quinhão umdo ao R~o
Jogar sem duvida nem embaraço:_ Que quan- Putunan do Salto para baixo - para ~ O 10
do queirão quaesquer delles ditos fazerem Capivary : Que finalmente to~os os s_e~s e-
Congonhas naquelles mattos deverão de gitimos descendentes e mais benef1c1ados
GENEALOGIA PARANAENSE TlTULO CARRASCOS DOS REIS
512 513
nesta Escriptura entrarão no desfructe desta Jos~ Pinto Bandeira. O h.erdeiro Domingos
propriedade por morte delles doadores tem- Je:se da Mot~a. O herde!ro José Joaquim
po em que ficará a presente doação em seu Pmto B~ndetra. ~ herdeiro João Nepomu-
inteiro vigor podendo comtudo desde já ceno Pmto Bandeira O herdeiro Manoel
qualquer delles ditos utilizar-se de qualquer Domingues Pinto Bandeira.»
parte desta propriedade pela forma que mais *•
Teve os seguintes filhos: *
conveniente lhe for com audiencia delles
Doadores em quanto sua vida digo delles 5-1 Capitão Manoel Domingues Pinto Bandeira, solteiro.
Doadores: E de como assim o disseram Em seu testamento declarou ter uma filha natural com
pediram que eu como pessoa publica esti- Lia Leopoldina Gomes, chamada:
pulante e acceitante estipulasse e acceitasse 6-1 Maria da Luz Bandeira, fallecida com testamento
nesta minha Nota e eu Tabellião por bem em Curityba, cujo inventario foi feito em 1896.
de meu officio extipulei e acceitei a dita No seu testamento declarou sua filiação e ser
Escriptura em nome da pessoa ou pessoas casada com Joaquim Marques dos Santos.
auzentes a quem toca o direito della a be- Sem filhos.
neficio dos quaes a presente dicerão mais 5-2 Francisca de Paula Ribeiro, casada em Curityba a 15
elles outorgantes que se para maior validade de Novembro de 1810 com Domingos José da Motta
desta faltassem algumas clausulas necessa- Bastos, filho de Domingos José da Motta Bastos e
rias aqui as haviam todas propostas e de- de sua mulher Anna Maria Alves.
claradas como se de cada uma dellas fizes- Teve:
sem especial menção e mais se dezaforavão 6-1 Jacyntha Flora Bandeira, casada a 17 de Agosto
elles Doadores a todos e qualquer privile- de 1832 com Generoso Ferreira de Oliveira Bue-
gias que sendo em seo favor lhes privace no, filho de José Ferreira de Oliveira Bueno e
de fazer a prezente doação. Em fé de que de sua mulher Rosa Viterbo.
assim disseram e outorgarão pedirão lhe fi- Teve:
zesse a presente a qual sendo-lhes lida dis- 7 -1 Arcilio Ferreira da Motta
serão estava a seus contento na forma que 7 -2 Gabriel f erreira da Motta.
me haviam outorgado e assignarão com as 6-2 florisbella Morocines da Motta Bandeira, casada
testemunhas presentes o Capitão Manoel com o Capitão Francisco de Assis e Silva.
José de França e o Alferes João da Silva Teve:
Pereira todas desta Villa e pessoas reconhe- 7 -1 Coronel Carlos da Motta Bandeira e Silva,
cidas de mim Tabellião pelos proprios de casado em 19 de Setembro de 1868 com
que dou fé, com os herdeiros presentes e Thereza Maria da Silva, filha de José Cor-
assistentes assignados Capitão Domingos reia de faria e de sua mulher Maria Fran-
José da Motta como cabeça de sua mulher cisca de faria Foi Escrivão dos Auditorias
e herdeira Francisca e eu Joaquim José Fer- e Secretario do Superior Tribunal de Justiça
reira Bello Tabellião que o escrevi. (Assi~- do Paraná. foi homem intelligente e culto,
nados): Antonio José Pinto Bandeira, Mana sendo geralmente estimado pelos seus pre-
Domingues de Jesus, Manoel José de França, dicados moraes.
João da Silva Pereira. O herdeiro Joaquim Teve:
TITULO CAHRASCOS DOS REIS
514 GENEALOGIA PARANAENSE 515
8-1 florisbella da Mo~ta ~andeJra, casada com o Capitão reticos» (1901), soneto; «A Mulher e o roma-
Alberto Alves Outmaraes, filho do Dr. Francisco Al- nisi:no» _e «Versos piegas» (1903), «Pamphleto
ves Guimarães, 7-1 de 6-1, de pagina 437, e de sua anb-clencal»; «Velhas paginas» (1903), «Collec-
mulher Ambrosina Rosa Guimarães. taneas de versos»; «Dithyrambos >> (1904); r. Ou-
Teve: ropeis» (1906) e «Traços e Troças» contos hu-
9-1 Estella Bandeira Guimarães Camargo, viuva de morísticos, etc. Alem dos trabalhos' citados Eu-
Juvenal Camargo. clides da Motta Bandeira e Silva, produziu' ou-
Teve: tras obras que se conservam ineditas.
10-1 Heliantho. E' um dos espíritos mais esclarecidos da con-
10-2 Lycia. temporanea geração paranaense, não só como
8-2 Tenente Coronel Euclides da Motta Bandeira e Silva jornalista, mas tambem como escriptor de idéas
do Exercito de 2.ª Linha. Nasceu em Curityba a 22 alevantadas e firmes. Nas suas polemicas nunca
de Dezembro de 1876. despi o a luva de gentil-homem fidalgo e educado;
Depois de concluir seus estudos preparatoriano?, aos nunca se subordinou as injuncções partidarias,
16 annos de idade, verificou praça no 8.o Regimento quer politicas quer religiosas.
de Cavallaria com destino á Escola Militar do Bra- Casou-se em 1914 com Joannina ferrante Bandeira.
sil. Por occasião da revolta da Armada de 6 de Se- Teve:
tembro de 1893, tomou parte na expedição que a 13 9- l Olaucio Bandeira, gymnasiano.
de Março de 1894 occupou a Fortaleza de Villegai- 7-2 Oeraldina da Motta Bandeira Bello, casada com José
gnon, embarcando em 23 do mesmo mez, no vapor Ferreira Bello, filho do Capitão Joaquim José Ferreira
de guerra «ltaipú», do qual desembarcou a 30 de Bello (1), fallecido em 21 de Fevereiro de 1865, e de
Dezembro desse mesmo anno. Tomou parte na bata- sua mulher Balbina Maria do Nascimento Bello.
lha naval que em 16 de Abril de 1894 se travou em Teve:
aguas de S. Catharina, merecendo, em Ordem do dia, 8-1 Balbina Ferreira Bello.
elogios do Almirante Jeronymo Gonçalves. Em 15 8-2 Lourença Ferreira Bello.
de Março de 1895, foi excluído do Exercito, junta- 8-3 Laurinda Ferreira Bello.
me~te com outros companheiros, por motivo de uma 8-4 Godofredo Ferreira Bello, casado com Emilia Bis-
sed1ção de alumnos na Escola Militar. Voltando ao caia Bello.
Paraná, dedicou-se ao jornalismo, começando a colla- Teve:
borar, em prosa e verso, nos jornaes «A Luz», «A 11) O Capitão Joaquim José Ferreira Bello. de se_u matrimonio com Balbina.
Republica» e «A Tarde», então dirigida pelo Major Maria do Nascimento, teve os segumtes filhos:
Domingos Nascimento. 1 - Padre Lourenço Justiniano J!'erreiro Bello.
2 - Padre João Baptista 1ieJ10 .
foi red~ctor mental do «Diario da Tarde», quando 3 - Constantino Ferreira Bello
sob a direcção do Coronel José Celestino de Oliveira 4 - José Ferreira Bello, acima descripto
5 - Joaquim Ferreira flello. d s t'A p·10 t
Jun_io~, demonstrando então, o seu grande talento jor- 6 - Rosa Bello de Sant'Anna casada com João e an nna o.
7 - Ludovina Ferreira Bello .' casada com Felippe Sarty e em segun-
nahstico, orientando criteriosamente a opinião publica das na.pcias com Julio Cumello 110Jach. J · M .
e. discutind?. com profundeza, todos os problemas so- 8 - Anna Ferreira Bello Machado, casada com Manoe 1 oaquim ª
c1aes e pohttcos do Paiz. Como litterato primoroso chado .1
9 - Balbina Ferreira ~ell<', fallecida sult~ ; \1 3_1 de 2-2 de 1-2 de
e combativista de pulso forte e de vontade inquebran- Ver Titulo Rodngues de França, ,... e
tavel, publicou varios opusculos, taes como: - << He- Capitulo 2 °
516 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CAHRASCOS DOS REIS
rido para a Guarnição de Matto Grosso esque_rda f~rmaram os )~suitas a povoação hespanhola
em~a.rcou no paquete « Rio Apa» com su~ de V~lla Rica do Espmto Santo. Não ha memoria a
fam1ha, naufragando nas costas do Rio Gran- resre1to. Ha 10 ann?S o Tenente Coronel Luiz Ver-
de d~ Sul, devido á um fort:e temporal, tendo gue1ros com o mapp1sta João Henriques Elliot, des-
perecido todos os passageiros e a tripulação cendo embarcados pelo no Paraná até a embocadura
do mesmo vapor no dia 11 de Julho de do rio lvahy e subindo por este, desembarcaram no
1887. rio lvahysinho, duas leguas acima da Colonia The-
Teve o filho unico: reza, e mais avançariam se subissem até o grande
8-1 9ctacilio Leme do Prado, que, con- salto que ha nas proximidades da estrada de Ouara-
Junct~mente com seus Pais, pereceu no puava, logo após a juncção dos rios que formam o
no dia 11 de Julho de 1887 em o lvahy. M?radores de Ponta Grossa capitaneados por
. naufragio do << Rio Apa». ' um Antomo Borges, tentaram uma exploração ao Pa-
6-5 Francisco de Paula Motta Bandeira, solteiro. raná embarcando no rio lvahy em companhia de An-
6-6 Joaquina da Motta Bandeira, fallecida solteira. tonio Faxineiro e seu Pai.»
5-3 Coronel Joaquim José Pinto Bandeira, casado em Cu- - Em seu relatorio, que é longo, opina pela superiori-
rityba a 9 de Julho de 1839 com Maria Rosa da dade do curso do rio Ivahy á navegação para Matto
Grosso, não só pela menor distancia a percorrer, co-
P~ixã?, viuva de ,Luiz G_o~es da_ Silva. Fez parte da mo tambem pela abundancia de aguas e menor nu-
pnme1ra Assemblea provincial eleita a 15 de Maio de
1854, sendo eleito Presidente dessa mesma Assem- mero de obstaculos, e além disso, por ser mais pro-
biéa em 15 de Julho do mesmo anno. Em 1835 foi ximo do porto do mar. Explorou o sertão de Gua-
eleito Deputado á primeira Assembléa provincial de rapuava e Palmas, dos quaes foi um dos descobridores.
S. Paulo, pelo circulo eleitoral da Comarca de Para- Vulto de destaque, gozou sempre de vasto prestigio
naguá-Curityba. político e social, desde o tempo em que o Paraná
Em 21 de A~ril de _1 ~54, foi nomeado primeiro sup- fazia parte da Provinda de S. Paulo.
plente do Jmz Mumc1pal de Curityba. A 2 de Oe- falleceu em Curityba a 10 de Maio de 1858.
z~mbro de 1854, foi agraciado com Habito de Offi- Deixou os seguintes filhos:
c1al da Ordem da Rosa. Em Fevereiro de 1853 foi 6-1 Antonio Pinto Bandeira
nom_eado Coronel Commandante Superior da Gu~rda 6-2 Jesuino Pinto Bandeira .
Nacional de Curityba, S. José e Lapa. 6-3 Gertrudes Placidia Bandeira, casada com Cand1do
Explorou os_ no~sos ~rincipaes rios, dos quaes deu Ayres de Araujo, fallecido.
em 1857 minuciosas informações ao Presidente Fran- Teve:
cisco Liberato de Mattos demonstrando ser a nave-
I
7 -1 Candido.
gabilidade do Rio lvahy superior a do Rio Tibagy. 7-2 Francisca
Tratou da. navegabilidade dos Rios Ivahy, Paranapa- 7 -3 Henriqueta . .
nema e T1bagy. Em sua informação ao Governo do 5-4 Tenente João Nepomuceno Pinto Bandeira, fallec1do
~araná, de 2 de Março de 1857, disse: «O rio lvahy em 14 de Dezembro de 1858.
e formado pela juncção dos rios dos Patos Ponte Casou-se em Curityba a 10 de Julho d.e 1824 com
1
Alta e Bom Successo, que cortam a estrada de Gua- Maria Josepha Ferreira, vi uva de José Victor de Abea
rap1:ava. _Até sua fóz, no Paraná, corre o lvahy por e Ollabe. . .
sertoes incultos e desconhecidos. Em sua margem Divorciou-se. Sem filhos desse matnmomo.
TITULO CARRASCOS DOS REIS
522 GENEALOGIA FARANAENSE 523
Teve naturaes que reconheceu: cidade e ardor patriotico de sua mocidade como
6-1 Ursulina. d~monstrou em sua viagem ao Rio de Janeiro,
6-2 Dina Rosa Bandeira, foi casada com João Leme do feita a 7 de Setembro de 1922, por occasião da
Prado, filho de Francisco Leme do Prado fallecido comme~oração. do centenario da lndependencia
em Curityba a 11 de Janeiro de 1863. ' do Brasil. Alh apresentou a Bandeira Brasileira
Teve: do lmperio que pessoalmente retirou do Palacio
7 -1 Maria Dina Bandeira, nascida em 1843. do dictador Lopes em Assumpção, onde servia
7-2 Tenente Fidencio Leme do Prado nascido em de tapete dos nossos inimigos.
Curityba a 21 de Setembro de 1844. O «Jornal .do Commercio», do Rio de Janeiro,
A 25 de Janeiro de 1865, assentou praça volun- em sua edição de 13 de Setembro de 1922, narra
taria co~ ~estino ao Paraguay, sendo a 8 de pela seguinte maneira a origem desse sagrado
Março mclmdo na 4.ª Companhia do 27.o Corpo emblema de nossa Patria, cuja historia lhe fôra
de V?luntarios da Patria. Desembarcou em S. contada pelo glorioso veterano do Paraguay:
Francisco do Uruguay; transpôL o rio Paraná «Tenente Fidencio Leme de Prado.
tomando parte nos combates de 16 de Julho d~ «Esse velho e dedicado servidor- da Patria fez
1866. Tornou parte nos combates de 22 e 24 toda a campanha do Paraguay e está ainda forte
de Maio, onde foi ferido, e nos de 16 e 18 de e sadio, apezar de seus 78 annos de idade. A
Julho d~ 1866: . fez a marcha de Tuyuty para sua palestra é viva e interessante. Ama, ainda
Tuyaque e ass1stio ao combate de 20 de Julho hoje o Brasil com o mesmo ardente enthusiasmo
desse anno. Tornou parte no assalto de Sauce dos seus tempos de moço. Veio ao Rio de pro-
marchou de Curupaity para o Humaytá. Tomo~ posito para assistir as festas de Sete de Setem-
parte nos combates de Lamas Valentinas e na bro. Imaginando encontrar aqui o Conde d'EI\
rendição de Angustura. Acampou em As::.umpção. trouxe para offerecer ao Marechal da Victoria
Tornou par~e no assalto de Peribebuy e na ba- uma preciosa reliquia historica, que desde 1869
t~lha de N1eguassú. foi elogiado em ordem do guardava religiosamente em seu poder..
« Essa reliquia está encerrada numa caDCa de ma-
dia do Commandante das forças de Manduvirá,
por haver com valor, abnegação e constancia, deira com esta inscripção em lettras douradas:
supportado as fadigas de 5 annos de campanha «A memoria de D. Pedro li - O Valor e a
no Paraguay. foi commissionado pelo Comman- Constancia» .
dan.te em Chefe, sendo-lhe por Decreto de 7 de «Trata-se de uma Bandeira Nacional do lmpeno,
Ma10 de 1870 concedidas as honras do posto de e a historia desse sagrado pedaço de pann~ é
Alfe~es do exercito em attenção aos relevantes curiosíssima e altamente tocante. Vamos refenl-a
serviços de guerra. A 16 de Maio desse anno, como nol-a contou o sympa.thko veterano:
f?i dispensado do serviço do exercito, por ter «Quando o Exercito entrou na cidade de Assun:-
sido nesse dia dissolvido o 27.o Corpo de Vo- pção, capital da Republica do Paraguay, no dia
luntarios. 5 de Janeiro de 1869 e comman~ado pelo O~-
O bravo e patriotico curitybano reside actual- neral Osorio1 não encontramos mnguem. A ci-
me_nte em Imbituva, neste Estad~, onde goza de dade estava deserta. Dep~is que. aquartela':1~~
estima e re~peito geral e, apesar de sua avança- ,convidei o mestre de musica Clanmundo Jose .
da edade, amda se acha forte e conserva a viva- Silva e o corneteiro-mór Antonio Roberto e di-
TITULO CARRASCOS DOS REIS
524 GENEAV 1GIA PARANAENSE 525
ella - «mais de 100 annos de idade e era entrevada e paterna_ de Di~go de Souza Menezes e de sua mu-
caduca». lher Lmza Mana; neto pela partt materna do Guarda-
Teve 16 filhos: (C. O. de Curityba. - Inventario de mór Francisco Martins Lustoza, do qual trataremos
no 2.0 volume desta Obra, e de sua mulher Maria
1813.)
3-1 Manoel da Paixão, solteiro, auzente e com 59 annos. Soares de Jesus.
3-2 Francisco dos Santos, solteiro, com 57 annos. Teve, que descobrimos:
3-3 José Francisco dos Santos, casado em Curityba a 9 4-1 João Lustoza de Menezes, casado com Gertrudes
de Abril de 1793 com Maria Cordeiro da Silva, filha Maria de Si queira, filha de Bento de Siqueira Cortes
de João Esteves dos Reis e de sua mulher Izabel e de sua mulher Anna Maria de Jesus; neta pela
Cordeiro da Silva; neta pela parte paterna de Anto- parte paterna de Pedro de Siqueira Cortes e de
nio Esteves Nunes e de sua mulher Thereza Nunes· sua primeira mulher Anna Gonçalves Coutinho
neta pela parte materna de Antonio Cordeiro Matho~ filha de Manoel Gonçalves Coutinho e de su~
so, natural de Paranaguá, e de sua mulher Maria mulher Paula Rodrigues de França, do Capitulo
Leme da Silva. Vêr 4-2 de 3-5 de 2-1, § 1,0 do 2.º, do Titulo Rodrigues de França, desta Obra;
pela parte materna era neta de Ignacio Pires de
Capitulo 6.o. Lima, casado em Curityba em 1765 com Clara
3-4 Fortunato J. dos Santos.
3-5 Mathias dos Santos, solteiro, com 38 annos. Pereira Telles, 1-1 do Capitulo 2. , do Titulo
0
3- 6 Antonio dos Santos Cortes, fallecido a 2 de Outu- Rodrigues Seixas, desta Obra.
bro de 1826, foi casado em Curityba a 29 de Janeiro Com descendentes descriptos no volume 3. desta0
de 1818 com Gertrudes Alves de Araujo, filha de Obra, em Titulo Rodrigues de França, em 3-6
Sebastião Alvres de Araujo e de sua mulher Quiteria de 2-3 de 1-4, § 4. do Capitulo 11.
0 0
de Curityba em 1737 e casado em Cotia em sido em epoca r:iuito afast~da a de 1668 quando se le-
1774 com Senhorinha Francisca de Camargo vantou o Pelourmho da V1lla de Curityba.
filha do Capitão Ignacio Soares Barros e de su~ falleceu lzabel Soares em Curityba a 11 de Maio de 1760
mulher Martha de Camargo Lima. (Ver o volu- r~gistrado no 1. Livro d~ Obitos, a folhas ~O, e que que;
0
me l .º da Genealogia Paulistana, pagina 220 dizer, que desde 1668 ~te 1760,. foram reg1strados obitos
4-3, com grande geração no Estado de S. Paulo.) que occuparam 90 paginas do livro respectivo o que dá
menos de uma folha do livro por anno; send~ os assen-
§ 7.o tamentos dos obitos bem desenvolvidos, não poderiam ter
havido mais que 5 obitos por anno, ou 460 obitos em
1- 7 Maria das Neves, filha do Capitulo 5. foi casada em
0, 92 annos.
Curityba com Manoel Garcia da Costa. foi ella casada em Curityba, com João Ribeiro do Valle,
natural de S. Mamede de Valongo, bispado do Porto, Por-
§ 8.o tugal; filho de Domingos Francisco e de sua mulher Ma-
ria do Valle.
1-8 Manoel Soares ou Manoel Martins Soares, foi ho- Falleceu João Ribeiro do Valle com testamento em Curi-
mem da Governança de Curityba. Casado com Maria tyba a 5 de Abril de 1757, com 90 annos de idade. Foi
Cardoso. da Oovernança da Villa, e possuia terras em Botiatuva,
Teve: (C. E. de Curityba.) Tindiquera, nas bandas do Bariguy, Capão Grande, na
2-1 Margarida, nascida em 19 de Outubro de 1743. Cachoeira, da outra banda do Passaúna, e possuía uma
2-2 Anna, nascida em 6 de Setembro de 1744. sesmaria na paragem da Ponta do Almeida e outra no
2-3 Maria, nascida em 17 de Setembro de 1746. Botiatuva, sendo que esta lhe foi concedida em 15 de Fe-
2-4 Manoel, nascido em 17 de Setembro de 1749. vereiro de 1683, por Thomaz Fernandes de Oliveira, Ca-
2-5 Pedro, nascido em 21 de Junho de 1752. pitão-mór e Governador da Capitania de Nossa Senhora
do Rasaria de Paranaguá.
§ 9.o Teve 9 filhos: (C. O. de Curityba. - Testamento de
1770.)
1-9 Izabel Soares, baptisada em 8 de Julho de 1684, co- 2-1 Maria do Valle, nascida em Curityba a 27 de Julho
mo se vê do seguinte assentamento tirado do 1. Li-
0 de 1705 e fallecida a 28 de Setembro de 1774, sen-
vro de Baptismo de Curityba, a folhas 27, e exis- do casada a 25 de Outubro de 1734 com Antonio
tente na Cathedral do Bispado: Rodrigues de Andrade filho do Capitão Lourenço de
«Aos oito de Julho de mil seiscentos e oitenta e qua- Andrade e de sua m~lher lzabel Rodrigues Seixas.
tro (1684) baptisei e puz os Santos oleos a - Iza- Ambos foram pessoas de destaqu~ e da Ü?vernan~a
bel - filha legitima de Manoel Soares e de sua mu- de Curityba. - · Capitulo 2.º do Titulo Rodrigues Se1-
lher Maria Paes; foram Padrinhos Balthazar Carrasco xas, desta Obra. .
dos _Reis e sua mulher Izabel Antunes; era supra. Ahi a sua numerosa descendenc1a.
(Ass1gnacto) O Padre João de Souto.,. (Na parte historica deste volum~, a pagina 70, sob o
titulo - «A fundação de Cuntyba em face da tra-
Sendo esse assentamento feito no primeiro livro de
dicção> - tratamos do Capitão Lourenço de Andra-
Bap~ismos, á pagina 27, segue-se que bem poucos
de, dando um capitulo de «Vieira ?ºs Santos», para
nas~1mentos teriam havido desde o povoamento ~e
Cuntyba até 1684, e que esse povoamento não tena o qual chamamos a attenção do leitor.)
TITULO CARRASCOS DOS REIS 535
GENEALOGIA PARANAENSE
534
pitão Estevão Ribeiro Bayão Parente e de sua
Teve: mulher Magdal~na Fernandes Feijó de Alvarenga
3-1 Izabel Maria de Andrade, casada com o Tenente An-
tonio Martins Lustoza, filho do Guarda-mór Francis- (Volume~-º, pag1~a 166, e volumes.o, pagina 214 da
co Martins Lustoza e de sua mulher Maria Soares de Genealogia Paulistana). Por Antonio Rodrigues
Jesus, dos quaes trataremos no Titulo Rodrigues Sei- Alvarenga era septima neta de Balthazar Alva-
xas do Volume 2. 0 desta Obra, dando sua biographia renga e de sua mulher Messia Monteiro. Por sua
e por onde se poderá aquilatar do valor extraordina- avó Catharina de Senne era bisneta do Capitão
rio desse valoroso e insigne sertanista. Francisco Ferreira do Valle e de sua mulher
Joan na Cordeiro Mathoso; por esta, terceira neta
Teve o filho unico: do Capitão Antonio Luiz Mathoso e de sua mu-
4-1 Sargento-mór Ignacio Lustoza de Andrade do
qual daremos os traços biographicos no Titulo lher Catharina de Senne; por seu bisavô Fran-
Rodrigues Seixas, 2. 0 Volume desta Obra. Foi cisco Ferreira do Valle era terceira neta do Ca-
casado com Maria Catharina de Moraes Cordeiro pitão Domingos Pinto do Rego e de sua mu-
lher Maria Ferreira do Valle; por Domingos Pinto
filha do Tenente Antonio dos Santos Pinheiro ~ do Rego era terceira neta do nobre cidadão An-
de sua mulher Anna Gonçalves Cordeiro; neta dré Curcino de Mattos e de sua mulher Anna
pela parte paterna de Manoel dos Santos Chaves Pinto da Silva, com ascendentes no volume 2.º,
e de sua mulher Maria Josepha do Nascimento pagina 188 - 4-1 de 3-3 da Genealogia Paulistana.
elle natural da Praça de Chaves e ella de Setu~ Teve os seguintes filhos cujos descendentes virão
bal; neta pela parte materna do Capitão Gaspar mencionados desenvolvidamente no Titulo Ro-
Gonçalves de Moraes e de sua mulher Catharina
de Senne. Pelo Capitão Gaspar Gonçalves de drigues Seixas:
5-1 Tenente José Lustoza de Andrade, casado
Moraes era bisneta do Capitão Pedro de Moraes
Monforte, que assignou a acta da fundação da com Carolina José de Andrade.
5-2 Manoel de Ramos Lustoza de Andrade, fal-
Villa de Curityba em 1693 e pertenceu a Oo-
v.ernança de Paranaguá, e de sua mulher Catha- lecido solteiro.
5- 3 Benedicta f rancisca de Assis, casada em pri-
r:na d~ Lemos; por esta, terceira neta do Capi- meiras nupcias com o Capitão J?aquim Pinto
tao-mor Governador e descobridor das Minas de Rebello, e em segundas nupc1as com seu
Paranaguá, Manoel de Lemos Conde do qual cunhado Capitão Tobias Pinto Rebello. .
trataremos n'outro volume, e de sua m'ulher Anna 5-4 Ubaldina Francisca de Assis, casada em pn-
Ma\hoso Mourato; por esta, quarta neta de Va- meiras nupcias com o Capitão Manoel Ri-
lentim Cordeiro, que foi casado em 1634 com beiro de Macedo Junior, e em segund~s nu-
Anna Mourato; por esta, quinta neta do Capitão pcias com o Coronel Manoel Antomo de
Manoel Mourato Coelho, fallecido em 1646, da
Governança de S. Paulo e de sua mulher Ma- Andrade.
5-5 Izabel Lustoza de Andrade Lobo, casada
ria Ro~rigues Alvarenga; por Valentim Cordeiro com Manoel Lobo da Silva Passos.
era qumta neta de Gaspar Cordeiro e de sua 5-6 Balduina Lustoza de Andrade Lobo, casada
mulher Anna Mathoso; por Maria Rodrigues Al- com Manoel Lobo da Silva Passos, seu
va:enga era sexta neta do Capitão Antonio Ro-
dngues Alvarenga e de sua mulher Anna Ribei- cunhado. N _
5- 7 Rita Maria Lustoza de Andrade egrao, ca-
ro; por esta, setima neta do nobre cidadão Ca-
TITULO CARRASCOS DOS REIS
536 GENEAl OGIA PARAN.AENSE 537
sada com o Capitão João de Souza Dias cisco, cuja profissão fez no Convento de Itú. Em 1786
Negrão, natural de Portugal, tronco da tendo sido nomeado tutor de seus sobrinhos, filhos de se~
família de seu appellido, dos quaes tra- cunhado Manoel Soares ~o Valle, recusou aceitar a tuto-
taremos no 2.0 volume desta Obra em ria allegando -- <<ser maior de 80 annos e impedido, por
Titulo Rodrigues Seixas. seus achaques, de montar a cavallo».
Avós paternos do Autor d'esta Genea- Em seu testamento aberto em Curityba a 4 de Maio de
logia. 1789, onde falleceu em estado de viuvo, declarou deixar 2
5-8 Francisca Joaquina de Andrade Ribas filhas:
casada com o Capitão Ricardo José Ta~ 3-1 Maria Muniz da Camara, fallecida em 1826, foi ca-
borda Ribas. sada com Matheus Correia Simões, filho de Manoel
5-9 Anna Maria de Jesus, casada com o Simões da Costa e de sua mulher Francisca Caetana
Tenente José Luiz Pereira. Troncos da Teve 7 filhos: (C. O. de Curityba)
respeitavel Familia Macedo. 4-1 Manoel Muniz Simões, não figura no rói dos
3-2 Pedro Ribeiro de Andrade, casado com Luiza herdeiros no inventario de sua mãe, fallecida em
Vaz Torres. 1827, porem, mais tarde apparece elle requerendo
Com descendentes em Titulo Rodrigues Seixas. no inventario com suas irmãs Maria Escolastica,
3-3 Lourenço Ribeiro de Andrade, casado com Oe- Maria do Sacramento, Anna Maria, Maria da Luz,
noveva do Rosario Santos. Francisca de Assis e Simão Gonçalves de An-
Com descendentes em Titulo Rodrigues Seixas. drade.
3-4 Antonio José de Andrade, casado com Anna Ger- 4-2 Anna Maria da Luz, casada a 21 de Fevereiro
trudes do Espirita Santo. de 1773 com João Francisco Correia; viuva an-
Com descendentes em Titulo Rodrigues Seixas. tes de 1827.
2-2 Escolastica Soares do Valle, nascida a 8 de julho de Teve:
1708, fallecida em 1783, foi casada a 15 de Julho de 5-1 Joaquim Francisco Correia, casado em Cu-
1738 com o Sargento-mór Simão Gonçalves de An- rityba a 9 de fevereiro de 1803 com Maria
drade, natural de Santa Maria Maior, da Ilha do Pico Angelica de Lima, 4-4 de 3:5 de 2-2 do §
da Madeira, cidade de Funchal. Era filho de Simão 6.o do Capitulo 5. 0 d'este Titulo.
Gonçalves de Andrade e de sua mulher Clara Muniz 5-2 Anna Francisca da Camara, casada em Cu-
rityba a 30 de Janeiro de 1805 com o _Ca-
da Camara, naturaes da mesma ilha. pitão Francisco dos Santos Pacheco, ftlho
O Sargento-mór Simão Gonçalves de Andrade, foi
homem de grande valor moral e exerceu os cargos de José dos Santos Pacheco e de sua mu-
da governança da Villa de Curityba. lher Maria Pereira da Silva.
foi herdeiro de seus irmãos o Dr. João de França de Teve: .
6- 1 Francisco dos Santos Pacheco Lima,
Andrade, do Padre Dr. Francisco França de Andrade fallecido, foi casado com Anna f ran-
e Domingos Muniz da Camara todos fallecidos sol- cisca da Camara, natural de Cuntyba,
teiros na Ilh.1 da Madeira. ' baptizada a 11 de ~ovembro de 1793,
Em seu testamento, feito na Villa de Jundiahy, onde filha de João Correia e de sua mulher
se achava a 14 de Novembro de 1771, declarou ser Anna Maria da Luz; neta pela parte
natural da Ilha do Pico da Madeira e a sua filiação; paterna e.e Manoel Correia e de sua
declarou mais, ser irmão da Ordem 3.ª de S. f ran-
GENEALOGIA PARANAENSE
TITULO CARRASCOS DOS REIS 539
538
mulher Catharina Francisca, natural da Ilha do Pico, na Teve:
Madeira; neta pela parte materna de Matheus Correia Si- 9 - 1 Amando de To ledo.
mões e de sua mulher Maria Muniz da Camara. 9 -2 Pedro de Toledo.
9-3 Antonio de Toledo.
filhos: 9-4 Maria de Toledo.
7 - 1 José Pedro dos Santos Pacheco, casado em primeiras
nupcias com Emilia Rosa de Sant'Anna, e em segun- 8-5 Lino dos Santos Pacheco, fallecido, foi casado
das nupcias com Anna Joaquina. com Candida de Bethlern.
Do primeiro matrimonio teve: Teve:
8-1 Maria Francisca, casada com Antonio Joaquim da 9- 1 Laurinda dos Santos.
Silva Guimarães. 9-2 Emilia Rosa dos Santos.
8-2 florisbella Rosa dos Santos, casada com Manoel 9-3 Rufino dos Santos Pacheco.
Mendes dos Santos. 8-6 Joaquina Rosa dos Santos, casada com Manoel
Teve: Athanagildo dos Santos.
9-1 Manoel Mendes dos Santos filho, casado Sem geração.
com .... 8- 7 f rancisco dos Santos Pacheco, casada com
9-2 Maria de Jesus, casada com ....
9-3 Josepha Mendes, casada com . 7-1 Do segundo matrimonio teve:
9-4 Antonio Mendes. 8-8 Pedro, fallecido.
9-5 Etelvina Mendes. 8-9 José Pedro.
9-6 Laura Mendes. 8-10 Zeferina
9- 7 Maria Mendes. 8- 11 Celestina
9-8 Emilia Rosa Mendes. 8-12 Zulmira
8-3 Francisca Rosa dos Santos, casada com Antonio 7-2 Maria Luiza, fallecida. . .
7-3 Firmino José dos Santos _Lima, casado em. pnme1ras
Joaquim Martins. nupcias com Mari_a Joaqu_ma dos Santos Lima, na!u-
Teve: ral de Curityba e Já fallectda; e em _segundas nupc1as
9-1 Irinêo Martins, casado com Isabel dos San-
tos Pacheco, filha de João Francisco dos com Ignacia dos Sant?s P~checo Lima.
Santos Pacheco, fallecido a 31 de Outubro De seu primeiro matnmomo teve: 25
de 1881, e de sua mulher Maria da Luz 8-1 Maria Ezilda dos Santos Lima, nascida ª de
Camara. Abril de 1834, solteira.
8-2 Joaquim Pacheco dos Santos ~ima, casado com
9-2 João Martins, casado com ..
9-3 Antonio Mathias Martins.
florisbella Rosa dos Santos Lima.
9-4 José Martins. J~rJoão Pacheco dos Santos Lima Sobrinho,
9-5 Maria Martins. 6
nascido a 3 de Agosto de 1~ 1.
9-6 Anna Martins. 9-2 Lydia Pacheco dos Santos Lu~a. ·ct
9- 7 Mathias Martins. 9-3 Avelino Pacheco dos Santos Lima, nasci o
9-8 Joaquina Martins. em 10 de Novembro de 1864. . cido
9-9 Luiza Martins. 9 -4 Celestino Pacheco dos Santos Lima, nas
8-4 Anna Maria dos Santos, casada com João Ma-
a 17 de Julho de 1866.
noel de To ledo.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 541
540 ~~~~~~-~~~~~~~~~----..::
9-5 Francisco Pacheco dos Santos Lima, nascido a 2 8-5 Firmino José dos Santos Lima filho casado com
de Agosto de 1868. Benedicta dos Santos Pacheco. '
9-6 Joaquina Pacheco dos Santos Lima. filhos:
9- 7 Lucilia Pacheco dos Santos Lima. 9-1 Maria Joaquina dos Santos Lima.
9-8 Firmino Pacheco dos Santos Lima, nascido a 8 9-2 Luiz José dos Santos Lima Netto, nascido a
de Julho de 1876. 20 de Julho de 1877.
8-3 Coronel João Pacheco dos Santos Lima, morreu assassi- 8-6 Francisco dos Santos Pacheco Lima, fal\ecido
nado no dia 27 de Julho de 1905. foi Deputado esta- solteiro a 14 de Julho de 1865, em Florianopo-
doal. Era casado com Leocadia f erreira Maciel Pacheco lis, S. Catharina
fallecida com 64 annos de idade, em estado de viuv{ 7.3 De seu segundo matrimonio teve:
filhos: 8- 7 Anna Francisca Pacheco Lima
9-1 Adelaide Pacheco dos Santos Lima, casada com 7-4 João Francisco dos Santos Pacheco, casado com Ma-
Francisco Manoel Guimarães, filho de Simão ria da Luz e Camara, fallecida a 31 de Outubro de
Simplicio Guimarães e de sua mulher Rosa de 1881.
Paula Lima Xavier, 6-1 de 5-5 de pagina 437. filhos:
Teve: 8-1 Francisco Pacheco dos Santos.
10-1 Etelvina Pacheco Guimarães, casada com . . 8-2 Lourenço Bento dos Santos, casado com Magda-
10-2 Simão Pacheco Guimarães, casado com .... lena Maria
9-2 João Pacheco dos Santos Lima, nascido a 2 de Sem filhos.
8-3 Manoe1 dos Santos Pacheco, casado com Esco-
Outubro de 1868.
9-3 Maria da Conceição. lastica Maria Pacheco.
9-4 Bemvinda dos Santos Lima. Teve:
9-5 Bemvindo dos Santos Lima, nascido a 1. de 0 9-1 Jesuino.
8-4 Rita dos Santos Pacheco, casada com João An-
Outubro de 1874.
9-6 Francisco dos Santos Lima, nascido a 19 de Ju- tonio da Fonseca.
nho de 1876. Teve:
9- 7 Leocadio dos Santos Lima, nascido a 3 de Abril 9- 1 Antonio.
de 1878. 9-2 Francisca. .
8-5 Isabel dos Santos Pacheco, casada c~m seu P!l-
9-8 Antonio dos Santos Lima. mo Irineu Martins, filho de An~omo Joaquim
8-4 Antonio dos Santos Pacheco Lima, casado com fran· Martins e de sua mulher Francisca Rosa dos
cisca dos Santos Pacheco. Santos 8-3 de 7-1 de 6-1, retro.
Filhos: 8-6 José Valentim dos Santos. Pache~o, casado c?m
9-1 Eugenio dos Santos Pacheco, nascido a 24 de Maria Caetana da Conceição, filha de Jesumo
Maio de 1864. Rodrigues de Jesus e de sua mulher Anna Joa-
9-2 Luiza dos Santos Pacheco.
9-3 Emília dos Santos Pacheco. quina de Jesus.
8- 7 Anna dos Santos Pacheco, casada com Caetano
9-4 Firmino José dos Santos Lima, nascido a 5 de
Novembro de 1874. Rodrigues.
9-5 Francisco José dos Santos Lima, nascido a 25 Teve:
9-1 Maria, nascida em 1879.
de Março de 1877.
542 GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS R'EIS 543
2-3 Bent? Ribeiro do Valle, filho de 1-9 do Capitulo 5.o, 3-2 João Ribeiro de Camargo, nascido em 1755 e casado
nascido a 6 de Agosto de 1711 em Curityba onde em Curityba a 23 de Outubro de 1792 com Anna
se casou com Maria Antunes. Residiam em s'. Paulo de Jesus Teixeira, filha de Antonio Teixeira de Frei-
em 1788. tas e de sua mulher Maria Rodrigues das Neves.
2-4 ~enente Manoel Soares do Valle, baptizado em Cu- 3.3 Maria Archangela de Camargo, nascida em Curityba
ntyba a 30 de Setembro de 1714 e fallecido a 24 no anno de 1761 e casada com Oregorio Telles de
de fevereiro de 1780. foi casado com Maria Pires Almeida.
de Camargo, fallecida a 1. de Outubro de 1787 fi-
0 3-4 Pedro José de Camargo, nascido em 1767, casado a
lha do Capitão Bento da Gama Alvarenga e de 'sua 22 de Junho de 1789 com Maria da Silva, filha de
~ulher ~colastica Eugenia de Çamargo. (Oenealo- Manoel da Silva, natural de S. Paulo, e de sua mu-
gta Paulistana, volume 6.0 , pagma 539; ahi os as- lher Maria Diniz.
cendentes.) 3-5 Antonio Ribeiro do Valle, fallecido solteiro em 1790,
Teve: (C. O. de Curityba.) com 21 annos de edade, quando em serviço militar
3-1 Anna Maria de Jesus, nascida no anno de 1768 na expedição á Ouarapuava.
casada em Curityba a 6 de Maio de 1783 co~ 3-6 Escolastica Eugenia de Camargo, nascida em 1772,
Bento Diniz Sampaio, filho de João Diniz Pinheiro casada a 12 de Agosto de 1789, em Curityba, com
e de sua mulher f rancisca Maciel Sampaio. Francisco Diniz Sampaio, filho de João Diniz Pinheiro
Teve: e de sua mulher Francisca Maciel Sampaio.
4-1 Manoel Carlos Diniz, casado em Curityba no 3-7 Francisco Ribeiro, nascido em 1776.
anno de 1806 com sua prima felicidade Perpe- 3-8 Sargento-mór Miguel Ribeiro de Camargo, nascido ~m
tua do Céu, 3-3 de 2-1 do § 2.o, Capitulo 7.º. Curityba no anno de 1772, casado com Querubma
------
Johann Renno~, filho legitimo de Conrad Rennow, natural de Ludwigs- Filhos: 9 5 f ·
2-1 João José Rennó, fallecido a 5 de Nov~mbro de t. 2 , _0 1
lust, na Pruss1a, e de sua mulher Leonor Evert. casado em primeiras nupcia~ com Manann_a dos Gu1mayaes
Era o Dr. Johann Rennow formado em medicina e veio para o Brasil Rennó e em segundas nupc1as com Candida dos Guima-
em .18!6 . Converteu-se ao catholicismo com toda a solemnidade, em
Cunty~a, em 25 de Julho de 1820, afim de poder se casar com Anna rães Rennó.
Filhos do primeiro matrimonio: . .
Joaqwna. 3.1 João Candido Pereim Renoo1 fiscal dos impostos de
O ~eu casamento. foi celebrado no dia J .o de Agosto de 1820 no Ora- consumo no interior de Mmas Ge:aes .
tor1v de D . M~r1a Caetana. na Villa de Curityba, pelo Padre José 3-2 Luzia, casada com José ~ennó Pereira. .
Barbosa de Britto, s_endo teste~unhas o Desembargador e Ouvidor Ge- 3.3 Antonio Pereira Rennó, fiscal de Collectonas do Es-
ral da Comarca Joao de Medeiros Gomes e o Capitão João Antonio tado de Minas Geraes .
da qosta. <C. E. de Curityba.) Filhos do segundo matrimonio. :
Part10 elle com sua esposa e uma filhinha por nome Maria Luiza de 3-4 Dr. Sebastião Rennó, medico. _ d
C_urityba para M.inas Geraes, em Julho ou ..Agosto de 1824. tend~ em 1
3-5 Anna Rennó de Toledo, viuva de Joao de T_o e o.
viagem lhe nascido o seu segundo filho que se chamou Antonio José, 3-6 José Pereira Rennó. empregado 00 commercio.
em ~ampos Ge!~e~ Cheg~do que foram a Minas, fixaram sua resi- 3-7 Maria Rennó . solteira .
denc1a no mumc1p10 de ItaJubá. onde já morava seu cunhado o Re- 3-8 Francisca Rennó. solteira. . M' as casado
:erend? . Pad~e Candido José Ferreira, em sua fazenda denominada
Palmemnha • a qual, o mesmo Padre Candido vendeu ao dito Dr. 2-2 Antonio Jo~é Rennó Ju?ior, d~a~if;~~~ :':ancis~o Braz Pe-
Jo_hann ~e~now, que nella ficou morando . O appellido de Rennow co_m Juha Gomdes, filha ulher !sabei Pereira dos Santos,
reira Gomes e e sua ro
fo1 substitu1do pelo de Rennó, pelo Dr. Jeão Rennow e seus des-
cendentes. já fallecidos.
Filhos : d com José Alfredo
Teve:
1-1 Maria Luiza Rennó, nascida em Curityba, fallecida em S. Bento do
3-1 Evangelina Rennó Gomes, casa ª
Gomes, Collector federal.
Sap_ucahy, onde foi casada com José Rodrigues de Miranda . Teve:
1-2 Antomo José Rennó, nascido nos Campos Geraes em meia.dos de 4-1 Mario .
1824, quando seus pais se achavam em viagem para Minas 4-2 Lucio.
Geraes. Casou-se em ltajubá com Lucia Pereira dos Santos.
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 557
queira, filho de Bento Leme Bicudo e de sua era fal1 ecida em 1733, porquanto, . não foi ~en·
mulher Marcellina de Siqueira. cionada no testamento de seu Pai, nem figura
3-4 Joanna Esteves de Araujo, casada em Curityba no rói dos herdeiros, no inventario.
no anno de 1763 com Manoel Rodrigues de
Siqueira, filho de felippe Leme de Siqueira e de § 2.0
sua mulher Sebastiana Pedroso de Si queira; neto
pela parte paterna de Luiz de Siqueira e de sua 1-2 Antonio Rodrigues Side, filho de Antonio Rodrigues
mulher Anna de Leme, naturaes de S. Paulo; Side; falleceu com 70 annos de e~ad~ em 29 . de Fe-
neto pela parte materna de Antonio Garcia Be- vereiro de 1769 · foi casado em pnme1ras nurc1as com
tin e de sua mulher Maria Nunes de Siqueira. Leonor Oonçal~es, de quem não descobnmos des-
Teve: cendencia. J · d 1732
4-1 Antonio Garcia de Lima, casado em Curi- Casado em segundas nupcias a 21 de aneir~ Oe
tyba em 1802 com Rosa dos Santos Cor- com Maria Bonette Maciel, filha de Antomo arcez
tes, 3-13 de 2-4 do § 6.º, Capitulo 5. 0 , deste Barreto e de sua mulher Juliana Antunes Cortes, to-
Titulo. dos naturaes de Curityba.
2- 7 Anna Maria Esteves, nascida em 1724, casada em Teve do segundo matrif:1onio: . Junho de
Curityba a 3 de Julho de 1748 com Agostinho Fer- 2-1 Izabel Rodrigues S1de, nascida ª ~e5
nandes, filho de José Fernandes Ferreira de França e 1738 e fallecida em estado de _so11eir~.741
de sua mulher Catharina Paes. 2-2 Bernardo, nascido a 17 de Maw e ·
Teve:
3-1 José Rodrigues de f rança1 casado em Curityba a
74J
2-3 Juliana,. nascida. em 1 3 de Setembro de 1746.
2-4 Margarida, nascida ~m 'd O m 1756
23 de Julho de 1793 com Rosa Maria de Cha- 2-5 Miguel Rodrigues S1de, nasci e ·
TITULO CARRASCOS DOS REIS 565
GENEALOGIA PARANAENS!t
564
2-6 Francisco, fallecido solteiro aos 25 annos de officiaes e tripulação do corsario, o que realisou com in-
edade. trepidez e firme resolução..
2-7 Maria, fallecida solteira com 30 annos em 1770 Casada em segundas nupc1as com o Capitão José Teixeira
de Azevedo, fallecido em 1715, viuvo de sua tia Domin-
§ 3.o gas Antunes Cortes, Capitulo 8. 0
d~ste Titulo; filho de
Luiz Palhano e de sua mulher Mana Sevena, moradores
1-3 Manoel Rodrigues Side. em Paranaguá.
O Capitão José Teixeira de Azevedo pertenceu a gover-
§ 4.o nança da Villa de Paranaguá e foi homem de respeito e
consideração. Era possuidor de varias sesmarias de terras
1-4 Maria R_odr:igues . Antunes ou 1Y1-ar.ia Rodrigues da
em Paranaguá e em Curityba, notadamente as do i( Bo-
Santa Fe S1de1 foi casada em pnme1ras nupcias com queirão> e do «Bariguy» entre os «Rios da Villa» e o
o Sar~ento Mór Antonio Rodrigues de Lara, filho de ,,Juvevê», na qual ficava comprehendida o «Capão da Buya>> .
Antomo de Lara e de sua mulher Antonia Luiz de Do segundo matrimonio teve:
M~rins; neto pela parte paterna do Capitão-mór Oa- 2-1 Izabel Palhano de Oliveira, casada em Curityba a 16
bnel de Lara e de sua mulher Brigida Gonçalves Lou- de Fevereiro de 1733, com Salvador de Mello Cou-
renço; neto pela parte materna de Antonio da Motta tinho fallecido a 1.0 de Outubro de 1736, filho de
e de sua mulher Maria de Pinha, Capitulo 2.o do fran~isco de Mello Coutinho e de sua mulher Izabel
Titulo Lara, desta Obra. Luiz Tigre. .
Com descendentes ahi descriptos. 2-2 Capitão Victorino Teixeira de Azevedo, nascido em
1706 casado com Izabel Alves de faria, fallecida com
O Sargento-mór Antonio Rodrigues de Lara foi, por
Patente passada a 6 de Março de 1735 pelo Conde 35 a~nos de edade a 23 de Janeiro de 1746, filha de
de Sarzedas, nomeado Sargento-mór das barras de João Alves Martins, fallecido em 1732, e de sua mu-
Paranaguá - «para ter o cuidado das embarcações lher Maria de Souto.
Pertenceu sempre a governança de Curityb~, onde
que por ellas entrassem ». exerceu todos os honrosos cargos da Republica. ~o-
Sua primitiva Patente de Sargento-mór era datada de rnem de valor e respeito, pr~tou relevant:5 sery1ços
29 de fevereiro de 1728 e foi passada pelo Oover-
á cauza publica. Com seu irmão Sebast,ao foi co-
n~~or Caldeira Pimentel, em attenção a seus serviços proprietario de uma sesmaria no Juvevê, herdada de
militares e por ter servido com honra os cargos da seu pai um dos povoadores de Curityba. Essa se~-
gov.ern~nça de Paranaguá, entre os quaes os de Juiz maria ~brangia o «Capão da Buya», junto ao «RIO
ordmano, Almotacel e Procurador da Camara, haven-
do-se sempre com grande rectidão na administração da Villa».
da justiça e grande zelo do Real serviço, principal- Teve: (C. O. de Curityba.) de No-
3-1 José Teixeira de Azevedo, casa~o ~/ f\ha de
mente quando em 9 de Fevereiro de 1718 aportou
em Paranaguá um navio corsario francez que, por ba- vembro de 1754 com Thereza a V~, I
Antonio furtado e de sua mulher Mana ias e
o· d
ter em uma pedra proxima a ilha da Catinga, abriu
agua. O então Capitão Antonio Rodrigues de Lara Freitas.
armou uma sumaca de sua propriedade e com gente 3-2 Antonio Teixeira de Azevedo.
de seu mando seguia para dar caça ao navio pi- 3-3 João Teixeira d~ ~zevedo.
rata, aprisionando com sua gente o Commandante, 3-4 Maria Alves Te1xelfa.
566 GENEALOGIA PA RANAENSE
----~- -
TU_L_o ::_A_HR_As_c_o_s _n_os_ RE_'I_s_ _ _ _5_ 6:._
_,_-1_ 7
traçado previamente organisado, sem recursos de especie Izab~l Diniz Sampaio, filha de Joao f?imz Pi-
nheiro e de sua mulher Francisca Mac1el ~m- 5
algum, sem soldos ou ordenados, duas expedições deve-
riam partir: uma de Laguna e outra de Curityba, abrindo . E t pela parte paterna de Francisco
picadas, destacando o caminho, fazendo pontes e ponti- PDél_lO: p·rah ~e a e de sua mulher Clara Pereira;
1mz m e1ro d Manoel Martins
lhões a custa das expedições, pois - «a Fazenda Real não era neta pela parte materna e . S ·
podia custear esse serviço que só interessava aos povo~ », Valença e de sua mulher Joanna Mac1el ampato.
alem disso o caminho viria facilitar a conducção do - Filhos: p d sado em Cu-
«gado do vento» - existente nas campanhas do sul, sem 3-1 Francisco Leme do ra o, ca Anna
donos, e que tão necessario se tornava aos mineiros das rityba a 23 d~ .Agosto de 1795 com
Minas de Ooyaz. Maria do Espmto Santo.
TITULô CARRASCOS DOS REIS 587
GENEALOGIA PARANAENSE
586
foi Escrivão de Orphãos de
3-2 Maria Bandeira de Jesus, casada em Curityba a 24 de Curityba, a quem tanto deve-
Julho de 1787 com o Capitão Luciano José de Chaves mos pelos relevantes serviços
filhos que descobrimos: · ~ue. nos prestou, franqueando
4-1 Generosa Luciana de Chaves. inteiramente o seu precioso
4-2 Maria Rosa da Paixão, casada em Curityba a 30 Cartorio ás nossas pesquizas
de Maio de 1807 com o Capitão Luiz Gomes genealogicas, durante muitos
da Silva, viuvo de Maria Joaquina de Jesus, 4-2 annos, do qual trataremos no
de folhas 502, deste volume. 4.o volume desta Obra
Teve: 7-4 Rosa Pedrosa de Britto, viuva
5-1 Francisca de Paula Gomes, casada em Cu- do Coronel Francisco de Paula
rityba a 6 de Agosto de 1843 com Manoel Moura Britto, do qual tratare-
Narcizo Bello. mos no 4.0 volume desta Obra.
Teve: 7 -5 Antonio José Pedrosa.
6-1 João Ferreira Gomes. 7 -6 Paulino José Pedrosa.
5-2 João Baptista Gomes, morador em Sorocaba. 7 -7 Marcello José Pedrosa.
5-3 Luiz da Silva Gomes, era casado e morador 7 -8 Carlos José Pedrosa.
em Guarapuava em 1857. Do segundo matrimonio teve:
5-4 Lia Leopol?ina Gomes, nascida em 1809, 6-2 Joaquim Lafayette de Paula, nas-
com uma filha: cido a 7 de Setembro de 1838.
6-1 Maria da Luz Bandeira, casada com o Residia em Guarapuava.
Capitão Joaquim Marques dos Santos. 6-3 flaminio Silva Gomes, nascido a
5-5 Maria Benedicta do Nascimento, foi casada 17 de Agosto de 1839 e fallecido
em primeiras nupcias com Francisco da Costa a 1O de Outubro de 1859.
Pinto e em segundas nupcias com o Tenente 5 -6 Poli cena da Silva Gomes, era so1teira
Coronel fidelis da Silva Carrão. com 45 annos em 1857, e como os
Teve do primeiro matrimonio: demais irmãos foi herdeira do Capitão
6-1 Maria Citelina da Costa Pinto, casada Francisco de Paula e Silva Gomes, seu
em Curityba a 3 de Novembro de 1842 irmão por parte paterna. .
com Joaquim José Pedrosa, natural de 3-3 Felicidade Perpetua do Céu, casada em Cuntyb.a
S. Adrião, Arcebispado de Braga, filho a 23 de Julho de 1806 com Manoel Carlos Oi-
de João José Pedrosa e de sua mulher niz, filho de Bento Diniz e de su~ mulher Anna
Thomazia Maria Pinheiro. 5
Maria 3-1 de 2-4 do § 9.º, Capitulo ·º
Teve: 2-2 Antonio J~sé do Prado, nasceu em .1748; cas_adr/1? 1 12
7-1 Joaquim José Pedrosa. 1765 com Anna Maciel Sampaio, filha d~ Joao ~
7-2 Dr. João José Pedrosa, um dos Pinheiro e de sua mulher Francisca Maciel SampaIO,
mais illustres e distinctos filhos de numero 2-1, retro. 1751 · ca-
desta terra, do qual trataremos em 2-3 Margarida Leme de Sant'Anna, nasbceu dem 1767 'com
outro volume desta obra. ·t b a 22 de Setem ro es Sebastião .
sada em Cun Y a d 1\h d
7-3 Thomazia Pedrosa Alves, viuva do
Coronel lzaias Augusto Alves, que
Braz Alvares Natel, natural ª ª e · '
GENEALGGIA PARANAENSE
TITULO CARRASCOS DOS RE[S 589
588
filho de João Lucas de Araujo e de sua mulher § 3.0
Margarida Pires; neto pela parte paterna de Ni-
colau Lucas Natel, natural da Italia, e de sua 1-3 Luzia Martins das Neves, nascida em Curityba em
mulher Barbara Maria; neto pela parte ma- 1683, casada com Manoel de Lima Pereira, fallecido
em 5 de Maio de 1735. Eram possuidores de uma
terna de João dos Santos e de sua mulher Anna sesmaria de terras no Timbutuva, bairro do Tindi-
Pires. quera, e outras terras no Tijuco Grande, Passa Tres
Teve: e Passauna. Obteve a 6 de Dezembro de 1718 uma
3-1 Ursula Maria das Virgens, casada em Curi- sesmaria de 4 leguas de terras sobre o Rio Vapó,
tyba a 26 de Agosto de 1788 com Manoel entre as furnas Grandes e as Pequenas, onde residia
João Domingues, filho de Simão João Do- ha 3 annos, em paragem deserta nos cercados forma-
mingues e de sua mulher Maria Marques dos por penedias e ribeiros, no caminho que vae
dos Santos, já descriptos neste Titulo. para S. Paulo, entre o ribeirão da ponte de pedra,
3-2 Joanna Rodrigues do Prado, casada em Cu- que desagua no Rio da _Fortaleza, onde .se~ cunhado
rityba a 14 de Fevereiro de 1792 com Pe- Zacarias tem outra sesmana e fazenda de cnaçao de gado
dro Teixeira da Cruz, filho de Nazario Tei- vaccum e cavallar; essa sesmaria foi assignada na villa
xeira da Cruz e de sua mulher Josepha Al- de Nossa Senhora do Carmo pelo Conde de Assu-
vares Pereira; neto pela parte paterna de mar. foram elles os primeiros cultivadores dessas ter-
Antonio Correia da Cruz e de sua mulher
Izabel Teixeira; neto pela parte materna de ras segundo os termos da ca~ta .
Pertenceu á governança da V11la foi Procurador do
Manoel Pereira do Valle e de sua mulher
Natharia Alvares de Araujo. Conselho em 1722.
3-3 Maria do Rasaria, casada em Curityba a Teve 3 filhos: (C. O. de Curityba)
2-1 Maria das Neves, com 31 annos em 1'!35.
4 de Outubro de 1798 com Francisco 2-2 Guilherme Dias Cortes, casado em. Cuntyba aos
Borja de Andrade, filho de Pedro Ribeiro 40 annos de edade, a 8 de fev.ere1ro de_ 1755,
de Andrade e de sua mulher Luzia Vaz com Maria Rodrigues Bicudo, filha de)ºª? Ba-
Torres. ptista de Castilho e de sua mulher Mana Bicudo
2-4 Maria Nascimento de Jesus, nasceu em 1741, casada
em Curityba a 20 de fevereiro de 1776 com José de Camacho.
Oliveira Sampaio, filho de Francisco de Siqueira filhos: d C 'tyba
3-1 Anna Maria de Jesus, casa a em, Jun .
Cortes e de sua mulher Catharina Mendes Barbuda; a 15 de Junho de 1789 c?m Jose. oaqu1m
neto pela parte paterna de Luiz de Oóes San- da Silva, filho de José Pereira da Silva e de
chez e de sua mulher Maria de Si queira Cortes; sua mulher Clara Gonçalves. C
neto pela parte materna de Oregorio Mendes Bar-
budo! natural de Algarves, Portugal, (que depois 3-2 Maria Magdalena de J~suh 9~s:i~ J~sé ~;
rityba a 19 de Junho e d c ta
de vmvo se fez ordenar Padre) e de sua mulher Costa Rosa, filho de Jeronymdo a mºsu
Francisca Maciel Sampaio, de Paranaguá. Por d p anaguá e e sua -
Rosa, natura1 e ar 01! · de Curi-
morte de seu marido José de Oliveira Sampaio, lher Rita Fernandes de t 1ve1~~ Domingos
occorrida a 27 de Abril de 1762 Maria Nasci- tyba; neto pela partRe pa ern~e sua mulher
mento de Jesus, justificou em jui~o que não teve Manoel da Costa osa e
filhos.
GENEALOGIA PARANAENSE
TlTUIJO CARRASCOS DOS REIS 591
590
Maria do Carmo Correia, ambos de Paranaguá. Teve:
neto pela parte materna de Pedro Rodrigues Paes' 4-1 Antonia Mari~, c~sada em_ Curityba em
1795 com S1lveno Antomo de Oliveira
natucal de Piedade, e de sua mulher Paula Fer~
nandes de Oliveira, de Curityba. filho de Marcos Antonio de Moura e d~
sua mulher Margarida Rodrigues de Oli-
3-3 Luzia de Lima, casada em Curityba, a 22 deJu- veira; e\le, natural de Portugal e ella de
lho de 1789 com Venancio José de Almeida fi- Curityba; por esta, neto materno de
lho de Manoel Machado de Oliveira e de' sua Antonio José de Oliveira Rosa e de sua
mulher Luzia Rodrigues da Silva. mulher Maria Rodrigues Pinto.
2-3 João Pires de Santiago, baptisado a 5 de Janeiro de 2-4 Zacarias Dias Cortes, nascido em 1718.
1717 e casado em Curityba no anno de 1744 com 2-5 Thereza Martins das Neves, nascida em 1720.
Anna Maria do Prado, natural de ltú, filha de Ma-
noel Gomes Escobar e de sua mulher Maria Leme do 2-6 ManoeL nascido em 1724.
2- 7 Quiteria Pires de Santiago, nascida em 1726 e ca-
Prado; neta pela parte paterna de João Gomes Esco- sada em Curityba em 1745 com João Ribeiro Ma-
bar e de sua mulher Sabastiana da Victoria; neta pela ciel -filho do Capitão Antonio Ribeiro da Silva, que
parte materna de João do Prado Leme e de sua mu- foi 'casado em 1691 com Maria de Siqueira de
lher Anna Maria de Louveira. (Genealogia Paulistana, Almeida; neto pela parte paterna do Capitão An-
volume 2.0 , folhas 211.) tonio Ribeiro Bayão, o velho, e de sua mulher
Teve: Maria Leme; neto pela parte materna deMa~oel _da
3-1 lgnacio Pires de Lima, casado em Curityba no Cunha Gago e de sua mulher .... de S1que1ra.
anno de 1765 com Clara Pereira Telles filha de 2- 8 Pedro de Lima Pereira, nascido em 1731 ; casa~o
Agostinho de Andrade, 2-1 do § 3.º, ' Capitulo em Curityba a 7 de Junho de 17?9 com Lmza
2.0 , Titulo Rodrigues Seixas, desta Obra. Dias de Meira filha de Manoel Dias Col\aço, de
Ahi os descendentes. Itanhaem, e d~ sua mulher Maria Luiz de Oóes,
3-2 Messia Maria Angelica, casada em Curityba no
~nno de 1774 com Salvador Nunes de Aguiar, de Curityba
filho de Manoel de Siqueira e de sua mulher Teve: C .
3- 1 Manoel de Lima Pereira, casado em _un-
Dominga~ Dias de Meira; neto pela parte materna tyba a 31 de Julho de_ 1790 com Çypnana
de Antomo Alvares de Oliveira e de sua mulher Maria de Assumpção, filha de franc1s~o Fer-
Maria da Meira, de Itanhaem · neto pela parte nandes Saraiva e de sua mulher Rita da
paterna de Miguel de Oó~s e de sua mulher Conceição; neta pela parte paterna de Fran-
lzabel da Silva. cisco Fernandes da Veiga, natural de Rebor-
3-3 José Pires de Lima, casado em Curityba no anno dans de Miranda, e de sua mulher Joanna
de 1787 com Francisca Mendes Sampaio, filha Fern~ndes Saraiva; neta pela parte materna
de Manoel Martins Valença e de sua mulher de Manoel da Costa Filgueiras e de sua mu-
Maria de Araujo Monteiro. lher Custodia Rodrigues de França.
3-4 João Pires de Lima, casado em Curityba no anno
de 1794 com Rosalia Soares de Castro, filha de § 4.º
Manoel Manço de Avellar e de sua mulher Anna
Barbosa de Castro. . ·a 2 de Outubro de
3-5 Manoel de Lima Pereira, casado com Anna Maria. 1-4 Catharina de Senne Dias, nasci ªª
TITULO CARRASCOS DOS REIS 593
GENEALOGIA PARANAENSE
592
de Mello, filha do Dr. Manoel de Mello Rego e
1689, casada em 171 O com o Alferes João Baptista de de sua mulher Anna Barbosa Leme; neta pela
Oliveira, fallecido em 1744 nas minas de Cuyabá; era na- parte paterna de João de Mello Rego e de sua
tural de Santos. Pertenceu a governança de Curityba. mulher Bernarda de Arruda; neta pela parte ma-
Teve 9 filhos: (C. O. de Curityba.) terna de Antonio Raposo Leme e de sua mulher
2-1 Josepha Pertira, com 32 annos de edade, casada com
Luiza Leme.
Miguel Paes.
2-2 Manoel dos Santos Cardoso, nascido em 1714 casado § 5.o
com Gertrudes Maria Nunes, filha de João do Prado
Leme e de sua mulher Messia Nunes de Siqueira. a 1. de Março de 1693, foi
1-5 José Dias Cortes, nascido 0
Teve: casado em primeiras nupcias com Maria de Chaves e
3-1 João Baptista dos Santos, casado em Curityba a em segundas nupcias com lgnacia Leme de Jesus.
25 de fevereiro de 1772 com Joanna Maciel Vendeu em 1748 a José da Silva, 750 braças de ter-
Sampaio, filha de Manoel Martins Valença e de ras que possuía no Tatuquara, junto as terras de Se-
sua mulher Maria de Araujo; neta pela parte pa-
terna de Francisco de Araujo Monteiro e de sua bastião Gonçalves Lopes.
fez seu testamento em 1767, que foi aberto em 1773, no
mulher Izabel Barbosa de Castro; neta pela parte qual declarou não deixar filhos de seus 2 matrimonias.
materna de Manoel Martins Valença e de sua fez parte da governança da Villa de Curityba e foi
mulher Joanna Maciel Sampaio, filha do Padre Procurador do Conselho de 1724 a 1730.
Gregorio Mendes Barbudo e de sua mulher Fran-
cisca Maciel Sampaio. § 6.º
2-3 João Baptista de Oliveira, nascido em 1716 e casado
em ltú. 1-6 João Dias Cortes, nasci~o a 17 d~ Dezembro ~e 1694,
2-4 Maria de Assumpção, nascida em 1718 e casada com casado com Izabel Dommgues, filha de_ franc1s~o Va-
Jeronymo Machado. lente Ferreira e de sua mulher Antoma Domingues
2-5 Antonio Pereira, nascido em 1724 e casado com An- (ou das Neves), e\le, natural de lt~ e ella de Sorocaba.
tonia de Quadros, moradores em Itú. Eram possuidores de uma sesmana de terras entre o
2-6 Victoria de Assumpção (ou Pereira de Jesus), nascida Tindiquera e o Passaúna, das quaes venderam 1~0
em 1726 e casada em Curityba a 12 de Julho de braças de frente e meia legua de fundo ao Cap1tao
17_67 com José Ribeiro da Cunha, filho de José Ri- João Ribeiro do Valle, por escripturas de 6 de A~osto
beiro da Cunha e de sua mulher Domingas Francisca, e 2 de Outubro de 1745, junto as terras de Lmz Pa-
naturaes de S. Eulalia. lhano de Azevedo, por menos de 100$000.
2- 7 Antonio Pereira dos Santos, nascido no anno de 1728
e casado em Curityba a 17 de Outubro de 1769 com Teve: e
2-1 Antonia Dias Domingues, casada em __ u~y ªtt
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Joanna Bueno, filha de Ignacio de Sá e Arruda e de 22 de Janeiro de 1759 com Sebastiao o_ne e
sua mulher Antonia de Almeida. . . flho de Martinho Bonette Vareiro e
2-8 Guilherme (no inventario não menciona o sobrenome d e S1que1ra, 1 s· ·
de sua mulher Helena de iqueira;. ne t 1
to pela
figurando somente elle com a edade de 13 anno~ parte paterna de Manoel Bonette V~reir~t n ~~~
5
em 1744). de S Vicente e de sua mulher Lu1za e o ,
2-9 Pedro Pereira dos Santos nascido em 1735 e casado natu;al de S., Paulo; neto pela parte materna de
em Curityba a 3 de Março de 1792 com Marianna
GENEALOGIA PARANAENSE TITULO CARRASCOS DOS REIS 595
594
Lourenço de Siqueira e de sua mulher Paschoa em Curityba a 17 de Outubro de 1764 com An-
de Pina Velloso, natural de Curityba. tonia da Costa Ferreira, filha de José da Costa
2-2 Quiteria Dias Cortes, casada em <".:urityba a 14 Ferreira e de sua mulher Maria de Assumpção
de Julho de 1763 com Placido de Oóes Ribeiro de Itú ; neta pela parte paterna de Manoel Corte~
filho de Francisco Cubas Ribeiro e de sua mu~ Ferreira e de sua mulher Anna Mendes Tenoria.
lher Maria Magdalena de Assumpção.
Teve: § 9.o
3- 1 Agueda de Oóes Ribeiro, casada em Curi-
tyba a 14 de Outubro de 1784 com Pedro 1-9 André Dias Cortes, nascido em 1699, era solteiro em
de Marafigo, filho de Sebastião Marafigo, 1714.
natural de Oenova, e de sua mulher Juliana
de Chaves; por esta, neto de Francisco de § 10.º
Anhaya de Almeida e de sua mulher Maria
Martins. t -10 lzabel, fallecida com 5 annos.
§ 7.º § 11.0
1- 7 Anna Martins das Neves, nascida em 1691, viuva do 1-11 Miguel, fallecido com 8 annos.
Capitão Manoel de Chaves de Almeida. Vendeu, a 9
de fevereiro e 24 de Junho de 1743, uma sesmaria
de terras que possuia no Timbutuva, bairro de Tin- CAPITULO 8. 0
339-466-527-539-579-597 X
Siqueira Cortes
Soares Paes . . . . . 308 Xavier Bueno 472
Xavier Pinto . 473
T
z
Taborda Ribas . . 475-485 484
402-467 Zacharias de Paula Xavier .
Taques . . . . . Zanar4ine . . . . . . . . 404
Tavares de Lacerda. 454
Teixeira. . . . . 411
Teixeira de Azevedo 411-565-595
Teixeira Cardoso. . 296
Teixeira da Cruz . 588
Teixeira Nogueira . . . . 319
Theodoro de Siqueira Cortes 466
Theophilo fabiano Cabral 444
Thomaz Leme do Prado . 293
Thomé Martins Bonilha . 287
Thomé de Moura Dias 561
Tobias Pinto Rebello . . 535
Trifonio Cardoso Pazes . 263-295
V
Vaz Torres . . . . . 568
Venancio José de Almeida 590
Vianna . . . . . . . 249
Vicente Cardoso Leal . . 569
Vicente Ferreira da Luz . . 165
Vicente Ferreira de Loyola . 215
Vicente de Oóes . . . . 561
Vicente Polydoro Ferreira . 165
Victor Marianno Ribas . . 416
Virmond . . . . . . . . 407
Virissimo Carneiro dos Santos. 401
Viríssimo José Marcolino. 342
Visconde de Ouarapuava. 346-406
w
Westphalen . . . . . . . . . 428
ERRATA
Na pagina 83, linha 20, onde diz:
8 Sargento-rnór Antonio Rodrigues de Lara, filho do
Capitão-mór Gabriel de Lara, casado em Curityba
com Antonia Luiz Demarins, etc., leia-se:
8 Sargento-mór Antonio Rodrigues Lara, filho de An-
tonio de Lara e de sua mulher Antonia Luiz De-
marins; neto pela parte paterna do Capitão-mór
Gabriel de Lara e de sua mulher Brigida Gonçalves;
neto pela parte materna de Antonio da Matta e de
sua mulher Maria de Pinha.
Era casado com Maria Rodrigues Antunes, filha de
Antonio Rodrigues Side e de sua mulher Maria
Side da Cunha.
Acabou de se imprimir nas officinas da
Na pagina 124, linha 9.a, onde diz: ... Arrayal Grande, leia-:.e:
Arrayal de Penajoia.
IMPRESSORA PARANAENSE
CURITYBA
Na pagina 273, pen ultima linha, onde diz: . . . luctador indefeso, aos 19 de Agosto de 1926.
leia-se: luctador indefesso.
Na pagina 398, no final della, onde diz: ... Capitão Hyppolito
Alves de Araujo, leia-se: Capitão Hyppolito José
Alves.
Na pagina 441, 1.ª linha, onde diz: . . . filho de Joaquim Pinto
de Amorim, etc., leia-se: filho de João de Aguiar e de
sua mulher Maria de Aguiar.
Na pagina 503, 23.ª linha, onde diz: . . . tinhão para elle, leia-
se: tinha para elle, etc.
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