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O DEUS CRIADOR
PIRATININGA - SP
2004
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O DEUS CRIADOR
PIRATININGA-SP
2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................01
CONCLUSÃO...............................................................................................................06
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................07
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INTRODUÇÃO
3. BERKHOF, L., “Teologia Sistemática”, 3ª. Ed., Campinas-SP: Luz para o Caminho
Publicações”, 1994, p133
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4. HOUSE, P. R., “Teologia do Antigo Testamento”, São Paulo: Editora Vida, 2009, p.83
dar continuidade às promessas feitas a Abraão, geraria a partir de seus filhos as
doze tribos do povo de Deus, Israel, sendo que de uma das tribos, a de Judá, viria
o descendente que promoveria a reconciliação de toda a criação com Deus. A
partir dessa genealogia Deus se identificaria e ficaria conhecido como o Deus de
Abraão, Isaque e Jacó. O povo de Deus se multiplica e acaba cativo no Egito,
sendo humilhado e explorado e Deus se lembra de Suas promessas feitas a
Abraão e levanta um homem, Moisés, para libertar Seu povo. Esse período se
torna marcante na história, pois vários eventos significativos demonstrarão o
caráter do Deus protetor e salvador. Evento importante acontece em Ex 3:13-14,
pois será revelado à história o nome de Deus. Moisés inquieto sobre cumprir a
ordem de Deus, faz uma pergunta a Ele: “Qual o seu nome?” Sobre essa
passagem observa Morphew:
O Êxodo revela o nome ou caráter de Deus o rei. A
nomenclatura de uma pessoa no pensamento Hebreu
envolvia mais que o simples ato de escolher um nome.
Um nome traduzia o caráter de uma pessoa. Para
Moisés perguntar “Qual o seu nome?” era como
perguntar “Qual a sua natureza, ou o seu caráter?” 5
(Morphew, 2005)
Moisés então tem o privilégio de ser o primeiro ser humano a conhecer o nome de
Deus “EU SOU O QUE SOU” (YHWH). E a partir dessa informação dá inicio à
missão determinada por Deus e confronta Faraó que resiste em libertar os
hebreus sendo dessa forma humilhado em sua crença ao ver derrotados dez de
seus deuses, através das dez pragas enviadas pelo Deus de Israel. Deus vai
revelando Seu poder e soberania sobre todos os deuses dos outros povos
derrotando os deuses da nação mais poderosa daqueles dias. Inconformado com
a saída do povo que é guiado por Moisés, em direção à terra prometida, resolve
persegui-los com seu exercito. Os hebreus quando vêem Faraó ao seu encalço se
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5 MORPHEW, D. “Breakthrough: Discovering The Kingdom”, South Africa:Vineyard International
Publishing, 1991, trad. Celso Tavares, Belo Horizonte-MG, 2005, p.14
apavoram, pois estão encurralados em frente ao mar. Deus compele um Moisés a
revelar mais um de Seus atributos: o Criador que tem domínio sobre sua criação.
E lhe ordena que levante seu bordão e estenda sua mão sobre o mar e ao fazer
isso o mar Vermelho se abriu e o povo passou a seco. O exercito tentou continuar
a perseguição, mas foi destruído pelo mar após o livramento do povo.
A partir daí caminhando pelo deserto esse povo passa a presenciar maravilhas
desse Deus poderoso que os protege como sombra durante o calor do dia e como
nuvem de fogo durante o frio da noite, dando conforto e direção. Esse cuidado
contempla ainda o alimento (maná) e a água farta. Nessa peregrinação Deus
decide habitar no meio do povo determinando que Lhe construam um tabernaculo
para a presença da Sua Glória e entrega a Moisés instruções em forma de
decálogo para orientar o povo como se portar diante dEle e com seus irmãos. A
saga do povo de Deus vai continuar e na seqüência vamos testemunhar o caráter
de um povo pecador, ingrato e desobediente, em contraste com um Deus
amoroso, perdoador e de livramento. Essa dinâmica de relacionamento se repetirá
muitas vezes. Deus levantará Juízes, Reis e Profetas para conduzir esse povo até
o cumprimento final da Sua promessa, sendo fiel a aliança que fez com Israel, não
obstante esse povo viver descumprindo sua parte no acordo. O Deus criador é ao
mesmo tempo o Deus sustentador e o Deus salvador.
Um atributo eterno de Deus é que Ele é imutável. Sendo assim Deus nunca
mudou. O que mudou foi Sua maneira de se relacionar ou de se revelar à Sua
criação. Porém a sua criação mudou muito. Hoje a humanidade é indiferente a
Deus, Sua importância é relevante quando as pessoas passam por dificuldades e
lembram que Deus pode ajudá-las. Deus se tornou um recurso para o ser humano
satisfazer suas vontades, pelo menos é o que pensa e acredita a maioria das
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pessoas. Esse pensamento só tem aqueles que não conhecem Deus de verdade.
Estão alheias à realidade de que tudo provem dEle. Ele criou, sustenta e preserva
Sua criação. Porém o homem com esse distanciamento de Deus nos dias de hoje,
tem sido um predador dos bens do Senhor Deus, contrariando o mandamento que
recebeu de cultivar e guardar o que Deus criou. A bondade de Deus é percebida
justamente pela maldade do ser humano, que confronta, provoca e não teme o
Senhor e este mesmo assim não muda seus planos em relação à humanidade.
Deus não tem pressa, mas a vida na terra está definhando enquanto aguarda a
vinda de Cristo, o Deus Salvador. Deus tem um recado para esse povo que serve
como uma fórmula para antecipar o céu na terra: “se o meu povo, que se chama
pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus
caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua
terra” (2 Cr 7:14).
3.0 – CONCLUSÂO
Deus não precisava ter criado todas as coisas, dentre elas o homem. Ele assim o
fez para a Sua Glória. Indignado com os acontecimentos que envolvia Sua criação
que se corrompera e Lhe causava abominação, teve até um repente de acabar
com tudo. Afinal tudo era dEle e Ele podia fazer o que quisesse, principalmente se
o Seu propósito estava sendo desvirtuado. Mas Ele não é só Deus criador, Ele é
também Deus amor, que também é Deus justiça e assim resolveu insistir com seu
projeto, castigando a maldade e livrando os fiéis e os quebrantados. Jesus, Deus
Salvador, viveu e tem vivido entre nós através da Sua igreja cooperando com o
Pai para que Seus filhos retornem ao lar. A humanidade não se fez sozinha, não é
auto-existente nem auto-suficiente, é totalmente dependente de Deus. Suas
tecnologias não podem salvá-la da culpa e juízo do pecado, na verdade elas
apontam mais para a destruição. Suas riquezas não são suas, são de Deus, mas
ela tem se apossado de forma predadora daquilo que não lhe pertence. Ela
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precisa parar com essa síndrome de Babel e honrar aquele que criou todas as
coisas para Sua glória não para a glória do mundo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERKHOF, L., “Teologia Sistemática”, 3ª. Ed., Campinas-SP: Luz para o Caminho
Publicações”, 1994
HOUSE, P. R., “Teologia do Antigo Testamento”, São Paulo: Editora Vida, 2009