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FINANCIAMENTO EM SAÚDE

• A atenção terciária é muito mais cara que a atenção primária. Apesar de haver muito
mais atenção primária, existe um gasto muito maior na atenção terciária.
• Antigamente, os serviços eram pagos individualmente ( cirurgia, consulta, extrações e
etc), de acordo com a necessidade de cada unidade. Hoje em dia, o investimento é
feito através de valores fixos ( PAB FIXO ) e valores variáveis ( PAB VARIAVEL ).
• O orçamento de cada município é definido através de seu IDH. Esse mecanismo se
baseia na qualidade da arrecadação do município, ou seja, é presumido que um
município com baixo IDH não tenha boa arrecadação, e por isso, não terá um
investimento bom em saúde. Um investimento fixo garante que o município se
mantenha.
• Financiamento da atenção básica depende de 3 partes. O MUNICÍPIO faz um
investimento de 15% de sua arrecadação. ESTADO investe 12% de sua arrecadação.
UNIÃO investe o mesmo que foi investido no ano anterior, porem com o ajuste
inflacionário.
• O investimento em saúde é divido em 5 blocos.
1- Bloco da atenção básica
2- Bloco da assistência farmacêutica
3- Bloco de gestão do SUS
4- Bloco de alta e média complexidade
5- Bloco de vigilância em saúde
• PAB FIXO: Criado em 97 para ser um mecanismo que regule o funcionamento do
SUS, alterando o mecanismo de financiamento por produção para financiamento por
necessidade e população.
1- Os municípios são classificados em QUATRO FAIXAS qualitativas de acordo com
CINCO indicadores. Os indicadores valem pontos cada e são: PIB PER CAPITA, % DA
POP COM PLANO DE SAUDE, % DA POP COM BOLSA FAMILIA, % DA POP EM
EXTREMA POBREZA E DENSIDADE DEMOGRÁFICA.
• DIVISÃO DAS FAIXAS
1- FAIXA 1: Municípios mais carentes: Recebem até 25 reais por habitante ao ano. Até
50.000 habitantes. Pontuação menor que 4,82.
2- FAIXA 2: 23 reais por habitante ao ano. Pontuação entre 4,82 a 5 até 100k habitantes
ou menor que 4,82 e com 50-100k de habitantes.
3- FAIXA 3: Pontuação entre 5,40 e 5,85 com até 500 mil habitantes ou pontuação
menor que 5,40 com população entre 100-500 mil habitantes: 21 reais por habitante
ao ano
4- FAIXA 4: Pontuação acima de 5,85 (municípios não contemplados acima): 20 reais
por habitantes ao ano (como SP, municípios menos vulneráveis).
• Os valores são depositados em 12 parcelas, ou seja, mensalmente. É calculado
através da multiplicação do PAB FIXO pelo numero de habitantes, que dá o valor
anual de deposito. Além disso, o valor só é depositado depois de o Ministério da
Saúde averiguar o correto funcionamento daquela unidade de saúde.

• PAB VARIÁVEL: É um valor concedido apenas para alguns municípios, apenas


aqueles que praticam a ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA. Ou seja, para aqueles
municípios que possuem núcleo NASF, médicos 24h, ACS, equipes de saúde e etc.
Além disso, o PAB variável pode ser aplicado para municípios com alta precariedade
ou altos índices de pobreza.

• Como se calcula o valor:

• Antes da PNAB ( Política nacional de atenção básica) o valor dependia da faixa de


cobertura em municípios com menos ou mais de 100k de habitantes. É acrescido um
valor em fator da quantidade de ACS, saúde bucal e numero de equipes.

• Depois da PNAB: Houveram mudanças. Agora os municípios recebem a PAB variável


através de uma divisão por modalidade, que divide as ações praticadas e as condições
do município.
1- MODALIDADE 1: Áreas precárias em questão de saúde ; Que atendam áreas
remanescentes de quilombos e assentamentos ; Índice inferior a 0,7.
2- MODALIDADE 2: Todas as ESF( Odonto, fisio, psico...) que não se encaixam na
modalidade 1.

• Dessa forma, haverá maiores investimentos para as ESF com maiores valores
estabelecidos para os ACS, saúde bucal, NASF, equipes por UBS, etc.
• Alguns problemas: o fato de um município receber pouco faz com que não haja boa
oferta de empregos e haja salário baixos, assim não haverá interesses pela mão de
obra e o investimento recebido para a saúde será o mesmo de qualquer maneira.

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