Reflexões sobre o conceito de revolução no ensino de história: propostas
metodológicas. IN: BRUNELO, Leandro (org.). Livro que será publicado. Maringá: EDUEM, 2018.
– O texto tem como objetivo, conforme apresentado na introdução, mostrar ferramentas
metodológicas para se trabalhar o conceito de revolução, denotando a busca por uma dinâmica, agilidade e despertar do interesse por parte dos alunos. Primeiro método será o uso do cinema como linguagem e representação, documento histórico e produção cultural que, por ser lúdico, desenvolve o senso de imaginação. O segundo se trata da confecção de um jornal fictício como se se passasse no momento prontamente posterior à revolução, assim, também de forma lúdica, aproximaria o estudante para notar historicamente os sujeitos e as interpretações que se sairiam do movimento, bem como de ressaltar a importância da mídia na produção de significados, que pode ser explorado apesar de não apontado pelo autor. A revolução tratada será a francesa, pela importância na construção do mundo atual (apesar de para alguns ser apenas o estopim dessa mudança). – O texto todo vai demonstrar, a partir do levantamento do autor, três partes principais: a discussão do conceito de revolução, em especial destaque para o uso da violência, em que o autor saúda, até mesmo dá grande espaço de atenção, para os métodos revolucionários não violentos. O destaque se dá nas ações de Gandhi, Martin Luther King, entre outros. É interessante uma ótica voltada para a não violência e algumas aproximações podem ser feitas, como do pensar a violência em termos de revolução em um país extremamente violento (e ele apresenta o mapa da violência no Brasil), bem como de Tolstoi ou demais pensadores que defendem essa linha de atuação da desobediência civil (não hippies, que podem ter proximidade com tal pensamento no início do movimento, mas que depois desvirtuam-se a um ato não político. Obviamente a discussão é bem mais profunda e estou apenas sintetizando. Caso parecido se dá com os anarco punks e os punks. Indústria Cultural é uma coisa louca); posteriormente se dá a apresentação dos dois filmes e do método de análise. São dois filmes com períodos de produção, cenários e óticas diferentes, sendo um que envolve a luta antifascista e outro, contrária ao bloco soviético na Iugoslávia (se não me engano); por fim, há apresentação do método de confecção de um jornal. O autor destaca que essa criação não tem por interesse ser dogmática ou real, mas sim uma interpretação dos fatos por parte dos alunos. Além disso, deve-se tomar o cuidado com a aplicação do método para não confundir os alunos no sentido de que a história seja factual, rígida. Assim, a aplicação dos métodos envolvem um trabalho significativo do professor no intuito de apreciar certos cuidados e compreensões. – Por fim, há o destaque para a aplicação dos métodos e a realidade social no âmbito escolar. Fazer uso do mesmo em uma escola de campo é diferente de aplicá-lo na educação de jovens e adultos de uma grande capital. Tal fato está relacionado à própria prática do profissional da educação e os cuidados que envolvem tal trabalho.